Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Identidade.
ATIVIDADES
Caro estudante,
Você já ouvir falar em Educação Interdimensional? Pois bem, a Educação Interdimensional
busca a valorização das várias dimensões do ser humano, superando valorização somente do
cognitivo. Essas dimensões são quatro:
— o LOGOS (pensamento, razão, a ciência);
— o PATHOS (afetividade, relação do homem consigo mesmo e com os outros);
— o EROS (impulsos, corporeidade) e;
— o MYTHUS (relação do homem com a vida e a morte, com o bem e o mal).
Você já parou para pensar que todas essas dimensões fazem parte de cada pessoa?
Mas entre as dimensões citadas, a dimensão transcendental do ser humano — O MYTHUS —
será o foco desta aula, objetivando que você reflita sobre o sentido que se atribui a vida.
139
Os valores e princípios que orientam a relação humana, tais como afeto e respeito pelo
outro, algumas vezes são deixados de lado, causando o que Antônio Carlos Gomes da
Costa (1940– 2011) (veja quem foi esse educador na sessão para “Para Saber Mais”) chama
de “crise de uma época.” Ao mesmo tempo em que se vive essa crise na relação humana,
existem pessoas que buscam outro sentido para as suas vidas, ativando a dimensão
transcendental que ressignifica a própria natureza humana.
Sobre a transcendentalidade é importante dizer que nesta aula, esse tema não será abordado do
ponto de vista de religião alguma. A transcendentalidade tratada aqui, diz respeito à natureza
humana do ser humano, consciência de si mesmo, a busca de sentido da vida.
Sugestão de vídeo sobre a temática da aula: 7 milhões de outros (Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=TGfSLactieE>. Acesso em: abril de 2020). Ele traz depoimentos de pessoas
de diferentes lugares do mundo, de culturas distintas, sobre o sentido que elas atribuem à vida.
A importância de refletir sobre a dimensão transcendente da vida perpassa, portanto, pela busca de
sentido existencial. É buscar no interior de si mesmo, o que significa a forma de ser e estar no mundo.
Sobre isso, você já pensou sobre o que dar SIGNIFICADO e SENTIDO à sua existência neste mundo?
Para algumas pessoas, por exemplo, fazer o bem e ser solidário é o que mais dá sentido à vida.
Sendo assim, escreva no seu Portifólio sobre o sentido da vida para você. Depois, que tal
conversar sobre o conteúdo dessa aula para alguém da sua casa? Procure saber dessa pessoa
escolhida por você, qual o sentido que ela atribui a própria vida.
2 — Considerando o que escreveu na questão nº 1, você acha que age de acordo do que faz sentido
para você? A pergunta parece descabida? Hum... Será? Nesses tempos de Skype, Whatsapp,
Facebook e Instagram, nem tudo sobre o que as pessoas falam e fazem, podem ter um real
sentido para elas, não é verdade? Existe uma grande possibilidade das suas atitudes estarem
seguindo tendências que não condizem com o que elas são. Você já pensou nisso?
3 — Seguindo o raciocínio da questão anterior, pense na importância que você deu aos principais
acontecimentos que ocorreram na sua vida. Pensar sobre isso ajudará você a descobrir
também, o que é importante para você e qual é sua fonte de significado da vida.
É a consciência de si mesmo, do que o rodeia, que trará a resposta para você.
140
PARA SABER MAIS:
ATIVIDADES
1 — Convido você a construir a sua bandeira pessoal. Assim como um país tem a sua bandeira,
você deverá ter a sua, como uma representação daquilo que você considera imprescindível
para a realização do seu Projeto de Vida. Leias as instruções antes de começar a preencher
os quadrantes da bandeira que segue na sequência.
141
ATIVIDADES
Instruções para preenchimento de cada quadrante da bandeira:
• “Sei”: sobre o que você sabe fazer hoje. Ex: Dançar, costurar, cozinhar e escrever poemas.
