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Introdução
1.1.1 Classificação:
a) Classificação Macroeconômica:
Setor de Serviços,
Setor Agrícola;
Setor Industrial.
b) Classificação Microeconômica:
Implantação;
Expansão/Ampliação;
Modernização;
Relocalização;
Diversificação.
1.1.3 Etapas
LOCALIZAÇÃO
ESCALA ENGENHARIA
FINANCEIRO
ADMINISTRATIVO
JURÍDICO
CONTÁBIL
MEIO AMBIENTE
CRONOGRAMAS DE
DESEMBOLSO,
PROJEÇÕES DE CUSTOS
E RECEITAS
NÃO SIM
PARAR A
AVALIAÇÃO
ANÁLISE
APROVADO
PROJETO FINAL
IMPLANTAÇÃO
OPERAÇÃO
1.1.4 Características
1. ANÁLISE DE MERCADO
1.1.1 Demanda
Nesse caso, podemos reescrever a demanda do bem x como sendo apenas a função do
preço de x, já que as demais variáveis ficam com seu valor inalterado:
Dx = f (Px)
10
Tanto os bens de Giffen como os de Veblen têm curvas de demanda com inclinação
positiva, ou seja, ascendentes da esquerda para a direita.
Tudo o que foi exposto até agora referia-se ao consumidor individual, mas vale
também para o mercado como um todo, já que a curva de demanda do mercado resulta de
agregação das curvas individuais.
1.1.4 Oferta
Uma medida de resposta da curva da demanda ou oferta pode ser obtida através da
elasticidade. O que se mede com o cálculo da elasticidade é a variação que ocorrerá na
quantidade demandada (ou ofertada) quando varia o preço ou outra variável qualquer. Supõe-
se que esta variação ocorra sempre em uma curva de demanda ou de oferta. Assim, por
exemplo, a elasticidade-preço da demanda mede a variação relativa (ou percentual) que
ocorrerá na quantidade demandada, quando ocorre uma variação relativa no preço:
Ox = f (Px . Pi . T . Pz . etc.)
Ox = f (Px)
Px
t
Figura 2 - Curva do Bem
A oferta do bem x é uma curva ascendente da esquerda para a direita, mostrando que,
quanto maior o preço, maior será a quantidade que os produtores desejarão oferecer no
mercado. A oferta do bem x é portanto, uma função direta ou crescente do preço.
1.3 Tabelamento
Num mercado em concorrência perfeita, caso o Governo tabele o preço num valor
inferior ao de equilíbrio, ocorrerá escassez do bem (excesso de quantidade demandada sobre a
oferta).
Tendo em vista que a solução adequada para esta escassez, que seria a elevação do
preço de mercado, não é possível pois o mesmo está tabelado, não há outra alternativa ao não
ser a administração da escassez.
A curva de demanda se desloca em relação à sua posição original quando uma daquelas
variáveis que supusemos constantes quando traçamos a curva mudar de valor. Ela se
deslocará para a direita da posição original quando a mudança do valor da variável antes
suposta constante contribuir para aumentar a demanda e para a esquerda da posição original
quando contribuir para diminuir a demanda.
São os bens cujo consumo é feito geralmente de forma simultânea. Da mesma forma
que a substitubilidade, a complementaridade não precisa ser total, ou seja, o consumo de um
implicar necessariamente no consumo do outro, bastando que o consumo de ambos seja
associado de alguma forma. Exemplo: Pão e manteiga.
Esta não é a única classificação possível dos mercados, embora seja a mais utilizada.
Uma importante diferenciação entre as estruturas de mercados reside no grau de
controle que vendedores e compradores têm sobre o preço pelo qual o produto é
transacionado no mercado.
Maturidade
Se o produto é aceito pelo público, diz-se que ele entrou na etapa de crescimento. As
curvas de vendas e lucratividade crescem depressa, pois o mercado se encontra em expansão.
Após a maturidade pode chegar a fase de declínio, que pode ocorrer pelas razões
seguintes:
Desapareceu a necessidade pelo produto;
Surgiram novos produtos mais eficazes;
Os competidores conseguiram promover um produto substituto melhor.
Com o declínio vem a queda na quantidade demandada. A caída nas vendas faz com
que o controle dos custos de produção seja cada vez mais importante. As técnicas de projeção
podem ser a analogia histórica, a análise de regressão e a pesquisa de mercado.
Definir exatamente o produto ou serviço cuja demanda vai ser projetada. Além disso, é
importante definir o objetivo do estudo que, neste caso, será admitido como sendo o mercado
para a determinação da viabilidade de um projeto, e o correspondente grau de detalhe a que se
quer chegar.
As projeções podem ser de curto, médio e longo prazos. Tal classificação envolve o
critério algo subjetivo do que seja prazo curto, médio e longo. Em geral admite-se como
sendo de curto prazo a projeção de cobre o período de um mês até um ano. As projeções que
vão de um a dois anos são consideradas de médio prazo e daí em diante tem-se o longo prazo.
As projeções de curto prazo também são chamadas previsões.
A projeção da demanda, pode ser feita em dois grandes níveis de agregação: por
projeção macroeconômica e por desagregação setorial. A projeção macroeconômica, feita
através de modelos econométricos ou não, é a mais comum nos projetos. Isto se deve ao fato
de que sua obtenção é a mais rápida e bem mais barata.
A projeção por desagregação setorial permite que sejam obtidos os valores projetados
de consumo em cada setor. A projeção do consumo para toda a economia é obtida pela
agregação dos respectivos consumos setoriais.
Uma projeção de demanda pode ser feita por critérios quantitativos e/ou qualitativos.
Entre os critérios quantitativos podem-se citar: a análise de séries de tempo, a análise de
regressão, os modelos econométricos, as matrizes de entrada-saida, etc. Com relação aos
critérios qualitativos, que são muito empregados em projeção tecnológica, temos os seguintes:
técnica Delphi, analogia histórica, painel de especialistas, elaboração de cenários.
O objetivo desta técnica é obter certo consenso por parte de um grupo de especialistas,
sem que haja interação pessoal entre os mesmos.
O objetivo aqui também é o de obter um consenso entre especialistas. Mais uma vez, a
idéia é de que os especialistas, trabalhando em conjunto, poderão chegar a uma projeção
melhor. A diferença é que a comunicação é direta e pessoal.
1.9.4 Cenários
A técnica de redigir cenários tem por objetivo estabelecer uma seqüência lógica de
eventos, mostrando como um processo se desenvolve, qual a inter-relação entre os diversos
fatores envolvidos e onde o processo pode conduzir. Para isto é comum estabelecer uma
seqüência temporal, que facilita o processo iterativo de escrever o cenário. Um cenário bem
redigido procura responder às seguintes questões: como certas situações hipotéticas podem
ocorrer e quais alternativas existem para se atuar no processo.
Freqüência Simples ou Absoluta (fi): são os valores que realmente representam o número de
dados de cada classe. É o resultado da contagem das ocorrências de respostas por opção
possível da variável.
f i n
Freqüência Relativa (fri ou fi): é o resultado da divisão da freqüência absoluta de cada opção
pelo total de elementos da amostra, é geralmente expressa em percentagem.
Se as freqüências relativas forem substituídas pelas relativas correspondentes, a tabela
resultante será identificada com distribuição de freqüência relativa.
fi
fri
f i
Fi f1 f 2 ........ f i
F
Fri
f i
Se a variável toma numerosos valores distintos, é comum tratá-la como uma variável
contínua, formando intervalos de classe de amplitude diferente de um.
Esse tratamento (arbitrário) abrevia o trabalho, mas acarreta alguma perda de precisão.
Classificação:
As medidas de tendência central classificam-se em:
Média Aritmética: É o quociente existente entre o somatório dos valores das variáveis pelo
número deles.
__
X = Σxi / n
X = 2 + 4 + 6 / 3 =4,0
P1. O somatório dos desvios (afastamento dos valores observados da média), de um conjunto
de números em relação à média é zero. D = Xi - X
Média Ponderada: É o quociente entre o produto dos valores de uma variável pelos seus
respectivos pesos ou freqüências, dividido pela soma dos pesos ou freqüências.
__
Xp = Σxifi / n
Xp = 2 . 3 + 3 . 2 + 4 . 5 / 3 = 4,0
Xh = n / Σ 1/ xi
Obs.: A média harmônica é especialmente recomendada para uma série de valores que são
inversamente proporcionais, por exemplo, para o cálculo da velocidade média, custo médio,
tempo médio, etc...
X = 31/14 = 2,21
NOTAS N.º DE Xi fi x i
ALUNOS
0 |----- 2 3 1 (3 x 1) = 3
2 |----- 4 2 3 (2 x 3) = 6
4 |----- 6 1 5 (1 x 5) = 5
6 |----- 8 4 7 (4 x 7) = 28
8 |----- 10 5 9 (5 x 9) = 45
Totais 15 87
_
X = 87 / 15 = 5,8
MODA: E uma medida estatística que representa o valor ou valores que mais se repetem.
Tem como notação Mo.
Moda de dados nao-agrupados: Neste caso basta verificar qual o valor que mais se repete.
Ex.: 4, 4, 5, 6, 7 Mo = [ 4 ]
A) Sem Intervalo de Classe: Para determinar a moda basta identificar a variável de maior
freqüência (maior ocorrência).
Xi fi
3 8
5 1
7 15 Classe Modal
9 7 Mo = 7
10 6
Mo = Moda
li = limite inferior
h = amplitude da classe modal
fi = freqüência simples
f(i - 1) = freqüência simples anterior a classe modal
f(i + 1) = freqüência simples posterior a classe modal
Mo King = 6 + 2 ( 0,25 )
Mo King = 6 + 0,5
Mo King = 6,5
Moda Bruta
6+8 = 14 = 7
2 2
MEDIANA: É o valor que divide uma serie estatística em 2 partes iguais, sendo representada,
por Me.
A) Quando o número de variáveis for par: Para identificarmos a mediana quando o número
de variáveis for par devemos seguir os seguintes passos:
Exemplo: Seja F = { 9, 5, 4, 8, 6, 7 }
F = { 4, 5, 6, 7, 8, 9 }
Me = 6 + 7/ 2 = 6,5
Me = 3
Mediana de Dados Agrupados
Sem Intervalo De Classe: Para calcularmos a Mediana de dados agrupados, sem intervalo de
classe, devemos seguir os seguintes passos:
Com Intervalo De Classe: Para calcularmos a Mediana de dados agrupados, com intervalo
de classe, devemos utilizar a fórmula abaixo.
Me = li + h ( fi/2 - F ( i -1) / fi )
CLASSES fi FI
35 |----- 45 5 5 Ii = 55
45 |----- 55 12 17 h = 10
55 |----- 65 18 35 Classe fi = 18
Mediana
65 |----- 75 14 49 F(i-1) = 17
75 |----- 85 6 55
85 |----- 95 3 58
TOTAL 58
Passos:
Me = 55 + 10 ( 29 - 17 / 18 )
Me = 55 + 10 ( 12 / 18 )
Me = 55 + 6,66
Me = 61,66
1.10.2 Amostra
A amostra aleatória é aquela que cada item da população tem a mesma chance de ser
incluído na amostra.
A questão a responder para cada amostra é: quão próxima está a estatística amostra do
verdadeiro valor do parâmetro populacional ? A resposta depende de três fatores: a estatística
que está sendo considerada, tamanho da amostra e a variabilidade existente na própria
população.
Aquela em que cada elemento da população tem uma chance conhecida e diferente de
zero de ser selecionado para compor a amostra. Somente amostras Probabilística fornecem
estimativas com precisão da população. Podem ser divididas nos seguintes tipos:
Aleatória Simples: Caracteriza-se pelo fato de que cada elemento da população tem
probabilidade conhecida, diferente de zero, idêntica a dos outros elementos, de ser
selecionado para fazer parte da amostra. Esta característica permite que qualquer
subconjunto de “n” elementos de uma população constitua-se numa amostra possível da
população em estudo.
Aleatória Estratificada: Consiste no processo de dividir uma população em estratos,
amostras aleatórias simples de cada estrato e, a seguir, combiná-las em uma amostra única
para estimar os parâmetros da população, denominamos de amostragem aleatória
estratificada.
Conglomerados ou Grupos: Neste tipo de amostragem, grupos de elementos da população
são simultaneamente sorteados. A população em estudo precisa ser subdividida em grupos
mutuamente exclusivos e coletivamente exaustivos. A seguir, procede-se à seleção da
amostra a partir desses grupos. Quando dos grupos selecionados, todos os elementos
passam a fazer parte da amostra, a amostragem é chamada de “um estágio”. Quando, após
o sorteio dos grupos que farão parte da amostra, a amostragem é chamada de “dois
estágios”. Seguindo esse raciocínio, poder-se-á ter amostragens de “n estágios” , quando
sorteios sucessivos são realizados, até chegar-se ao sorteio de elementos do último grupo.
Aquela em que a seleção dos elementos da população para compor a amostra depende,
ao menos em parte, do julgamento do pesquisador ou entrevistador no campo. Não há
nenhuma chance de que um elemento qualquer da população venha a fazer parte da amostra.
