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A ALIMENTAÇÃO, A JEJUNOTERAPIA,

A URINOTERAPIA E A HOMEOPATIA
HARMONIZANDO O SER HUMANO.

 Alimentação:

“Fazei do alimento vosso remédio”


(Hipócrates)

Em busca por um modo de vida saudável e harmonioso, o homem moderno


torna-se cada vez mais consciente de sua alimentação, cuja importância sempre foi
apontada por todas as técnicas e recursos terapêuticos da Medicina Natural. Assim, na
medicina védica, por exemplo, a dieta apropriada a cada tipo de constituição física é o
primeiro passo para seguir um tratamento; já na medicina chinesa – para a qual o
médico especialista em nutrição é o elemento mais respeitado na comunidade – todos
os alimentos são empregados como remédio.
A dietética era uma das importantes disciplinas que constavam dos
ensinamentos da Escola de Cós – ilha grega que abrigava o Templo de Asclépio,
considerado o pai mitológico da Medicina. Nascido na ilha, aluno e posteriormente
professor desse centro de estudos, que veio a ser a primeira escola de medicina
científica da Antiguidade, Hipócrates via na alimentação bem balanceada o melhor
caminho para que seus discípulos se tornassem médicos saudáveis e equilibrados. Esta
era também uma das regras básicas da escola tibetana, onde os médicos se submetiam a
dietas rigorosas quando não se consideravam aptos a clinicar.
A medicina natural atual apresenta várias filosofias e técnicas alimentares
distintas, como a macrobiótica, o vegetarianismo, as monodietas, etc. Visando oferecer
ao leitor as informações mais úteis e necessárias para a prática de uma alimentação
saudável e harmônica, optamos pela orientação de especialistas não radicais, que
procuram reconhecer e enfatizar os pontos comuns entre as diversas tendências. Assim,
este Guia Prático expressa uma visão holística, desvinculada de doutrinas e ideologias,
sintonizada apenas com a filosofia da Ordem do Universo e suas leis intrínsecas e
imutáveis.

Alimentação: o pilar da medicina natural

Se o alimento é puro, a mente também será pura;


se a mente é pura, o espírito será também.
(Antiga máxima da sabedoria hindu)

Tudo o que usamos como alimento passa a fazer parte do nosso organismo –
dos ossos, do sangue, dos tecidos, da essência mais sutil de nosso metabolismo
bioquímico. Alimentação tem ação direta sobre o nosso humor, temperamento, impulsos
e pensamentos.
É por esse motivo que devemos nos preocupar com os alimentos que ingerimos
diariamente: eles determinam a qualidade de nossa vida como um todo e da nossa saúde
em particular. Existem diversos sistemas de alimentação e cada um deles exerce um tipo
de influência sobre o organismo. Neste trabalho, apontaremos os mais comuns adotados
por aqueles que se preocupam em ter um modo de vida mais naturalista.

Uma dieta saudável

Cresce em todo o mundo o interesse por uma alimentação equilibrada, saudável,


mas muita gente ainda se sente um tanto confusa em relação ao assunto: quais os
alimentos que devem fazer parte dessa dieta?
Na verdade, trata-se simplesmente de preferir os alimentos integrais produzidos
de modo natural, aos quais nada foi acrescentado (sob a forma de aditivos) e dos quais
nada foi retirado ( como acontece com os produtos “refinados” ). Fazem parte desses
alimentos os cereais integrais, os frutos secos (nozes, amêndoas, amendoim, etc.) e
sementes ( de gergelim, abóbora, etc.), as frutas e hortaliças frescas, e, ainda, a carne e
os laticínios provenientes de animais criados o mais naturalmente possível. Os
alimentos naturais e integrais também incluem produtos derivados que não contêm
aditivos, como o pão integral, por exemplo.
Se a pessoa não consegue abolir o uso da carne ela pode diminui-la de sua
alimentação, pouco a pouco.
Porém em determinados adoecimentos, como o câncer, por exemplo, fica difícil
tratar a pessoa sem retirar a carne de sua alimentação.

O mais natural possível

Idealmente, os alimentos integrais devem ser aqueles cultivados ou criados de


forma orgânica, isto é, livres de fertilizantes químicos, antibióticos, hormônios ou outras
drogas usadas comumente pela indústria de produção de alimentos. Essa condição,
fundamental para a qualidade e pureza dos alimentos, é uma preocupação sempre
presente na medicina natural, que está voltada basicamente para a alimentação orgânica.
Em muitos países, e nos Estados Unidos em particular, a opinião pública tem
sido cada vez mais mobilizada a esse respeito. Nos últimos anos tem crescido bastante a
quantidade de lojas e entrepostos de alimentos orgânicos na América e na Europa, e já

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se podem encontrar tais produtos nos supermercados comuns, sob a fiscalização de
órgãos do governo. E graças ao desenvolvimento da agricultura biológica ou natural,
que evita a aplicação de adubos sintéticos e de defensivos agrícolas no combate às
pragas, também cresceu, obviamente, a produção de alimentos orgânicos.
No Brasil, onde essa consciência é ainda incipiente, é quase impossível a prática
de uma alimentação totalmente orgânica. Com o movimento iniciado pela macrobiótica
há algumas décadas, e posteriormente com a criação das comunidades rurais, houve o
despertar, tímido ainda, para a questão dos aditivos e dos agrotóxicos e para o perigo
dos mesmos para a saúde (mesmo em doses ditas “aceitáveis”, determinadas pelos
próprios fabricantes). Atualmente vem se alargando o mercado consumidor preocupado
com o assunto, e vários produtos orgânicos já são encontrados no comércio
especializado – os entrepostos e restaurantes naturais.

Sistemas de alimentação

Da absoluta proibição aos produtos animais


e seus derivados às dietas de alimentos crus ou apenas de frutas,
um rápido painel dos exemplos de vegetarianismo.

No Ocidente, a medicina natural desenvolveu ao longo do tempo uma forte


tendência vegetariana, por considerar que os alimentos vegetais, selecionados de acordo
com critérios filosóficos e segundo seus efeitos medicinais, são os mais adequados
para a nutrição do homem, enquanto o consumo de carnes e produtos industrializados
pode trazer os mais diversos problemas para a saúde.
Dentro do sistema vegetarianista, existem modalidades mais ou menos radicais,
como veremos a seguir.

Vegetarianismo exclusivo Ovo-lacto-vegetarianismo


Considerada a mais autêntica, É a modalidade mais liberal,
não admite o consumo de nenhum que admite o consumo de alimentos de
produto de origem animal, nem origem animal com exceção da carne.
mesmo os ovos ou o leite e seus São permitidos os ovos, todos os
derivados. Pode, contudo, ser de dois laticínios e, obviamente, todas as
tipos: o vegetarianismo exclusivo verduras, as raízes, as leguminosas, os
comum, que aceita os alimentos tubérculos e os cereais. Os alimentos
industrializados, e o orgânico/integral, vegetais industrializados, o açúcar
que utiliza apenas os cereais integrais branco, as farinhas brancas não
e, na medida do possível, busca os integrais, o sal refinado etc. podem ser
alimentos naturais, livres de produtos usados normalmente.
químicos, como aditivos sintéticos e
agrotóxicos.

Crudivorismo Frugivorismo
Os adeptos desta dieta Esta modalidade é adotada
consomem apenas alimentos pelos vegetarianos mais radicais, que

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absolutamente crus, pois acreditam se alimentam apenas de frutas. Eles se
que o verdadeiro alimento é aquele baseiam no princípio de que as frutas
que se apresenta conforme a natureza são uma dádiva da natureza e
o oferece. Desse modo, consomem constituem o mais perfeito tipo de
principalmente frutas, verduras, brotos alimento para o homem. Criticam o
de leguminosas, algumas raízes, vegetarianismo comum alegando que
tubérculos e cereais que podem ser mesmo o consumo de verduras, raízes
comidos crus, como o trigo integral e a e legumes exige a morte de uma
aveia. planta, o que não acontece quando se
Alguns crudivoristas aceitam o colhe uma fruta. Alguns admitem o
uso do leite e seus derivados, mas não cozimento eventual de certas frutas,
os ovos e outros subprodutos animais. mas de modo geral são crudivoristas
também.

Cerealismo
Este tipo de vegetarianismo é considerado o mais perfeito em termos
filosóficos. Parte de um conceito próximo ao dos frugivoristas, porém considera os
cereais integrais pequenos frutos energéticos e mais concentrados que as frutas e,
portanto, mais nutritivos.
Neste caso, o fogo(ou o cozimento) e o sal são vistos como recursos do
homem, portador de inteligência, que se elevou da condição de hominídeo da
floresta e foi capaz de transformar os alimentos, tornando-os mais digestivos, mais
assimiláveis e adaptados ao organismo humano em franco aperfeiçoamento.
O consumo exclusivo de cereais é muito raro; em geral o que ocorre é que
os cereais são consumidos em maior quantidade que os demais alimentos, como no
caso da macrobiótica, sistema de alimentação apresentando em detalhe nesta
monografia.

Elementos básicos da alimentação


O segredo de uma dieta saudável,
segundo os nutricionistas tradicionais,
está na variedade e no equilíbrio dos alimentos.

 Cereais integrais (arroz integral, centeio, trigo integral, soja, etc.) e seus derivados
(farinhas, macarrão, etc.). Ricos em carboidratos e fibras, os cereais integrais têm baixo
teor de gordura e, quando combinados com leguminosas, fornecem valiosas proteínas.
Os pratos feitos com eles satisfazem mais e têm menos calorias que as comidas que
utilizam os cereais refinados, como a farinha branca, o arroz branco, etc.

 Leguminosas ( ervilha seca, lentilha, feijões, favas, etc.). Têm alto teor de
carboidratos e fibras, com baixo teor de gordura. Boa fonte de vitamina B e minerais,
podem ser usadas em sopas, saladas e para acompanhar cereais, substituindo a carne.
 Gorduras. Uma dieta saudável deve incluir óleos monoinsaturados e
poliinsaturados, como azeite de oliva, óleo de sementes de girassol e de milho. Óleo
extraidos a frio são preferíveis porque geralmente são usados produtos químicos no

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caso dos óleos processados a quente. Óleos vegetais contêm vitamina E e ácidos
graxos(vitamina F), e devem ser usados em lugar de margarina, manteiga, banha e
gordura animais saturadas.

 Frutas e hortaliças frescas. Contêm fibras e são nossa principal fonte de vitamina
C; ricas também em minerais, muitas têm ainda caroteno, que o organismo transforma
em vitamina A.

 Produtos de origem animal (frango e ovo “caipira”, ou seja, não de granja, onde os
animais são muitas vezes alimentados com hormônios; carne, peixe, leite e laticínios
provenientes de animais criados em solo sem fertilizantes químicos). Os produtos
animais contêm proteínas e fornecem vitaminas do complexo B; carne e leite integral
têm mais gorduras que aves, peixes e leite desnatado. Carne, peixes e ovos fornecem
ferro; leite e seus derivados, como queijos e iogurte, fornecem cálcio.

 Frutos secos e sementes (amendoim, castanha de caju, nozes, sementes de gergelim,


girassol, papoula, etc.). Contêm fibras e óleos poliinsaturados; boa fonte de proteínas
quando combinados com leguminosas, fornecem vitaminas do complexo B, vitamina E,
além de minerais.

 Adoçantes. Adoçantes naturais incluem frutas secas, extrato de malte, mel, melado,
açúcar mascavo. As frutas secas fornecem vitaminas A e C, além de minerais; mel e
melado podem substituir o açúcar refinado, mas devem ser usados com moderação,
como as frutas secas, pois têm muitas calorias.

Dicas e conselhos

Para uma alimentação mais saudável, independente de qualquer


filosofia alimentar, recomenda-se o seguinte:

- Evite comer frutas, legumes e tubérculos fora de estação – geralmente


têm maior quantidade de agrotóxicos. As Secretarias de Saúde e os órgãos de
defesa do consumidor costumam divulgar listas de alimentos da época.
- Evite comprar legumes, cereais e principalmente frutas em
supermercados ou grandes cooperativas, preferindo as feiras livres e os pequenos
produtores.
- Evite os alimentos enlatados, conservados quimicamente, defumados,
condicionados e industrializados em geral. Ainda não se conhecem todos os
efeitos possíveis no organismo provocados pelos corantes, conservantes,
aromatizantes e demais aditivos alimentares artificiais. Muitos dos aditivos que
hoje figuram na lista dos perigosos ou proibidos foram antes aplicados aos
alimentos industrializados no mundo inteiro e até considerados inócuos ou
incapazes de produzir danos. Daí o cuidado necessário quanto aos sorvetes, aos
chocolates, chicletes, balas e doces industrializados. A ciência moderna ainda não
tem condições de prever os efeitos de tais produtos a médio e a longo prazo, mas
sabe-se que, devido ao baixo peso molecular dos aditivos, eles conseguem

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penetrar no interior da célula com muita facilidade, interferindo significativamente
no sutil metabolismo das células mais nobres. Os resultados disso podem ser
imprevisíveis, mas já existem estudos sérios que apontam uma relação entre
produtos artificiais, agrotóxicos e o câncer, a leucemia, as mutações genéticas e a
redução da resistência imunológica.
- Ao escolher os legumes, as verduras e as frutas, prefira as menores,
menos perfeitas, menos lustrosas, sem selos e, de preferência, que apresentam
pintinhas, manchas e eventualmente bichinhos, uma clara indicação da ausência de
agrotóxicos.
- Procure sempre sentir o cheiro das frutas; se apresentarem odor de
remédio, rejeite-as.
- É aconselhável o desenvolvimento de hortas domésticas (que podem ser
coletivas...) em espaços não aproveitados de terreno e até mesmo dentro de casas e
de apartamentos.
- Na compra de pescados, siga a orientação das autoridades sanitárias
quanto aos critérios de seleção qualitativa desses alimentos. Evite aqueles que
apresentarem cheiro de amônia ou mau aspecto.
Existem hoje algumas cooperativas de produção e distribuição de
alimentos orgânicos nos centros urbanos mais importantes. Informações podem
ser obtidas nas lojas naturais e nos entrepostos de alimentação alternativa.

A importância das fibras

Presentes nas cascas, sementes, películas e estruturas celulares dos vegetais que
consumimos, as fibras são essenciais para a motilidade intestinal e para a remoção dos
resíduos alimentares do tubo digestivo. Constituem a parte não completamente digerível
dos vegetais e ajudam a compor o bolo fecal. Sem elas, a assimilação dos ingredientes é
muito prejudicada pela fermentação e por acúmulos tóxicos que ocorrem nos intestinos.
Prisão de ventre ou diarréia crônicas, colites, diverticulite etc. são alguns dos problemas
mais freqüentes que uma dieta pobre em fibras pode acarretar.
Essa é uma característica marcante na alimentação moderna, que inclui muitos
produtos pastosos, cremes, açúcar refinado, carnes e gorduras. Já as dietas baseadas na
alimentação natural integral apresentam a quantidade necessária de fibras para a
manutenção da boa saúde. A tabela a seguir relaciona alimentos ricos em fibras;
procure incluir alguns deles diariamente em sua alimentação.
Lembre-se que todas as folhas, legumes, raízes e cereais integrais fornecem
fibras. Existem, no entanto, alimentos que não contêm fibras, como as carnes, os
laticínios, ovos, óleos e gorduras.

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gramas de fibra/100g de alimento
Cereais Leguminosas Frutas secas
Pão integral 8,5 Feijão roxo cozido 7,0 Tâmara 8,7
Pão branco 4,1 Lentilha cozida 3,7 Damasco 24,0
Arroz integral cru 4,2 Figo 18,5
Arroz branco cru 2,4 Ameixa-preta 16,1
Farelo de arroz 11,5 Uva passa 7,0
Frutas Frutos Hortaliças
secos/sementes
Maça com casca 2,9 Amêndoa 14,3 Brócolos 3,6
Banana 3,4 Castanha-do-pará 9,0 Ervilha 5,2
Franboesa 3,0 Amendoim 8,1 Batata cozida 2,5
Amora 4,1 Sementes de 2,4 Milho verde 4,7
gergelim
Goiaba 5,6 Sementes de girassol 2,8 Alcachofra 2,4
Coco 13,6 Cebola desidratada 4,4

As fibras e a saúde

Sangue a pectina das frutas interfere na reabsorção ajuda a prevenir problemas


do colesterol pela corrente sanguínea cardíacos
Estômago alimentos ricos em celulose precisam ser ajuda no controle do peso
bem mastigados e obrigam a pessoa a comer – é bom para regimes de
mais devagar. A mastigação aumenta a emagrecimento.
secreção dos sucos gástricos e pode dar uma
sensação de plenitude. Faz também o
estômago esvaziar mais devagar.
Intestino os dejetos tornam-se pastosos e mais evita a prisão de ventre;
Grosso volumosos, com maior quantidade de água, pode prevenir problemas
sendo expelidos mais facilmente. Aumenta a intestinais e o câncer do
velocidade da passagem da bile, evitando cólon.
que seja atacada pelas bactérias.
Intestino diminui o tempo de digestão dos poder ter um efeito
delgado carboidratos e de sua transformação em benéfico para os diabéticos
açúcar.