• Não quero”: preencha essa parte com o que você não têm interesse em desenvolver, pois
considera que isso não influenciará no seu Projetos de Vida. Ex: Dirigir e falar em
público;
• “Quero”: preencher com o que deseja dominar. Ex: Saber escrever um livro, ser
organizado saber planejar e entender de educação financeira.
• “Não sei”: preencher esse quadrante com o que você quer desenvolver e que considera
importante para a realização do seu Projeto de Vida. Ex: Ser empático (se colocar no
lugar do outro), trabalhar em grupo e fazer trabalhos manuais.
Sei Quero
Essa atividade tem como objetivo que você reconheça aquilo que você domina bem e
motivá-lo a aproveitar as oportunidades para aprendê-las. Isso contribuirá com a construção
de seu Projeto de Vida.
PARA SABER MAIS:
142
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA:
Identidade.
Caro estudante!
Nessa aula vamos abordar o que são valores. Vamos falar de alguns princípios que norteiam a
vida das pessoas e refletir sobre o que atribuímos ter valor na nossa vida.
À medida que cada pessoa se desenvolve, os valores vão sendo construídos. Eles são fundamentos
éticos e morais considerados importantes na vida de cada um. Pois, valorizar alguma coisa significa
dar-lhe importância. Os valores, em geral, são expressos por substantivos abstratos (realização,
ousadia, amor, tranquilidade, alegria, etc.), mas podem ser usados em pequenas expressões (ser
amado, sentir alegria, receber elogios, etc.) ou ainda, em frases (acho importante presentear as
pessoas, é fundamental demonstrar sentimentos, etc.) para exprimi-los.
É Interessante pensar sobre os valores, não é mesmo?
As atividades que se seguem nesta aula tem como objetivo estimular uma reflexão sobre os seus
valores e ajudá-lo a perceber que cada pessoa tem o seu conjunto de valores.
ATIVIDADES
ENTENDENDO VALORES HUMANOS
Os valores são frutos das trocas de afeto com as pessoas com quem convivemos. Sobre isso,
temos como exemplo, o que acontece com uma criança recém-nascida. Ela está sempre sob os
cuidados permanentes (alimentação, banho, carinho, etc.) de alguém que cuida dela. E assim,
existe uma grande possibilidade de que a criança projete sentimentos positivos sobre tal pessoa,
que geralmente é chamada de mãe. Sabia que a construção de valores se dá desde o nosso
nascimento? E à medida que nos desenvolvemos, desde a infância, alguns valores serão mais
intensos, é o que chamamos de valores centrais, enquanto outros valores terão menor
intensidade, o que chamamos de valores periféricos de nossa identidade.
Mas, os valores não são rígidos e podem mudar durante a vida. Um bom exemplo é que uma
pessoa pode mudar seus valores aos 50 anos de idade depois de se tornar avó ou aos 25 anos
depois de um primeiro emprego. Isso significa que os valores dependem da intensidade dos
sentimentos morais que desenvolvemos.
1 — Meus Sentimentos.
O mesmo valor pode ser central (quanto mais se gosta/interno) ou periférico (quanto menos
se gosta/periférico) na identidade de cada pessoa, isso depende das pessoas envolvidas e
contextos das situações que ocorrem, ou seja, a identidade de uma mesma pessoa pode
variar de acordo com os contextos e as experiências de cada um. Explicando melhor:
• Há pessoas que consideram mais importante ter dinheiro ou usar uma roupa de grife
famosa do que ser justo ou honesto;
• Há pessoas que consideram importante ser íntegro; assim, é improvável, por exemplo,
que elas se neguem a pagar uma dívida. Se elas agem contra esse valor, sentem-se
envergonhadas. Isso porque o valor central dessa pessoa é a honestidade;
• Há pessoas que entendem a honestidade como um valor periférico; o fato de ficarem,
por exemplo devendo R$ 0,50 centavos na farmácia, não as deixam incomodadas.