A média de “n” amostras obtidas aleatoriamente de uma certa população será igual a
média da população de origem e a variância corresponderá à enésima parte da variância da
população geradora, no caso desta ser infinita. Se a população de onde saíram aleatoriamente
as amostras tiver uma distribuição normal, independente do valor que corresponda a “n” a
distribuição de médias na amostra também será normal.
Sendo “N” o número de unidades que constituem uma certa população e “n” o
tamanho da amostra, não havendo substituição na seleção das unidades, existirão tantas
amostras quantas forem às combinações de “N” unidades tomadas “n” a “n”.
Portanto, à medida que “n” cresce, as médias das amostras vão-se aproximando da média da
população e a variância das médias das amostras vai diminuindo até se tornar igual a zero,
fato esse que ocorre quando a amostra coincide com a população.
p.q Z 2 p.q
Z 2 r2 / n
n n2
Essa fórmula indica o tamanho mínimo que deve ter a amostra para uma população finita ao
se fazer a estimação de com um erro absoluto máximo , a um nível de confiança
desejado.
Sabe-se, que, quanto maior for o número de elementos da amostra, maior será sua precisão;
no entanto, não há proporcionalidade entre a elevação do número de elementos e a respectiva
melhoria na precisão dos dados.
Z
n 2 pq
e
Um dos aspectos mais importantes corresponde às hipóteses, uma vez que hipóteses
incorretas são a maior causa de erros nas projeções. Outro ponto importante é o julgamento
humano, que não deve ser subestimado por causa do desenvolvimento de técnicas analíticas
mais complexas e poderosas. Outro aspecto importante é que o analista deve entender o
escopo da decisão, ou seja, o que o processo decisório pretende. Podemos concluir que uma
boa projeção deve levar em conta os fatores relevantes e incluir uma estimativa de precisão.
Por seu lado, os administradores devem saber como a projeção foi feita e as hipóteses
admitidas, para reconhecer a projeção como boa e par usá-la na tomada de decisão. É
importante, pois, que o analista tenha uma boa idéia da precisão que sua projeção deve ter,
bem como das conseqüências para a empresa dos erros associados
2. LOCALIZAÇÃO
Segundo Holanda (1995) a localização ótima é aquela que assegura a maior diferença
entre custos e benefícios, privados ou sociais. A melhor localização é a que permite obter a
mais alta taxa de rentabilidade (critério privado) ou o custo unitário mínimo (critério social).
Podemos ter muitos fatores que, de uma forma ou de outra, influenciam nas decisões
sobre a localização. Nem todos são importantes, pois a localização é um problema específico
para cada companhia.
Nenhum procedimento pode garantir que tenha sido escolhido o melhor local. O fato
de evitar um local desastroso é talvez mais importante do que achar um local ideal.
As decisões sobre local incluem tantos fatores que se torna essencial uma abordagem
sistemática dos insumos, processamento e produções, embora reconhecendo que a finalidade
geográfica da decisão converge de forma típica de avaliações nacionais e regionais. As
escolhas são em geral limitadas a 3 ou 4 comunidades - locais que são avaliados
detalhadamente - antes de ser feita a escolha final.
Tanto as empresas lucrativas como as sem fins lucrativos trabalham com orçamentos
limitados: elas são economicamente premidas para controlar os custos. Os locais em potencial
podem ser comparados em uma base econômica calculando-se os custos variáveis e fixos e
depois variá-los em função de diferentes volumes em cada local.
A localização das dependências de uma empresa, seja ela uma indústria de manufatura
ou uma empresa de serviços, é uma decisão de longo prazo a ser tomada pelo administrador
de produção. Uma vez escolhido o local a empresa lá permanece por muito tempo e nesse
período terá tranqüilidade para desenvolver suas atividades ou irá arcar com os custos e
demais problemas gerados pela escolha inadequada. É, portanto, uma decisão tomada
basicamente no sentido de procurar o menor custo para a instalação de uma nova unidade ou
para a mudança de instalações já existentes, bem como devem ser levados em consideração
outros fatores não econômicos.
No que se refere ao aspecto custo, o administrador de produção vai deparar-se com três
tipos básicos:
1. Custos tangíveis: são aqueles que podemos medir diretamente, tais como:
Custo da aquisição do terreno: se a opção for construir, determinados tipos de negócios
admitem edifícios construídos especificamente para seu uso, tais como: aeroportos,
estações de TV, hidroelétricas, ambulatórios médicos, etc.
Custo do aluguel de um edifício pronto;
Custo de transporte de matérias primas, combustíveis e outros insumos necessários à
produção;
Custo de transporte do produto acabado até os pontos de distribuição ao mercado
consumidor;
Custo da água e energia elétrica;
Custo dos impostos federais, estaduais e municipais;
Custo dos seguros necessários;
Custo de mão de obra para a construção do edifício (se for o caso);
Custo da mudança (se for o caso) ,incluindo os custos devidos a parada de produção
ocorrida durante a mesma.
2. Custos Intangíveis: são aqueles que embora não sejam medidos diretamente, podem ser
distinguidos pela experiência do administrador de produção. Devido a esse aspecto,
representam a parte mais importante da responsabilidade da decisão do local das novas
instalações. São exemplos de custos intangíveis:
Disputa da mão de obra disponível que ocorre quando há uma concentração rápida de
empresas em uma mesma região, pois na medida em que a mão de obra vai rareando,
principalmente a mais especializada, as faixas salariais são aumentadas para atrair esses
profissionais, gerando um custo final de mão de obra maior que o previsto inicialmente.
São exemplos desse tipo de concentração mencionado a Zona Franca, os Distritos
Industriais e os Pólos Petroquímicos. Deve-se levar em consideração que o emprego de
mão de obra menos qualificada, portanto mais barata, pode levar a um nível maior de
automatização do processo de produção dependendo do seu nível de sofisticação, em
outras palavras, deverão ser adquiridos equipamentos que realizem suas tarefas com um
mínimo de intervenção do homem.
Relações Conflitantes com os sindicatos da região. Este fato, embora hoje bastante
amenizado, levou à saída de várias empresas da região da Grande São Paulo e ABC
(Brastemp, Villares, Maxion, etc) para o interior do Estado de São Paulo, com certa
predominância para a região de Sorocaba, ou mesmo para outros Estados,
Por outro lado devemos considerar que diversos municípios tem criado distritos
industriais, fornecendo infra-estrutura, como: água, eletricidade, rede de esgotos, arruamento,
além de isenção temporária ou abatimento de impostos municipais, chegando muitas vezes a
vender os terrenos necessários a preços abaixo do valor de mercado criando assim condições
de atração para indústrias de seu interesse. Estes projetos amparados por uma campanha de
esclarecimento junto a população, criam empregos e trazem benefícios para a comunidade
como um todo.
Este critério de avaliação do local a ser escolhido como futuro endereço da empresa é
utilizado quando nossa importância maior está na posição em relação aos clientes. Neste caso
os processos são ditos "Sintéticos", isto é, as várias partes componentes do conjunto e outros
materiais necessários a sua forma final são juntados a corrente principal, onde são trabalhados
para formar o produto final.São exemplos mais importantes: Indústrias de Confecção,
Autopeças e principalmente as empresas de serviços.
Existem ainda empresas cuja natureza das atividades torna difícil distinguir entre
processos "Analíticos" e "Sintéticos". Nestes casos a análise feita pelo administrador de
produção deve ser ainda mais criteriosa no levantamento dos custos envolvidos. Um dos
critérios de desempate pode ser, por exemplo, a análise do custo da mão de obra nas regiões
candidatas a sede da empresa. Dependendo da natureza do produto/serviço da empresa deve
ser feita a correspondente análise da mão de obra mais adequada: As empresas de serviço
necessitam de mão de obra especializada e em pouca quantidade; já as empresas de produção
"Pesada", exigem grandes contingentes de mão de obra em geral pouco qualificada.
Para maior conforto dos funcionários, o projeto pode incluir estacionamento, locais
abrigados para a entrada dos ônibus que servem as linhas mantidas pela empresa ou portarias
próximas de locais serviços de transporte coletivo.
A decisão de onde localizar uma empresa deve ser acompanhada de uma boa dose de
reflexão por parte do Administrador pois trata-se de uma decisão de grande peso no resultados
do futuro negócio além de tratar-se de uma escolha de longo prazo, pois uma vez montada a
empresa com todas as instalações necessárias ao seu funcionamento, a mesma permanecerá
por um longo período de tempo nesse local. É possível ainda que o Administrador tenha que
deparar-se com decisões como construir ou alugar o imóvel a ser utilizado pela empresa.
Ao longo dos últimos anos a proliferação dos “Distritos Industriais”, levou grupos de
empresas a fixarem-se em determinados municípios, conforme a melhor oferta de cessão de
terrenos e isenção de impostos. Existem casos especiais de concentração de empresas em
função de condições favoráveis de isenção de impostos como a Zona Franca de Manaus e
casos em que a concentração se dá em um segmento apenas como os Pólos Petroquímicos.
As atividades industriais são orientadas para o local onde estão os recursos: matéria-
prima, água, energia, mão-de-obra, etc:
Localização da matéria-prima: Se não pode ser transportada por longas distâncias in natura,
poderá se tornar o transporte com um custo muito alto, isso tenderá atrair a empresa para perto
do depósito ou fonte de matérias-primas;
Mão-de-obra: Fatores como quantidade e qualificação, sindicatos, características da região
(absenteísmo), problemas sociais;
Água e energia elétrica: Disponibilidade desses insumos na quantidade suficiente para as
atividades da empresa.
Ponto negativo: Fábricas e residências não se dão muito bem devido ao tráfego,
barulho, redes elétricas, etc. Uma opção é os Distritos Industriais que são distantes, possuem
terrenos pré-preparados, etc.
Dadas várias localizações alternativas, muitos modelos têm sido desenvolvidos para
auxiliar na escolha final. Alguns desses modelos consideram como problema à localização de
uma só unidade, enquanto outros trabalham com diversas unidades ao mesmo tempo. Por
outro lado, os modelos também variam em relação aos dados que exigem, indo desde os que
usam apenas informações qualitativas até os que partem para apurações numéricas rigorosas.
No entanto, mesmo com dados puramente qualitativos é comum usar-se algum sistema de
qualificação e ponderação.
São definidos fatores de decisão onde cada um tem seu peso relativo. Os locais
pontuados em cada um dos fatores, que depois de multiplicados por seus pesos são somados.
A maior pontuação indica o local vencedor.
Comparação entre Custos Fixos e Variáveis: Calculasse estes custos em função das
quantidades produzidas e assim o lucro associado a cada localidade e/ou a de menor ponto de
equilíbrio (a quantidade a produzir que se iguala a custos e receitas).
Este método parte da premissa básica de que se deve procurar atingir os objetivos da
empresa, quais sejam: além do próprio lucro, os objetivos intangíveis como a satisfação
pessoal dos colaboradores que irão trabalhar neste local.
É a determinação da macro localização feita por quatro métodos, notas por fatores e
comparação das notas globais, cálculo comparativo de produção e/ou distribuição para locais
pré-selecionados, cálculo comparativo do custo de construção e/ou instalação de empresa em
diversos locais, cálculo pelo custo de transporte mínimo de matérias primas e/ou de produtos
acabados.
3. ESCALA
Por outro lado, a empresa poderá implantar uma fábrica menor, prevendo uma
ampliação para a hipótese de a demanda crescer a taxas elevadas. Se isto ocorrer, a
concorrência pode entrar, reduzindo o potencial de lucros e, por sua vez, a própria terá custos
maiores com a ampliação do que se já tivesse feito uma fábrica grande de uma só vez.
Uma razão para que o problema de capacidade de produção seja relegado a plano
secundário é o fato de a sua solução depender da predeterminação dos demais elementos do
projeto, tais como mercado, localização, custos de produção etc. Ou seja, a determinação da
capacidade adequada a ser instalada dependerá de um processo de aproximações sucessivas.
Como este processo pode ser trabalhoso e caro, é necessário que seja abordado com critérios,
isto é, que haja um adequado balanceamento entre os custos de elaboração e análise e o
volume de investimentos envolvido.
Ce
Nu =
Cn
Este índice é o que deve ser usado para a determinação do potencial de oferta de determinado
setor.
Muitas vezes, o que se observa é que o nível de utilização se situa muito abaixo do que
é considerado normal para um dado setor. Isto ocorre em virtude da indivisibilidade de certos
equipamentos quando a empresa executa uma expansão não balanceada. Neste caso, a
empresa instala o equipamento principal superdimensionado e deixa para complementar
depois os equipamentos secundários. O mesmo pode ocorrer com relação a equipamentos
secundários em relação ao equipamento principal: a empresa pode ter equipamentos de
reserva em setores vitais, cuja paralisação pode acarretar grandes prejuízos. Outra
consideração é a possibilidade de operar o equipamento em dois ou três turnos, fato que
depende basicamente do processo ser contínuo ou de demanda que justifique os custos
incrementais.