A combinação bioquímica dos alimentos


Manga não combina com leite.
A sabedoria popular sempre afirmou,
e estudos recentes acabam de confirmar.

Mesmo recebendo mais atenção dos adeptos da alimentação natural do que dos
próprios nutricionistas de formação convencional, esta matéria é hoje muito difundida e
tem merecido estudos cada vez mais aprofundados.
Assim que são ingeridos, os alimentos entram em contato entre si, realizando
relações bioquímicas e reagindo com as secreções digestivas segundo a natureza ou a
composição química de cada pessoa. Existem os alimentos que se combinam bem e

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aqueles que não. Quando a combinação é perfeita, a digestão se faz harmoniosamente, a
assimilação das proteínas, das vitaminas e dos minerais é ideal, a formação do material
a ser excretado é adequada e a deposição de gorduras e de elementos tóxicos é mínima
ou nenhuma.

Quando não se combinam

Exatamente o contrário ocorre com a ingestão de alimentos que não se


combinam bem. A lista que vem a seguir é útil como diretriz quando se deseja adotar
uma dieta bioquimicamente ajustada, indicada em especial para os casos de obesidade
de difícil tratamento e para todos os casos de má digestão, azia, doenças gastrintestinais
em geral, colites ulcerativas, fermentações intestinais flatulência, cólicas digestivas,
digestão muito lenta, intolerância alimentar, idiossincrasias alimentares, perturbações
enzimáticas, distúrbios digestivos de fundo nervoso ou psicossomático, etc.
Basicamente, esses problemas podem ser resolvidos observando-se o equilíbrio
bioquímico dos alimentos. Uma alimentação que respeite esses padrões é recomendada
a todas as pessoas, independente de sua filosofia alimentar, como fator de promoção e
manutenção da saúde. Nos casos de obesidade, e se for bem elaborada, permite um
emagrecimento lento; no entanto, não se trata de uma dieta para emagrecer, pois pode e
deve ser realizada por todas as pessoas, as magras inclusive, uma vez que favorece o
equilíbrio geral, evitando o envelhecimento precoce e o desgaste orgânico acentuado
resultante dos abusos ou excessos alimentares.
Nesta tabela não se levou em consideração a quantidade de alimento a ser
ingerida, o que deve receber uma atenção particularizada, de acordo com cada
organismo ou mesmo segundo os critérios do bom senso.

Tabela de combinação bioquímica dos alimentos


Grupo I

alimentos que combinam entre si e com os do Grupo II


abacate azeitonas cogumelo orégão
abóbora bardana couve ovos
abobrinha berinjela couve-flor palmito fresco
acelga bertalha erva-doce pepino
agrião beterraba ervilha fresca pimentão
aipo brócolos espinafre pinhão
alcachofra cacau feijão verde quiabo
alface cardo frutos do mar rabanete
algas marinhas carnes gergelim raiz de lótus
alho caruru jiló repolho
alho-poró castanha de caju manteiga salsa
almeirão castanha-do-pará milho verde serralha
amêndoas cebola missô shoyo
aspargo cenoura mostarda taioba
avelãs chicória nabiça tomate cru
azedinha chuchu nabo umeboshi
azeite coco seco nozes vagem

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Grupo II

alimentos que não combinam entre si


aipim cará farinha de milho mandioquinha
araruta castanha-portuguesa feijão seco milho seco
arroz integral centeio fruta-pão queijo de soja
aveia integral cevada grão-de-bico soja seca
batata-doce cevadinha lentilhas tahine
batata-inglesa ervilha seca macarrão integral trigo e derivados
café de cevada farinha de mandioca mandioca trigo sarraceno

Grupo III

alimentos que combinam entre si e com os do Grupo II


(desde que não sejam preparados em gordura ou similares)
abricó caqui lima-da-pérsia queijo prato
açúcar em geral coco verde maçã queijo-de-minas
ameixa figo fresco mamão queijos frescos
banana cozida fruta-do-conde mel de abelhas requeijão
banana seca goiaba melado ricota
broto de feijão ingá melancia sapoti
café jaca melão tâmara
café de cevada laranja-lima pêra uva moscatel

Grupo IV

alimentos que não combinam entre si e nem com outros alimentos


abacaxi coalhada laranja ácida nêspera
ameixa ácida damasco limão pêra ácida
araçá framboesa maçã ácida pêssego
cajá grapefruit manga pitanga
caju graviola mangaba romã
carambola jabuticaba maracujá tamarindo
cereja jambo marmelo tangerina
cidra jenipapo morango uva ácida

Grupo V

Banana crua
Combina com: Incompatível com:
ameixa mamão abacate melado
caqui melancia açúcar em geral óleos e gorduras
creme de leite melão azeite em geral
figo pêra caldo de cana todos os alimentos
laranja-lima queijos frutas oleaginosas do grupo II
leite sapoti frutas secas
lima-da-pérsia todas as frutas doces manteiga
maçã uva moscatel mel de abelha

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Grupo VI

Leite
Combina com: Incompatível com:
banana crua ou todos os alimentos do grupo i frutas cítricas
amassada alimentos do carne frutas oleaginosas
creme de leite grupo II clara de ovo iogurte
gema de ovo cozida coalhada óleos e gorduras
queijos

Grupo VII

Creme de leite
Combina com: Incompatível com:
abacate frutas oleaginosas carnes frutas secas
abóbora verdes clara de ovo manteiga
alimentos do Grupo II gema de ovo frutas doces óleos e gorduras
banana assada ou crua leite e derivados frutas oleaginosas suco de maçã
maçã crua ou secas verduras
assada

Observações:
 Por serem considerados neutros, gema de ovo, crua ou cozida, coco verde,
lêvedo de cerveja, café e várias qualidades de chá se compatibilizam com todos
os outros alimentos.
 Todo alimento frito, carregado em óleo, é incompatível com qualquer outro.
 O pão, para se tornar menos fermentável, deve ser feito com farinha pura ou
integral e ingerindo 24 horas após sua fabricação, em torradas ou aquecido no
forno.
 Não se deve comer frutas após as 18 horas
 Para que os alimentos não entrem em conflito bioquímico, é rigorosamente
necessário que se mantenha um espaço mínimo de 4 horas e meia entre as
refeições.

Monodieta: a cura pelo alimento único


Comer um só tipo de alimento durante um certo tempo provoca
transformações bioquímicas no organismo, modificando
o metabolismo, corrigindo distúrbios e promovendo a cura.

Antes de apontar alguns tipos de monodieta e suas indicações é importante


esclarecer que qualquer alimento dotado de poder medicinal age beneficamente em
nosso organismo, mesmo quando ingerido juntamente com outros, numa refeição
normal. Em geral, as monodietas são indicadas apenas porque reforçam e concentram a
ação dos alimentos terapêuticos.

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Dieta do arroz integral
Indicada para a desintoxicação, esta dieta promove a renovação do equilíbrio
metabólico e a restauração das funções orgânicas prejudicadas pela alimentação
industrializada.
Pode ser aplicada no tratamento do câncer, do diabetes, da obesidade, do
reumatismo, das gripes freqüentes e da sinusite. Para aqueles que praticam jejuns
prolongados, é útil como fase preparatória.
O período ideal para essa dieta é de 10 dias seguidos, e o arroz integral deve ser
simplesmente cozido na água, sem sal ou tempero de qualquer espécie. Pela manhã,
recomenda-se um mingau de farinha de arroz integral tostada, que pode ser encontrada
nas lojas especializadas em produtos naturais.
Antes de iniciar a dieta, é importante diminuir gradualmente o consumo de
açúcar branco, de carne animal, condimentos fortes, frituras e laticínios. Depois, durante
uns 10 dias, a alimentação deve ser amena, composta de arroz integral, cereais integrais,
legumes, raízes, tubérculos, verduras cozidas e algumas frutas suaves.
Normalmente essa dieta provoca algumas reações, como dor de cabeça,
fraqueza, indisposição, irritabilidade, fezes com odor forte (devido ao processo de
limpeza do organismo) e uma eventual prisão de ventre no princípio. Tais sintomas
serão mais intensos quanto mais o organismo estiver comprometido e intoxicado, mas
tendem a desaparecer em poucos dias dando lugar a uma incrível sensação de bem-
estar, leveza, equilíbrio e tranqüilidade emocional.

Dieta do inhame

O inhame é um tubérculo com propriedades depurativas, desintoxicantes e


reguladoras. Seu uso terapêutico deve se estender por no máximo 7 dias, dependendo
das condições do doente.
O tubérculo deve ser cozido com a casca e, depois de descascá-lo, recomenda-se
amassá-la com um garfo e acrescentar temperos naturais leves, como salsinha,
cebolinha, sal marinho ou missô (pasta de soja fermentada) e um pouco de azeite de
oliva.
Essa dieta é utilizada no tratamento de infecções agudas ou crônicas de qualquer
tipo, em especial as amigdalites, os abscessos, as pneumonias, inflamações dentárias,
osteomielites, tuberculose óssea, reumatismo agudo, crises de gota, otites purulentas,
inflamações das unhas, sinusites, deficiências imunológicas em geral, doenças
articulares, inflamações e infecções renais ou urinárias, doenças inflamatórias dos
intestinos.
Como o inhame possui propriedades que combatem a formação de células
malignas, a dieta também é indicada para os casos de tumores (benignos ou malignos).

Dieta do abacaxi

Esta dieta é de apenas 1 dia, mas deve ser repetida com intervalos regulares, em
geral de 1 semana, até que seus objetivos sejam atingidos. A quantidade ingerida em
cada refeição fica a critério do doente.
É indicada tanto para a fase aguda da litíase renal (cálculos), como para prevenir
a recorrência dos cálculos. Tem grande eficácia no tratamento da obesidade resistente,
da pressão alta, na prevenção das crises de gota e no reumatismo crônico. Sua ação
diurética é muita boa, servindo também como recurso auxiliar no tratamento das
infecções urinárias em geral, nos casos de blenorragia crônica e uretrites inespecíficas.

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Dieta do melão

Como a do abacaxi, esta dieta deve ser feita por 1 dia, a intervalos semanais. A
quantidade de melão é livre, e a fruta deve estar bem madura e suculenta.
Indicada para os distúrbios da menopausa ou do climatério, principalmente nos
calores insuportáveis, e para os vários tipos de desequilíbrio hormonais femininos.
É um tratamento que deixa a pele sedosa e combate as rugas. Os antigos
costumavam dizer que esta era uma das dietas do rejuvenescimento.

Dieta da uva

Nesta dieta bastante radical, que constitui um famoso tratamento contra o câncer,
a uva rosada comum é o único alimento durante 15 dias.

Dieta do mamão

Uma dieta de 3 dias consecutivos para a qual o tipo ideal de mamão é o amarelo
caipira e, na sua falta, o vermelho “Bahia” grande. Não se recomenda o mamão papaia,
devido ao excesso de agrotóxicos e aos hormônios vegetais que ele contém, prejudiciais
à saúde. Recomenda-se também ingerir, a cada dia, 1 ou 2 colheres de sopa de sementes
de mamão, sem mastigá-las.
É um tratamento muito eficaz no combate à prisão de ventre aguda ou crônica,
nas gastrites, nos casos de digestão lenta, má digestão, falta de apetite, vermes
intestinais, colites, excesso de colesterol e triglicerídeos, cálculos da vesícula e hepatites
agudas.

Dieta do jiló

Com a duração de 1 dia apenas, esta dieta pode ser repetida quando necessário.
Os jilós devem ser cozidos, de preferência no vapor, e comidos com a casca.
Útil contra a vesícula preguiçosa, a hepatite aguda ou crônica, a cirrose hepática,
vermes intestinais, úlceras gástricas, falta de tônus digestivo, distúrbios enzimáticos da
digestão, maus efeitos do alcoolismo na mucosa dos órgãos digestivos, tumores
intestinais, cálculos biliares. Também apresenta ótimos resultados no combate às
inflamações da bexiga, do estômago, do esôfago e, principalmente, das amígdalas.

Alimentos desaconselhados
A medicina natural recomenda evitar o consumo de alimentos que, devido ao
acréscimo de artifícios, são considerados nocivos ao organismo.

Açúcar branco

O açúcar refinado resulta da concentração industrial da sacarose da cana-de-


açúcar. O uso constante na alimentação provoca a diminuição de magnésio no
organismo, elemento importante na manutenção da resistência às infecções e aos
germes. Além disso, por exigir quantidades consideráveis de vitaminas do complexo B

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para sua metabolização, o açúcar é considerado um fator desvitaminizante; como
também absorve boa quantidade de cálcio, atua como desmineralizante do organismo.
Seu consumo favorece a ocorrência de cáries dentárias, da osteoporose e do
diabetes; incentiva os estados depressivos e, em casos extremos, da melancolia (ou
sugar blues). O excesso de açúcar provoca ansiedade, reduz a acuidade visual e é um
forte coadjuvante nos processos de arteriosclerose e das doenças cardiovasculares,
como o enfarte, a hipertensão arterial e a aterosclerose coronariana.
Dezenas de livros publicados no mundo inteiro alertam para os prejuízos
causados ao organismo pelo açúcar e pelo consumo exagerado de doces, refrigerantes,
balas, etc.

Carne animal

Independentemente de uma postura ou argumentação vegetariana, a carne


animal, em especial a vermelha, não é um alimento saudável devido aos produtos
químicos empregados em seu tratamento. O sulfito de sódio (que confere a cor
avermelhada à carne congelada), o nitrato de potássio ou salitre (usado para ampliar seu
prazo de conservação e dar um aspecto mais apetitoso à carne bovina) e o
dietietilbestrol (hormônio sintético ministrado aos animais para que ganhem mais peso
nos meses que antecedem o abate) são produtos químicos comprovadamente ligados à
ocorrência de diversos problemas, como alterações hormonais, perturbações menstruais,
miomas uterinos, nódulos mamários, impotência sexual masculina, esterilidade,
problemas da próstata e tumores em geral.
Assim, além de já não ser um alimento benéfico ao ser humano em seu estado
natural e fresco, a carne foi transformada num produto de qualidade muito duvidosa.

Carnes embutidas

Os frios em geral e as carnes acondicionadas em membranas (como salsicha,


lingüiça, mortadela, presunto, patês, etc.) são ainda mais prejudiciais ao organismo.
Além de todos os produtos químicos já enumerados, este grupo de carnes ainda recebe
substâncias conservantes, como antibióticos e aditivos. Também fazem parte deste
grupo as carnes brancas industrializadas, como o frango de granja, o peru temperado, o
chester, o pato, etc.

Farinhas brancas

São constituídas quase exclusivamente pela parte calórica e pelo amido de


cereais descortiçados (ou “beneficiados”), ou seja, que perderam a película vitamínica e
o germe nutritivo. As mais usadas são a farinha de trigo, com a qual são produzidos
pães, biscoitos, bolos, tortas, etc., e a farinha de arroz, empregada na alimentação
infantil.
Há pouco menos de um século a humanidade só consumia farinha de trigo
integral, que, além das vitaminas do complexo B, contém quantidades razoáveis de
ácido glutâmico, um elemento que favorece o desenvolvimento cerebral e é importante
para o metabolismo das células nervosas. Uma dieta pobre em ácido glutâmico reduz a
capacidade de raciocínio e de reter informações e, como conseqüência, atua
negativamente no desenvolvimento do Q.I. infantil.
O mesmo raciocínio pode ser aplicado ao arroz branco em relação ao arroz
integral, no que se refere às vitaminas e ao ácido glutâmico, além da perda de alguns

13
aminoácidos e de minerais importantes durante o processo industrial de descorticação e
polimento.

