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SUPERVISÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA PRIMARIA DO 1º E 2º GRAUS BAIRRO 1


E 2 DA CIDADE DE CHIBUTO

HELFAS SAMUEL-Licenciando em ensino basico com habilitacoes em supervisao e inpecao escolar-


Universidade Pedagogica-Gaza (Contactos: 842849771/863498270) email:
helfas16cumbane@gmail.com, facebbock: Helfas Samuel.

INTRODUÇÃO

Com o trabalho em cláusula faremos uma abordagem descritiva sobre os dados recolhidos na
escola supracitada em relação aos conhecimentos reais do processo de ensino e aprendizagem

O trabalho está organizado em quatro partes, nomeadamente a introdução, onde de forma


objectiva apresentaremos o que pretendemos investigar, a parte de apresentação responsável
confrontação de teorias e resumo da matéria em estudo, a conclusão, onde de forma mais
sintética traremos as ideias inessenciais da nossa investigação e referências bibliográficas, para
alistamento das obras usadas na produção do trabalho.

Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuímos,
recorremos a pesquisa bibliográfica que consistiu nas leituras e interpretações sólidas e
fundamentadas por diferentes autores de destaque que, debruçaram-se sobre o tema em alusão e,
também recorremos a pesquisa documental, para recolher informações em diversas dissertações.
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Revisão bibliográfica

Supervisão Pedagógica (ou Supervisão Escolar)

A conotação com “chefia”, “dirigismo”, “imposição” e “autoritarismo” faz pensar que não existe
uma definição tácita de supervisão pedagógica. No entanto, ela pode ser entendida como sendo
uma actividade sistemática da prática pedagógica, sobretudo, através de procedimentos de
reflexão e de experimentação dos gestores escolares (dos técnicos pedagógicos), de todas as
unidades orgânicas do Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano, com vista a dar
assistência e apoio aos professores (e também a outros gestores), através de planificação,
acompanhamento, coordenação, controlo, avaliação e desenvolvimento do processo de ensino e
aprendizagem na escola.

O objecto específico da função supervisora ao nível escolar é o processo de ensino aprendizagem


e a abrangência deste processo inclui: a supervisão da implementação do currículo, do
cumprimento dos programas de ensino, da planificação do ensino (aulas), do decorrer das aulas
(uso de meios e métodos de ensino adequados), da avaliação e formas de recuperação das
aprendizagens não assimiladas.

Alarcão & Tavares (2003) “o objectivo da supervisão não é apenas o desenvolvimento do


conhecimento, visa também o desabrochar de capacidades reflexivas e o repensar de atitudes,
contribuindo para uma prática de ensino mais eficaz, mais comprometida, mais pessoal e mais
autêntica”.

Vieira (2009, p.199) apresenta uma definição onde não deixa dúvidas sobre o objectivo da
supervisão: “teoria e prática de regulação de processo de ensino e de aprendizagem em contexto
educativo formal, instituindo a pedagogia como o seu objecto”.

Assim, a supervisão pedagógica, procura articular num processo conjunto a observação, a


recolha de informação sobre o processo de ensino e a sua análise para uma consequente
reconstrução de significados sobre a prática dos protagonistas em acção: alunos, professor e
supervisor. Nesta perspectiva, a dimensão da colaboração, como princípio ou condição essencial
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no modelo da supervisão pedagógica, torna-se essencial no processo de formação contínua do


professor como um factor de transformação e mudança das práticas e das próprias escolas,
reflectindo - se na aprendizagem dos alunos.

De acordo com Vieira (1993), a supervisão pode definir-se como “actuação de monitorização
sistemática da prática pedagógica, sobretudo através de procedimentos de reflexão e
experimentação nas suas dimensões analítica e interpessoal, de observação como estratégia de
formação e de didáctica como campo especializado de reflexão/experimentação pelo professor.”
Nesta perspectiva, identificamos que o objecto da supervisão é a prática pedagógica do
professor, cuja função essencial da supervisão é a monitorização dessa prática e contribuir
directamente para o desenvolvimento profissional do professor.

Perfil do Supervisor Pedagógico1

Em relação às características, postura e formas de actuação do supervisor pedagógico, é


importante que este seja:

 Competente, experiente, idóneo, social e cooperativo;


 Criativo, crítico, dinâmico, responsável, comunicativo e respeitável;
 Simples, cortês, delicado, solícito, compreensivo, honesto, imparcial e rigoroso
 Conhecedor dos principais elementos de gestão, planificação e administração do sistema
educativo;
 Capaz de apoiar os outros gestores escolares, técnicos e professores na identificação e
busca de soluções dos problemas que afectam o desempenho do sistema educativo;
 Capaz de dominar as políticas, estratégias, documentos orientadores, normativos e da
principal legislação do sector de educação;
 Capaz de incentivar os outros gestores escolares, técnicos e professores a melhorar cada
vez mais a qualidade do seu trabalho para o alcance dos objectivos previamente traçados.

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Modulo de Supervisão e Inspecção Escolar. Universidade Pedagogica-Maxixe.sd
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Postura do Supervisor Pedagógico2

A postura, refere-se ao conjunto das atitudes, disposição e maneira de ser de um supervisor


pedagógico no concernente ao relacionamento com os outros e aos aspectos éticos e
deontológicos que concorrem para uma supervisão pedagógica eficaz e eficiente.

A postura de um supervisor pedagógico deve ser aceitável sobretudo em relação às pessoas


(alunos, professores e comunidade) com quem lida directamente durante a execução das suas
actividades, sob o risco de ser desacreditado, pois mesmo que possua um perfil adequado, se a
sua postura é questionável, tudo o que observa, orienta ou recomenda não terá a devida
consideração nem seguimento satisfatório.