Pode ser também que o processo tenha sido instalado para operar com matérias-primas
de oferta sazonal e/ou limitada a certos meses do ano, como ocorre freqüentemente com as
matérias-primas de origem agrícola que não podem ser estocadas (como é o caso, por
exemplo, da indústria açucareira).
Nestes casos, os técnicos ajustam o conceito de tamanho através da consideração do tempo de
operação. Desse modo, mesmo nestas condições, a medida de capacidade técnica reflete a
idéia de eficiência operacional nos equipamentos.
Do ponto de vista econômico, a capacidade de produção que define o tamanho do processo é
o nível de produção, que corresponde ao custo unitário médio de produção que seja mínimo. É
evidente que este nível de produção de custo mínimo pode ser considerado sob o critério de
custos de produção de curto ou de longo prazo. Deve-se considerar também o fato de que o
conceito de custo de produção econômico difere do conceito contábil.
O economista considera que os custos dos fatores para a firma são os valores que os
mesmos teriam no seu melhor uso alternativo. Ou seja, o ponto de vista econômico leva em
conta o custo de oportunidade dos fatores.
Nestas condições, os custos de produção do ponto de vista econômico são compostos de
elementos explícitos e implícitos. Os custos explícitos são aqueles que aparecem normalmente
na contabilidade de custos, tais como: custos da mão-de-obra, depreciações, custo da energia,
seguros etc. Os custos implícitos correspondem a elementos como: retorno normal sobre o
investimento, custo do trabalho e/ou de outros recursos de posse própria etc.
Com base nesta noção de custo, pode-se dizer que o ponto de vista econômico
procurava levar em conta não apenas a capacidade física (que é o conceito técnico), mas
também os demais fatores econômicos que participam do processo. Ou seja, procura-se
considerar o uso do capital de giro, as ofertas sazonais de matérias-primas, o custo
incremental, quando se opera o equipamento de modo mais intensivo etc. Por exemplo, a
utilização de um processo em mais de um turno correspondente a custos maiores de mão-de-
obra e a um benefício fiscal de maior depreciação. Neste caso, a análise econômica de
capacidade procura calcular o resultado líquido destes custos e benefícios para determinar a
capacidade de produção da empresa.
A grande dificuldade que esse critério econômico apresenta é a sua difícil mensuração.
Este é o principal motivo pelo qual o ponto de vista técnico tem sido mais utilizado nos
projetos para a indicação do tamanho.
Além dos critérios apontados, podem ser utilizados outros critérios para medir o tamanho.
Tais critérios podem se menos precisos, mas têm a vantagem de ser de mais fácil
compreensão e, às vezes, são os únicos para os quais se têm dados disponíveis.
A capacidade está relacionada à dimensão tempo, não faz sentido enunciar a capacidade
como, por exemplo, o número de mesas de um restaurante. Outro aspecto importante é não
confundir capacidade com volume. O volume de produção é o que se produz atualmente,
enquanto a capacidade é o máximo que pode ser produzido. Ainda devemos levar em
consideração o caso de empresas multiprodutoras, por exemplo, não faz sentido medir a
capacidade de uma montadora de veículos em função do modelo A ou do modelo B.
nesses termos é conveniente expressarmos a capacidade produtiva em função das vendas –
f (vendas $). A capacidade também depende das horas de trabalho que são determinadas
para o funcionamento da empresa. Finalmente, deve-se considerar se a capacidade deve
ser medida em funcionamento de pico ou em normal ou nominal. Em alguns casos isto
não faz sentido. Em uma fábrica de cimento a capacidade é a denominada de capacidade
nominal – por exemplo, 5000 toneladas por dia. Em que pese que a fábrica pode produzir
mais do que isso, há várias razões técnicas que desaconselham uma produção fora dessa
escala nominal.
Analogamente, em uma empresa de projetos de engenharia que mede sua capacidade em
homens x hora por mês, não faz sentido determinar as horas multiplicando o número de
técnicos pelas horas do mês, pois é impossível que qualquer pessoa trabalhe 8h em um dia
de 8h.
Em comparação, em um restaurante a capacidade deve ser medida no pico do
atendimento. Em resumo, para a determinação da capacidade devemos:
a) identificar uma forma de medi-la;
b) considerar os aspectos nas empresas multiprodutoras
c) verificar as horas de trabalho;
d) determinar se deve ou não ser considerado o pico de capacidade.
Sabe-se que a precisão da estimativa é de 10% (para mais ou para menos) para os
anos 1 e 2, e de 20% para os demais anos. A empresa decide que vai abranger um
share de mercado de 35%.
Portanto, o cenário de capacidade para a empresa é:
Ano 1 2 3 4 5
Capacidade 38.500 42.350 51.660 57.960 65.100
Máx.
Capacidade 31.500 34.650 34.440 38.640 43.400
Mín.
A curva de custos de curto prazo na empresa pode ser esquematizada como na figura abaixo.
Custos Fixos: são os custos que não variam em função do volume de produção.
Custos Variáveis: são os custos que dependem do volume de produção. Para uma
utilização muito baixa (ou muito alta) da capacidade de produção, estes custos são mais
que proporcionais ao volume de produção. Para utilização dentro de uma faixa
intermediária da capacidade de produção, estes custos podem ser admitidos como
proporcionais ao volume de produção.
O custo total médio de curto prazo é obtido através da divisão do custo total pelo volume de
produção. A representação gráfica desse custo é a indicada na figura abaixo.
No longo prazo, todos os custos são variáveis, uma vez que podem ser instaladas
fábricas de diferentes tamanhos. È preciso saber, então, o que ocorre com o custo médio de
longo prazo quando são aumentados os valores dos insumos (ou o volume de produção).
O custo médio diminui: diz-se neste caso que o processo em pauta apresenta retornos
crescentes de escala ou, em outras palavras, apresentam economias de escala.
O custo médio permanece constante: nestas condições diz-se que o processo apresenta
retornos constantes de escala. Isto quer dizer que o processo não apresenta economias ou
deseconomias de escala.
O custo médio aumenta: isto significa que o processo apresenta retornos decrescentes de
escala. Ou seja, diz-se que o processo apresenta deseconomias de escala.
A curva de custo total médio de longo prazo, obtida dividindo-se o custo total pelo
volume de produção em cada ponto, é a que se encontra na figura abaixo.
Pode-se considerar esta mesma curva como sendo a envolvente das curvas de custo
médio de curto prazo, como as que se indicou na figura abaixo.
Pode-se dizer que as economias de escala são devidas à maior divisão e especialização
do trabalho. Outra causa pode ser o menor custo unitário na aquisição e no transporte de
matérias-primas e outros insumos que são feitos em grandes quantidades e/ou volumes.
Firmas de grande tamanho podem apresentar também um menor custo financeiro, associado
ao acesso mais fácil ao mercado de capitais (subscrição de ações, crédito bancário etc.)
As economias podem ocorrer pelo uso de tecnologia mais avançada. Pode ser também
que o aumento na potência e/ou nas capacidades não seja proporcional ao custo de fazer
equipamentos maiores (por exemplo, pode ser mais barato fazer um motor de 2.000 H.P. do
que um motor de 1.000 H.P.). Isto pode ocorrer também em equipamentos cilíndricos ou
esféricos, em que a produção é proporcional ao volume e o custo do equipamento é
proporcional à área do mesmo. É com base nesta consideração que os engenheiros elaboraram
uma regra aproximada para estimar os aumentos do custo dos equipamentos com os aumentos
de capacidade.
Outra razão técnica para que ocorram economias de escala é o fato de se poder ter uma
melhor utilização de equipamentos indivisíveis (ou seja, equipamentos que só são produzidos
para operar em escalas predeterminadas pelos fabricantes). Pode ser também que à maior
escala estejam associadas maiores economias e/ou rendimentos como: menores perdas, maior
padronização, melhor uso dos subprodutos etc.
Estas três situações precisam ser analisadas no contexto da análise do mercado no projeto.
Nesta seqüência, são fundamentais os dois pontos seguintes:
Como já foi citado, os aspectos técnicos podem ser responsáveis por economias de
escala, em termos de custo menor para equipamentos com maiores capacidades, rendimentos
etc. Em virtude desses fatores e dependendo da oferta preexistente, certos processos só podem
ser instalados a partir de determinados tamanhos mínimos. Isto porque, abaixo de certos
níveis de produção, os custos podem ser tão elevados que a produção se torna antieconômica.
A estratégia ótima para expansão será aquela que conduzir ao mínimo valor atual dos
custos para prover a capacidade requerida. É evidente que o tempo certo para entrar no
mercado (ou ampliar a produção) é uma consideração vital nesta estratégia.
Além desses fatores, deve ser considerada a vida útil do processo, associada à taxa de
mudança tecnológica, ou seja, ao grau de obsolescência previsível. Este fator deve ser
cotejado com a perspectiva de crescimento do mercado, como já se comentou. É evidente que
a empresa pode querer instalar uma fábrica com capacidade ociosa para poder evitar com isso
a entrada de novas empresas, isto é, para poder garantir uma adequada participação de
mercado. Pode ser também que os equipamentos básicos (como um forno de cimento, por
exemplo) sejam instalados com excesso de capacidade em relação ao resto do processo
(expansão não balanceada). Neste caso, será possível uma expansão posterior mais rápida e
menos cara.
Nesse caso, a empresa assume um período com falta de oferta (em que há a
possibilidade de entrada de concorrentes) e um período com alta capacidade ociosa.
1. GESTÃO DE PESSOAS
1.1 Recrutamento
CHIAVENATO (1999) afirma que recrutamento é processo pelo qual a empresa atrai
candidatos no mercado de recursos humanos a fim de abastecer seu processo seletivo. O
recrutamento funciona como um processo de comunicação: a organização torna público e
oferece oportunidades de trabalho ao mercado de recursos humanos. O recrutamento tanto
como o processo de comunicação é um processo de duas mãos: ele torna público e comunica
oportunidades de emprego, ao mesmo tempo em que traz para si os candidatos para o
processo seletivo.
Do ponto de vista de sua aplicação, o recrutamento pode ser classificado em interno ou
externo.
O recrutamento interno age sobre os colaboradores que estão trabalhando dentro da
empresa, com o intuito de promovê-los ou transferi-los para outras atividades mais complexas
ou mais motivadoras. Já o recrutamento externo atua sobre candidatos que estão no mercado
de recursos humanos, portanto fora da empresa, a fim de submetê-los ao seu processo de
seleção de pessoal.
Enquanto que o recrutamento interno valoriza os colaboradores, proporcionando
melhores oportunidades, o recrutamento externo visa buscar candidatos que tragam
experiências e habilidades não existentes na empresa.
O recrutamento externo para funcionar adequadamente precisa abordar o mercado de
recursos humanos de maneira eficaz e precisa, a fim de atingir e atrair os candidatos que
deseja buscar. Por outro lado, o recrutamento interno funciona através de oferta de promoções
e de transferências (cargos de mesmo nível, mas que envolvam outras habilidades e
conhecimentos da pessoa).
As principais vantagens do recrutamento interno são: motiva e encoraja o
desenvolvimento profissional dos atuais funcionários, incentiva a permanência dos
colaboradores e a sua fidelidade à organização. Suas desvantagens são: facilita o
conservantismo e favorece a rotina atual, pode bloquear a entrada de novas idéias.
É um processo composto de várias etapas pelas quais passam os candidatos. Nas etapas
iniciais ficam as técnicas mais simples e econômicas, ficando as mais caras para o final.
Durante o processo de seleção de pessoas utiliza-se de várias técnicas de seleção e
procedimentos múltiplos que variam de acordo com o perfil e a complexidade do cargo a ser
preenchido. O processo seletivo pode ser elaborado em uma seqüência de etapas tais como:
solicitação de emprego, entrevista inicial de triagem, provas e testes de seleção, entrevistas e
análise e decisão final.
1.3 Treinamento
1.7 Salários
CHIAVENATO (1999) afirma que existem três tipos de salário: o salário por unidade
de tempo, o salário por resultado e o salário-tarefa. O salário por unidade de tempo é aquele
pago de acordo com o tempo que o colaborador fica à disposição da empresa e a unidade de
tempo pode ser dimensionada em uma hora, semana, quinzena ou mês.
Salário é uma contraprestação pelo trabalho de um colaborador na empresa. Para
receber o dinheiro o colaborador se empenha, da seu esforço , comprometendo-se a uma
atividade cotidiana e a um padrão de desempenho na empresa. Para a empresa o salário
representa, um custo e um investimento. Custo porque o salário se reflete no custo do produto
ou do serviço, investimento porque representa a aplicação de dinheiro em um fator de
produção, o trabalho, com um meio de agregar valor e obter um retorno maior a curto ou
médio prazo.
O desenho do sistema de remuneração oferece dois desafios: o primeiro capacitar a
empresa a fim de atingir os objetivos estratégicos, o segundo deve ser moldado e ajustado às
características únicas da empresa e do ambiente externo que a envolve. Para a construção de
um plano de remuneração podemos utilizar alguns critérios, tais como: remuneração acima do
mercado significa que os colaboradores serão remunerados em um nível porcentual acima do
mercado. A escolha por este critério afetará os custos da empresa e a satisfação dos
colaboradores. Portanto a decisão de pagar acima do mercado é comum em empresas que
procuram reter e motivar seus colaboradores e minimizar seus custos de rotatividade e
absenteísmo.