Pão
Tudo o que dissemos sobre as farinhas brancas se estende, naturalmente, ao pão.
Assim, os pães preparados com cereais integrais, como trigo, centeio e similares, são
sempre mais nutritivos e benéficos ao organismo do que o pão branco comum.

Sal refinado

Também chamado de sal de cozinha, este produto passa por um processo de


industrialização que, em seu início, já lhe retira cerca de 80 elementos importantes,
deixando-o reduzido ao cloreto de sódio concentrado. Na etapa seguinte, sua umidade
natural vai sendo eliminada com a adição de produtos químicos, e o cloreto de sódio
tende a se tornar líquido. Depois disso, são adicionados os estabilizantes e o iodeto de
potássio, pois o refinamento elimina as microalgas que fixam o iodo natural do sal
marinho, exigindo sua substituição por um produto artificial. Ao fim desse processo, o
sal refinado transforma-se num ingrediente prejudicial à saúde: seu excesso na dieta
favorece a retenção de líquidos, comprometendo o funcionamento dos rins, do coração e
da circulação, além de acentuar os inchaços e a síndrome pré-menstrual; os
antiumectantes que recebe podem ser responsáveis pelo aparecimento dos cálculos
renais ou biliares; o iodeto altera a função da tireóide, levando a desequilíbrios
hormonais e à formação de nódulos tireoidianos.
A alternativa ideal para esse elemento indispensável à nossa alimentação é a
utilização moderada do sal marinho, que não tem a elevada concentração em sódio do
sal refinado e reconstitui, remineraliza e tonifica o organismo, fornecendo taxas normais
de iodo natural.

 Quais os benefícios do beneficiamento ? 


No processo de beneficiamento de cereais – descorticação e polimento – , ocorrem
as mais variadas perdas nutricionais. Observe o gráfico e avalie os resultados.
Elementos % perdida Elementos % perdida
Calorias 0,0 Proteínas 30,0
Gordura 41,0 Fibras 92,7
Cálcio 49,4 Fósforo 79,0
Ferro 84,9 Cobre 50,0
Manganês 92,5 Vitamina B1 86,0
Vitamina B2 75,0 Niacina 81,7

Você vive para comer ou come para viver ?

São muitas as tentações da alimentação moderna, mas vale a pena apelar para o
bom senso e seguir algumas regras básicas para aproveitar melhor os alimentos.
Naturalmente, todas essas sugestões devem ser adaptadas às possibilidades, ao modo de
vida e às preferências de cada um.

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 Tente fazer três refeições por dia e evite comer a toda hora.
 Escolha alimentos frescos e de boa qualidade.
 Coma apenas enquanto sentir fome. Não se force a ingerir alimentos.
 Em qualquer circunstância, mastigue prolongadamente cada porção de alimento.
 Evite os líquidos durante as refeições: eles diluem os sucos gástricos, prejudicando a
digestão. Se sentir muito sede, tome um pouco de chá sem açúcar após a refeição.
 Não tome bebidas muito geladas, mesmo fora das refeições. Temperaturas muito
baixas interferem na digestão, enfraquecendo os processos estomacais.
 Prefira sempre os alimentos crus, cozidos, grelhados ou assados. As frituras agridem
o estômago e acidificam o sangue.
 A medicina védica aconselha a não adicionar mel a alimentos quentes, pois essa
combinação não é benéfica ao organismo.
 Alimentos muito salgados também são prejudiciais, mesmo quando se usa sal
marinho.
 Prefira os alimentos naturais aos industrializados. Um enlatado tem sempre 30% a
menos em vitaminas e poder nutritivo que o mesmo alimento fresco.
 Não se preocupe demais com a taxa de proteínas que está ingerindo, pois uma boa
variedade de alimentos naturais e de cereais integrais reúne tudo o que o organismo
precisa. A carne animal é uma fonte de proteínas que pode ser radicalmente evitada
sem causar problemas: apesar de não comerem carne, o gorila, o cavalo, o touro, o
búfalo e o elefante são conhecidos pela força e vivem mais do que muitos animais
carnívoros.
 Tente seguir uma conduta de alimentação flexível e bem balanceada, sem fixar-se
em dietas muito rígidas, dando atenção às necessidades de seu organismo.
 Acima de tudo, procure manter um clima de serenidade durante as refeições. Evite
as preocupações, as conversas sérias e as discussões – comer tenso ou contrariado
dificulta a digestão.

Conselhos e informações para quem cozinha

Quem prepara os alimentos influi diretamente na saúde das pessoas.


Cozinhar com harmonia e equilíbrio faz de você um verdadeiro alquimista,
responsável pelo bem-estar daqueles a quem vai alimentar.

 Trabalhe com atenção e carinho: amor e alegria tornam inesquecíveis os pratos mais
simples.
 Prefira temperos e condimentos naturais e use-os sem exagero.
 Ao preparar uma receita, oriente-se também pela sua intuição, como fazem os
melhores cozinheiros do mundo.
 Apesar de serem muitos práticos, os utensílios de metal ou alumínio desprendem
partículas invisíveis que são prejudiciais à saúde. Procure substituí-la por vasilhas
de ágata, vidro, madeira, etc.
 Como o congelamento elimina a energia vital dos alimentos, evite consumir pratos
congelados.
 Pratos temperados demais, massas de textura pesada, suflês gordurosos e misturas
complicadas podem agradar num primeiro momento, mas prejudicam o organismo
logo depois. Os cardápios mais saudáveis são os que reúnem pratos simples e
saborosos.
 O estado de espírito de quem cozinha influencia profundamente os alimentos. Por

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isso, evite os pratos preparados por pessoas tensas ou desequilibradas.
 Cozinhe após uma ligeira meditação, respirando harmoniosamente, com uma música
suave ao fundo e usando um incenso apropriado. Esses são recursos que favorecem
seu desempenho na cozinha.
 Cozinhar com amor e com a intenção carinhosa de favorecer ou de melhorar a saúde
das pessoas é sempre sinal de elevação espiritual.

Alimentos que curam


Além de fornecer energia e nutrientes para o
organismo, vários alimentos têm propriedades terapêuticas
valiosas e devem ser incluídos nas dietas.

Abacate – Facilita a digestão e o seu consumo constante e prolongado combate o


reumatismo e o ácido úrico. A monodieta do abacate por 2 a 3 dias é útil no combate
aos cálculos da vesícula biliar e às úlceras gastroduodenais.
Abacaxi – Tem ação depurativa e diurética. Usado fora das refeições diminui o excesso
de acidez no estômago. A monodieta semanal de abacaxi é de grande utilidade no
combate a qualquer tipo de pedra nos rins, contra o catarro nos brônquios e contra a
obesidade (quando existe muita retenção de líquidos).
Abóbora – Atua controlando o nível de glicose no diabetes, o colesterol e a gordura no
sangue. Ajuda na evacuação e as sementes são eficazes contra a solitária. Aplicada
sobre a pele, a abóbora tem ação emoliente e é útil no tratamento de queimaduras.
Acelga – Crua é útil contra a anemia e combate a asma, o diabetes, a diarréia e o
acúmulo de bile na vesícula biliar. Cozida, serve para a cistite aguda. Em cataplasma
quente sobre a pele é analgésica, antiinflamatória nos casos de contusões, abscessos e
queimaduras agudas (neste caso, aplicar já fria).
Agrião – Cru tem efeito tônico nos brônquios e pulmões, além de ser útil contra
faringite e processos infecciosos da boca e garganta. Cozido tem ação estomacal tônica
e depurativa. O sumo do agrião é útil contra a anemia, o escorbuto, a tuberculose, a
pneumonia e as bronquites em geral inclusive a dos fumantes; também é indicado para
a febre persistente e a icterícia.
Alcachofra – Estimulante do fígado e dos rins, é depurativa do sangue e combate o
reumatismo, o ácido úrico e a arteriosclerose.
Alface – Tem efeito diurético, calmante e depurativo. Abre o apetite e estimula as
funções digestivas e excretoras.
Alho – Comido como alimento, tem ação depurativa, diurética e digestiva. É um
antibiótico natural (alicina), vermífugo e anticoagulante. Previne as tromboses, purifica
as mucosas e evita a formação de catarro. Também tem efeito contra o excesso de ácido
úrico, o reumatismo, a pressão alta e a arterisclerose. Esses efeitos são obtidos com o
consumo de dois a três dentes de alho diariamente.
Ameixa fresca – Comida em abundância, é útil no resfriado, nas afecções dos
brônquios e na asma.
Amendoim – Tem ação tônica e afrodisíaca.

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Amora – Tem ação diurética, laxativa e expectorante. Também é emoliente e
adstrigente.
Arroz integral – Um dos importantes alimentos da medicina natural. Tem ação
depurativa dada a presença de albuminas desintoxicantes. Seu uso constante na
alimentação torna o organismo mais purificado e saudável. É útil para as carências
vitamínicas do complexo B, dada a sua grande quantidade de vitamina B1, B2, B6. O
caldo do arroz integral cru é útil contra a diarréia.
Aveia – É um alimento tônico devido à presença de manganês e tem ação medicinal
contra o reumatismo, a gota e problemas inflamatórios das vias urinárias.
Azeitona - A azeitona preta tem efeito laxante, e a verde é adstringente, com tendência
a prender os intestinos. Ambas têm leve efeito contra a mucosidade excessiva dos
pulmões e brônquios. o azeite de oliva é laxativo e útil em queimaduras.
Banana – Útil para regular os intestinos nos casos de diarréia.
Batata – O cataplasma de batata crua ralada é bom para as picadas de insetos e
irritações cutâneas.
Berinjela – O suco fresco é útil como diurético e desobstruente das vias biliares.
Beterraba – O sumo cru é antianêmico e fortificante. Por ser muito rica em magnésio, é
útil em casos de infecções crônicas. Contêm uma substância chamada betaína, que
possui ação eficaz contra tumores. Tem boa aplicação no câncer (sumo puro de
beterraba crua quatro a cinco vezes ao dia).
Brócolos – Indicados contra infecções localizadas; laxativos, emolientes, tônicos e
ajudam a combater a anemia.
Caju – Devido a sua ação adstringente, combate as diarréias crônicas e agudas. É
tonificante e tem ação eficaz no diabetes e em todos os tipos de catarro. É tido também
como afrodisíaco.
Caqui – Combate a anemia, falta de vitaminas A e B, obesidade, diabetes e gota. A
polpa tem efeito laxante.
Cebola – É considerada um poderoso remédio, cuja ação depurativa permite ao
organismo manter-se forte e saudável. Seu uso constante, de preferência crua, na
salada, combate a anemia, tosse, doenças catarrais das vias respiratórias, problemas do
estômago, fígado e rins, além de possuir ação vermífuga e anti-séptica. Tem fama de
conferir longevidade e força física.
Cenoura – Crua, é útil no combate a problemas dos olhos, pele, cabelos, ossos, fígado
e bexiga.
Coco – A polpa do coco verde ou seco tem ação vermífuga e antidiarréica. A água do
coco verde é reguladora dos intestinos, vermífuga e é usada para tratar e prevenir a
desidratação.
Confrei – Tem excelentes efeitos medicinais como chá e como alimento. Em muitos
países orientais é usado habitualmente como salada. Combate a asma, a alergia,
icterícia, prisão de ventre, a úlcera gástrica e duodenal, o excesso de ácido do estômago,

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a anemia, várias doenças de pele e desnutrição. A melhor forma de uso é como salada
crua.

Couve – O consumo combate a anemia, o escorbuto e o bócio (papeira) devido a seu


elevado teor de ferro, vitamina C e iodo. Combate as úlceras gástricas e duodenais por
sua ação cicatrizante de contato e, também, as úlceras externas (neste caso, aplicando o
sumo ou as folhas batidas). Tem efeito sobre o mau funcionamento da vesícula biliar,
cálculos renais e hemorróidas. De preferência deve-se usar o sumo, ou comê-la crua em
salada. O mesmo sumo aplicado nos cabelos, diariamente, em fricções vigorosas, é útil
no combate à queda do cabelo e seborréia.
Damasco – Fortalece os dentes, as unhas e os cabelos. Também é útil na anemia por
falta de ferro e na cirrose do fígado

Dente-de-Leão – Tem ação semelhante ao confrei. No Brasil, apenas em algumas


regiões e em certos grupos indígenas é usado como alimento. No entanto, goza de boa
fama quanto ao seu uso medicinal como chá. Tem ação principalmente tônica e é útil no
combate à anemia e às fraquezas em geral.

Ervilha – Bom auxiliar no tratamento do diabetes e nos problemas digestivos ligados


ao pâncreas.

Espinafre – Tem efeito regulador sobre o aparelho digestivo e evita a prisão de ventre.
Ajuda a combater a obesidade e é muito útil contra a anemia.

Figo – Cozido com leite é um bom remédio para úlceras gástricas, inflamações da boca
e da laringe, tosse e bronquite. É um laxante, e comido cru, em jejum, tem ação
vermífuga.

Goiaba – Como alimento, é indicado para tratar as úlceras duodenais e as diarréias.

Laranja – Sua ação é depurativa. Limpa o organismo e o desintoxica, favorecendo a


digestão de alimentos gordurosos. Muito usada na forma de suco, a laranja combate
gengivite, reumatismo, ácido úrico, gota, diabetes, obesidade, pressão alta, fraqueza
orgânica e febre, além de ser cicatrizante.

Lentilha – É rica em cálcio e combate a anemia. Recomendada para as gestantes.

Limão – Tem efeito semelhante ao da laranja, porém marcadamente mais acentuado


enquanto depurativo. É um excelente recurso em medicina natural. O uso de certa
quantidade diária do sumo puro do limão em jejum ou quantidades crescentes (somando
um limão diariamente, até chegar a dez, e diminuindo depois um por dia) tem ação
eficaz no tratamento de doenças graves, nas quais, por falta de energia, o paciente não
tem mais forças para sair do leito. É adstringente, antiséptico, antiinflamatório,
sudorífero e antifebril. Combate arteriosclerose, diabetes, pressão alta, obesidade,
reumatismo em geral, catarro respiratório, asma, bronquite, amidalites, rinites, febres e
inflamações dos olhos.

Maça – É um alimento tônico. Ajuda a digestão, combate a anemia e a formação de


úlceras do estômago. Combate a diarréia, principalmente infantil, devido à sua ação
adstringente. O sumo da maça tem ação antifebril.

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Mamão – É um poderoso regulador das funções intestinais. A presença da papaína
garante a boa digestão das proteínas e das gorduras. O uso constante combate a
arteriosclerose. A monodieta mensal de 3 dias é útil para tratar e evitar a formação de
pedras na vesícula. Deve-se, no entanto, evitar o mamão papaia, e usar o mamão
amarelo ou o mamão Bahia, vermelho e grande. As sementes de mamão têm ação
vermífuga se forem comidas na quantidade de 1 colher (de sopa) por dia, sem mastigar.

Mandioca – A farinha tem efeito sobre a diarréia e o cataplasma quente aplicado sobre
abscessos ajuda a dissolvê-los. É contra-indicada na prisão de ventre, gases e nos casos
de bócio.

Melancia – Trata-se de um grande diurético quando usado como alimento ou na forma


de chá, feito com a polpa. É útil nos casos de doenças da próstata, gonorréia e sífilis e
faz bem para o fígado e intestinos. Por ser indigesta, deve-se evitar engolir a sobra final
da mastigação da polpa. O sumo coado tem ação mais eficaz.

Manga – Tem ação diurética e é estimulante da produção de leite. Também é útil contra
bronquites, tosses e catarros. A amêndoa do caroço tem ação vermífuga.

Milho – Tem ação tônica e fortificante.

Melão – É diurético e ajuda a eliminar excesso de líquidos orgânicos. Como monodieta


de 1 dia por semana ajuda a regular os hormônios e, portanto, serve como tratamento
para desequilíbrios menstruais, tendência ao aborto e diversos problemas ligados aos
distúrbios hormonais. Possui também ação depurativo e estimulante e é empregado no
combate a problemas do fígado, rins e na eliminação de cálculos renais.

Morango – É um bom mineralizante, empregado em casos de convalescenças, doenças


degenerativas, reumatismo, cálculos renais, bronquite, pressão alta, anemia, ácido úrico
e colesterol. É também diurético e vermífugo.

