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OPINIÃO OPINION 315

A notificação da violência intrafamiliar


contra crianças e adolescentes
por profissionais de saúde

Health professionals’ reporting of family


violence against children and adolescents

Hebe Signorini Gonçalves 1

Ana Lúcia Ferreira 1

1 Instituto de Puericultura Abstract Reporting family violence against children has two main benefits: it protects the child
e Pediatria Martagão
from the violence and improves epidemiological control of violence. Health professionals play
Gesteira, Universidade
Federal do Rio de Janeiro. an important role in this area, since they are required to report any known or even suspected
Av. Brigadeiro Trompowsky case of violence. Nevertheless, when and how to report has been questioned recently. This paper
s/n, Cidade Universitária,
discusses the problems faced by health professionals and suggests specific solutions to the Brazil-
Rio de Janeiro, RJ
21941-590, Brasil. ian case. The authors conclude that it is necessary: (a) to clarify the legal notion of violence in
sigoncal@ism.com.br Brazil, specifically the concept of suspicion; (b) to create technical manuals to guide action in
anaferr@gbl.com.br
this area; (c) to improve the number and quality of services to assist the population; (d) to im-
prove studies and discussion of the consequences of reporting, mainly concerning the notion of
justice transmitted to Brazilian families through this practice.
Key words Domestic Violence; Adolescent Health Services; Child Health Services

Resumo A notificação é um instrumento duplamente importante no combate à violência: ela


produz benefícios para os casos singulares e é instrumento de controle epidemiológico da violên-
cia. O profissional de saúde é legalmente obrigado a notificar casos confirmados ou apenas sus-
peitos de violência e desempenha papel vital nessa área. No entanto, o ato de notificar tem sido
objeto de questionamentos por parte desses profissionais. O objetivo deste trabalho é discutir as
principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais, sugerindo possíveis soluções a serem
aplicadas no caso brasileiro. A análise conclui pela necessidade de: (a) esclarecimento da noção
legal de maus-tratos e da concepção de suspeita; (b) preparação de manuais técnicos de orienta-
ção; (c) melhoria da infra-estrutura de serviços; (d) realização de outros estudos sobre as conse-
qüências do ato de notificar, especialmente sobre a concepção de justiça que a notificação trans-
mite à família brasileira.
Palavras-chave Violência Doméstica; Serviços de Saúde a Adolescentes; Serviços de Saúde In-
fantil

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Introdução sionar a questão da violência em família, a de-