Para manter o equilíbrio interno dos salários, a administração salarial utiliza a avaliação
de cargos, isto é, o processo através do qual se aplicam critérios de comparação dos cargos
para se conseguir uma valoração relativa interna dos salários dos diversos cargos. A avaliação
de cargos tem por objetivo à obtenção de dados que permitirão uma conclusão acerca do valor
interno relativo de cada cargo na empresa, apontando as principais diferenças entre os cargos
do ponto de vista qualitativo e quantitativo. Este método busca obter informações sobre os
cargos a partir da sua descrição e análise para permitir decisões comparativas entre eles. O
escalonamento simples e a comparação entre os cargos são alguns dos principais métodos de
avaliação de cargos. O método de escalonamento simples visa em dispor os cargos em um rol
(crescente ou decrescente) em relação a um critério escolhido que funciona como padrão de
comparação. Devem ser seguidos alguns passos para a utilização deste método, o primeiro é a
descrição e análise de cargos, o segundo é a definição do critério de comparação e o terceiro é
a comparação de todos os cargos com o critério escolhido e o seu escalonamento em um rol
em relação ao critério.
A política salarial significa o conjunto de decisões organizacionais tomadas a respeito
de assuntos relacionados com a remuneração e benefícios concedidos aos colaboradores. Tem
por objetivo principal criar um sistema de recompensa que seja eqüitativo tanto para a
empresa como para os colaboradores. Esta política deve atender alguns critérios tais como:
eqüitativa, adequada, balanceada, segura e incentivadora.
Apud SLACK (1999), produção sob encomenda é o sistema no qual a empresa produz
apenas após ter efetuado um contrato ou pedido de venda.
As principais características são:
Cada produto é único e de grande tamanho e complexidade;
Grande variedade de máquinas, dispositivos de transportes e equipamentos,
oficina-base;
Número elevado de colaboradores altamente especializados;
Necessidade de fixação e cumprimento de datas de entrega;
Grande dificuldade para realização de previsões, por que cada produto/serviço é
diferente dos demais;
Necessidade de grupo de administradores e especialistas competentes.
É o sistema utilizado por empresas que produzem uma quantidade limitada de um tipo
de produto de cada vez. A quantidade limitada é denominada lote de produção
O Planejamento e Controle da Produção é feito antes e a empresa pode utilizar melhor
seus recursos.
Suas características são:
Capacidade de a empresa produzir bens/serviços de diferentes características;
As máquinas são agrupadas em baterias do mesmo tipo. O trabalho passa de uma
a outra bateria em lotes de produção intermitente;
Em cada lote de produção as ferramentas devem ser modificadas e arranjadas
para atender as necessidades;
A produção em lotes permite utilização regular da mão-de-obra sem grandes
picos de produção;
A produção em lotes exige grandes áreas para estocagem tanto de produtos
acabados como de materiais;
A produção em lotes impõe um eficiente Planejamento e Controle da Produção
para permitir mudança nos planos de produção.
É também chamada de produção em série. Este sistema é empregado por empresas que
produzem um produto em ritmo acelerado por longo tempo e sem qualquer modificação.
Neste sistema de produção o Planejamento e Controle da Produção geralmente são elaborados
para cobrir cada exercício anual explorando ao máximo os recursos, proporcionado condições
ideais de eficiência e eficácia.
Suas principais características são:
O produto é rigidamente especificado e vai ser produzido por longo período sem
mudanças;
Facilita o planejamento detalhado;
Baseia-se em máquinas e ferramentas altamente especializadas e dispostas em
formação linear e seqüencial para a produção de cada componente do produto
final;
Permite dividir as operações de montagem em quantidade de trabalho para cada
operário com base no padrão do ciclo de produção;
Permite economia no custo da produção;
Facilita medidas para resolver problemas de paralisação;
Seu sucesso depende do planejamento detalhado a ser feito antes de iniciar a
produção de novo produto.
“ A célebre frase de Henry Ford- o consumidor pode comprar qualquer carro de qualquer cor
desde que seja preto- faz parte do folclore americano. Mas poucas pessoas entenderam o que
Ford queria dizer: flexibilidade custa tempo e dinheiro, e o consumidor não pagará por isto...
hoje em dia, combinando padronização com flexibilidade, pode-se construir uma variedade de
produtos finais partindo de um pequeno número d partes padronizadas. No entanto, o pessoal
da produção tende a pensar como Henry Ford: você pode Ter padronização a baixo custo ou
flexibilidade a alto custo, mas não ambas”
Segundo Clemente (1998) a produção em massa era caracterizada por pela produção
em grandes lotes para compensar os custos de preparação das máquinas, assim, era elaborado
um programa mestre de produção, baseado na previsão da demanda. Este programa tinha
diversas ordens de serviço, ativando a compra e a fabricação de diferentes peças que iriam
constituir o produto final empurrando a produção, gerando estoques excessivos. O JIT, livre
dos dogmas de produção em massa, buscou mudanças conceituais no processo de produção.
Sua idéia básica é evitar a manutenção de estoques e seus problemas associados por meio do
suprimento de operações de manufatura em lotes menores e com maior freqüência.
Ao contrario do taylorismo, que separa o trabalho intelectual do de execução, o JIT estimula
a criatividade da força de trabalho, encorajando-a a buscar soluções para seus problemas.
2.3 Layout
CURY (1995) afirma que, layout é o arranjo dos diversos postos de trabalho nos
espaços existentes na empresa, além da preocupação de melhor adaptar os colaboradores ao
ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos
móveis, máquinas e equipamentos e matérias-primas.
O layout de um projeto possui os seguintes objetivos:
Otimização das condições de trabalho dos colaboradores nas diversas unidades
da empresa;
Racionalização do fluxo de fabricação ou de tramitação de processos;
Racionalização da disposição física dos postos de trabalho, ocupando todo o
espaço útil disponível;
Minimização das movimentações de colaboradores, produtos, materiais e
documentos dentro da empresa.
c) Como intervir no projeto para trazê-lo de volta ao planejamento inicial, caso seja
necessário.
Para definir o primeiro item, isto é, definir o que monitorar, devemos ter em foco quais
os objetivos principais do projeto: custo, qualidade ou tempo. A figura 8 ilustra estes três
focos de um projeto.
Figura 8 - Focos de um Projeto
A tabela 1 ilustra algumas medidas que podem ser utilizadas para monitorar um projeto
e como elas afetam os três focos de um projeto: o custo, o tempo e algumas vezes a qualidade.
Conforme Dias (1996), a meta principal de uma empresa é, sem dúvida, maximizar o
lucro sobre o capital investido em fábrica e equipamentos, em financiamentos de vendas, em
reserva de caixa e em estoques. Para atingir o lucro máximo, ela deve usar o capital, para que
ele não permaneça inativo.
Hoje todas as empresas procuram, de uma forma ou de outra, a obtenção de uma vantagem
competitiva em relação a seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-los prontamente, no
momento e na quantidade desejada, é grandemente facilitada com a administração eficaz dos
estoques.
Periódicas e grandes dilatações dos prazos de entregas para os produtos acabados e dos
tempos de reposição para matéria-prima;
Quantidades maiores de estoque, enquanto a produção está constante;
Aumento do número de cancelamento de pedidos ou mesmo devoluções de produtos
acabados;
Grande variação da quantidade a ser produzida;
Produção parada devido à falta de material;
Falta de lugar para armazenamento;
Baixa rotação de estoques.
até que nível deverão flutuar os estoques para atender uma alta ou baixa das vendas ou
uma alteração de consumo;
até que ponto será permitida a especulação com estoques, fazendo compra antecipada com
preços mais baixos ou comprando uma quantidade maior para obter desconto; e
Capital investido;
Disponibilidade de estoques;
Custos incorridos; e
Consumo ou demanda.
Retorno do capital
Figura
vendas13 - Fluxo de Retorno de Capital
Realizável
Despesa
te
Características
1. É o ponto de partida de todo planejamento de estoques;
2. Da eficácia dos métodos empregados;
3. Qualidade das hipóteses que se utilizou no raciocínio.
Quantitativas
Evolução das vendas no passado;
Variáveis cuja evolução e explicação estão ligadas diretamente às vendas;
Variáveis ligadas às vendas; e
Influência da propaganda.
Qualitativas
Opinião dos gerentes, vendedores, compradores; e
Pesquisas de mercado.
Projeção: admite que o futuro será repetição do passado, ou as vendas evoluirão no tempo;
Explicação: procura-se explicar as vendas do passado devido à evolução ser previsível;
Predileção: colaboradores experientes e com conhecimentos estabelecem a evolução das
vendas futuras.
Era uma época em que tudo se definia com duas perguntas básicas: Quanto? Quando?
Para o quanto foram criadas as fórmulas de lote econômico e foram escritos tantos artigos e
tantas dissertações que podemos afirmar que foi um dos assuntos mais explorados em toda
Administração de Materiais ao longo de muito tempo.
A maioria das grandes empresas não está mais enfatizando o “quanto”, e sim o
“quando”. Possuir em estoque a quantidade correta no tempo incorreto não adianta nem
resolve nada, pois a determinação desses prazos é que é importante. Anteriormente, o ponto
de pedido era a maneira utilizada para a determinação do “quando” e baseava-se em um
consumo previsto ou estimado durante o tempo de reposição, utilizando-se a fórmula do ponto
de pedido. Existem sistemas de controle de estoques que dão, com certo grau de precisão, os
volumes a serem comprados de material para determinado período, que é o M.R.P. (Materials
Requeriments Plannig).
Podemos considerar que esse método é o mais simples para controlar os estoques. Por
sua simplicidade é recomendável a utilização para as peças classe C. Tem seu uso bastante
difundido em revendedores de autopeças e no comércio varejista de pequeno porte.
Imaginemos duas caixas, A e B.
O estoque que inicia o processo é armazenado nessas duas caixas ou gavetas. A caixa
A tem uma quantidade de material suficiente para atender ao consumo durante o tempo de
reposição, mais o estoque de segurança, ou seja:
Q = (C.TR) + EMn
Não existem lugares fixos de armazenagem, a não ser, para materiais de estocagem
especiais;
Os materiais vão ocupar os espaços vazios disponíveis dentro do depósito;
O único inconveniente deste sistema é o perfeito método de controle que deve existir
sobre o seu endereçamento, sob o risco de possuir material em estoque perdido, que
somente será descoberto ao acaso ou na execução do inventário.
A avaliação dos estoques inclui o valor das mercadorias e dos produtos em fabricação
ou produtos acabados. Para se fazer uma avaliação desse material tomamos por base o preço
de custo ou de mercado, preferindo-se o menor entre os dois. O preço de mercado é aquele
pelo qual a matéria-prima é comprada e consta da nota fiscal do fornecedor. No caso de
materiais de fabricação da própria empresa, o preço de custo será aquele da fabricação do
produto.
É a mais freqüente. Tem por base o preço de todas as retiradas, ao preço médio do
suprimento total do item em estoque. Age como um estabilizador, pois equilibra as flutuações
de preços; contudo, a longo prazo, reflete os custos reais das compras de material.
Primeiro a entrar, primeiro a sair (First in, First out). A avaliação por este método é
feita pela ordem cronológica das entradas. Sai o material que primeiro integrou o estoque,
sendo substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido, devendo seu custo real
ser aplicado.
Quando o giro dos estoques ocorre de maneira rápida ou quando as oscilações normais
nos custos podem ser absorvidas no preço do produto, ou quando se dispõe de material que
esteja mantido por logo prazo, esse tipo de avaliação serve também para controlar os
estoques. Conseqüentemente, os estoques são mantidos em contas do ativo, com valores
aproximados dos preços atuais de mercado.
Ultimo a entrar Primeiro a sair (Last in, First out). Esse método de avaliação
considera que devem em primeiro lugar sair as últimas peças que deram entrada no estoque, o
que faz com que o saldo seja avaliado ao preço das últimas entradas. É o método mais
adequado em períodos inflacionários, pois uniformiza o preço dos produtos em estoque para
venda. Baseia-se na premissa de que o estoque de reserva é economicamente o equivalente ao
ativo fixo. O emprego deste método pela administração de material por certo período de
tempo, tende a estabilizar o estoque, enquanto sejam refletidos os valores e custos do
mercado.
Logo para os próximos três meses será feito um ajuste de R$ 3,75 no custo unitário de
reposição, passando este para R$ 28,75.
Estudo Comparativo
Seja qual for o método utilizado, seja ele o PEPS, o UEPS ou qualquer outro, seu
emprego está condicionado ao tipo de empresa, porque a avaliação do estoque final influi
diretamente no custo dos bens vendidos ou das matérias primas utilizadas na produção.