143
É importante compreender que quanto mais se gosta de algo, mais isso é central na vida
dessa pessoa, assim podemos citar mais um exemplo: há pessoas que adoram futebol e por
isso deixam de está com algumas pessoas ou fazer outras coisas, para assistir a uma
partida. Isso, portanto, é central na identidade dessa pessoa.
Ainda explicando sobre valores centrais e periféricos, digamos que alguém pode ser
honesto, por exemplo, em relação aos amigos (meio interpessoal) ou absolutamente
desonesto em relação ao governo, ao não pagar impostos (meio sociocultural).
a) Para o início dessa atividade, é muito importante que você defina o seu próprio
conceito de valor. Responda à seguinte pergunta:
O que é Valor para você?
b) Dado o seu próprio conceito de valor, analise as imagens abaixo e descreva uma
situação provável para cada uma delas e as sensações que elas despertam em
você.
Imagem 1
Situação Sensações
Imagem 2
Situação Sensações
144
Imagem3
Situação Sensações
Imagem 4
Situação Sensações
c) Para cada uma das imagens relacione alguns valores que você acha que estão
envolvidos nas descrições que fez sobre elas:
Valores relacionados à Imagem 1:
2 — Valores morais.
Reflita sobre os valores centrais que você possui de acordo com as seguintes dimensões:
Dimensão intrapessoal (você com você mesmo):
145
Dimensão interpessoal (você com as pessoas):
Dimensão sociocultural (você com a sociedade):
Agora, depois de todas as reflexões que você realizou sobre valores, descreva os seus valores em
ordem de importância para você. No degrau 4, o de mais importância até chegar ao degrau 1, de
menor importância.
4
3
2
1
Gênero: Comédia
Nacionalidade: EUA
Sinopse: Conta a história de uma pessoa que deseja ser médico para poder ajudar as
pessoas. Assim, essa pessoa ao entrar na faculdade de medicina utiliza-se de métodos poucos
convencionais que conquista seus pacientes.
146
Caro estudante,
Esta aula aborda o papel dos amigos na direção e no sentido do seu Projeto de Vida. O
poeta Manoel de Barros reservou uma parte de seu Livro — Os Outros: o melhor de mim sou
Eles, onde ele conta coisas que aprendeu com os amigos mais diversos. Fala dessas marcas
aparentemente desconectadas, às vezes inesperadas, que, com o passar do tempo, descobrimos
que os amigos deixaram em nós, e o que acabaram se incorporando ao que somos.
Somos influenciados e modificados o tempo todo pelo que experimentamos. O que comemos, o
que respiramos, o clima, tudo isso influencia nossa saúde e o funcionamento do nosso corpo.
Com as pessoas, a experiência é de influência mútua. Parece que entramos no mundo interior do
outro e modificamos esse mundo. Nossas fronteiras estão sempre em movimento e se alteram o
tempo todo: o relacionamento com os outros parece definir, em parte, quem e o que somos. Daí
a importância de tratar de ser amigo é ter amigos ao elaborar um Projeto de Vida.
Alguns laços são muito leves, passageiros, voláteis como borboletas: pessoas que cruzamos na
rua e nos dizem bom dia, gente no ônibus em cuja companhia presenciamos uma cena e
sorrimos ou nos indignamos, gente na fila do banco com quem trocamos algumas palavras.
ATIVIDADES
Tudo começa muito na infância. Quando criança, se tem o pé no presente, e isso nos
permite abastecer-se daquilo que, no futuro, vai servir de base para nossos julgamentos e
decisões. As primeiras lições vêm dos adultos. Com exemplos e palavras, eles mostram e
ensinam que é bom ser gentil e respeitoso com os outros, e que é preciso seguir algumas
regras para estar junto com outras pessoas em harmonia e com prazer.
147
Não pôr a culpa nos outros;
Não apontar as falhas dos outros;
Esperar sua vez;
Não interromper quem está falando;
Experimentar coisas novas (pratos, brincadeiras, lugares etc.);
Observar as reações e expressões dos outros.