terminar a necessidade de investimentos em
O reconhecimento da ocorrência de maus-tra- núcleos de vigilância e assistência, e ainda per-
tos contra crianças trouxe como conseqüência mite o desenvolvimento de pesquisas e o conhe-
direta a necessidade de protegê-las. Tal prote- cimento da dinâmica da violência em família.
ção tem início oficialmente com a notificação Vê-se, assim, que o ato de notificar é um ele-
da violência à autoridade competente. mento crucial na ação pontual contra a violên-
No Brasil, os maus-tratos contra a criança cia, na ação política global e no entendimento
só passaram a merecer maior atenção no final do fenômeno. Apesar disso, muita controvérsia
dos anos 80. Nessa época, os maus-tratos fo- permeia ainda o tema, sem perspectivas de so-
ram tratados na Constituição Federal (art. 227) lução imediata.
(Brasil, 1988) e no Estatuto da Criança e do Nossa experiência no Ambulatório da Fa-
Adolescente (ECA) (Brasil, 1990), que tornaram mília (AF) do Instituto de Puericultura e Pedia-
obrigatória a notificação de casos suspeitos ou tria Martagão Gesteira (IPPMG), da Universi-
confirmados (art. 13), prevendo penas para os dade Federal do Rio Janeiro (UFRJ) – que em
médicos, professores e responsáveis por esta- cinco anos de funcionamento atendeu a cerca
belecimentos de saúde e educação que deixas- de 420 crianças e adolescentes vítimas de vio-
sem de comunicar os casos de seu conheci- lência – permite-nos discutir, neste espaço, as
mento (art. 245). Em 1999, a Secretaria Esta- principais dificuldades enfrentadas pelos pro-
dual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ, 1999), fissionais de saúde na notificação de casos de
com a Resolução SES no 1.354, tornou compul- violência doméstica contra crianças e suas
sória a notificação de maus-tratos contra crian- possibilidades de solução.
ças e adolescentes até 18 anos incompletos e
contra portadores de deficiência, o que indica
o reconhecimento da relevância do problema e Entraves à notificação
a disposição de combatê-lo. da violência no Brasil
A legislação sobre maus-tratos no Brasil
tem adotado como parâmetro o modelo ameri- Apesar das determinações legais contidas no
cano no que diz respeito à obrigatoriedade de ECA, a subnotificação da violência é uma reali-
notificar estabelecida para profissionais, à ne- dade no Brasil. Isso não surpreende, se consi-
cessidade de encaminhamento da notificação derarmos que o mesmo ocorre em países onde
a um organismo designado em lei e à punição a legislação é mais antiga e os sistemas de aten-
para o profissional que não notifica; como nos dimento mais aprimorados. Uma pesquisa rea-
Estados Unidos, temos realizado várias campa- lizada em trinta países em 1992 mostrou que
nhas enfocando a violência contra a criança. apenas a metade das nações desenvolvidas e
Contamos, no entanto, com uma rede de servi- um terço dos países em desenvolvimento dis-
ços aquém do necessário, com a escassez de punham de registros centralizados; em países
regulamentos que firmem procedimentos téc- como Estados Unidos, França e Alemanha, a
nicos, e com a ausência de mecanismos legais coleta de dados é fragmentada e com escassa
de proteção aos profissionais encarregados de comparabilidade (Daro, 1992, apud Huertas,
notificar. 1997).
Sabe-se que o trabalho na área da violência A similaridade parece indicar a presença de
contra a criança e o adolescente requer inter- dificuldades técnicas específicas do processo
venção interdisciplinar, e que a ação que visa de notificar. Aqui também, apesar da obrigato-
minorá-la é mais eficaz quando promovida por riedade e do reconhecimento do valor da noti-
um conjunto de instituições atuando de modo ficação, os profissionais têm dificuldades em
coordenado. Nesse sentido, a notificação colo- adotá-la como conduta padrão.
ca para fora dos limites do serviço de saúde o Tais dificuldades podem ser resumidamen-
problema ali detectado e convoca parcerias cu- te agrupadas da seguinte forma:
ja ação tem-se mostrado imprescindível na área. A identificação da violência nos serviços de
A notificação da violência contra a criança saúde é ainda carregada de muitas incertezas.
inaugura, também, um processo no interior do A questão não tem sido tratada na maioria dos
qual se desenrolam procedimentos de investi- currículos de graduação (Almeida, 1998) logo,
gação sobre a vida em família, com vistas a muitos profissionais não dispõem de informa-
subsidiar, se necessário, uma futura decisão ju- ções básicas que permitam diagnosticá-la com
rídica. Para além dos reflexos na vida familiar, um mínimo de acurácia.
a notificação é um poderoso instrumento de Ultrapassada a dificuldade inicial em reco-
política pública, uma vez que ajuda a dimen- nhecer os casos, uma outra dúvida tem atra-

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vessado a consciência dos profissionais de saú- Superando dificuldades: a experiência


