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Sumário:

O macrófago é uma célula de defesa do organismo que atua no sistema


imunológico,proveniente da linhagem mieloide do sistema
hematopoiético,tendo como percursor o monócito.Se concentram em orgão
com a função de defesa do organismo. Tem capacidade fagocítica estando
envolvida na eliminação de células/partículas estranhas ao organismo. A
principal função dos macrófagos é realizar a fagocitose. O macrófago fagocita
células danificadas e envelhecidas, restos celulares, agentes estranhos e
partículas inertes. As demais funções varias conforme o local onde ele é
encontrado e da denominação recebida. Porém, é importante ressaltar que
tpodos os tipos realizam fagocitose.
I. Introdução
O macrófago é uma importante célula do sistema imunológico que
participa na imunidade inata e condiciona à adaptativa, através da
fagocitose de partículas estranhas. E uma célula que tem associadas
propriedade como a mobilidade, a promoção da citotoxidade e a
elevada capacidade Biosintética, permitindo a secreção de uma vasta
gama de ciocinas (pequenas proteínas secretadas que promovem a
comunicação célula-célula e podem atuar sobre o seu crescimento e
diferenciação). Desde sua descoberta no final do século XIX, o papel
destas células tem-se vindo a revelar.
Os macrófagos são células hematopoiéticas fagocíticas proveniente da
medula óssea, através da linhagem mieloide/fagocítica mononuclear,
tendo como percursores os monócitos que circulam temporariamente na
corrente sanguínea e que migram depois para os tecidos, onde se
diferenciam. Apesar de muitas vezes os monócitos e os macrófagos
serem considerados como um único tipo celular devido ás suas muitas
semelhanças, estas apresentam também diferenças das quais se
destacam a potencia da atividade fagocítica e o tamanho, tendo o
macrófago, relativamente uma proporção maior e uma atividade
fagocítica mais elevada.
Os macrófagos são importantes para assegurar um funcionamento
normal do hospedeiro através do controle dos processos inflamatórios
(inibindo ou promovendo), do desenvolvimento de tecidos e da sua
cicatrização.
Todas as ações realizadas pelos macrófagos são dependentes de
sinais específicos como hipóxia (circunstância onde os tecidos não
sejam oxigenados adequadamente, geralmente devido a uma
insuficiente concentração de oxigênio no sangue).

A ação dos macrófagos pode também ser muito impactante no


agravamento de certas patologias, pois alguns fenótipos promovem a
angiogénese (importante no desenvolvimento de tumores) e a geração
de tecido adiposo (obesidade).
Os macrófagos são encontrados em uma grande variedade em todo o
organismo, amplamente distribuídos por quase todos os tecidos como a
medula óssea, no sangue, nos tecidos linfoides, no fígado e nos
pulmões; tendo diferentes particularidades/designações de acordo com
suas localizações (tabela 1).

Tabela 1- Exemplos e macrófagos tecidulares designações e funções.


(tabela adaptada de (Obeid et al.,2010)

Denominação: Local: Função:


Macrófagos alveolares Pulmões Defesa contra
microrganismos e
agentes estranhos.
Células de Kupffer Fígado Remoção de células
envelhecidas e
destruição de
bactérias.

Células Mesangiais Rins Fagocitose de


substancias estranhas.
Micróglia Sistema nervoso Fagocitose e defesa
do sistema nervoso.
Histiócitos Tecido conjuntivo Função fagocítica.
(sangue)
Monócitos Sangue Defesa.
Osteoclastos Tecido ósseo Remodelação dos
ossos.
A função dos macrófagos é adaptada aos tecidos onde reside (tabela 1).Assim,
as células de Kupffer encontradas no fígado contribuem para a regeneração
hepática após lesão, os osteoclastos mediam a morfogênese óssea, a
micróglia presente no cérebro apoia o desenvolvimento de redes neurais e
macrófagos intestinais ( órgão que constitui o maior reservatório destas células
no organismo humano) são de extrema importância para a manutenção da
mucosa para a renovação epitelial, são também importantes componentes da
imunidade protetora, encontrando-se na patologia de doenças inflamatórias do
intestino quando sua função está comprometida.