Agora, você está na fase da vida em que pode examinar suas experiências de criança e
adolescente à luz de novos conhecimentos, e isso ajuda a encontrar um jeito pessoal de se
situar no mundo e nele interferir. Você já sabe que os laços de amizade criam uma aliança
com base no futuro, e não na origem. E sabe que, para se situar e intervir no mundo,
precisa da companhia e da ajuda dos amigos, que são os parceiros escolhidos por você,
com os quais você compartilhar sua trajetória pelo planeta Terra.
Sabendo disso, escreva uma carta de gratidão pela amizade de um amigo, para depois
entregá-la a essa pessoa. A carta, portanto, é um agradecimento por sua colaboração com
sua vida até aqui.
2 — Fazendo a diferença.
Você sabe o que significa companheirismo? Bom, Segundo o novo dicionário Aurélio da
Língua Portuguesa, companheirismo é mostrar ter solidariedade própria de companheiro,
coleguismo. Entretanto, é possível associarmos a palavra a uma série de outros
comportamentos para com o outro, alargando assim esse conceito, ou seja, companheirismo
pressupõe apoio, divisão de tarefas, alegrias e tristezas, empatia e, principalmente, ter
ciência da importância de construir um projeto de vida que visa fomentar amizades saudáveis
ao longo da existência. É construir laços afetivos com pessoas sem necessariamente esperar
algo em troca, pois esse é o fundamento básico da construção de relações positivas e
duradouras.
a) Depois de refletir sobre o que é ser uma pessoa companheira, analise as situações
que se seguem:
SITUAÇÃO 1
Domingo de jogo, estádio cheio, você entra em campo com seu time diante de sua
torcida. A partida já começa disputada com as duas equipes buscando a vitória. Em
determinado momento, você recebe a bola e parte para o gol sendo marcado direto por
um jogador do time adversário, mas, na disputa, seu oponente cai machucado e, sendo
também atleta, você percebe logo que a lesão é grave. Descreva qual seria sua atitude?
148
SITUAÇÃO 2
Final de ano letivo na escola, você recebeu as notas e... Que bom! Passou de ano, agora
curtir as férias. Um de seus colegas de turma, bom estudante e com boas notas, se
complicou um pouco e foi parar no temido exame final em uma matéria que você
domina muito bem. Sabendo de sua habilidade com a matéria, esse colega o procura
perguntando se você poderia dar uma ajudinha. Acontece que, como já estará de
férias, você agendou várias atividades para o período em que o colega precisava
dessa ajuda. Descreve qual seria sua atitude?
a) E para finalizar essa aula, quais as atitudes ou posturas que você melhoraria
nas suas relações de amizade para ser uma pessoa mais companheira/solidária?
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA:
Valores.
Caro estudante,
Uma das principais constatações, ao tratarmos dos problemas referente à banalização dos valores,
a banalização da palavra. Desde o seu uso irresponsável até o esvaziamento dos seus
significados. Mas em um grupo social, qualquer que seja ele, só chega a esse estado de coisas,
através de uma outra prática banal: o esvaziamento do vínculo entre pessoas – vínculo que
também se expressa na qualidade de seus diálogos.
Em qualquer lugar onde o vínculo humano perdeu a importância, as pessoas se encontram, mas não
dialogam, mesmo que falam sem parar: uma anseia pelo calar do outro para chegar a sua vez de
falar.
149
Os encontros se tornam, então, previsíveis e automáticos, sem nenhuma criatividade. Perde-se a
maior graça do encontro: a possibilidade de criar juntos novos sentidos, outros significados para
o que se vive e para a experiência de mundo.
Dialogar não é simplesmente falar. É também ouvir. E silenciar. Pois é no silêncio que ponderamos,
“esperamos o terceiro pensamento”, como escreveu Guimarães Rosa. “Mesmo no silêncio e com o
silêncio dialogamos”, disse Carlos Drummond de Andrade. Não dialogamos para reforçar o que “já
sabemos”, mas para construir novos significados. É uma forma de se relacionar, de criar com o outro.