Qualquer variação no valor do estoque repercute de imediato nos custos operacionais e
conseqüentemente no lucro.
depreciação;
aluguel;
equipamentos de movimentação;
deterioração;
obsolescência;
seguros;
salários;
conservação.
Existem duas variáveis que aumentam estes custos, que são a quantidade em estoque e
o tempo de permanência em estoque. Grandes quantidades em estoque somente poderão ser
movimentadas com a utilização de mais pessoal ou, então, com o maior uso de equipamentos,
tendo como conseqüência a elevação destes custos. No caso de menor volume em estoque, o
efeito é exatamente ao contrário.
Todos estes custos relacionados podem ser chamados de custo de armazenagem. São
calculados no estoque médio e geralmente indicados em do valor em estoque (Fator
Armazenagem). Existem empresas que indicam como valor unitário em unidades monetárias
($). Os custos de armazenagem são proporcionais à quantidade e ao tempo que uma peça
permanece em estoque.
3.6.2
2.13. Custos de Estoque
Qualquer armazenamento de material gera custo. Eles podem ser agrupados nas
seguintes formas:
Custos de capital (juros, depreciação);
Custos com pessoal (salários, encargos sociais);
Custos com edificação (aluguel, impostos, luz, conservação);
Custos de manutenção (deterioração, obsolescência, equipamento).
Eles são determinados por meio de fórmulas e modelos matemático, e, uma vez
calculado o seu valor, transforma-se o mesmo em valor percentual em relação ao estoque
analisado.
Custo de armazenagem = Q * T * P * I
2
Onde:
Q = quantidade de material em estoque no tempo considerado
P = preço unitário do material
I = taxa de armazenamento, expresso em percentagem
T = tempo considerado de armazenagem
Ia = 100 * lucro
valor estoque
Ib = 100 * S *A
C*P
Onde:
C = consumo anual
P = preço unitário
Taxa de seguro
valor do estoque
Taxa de obsolescência
valor do estoque
Outras taxas
valor do estoque
Podemos perceber que vários são os fatores que influem no custo de armazenagem e
anual de todos os pedidos no intervalo de um ano é preciso multiplicar o custo de cada pedido
Mão-de-obra
São relacionados todos os gastos em salários dos colaboradores do Departamento de
Compras para emissão e processamento: gerente de compras, compradores,
diligenciadores, secretárias, datilógrafas, motoristas, boy.
Material
Estas despesas deve-se pedir auxílio a seção de serviços Gerais, são difíceis de coletar:
papel, lápis, borracha, envelope, fita da máquina.
Custos indiretos
São as ligadas indiretamente com o pedido: telefone, luz, correios, reprodução, viagens,
custos da área ocupada.
Custo Total
ser feita por um gráfico, em que a abscissa é o tempo decorrido(T), para o consumo,
intervalo T.
uma quantidade que ficasse de reserva, para suportar os atrasos de entrega, as rejeições de
atender ao requisitante, seria bem menor.O estoque que iniciaria com 140 unidades seria
que porventura acontecessem durante o prazo de entrega do material, este representa capital
investido.
Tempo de Reposição, Ponto de Pedido.
Seria o tempo gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto até a
Emissão do pedido – tempo que leva desde a emissão do pedido de compra pela empresa
até ele chegar ao fornecedor.
Preparação do pedido – tempo que leva o fornecedor para fabricar o produto e deixá-los
em condições de serem transportados.
Transporte – tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento dos materiais
encomendados.
Ponto pedido seria quando o saldo disponível estiver abaixo ou igual a determinada
quantidade; pode ser calculado através:
PP = C*TR+ EMn
Onde:
PP = Ponto de Pedido
C = Consumo Médio Mensal
TR = Tempo de Reposição
EMn = Estoque Mínimo
estoque médio
O método será decidido pela política de estoque da empresa. Devemos lembrar, que:
Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a seqüência dos itens e sua classificação
ABC, resulta a aplicação preferencial das técnicas de gestão administrativa, conforme a
importância dos itens.
A curva ABC tem sido usada para a administração de estoques, para a definição de
políticas de vendas, programas de qualidade, estabelecimento de prioridades para a
programação da produção e uma série de outros problemas usuais na empresa.
Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC
podem ser definidas das seguintes maneiras:
Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção bem
especial pela administração.
Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C.
Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da
administração.
A curva ABC fornece a ordenação dos materiais pelos respectivos valores de consumo
anual. Pela prática, verifica-se que uma pequena porcentagem de itens da classe A é
responsável por grande porcentagem do valor global (investimento anual grande).
Ao contrário, na classe C, poderá haver grande porcentagem de itens responsáveis
apenas por pequena porcentagem do valor global (investimento anual pequeno). A classe B
estará em situação intermediária.
Os diferentes esquemas utilizados nas construções das curvas ABC podem ser
resumidos sob a forma de um diagrama de bloco. Esta apresentação pretende facilitar a
confecção da curva ABC, ao mesmo tempo em que todos os aspectos sejam devidamente
considerados.
4 Análise e Conclusões
5 Providencias e Decisões
Mais uma vez, o princípio básico da classificação ABC foi ignorado, ou seja, dedica-
se pouca atenção gerencial aos itens de pequeno valor de utilização em benefício dos itens de
maior valor. Se a pouca atenção nos itens de classe C não representar uma melhora na
atenção dos itens de classe A, o que irá acontecer é exatamente aquilo que foi levantado como
objeção: elevação desnecessária dos estoques de uma classe, sem benefício para a empresa.
O princípio da classificação ABC diz que podemos fazer um controle frouxo dos Itens
da classe C, mas não necessariamente do tipo visual, que não exige registros e que deve ser
feito com freqüência mensal. Os itens de pouca saída devem ser controlados com um sistema
manual de registro, e não por um sistema visual periódico. No que diz respeito a esses itens,
ele poderão ter seus parâmetros grosseiramente calculados a fim de reduzir os esforços de
controle. Um sistema de controle visual só deverá ser utilizado quando se traduzir em uma
real diminuição do esforço total de controle e não implicar prejuízos de outra natureza.
A classificação ABC não é o único recurso a ser utilizado para decidir tirar produtos
de linha ou de estoque. Suponhamos um automóvel e a classificação ABC de seus
componentes. Poderíamos considerar o câmbio e o motor como itens da classe A e os
parafusos como itens da classe C. Isto significa que poderíamos simplesmente eliminar esses
parafusos? É claro não, pois a classificação ABC nos diz quem é quem, mas não nos diz o
que fazer.
A análise ABC é uma das formas mais usuais de se examinar estoques. Essa análise
consiste na verificação, em certo espaço de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano), do
consumo, em valor monetário ou quantidade, dos itens de estoque, para que eles possam ser
classificados em ordem decrescente de importância. Aos itens mais importantes de todos,
segundo a ótica do valor ou da quantidade, dá-se a denominação itens classe A, aos
intermediários, itens classe B, e aos menos importantes, itens classe C.
Não existe forma totalmente aceita de dizer qual o percentual do total dos itens que
pertencem à classe A,B ou C. Os itens A são os mais significativos, podendo representar algo
entre 35% e 70% do valor movimentado dos estoques, os itens B variam de 10% a 45%, e os
itens C representam o restante.
Uma análise detalhada dos estoques é uma exigência que se faz a todo administrador
de materiais. Não somente em decorrência dos volumes de capital envolvidos, mas,
principalmente pela vantagem competitiva que a empresa pode obter, dispondo de mais
rapidez e precisão no atendimento aos clientes.
A estratégia de gestão de aquisição dos recursos materiais e bens patrimoniais de uma
empresa está diretamente ligada ao seu objeto social, isto é, aos seus objetivos estatutários.
Assim, uma empresa comercial que compra e vende certa mercadoria deverá ter um enfoque
diferente da empresa industrial manufatureira, que adquire matéria-prima, agrega mão-de-
obra e tecnologia e posteriormente vende o produto acabado.
400
350
300
250
200
150
100
50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
mais para trás a visão preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um
seja, como parte integrante da cadeia de suprimentos. Por isso, muitas empresas passaram a
O departamento de compras também pode assumir vários outros papéis. Um deles está
preço final dos produtos e, portanto, a competitividade da empresa. Mas ela pode ir mais
longe, já que o comportamento do comprador pode mexer com vários aspectos da economia,
setores.
como um todo, visando o melhor atendimento ao cliente interno e externo. Essa preocupação
todos os seus departamentos ou processos, no caso de assim estar organizada. Essa interação
deve dar-se da forma mais eficiente possível, a fim de que tais esforços se somem. A área de
quantidades, das qualidades e prazos que são necessários para o funcionamento da produção.
Essas informações fornecem os meios eficientes para o comprador realizar o seu trabalho,
devendo compras e produção dispor do tempo necessário para negociar, fabricar e realizar os
produtos solicitados.
Organização de Compras
2. Aquisição
Conferência de requisições;
Análise de cotações;
Decidir comprar por meios de contratos ou no mercado aberto;
Entrevistar vendedores;
Negociar contratos;
Efetuar as encomendas de compras;
Acompanhar o recebimento de materiais.
3. Administração
Manutenção de estoques mínimos;
Transferências de materiais;
Evitar excessos e obsolescência de estoque;
Padronizar o que for possível.
4. Diversos
Fazer estimativa de custo;
Dispor de materiais desnecessários, obsoletos ou excedentes;
Cuidar das relações comerciais recíprocas.
setores:
A empresa pode adotar a descentralização das compras, dependo do que é favorável a ela:
Distância geográfica;
Tempo necessário para a aquisição de materiais;
Facilidade de diálogo.
interessados. O campo da pesquisa de compras pode ser dividido em áreas distintas, onde se
anos, tendência a curto prazo e longo prazo das ofertas vê demandas, tendência dos preços,
especificações.
Análise Econômica
fornecedores e concorrentes.
Análise Fornecedores
despachos, reclassificação dos artigos, introdução das melhorias nas embalagens, métodos
Análise Administrativa
A seguir, os mais importantes departamentos dentro da empresa que geram informações para
o processo de compras:
Produção – a relação entre eles deverá ser considerada devido ao ponto de vista do
objetivo em comum, que é contribuir para o benefício geral da organização.
Engenharia – refere-se aos assuntos relativos ao projeto, planejamento e especificações
preliminares às verdadeiras exigências de produção.
Contabilidade – cada compra realizada representa um dispêndio, essa compra coloca em
ação uma série de operações de contabilidade, portanto, a relação entre compras e
contabilidade é de vital importância.
Vendas – deve manter compras informado quanto às cotas de vendas e quanto às
expectativas das mesmas, que servem como um índice das prováveis quantidades de
materiais necessários.
P.C.P. – a relação é tão fundamental que ambos se encontram combinados em mais da
metade das organizações industriais; do ponto de vista funcional, o efeito almejado por está
estreita colaboração é estender a responsabilidade pelos materiais, desde o momento de
aquisição até ao de entrega e utilização.
Controle de qualidade – a responsabilidade de compras com o controle de qualidade é
adquirir materiais que satisfaçam as especificações, este geralmente faz testes de aceitação
dos materiais comprados.
Solicitação de Compras
É um documento que dá a autorização para o comprador realizar a compra necessária,
deve informar o que se deve comprar, a quantidade, o prazo de entrega, local de entrega e, em
Coleta de Preços
ao material cuja compra foi solicitada, não deve haver rasuras, deverá estar sempre ao alcance
propostas de fornecimento, que informam preço, prazo, reajustes e uma série de condições
gerais que estabelecem. A empresa por intermédio do comprador fixa também diversas
condições para o fornecedor, algumas das condições mais usuais que são feitas pelos
fornecedores:
Pedido de Compra
procedimentos que regem o recebimento dos produtos, dos controles e das exigências de
qualidade, para que o pedido possa legalmente ser considerado em vigor. O pedido de compra
tem força de contrato e a sua aceitação pelo fornecedor implica o atendimento de todas as
Por marca;
Por especificação;
Por desenhos;
Por influência do mercado;
Por amostra;
Por combinação de duas ou mais modalidades acima.
A qualidade de um produto define-se através da comparação de suas características
estabelecidos.
definir que o produto está fabricado de acordo com certas especificações de qualidade deve
Preço - Custo
se a respeito:
Custo por ordem de produção: a empresa atende aos pedidos de clientes, quer por unidade
quer por lotes, em função de uma venda efetiva.
Custo por processo de fabricação: é usado na produção contínua; são as empresas que
normalmente produzem para estoque.
Custo-padrão ou standard: é o custo predeterminado, considerando as condições normais e
aceitáveis de operação da empresa.
de fabricação são coletados todos os gastos necessários á produção, tais como: materiais
seguros.
Redução de Custos
permitem manter um adequado controle sobre o preço de produtos comprados, já que o lucro
Negociação pura que resulte em redução do preço que vem sendo pago;
Nova fonte fornecedora capaz de entregar o mesmo material por melhor preço;
Aumento da quantidade resultante de pedidos repetitivos, como redução do preço;
Sistema de pedidos em aberto por tempo de seis meses a um ano de duração;
Dilatação dos prazos de pagamento sem acréscimos de juros;
Variação de materiais de marcas diferentes e de tipos similares.