Nabo comprido – Muito usado pelos povos orientais, é considerado um alimento que
mantém a saúde e o vigor do corpo, conferindo longevidade. Sua ação medicinal é
basicamente diurética, tônica e mineralizante. É útil no tratamento da obesidade,
problemas dos olhos, colesterol, reumatismo, pressão alta, pressão baixa e anemia. O
chá é o banho de assento, das folhas, são excelentes para os problemas genitais, como
corrimentos vaginais, cólicas menstruais, menstruação irregular, fibromas uterinos,
cistos de ovários, inflamações da vagina, útero, trompas, ovários, prostatismo, tumores
da próstata, hemorróidas, pólipos, fístulas e a maioria das doenças do períneo.

Nozes – É um alimento tônico e fortificante, útil no reumatismo e no excesso de ácido


úrico.

Pepino – É diurético e tonificante do fígado e dos rins. Fortalece os cabelos, unhas e


pele, e combate a inflamação dos olhos. É um bom estimulante do apetite quando usado
antes das refeições.
Pêra – É indicada como alimento para pessoas convalescentes. Possui ação depurativa e
diurética moderada.

Pêssego – É um bom purificante dos rins e da bexiga. É também estimulante, laxativo e


diurético.

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Quiabo – Por ser rico em ferro, é indicado para gestantes. Seu uso é recomendado nas
inflamações intestinais e problemas dos rins e bexiga.

Rabanete – É diurético e ajuda a normalizar as funções dos rins e a digestão, além de


purificar o sangue e eliminar o catarro das vias respiratórias.

Repolho – Empregado nas doenças neurológicas e nevralgias. Muito útil contra as


náuseas da gravidez e a distrofia muscular. O sumo fresco aplicado nos cabelos é bom
para eliminar a seborréia.

Romã – É uma fruta com efeitos adstringentes. Age também como diurético e
depurativo, e é indicada nos casos de diarréia.

Salsa – Devido à grande quantidade de magnésio, é muito eficaz para todos os casos de
infecções e inflamações causadas por bactérias, vírus ou fungos. Também tem ação
diurética, depurativa e tônica. Ajuda a tratar problemas do fígado, disfunções uterinas e
impotência. O sumo fresco tem ação cicatrizante e é famoso seu emprego nas
hemorragias nasais.

Uva – A uva comum tem fama de ser diurética e purificante do sangue, ajudando a
eliminar o excesso de toxinas, ácido úrico, colesterol, etc. É um bom alcalinizante do
sangue, ajudando a restabelecer o equilíbrio do pH sanguíneo. Também é útil no
combate à acidez estomacal.

Vagem – É um alimento tonificante, usado nas convalescenças e nos estados de


fraqueza.

Macrobiótica
a arte de prolongar a vida

Segundo a medicina chinesa, a causa das doenças está no desequilíbrio Yin/Yang


do organismo.
A macrobiótica é um sistema alimentar que harmoniza essas forças energéticas no
homem.

Fundamentada na filosofia do Princípio Único e na Ordem do Universo, a


macrobiótica é um sistema alimentar cuja base é o consumo de cereais integrais,
legumes e frutas frescas. A palavra vem do grego (macro: grande bios: vida) e significa
“vida longa” , “grande vida” ou, ainda, “vida perfeita”. Suas origens se encontram nas
antigas artes curativas dos povos orientais e esse tipo de alimentação era utilizado pelos
sábios e mestres para a manutenção da saúde e do equilíbrio do homem – a base para a
ascensão da consciência.
O japonês Georges Ohsawa foi o responsável pela difusão da macrobiótica no
mundo inteiro, e o principal codificador dos antigos métodos alimentares
fundamentados na doutrina do Yin/Yang. Ele afirmava que criou o termo
“macrobiótica” apenas para designar a ciência milenar, sem nome, da alimentação
dialética.

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O interesse de Ohsawa pelo assunto surgiu após a Segunda Guerra Mundial,
quando ele foi acometido por uma doença incurável para a medicina de sua época.
Desenganado, resolveu terminar os seus dias no interior do Japão, na casa de uma velha
tia tida pela família como uma pessoa muito sábia, adepta dos métodos tradicionais de
alimentação.
Depois de alguns meses no interior Ohsawa recuperou-se por completo, obtendo
uma cura surpreendente. A partir de então, sua vida foi inteiramente dedicada aos
estudos dos antigos sistemas alimentares.
Com mais de 100 livros publicados, esse homem brilhante ensinava o retorno `a
simplicidade na alimentação, à seleção dos alimentos segundo as leis naturais como
base para o aperfeiçoamento da vida e a elevação do discernimento do indivíduo. O
mestre chamou a atenção do mundo inteiro para os perigos da alimentação moderna,
principalmente para os efeitos maléficos do açúcar branco, do álcool, dos agrotóxicos,
dos aditivos (aromatizantes, corantes, conservantes sintéticos etc.) das carnes em
conserva.

 Os sete estágios na escolha dos alimentos


Em um de seus ensinamentos mais preciosos, Ohsawa relaciona sete estágios de
discernimento na escolha dos alimentos.

Estágio inferior: Os alimentos são escolhidos mecânica e indiscriminadamente, sem


nenhum critério seletivo.

Estágio emocional: É o estágio em que a maioria das pessoas se encontra. O alimento


não é escolhido por sua capacidade nutritiva, mas pelo sabor e prazer que pode
proporcionar.

Estágio religioso: Este nível de consciência baseia-se em padrões religiosos ou ditados


por um dogma ou doutrina em que o julgamento individual não participa da seleção do
alimento. Existem religiões que proíbem o consumo de carne.

Estágio racional: Neste estágio a alimentação é escolhida com base num padrão
racional de seleção. Procura-se conhecer as necessidades quantitativas alimentares do
organismo e prioriza-se os alimentos capazes de fornecer proteínas, vitaminas, açúcares,
gorduras, sais minerais, etc. É o estágio que busca o balanceamento quantitativo na
alimentação.

Estágio intelectual: Transcende o estágio racional, levando em conta a qualidade de


vida, a pureza dos alimentos, sua origem, sua combinação bioquímica e outras
particularidades da alimentação.

Estágio filosófico: É o estágio em que o indivíduo ultrapassa a compreensão analítica


dualista e admite uma abordagem mais unificante ou dialética quanto à seleção dos
alimentos. Inclui aspectos importantes, como a recusa ao sacrifício animal e a busca
dos alimentos em obediência às leis cósmicas.

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Estágio supremo: Este é o nível superior de consciência, julgamento e discernimento,
quando o indivíduo se alimenta com perfeição, em harmonia espontânea com a Ordem
do Universo, sem nenhuma dependência dos instintos, desejos ou tabus alimentares.

A prática da macrobiótica

Segundo Ohsawa, uma alimentação perfeita é aquela baseada na ingestão de


produtos equilibrados segundo os seus componentes Yin ou Yang, em relação direta
com a qualificação Yin ou Yang de um indivíduo.
No volume de Medicina Oriental deste Guia, apresentamos uma síntese dos
atributos Yin/Yang, capaz de orientar o estudioso deste método. Os alimentos também
possuem um gabarito Yin ou Yang, que determina o tipo de influência que exercem no
organismo.
Assim por exemplo, o açúcar branco (extremamente Yin, como o álcool, as
comidas enlatadas, as bebidas adocicadas etc.) é capaz de gerar doenças de caráter Yin,
como o câncer. Por outro lado, produtos extremamente Yang, como a carne bovina, o
sal e os conservantes, são capazes de gerar doenças também de caráter Yang (como o
reumatismo, a artrite, a ansiedade, a arteriosclerose etc.)
Para a macrobiótica, os alimentos ideais são aqueles classificados como os
menos desequilibrados, ou seja, os que possuem pouca carga Yin ou Yang, como o
arroz integral, as leguminosas, as frutas alcalinas pequenas, os grãos em geral.
Existe uma tabela classificatória dos alimentos elaborada a partir de uma
comparação com o arroz integral. Essa comparação deve-se à observação das leis do
Universo, que ensinam que não existe nenhum elemento no Universo absolutamente
Yin ou Yang, pois tudo encerra uma polaridade relativa.
Assim, um produto apontado na tabela como Yin ou Yang só o é em comparação
com o arroz integral, considerado um dos produtos mais equilibrados (da mesma forma
que outros cereais integrais, como o trigo, o centeio, a aveia, o milho etc.).
De acordo com certas características de um alimento, como tamanho, cor, sabor
e outras, pode-se classificá-lo como mais Yin ou menos Yang ( ou mais Yang ou
menos Yin). Assim, produtos como a maça e a melancia, por exemplo, as frutas
consideradas mais próximas do equilíbrio, são diferentes entre si: a primeira é
classificada como mais Yang(ou menos Yin) que a segunda, por ser menor e conter
menos água(elemento Yin).
De qualquer forma, as frutas, quando comparadas aos cereais, são mais Yin (ou
menos Yang) em seu conjunto, assim como as carnes em seu conjunto são mais Yang
(ou menos Yin) que os cereais ou as frutas.
Na tabela de alimentos apresentada a seguir, os primeiros alimentos de cada
grupo têm carga Yin ou Yang mais forte que os seguintes.

A alquimia da culinária
Como já vimos, os alimentos “repassam” para o nosso organismo sua característica Yin ou
Yang. Já que o alimento ideal é o mais balanceado em termos dessas cargas energéticas, muitas
vezes é preciso modificar a característica de um alimento, tornando, por exemplo, um produto
muito Yin em menos Yin (ou mais Yang).
Segundo a técnica macrobiótica, para “yanguizar” um alimento deve-se aplicar durante o seu
preparo agentes Yang, como o fogo, o sal, a pressão e o tempo(conservas). Para “Yinizar” um
alimento, lança-se mão de fatores como a hidratação, a adocicação, o congelamento e a
acidificação.

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OBSERVAÇÃO: Os produtos de origem animal são classificados dentro de um grande
grupo Yang, e os produtos de origem vegetal dentro de um vasto grupo Yin.
TABELA DE CLASSIFICAÇÃO YIN / YANG DOS ALIMENTOS

 YIN YANG

Cereais  Pimentão  Lima-da-  Carne de vaca


Integrais  Berinjela pérsia  Vísceras de
 Trigo  Pêssego vaca
mourisco  Amendoim  Ovos
(sarraceno) Verduras  Pêra  Rã
 Trigo comum  Dente-de-leão  Figo  Vísceras de
 Centeio  Agrião  Tâmara aves
 Cevada  Alho-poró  Jaca  Coelho
 Arroz  Rúcula  Manga  Pato
integral  Salsa  Coco  Galinha
 Aveia  Chicória  Grapefruit  Porco
 Milho  Escarola  Banana-ouro Frutos do mar
Leguminosas  Couve  Banana-prata e de água doce
 Gergelim  Aipo  Laranja ácida  Ovas de
 Feijão azuki  Couve chinesa  Laranja doce esturjão
 Linhaça  Couve-flor  Banana-nanica (caviar)
 Lentilha,  Espinafre  Banana-da-  Bacalhau
ervilha seca Tubérculos terra salgado
 Grão-de-bico  Gengibre  Abacaxi  Iriko (peixe
 Feijão-  Inhame Laticínios japonês)
mulatinho  Cará  Queijo de  Arenque
 Vagem  Batata-doce cabra  Atum
 Feijão-preto  Batata-inglesa  Queijo curado  Lagosta
 Feijão-branco Raízes  Leite de cabra  Camarão
 Ervilha-torta  Bardana  Queijo  Carpa
Legumes  Lótus camembert  Truta
 Alho  Dente-de-leão  Queijo  Salmão
 Abóbora  Mandioquinha roquefort  Sardinha
japonesa  Aipim  Queijo  Ernguia
(hokaido) gorgonzola  Mexilhão
Frutas e
 Nabo  Queijo gouda  Polvo
frutos secos
comprido  Requeijão  Lula
 Pinhão
 Cebola  Coalhada  Ostras
 Damasco
 Abóbora-  Leite de vaca
 Maça
moranga  Iogurte Bebidas
 Melancia
 Cenoura  Manteiga sem  Chá Mu
 Azeitona
 Rabanete sal  Água de fonte
 Castanha-do-
 Nabo  Queijo fresco  Cerveja
pará
redondo  Creme de leite  Vinho
 Castanha de
 Abóbora  Creme  Café
caju
comum chantilly  Refrigerante
 Cereja
 Abobrinha Animais de  Sucos
 Morango
 Aspargo carne vermelha artificiais
 Avelã
 Pimenta e aves
 Amêndoa
 alcachofra  Carne de Diversos
 Noz
 Pepino búfalo  Sal marinho
 Tomate  Vinagre

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 Mel de abelha  Melado  Açúcar branco

Os principais alimentos macrobióticos

Com a difusão da macrobiótica pelo Ocidente, muitos alimentos usados pelos


povos antigos foram reintegrados à nossa cultura. Conheça os mais importantes,
muitos deles provenientes da culinária tradicional japonesa.

Abóbora-moranga – Menor que a Arroz integral – Base da alimentação


abóbora comum, a moranga tem sua macrobiótica, este cereal promove a
energia mais concentrada. Deve ser renovação do organismo e fornece
comida com casca, assim como a diversos tipos de proteínas e vitaminas,
maioria dos legumes da alimentação entre outros elementos. Existem vários
orgânica. tipos nas casas de produtos naturais,
mas o que se aconselha é o de grão mais
arredondado, com características mais
Açúcar mascavo – É o açúcar natural, Yang que os outros, portanto dotado de
que não passa pelo processo industrial maior quantidade de energia.
de refinamento. Marrom claro ou
escuro, tem aspecto de rapadura moída.
juntamente com o melado, é a melhor Aveia – A aveia usada na alimentação
opção para substituir o açúcar branco, integral é semelhante à que se encontra
tratado quimicamente. nos supermercados, mas nela os adubos
químicos e inseticidas não estão
presentes.
Algas marinhas – Por assimilar da
água do mar grande quantidade de
minerais (como iodo, cloreto de sódio, Ban-chá – Usado como digestivo após
cobre, ferro e zinco), as algas marinhas as refeições, este chá suaviza as partes
possuem várias propriedades irritadas do aparelho digestivo e
alimentícias e medicinais. São indicadas proporciona leveza para os organismos
principalmente para a obesidade inflamados. Deve ser tomado sem
provocada pela retenção de líquidos, no açúcar ou outro aditivo, como todos os
tratamento da anemia e na recuperação chás macrobióticos. A quantidade ideal
de pacientes portadores de leucemia. no preparo é 1 colher de sopa da erva
Podem ser ingeridas cruas, cozidas ou levemente torrada para 1 litro de água.
fritas, adicionadas a pães, bolos, tortas, Meio copo após as refeições é o
cereais cozidos, em forma de pasta ou suficiente.
chá tradicional.

Bardana – Esta raiz é muito utilizada


Ameixa salgada (umeboshi) – Uma pelos macrobióticos como alimento e
conserva muito usada no Japão, de onde como remédio. Não é preciso descascá-
é importada. As ameixas são la para cozinhar. Seu chá, feito com 300
acondicionadas num barril de madeira, gramas de folha para 1 litro de água, é
com sal marinho natural, por 3 anos ou bastante indicado no tratamento das
mais. cólicas hepáticas, enfermidades
cardíacas, furúnculos, bronquite, cálculo
renal, cálculo biliar e afecções da
bexiga, além de funcionar como

24
antídoto para o envenenamento por Esse chá é depurativo do sangue,
mercúrio metálico e combater os efeitos elimina o excesso de ácido úrico e
de agentes poluentes, como o dióxido tonifica os rins. Também funciona
de enxofre e monóxido de carbono. O como calmante. Para fazer o chá bastam
capaplasma da raiz é útil nas contusões, 2 colheres de sopa de grãos crus, que
no reumatismo, artrite, impingem, devem ser torrados numa panela.
herpes e queda dos cabelos. Acrescentar 1 litro de água e ferver, até
que a água adquira uma cor escura.
Tomar meio copo após as refeições
Cevada – Com cevada natural principais.
preparam-se muitos pratos saborosos,
que são ensinados em qualquer livro de
receitas macrobióticas. A cevada Feijão de soja – Constitui um dos
torrada, por sua vez, é um ótimo alimentos mais ricos em proteínas. Meio
substituto para o café comum. quilo de grãos equivale a 1 quilo de
carne, 30 ovos ou 6 litros de leite. Sua
proteína é a única que combina 10
Chá de arroz integral – É preparado aminoácidos essenciais, portanto é
com arroz integral torrado e folhas capaz de estimular o crescimento e a
torradas de ban-chá. Útil para recuperar energia no mesmo nível que a proteína
as forças perdidas nos exercícios físicos animal. A soja também é rica em cálcio,
e mentais, é nutritivo e combate a ferro e lecitina. O óleo de soja é de fácil
estafa. Para 1 litro de água, usa-se 3 digestão, contendo vitaminas A, B, B2,
colheres de sopa do chá. Deve-se tomar C, D, E e R. No entanto, por ser um
meio copo após as refeições principais. alimento extremamente Yin, a soja deve
ser consumida com moderação. Essa
restrição não cabe aos subprodutos,
Dentie – Trata-se de um dentifrício como o leite, o queijo, o óleo e o shoyu,
natural feito à base de berinjela torrada pois nesses casos as toxinas são
e sal marinho. eliminadas durante o preparo.