A proposta desta aula é criar espaços e condições de diálogo, abordando situações frequentes
no cotidiano, problematizadas a partir da sua recorrência no uso das mídias sociais.
Sigamos como as atividades e bons
estudos!
ATIVIDADES
Se a carapuça serviu...”
Partindo disso, leia e reflita sobre os seguintes dizeres, típicos das mídias sociais:
Tem gente que se acha #aff
Gente que posta “fotinha” fazendo biquinho pro espelho #VocêEstáFazendoIssoErrado
Inveja mata, viu! #BeijinhoNoOmbro
Eu vou cuidar da minha saúde, porque da minha vida já tem quem cuide #AinvejaTemFacebook
A fila anda, tá? #SouMaisEu
Gente que não sabe nem escrever direito #AgenteVêPorAqui
150
Sugestão: você pode compartilhar com alguém que esteja em sua casa e registrar a
opinião ou relato de algo vivenciado devido as postagens.
Você também percebeu que as frases têm mais de um sentido — provavelmente vários.
Para ajudar na investigação, responda às seguintes perguntas:
Em quais tipos de contexto as frases poderiam ter sido escritas? Você pode escolher
duas ou três frases para o seu relato.
A quem elas se destinaria? Ou seja: para quem “a carapuça poderia servir”?
Quais as possíveis intrigas e picuinhas que estariam por trás de tudo isso?
Sabemos que nossa forma de agir diz muito sobre cada um de nós.
Então, estabeleça a partir de hoje algumas metas pessoais para serem aprimoradas, caso
você tenha percebido que anda cometendo alguns deslizes na relação com os outros
(amigos, familiares) ou se possui dificuldades para expressar o que sente. Pois nada é mais
grave do que ser mal entendido ou magoar as pessoas por não saber se expressar bem.
Fazendo isso, além de ter esse cuidado com as pessoas com quem convive, você é
estimulado a desenvolver novas habilidades de comunicação? Talvez você não saiba, mas
ser um bom comunicador, é algo que se aprende!
Para isso, basta ter clareza das dificuldades que você tem e precisa começar a superar para
começar a mudar suas atitudes. Um comunicador em potencial é quem sabe resolver
conflitos através do diálogo. Esse comunicador se conhece muito bem e entende as pessoas
a sua volta. Principalmente em relação a algumas postagens nas redes sociais ou durante
aquelas rodas de conversa com os amigos ou familiares.
Ao se comunicar, o que você considera que precisa melhorar, quando alguém alega não ter
entendido o que você disse? Reflita e registre no seu portifólio.
Ainda falando da capacidade comunicativa, esteja atento como você gerencia suas emoções.
Um bom comunicador, por exemplo, não guarda rancores e sabe perdoar as pessoas. Saber
falar o que sente, ouvir pontos de vista diferentes evita que mais tarde você tenha problemas.
151
PARA SABER MAIS:
Em uma noite de outono em 2003, Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), analista de sistemas
graduado em Harvard, se senta em seu computador e começa a trabalhar em uma nova ideia.
Apenas seis anos e 500 milhões de amigos mais tarde, Zuckerberg se torna o mais jovem
bilionário da história com o sucesso da rede social Facebook. O sucesso, no entanto, o leva a
complicações em sua vida social e profissional.
Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-147912/>.
Acesso em: abril de 2020.
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA:
Valores.
Caro Estudante,
Sem dúvida, a aventura humana não seria tão fascinante se houvesse pelo menos uma pessoa igualzinha
é outra. E, com todas as nossas diferenças, o desafio é a convivência criativa com as pessoas...
Mas não precisa sentir vergonha! Conflito é assim mesmo: desperta instintos que nem sabíamos
que existiam. Por isso é uma boa ocasião para nos conhecermos melhor. Tem gente que, ao
falar desses instintos, diz assim: “Eu virei o bicho! ”. E virou mesmo. Porque ninguém nasce
“gente”, nos tornamos “gente” na luta desse estranhamento em sermos ora cheios de ódio ora
encharcados de carinho. E não se surpreenda (ou se surpreenda muito!) se um dia desses
aquela pessoa com quem você “não tromba muito bem” se tornar um grande amigo.