Negociação das condições de entrega, posto fábrica, no estabelecimento do fornecedor.
Análise, Controle e Reajuste de Preços.
Podemos dizer que determinado produto tem preço justo quando o comprador
Qualidade;
Quantidade;
Atendimento;
Utilidade;
Entrega;
Capacidade competitiva;
Integridade do fornecedor;
Termos de aceitação do pedido;
Política da empresa.
Condições de Compra
Prazos
necessário durante determinado período, quer seja para assegurar o funcionamento da linha de
necessários para que os materiais estejam na fábrica, é de sua competência o esforço máximo
para consegui-lo. Nos casos em que se verifica uma impossibilidade no cumprimento dos
prazos, seja por atraso da entrega seja por não conseguir fornecedor que consiga atender, o
Departamento usuário ou o P.C.P. deverá ser informado imediatamente, para que sejam
Frete
e merece ser analisado separadamente. As condições mais freqüentes são para preços “FOB”
ou “CIF”, ou seja, o transporte do fornecedor até a fábrica não está incluso ou então no preço
está inclusa a entrega. Devemos avaliar a diferença entre as duas situações, a fim de concluir e
Embalagens
Seria outro valor que vem incluso ao preço, por isso é necessário analisar esse ponto.
A embalagem com que o setor de Compras deve preocupar-se é com a do transporte, que trará
o produto, pois essa não precisa de sofisticação. Possuímos dois tipos de embalagens de
transporte as retornáveis que têm longa vida de uso e que o valor da embalagem é debitado ao
o custo financeiro e que todos os benefícios das condições obtidas podem ser perdidos, caso
as entregas não sejam realizadas dentro dos prazos determinados. Toda negociação de compra
vinculado à alteração das condições de pagamento, como regra simples de análise, deve-se
conseguido em função da quantidade elevada comprada, mas este tem que ter uma atenção
Negociação
Ocorre quando ambas as partes, comprador e vendedor saem ganhando, podemos dizer
que o comprador terá como habilidade principal saber negociar. Um fator importante é o
produto negociado, pois é de vital importância que o negociador tenha conhecimento das
credibilidade, coerência, aceitação e sinceridade estes fazem com que gere a confiança entre
as partes.
Qualificação de Compradores
reconhecida como uma das mais importantes na empresa, exige-se que ele tenha ótimas
qualificações e esteja preparado para usá-las em todas as ocasiões. Para realizar eficazmente
suas compras, deve demonstrar conhecimentos das características dos produtos, dos processos
e das fases de fabricação dos itens comprados, deve estar preparado para dialogar em igual
O comprador ideal deve saber ouvir atentamente os argumentos dados pelo vendedor,
ética definidos pela empresa. Compradores com boa qualificação profissional fornecem às
empresas condições de fazer bons negócios e será mais ainda um centro de lucro quando os
fornecedores forem encorajados a enfrentar novas idéias e novos projetos, dispondo-se a
Classificação de Fornecedores
manter em seu cadastro um registro de no mínimo três fornecedores para cada tipo de
seleção dos fornecedores que atendam às condições essenciais de uma boa compra que são:
GESTÃO DE PROCESSOS
3.1 Procedimentos
Símbolo Descrição
conteúdo.
Demora, espera ou arquivamento temporário:
arquivamento temporário.
É um tipo de fluxograma mais utilizado para identificar as rotinas existentes num setor
de trabalho qualquer, pois normalmente é feito por preenchimento de um formulário
padronizado, o qual contém os símbolos do fluxograma, por um analista, segundo a natureza
da atividade identificada, bastando para completá-lo a ligação dos símbolos achurados, CURY
(2000).
É o fluxograma que oferece uma visão global do fluxo de trabalho, nele os órgãos
aparecem no fluxo sob a forma de colunas. É o mais apropriado para se transmitir o fluxo de
trabalho para toda a organização. Assim, o analista, após proceder ao levantamento da rotina,
com a adoção do fluxograma vertical, elabora o de colunas para análise e racionalização,
visando adequá-lo ao melhor entendimento dos usuários.
3.4 Formulários
CURY (1995) diz que os formulários adquiriram grande importância com o crescimento
das empresas, em razão de se tratar de um excelente veículo de transmissão das informações
que se tornam indispensáveis para o planejamento, execução e controle das diferentes
atividades desenvolvidas.
O formulário pode ser conceituado como um documento padronizado, estruturado
segundo sua finalidade específica, possuindo características e campos apropriados, destinado
a receber, preservar e transmitir informações, cujos lançamentos são necessários para definir a
natureza ou cobrir um fluxo qualquer de trabalho, desde o inicio até a sua conclusão.
Quando há a necessidade de se criar, suprir e/ou racionalizar um formulário, dentro de
uma empresa, devemos realizar uma análise administrativa nas seguintes etapas:
1) Levantamento das necessidades: é a fase de coleta de dados, permitindo o estudo
da finalidade do formulário, através do exame dos instrumentos normativos ou
objetivos que justificam a sua criação.
2) Crítica do levantamento: após o levantamento, é interessante dispor o analista,
além dos instrumentos normativos, dos componentes fluxogramas, descrevendo
os passos do formulário, desde a sua emissão até o seu arquivamento.
3) Planejamento da solução: deve se levar em conta os dados coletados, deve-se dar
atenção especial ao layout do formulário.
4) Crítica do planejamento: nesta etapa o analista criticará a solução proposta,
negociando-a com seus usuários, em todos os aspectos.
5) Implantação e controle dos resultados: etapa em que o formulário é aprovado e
entra em vigor na organização.
CURY (1995) diz que objetivos principais do controle de formulários são:
Diminuir o número total de formulários utilizados na empresa, para se chegar a um
número prático, de acordo com as reais necessidades operacionais da organização;
Procurar proibir a criação de novos formulários, quando já existem outros em uso
com o mesmo propósito;
Melhorar o layout dos formulários;
Estabelecer padrões de desempenho para a produção e compra mais econômicas de
formulários;
Realizar estudos sobre as necessidades de trabalho;
Estabelecer um controle sobre uma base permanente;
Proporcionar uma base para a estocagem e a distribuição de formulários.
No processo de controle de formulários o meio mais adequado é a adoção de uma
sistemática integrada de dois arquivos separados:
Um arquivo numérico: é um arquivo em que todos os impressos são ordenados,
numericamente, permitindo localizar qualquer formulário, a partir de sua referência.
Um arquivo funcional: este tipo de formulário irá solucionar o problema crítico que
é a classificação dos formulários, possibilitando reunir todos os que realizam uma
mesma função.
As regras para racionalização dos formulários envolvem os seguintes pontos:
características físicas do papel (formato, gramatura, cor e tipo);
texto;
disposição gráfica.
O formato do papel é condicionado pelo conteúdo necessário do formulário, existindo
dimensões padronizadas para este fim. Hoje em dia o mais utilizado é o sistema A, aprovado
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.
As gramaturas mais comuns de papel são 30, 51, 45, 62, 63, 72 e 150, correspondente a
sua espessura em gramas por metro quadrado. O tipo de papel a ser utilizado no formulário,
dependerá de uma série de fatores: forma de preenchimento, destino do formulário e
característica de arquivamento. Utiliza-se ás vezes papel de cor nos formulários, devendo, em
face do custo mais elevado, se restringir o seu uso.
Q u a d ro d e D is trib u iç ã o d e T r a b a lh o (Q D T 2 )
L is ta d e T a re fa s S e m a n a is
D iv isã o : S eção:
Nom e: C a rg o : D a ta :
A tivid a d e :
T o ta l S e m a na l
N ú m e ro : T a r e f a s D i á r i a s
H o ra s
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
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22
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25
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27
28
29
30
3) Elaboração da lista de atividades do órgão: trabalho que deve ser feito pelo
analista, com o preenchimento do formulário QDT-3, onde deve constar:
identificação do órgão; nome do chefe, cargo e função, assinatura e data;
atividades desenvolvidas, na empresa, por ordem decrescente de importância.
Q ua dro de D istrib uição d e T ra balho (Q D T 3)
Lista de A tividades
D ivisão: S e ção:
N úm ero: A t i v i d a d e s D e s e n v o l v i d a s
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
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21
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23
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29
30
4) Elaboração do quadro de distribuição de trabalho – QDT: trabalho que deve ser
efetivado pelo analista, com o preenchimento do formulário QDT-4, onde devem
constar as seguintes informações: identificação da empresa sob exame; as
atividades da empresa, na primeira coluna, em ordem decrescente de importância;
nas colunas restantes, devem ser inseridas as tarefas de cada colaborador,
relacionadas com cada atividade; em colunas menores, respectivamente devem ser
indicados os tempos gastos para a execução de cada atividade e tarefas
relacionadas; no final do quadro, no sentido horizontal, são inseridos os tempos
totais gastos por colaborador, em todas as atividades/tarefas em que estão
envolvidos.
7.3.6 Manuais de Treinamento
CURY (1995) diz que os manuais são documentos elaborados dentro da organização
com o objetivo de uniformizar os procedimentos que devem ser observados nas diversas áreas
de atividades, sendo, portanto, um excelente instrumento de racionalização de métodos, de
aperfeiçoamento do sistema de comunicação, favorecendo, finalmente, a integração dos
diversos subsistemas da empresa.
Tabela 2
Justificativas do Uso do Planejamento Estratégico
Sobrevivência e
prazo
Objetivo Lucros atuais Lucros futuros
Desenvolvimento do potencial
Recompensas Eficiência, Estabilidade
futuro
3.7.3 Visão
3.7.5 Missão
3.7.6 Princípios
Para realizarmos esta análise precisamos definir o Escopo do Ambiente a ser analisado
(considerar negócio, missão, princípios) e selecionar informações relevantes( inflação, oferta,
PIB, concorrência, dívida externa, tecnologia, taxas de juros, demanda, etc.).
Para sugestão de públicos relevantes, sugerimos a utilização do Modelo Porter de
Forças Competitivas.
Para realizarmos uma boa análise externa, podemos ainda traçar cenários futuros e
confrontá-los com atuais.
Tabela 3
Cenários
A questão não é apenas saber o que estamos fazendo bem ou mal, mas, especialmente,
melhor ou pior que outras empresas. Para identificar as Forças e Fraquezas, podemos nos
valer de: entrevistas, seminários, questionários, caixa de sugestões, painéis, ou ainda, CCQ,
Comitês, etc.
Temas sugeridos para Análise de Forças e Fraquezas: imagem, qualificação e motivação
dos funcionários, tecnologia, qualidade, competitividade, preços, produtos, propaganda,
equipe de vendas, informações, etc.
Selecionar Forças e Fraquezas relevantes diante das Oportunidades e Ameaças
Relevantes.
Eliminar fatores que não apresentam vantagens competitivas com relação aos principais
requisitos de sucesso no mercado.
Sugerimos, ao final da Análise do Ambiente, proceder no diagnóstico:
Observações:
1) Uma estratégia pode ser polivalente, isto é, servir a mais de um objetivo. Exemplo:
Qualidade total.
Apud LEMOS (2002), não se pode negar a tendência mundial no sentido da abertura,
transparência e da divulgação das informações. O Plano Estratégico torna-se objeto de ampla
divulgação em todos os níveis da empresa, caso a intenção da empresa seja o sucesso, torna-se
indispensável que ela informe a todos os funcionários como pretende alcançá-lo, qual deve ser
a participação de cada um, de tal forma a conquistar o comprometimento de todos. Cabe a
diretoria o grau de abertura que deva ser concedido aos diversos públicos. A divulgação
interna deve preceder à externa e que se faça um evento especial, priorizando o marketing
interno para motivar a equipe a obter melhor desempenho.
As empresas usam várias formas de divulgação, para públicos internos e externos:
reportagem, entrevista, mala direta, slides, relatório anual, brindes, reuniões, crachás, folhetos,
pôsteres, manuais, etc.
É neste momento antes de submeter a apreciação e a aprovação que vão ser avaliados
Objetivos e Estratégias do ponto de vista financeiro, devendo para tanto ser preparado o
Orçamento Estratégico, não a nível detalhado, mas sim com grandes números, que permitam
avaliar a viabilidade dos Objetivos e Estratégias propostos.
3.7.14.3 Aprovação
Que tipo de estrutura a empresa necessita, para com estas Estratégias, atingir os
Objetivos e cumprir sua Missão?
Todo o esforço de divulgação tem como objetivo a busca de compromisso dos diversos
níveis.
Para manter perene e reforçar o compromisso com o processo é vital a criação de
parcerias com os funcionários, através de mecanismos de motivação.
As empresas tem utilizado: programas de incentivo, avaliação de desempenho vinculada
aos objetivos da empresa.
O desafio de construir o futuro diante das mudanças e das forças concorrentes só será
vencido se as pessoas estiverem motivadas e capacitadas.
Avaliar Resultados e Corrigir Rotas
A principal fonte de insucesso do Planejamento Estratégico é a inexistência ou
ineficácia de um acompanhamento sistemático.
Ainda que não ocorram mudanças tão significativas no ambiente, não será dispensada a
checagem periódica do Planejamento Estratégico.