de: o ato de notificar representa uma quebra do do Ambulatório da Família
sigilo profissional? O Conselho Regional de Me-
dicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) A experiência junto às crianças que passaram
manifestou-se a esse respeito, em seu Parecer pelo serviço nestes cinco anos não eliminou
no 76/99 (CREMERJ, 1999). Segundo esse pare- dificuldades, mas permitiu que elas fossem en-
cer, “a comunicação à autoridade competente frentadas com menor desgaste. Tais dificulda-
não acarreta infração ética por parte do médi- des, e as formas para contorná-las, são discuti-
co, não se configurando, assim, violação do se- das a seguir.
gredo profissional” (CREMERJ, 1999:18), mes- O primeiro aspecto a ser considerado é o
mo que se trate apenas de uma suspeita. O Có- que diz respeito à suspeita de maus-tratos. O
digo de Ética dos Psicólogos (CFP, 1987), em- grau de suspeita varia desde um leve indício de
bora recomende a privacidade e assegure o si- que possa ter havido violência até o relato ex-
gilo (art. 3), prevê que o sigilo seja colocado a plícito da criança ou do adulto que a acompa-
serviço do menor impúbere ou interdito, per- nha. Não há como dispensar o mesmo trata-
mitindo sua quebra quando se tratar de situa- mento a situações tão díspares. Uma suspeita
ções que impliquem conseqüências graves leve – eventualmente uma desconfiança que se
para o próprio atendido ou para terceiros (art. origina em alterações clínicas ou do comporta-
26 e 27). mento da criança – pode ser melhor investiga-
Os profissionais brasileiros, à semelhança da no interior de uma relação já construída en-
dos americanos (Gelles, 1997), temem os trans- tre o cliente e o profissional de saúde que faz
tornos legais advindos da notificação. seu acompanhamento rotineiro. Em tais situa-
Além das dificuldades dos profissionais, os ções, consideramos viável e útil, para a crian-
casos atendidos têm especificidades que po- ça, para a família e para as instituições envolvi-
dem facilitar ou dificultar o ato de notificar. As- das, fundamentar melhor a suspeita antes de
sim, as famílias podem desejar ou tentar impe- encaminhar a notificação.
dir a notificação, podem fornecer ou negar in- Casos confirmados de menor gravidade
formações que fundamentem as suspeitas, po- também suscitam dúvidas quanto ao melhor
dem sentir-se ameaçadas ou protegidas pelo momento para proceder à notificação; nessas
ato de notificar. situações, o AF adota conduta já recomendada
Finalmente, há questões estruturais que di- na literatura (Wissow, 1990): preparar a famí-
ficultam o ato de notificar ou fazem com que lia, esclarecendo a obrigatoriedade por parte
os profissionais minimizem os benefícios gera- da unidade de saúde, o teor da notificação, o
dos pela notificação. Apesar de os Conselhos que ela significa, a quem é dirigida, suas vanta-
Tutelares serem os órgãos designados pelo ECA gens e seus possíveis desdobramentos. Nessa
para receber as comunicações de casos suspei- negociação, a notificação é apresentada à fa-
tos ou confirmados de maus-tratos, não estão mília como veículo de acesso a instituições e
implementados em todos os municípios brasi- serviços dos quais ela necessita para minorar
leiros, e mesmo onde instalados funcionam os efeitos de fatores que alimentam ou favore-
muitas vezes em condições adversas: trabalhos cem a eclosão da violência. A discussão junto à
recentes atestam a falta de infra-estrutura para família e à criança atende a um preceito ético e
seu funcionamento, a precariedade de serviços tem por efeito minimizar os impactos da noti-
de retaguarda para executar as medidas aplica- ficação, observados na nossa prática diária
das, a formação heterogênea dos conselheiros (Ferreira et al., 1999) e confirmados na literatu-
e a grande demanda de serviços que estes ór- ra (Wissow, 1990).
gãos enfrentam (Camurça, s.d.; Fundação Cen- Cabe ressaltar que nenhuma dúvida deve
tro de Defesa dos Direitos Humanos Bento Ru- impedir a notificação imediata dos casos de
bião, 1999). maior gravidade, sejam eles suspeitos ou con-
Como resultado, vê-se que no Brasil a deci- firmados, que implicam grave risco para a cri-
são de notificar não se prende à orientação ge- ança.
ral da legislação mas sim às peculiaridades de Outra fonte de dificuldades é a cultura fa-
cada caso, e é influenciada por fatores de or- miliar. Na sociedade brasileira, tende-se a va-
dem pessoal dos profissionais, pelas especifi- lorizar a privacidade da vida em família, e
cidades do caso atendido e pelas próprias es- qualquer intervenção que confronte o discurso
truturas dos serviços, na sua maioria insufi- dos pais e responsáveis é tida como intrusiva e
cientes. ofensiva à autoridade paterna. Em tais casos,
tentamos mostrar à família que a intenção pri-
meira da notificação é o bem-estar da criança.

