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O mistério que envolve o caso do jovem picado por uma cobra naja
kaouthia continua. O caso desencadeou uma investigação sobre um suposto
esquema de tráfico nacional e internacional de animais silvestres e
exóticos — uma prática que movimenta até US$ 20 bilhões em todo o país, segundo a
Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, no Brasil (Renctas).
Mais apreensões
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Segundo informações da Superintendência de Fiscalização do Instituto (Sufam), os
répteis apreendidos ontem são nativos da fauna brasileira. A residência pertencia à
mãe de uma médica veterinária, que recebeu o auto de infração e uma multa no valor de
R$ 10.500. Os três animais foram retirados do local e encaminhados ao Centro de
Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama.
Dados mais recentes do Ibram mostram que, em 2019, foram realizadas 668
fiscalizações relacionadas à fauna. Dessas, 148 resultaram em autuação administrativa
(com lavratura de auto de infração ambiental) e 514 sem constatação de infração
ambiental. Quanto aos animais ou produtos de fauna apreendidos, 562 animais foram
resgatados da fauna silvestre, sendo 80% composto de aves passeriformes e três
subprodutos da fauna (o que também não é permitido, pela legislação vigente): um
casco de tartaruga verde, um crânio com chifre de cervo do pantanal e uma carcaça de
tatu peba.
“O tráfico de animais é altamente lucrativo, porque isso ocorre pelo baixo custo de
aquisição. A captura, geralmente, é feita em locais de grande biodiversidade e pobres,
do ponto de vista social e econômico, como em estados do Nordeste, do Norte e no
Pantanal. Então, a pessoa vê isso como uma fonte de renda”, argumentou Victor Santos,
diretor de fiscalização de fauna do Ibram.
Segundo ele, os dados não conseguem traduzir o volume real do tráfico de animais
silvestres. “Os números que temos refletem uma parcela mínima. Infelizmente, esse
ainda é um problema invisível aos olhos dos órgãos. Por isso, é tão importante o cidadão
denunciar”, destacou.
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