3.7.14.9 Indicadores
Cada gerente no seu nível tem que adotar o programa para que seus subordinados
também o façam.
A gestão para a qualidade significa uma nova abordagem onde todos os funcionários
contribuem para o sucesso da empresa participando de programas para qualidade, expondo
suas idéias e verificando os resultados.
Segundo FALCONI (1992), a qualidade pode ser monitorada pela análise dos
fluxogramas de cada processo, visto que estes nos permitem visualizar as tarefas críticas, ou
seja, aquelas onde uma falha pode implicar na perda da qualidade.
Existem muitas maneiras de referir-se a qualidade: qualidade de produtos, de
atendimento, de relacionamento de vida, de meio ambiente, de saúde, expressões usualmente
aplicadas nos meios de comunicação. A falta de qualidade é sinônimo de retrabalho, refugo,
tempo perdido em planejamento, coordenação, fabricação, aumento de estoques e,
conseqüentemente, perda de clientes.
A qualidade é fundamental para o desenvolvimento e sobrevivência das empresas. Em
qualquer atividade a preocupação com a qualidade deve ser constante. Se perguntarmos o que
se entende por qualidade, ou qual é o conceito ou qual é a idéia, muitos com certeza,
responderão:
a) Qualidade é atingir a plena satisfação do cliente com eficiência e eficácia;
Fica evidenciado que a qualidade dentro de uma empresa deve atender as expectativas
dos envolvidos sejam eles internos ou externos.
A qualidade está em fazer bem tudo o que se propõe. Isto se observa tanto na empresa
como na vida pessoal de cada indivíduo. Quando todos pensarem em atender bem uns aos
outros, teremos certamente, uma sociedade melhor.
Qualidade não é, portanto, algo considerado satisfatório do ponto de vista de quem
produz, mas sim do ponto de vista de quem recebe determinado produto ou serviço. Para
FALCONI (1992), pode-se definir como sendo um produto ou serviço que atenda
perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às
necessidades do cliente.
A qualidade deve atender plenamente aos requerimentos dos clientes. O cliente deve ser
considerado o foco da organização, ou seja, a pessoa mais importante, pois a sua satisfação é
o resultado da gestão da qualidade. A empresa que busca qualidade estabelece um processo
sistêmico e permanente na troca de informações, bem como um recíproco aprendizado junto
aos clientes transformando essas informações em indicadores de seu grau de satisfação. Com
essa mentalidade, as diversas áreas dentro das empresas trabalharão de uma forma integrada
evitando perdas e retrabalhos e, conseqüentemente, diminuindo os custos de não
conformidade.
Na busca pela melhoria contínua, a satisfação do cliente é primordial; este deve se o
ponto focal do negócio. Deve-se buscar conhecer as suas expectativas e necessidades e que
todos dentro da empresa trabalhem neste sentido.
j) Respeitar os empregados;
Estes conceitos são alcançados através de métodos e ferramentas, tais como: CCQs
(Círculos de controle da Qualidade), MASP, gerenciamento da rotina, PDCA e outros. Estes
contribuem para o controle da qualidade por toda a empresa e tornam o trabalho mais fácil de
ser aprendido e executado, e devem ser utilizados pelos envolvidos. Para que sejam bem
entendidos e possam ser aplicados, a empresa necessita de programas de educação e
treinamento contínuos.
As idéias do TQC não devem ser de domínio exclusivo de alguns especialistas dentro
das empresas. O conhecimento tem de ser estendido a todos os funcionários, o que significa
que cada pessoa dentro da empresa precisa estudar, praticar e participar do controle da
qualidade.
2) Seiton: Consiste na etapa de ordenação. Identificar local apropriado para cada coisa.
Determinação do local de arquivamento, permitindo que um dado seja localizado em até
5 minutos;
3) Seisoh: Neste aspecto, a retirada de pó, sujeira e limpeza nos postos de trabalho
devem ser executadas. Primar pela atualização de dados para permitir decisões corretas;
4.6 PDCA
Este é um método que deve ser seguido com muito capricho e determinação, para que os
resultados apareçam de forma clara e permanente.
Algumas vezes surgem dúvidas na prática deste ciclo, porém todas podem ser
superadas. Seguem algumas considerações que deve-se ter em mente:
A execução de apenas uma parte do ciclo não pode acontecer. O ciclo tem 4 etapas e
todas são igualmente importantes, nenhuma pode ficar de fora.
Como se trata de um ciclo, ele será repetido para sempre. Esta continuação é que
garante que nossos resultados estarão sempre melhorando.
Algumas pessoas não tem paciência para planejar e começam logo a etapa de execução.
Mais adiante esta falta de um bom plano vai ocasionar improvisações e, em conseqüência,
resultados parciais.
PDCA é uma sigla em inglês, que traduzindo é:
P – Plan (Planejar)
D – Do (Executar)
C – Check (Verificar)
A – Action (Agir)
É o conjunto das variáveis controláveis pela empresa e utilizadas pela mesma para
interagir com o seu mercado. Estas variáveis são:
a) Produto: É tudo aquilo que pode ser oferecido a um mercado para aquisição ou
consumo, como, objetivos físicos, serviços, personalidades, lugares, organizações,
idéias, para satisfazer um desejo ou necessidade;
b) Preço: É o valor monetário atribuído a um produto, para efeito de comercialização.
Sob a ótica de marketing, o mais correto é falar em composto de preço, isto é, toda a
política que baliza os custos e supera as diferentes barreiras até chegar ao
consumidor final;
c) Ponto de Venda: Todos os aspectos de distribuição de bens e serviços, incluindo os
canais de vendas tradicionais – lojas, máquinas de vendas, distribuidores, etc.; e a
disponibilidade dos bens ou serviços através desses canais;
d) Promoção: Todo o esforço de comunicação persuasiva a respeito de uma
organização e seus produtos. Sob o ponto de vista do marketing – são todas as
formas de comunicação promocional comumente utilizadas pelas empresas e
organizações para se comunicarem com seu mercados (propaganda, publicidade,
promoção de vendas, merchandising).
5.6 Canais de distribuição
Estas funções possuem três coisas em comum: elas demandam recursos escassos,
freqüentemente podem ser mais bem desempenhadas através de especialização, e podem ser
intercambiadas entre os membros do canal de distribuição.
Os canais de distribuição podem ser descritos pelo número de níveis de canal
envolvidos. Entende-se por nível de canal a camada de intermediários de marketing que
desempenham algum trabalho para trazer o produto e sua propriedade para mais perto do
cliente final. Empregamos o número de níveis de intermediários para indicar o comprimento
do canal de distribuição.
Um dos canais de marketing de consumo mais utilizados é o chamado canal de
marketing direto, ou seja, sem níveis de intermediação. Este canal consiste em vender
diretamente para o cliente final.
Portanto, os canais de distribuição são sistemas comportamentais complexos nos quais
pessoas e empresas interagem a fim de atingir objetivos individuais, empresariais e do canal.
5.7 E-Commerce
FRANCO JR (2001) afirma que a compra de produtos e serviços pela internet está
causando enorme revolução no mundo dos negócios e na vida dos consumidores. E-commerce
é a transação de compra e venda de produtos e serviços.
Definição: meios pelos quais vai se pagando uma dívida contraída, de forma que seja
escolhida pelo devedor a maneira mais conveniente para ele.
As parcelas de amortização são iguais entre si. Os juros são calculados, a cada período,
multiplicando-se a taxa de juros contratada (na forma unitária) pelo saldo devedor existente
no período anterior.
Por este sistema o credor exige a devolução do principal em n parcelas iguais, incidindo os
juros sobre o saldo devedor.
Juro
Amortização
Períodos
V
A
Formulário
CÁLCULON DA PARCELA DE AMORTIZAÇÃO ( A ):
CÁLCULO DA PRESTAÇÃO ( p t ):
-1 1
pt=j t+A
CÁLCULO DO SALDO DEVEDOR ( S T ):
S t = S t–1 - A
CÁLCULO DOS JUROS DE UM PERÍODO QUALQUER ( t ):
J t=i . A.(n–t+
p t = A . [ 1 + i.( n – t + 1 )
2n t 1
J t i. ADO
CÁLCULO .t TOTAL] DE JUROS
PAGOS:
2
2n t 1
Pt A.t.1 i
2
Solução:
C: 50.000
i: 1,5% a.m.
Amortizações mensais : 5
O principal foi emprestado no início do 1º ano e as prestações e os juros serão pagos no fim
de cada ano, ou seja, sempre sobre o saldo devedor do período anterior. A amortização é
anual, a prestação é obtida somando-se, ao final de cada período, a amortização com os juros.
50.000 = 10.000
5
Saldo
Ano Amortização Juros Prestação
devedor
0 50.000,00 - - -
1 40.000,00 10.000,00 750 10.750,00
2 30.000,00 10.000,00 600 10.600,00
3 20.000,00 10.000,00 450 10.450,00
4 10.000,00 10.000,00 300 10.300,00
5 - 10.000,00 150 10.150,00
Total - 50.000,00 2.250,00 52.250,00
Sistema Francês
Por este sistema o mutuário obriga-se a devolver o principal mais os juros em prestações
iguais entre si. A dívida fica completamente saldada na última prestação. Obs: Também
conhecido como sistema Price
Formulário
1 i n .i
CÁLCULO DA PRESTAÇÃO ( p t ): p V
1 i 1
n
JUROS
Jt = i . S t-1
AMORTIZAÇÃO
At= Pt–Jt
SALDO DEVEDOR
S t = S t–1 – A t
CÁLCULO DOS JUROS DE UM PERÍODO QUALQUER ( t )
1 i n 1t 1
J t i. p
1 i n 1 t
.i
CÁLCULO DA AMORTIZAÇÃO DE UM PERÍODO QUALQUER ( t )
onde:
A t = A 1 . (1 + i) t - 1 A 1 = p – i . S0
CÁLCULO DO SALDO DEVEDOR DE UM TEMPO QUALQUER ( t ):
1 i n t 1
S t p.
1 i .i
n t
C: 50.000
i: 1,5% a.m.
Amortizações mensais : 5
Calcular a prestação:
Teremos então 5 prestações iguais de R$ 10.455,48. Os juros serão aplicados sobre o saldo
devedor do período anterior, como no sistema de amortização constante.
A amortização será calculada pela diferença entre a prestação e o juro, e o saldo devedor será
calculado como sendo a diferença entre o saldo devedor do período anterior e a amortização
do período:
Saldo
Ano Amortização Juros Prestação
devedor
0 50.000,00 - - -
1 40.294,52 9.705,48 750,00 10.455,48
2 30.443,45 9.851,06 604,42 10.455,48
3 20.444,62 9.998,83 456,65 10.455,48
4 10.295,81 10.148,81 306,67 10.455,48
5 -5,24 10.301,05 154,44 10.455,48
Total 50.005,24 2.272,18 52.277,41
Exercícios de Aplicação
3) Seja um empréstimo de R$ 85.600,00 que será pago em 4 anos a uma taxa de 15% a. a.
Monte a planilha para os seguintes sistemas de pagamentos:
Sistema de Amortização Constante (SAC);
Sistema Francês (SF);
Resolução:
3.a)
n Saldo devedor Juros Amortização Prestação
3.b)
n Saldo devedor Juros Amortização Prestação
4) Uma pessoa contraiu uma dívida para saldá-la em 20 prestações mensais de R$ 15.000,00,
a juros compostos de 90 % a.a., capitalizados mensalmente, pelo Sistema Francês de
Amortização. Determinar o valor da dívida. Resp: R$ 152.917,37
4. QUADROS FINANCEIROS
Para Woiler (1996) avaliar o investimento total é uma das tarefas mais importantes
associadas ao projeto de viabilidade, por que o total a ser investido é muito relevante.
Alguns valores do projeto podem ser determinados de modo relativamente rápido e com
algum grau de precisão, enquanto outros são de difícil determinação e imprecisos. Há
tendência para subestimar os gastos de investimentos já que o clima da empresa, ao estimar
um projeto, é mais político do que uma análise fria em relação a este e por outro lado,
algumas vezes os próprios executivos não querem que o valor seja conhecido para que não
sejam controlados.
É necessário um controle firme e permanente da qualidade dos dados que estão sendo
levantados e lançar mão dos recursos possíveis para um levantamento adequado.
As principais fontes de informação para este levantamento são:
Experiência passada: os próprios recursos históricos da empresa devidamente
inflacionados se o projeto for igual ou semelhante ao que está em vista.
Valores informados pelos fornecedores: permite obter boas estimativas do valor dos
equipamentos, etc...
Uso de firmas de consultoria: a empresa vai se certificar que todos os fatores serão
considerados.
Margens de estimativas de erros devem ser consideradas em um valor de contingência.
4.2 Quadro de Capital de Giro
A maioria das empresas precisa operar com um certo montante de CCL, mas a
quantidade exata depende muito do setor industrial.
É necessário um certo nível de CCL, uma vez que todas as entradas e saídas de caixa
não são perfeitamente sincronizadas.