Fécula de araruta – Extraída da araruta Gengibre – O óleo extraído do rizoma


pura, serve para dar consistência a constitui um ótimo remédio para
pudins, gelatinas, mingaus e cremes. problemas respiratórios, como catarro,
Misturada com shoyu (molho de soja), é rouquidão, asma e bronquite, devendo
um grande remédio contra gripe e ser esfregado no peito. O gengibre pode
infecções da garganta. ser usado também como chá. Corta-se
um tubérculo pequeno em fatias e
coloca-se para ferver durante 10
Feijão azuki – Estes grãos pequenos e minutos em meio litro de água. A
vermelhos, têm um grau de fermentação quantidade a ser tomada varia de acordo
bem inferior ao dos outros feijões. É com o gosto ou a necessidade
rico em energia, e devido às suas individual. Tem um valor excepcional
qualidades diuréticas é muito indicado na atonia estomacal, cólicas, infecções,
para os diabéticos. O modo de preparar inflamações, acne, furúnculos e
é igual ao de qualquer feijão. Com os vômitos.
grãos torrados, prepara-se um chá
excelente, próprio para a maioria das
doenças metabólicas, além do diabetes.

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Gersal – Um condimento feito de nabo ralado, cru. Com as folhas dele
sementes de gergelim torradas e moídas pode-se preparar um banho de assento,
com sal marinho. Combate a acidez do muito indicado no combate às infecções
estômago e a acidose metabólica, além genitais, principalmente femininas. É
de desacidificar o sangue. Muito usado especialmente útil na recuperação pós-
à mesa para temperar o arroz integral. parto.

Ginseng – Esta raiz medicinal nativa da Óleo de gergelim – Trata-se de um


Mandchúria e da Coréia, que nasce uma excelente remédio no combate da gripe
vez a cada 7 anos, é um poderoso e do resfriado, bastando tomar 1 colher
estimulante, aumentando a resistência de sopa pela manhã, em jejum, e outra
física e a capacidade mental. Constitui antes de dormir. Esse óleo também é
também uma ótima proteção contra a usado no preparo de um colírio para as
poluição, o raio X e as radiações inflamações e as irritações da vista.
atômicas, sendo considerado um
rejuvenescedor de todo o sistema
orgânico, particularmente das glândulas. Sal marinho – É o sal natural, que não
passa pelos processos industriais. Pode
ser encontrado sob a forma de cristais
Leite de cereais – Esse leite é uma grossos ou finos.
mistura de sete cereais bem moídos,
facilmente solúvel em água. Pode ser
usado por adultos e crianças, puro ou no Tahine – Preparado com sementes de
preparo de outros alimentos. gergelim moídas e prensadas, é um
ótimo substituto para a manteiga
comum. Excelente fonte de proteínas
Missô – Molho feito à base de soja vegetais e um remédio eficaz para a
amassada, que se mistura a cereais anemia.
como o trigo, o arroz e cevada,
fermentada junto com sal marinho. Trigo integral – Com ele são feitos
Como todos os alimentos orgânicos, o pães, bolos, tortas, biscoitos e macarrão.
missô também é antitóxico. Costuma-se Possui grande qualidade terapêutica,
utilizá-lo para temperar sopas, cereais e pois fortifica a flora intestinal e auxilia
carnes, substituindo o vinagre e a massa no funcionamento dos intestinos.
de tomate.

Trigo mourisco (ou sarraceno) – É um


Molho de soja (shoyu) – Feito à base grão pequeno, esbranquiçado, macio ao
de soja salgada e fermentada por 6 mastigar, com o qual podem ser
meses, muito usado como condimento preparados todos os pratos que usam
alimentar. Contém vários tipos de outros tipos de trigo ou farinha de trigo.
aminoácidos e vitaminas. Dentre todos os cereais, conforme
aponta a tabela de classificação
Yin/Yang dos alimentos, é o mais
Nabo branco comprido – É um dos Yang.
remédios mais usados para combater
deficiência visuais como a miopia, o
astigmatismo, etc. A macrobiótica
recomenda comer 100 gramas diárias do

26
Os seis sabores na medicina chinesa

Talvez você não se preocupe em observar se anda comendo doce demais, frutas
ácidas com muita freqüência, ou alimentos muito salgados.
Mas a medicina natural nos mostra por que devemos evitar os excessos.

Os tratados da antiga medicina chinesa que chegaram até nossos dias não
abordam a questão dos seis sabores (doce, salgado, ácido, amargo, adstringente e
picante) com tanta profundidade como a medicina védica. Com exceção do Nei-Ching,
nenhum outro livro chinês disponível apresenta maiores detalhes sobre o assunto.
Contudo, uma vez que grande parte dos conhecimentos médicos chineses provém da
antiga medicina hindu, acredita-se que na China milenar eram adotadas dietas especiais
baseadas nos efeitos dos seis sabores.
A medicina chinesa conhece os efeitos que os seis sabores produzem no
organismo através de sua influência sobre a característica Yin ou Yang das energias que
fluem pelos meridianos. Dessa maneira, ela aponta os efeitos dos sabores sobre os
órgãos, sobre as emoções, o humor e o temperamento, exaltando, equilibrando ou
enfraquecendo a qualidade das energias circulantes.
Tais relações podem ser entendidas pelo estudo comparado entre os sabores, as
emoções, os órgãos e os meridianos, de acordo com o ciclo dos cinco elementos, e que
constitui a chave para a compreensão de todas as técnicas da medicina chinesa.
SABOR
AMARGO Os sabores se
ENERGIA YANG relacionam com as
EMOÇÃO IRA emoções, os
MERIDIANO VESÍCULA BILIAR meridianos, os
FÍGADO órgãos e os
ÓRGÃO ÉTER elementos da
ELEMENTO
SALGADO DOCE
YANG YIN
MEDO ALEGRIA
RIM INTESTINO
BEXIGA DELGADO
ÁGUA CORAÇÃO
FOGO

ÁCIDO/
ADSTRINGENTE
YIN PICANTE
TRISTEZA YANG
INTESTINO COMPAIXÃO
GROSSO BAÇO/PÂNCREAS
PULMÕES ESTÔMAGO
AR TERRA

27
Entendendo o ciclo

Como já foi estudado, existem duas forças básicas na natureza que agem sobre
os corpos e os fenômenos, determinando a dinâmica da vida. Uma dessas forças é
construtiva, geradora (Yin), e a outra é destrutiva, inibidora ou dissolutiva (Yang).
Na ilustração, essas forças são representadas pelo movimento circular, ou
gerador, e pelo movimento do pentagrama, ou inibidor.
Existem diversas associações possíveis no estudo do ciclo chinês, que
abordaremos a seguir.

Os cinco elementos

Os cinco elementos da natureza atuam como energias sutis que determinam um


“gabarito” às coisas.
A Água constitui um princípio purificador (a água lava, limpa); o Fogo, um
princípio também purificador (o fogo comum esteriliza); o Ar, um princípio volatizante
(o ar fluidifica); a Terra, um princípio gerador (a terra comum produz e absorve); e o
Éter, um princípio potencializante (o Céu determina).

Os seis sabores e sua relação com os órgãos

O sabor amargo é benéfico para o fígado e para a vesícula biliar; naturalmente


se transforma no organismo em sabor doce e favorece o trabalho do coração e do
intestino delgado, tendo também uma ação inibidora da função do estômago e do
sistema baço-pâncreas.
O sabor doce é benéfico para o coração e para o intestino delgado, inibe a função
dos pulmões e do intestino grosso, mas transforma-se em sabor picante no sangue.
O sabor picante é útil para o estômago, para o pâncreas e o baço, inibe a função
do rins e da bexiga e transforma-se em sabor ácido ou adstringente no organismo.
O sabor ácido/adstringente é favorável aos pulmões e ao intestino grosso, inibe a
função do fígado e da vesícula biliar e transforma-se em sabor salgado.
O sabor salgado favorece a função dos rins e da bexiga, inibe a função cardíaca e
do intestino delgado e transforma-se no sabor amargo no sangue, fechando o ciclo.
O excesso de comidas amargas prejudica a função do fígado e da vesícula e é
perigoso para o estômago ou o pâncreas.
O excesso de açúcar prejudica o intestino delgado (provoca a fermentação) e o
coração (viscosidade sangüínea) e é perigoso para os pulmões e o intestino grosso.
O excesso de sabor picante é danoso para o estômago e para o pâncreas e
perigoso para os rins.
O excesso de sabor ácido ou adstringente prejudica os pulmões e o intestino
grosso, sendo perigoso para o fígado e a vesícula.
O excesso de alimentos salgados prejudica os rins e a bexiga e é perigoso para o
coração (provoca a retenção de líquidos e eleva a pressão arterial) e o intestino delgado.

Os seis sabores e sua influência sobre as emoções


O sabor amargo em excesso, atacando o fígado, promove a ira e reduz a
compaixão. Em grande excesso, produz uma alegria patológica anormal (o riso estranho
e sádico do furioso).

28
As comidas doces em excesso atacam o coração, produzem alegria e reduzem a
tristeza (daí o hábito de comer doces como forma de compensação). Em grande excesso,
porém, estes alimentos tornam as pessoas muito deprimidas.
Os alimentos ácidos em excesso, por sua vez atacam os pulmões e produzem
uma sensação de tristeza. É por esse motivo que os suspiros de tristeza parecem brotar
exatamente na região do peito relacionada aos pulmões; é comum as pessoas dizerem
que estão sentindo uma tristeza no peito. A acidez também inibe a ira e, em grande
excesso, gera o medo patológico anormal.
O excesso de comidas salgadas ataca os rins, produz medo, inibe a alegria e, em
grande excesso, produz a ira patológica.
Assim, a medicina chinesa é capaz de combater o medo excessivo por meio de
uma dieta carregada em alimentos picantes; tratar uma pessoa de temperamento raivoso
ou um caso agudo de ira com uma dieta carregada em alimentos ácidos. Da mesma
maneira, a sabedoria oriental poderia tratar uma melancolia profunda ministrando a um
paciente depressivo uma dieta doce.
Em termos práticos, a compreensão deste ciclo pode ser de grande utilidade em
nosso dia-a-dia. Se quisermos equilibrar nossos órgãos e emoções, basta evitar os
excessos e os hábitos viciosos em nossa alimentação, harmonizando todos os seis
sabores em cada refeição.

Dieta ayurvédica
Segundo os princípios da antiga medicina hindu, a dieta adequada a cada tipo de
constituição é a base da saúde e da harmonia do corpo e da mente.
A alimentação é a base dos recursos terapêuticos do Ayurveda, o milenar
sistema médico indiano, e a principal condição de sua eficácia, tanto na prevenção como
no tratamento de doenças, está na elaboração de uma dieta individualizada, quando se
leva em conta a constituição psicofísica de cada pessoa.
Para compreender o sistema de alimentação do Ayurveda é necessário retomar
de modo resumido alguns conceitos básicos, como as três gunas, as qualidades da
matéria, e os três doshas, os princípios fundamentais que ligam a mente e o corpo.
Da Sustância Original, infinita e atemporal, inicia-se o processo de polarização,
passando então o que estava em situação de neutralidade (ou estado absoluto) para uma
situação de divisão nas duas energias primordiais, Purusha (raiz do espírito) e Pradriti
(raiz da matéria). Prakriti, a energia básica que dá alento e molda a matéria, tem três
qualidades fundamentais, ou gunas: Sattva, Rajas e Tamas.
Sattva é a matéria sutil, leve e fluida; Tamas é a matéria densa, pesada; e Rajas é
a matéria intermediária. Qualquer elemento material, visível ou invisível, integra
necessariamente uma dessas três qualidades de Prakriti.
A classificação dos alimentos segundo as três gunas representa, portanto, um
aspecto extremamente importante da alimentação ayurvédica, pois a saúde, o humor, o
temperamento, os impulsos e o padrão bioenergético humanos são altamente
influenciados pela qualidade sáttvica, rajásica ou tamásica dos alimentos, uma vez que
estes se transformam na sutil essência do organismo sob forma de fluido vital.
Assim, é importante identificar os alimentos de acordo com sua classificação no
Ayurveda, para poder escolher os mais adequados a cada tipo de constituição – essa
adequação constitui exatamente a base de todo o sistema védico.

29
Alimentos sáttvicos

São geralmente alimentos leves e de fácil digestão, puros, de sabor suave e


adocicados. Aumentam a resistência física, favorecendo a boa saúde e a longevidade;
ativam a mente superior, os bons sentimentos, as emoções mais refinadas e elevam a
consciência:

arroz integral tâmara noz


trigo integral maçã cereja
trigo sarraceno melancia lima-da-pérsia
aveia gergelim laranja-lima (doce)
centeio lentilha seca coco
milho ghee(manteiga leite
aspargo clarificada) manteiga sem sal
alface ervilha fresca creme de leite
aipo feijão-branco mel de abelhas
couve-flor abóboras em geral água de fonte
acelga cenoura sucos de frutas doces
couve chinesa abobrinha
inhame castanha de caju
batata-doce castanha-do-pará
raiz de lótus amêndoa
mandioquinha avelã

Alimentos tamásicos

São alimentos “pesados” , de digestão mais difícil, impuros , condicionados,


fermentados, de sabor carregado, fortes e densos. Aumentam intensamente a força
física, mas por pouco tempo; determinam desgaste orgânico, prejudicando a saúde e a
qualidade da vida; induzem à impulsividade, às emoções inferiores, à lassidão, à
preguiça, ao torpor mental e embotam a consciência.

carne de porco pimentas bebidas alcoólicas em


carne de vaca pimentão geral
vísceras queijos fermentados vinagre
carnes industrializadas e de forte odor temperos fortes
gorduras animais conservas em geral
ovos bacalhau salgado

Alimentos rajásicos

São alimentos intermediários, alguns com certa tendência a sattva, outros com
tendência a tamas. Podem ser leves ou pesados, mas em sua maioria são neutros.
Estimulam a energia vital e atividade mental; são geralmente excitantes e tonificantes
do fluido nervoso:

30
café couve coalhada fresca
chá-mate escarola coalhada seca
chá-preto rúcula manteiga com sal
chá verde japonês espinafre queijos suaves
sal marinho gengibre rã
melado cará frango
feijão azuki batata-inglesa coelho
feijão-preto aipim pato
grão-de-bico damasco peru
alho azeitonas em conservas caviar
cebola morango arenque
nabo redondo amendoim atum
nabo comprido japonês pêra lagosta
rabanete figo camarão
tomate jaca sardinha
berinjela manga truta
alcachofra grapefruit carpa
pepino laranja ácida salmão
agrião bananas em geral polvo
dente-de-leão abacaxi lula
alho-poró frutas ácidas e ostra
nirá carregadas
salsinha queijos frescos
cebolinha iogurte

A melhor dieta para cada organismo humano

Ao individualizar a dieta, adequando-a a cada tipo de constituição, a alimentação


védica vai além dos padrões generalizantes da nutrição quantitativa ocidental.

