Introdução
Aprendemos que “Louvar” e “Adorar” têm uma amplitude muito maior do que
normalmente notamos. Muito mais que um momento no culto, “Louvor e Adoração” devem
ser um estilo de vida, que reflete um desejo de comunhão progressiva com Deus e nossa
intenção de cultuá-lo, reconhecendo e exaltando Suas virtudes.
Tem a ver com o exercício de nossos dons espirituais, quando dedicamos nosso
trabalho ao Senhor, no contexto de nossas Igrejas e comunidades.
O trabalho dos sacerdotes judeus no templo, que consistia em oferecer os sacrifícios,
era considerado um “serviço de adoração”. Este trabalho foi superado com o sacrifício de
Cristo (Sumo-Sacerdote e o último Cordeiro), ao morrer em nosso lugar na cruz.
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Princípios de Louvor e Adoração
Entretanto, todo aquele que faz parte do Povo de Deus, foi designado como
“sacerdote” com a função de proclamar as virtudes do Senhor e testemunhar de Cristo por
onde for (I Pe 2.9).
Paulo fazia seu serviço pastoral às igrejas, na intenção de apresentar as comunidades
que fundou, como uma oferta aceitável a Deus (Rm 15.16).
A obtenção de fundos para os carentes da igreja de Jerusalém é chamada de “serviço
ministerial” (leitourgia) (2 Co 9:12,13).
Os cristãos, quando servem aos irmãos, motivados pelo amor de Deus, exercem a
“leitourgia” (At 13.2: “E, servindo (leitourgeo) eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito
Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo, para a obra que os tenho chamado”). Quem serve
a Deus serve a Igreja e vice-versa.
Dr. Shedd diz que os livros de Romanos e I Coríntios, mostram que o exercício dos
dons do Espírito, deve ser encarado como uma expressão de culto e adoração a Deus:
“Paulo lembra aos romanos, que a oferta de seus corpos a Deus é um ato de adoração
espiritual, se contudo, esses mesmos corpos estiverem sujeitos ao Cabeça (Cristo) para servir,
profetizar, ensinar, exortar, contribuir, presidir e exercer misericórdia (Rm 12.1-8).
Certamente a lista pode ser estendida para incluir todo e qualquer ministério. A vida do
cristão, se não se isolar da família de Deus, nem se separar do próprio Senhor, expressará
adoração nas reuniões ou nas atividades do dia-a-dia.
A significação dos cultos nos quais a congregação se reunia, alcançou relevância
particular na concentração de vozes louvando e ensinando juntas, com corações sedentos,
aprendendo e aplicando a Palavra. Era uma ocasião apropriada para o treinamento (Ef 4.12)
dos santos, para servirem a Deus dentro e fora das reuniões. Os dons de apóstolo, profeta,
evangelista, pastor e mestre, cooperam e fecundam no centro do culto, para encorajar o bom
ajustamento, o auxílio de toda a junta e cooperação de cada parte, o que “efetua o seu próprio
aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.16). (Op. cit. p. 91).
Conclusão
Introdução
Vamos citar algumas tendências, mas antes lembre-se: o fato de você se identificar
com uma ou outra características, não o torna alguém com baixa auto-imagem. Existem
características que podem ocorrer com qualquer pessoa. Caso você se enquadre em muitas das
descrições a seguir, o mais indicado seria conversar com um conselheiro.
Atitude pessimista diante da vida, espera sempre o pior;
Evita as pessoas, pois tem dificuldade de expressar emoções;
Muito crítico, perfeccionista, ou pouco flexível, principalmente consigo
mesmo;
Atitude de estar “carregando o mundo nos ombros”
Dificuldade de perdoar aos outros e a si próprio;
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Princípios de Louvor e Adoração
Mau ouvinte e mau perdedor;
Teimoso, quer tudo do seu jeito;
Quer inconscientemente ser o centro das atenções;
Tem dificuldade em receber elogios;
Vive comparando-se com os outros;
Quer sempre provar que é bom no que faz;
Super preocupação com sua aparência e “status”
Não consegue amar e confiar totalmente em Deus;
Problemas quanto a aceitação do amor de outra pessoa;
Tem medo de ficar só;
É facilmente influenciável pelos outros;
Usa a ira como autodefesa, fica logo exaltado.
Uma das passagens mais conhecidas sobre “Fé”, está registrada em Hb 11.6: “Sem fé é
impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que
recompensa aqueles que o Buscam”. A palavra “aproximar” no texto é um termo técnico para
Adoração, isto é, “aproximar-se de Deus em adoração, na certeza de que Ele existe e não
falhará comigo”, seguindo o princípio de Hb 11.1: “ora, a fé é a certeza daquilo que
esperamos e a prova das coisas que não vemos”.
Adorar com fé é fazê-lo confiando em suas promessas. Quando adoramos a Deus com
fé, agradamos ao Seu coração. Esta alegria não é estática, aumenta à medida que O adoramos.
Quando prestamos culto a Deus devemos perguntar: “Deus está satisfeito com o culto que
estou oferecendo a Ele?”.
Mc 12:30 “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o coração, de toda a sua alma,
de todo o seu entendimento e de todas as suas forças”.
A passagem acima, mostra Jesus comentando sobre “o maior mandamento”. O
evangelista Marcos expõe, entre as palavras do Mestre, o termo “força” (do grego “ischuos”).
A idéia é a de que, amar a Deus com tudo o que temos, requer toda a força do adorador. Isto
implica no esforço físico de desenvolver sua capacidade, talento e força de ação. Significa
“gastar suas energias físicas em atos de amor a Deus”.
Quantas vezes estamos trabalhando na Obra de Deus e nos cansamos fisicamente, não
é mesmo? Às vezes são noites gastas em planejamentos, ou na compra de materiais que vão
ser empregados em um acampamento, ou pintando cenários e decorações para um evento em
nossa comunidade! Não é incrível que ficamos cansados, mas até dizemos que foi “Um
cansaço bom! Valeu a pena!”. Sabe por que? Foi um esforço físico dedicado em adoração e
louvor ao Senhor!
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John Comenius, no passado, escreveu: “porque aquele que ama a Deus com todo o seu
coração, não necessita de prescrições para saber quando, onde e quanto deve servi-Lo, adorá-
Lo e cultuá-Lo. Porque a união sincera com Deus, em si mesma, juntamente com a prontidão
de obedecer e adorar a Deus de modo mais aceitável, o conduz a louvá-Lo através do seu ser e
a glorificá-Lo por meio de todos os seus atos” (Shedd, op. cit., p.29).
Conclusão
Tenho certeza de que após este estudo, você irá avaliar melhor suas atitudes quando
participar dos momentos de “Louvor e Adoração” de sua comunidade. Isso é muito bom! Mas
lembre-se que estes “Requisitos Para a Verdadeira Adoração”, são para toda a sua vida e não
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apenas para o tempo que temos com os irmãos na Igreja. Faça destes princípios aqui
estudados, a base para uma comunhão mais profunda com o Senhor!