As saídas de caixa são mais previsíveis do que as entradas de caixa, sendo muito
difícil prever quando os ativos circulantes, exceto caixa e títulos serão convertidos em caixa.
Quanto mais previsíveis forem as entradas de caixa, menos CCL se requer.
Outra definição de CCL é a porção de ativos circulantes da empresa financiada com
fundos a longo prazo, onde, o montante dos excessos deve ser financiado com recursos de
longo prazo .
Existe uma relação entre risco-retorno de uma empresa, onde, o retorno é medido
pelas receitas menos os custos e o risco, pela probabilidade de a empresa se tornar
tecnicamente insolvente (incapaz de pagar suas contas no vencimento).
Caso uma empresa queira aumentar seu retorno , é necessário também aumentar seu
risco, se quiser diminuir o risco, vai precisar diminuir o retorno.
Os efeitos dos níveis dos ativos circulantes na relação risco-retorno podem ser vistos
através de uso de um índice: ativos circulantes ativos totais. Este índice indica a porcentagem
de ativos totais representada por ativos circulantes, que pode aumentar ou diminuir.
A medida que o índice de ativos circulantes ativos totais aumenta, tanto o retorno
como o risco decrescem. O risco de insolvência técnica diminui porque, supondo não haver
alteração nos passivos circulantes, o aumento dos ativos circulantes elevará o CCL.
Uma das decisões mais importantes que precisam ser tomada com relação aos ativos
circulantes e passivos circulantes é como usar passivos circulantes para financiar ativos
circulantes. Deve-se ter em mente que qualquer empresa só pode dispor de u montante
limitado de financiamento a curto prazo. O montante de passiveis circulantes disponíveis é
limitado pelo montante em dinheiro de compras a prazo, no caso de duplicatas a pagar, pelo
montante de previsões no caso de despesas provisionadas a pagar e pelo empréstimo sazonal,
considerado aceitável pelos credores em caso de títulos a pagar. Os credores só concedem
empréstimos a curto prazo, caso a empresa precise financiar aumentos sazonais de estoque e
duplicatas a receber, geralmente não emprestam dinheiro a curto prazo para a aplicações a
longo prazo.
A técnica agressiva requer que uma empresa financie suas necessidades imediatas com
recursos a curto prazo, e suas necessidades a longo prazo com recursos a longo prazo.
O plano agressivo funciona com um mínimo de CCL, pois apenas a porção
permanente dos ativos circulantes é financiada com recursos a longo prazo, é um plano
arriscado pelo ponto de vista do baixo CCL e porque a empresa saca o quanto possível nas
origens dos recursos a curto prazo para cobrir flutuações sazonais nas suas necessidades de
recursos. Aproveitar demais a capacidade de empréstimo que uma empresa tem pode tornar
difícil atender as suas necessidades inesperadas de recursos.
A maioria das empresas utiliza o misto das técnicas agressiva e conservadora. Para
Woiler (1996), capital de giro próprio faz parte do investimento do projeto porque sem esta
possibilidade de recursos a empresa não pode operar.
Total do investimento
Imprevistos
4.4 Desembolso
Em uma primeira estimativa, a projeção das receitas decorre do estudo do mercado, pois
é a partir desta que as projeções de vendas serão determinadas (quantidade e preço unitário de
cada produto).
Para a projeção é preciso distinguir o preço bruto ou líquido, preço de fábrica (FOB) ou
ao consumidor (CIF), a vista ou a prazo.
O custo mede o recurso. No projeto, o custo de produção dependerá dos custos dos
insumos. São várias maneiras de classificar os custos, mas as mais comuns são:
Pela data
1. Histórico: os custos dos insumos entram na composição do custo final em datas
diferentes.
2. Padrão: é fixada data base para a composição dos custos dos insumos.
3. Reposição ou corrente: a data-base para composição é a atual.
As firmas que praticam o custeio direto (custeio marginal) argumentam que o custo
geral não se altera quando se acrescenta uma unidade adicional de atividade.
As firmas que usam o custeio por absorção argumentam que a empresa tem que cobrir
o custo indireto para Ter lucro.
4.9 Depreciação
Segundo Woiler (1996) , tem papel importante na análise econômica do projeto porque
é um custo fictício que se pode abater no imposto de renda. Na realidade é uma fonte de
recursos em termos de caixa.
Item Taxa
Construção Civil 4% aa
Máquinas e Equipamentos 10% aa
Acessórios, ferramentas, veículos, despesas 20% aa
pré-operacionais
Móveis e Utensílios 10% aa
O que ocorre é que existem diferentes taxas de depreciação, com alguns depreciando
mais ou mais rápido do que outros
As empresas podem utilizar diferentes taxas de depreciação de seus bens, desde que
faça a comprovação conforme o art. 253, § 1º, do RIR/94 ou de acordo com o parecer técnico
emitido pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), ligado ao Ministério da Ciência e
Tecnologia ou outra unidade oficial de pesquisa científica e tecnológica.
Bens com vida útil inferior a um ano, ou com valor de aquisição não superior a R$
326,62, ainda que com vida útil superior a um ano, podem ser baixados diretamente como
custo ou despesa.
4.10 Amortização
4.11 Exaustão
Além da projeção do fluxo de caixa de uma empresa no tempo, quase sempre vale a
pena preparar um balanço e um demonstrativo de resultados projetados, ou pro forma, para
datas escolhidas no futuro.
Grande parte das informações usadas no preparo do orçamento de caixa pode ser usada
para o preparo de um demonstrativo pro forma. Na prática, este demonstrativo geralmente
vem antes do orçamento de caixa. Desta maneira, o gerente financeiro pode usar as
estimativas de imposto de renda nele apresentadas para o preparo do orçamento de caixa.
Devido a sua natureza altamente líquida, os títulos negociáveis são vistos em geral
como uma forma de caixa. As duplicatas a receber representam o total de dinheiro devido à
empresa, decorrente das vendas a crédito a seus clientes.
Exigível a longo prazo representa dívidas cujos pagamentos não vencem no ano em
curso. O patrimônio dos acionistas representa os direitos dos proprietários sobre a empresa. O
item ações preferenciais representa resultados históricos obtidos com a venda de ações
preferenciais. A seguir, o montante pago pelos compradores originais de ações ordinárias é
representado por dois registros: ações ordinárias e ágio na venda de ações ordinárias.
O registro de ações ordinárias é feito ao par, isto é, um valor por ação arbitrariamente
atribuído, principalmente para fins contábeis. O ágio na venda de ações ordinárias representa
o montante de fundos excedente ao valor nominal, recebido pela venda inicial das ações.
A soma das contas ações ordinárias e ágio na venda de ações ordinárias, dividida pelo
número de ações emitidas, representa o preço original por ação recebido pela empresa, em
uma única emissão de ações.
Inicialmente, o período de pay back, que é o tempo necessário para o retorno do investimento,
isto é, o tempo que a empresa leva para que o investimento seja retornado. Apesar da fácil
aplicação a análise do período de pay back é utilizada de forma complementar na análise de
investimentos porque não considera o valor do dinheiro no tempo. Por não considerar
nenhuma taxa de desconto para atualização monetária do investimento e dos fluxos de caixa,
calculamos o pay back da seguinte forma:
n 1
I 0 Flct
, onde:
PBS (n 1) t 1
Flcn
n número de períodos a descontar
I0 valor do investimento inicial
Flct valor total dos fluxos líquidos de caixa
O pay back por sua aplicação bastante simples é bastante utilizado por pequenas empresas e
para investimentos com tempo previsto de retorno bem pequenos. Esta técnica para análise de
investimento apresenta três grandes deficiências. A primeira, por não levar em conta o custo
do dinheiro no tempo, não reflete o período ideal para retorno do investimento. A segunda, é
pela própria definição que não considera o custo do dinheiro e, finalmente, é que não
reconhece os valores de caixa após o ponto de equilibrio.
I0
PBD n
Flct
t 1 (1 i ) n
3. Valor Presente Líquido
O valor presente líquido (VPL) é uma das técnicas avançadas para análise de investimentos.
Faz uso de uma taxa de desconto (ou taxa de oportunidade, ou custo do capital), para atualizar
temporalmente os valores dos fluxos de caixa, “trazendo-os ao presente” e comparando o
somatório como o valor do investimento inicial. A taxa utilizada neste processo deve ser igual
à taxa do custo de capital da empresa e todas as entradas nos fluxo de caixa devem ser
descontadas, ou seja, todas a entradas e todas as saídas.
A fórmula que expressa o valor presente líquido – VPL é a seguinte:
n
Flct
VPL ( ) I0
t 1 (1 i )
n
Para fins de análise de um projeto de investimento o vpl é utilizando para verificar qual o
valor líquido dos fluxos de caixa na data presente. Quando o vpl é positivo pode-se dizer que
o projeto é aceito e, em contrapartida, se for negativo, diz-se que o projeto não foi aceito.O
modelo matemático para cálculo do VPL é:
n
Flct
( (1 i )
t 1
n
) I0
Para simplificarmos os cálculos utilizaremos o cálculo do VPL com o uso da HP-12C, veja o
exemplo abaixo:
O banco "XY" emprestou a empresa "K S/A" a importância de R$ 72.000, a ser paga
conforme cronograma abaixo:
i = 10% a.m.
n VALOR NA HP 12 C
FUTURO resumidamente
0 0 g CFO
1 45.000 45.000 g CFj
2 22.000 22.000 g CFj
3 20.000 20.000 g CFj
4 13.000 13.000 g CFj
5 13.000 3 g Nj
6 13.000 10 i
TOTAL f NPV = 98.406,41
10 i f NPV
4. Taxa Interna de Retorno – TIR
A taxa interna de retorno – TIR é a mais amplamente utilizada para a análise de investimentos
apesar de ser a de maior dificuldade para ser calculada. Simplificadamente podemos dizer que
a TIR é a taxa que quando utilizada para calcular o valor presente líquido retorna VPL igual a
zero. Desta forma, para utilizar a TIR como instrumento de análise de investimentos devemos
considerar aceitos aqueles em o seu valor seja maior que o valor da taxa de custo do capital (a
taxa de desconto utilizada no cálculo do valor presente líquido). A expressão matemática que
expressa a TIR é a seguinte:
n
Flct
0$ ( ( ) I 0)
t 1 (1 tir )
n
Não há solução algébrica para esta equação de modo que é necessária uma
aproximação por tentativas e erro.
meses
0 1 2 3 4 5 6
72.000
45. 000 22. 000 20. 000 13. 000 13. 000 13. 000
72. 000
(1 i )1 (1 i ) 2 (1 i ) 3 (1 i ) 4 (1 i ) 5 (1 i ) 6
Na realidade temos que atribuir taxas (valores para i), tal que satisfaça a igualdade. Em
outras palavras: devemos forçar a igualdade da equação; o somatório do lado direito da
equação tem que dar, obrigatoriamente 72.000.
Nj f IRR
A definição do melhor método para análise de um investimento, se vpl ou TIR, possui dois
enfoques: teórico e prático. Do ponto de vista do primeiro, o vpl é o melhor método para a
análise uma vez que quando do cálculo dos fluxo intermediários leva em consideração os
reinvestimentos pela mesma taxa de retorno de capital da empresa. Do ponto de vista prático a
tir tende a ser mais importante, em parte porque expressa o resultado em percentuais, e
também, por ser mais utilizada pelos analistas
Os dois tipos mais comuns de projetos são: (1) projetos independentes e (2)
projetos mutuamente excludentes. Projetos independentes são aqueles cujos fluxos de caixa
não estão relacionados ou independem um do outro; a aceitação de um deles não exclui a
consideração posterior dos demais. Se uma empresa tiver fundos ilimitados para investir,
todos os projetos independentes que satisfizerem o critério mínimo para investimento poderão
ser implementados. Por exemplo, uma empresa com fundos ilimitados pode se confrontar com
três projetos independentes aceitáveis – (1) a instalação de ar condicionado na fábrica, (2) a
aquisição da empresa de um pequeno fornecedor, e (3) a compra de um novo sistema de
computadores. Fica claro que a aceitação de qualquer um desses projetos não elimina a
consideração dos outros; todos os três projetos poderiam ser implementados.
Projetos mutuamente excludentes são aqueles que possuem a mesma função
e, conseqüentemente, competem entre si. A aceitação de um projeto de um grupo de projetos
mutuamente excludentes elimina a consideração dos demais. Por exemplo, uma empresa com
necessidade de aumentar sua capacidade produtiva poderia atingir seu objetivo através da (1)
expansão da fábrica, (2) aquisição de outra empresa, ou (3) contratação de outra empresa para
a fabricação. Fica claro que a aceitação de uma dessas alternativas elimina a necessidade das
outras duas.
Exemplo: A Salinas Potiguar Ltda. deseja avaliar o risco, pela medida estatística da
amplitude, de cada um dos cinco projetos que está analisando.
Os projetistas envolvidos no projeto fizeram estimativas pessimistas, mais prováveis e
otimistas dos retornos anuais, como apresentado a seguir. Com base nas informações
anteriores, o projeto de maior risco é?
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