O Ayurveda classifica os seres humanos em três tipos básicos, caracterizados


pelos três doshas e suas combinações. Os três doshas são Vata, Pitta e Kapha, e podem
ser entendidos como os três fluidos fundamentais do organismo, responsáveis por todas
as funções vitais. São invisíveis ao homem comum e habitam a dimensão fronteiriça
onde os pensamentos e as emoções se transformam em matéria ou impulso nervoso.
Governam todos os aparelhos e sistemas do organismo. Quando um deles está em
excesso ou em carência surge o desequilíbrio e as doenças evidenciam-se sob variados
nomes e formas.
A classificação dos tipos de constituição humana (ou prakriti) se faz a partir da
presença mais marcante de um ou mais doshas numa pessoa, com base em determinadas
características. Pode haver tipos puros – Vata , Pitta ou Kapha – , ou então
combinações baseadas na predominância de dois doshas, o que é mais comum; embora
seja mais raro, também existem pessoas cujas características revelam a presença,
praticamente com a mesma intensidade, dos três doshas em sua tipologia.
O prakriti de uma pessoa é definido desde o seu nascimento e não se modifica
mais durante a vida – pode ser comparado a uma espécie de carimbo ou marca; muitas
vezes o que ocorre é o desequilíbrio dos doshas. Para a manutenção da vida e da saúde,
os três doshas devem estar em equilíbrio dinâmico no corpo, e isso se realiza a partir de

31
várias condições básicas. Uma delas é a alimentação adequada a cada prakriti e, por esse
motivo, é muito importante que cada pessoa descubra seu tipo. No fascículo anterior foi
feito um estudo mais aprofundado das características dos doshas e dos tipos físicos.
Aqui, portanto, está apenas um resumo a título de recapitulação.

Características das pessoas do tipo Vata

 Leveza, estrutura esguia  Rapidez ao adquirir e esquecer


 Rapidez nas atividades informações
 Fome e digestão irregulares  Tendência à preocupação
 Sono leve e interrompido, insônia  Tendência à prisão de ventre
 Entusiasmo, vivacidade, imaginação  Cansaço fácil, tendência à exaustão
 Excitabilidade, mudanças de humor  Energia mental e física em explosões
repentinas

A dieta de Vata

VEGETAIS FRUTAS
Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
aspargo aipo abacate uva maça
batata-doce batata abacaxi pêra
beterraba berinjela ameixa romã
cebola e alho brócolos amora (são mais aceitáveis
(não crus) cogumelos banana cozidas)
cenoura couve cereja frutas secas em
nabo couve-de-bruxelas coco
pepino couve-flor damasco
quiabo ervilha figo geral
rabanete folhas em geral frutas cozidas frutas não amadu-
vagem (exceto repolho e frutas doces e recidas, em
couve, são aceitas se maduras em geral particular bananas
forem cozidas em laranja
óleo) manga
pimentão melão
repolho nectarina
tomate papaia
vegetais crus em pêssego
geral tâmara

CEREAIS CARNES
Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
arroz aveia seca galinha carne vermelha
aveia (cozida, não centeio peru
seca) cevada alimentos marinhos
trigo milho em geral
painço (todos em pequena
trigo sarraceno quantidade)

32
LEGUMES ERVAS E TEMPEROS
Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
feijão mung todos, exceto os quase todos nenhum tempero
grão-de-bico anotados moderadamente; deve ser usado
lentilhas vermelhas use em particular em grandes
tofu (em pequena as ervas e temperos quantidades; reduza
quantidade) doces e/ou quentes particularmente
como: os de sabor amargo
LATICÍNIOS ÓLEOS alcaravia e adstringente
anis como: açafrão-
todos os produtos todos os óleos são assa-fétida indiano (cúrcuma)
são aceitáveis aceitáveis; o de canela cravo-da-índia
gergelim é cardamomo erva-doce
especialmente coentro estragão
recomendado cominho gengibre
ADOÇANTES NOZES E louro macis
SEMENTES manjericão salsa
todos os adoçantes todas são aceitáveis manjerona semente de açafrão
são aceitáveis em pequenas mostarda semente de coentro
quantidades; a noz-moscada pimenta-do-reino
melhor é a orégano raiz de alcaçuz
amêndoa. pimenta-da-jamaica tomilho
zimbro

Características das pessoas do tipo Pitta

 Constituição mediana  Tendência à raiva e irritabilidade sob


 Vigor e resistência medianos tensão
 Temperamento empreendedor, gosto  Pele clara, rosada e em geral sardenta
por desafios  Aversão ao sol e ao calor
 Inteligência aguçada  Cabelo louro, castanho-claro ou ruivo
 Muita fome e sede, boa digestão (tons avermelhados)

A dieta de Pitta

VEGETAIS FRUTAS
Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
abobrinha alho abacate amora
aipo berinjela abacaxi banana
alface beterraba ameixa-preta caqui

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aspargo cebola cereja damasco
batata espinafre coco grapefruit
batata-doce pimenta figo papaia
brócolos rabanete laranja pêssego
cogumelo tomate maçã
couve manga (evite também
couve-de-bruxelas melão frutas muito
couve-flor pêra ácidas ou verdes;
ervilha uva uvas verdes,
pepino uva passa laranjas, abacaxi
pimentão e ameixas-pretas
quiabo devem ser doces)
repolho
vagem
verduras de folhas

CEREAIS LATICÍNIOS
Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
arroz arroz integral clara de ovo coalhada
aveia centeio ghee (manteiga gema de ovo
cevada milho clarificada) iogurte
trigo painço leite leitelho
manteiga queijo
sorvete

CARNES LEGUMES
Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
camarão carne vermelha grão-de-bico lentilha
galinha produtos do mar em tofu e outros
peru geral produtos de soja

ÓLEOS NOZES E SEMENTES


Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
coco amêndoa coco todas, exceto
girassol açafrão semente de abóbora as anotadas
oliva gergelim semente de girassol
soja milho

ERVAS E TEMPEROS ADOÇANTES


Prefira Reduza ou evite
os temperos doces, cominho e pimenta- todas as ervas e todos são
amargos e do-reino temperos picantes, aceitáveis,
adstringentes, mas devem ser usados exceto os anotados: exceto mel e
sempre em em menor molho para assados melados.
pequenas quantidade ainda mostarda
quantidades: picles

34
açafrão-indiano sal
(cúrcuma) temperos ácidos
canela de salada
cardamomo temperos
coentro verde apimentados
vinagre

Características das pessoas do tipo Kapha

 Constituição forte, sólida, grande  Lentidão para adquirir novas informações,


energia e resistência física mas boa memória
 Energia constante, gestos vagarosos  Sono profundo e prolongado
e  Tendência à obesidade
graciosos  Digestão lenta, fome moderada
 Personalidade calma e tranqüila; não  Afeição, tolerância, generosidade
se enfurece facilmente  Tendência á possessividade, complacência
 Pele fria, macia, grossa, pálida e
geralmente oleosa.

A dieta de Kapha

VEGETAIS
Prefira Reduza ou evite
aipo couve vegetais doces e com muito sumo como:
alface couve-de-bruxelas abobrinha
alho couve-flor batata-doce
aspargo ervilha pepino
batata espinafre tomate
berinjela pimentão
beterraba quiabo
brócolos rabanete
cebola repolho
cenoura verduras de folhas
cogumelo

FRUTAS CEREAIS
Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
damasco abacate centeio arroz
maça abacaxi cevada aveia
pêra ameixa-preta painço trigo (em pequena
romã banana trigo sarraceno quantidade)
(frutas secas em coco ( os cereais quentes

35
geral; damascos, figo fresco e os grãos fervidos
figos, passas e grapefruit são, em geral,
ameixas-pretas) laranja muito pesados)
manga
melão
papaia
pêssego
tâmara
uva
(em geral, frutas
doces, ácidas ou
com muito sumo)

LATICÍNIOS CARNE
Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
leite batido todos, exceto os camarão carne vermelha
leite e ovos em mencionados galinha produtos do mar em
pequena quantidade peru geral
(não devem ser (todos em pequena
fritos) quantidade)

ÓLEOS ADOÇANTES
Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
açafrão todos, exceto os mel cru, não todas, exceto as
amêndoa anotados aquecido anotadas
girassol
milho

NOZES E SEMENTES ERVAS E TEMPEROS


Prefira Reduza ou evite Prefira Reduza ou evite
sementes de todos, exceto os todos; gengibre é o sal
abóbora e de anotados melhor para
girassol auxiliar a digestão

LEGUMES
são todos aceitáveis, exceto feijão e tofu

Os seis sabores e a medicina védica

Ardido como pimenta ou doce como mel? Saiba como o organismo reage aos
diferentes sabores e aprenda a combiná-los numa dieta equilibrada.

As papilas gustativas distinguem seis sabores básicos: o doce, o salgado, o ácido,


o amargo, o adstringente e o picante. Tanto a medicina védica como a chinesa dão

36
grande importância à dieta alimentar, aplicando sistematicamente os diversos sabores
para modificar situações anormais do organismo.
Embora a medicina ocidental ainda não tenha dedicado atenção suficiente à
teoria dos seis sabores, ela representa, para a medicina oriental, a chave da atividade
dietética e das transformações bioquímicas e energéticas do organismo humano. Sabe-
se que cada um dos seis sabores estimula células sensoriais das papilas gustativas,
enviando poderosos estímulos ao sistema nervoso central e determinando assim reações
orgânicas e a produção de enzimas, gerando humores e ativando sistemas bioquímicos
muito complexos
Para a medicina védica, cada um dos sabores exerce uma influência específica
sobre os três doshas; para a medicina chinesa, os seis sabores agem sobre os
meridianos, que por sua vez influenciam os principais órgãos.

Os seis sabores e os doshas

Cada dosha é equilibrado por certos sabores e desequilibrado por outros. Assim,
a dieta adequada a cada prakriti deve privilegiar os sabores que promovem o equilíbrio
e evitar os que o ameaçam.
 Vata é equilibrado primeiramente pelo sabor doce, depois pelo ácido e por último
pelo salgado, mas é desequilibrado (ou irritado) pelo sabor picante, amargo e
adstringente.
 Pitta é equilibrado pelo sabor doce, depois pelo amargo e finalmente pelo
adstringente, sendo irritado, pelos sabores picantes, ácido e salgado.
 Kapha é equilibrado pelos alimentos de sabor picante, em segundo lugar pelos
amargos e por último pelos adstringentes, sendo desequilibrado primeiramente pelo
sabor doce, depois pelo ácido e, por fim, pelo salgado.

O segredo está no equilíbrio

Para a medicina védica, a dieta ideal é aquela em que os seis sabores estão em
equilíbrio, de acordo com as condições do organismo a que se destinam. Por isso é
importante o autoconhecimento e, nos casos de desequilíbrio mais acentuado, a
orientação de um especialista. Em termos gerais, porém, uma refeição recomendável é
aquela que combina os seis sabores, sem exagero de nenhum deles, e privilegiando os
que equilibram o dosha predominante.
Todos os alimentos que apresentam excesso ou concentração de determinado
sabor devem ser evitados ou então utilizados apenas por recomendação médica. O
açúcar branco, por exemplo, é danoso ao organismo por ser concentrado no sabor doce;
o ideal, segundo o Ayurveda, é utilizar pequenas quantidades de açúcar mascavo.
Em seu estado natural, a maioria dos alimentos tem dois ou mais sabores,
embora as papilas gustativas só captem um deles. O queijo, por exemplo, é doce e
ácido, a mandioca é doce e adstringente, a cenoura é doce e amarga, as carnes são
também doces e adstringentes, o limão é acido e doce
Alguns alimentos têm um único sabor, como o vinagre, que é apenas ácido; os
óleos são doces, as pimentas são picantes (embora as mais leves sejam também doces).
Quando ainda verde, as frutas tem preponderância do sabor adstringente e, à medida que
amadurecem, tendem ao sabor doce; ao apodrecerem geralmente adquirem um sabor
amargo.
Para o Ayurveda, o alimento ideal é o leite, pois apresenta os seis sabores, mas
deve ser ingerido isoladamente ou com determinadas frutas doces e mel – nunca durante

37
as refeições, pois prejudica a digestão. E não deve ser tomado pouco antes nem pouco
depois de frutas ou sucos de frutas ácidas, porque essa mistura estimula a produção de
gases.

ALGUNS EXEMPLOS DE SABOR

Doce: Arroz, trigo, mel açúcar, leite integral, creme de leite, manteiga, frutas
doces, etc.

Salgado: Todos os quais é acrescentado o sal comum.

Ácido: Vinagre, limão, queijo, iogurte, coalhada, tomate, uva, frutas ácidas em
geral.

Amargo: Chicória, alface crespa, jiló, pepino, alcachofra, espinafre, folhas ou


verduras em geral, açafrão, etc.

Picante: Pimentas em geral, cebola, alho, gengibre, rabanete, nabo comprido, etc.

Adstringente: Feijões e leguminosas em geral, maçã, pêra, banana, frutas ainda


verdes, repolho, brócolos, couve-flor, batata-inglesa, mandioca, etc.

Uma pequena reflexão

A alimentação a base de alimentos que formam mucosidade é a razão de muitos


adoecimentos (carnes, queijos, leite).
Como nos informa o Dr. Márcio Bontempo, a alimentação com produtos
enlatados, conservados quimicamente, defumados, condicionados e industrializados em
geral, com seus corantes, conservantes, aromatizantes e demais aditivos alimentares,
conseguem penetrar no interior da célula com muita facilidade, devido ao baixo peso
molecular, interferindo significativamente no metabolismo das células mais nobres.
É interessante notar que Phosphorus tem uma sensibilidade nos pulmões muito
grande e tem desejos de comer sorvete e chocolate, alimentos que produzem no
organismo muita mucosidade.
E Phosphorus tem dificuldade em manter sua energia estável, “acende e apaga”
com facilidade.
É um exemplo de que a mucosidade prejudica o organismo.
A alimentação a base de frutas constitui o mais alto grau de harmonização da
pessoa (mente, corpo e espírito). Mas temos de convir que essa alimentação feita só à
base de frutas é para pessoas muito harmonizadas.
Estudos feitos sobre alimentação revelam que 80% das doenças fatais da nossa
época estão diretamente ligadas à ingestão excessiva de substâncias que o nosso
organismo só pode tolerar de vez em quando em pequenas doses, para que os órgãos
excretores tenham tempo de eliminá-las, tais como fumo (25%) carnes (25%), ovos,
laticínios (15%) álcool (15%), chás, estimulantes, café, açúcar, gorduras saturadas e
produtos industrializados. Obesidade (10%), falta de exercícios (10%).(Pesquisa que
consta no livro: Você sabe se desintoxicar? )

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Como vemos, a boa alimentação é um recurso primordial para a harmonização
de todos nós.
É importante acrescentar que nos alimentamos mal por apresentarmos
desarmonias emocionais.
A Homeopatia nos ajuda a nos harmonizarmos para termos uma alimentação
melhor, mas somos nós que temos que nos conscientizar e nos disciplinar para ter uma
alimentação melhor.
Como disse Hipócrtates: “Fazei do alimento vosso remédio”.
Ou seja, para que tenhamos saúde, precisamos nos alimentar bem.
Nós nem sempre teremos condições financeiras para nos alimentar com
alimentos orgânicos. Mas temos outros recursos para diminuir os agrotóxicos nas frutas,
legumes e verduras com o carvão vegetal e a homeopatia do carvão, o Carbo vegetabilis
CH5.
A alimentação é fonte de vida e tudo o que comemos passa a fazer parte de nós,
portanto como queremos ser saudáveis comendo carne, principalmente a de porco e a
vermelha?
É importante que busquemos harmonia e se não a buscarmos em todos os
“setores” de nossa vida, não conseguiremos conquistá-la.

A IMPORTÂNCIA DO JEJUM

A Desintoxicação alimentar
 Os alimentos
Aliviar o organismo da sobrecarga alimentar, através de monodieta de fruta ou
outros alimentos; através da prática de jejum ou outras dietas é muito importantes. Ao
suspender o excesso alimentar, a energia normalmente utilizada para a digestão de
alimentos pesados é desviada para a realização de limpeza e regeneração do organismo.
As frutas, as hortaliças, as ervas e os grãos, consumidos crus são os alimentos
que exigem o menor trabalho digestivo e são dotados de extraordinárias propriedades
despoluidoras. Sua riqueza em fibras assegura uma verdadeira “faxina” no tubo
digestivo, levando com as fezes, uma grande quantidade de toxinas e resíduos.
Graças ao seu teor de vitaminas, minerais, enzimas, hormônios e outras
substâncias biológicas, os vegetais fornecem aos órgãos de eliminação os elementos que
eles necessitam para funcionarem, perfeitamente.

 Classificação dos alimentos


Os alimentos podem ser classificados em quatro categorias, de acordo com os
seu grau de vitalidade.