O tempo de vida essa célula é variável, pois depende de suas funções


imunológicas da sua localização no tecido, tendo os macrófagos inflamatórios
um tempo reduzido para apenas alguns dias.
II. Breve históricos.
Os macrófagos começaram a ser descritos na segunda metade do
século XIX, quando Elie Metchnikoff, um zoologista Russo, após
observações a larvas e estrelas-do-mar, concluiu que as mesmas
continham umas células que apresentavam um importante papel na luta
contra microrganismos que tentavam invadir seus organismos. Essas
células tinham capacidade de ingestão de partículas infecciosas.
Denominando essas células como macrófagos e micrófagos de acordo
com suas variações de tamanhos.
Elie formulou uma nova teoria baseada na ingestão desses
organismos, mecanismo denominado fagocitose. A sua teoria foi
batizada de teoria celular da imunidade, foi comprovada quando
introduziu em uma de suas larvas um espinho de roseira, após a
invasão ficando o espinho coberto de macrófagos.

Figura 1- Metchickoff pai da imunidade celular e seus desenhos.


III. Células fagocíticas.
Consideram-se células fagocíticas os monócitos, os macrófagos, as
células dendríticas e os neutrófilos. Todas removem as células mortas,
tecidos e partículas estranhas ao organismo por meio de incorporação e
digestão.
Os neutrófilos possuem formato arredondado com diâmetro variável
entre 10 e 14μm e possuem núcleos multilobados formados por dois a
cinco lóbulos ligados entre si por pontes de cromatina. Quando jovem, a
célula apresenta um núcleo em forma de bastonete curvo.
Encontram-se no sangue periférico, além de sua função fagocítica,
possuem mecanismos antimicrobianos muito eficazes, mas são células
de vida curta, sobrevivendo apenas algumas horas. A quantidade
aproximada de neutrófilos em um adulto é de 2.300 a 8.100 por mm³. O
aumento no número de neutrófilos, a neutrofilia, geralmente indica uma
infecção bacteriana. Há, porém, exemplos de neutrofilia benigna
associada ao estresse, prática elevada de exercícios físicos, ou até
mesmo ingestão de medicamentos à base de cortisona e epinefrina.
Os monócitos circulam igualmente no sangue periférico
desempenhando importantes funções fisiológicas, são células de vida
mais longa e desempenha a função d apresentação de antigénio aos
linfócitos T.

Figura 2- Representação células fagocíticas.


IV. Hematopoiese.

Os macrófagos são um importante componente do sistema


reticuloendotelial e tem a sua origem em orégãos hematopoiéticos,
como o saco vitelino, a medula óssea e também o baço.
As células do sistema hematopoiético apresentam um tempo de vida
curto, sendo necessária sua reposição. Na medula óssea o equilíbrio
entre a auto renovação e a diferenciação celular tem de ser mantido.
Assim, os macrófagos e monócitos derivam de um tipo de célula
estaminal hematopoiética, que dá igualmente origem ás células
dendríticas.
O percussor mieloide da origem á linhagem fagocítia-mononuclear,
tendo como primeiro tipo celular os monoblastos. A sua divisão, com
consequente diferenciação, origina promonócitos e posteriormente
monócitos que são liberados para a corrente sanguínea, onde circulam
temporariamente até migrarem para os tecidos, diferenciando-se aí em
células dendríticas ou macrófagos, como pode ver na figura 3.
A diferenciação em monócitos ocorre em resposta a citocinas
hematopoiéticas. O fator de transição mieloide é necessário para os
primeiros passos de compromisso da linhagem mieloide das células
estaminais hematopoiéticas e a sua ausência resulta em deficiência
desta linhagem.

Figura 3- O macrófago e seus percursores.


V. O Monócito.

O monócito é a maior população de células brancas do sangue periférico


apresentando limites irregulares, como um núcleo igualmente irregular, muitas
vezes lobulado, podendo o seu citoplasma ser vacuolizado. Os monócitos são
libertados da medula óssea para a corrente circulatória e linfática, quando
estimulados por estímulos inflamatórios e imunológicos.

Os monócitos são heterogéneos, podendo ser dividido em três subtipos


baseados nos seus marcadores de superfícies, especificamente os receptores
CD14 e CD1. Cada subtipo possui funções especificas, diferenciando-se entre
si relativamente pelos seus tamanhos, tráfegos e estímulos.

Quando o monócito s converte em macrófago ocorrem algumas


transformações que lhe permitem assegurar importantes funções fisiológicas,
aumentando a sua capacidade fagocítica e antimicrobiana, devido ao
macrófago apresentarem um maior número de lisossomas.

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