152
E, por falar em diferença, enquanto um achava tudo isso um inferno, outro escritor notável,
Guimarães Rosa, achou foi uma maravilha, e fez questão de dizê-lo nessas belas palavras: “[...]
Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre
iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou
desafinam. Verdade maior. [...] ” (In: Grande sertão: veredas. 19. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2005. p. 39.)
Atualmente, as diferenças ainda são motivos para muitos conflitos. Pensando nisso, qual seria os
limites que precisamos construir para viver melhor e em comunidade? Nessa aula vamos
problematizar a sua forma de olhar o outro, que deve ser atenta à singularidade de cada um e à
maneira como você e o outro se portam, quando essa singularidade se manifesta.
ATIVIDADES
“O seu olhar melhora o meu”.
1 — Com certeza você já reparou. Às vezes assistimos a certos filmes em que grandes catástrofes
acontecem – prédios que desabam, navios que naufragam, aviões que caem – e simplesmente não
sentimos a menor compaixão. Aliás, o sucesso de muitos dos filmes de ação se deve justamente à
grande parcela de prazer que isso comumente provoca no público! Mas certamente você também já
reparou que só não sentimos nada quando a história das pessoas que desaparecem nessas
catástrofes cinematográficas não nos é contada. Mas, basta ter acompanhado na tela a história de
uma única pessoa que desaparece nos escombros de um prédio que desmoronou e já é o bastante
para partir nosso coração. Não será assim também com as pessoas que estão à nossa volta?
Depois de ouvirmos a história de vida de uma pessoa, dificilmente conseguiremos ser indiferentes a
ela; nunca mais a veremos com os nossos antigos olhos. Quer uma prova?
Quando alguém faz uma ideia pouco verdadeira sobre nós, achamos que não fomos
olhados direito, não é mesmo? O mesmo acontece quando fazemos uma ideia vaga do
outro: ele também quer um segundo olhar. Se é assim, olhem-se mais uma vez.
* Partindo disso, sentado de frente de alguém da sua escolha, fale um pouco de você
para ele e ouça com atenção o que ele tem a dizer sobre si mesmo. Não esqueça antes de
pedir autorização para que você possa fazer os registros.
Boa conversa!
153
Para saber MAIS
Brené Brown ousou tocar em assuntos que costumam ser evitados por
causarem grande desconforto. Sua palestra a respeito de
vulnerabilidade, medo, vergonha e imperfeição já teve mais de 25
milhões de visualizações. Viver é experimentar incertezas, riscos e se
expor emocionalmente. Mas isso não precisa ser ruim. Como mostra
Brené Brown, a vulnerabilidade não é uma medida de fraqueza, mas a
melhor definição de coragem. Quando fugimos de emoções como medo,
mágoa e decepção, também nos fechamos para o amor, a aceitação e a
criatividade. Por isso, as pessoas que se defendem a todo custo do erro
e do fracasso acabam se frustrando e se distanciando das experiências
marcantes que dão significado à vida. Por outro lado, as que se expõem
e se abrem para coisas novas são mais autênticas e realizadas, ainda
que se tornem alvo de críticas e de inveja. É preciso lidar com os dois
lados da moeda para se ter uma vida plena. Em sua
pesquisa pioneira sobre vulnerabilidade, Brené Brown concluiu que fazemos uso de um verdadeiro
arsenal contra a vergonha de nos expor e a sensação de não sermos bons o bastante, e que
existem estratégias eficazes para serem usadas nesse 'desarmamento'. Neste livro, ela apresenta
suas descobertas e estratégias bem-sucedidas, toca em feridas delicadas e provoca grandes
insights, desafiando-nos a mudar a maneira como vivemos e nos relacionamos.
154