 Alimentos Bioenergéticos
São os alimentos que geram a vida; a base ideal da alimentação do ponto de vista
qualitativo.
São os germes e os brotos dos grãos, dos cereais, das leguminosas, das ervas e
das hortaliças.
No início do crescimento, as plantas são extremamente ricas em vitaminas,
minerais, aminoácidos, enzimas, hormônios, estimulantes biológicos e outras
substâncias que reforçam a vitalidade das células e permite que elas se regenerem
constantemente.

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 Alimentos Bioativos
São os alimentos que ativam a vida; a base ideal da alimentação do ponto de
vista quantitativo.
São as frutas, as ervas, as hortaliças, as leguminosas, as oleaginosas, os grãos e
os cereais consumidos em perfeito estado, crus ou deixados de molho.
Os alimentos que geram a vida e os que ativam a vida são alimentos vivos. Seu
consumo traz vitalidade e saúde. Asseguram a vida e o bem estar do ser humano.

 Alimentos Bioestáticos
São os alimentos cuja força vital foi reduzida pelo tempo (alimentos crus
armazenados por longo tempo), pelo frio (alimentos congelados e refrigerados) ou pelo
calor (alimentos cozidos, torrados ou assados).
São as carnes, leites e queijos, os ovos e alguns produtos industrializados.
Seu consumo assegura o funcionamento mínimo de nosso organismo, mas,
provoca o envelhecimento das células, pois não lhes fornece as substâncias vivas
necessárias á sua regeneração.

 Alimentos Biocídios
São os alimentos cuja força vital foi destruída por processos físicos ou químicos
de refinação, conservação ou preparo.
São os açúcares, o sal, o café, as bebidas alcoólicas, as frituras e os aditivos
químicos.
Envenenam, pouco a pouco, as células com as substâncias nocivas que contêm,
enfraquecendo gradativamente o sistema imunológico, causando vários problemas de
saúde.

 Outros recursos naturais para a desintoxicação

Durante uma dieta de desintoxicação é oportuno usarmos a força regeneradora


dos quatro elementos da natureza: o ar, a água, o sol e a terra que são os agentes
curativos mais eficazes que existem e permitem evitar a maior parte dos sintomas
desagradáveis da eliminação, pois, regularizam as funções excretoras e despertam os
mecanismos de regeneração e cura.

 O ar
A oxigenação profunda é uma maravilhosa fonte de saúde. Muitos fenômenos de
intoxicação são provocados por oxigenação insuficiente do sangue, em conseqüência de
atividade física restrita e uma ar poluído.
A melhor ginástica respiratória é aquela que aumenta naturalmente a respiração.
Todos os esportes são bons, desde que praticados progressivamente. Caminhar, correr
no campo, na montanha ou na floresta são excelentes exercícios.

 A água
Há diversas maneiras de usar os benefícios da água:
- banhos quentes, frios, alternados, de vapor;
- Banhos de mar, piscina, e rio;
- Banho de olhos, lavagem no nariz, gargarejos;

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- Lavagem intestinal, etc.

 Lavagem intestinal ou Clister (Clistel): É conveniente fazer periodicamente


lavagens intestinais, mediante finos canos ou sondas unidos a um recipiente colocado no
alto, para que a água penetre com facilidade dentro das entranhas. A água deve ser
limpa e se possível aquecida ao sol. Pode acrescentar-se um pouco de mel de abelha que
é muito curativo e desinfetante, por ser o extrato de ervas medicinais. Para facilitar a
penetração da sonda no orifício do reto, convém azeitar com óleo ou passar gordura.
Deixar a água permanecer um bom tempo dentro do intestino para que amacie, afrouxe
e desprenda as fezes aderidas às paredes intestinais. Depois deixar a água sair toda das
entranhas arrastando consigo as mal-cheirosas imundíceis.
A quantidade de água varia de meio litro a dois litros. Essas lavagens intestinais
devem ser evitadas em caso de apendicite, forte inflamação intestinal, desidratação e
quando a pessoa está demais enfraquecida. No caso de crianças, a quantidade de
líquidos deve ser menor. Pode ser feito diversos dias seguidos.

 O Sol
O sol é a base da alimentação humana. pela fotossíntese a energia solar é
armazenada nos vegetais e depois transmitida ao homem através dos alimentos.
Expondo o corpo ao sol, nos horários apropriados, podemos nos alimentar de energia
“ao vivo”, sem a intermediação dos alimentos.
Banhos de sol, se possível de corpo inteiro, são recomendados durante o jejum e
as curas de desintoxicação. Entretanto é preciso respeitar a exposição progressiva e
moderada.

 A Terra
As energias da terra são transmitidas ao ser humano pelos alimentos e pelas
forças eletromagnéticas terrestres que absorvemos de diversas maneiras: caminhando,
de preferência descalço; fazendo um banho de lama ou compressa de argila.
Os aromas, as cores, os sons e as vibrações são uma festa para o nariz, os olhos,
os ouvidos e a pele. É fácil, portanto, alimentar-se e regenerar-se em contato com a
terra.

 Por isso o jejum se faz indispensável para uma desintoxicação do


organismo.
O Instituto Vita nos oferece uma tabela importante para a desintoxicação
do organismo. Transcreveremos os dias, e as eliminações conseqüentes.

1º dia: Eliminar carnes e frituras.


2º dia: Eliminar fumo e bebidas alcoólicas.
3º dia: Eliminar café, chás estimulantes, açúcar, adoçantes e todas as bebidas que o
contém.
4º dia: Eliminar alimentos cozidos e assados.
Alimentar:
01) Nas principais refeições: salada crua.
02) Nos lanches frutas

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5º dia: Eliminar salada alimentar de frutas, sem misturar. (Usar somente uma fruta por
refeição).
6º dia: Eliminar as frutas (jejum) beber água natural ou de coco da Bahia.
7º dia: Alimentar frutas.
8º dia:
1) Nas principais refeições: salada crua
2) Nos lanches frutas.
9º dia: Alimentar:
1) Salada crua (50%)
2) Cereais e legumes cozidos e assados (50%)
3) Frutas nos lanches.
10º dia: Se o objetivo for manter o seu organismo com intoxicação mínima basta evitar
o excesso dos itens do 2º dia da tabela.
11º dia: Assumir uma postura seletiva com relação à carne e evitar as frituras.

Esse processo de desintoxicação trará à pessoa mais saúde. Ajudará a


eliminar toxinas que ficam retidas em nosso organismo, auxiliando no tratamento
homeopático.

JEJUM, UM INVESTIMENTO EM SAÚDE

É um assunto delicado e de muita importância. Jejum é a abstinência parcial ou


total de alimentos por um certo período.
Para o homem moderno, acostumado aos prazeres da comida, isto parece muito
estranho. Só com força de vontade e renúncia ele conseguirá fazer um bom jejum de
desintoxicação.
A Bíblia também recomenda o jejum para os cristãos e o divino Mestre deu
exemplo com longo jejum e afirma: e sai fortalecido.
Há diversas maneiras de jejuar: Abster-se de uma refeição ou duas por dia =
jejum parcial.
Suspender toda e qualquer refeição durante um ou mais dias, mas bebendo
apenas sucos de frutas. Esta é uma sucoterapia ou um jejum mais suave. Pode ser feito
com sucos de verduras.
Suspender todo e qualquer alimento, mas bebendo apenas água. Este é um
verdadeiro jejum de desintoxicação.
Existem jejuns breves e longos. O jejum de 1 a 2 dias é breve e em geral
qualquer pessoa pode fazer, desde que observe as recomendações adiante.
Os jejuns longos de muitos dias ou até de algumas semanas exigem o
acompanhamento de um especialista ou médico, num hospital ou clínica naturalista.
O jejum pode ser feito gradativamente, como já citamos a Desintoxicação
Alimentar Gradativa, como realizado pelo Instituto Vita.

Normas práticas:
 Ao iniciar o jejum, é bom antes eliminar cigarros, bebidas alcoólicas e fazer um
tratamento para eliminar vermes se os tiver.
 Beber muito líquido durante o jejum, suco de frutas ou verduras, ou água pura,
cerca de dois litros por dia.
 Fazer antes um clister ou lavagem intestinal é bom.
 A pressão sangüínea baixa um pouco durante o jejum, por isso é importante se
movimentar um pouco, caminhar.

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 Deve-se acostumar ao jejum aos poucos.
 Terminado o jejum não se deve já comer alimentos muito pesados como churrasco
ou
feijoada, pode ser perigoso.
 Não comer muito sal logo após o jejum, pode prejudicar os rins.
 Durante o jejum pode haver certo mal estar no início, tais como tontura, fraqueza,
alegria, porque o corpo está se desintoxicando e as toxinas estão sendo eliminadas
pelo sangue.
 Até febres e dores poderão surgir no início, mas continue firme que isso tudo
passará logo.

Contra-indicação do jejum:

- Pessoa super magra.


- Câncer avançado.
- Quem tem úlcera com hemorragia.
- Pessoa fraca demais e muito idosa.
- Pessoa com demência e tuberculose pulmonar.

Efeitos do jejum: a maioria das doenças cedem perante um bom jejum ou perante
jejuns freqüentes.

- Durante o jejum se desintoxica o organismo.


- O corpo fica mais forte após o jejum, com mais resistência contra inflamações e
infecções.
- Sente-se muito mais disposição, leveza, o raciocínio e a memória melhoram.
- Desaparece o cansaço e o stress.
- Ajuda a emagrecer os gordos, e os magros engordam após o jejum.
- Previne contra muitas doenças.
- Abre o apetite e melhora a saúde geral do corpo.
- Dá mais força de vontade.

 Para jejuns prolongados, um método seguro é beber a própria urina, para poder
suportar melhor o processo de desintoxicação orgânica, Pode-se beber toda a urina do
dia, é fantástico o resultado. A pessoa urinará muitos litros por dia até 7 ou mais litros.
Muitas doenças agudas e crônicas poderão desaparecer com alguns dias de
jejum, tais como: asma, dor de cabeça, eczema, epilepsia, anemia, má digestão,
neurastenia, problemas femininos, intoxicação com álcool e drogas, melhora o
funcionamento renal eliminando o ácido úrico.
Em muitas clínicas naturais este é o “carro chefe” na recuperação, o jejum.

A minha experiência com a urinoterapia

Quando ouvi falar a primeira vez sobre a urinoterapia, senti uma espécie de nojo.
Sentia intensamente os calores da menopausa, que atrapalhavam até as minhas
noites de sono.
Decidi arriscar e tentar. E o resultado foi maravilhoso!

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Não apenas me livrei dos calores da menopausa como senti muito mais
disposição;
Ghandi, tão admirado por sua luta pela reinvidicação com paz, verdadeiro ídolo,
fazia uso da urinoterapia para resistir aos jejuns prolongados.
Se uma personalidade conhecida mundialmente fazia uso da urinoterapia, é
sinal de que é hora de deixarmos o preconceito de lado e fruirmos dos benefícios da
urinoterapia.

O USO DA URINA

O tratado sobre a urina merece um livro à parte devido à sua novidade na


medicina moderna, oficial; não, naturalmente, na medicina tradicional popular, uma vez
que seu uso externo e interno já era conhecido e muito usado há 4 mil anos atrás,
portanto desde o tempo de Abraão.
Data dessa época o texto do SHIVAMBU KALPA, manuscrito descoberto pelo
estudioso da cultura hindu, o professor Athavale, e que descreve a urinoterapia.
Quero dar a vocês apenas um “aperitivo” dessa terapia usada hoje em quase
todos os países do mundo, mesmo que não seja em grande escala. Mas não podemos
deixar de divulgar um método quase onipotente de cura: chamada de “panacéia” porque
cura todo dia de doença.

a) Shivambu Kalpa
Para quem afirma que a urinoterapia é coisa muito nova e por isso merece
cuidado, vejamos somente alguns versículos desse “livro sagrado hindu”, escrito há 4
mil anos. Antes disso já se praticava a urinoterapia, talvez tanto tempo quanto o ser
humano existe e se sente como tal.

Lê-se nesse livro que tem ao todo 107 versículos:

verso 5º: O que pratica esta terapia deve evitar comidas picantes e salgadas. Não
deve esforçar muito o corpo e deve seguir uma dieta balanceada e leve. Deve
dormir no chão (piso) e controlar seus sentidos.

verso 8º: Quem pratica esta terapia deve usar somente sua própria urina, que se
chama shivambudhara.

verso 9º: Shivambu (urina) é um néctar divino! É capaz de evitar o


envelhecimento e vários tipos de enfermidades e moléstias. Deve-se primeiro
tomar a própria urina e depois entrar em meditação.

verso 10º: Depois de levantar-se deve-se lavar o rosto e boca com água. Depois
disso se deve beber a própria urina, com aceitação e alegria. Todas as doenças
que se tem sofrido desde o nascimento se curarão.

versos 11º, 12º, 14º, 15º: Nestes versos se descreve como o corpo vai se
tornando forte e saudável, terminando com estas palavras: “Depois de onze
meses a pessoa será interna e externamente pura”.

verso 34º: A pessoa se livra das enfermidades humanas e adquire uma aparência
física de luz divina, como “shiva”, pode recriar o universo e levar uma vida
divinamente pura e alegre.

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verso 48º: se deve aplicar shivambu em todo o corpo. É muito nutritivo e pode
aliviar todas as enfermidades.

Até nos dias de hoje os hindus chamam a urina de shivambu, o que


significa “água de shiva” ou “água de bom agouro”. (Shiva é um dos deuses
mais importantes do panteon hindu).

b) É a prática da urinoterapia, com toda a dieta e meditação que a


acompanham, que fazem dos povos orientais ainda hoje pessoas de longa vida. Alcançar
100 anos, como diz a bíblia, é para pessoa jovem. Lá não é novidade uma pessoa
alcançar 140 anos. Gandhi seguia à risca o livro sagrado, banhando seu corpo
diariamente com urina. Segundo o dr. Áton, no Japão 10% da população (mais de 13
milhões de pessoas) tomam sua urina hoje. Mas pode parecer estranho que também na
Alemanha 10% da população ( 7 milhões de pessoas) tomem sua urina. Isso devido a
muitas pesquisas científicas que se fazem nesses dois países, como também nos Estados
Unidos, Itália e outros países. Ainda continua reboando em nossa memória a
reportagem da TV Globo do dia 23/07/97, sobre a exportação anual de 120 toneladas de
urina de mulheres brasileiras para a Itália. Mostrava a reportagem os meninos
recolhendo os plásticos com a urina dessas mulheres que haviam entrado na menopausa
e que entregavam a urina de graça, em troca de presentinhos, quando os hormônios
extraídos dessa urina voltavam da Itália em ampolas de diferentes tamanhos, vendidos
entre 40,00 e 100,00 reais (entre 35 e 90 dólares). Nas bancas do Brasil se compra o
livro “CURA-TE A TI MESMO-terapia real” do dr. Hiroshi, onde esse médico coloca
entre outras experiências a sua própria e de seus pais. Nesse livro você pode encontrar
endereços de centros de divulgação da urinoterapia em vários lugares do mundo e
apresenta um bibliografia de 61 livros e brochuras que falam da urinoterapia. A editora
MADRAS também já tem à venda o livro intilulado “Xixi”.

c) Divulgadores da urinoterapia: eles estão em diversas partes do mundo. Mas


devemos citar entre eles:

 O médico japonês, dr. Nakao, fundador da Associação Acadêmica da


Sociedade Médica do Japão, que afirma: “A URINA É UMA REVOLUÇÃO DA
MEDICINA”.
 Dr. Uryu, que divulgou a urinoterapia na América, diz: “A URINA É A
CARIDADE DO UNIVERSO”.
 John Amstrong, afamado terapeuta inglês, que editou um livro sobre a
urinoterapia há 50 anos atrás, escreve: “ A URINA É A ÁGUA DA VIDA”.
 Dr. Áton Ínoue, escreve: “Segundo estudos sobre fetos, nos últimos meses de
gestação eles estão urinando diariamente meio litro e tomam no líquido amniótico
quase a mesma quantidade de sua própria urina. Eu creio que este fato é suficiente para
argumentar que urina não é coisa suja. Se Deus prepara as condições mais sãs e
favoráveis para que nasça uma nova vida, como seria possível meter os fetos no mar de
urina do amnion ? A idéia de que a urina é suja, não é mais do que um resultado da
educação e cultura de nossa sociedade moderna, muito ligada aos interesses econômicos
contra ela” (Texto de urinoterapia – 6ª edição – pág. 22 e 23).
 A pedido da Coordenação nacional da Pastoral da Saúde, CNBB, o dr Wu
Tou Kwang – há 12 anos médico cirurgião vascular do Hospital das Clínicas, de São
Paulo – escreve ao Congresso Nacional de Pastoral de Saúde, de 700 participantes, em