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Isto é importante para que a notificação não se ticamente comunicados aos Conselhos, objeti-
transforme em obstáculo capaz de se interpor vando o retorno ao acompanhamento.
entre o profissional e os responsáveis, ou entre Essa articulação tem sido fonte de soluções,
estes e seus filhos, criando impedimentos para mas eventualmente traz dificuldades. A diver-
o trabalho de médio e longo prazo, tão neces- gência de condutas entre a unidade de saúde e
sário quando se trata de transformar os padrões o Conselho Tutelar a respeito de um caso, ain-
de relacionamento intrafamiliar e reverter for- da que não seja exatamente um entrave à noti-
mas de interação pautadas pela violência. ficação, pode acarretar dúvidas sobre a valida-
Uma outra situação enfrentada no dia a dia de de uma próxima notificação. Mas há que se
do atendimento refere-se àquela em que, em- reconhecer que, ao tratar o tema da violência
bora sejam visíveis os prejuízos causados à contra a criança, conceitos e condutas estão
criança, a família não se considera violenta, e ainda em construção, e muitas dúvidas só en-
recusa qualquer forma de intervenção ou auxí- contrarão resposta na discussão coletiva entre
lio. Esses casos exigem ação de médio e longo profissionais e agências de atendimento. Nossa
prazo, e muitas vezes a medida aplicada pelos equipe, diante de divergências de conduta, tem
Conselhos Tutelares tem sido o próprio acom- discutido caso a caso com os conselheiros.
panhamento realizado no AF (art. 136, 101 e Do exposto, pode-se deduzir uma linha bá-
129 do ECA). Desta forma, os Conselhos são o sica de intervenção adotada pelo AF, direta-
suporte para o trabalho de conscientizar a fa- mente relacionada à decisão de notificar: o ins-
mília sobre os benefícios gerados por uma alte- trumento da notificação deve dar início a um
ração nos seus códigos de comunicação. processo que se caracteriza muito mais como
A ameaça do agressor aos profissionais é assistência e auxílio, não como punição. A ex-
um argumento invocado, com certa freqüên- periência do AF tem mostrado também que a
cia, para justificar a não-notificação dos casos intervenção do setor saúde pode ser mais efeti-
de violência. Entre os casos atendidos no AF, va quando a saúde e o bem-estar de todos os
esse não tem sido um fator relevante. Maior envolvidos coloca-se como objeto primeiro da
impacto têm as ameaças dos agressores aos fa- ação, buscando-se equacionar os direitos de
miliares que levaram a violência ao conheci- todos os membros da família ao invés de ali-
mento do setor saúde; nesses casos, a notifica- mentar o confronto entre direitos subjetivos.
ção soma-se a contatos diretos com os conse-
lheiros, que são prevenidos sobre o risco de
novas ações violentas na família. Permite-se Considerações finais
assim que a intervenção do Conselho seja
coordenada com a ação do familiar que buscou O apelo (legítimo) por fazer cessar a violência
o atendimento para a criança e possa proteger não pode ignorar que ela é plural: sua dinâmi-
a ambos. ca e suas manifestações são diversas e, como
A sobrecarga de trabalho e a escassez de in- tal, exigem combate diferenciado. Quando atin-
fra-estrutura dos Conselhos Tutelares têm sido ge a criança no interior da família, a experiên-
obstáculos importantes à condução dos nossos cia tem mostrado que punir o responsável não
casos. O investimento maior do trabalho dos é necessariamente a melhor conduta. Por essa
Conselhos se dá sobre os casos de maior gravi- razão, os baixos índices de condenação de pais
dade, o que é perfeitamente compreensível, se e responsáveis notificados como violentos não
considerarmos a necessidade de priorizar o in- devem ser tomados como indicadores de im-
vestimento humano. Em decorrência, na nossa punidade ou de ineficácia da notificação.
experiência, o impacto da notificação e da ação A legislação brasileira, embora clara quanto
dos conselheiros tutelares tem sido pequeno à obrigatoriedade de notificar, oferece pouca
nos casos de menor gravidade e risco. orientação aos profissionais. Nesse sentido,
Temos buscado suprir essa escassez de re- parece necessário e urgente que:
cursos oferecendo uma assistência mais próxi- a) as noções legais sejam esclarecidas, explici-
ma às famílias com o agendamento de consul- tando o que se compreende por maus-tratos e
tas em curto intervalo de tempo, com a convo- quais as situações que devem ser notificadas;
cação por via postal das famílias que por qual- b) o texto legal se faça acompanhar de discus-
quer razão não comparecem às consultas agen- são a respeito dos diversos manuais de orien-
dadas, e com a realização de visitas domicilia- tação acerca da questão da violência contra a
res pelo Serviço Social, quando a família não criança existentes no país;
responde às chamadas. Faltas consecutivas, c) a concepção de suspeita seja também es-
impossibilidade de localizar as famílias e aban- clarecida; na ausência de orientação, notificar
donos de acompanhamento têm sido sistema- uma suspeita fica na prática a cargo da cons-

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ciência individual do profissional, o que pode ações e integrá-las aos demais serviços envol-
contribuir tanto para a subnotificação quanto vidos no atendimento às vítimas de violência.
para a supernotificação. Em ambos os casos, Mas sobretudo, parece necessário discutir
compromete-se o bem-estar da criança assim as conseqüências do ato de notificar. Aqui, as
como o dimensionamento epidemiológico da expectativas dos diversos profissionais e das
violência; diversas agências parecem encontrar seu maior
d) a atuação dos Conselhos Tutelares seja dis- desafio. Trata-se de um desafio que fala da con-
cutida, a fim de melhor capacitar tecnicamen- cepção de justiça que o ato de notificar e suas
te as equipes, disponibilizar recursos para suas conseqüências transmitem às famílias brasi-
leiras.

Referências

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Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 18(1):315-319, jan-fev, 2002

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