Níveis de Supervisão Pedagógica

Para o funcionamento do Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano, em cada


Província, o Governo criou a seguinte estrutura institucional, organizada por níveis de
responsabilidades e que, ao mesmo tempo, constituem os níveis de supervisão pedagógica:

 Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano;


 Serviços Distritais de Educação, Desenvolvimento Humano, Juventude e Tecnologia;
 Zonas de Influência Pedagógica (ZIP);
 Escolas.

As escolas são instituições onde todo o processo de ensino e aprendizagem (PEA) decorre. O
PEA é dirigido pelas direcções das escolas, cabendo aos professores executarem os programas de
ensino, instrumentos fundamentais que regulam, em termos de conteúdos programáticos, os ciclo
do processo educativo. Sendo assim, para permitir um desempenho pedagógico eficaz,
implementação correcta dos programas de ensino e resultados escolares sólidos e seguros, é
necessário que, a partir das escolas, ZIP’s, direcções distritais, provinciais e ministério, seja feita
supervisão pedagógica pelos directores de escolas, coordenadores de ZIP’s e técnicos
pedagógicos a vários níveis.

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Modulo de Supervisão e Inspecção Escolar. Universidade Pedagogica-Maxixe.sd
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A supervisão pedagógica deve ser feita de diversas maneiras e, na escola, os supervisores locais
(directores de escolas e pedagógicos) devem ser mais assíduos na verificação, no
acompanhamento e, sobretudo, no apoio pedagógico aos professores, supervisionando todas as
actividades da escola com maior frequência e atenção possíveis, dando orientações e/ou
recomendações justas para se ultrapassarem certas dificuldades que se colocam no processo
escolar.

Apresentação de Analise de dados sobre Supervisão Pedagógica

Sobre a organização, gestão e funcionamento da instituição

Em relação a organização, gestão e funcionamento da instituição educativa foram questionados


alguns professores da Escola Primaria do 1º e 2º Graus bairro 1 e 2 da cidade de Chibuto tendo
afirmado que a instituição esta organizada em dois primas: Gestão pedagógica e gestão
administrativa e estes dois campos constituem eixo da escola, um complementa o outro. A área
de gestão pedagógica zela pela organização, planejamento e administração da área educativa.
Uma vez que se relaciona directamente à actividade fim do sector educacional, é o pilar mais
importante da gestão de escolas, o responsável desta área trabalha em colaboração com os outros.

Sendo que a escola adopta uma gestão democrática, os professores afirmaram que ela espelha o
compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a qualidade da educação e com
a relação custo-benefício, a transparência e factores que são operacionalizados por instâncias
colegiadas, tais como os conselhos escolares.

Sobre as características e estilos de liderança na instituição

O Director-Gestor é um líder democrático, que trabalha, coopera, sugere que sabe fazer,
participando das tarefas, que diz “nós” para avaliação dos efeitos positivos ou negativos da
instituição. Este é o líder da organização que aprende e que assume responsabilidades, possibilita
autonomia, que interage, participa e coordena à busca de soluções e construções. Visa um grupo
motivado, cooperativo e que tenha vontade de crescer. Enfim, um líder leal, que seja o elo das
ligações interpessoais com parceria, que não impõe sua verdade, mas que constrói verdades com
o grupo e tem o respaldo da comunidade escolar, fazendo-a participar activamente, trazendo-a
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cada vez mais para dentro da Escola e buscando estreitar sempre os laços de parceria e
cumplicidade.

Sobre o exercício do poder e da autoridade, bem os sistemas de tomada de decisões e da


prestação de contas.

A gestão democrática nas escolas está baseada na coordenação de atitudes e acções que propõem
e viabilizam a participação social no cotidiano das instituições. Nesse modelo de gestão, a
comunidade escolar é considerada sujeito activo.

Isso significa que professores, alunos, pais, responsáveis, gestores, equipe pedagógica e demais
colaboradores podem e devem participar de todas as decisões da escola. Contudo, é preciso que
todos tenha consciência sobre seus papéis.
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Conclusão

Os indicadores de qualidade da educação apontam para questões relevantes que devem ser
consideradas para a melhoria da educação. Considerando as cinco dimensões apresentadas-
Gestão Escolar Democrática, Prática Pedagógica, Avaliação, Acesso, permanência e sucesso na
escola e Ambiente Educativo- observou-se a necessidade de fortalecimento de acções com a
comunidade escolar, a efectivação das práticas democráticas na escola e a prioridade em
desenvolver um instrumento institucional de avaliação para os profissionais da educação.

Nesse contexto, as acções com a comunidade escolar exigem da escola uma postura de
articulação, com vistas a promover a participação desta no processo das decisões do colegiado
escolar, na socialização do conhecimento e no enfrentamento dos desafios contemporâneos.

Sugestões

 Adoptar estratégias de modo a eliminar os atrasos e melhorar a frequência dos alunos;


 A direcção da Escola deve garantir o acesso diário de materiais didácticos para todos os
docentes;
 Evitar ausências de professores na escola;
 O Director da escola deve, verificar e homologar regularmente os planos de lições;
 Sachar a pequena área semeada;
 Plantar mais árvores e garantir uma vedação consistente;
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Referências bibliográficas

 DOURADO, Luiz Fernandes. Gestão da educação escolar. Brasília: Universidade de


Brasília, Centro de Educação a Distância, 2006.
 HAMZE, A . O professor e o mundo contemporâneo, 2004.
 GADOTTI, M. Perspectivas actuais da educação. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 2000.

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