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carta da qual possuo cópia enviada a mim pelo próprio médico: “O máximo de prejuízo
para o paciente é o fato de ele ter que tomar a sua própria urina. Hoje o pessoal ingere
tantos venenos, como refrigerantes, sucos artificiais, medicamentos químicos,
conservantes e estabilizantes... porque então não tomar a sua própria urina, que é um
liquido limpo e estéril?”. Nessa mesma carta o dr. Wu afirma a base científica do
método Bioenergético de tratamento natural. Infelizmente a Coordenação da Pastoral da
Saúde propositalmente não comentou a carta no Congresso, uma vez que não vinha ao
encontro dos seus interesses, expostos em carta posterior em que escrevem a todo o
país: “A Coordenação Nacional da OS – CNBB não recomenda estas práticas sem
embasamento científico ou respaldo legal, algumas já bem difundidas em nosso meio
(urinoterapia, bionergética, etc)”. Quem coordena a PS são os padres camilianos e a
troca de coordenação foi feita em setembro/97, sem eleição. Sem querer a OS está
assim divulgando as terapias naturais, pois que tem aumentado ainda mais em todo o
Brasil os atendimentos. Como os padres camilianos tem faculdades de medicina e
escolas de enfermagem, podemos bem entender sua oposição a toda uma prática
também curativa da igreja (freiras e leigos, especialmente em lugares longíquos, onde
não há médicos e há muito mais doenças devido à miséria generalizada). Dizem nessa
carta: “O agente de PS não deve comprometer-se com o diagnóstico e tratamento de
doenças, nem mesmo utilizando-se de práticas alternativas ou naturais”.

d) Conteúdo
A urina vem sendo pesquisada em laboratórios afamados, como o INSTITUTO
DE BIOQUÍMICA HAYASHIBARA, do Japão; MCL Institute, Japão; O Future Med.
Inc. dos USA; o Life Science Institute, USA, etc. Até hoje foram estudados mais de 200
ingredientes e detectada a presença de muitos outros considerados medicamentos,
dentro da urina. O dr. Áton considera que haja até 1000 mas outros cientistas falem em
2000. Um dos mais importantes ingredientes talvez seja o interferóm que ajuda a curar
o câncer na urinoterapia. Diversos tipos de hormônios ajudam a refazer toda a saúde do
corpo.

Se você se tornar adepto da urinoterapia, jamais se arrependerá. Eu consegui


melhorar 80% em minha saúde e devo grande parte à urinoterapia. Ajudou muito a
deixar de comer carne de gado e de 1 ano para cá também o frango. Hoje me sinto com
saúde. (Pe. Renato Roque Barth sj) Se você fizer uma pesquisa na sua comunidade
provavelmente terá uma surpresa: não são poucas as pessoas em todo o Brasil que nos
dizem que já tomaram urina na infância para curar alguma doença. Na Bolívia um
indígena dizia: “Resolvemos qualquer dor de estômago momentânea com 5 goles de
urina”. O uso externo é muito mais conhecido, enquanto o uso interno ficou guardado
mais em segredo.
Portanto, qualquer pessoa pode tomar a sua própria urina. As poucas impurezas
que nela vem (nem 1% dela) saem pelas fezes. E se tiver alguma infecção ela já vem
com anticorpos contra essa doença (tem que ser a própria urina no caso para curar-se
mais rápido). Enfim, há 5 minutos a urina estava no seu sangue e como não lhe
prejudicou? De 100 litros de sangue que passam pelos rins, 99 voltam a circular e um
sairá como urina. Como purificar a urina? Veja abaixo.

Estudos científicos sobre a urina

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“os estudos científicos sobre o conteúdo da urina e os efeitos da urinoterapia
sobre o nosso corpo estão ainda muito atrasados – diz o doutor Áton Ínoue, médico
japonês que mora na Nicarágua, apesar de terem estes grande importância no
conhecimento do estado e mecanismo da saúde e na cura das doenças”.
Apesar disso o uso da urina na cura e manutenção da saúde global é um fato
incontestável. Uma terapia, que se perde na pré-história e está em uso pelo menos há
5.000 anos, tem que servir de base para os cientistas que querem hoje comprovar em
laboratório o que milhões de pessoas comprovam com sua prática. O cientista tem que
olhar para os fatos repetitivos, analisar a constância de efeitos e tirar sua conclusão,
formando as leis da natureza. Assim sabemos que Isaac Newton observou as maçãs
caindo e, como elas, todos os corpos soltos no ar. Concluiu enfim com a lei: “Todos os
corpos soltos no ar caem”.
Assim aconteceu com o estudo das plantas. A fitoterapia (tratamento com as
plantas), foi usada naturalmente desde os tempos pré-históricos e os cientistas apenas
puderam constatar os fatos: de que as plantas tem o poder curativo atribuído a elas pela
população e pelos curandeiros. Por isso é muito estranha a posição de médicos e a da
própria “Pastoral da Saúde”, de que, com o uso da urina tem que ser diferente. Uma vez
constatado o fato de seu uso por milhões de pessoas, e sem efeitos colaterais, deveriam
concluir o mesmo que se concluiu das plantas.
O cientista é antes de tudo uma pessoa humilde, diz o dr. Hiroshi, no seu livro
“CURA-TE A TI MESMO – terapia real”, vendido nas bancas do Brasil e tratando a
urinoterapia. O cientista, querendo descobrir coisas novas tem obrigação de colocar
suas posições atuais em xeque e não como faz a maioria dos médicos frente ao crescente
uso da urina pela população, repetindo dogmas antigos e falsos a esse respeito: de que a
urina é coisa suja, a urina é um dejeto, a urina causa infecção, etc.

Alguns passos da ciência

Desde a década de 1970 começaram investigações sobre a urina, em diversos


países, como nos USA, Japão, Cuba, Itália, Alemanha e outros países da Europa. E aqui
temos alguns resultados dessas pesquisas:
a) Como vimos anteriormente, a Itália importa do Brasil cerca de 120 toneladas
de urina por ano para extrair dela hormônios de fertilidade que são transformados em
ampolas de injeção que voltam ao Brasil com preços exorbitantes entre 40 e 100
dólares.
b) As grandes empresas farmacêuticas dos países industrializados hoje estão
importando e comprando grandes quantidades de urina para preparar cosméticos cada
vez mais “curativos” e não apenas “cheirosos”. o Japão, por exemplo, importa muitas
toneladas de urina comprada do exército da Coréia do Sul, coletada dos soldados. Com
a urina fabricam também remédios antidepressivos. “As mulheres ricas – diz o dr. Áton
– adoram usar esses produtos extraídos da urina para tirar suas rugas”. E conclui:
“Agora está na moda usar cosméticos e até pasta de dente contendo uréia extraída da
urina humana. Que felicidade!”
c) Pelo estudo científico conhecemos, por exemplo, o papel importante que joga
o ácido úrico da urina na reprodução e ativação do DNA nas células (DNA=ácido
desoxirribonucléico, que é a substância dos gens), como também tem a função de
rejuvenescer os órgãos do corpo.

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d) Em 1971 a Universidade de Medicina de Kyoto, Japão, descobriu na urina
vários anticorpos, como interoikin, renina, prostaglandina, materiais muito importantes
para combater as infecções ou tumores malignos.
e) Nos Estados Unidos, a equipe científica da Universidade de Harvard
descobriu na urina o SPU-hormônio, o qual se produz somente durante o sono e tem
diversas funções: é antibiótico, ajuda na circulação do sangue, é analgésico e promove a
secreção de outros hormônios. Por meio desses hormônios proliferam e se fortificam os
materiais imunológicos, como o T-Limph-Glóbulo, a imunoglobulina e os glóbulos
brancos; aumenta a resistência do sistema imunológico e se curam as doenças.
f) Em 1992 o Instituto de Bioquímica Hayashibara, do Japão, por sinal um
instituto muito conhecido no mundo, começou a estudar a urina e descobriu nela várias
substâncias importantes para nossa saúde. Uma delas é o interferón, conhecido já na
década de 70 como um elemento anticancerígeno e ainda hoje é usado contra o câncer
por injeção. No entanto, esse instituto comprovou que 10 milhões de unidades injetadas,
além dos efeitos colaterais que produz, tem menos efeito curativo que 100 a 200
unidades ingeridas por via oral e sem provocar danos colaterais. O Instituto também
constatou que na produção normal de 1 a 1 e meio litros de urina por dia, o corpo
produz de 150 a 200 unidades de interferón e portanto a quantidade necessária para a
cura.
g) Em análises de laboratório também se constatou que o líquido tomado pelo
feto nos últimos 5 meses de gravidez é cerca de 90 a 95% sua própria urina e o restante
é excreção da placenta. Talvez seja este o ponto principal de partida para os cientistas
analisarem os efeitos positivos ou negativos da urina, podendo avaliar a sua própria
experiência de tanta urina que tomaram antes de nascer. Se a urina fosse algo sujo ou
perigoso para infecções, como haveria de jogar-nos o bom Deus num mar de urina
quando éramos tão frágeis?

Conteúdos da urina
Como quase todos os produtos da urina são também encontrados no sangue,
viu-se que o corpo produz remédios de todo tipo e em grande quantidade, os quais
circulam pelo sangue. Somente que não tem o mesmo efeito que o apresentado quando
ingeridos. É por isso que os cientistas concluem que, além dos 200 elementos curativos
já analisados, a urina deve conter muitos mais, prevendo-se mais ou menos a quantia de
2.000 substâncias curativas. Já conclui que “a urina é um produto do corpo, preparado
para sua cura e manutenção de sua saúde e, portanto, um produto apto para ser tomado”.
A este respeito diz o dr. Áton: “A urina é um produto do sangue e não um simples
dejeto de substâncias que o nosso corpo não necessita. Na realidade a urina é um
produto do sangue que nosso organismo necessita”. Diz ainda o dr. Áton: “O tomar a
sua própria urina para aliviar doenças do corpo também pode ser considerado um
instinto. A ingestão da própria urina já se praticava há mais de 4.000 anos, o que é uma
ampla evidência de que se trata de um instinto” (do livro dele: “Texto de urinoterapia –
7ª edição). O dr. Áton no caso está citando palavras do médico Ryoichi Nakao –Japão.
Consideramos desnecessária a pesquisa científica para o que milhões de pessoas
já comprovaram ser eficiente e não apresentar as contra-indicações encontradas na
maioria dos fármacos. Assim mesmo vamos ver alguns ingredientes da urina e seus
efeitos sobre o corpo, descobertos por equipes de cientistas de universidades célebres e
centros de pesquisa:

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-Uréia: é o componente mais abundante da urina. A uréia é um produto
resultante da transformação das proteínas do corpo. Tem grande poder frente às
bactérias; sobretudo impede a proliferação das Tbs (tuberculoses). A efetividade
aumenta com o uso da vitamina C que existe muito nas plantas medicinais.
-Ácido úrico: tanto o ácido úrico como a uréia tem uma grande efetividade
contra a tuberculose, além de terem a propriedade de controlar os materiais
cancerígenos no corpo.
-Minerais: sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro, enxofre, entre outros
minerais da urina, uma vez que foram absorvidos pelo corpo e saem de novo – no
processo de transformação da urina – são muito úteis para o corpo e mais efetivos que
os minerais dos alimentos. O amoníaco da urina tem um papel muito importante para
fechar as feridas e reconstituir a pele, sendo por isso que o uso da urina não deixa
muitas vezes nenhuma cicatriz. Esses minerais trabalham para limpar e reativar os
sistemas do corpo, prevenindo e eliminando os venenos e reconstituindo as funções de
cada órgão. No corpo, por exemplo, as glândulas tem que estar bem limpas e
funcionando bem para controlar a saúde geral.
- Materiais fisiológicos reativadores: os cientistas estão extraindo distintos
materiais da urina que são muito importantes para nossa saúde. Trata-se dos hormônios
e dos materiais fisiológicos reativadores. Já vimos que na Itália extraem hormônios,
importando urina do Brasil.

Vejamos alguns desses elementos:


uroquinase: desobstrui os trombos (obstruções das veias que podem causar
trombose) e cura as doenças do coração ou insuficiência da circulação sangüínea;

EGF: fator de crescimento da pele : reconstitui e reproduz as células ou


organismos lesionados;

CSC: é muito efetivo na divisão celular e sua proliferação;

GH: hormônio do crescimento: este hormônio tem diversas funções


reativadoras; atua na formação das proteínas; favorece o crescimento dos ossos e
dissolve as graxas (sobras do corpo);

eritropoietina: estimula a produção dos glóbulos vermelhos;

gonadotropina: atua na normalização do período menstrual e na produção


dos espermatozóides e dos hormônios masculinos;

kalicreina: atua contra os problemas vasculares (inflamação) e ajuda a baixar


a tensão arterial;

tripsin-inhibitor: previne e cura úlceras das membranas (úlceras, gastrite,


colite, hemorróidas, etc);

argentina: cura feridas e úlceras;

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prostaglandina: é um grupo de ácidos graxos que existem em profusão no
organismo (até nos espermatozóides, no sangue menstrual e líquido amniótico);
funcionam na equilibrada expansão dos vasos sangüíneos e baixam a pressão arterial;
estimulam os músculos e o sistema digestivo, entre outros;

imunoglobulina: criadora de anticorpos para a proteção contra vírus,


bactérias e venenos;

endorfina: é um hormônio produzido principalmente no cérebro e tem grande


efetividade no controle da dor, como analgésico (quem toma muito urina, com duas
semanas praticamente já não sente a dor do câncer, antes controlada por doses fortes de
morfina);

S.P.U: hormônio (antineoplastone): é um hormônio que coordena vários


outros hormônios produzidos com ele durante o sono e é por isso que se recomenda
tomar pelo menos a primeira urina da manhã. Quando me aparecem dores lombares
fortes, ou devido a uma longa viagem de ônibus ou devido a um ataque de herpes,
tomo muito líquido antes de deitar e praticamente a cada hora me levanto para tomar
urina, voltando a dormir; assim levanto quase sem dor. O S.P.U. hormônio em pouca
quantidade consegue normalizar o desequilíbrio entre corpo e mente e ajuda a reanimar-
nos;

interferon: consiste em uma proteína do próprio organismo; esta proteína


joga um papel importante na resposta imunitária (defesas naturais). As propriedades do
interferon ainda estão em processo de investigação, mas já se sabe de sua ação efetiva
contra a hepatite do tipo C e do câncer de mama, entre outras doenças;

substâncias anti-cancerígenas: além do interferón podemos citar


antineoplastone, H-11, beta-indol-ácido acético, directina (directin3 metil glioxal,
encontrado na urina pelo prêmio Nobel Albert Szent Gyorgi), griokizarmentanol, entre
outras. Estas substâncias diferem muito dos químicos anticancerígenos, inclusive o
interferon injetado. Enquanto estes matam as células, tanto as cancerígenas como as
sadias, as substâncias da urina impedem a proliferação das células cancerosas e
trabalham para transformar essas células malignas em sadias;

allantoin: substância nitrogenada cristalina que cicatriza as feridas (o povo


usa muito a urina na cura de feridas);

aglutinina e precipitina: neutralizam a ação da póleo e outras viroses e


combatem as úlceras pépticas;

cortisona natural: um potente agente cicatrizante e é efetiva no combate ao


stress;

DHEA: elemento que atua no rejuvenescimento da pessoa; foi encontrado


pela primeira vez em 1934 na urina (onde se encontra abundantemente); em 1970 no
centro médico de Chicago – USA – descobriram que o DHEA está em maior quantidade
na urina entre os 25 e 30 anos; atua também sobre cânceres malignos internos e de pele;

fator S: indutor natural e seguro do sono;

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proteose: produto que ativa a imunidade contra reações alérgicas e atua no
equilíbrio do peso do corpo.

 Assim, enquanto a ciência procura descobrir o porque da cura de milhões


de pessoas que tomaram a urina, sem prejuízo algum, esse costume milenar não se
abala e continua se divulgando por muito países do mundo. “Graças, Pai, porque
escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos”.

BIBLIOGRAFIA

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