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FACULDADE DE CIÊNCIA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
CURSO DE LINCENCIATURA EM QUÍMICA INDUSTRIAL
Estágio laboral

Tema:
Simulação de Contaminação entre
Gasolina e o Gasóleo: Uma Avaliação das
Alterações das Propriedades Físico-
Químicas
Simulação de Contaminação entre Gasolina e o Gasóleo: Uma Avaliação das [2016]
Alterações das Propriedades Físico-Químicas

Autora: Tivane, Sheila António

Maputo, 2016
FACULDADE DE CIÊNCIA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

CURSO DE LINCENCIATURA EM QUÍMICA INDUSTRIAL

Estágio laboral

Tema:
Simulação de Contaminação entre Gasolina
e o Gasóleo: Uma Avaliação das Alterações
das Propriedades Físico-Químicas
Autora: Tivane, Sheila António

Supervisora: Dra.ª Gulamussen, Noor Jeah

Co-supervisor: Eng.° Sambo, Micas Bernardo

Maputo, 2016
DEDICATÓRIA
Dedico  este trabalho primeiramente à Deus, pоr ser essêncial еm minha vida, autor dе
mеu destino, mеu guia. Ао meu pai António Tivane, minha mãе Teresa Ngovene, аоs
meus irmãos ao meu filho Kawan Langa, e ao meu noivo Válter Langa que nunca
deixaram de incentivar, por menor que fosse a contribuição.
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer, еm primeiro lugar, à Deus, pela força е coragem durante toda esta
longa caminhada.

À minha Supervisora Doutora Noor Gulamussen pela aceitação em supervisar o meu


trabalho de estagio. Sua orientação segura e competente permitiram-me concretizar este
estudo;
Ao meu Co-Supervisor Engenheiro Micas Sambo pela compreensão de meus limites e
ousadias, auxiliando-me com sua imensa sabedoria de forma imprescindível para a
elaboração deste trabalho;
Aos docentes que acompanharam toda a minha caminhada durante o curso pela
paciência e colaboração, nas diversas disciplinas da licenciatura;
Aos meus pais, que com o olhar orgulhoso me dão forças para acreditar nos passos que
eu posso dar além;

Aos meus irmãos, por ter me dado força e apoio em todos os momento de alegria e
tristeza;

Ao meu irmão Elton Tivane (em memória) que sempre esteve comigo em todos os
momentos e sempre acreditou em mim;

Ao meu noivo pela paciência е que de forma especial е carinhosa mе dеu força е
coragem, mе apoiando nоs momentos dе dificuldades;

À Empresa Intertek pela aceitação do estagio, colaborando num bom trabalho em


equipe, em especial a todos os tecnicos de laboratório que de uma forma descontraida
ajudaram-me na realização dos ensaios.
Aos colegas e amigos do curso, em particular os estudantes: Mércia Come, Lurdes
Nhampossa, Hércio Nhacutone, Páscoal Cossa e à Samira Manjate pela amizade,
companheirismo durante a minha formação;
À todos outros que directa ou indirectamente contribuíram para a realização deste
trabalho, vai o meu muito obrigado.
DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro por minha honra, que os dados usados no presente trabalho, são reais e obtidos
das análises por mim efectuadas e consultas bibliográficas devidamente referenciadas ao
longo do trabalho.

Maputo, Setembro 2016

(Sheila António Tivane)

Resumo
O presente trabalho é resultado dum estágio realizado no laboratório da empresa
Intertek, na área de controle de qualidade do combustível, este que visa em fazer uma
simulação de contaminação entre a gasolina o gasóleo avaliando as alterações das
propriedades físico-químicas segundo as especificações estabelecidas pela IMOPETRO
(Importadora Oficial de Petróleo de Moçambique).
A contaminação de combustiveis se faz notar na modificação da sua composição
original através da adição de produtos pesados contaminando a gasolina e os produtos
leves com alta volatilidade contaminando o gasóleo.
Realizaram-se análises nas amostras da gasolina e do gasóleo onde primeramente
traçou-se um perfil de qualidade segundo os seus paramêtros físico-químicos
separadamente e em seguida as suas misturas.

Os paramêntros testados foram: Massa específica, curva de destilação, ponto de


inflamação, gomas não lavadas, e pressão de vapor.
Verificou-se ser significativa a influêcia das misturas da gasolina e do gasóleo em
pequenas proporções adicionadas. Os limites de temperatura da curva de destilação
especificados pela IMOPETRO mostraram-se eficazes na idetificação de contaminação
da gasolina com gasóleo pelo fonto final de ebulição. A adição apartir dos 2.5% do
gasóleo na gasolina é o nivel aceitável sem afectar as suas propriedades Físico-
Químicos. Na idetificação da contaminação do gasóleo pela gasolina notou-se que o
metodo de ponto de inflamação foi mais eficaz pois permitiu a identificação em
pequenas porporções da gasolina no gasóleo na adição de 0.25% o nivel aceitável sem
afectar as suas propriedades físico-químicos. Estudos posteriores indicam que a adição
entre a gasolina e gasóleo afecta principalmente nas propriedades voláteis de ambos.

ÍNDICE
DEDICATÓRIA...........................................................................................................................i

AGRADECIMENTOS.................................................................................................................ii

DECLARAÇÃO DE HONRA.............................................................................................................iii

Resumo........................................................................................................................................iv
ÍNDICE.......................................................................................................................................iv

LISTA DE SIMBOLOS E ABREVIATURAS...........................................................................vii

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................1

1.1. Objectivo geral.............................................................................................................2

1.1.1. Objectivos especificos...........................................................................................2

1.2. Problema......................................................................................................................2

1.3. Justificação da escolha do tema....................................................................................3

1.4. Descrição do local em estudo.......................................................................................4

1.4.1. Perfil da empresa Intertek....................................................................................4

1.4.2. Localização geografica do laboratório da Intertek................................................6

2. METODOLOGIA DO TRABALHO...................................................................................6

3. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................7

3.1. Origem do Petróleo..........................................................................................................7

2.1.1. Composição química do petróleo..............................................................................7

2.1.2. Classificação do petróleo............................................................................................8

2.1.3. Impuresas do petróleo...............................................................................................9

2.2. Refinação do petroleo......................................................................................................10

2.2.1. Destilação do petróleo.............................................................................................12

2.3. Gasolina.........................................................................................................................13

2.3.1. Caracteristicas da gasolina.......................................................................................14

2.3.2. Propriedades da gasolina.........................................................................................15

2.4. Gasóleo............................................................................................................................16

2.4.1. Caracterização do gasóleo........................................................................................17

2.4.2. Propriedades do Gasóleo.........................................................................................18

2.5. A adulteração do combustível.........................................................................................19

DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS................................................................................................20


3.1. Massa específica 20°C.....................................................................................................20

3.2. Curva de Destilação.........................................................................................................21

3.3. Pressão de vapor (PVR)...................................................................................................22

3.4. Gomas.............................................................................................................................24

3.5. Ponto inflamação.............................................................................................................27

5. PARTE EXPERIMENTAL...................................................................................................28

4.1. Preparação das misturas binárias.....................................................................................29

4.2. Realização dos ensaios....................................................................................................31

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................................37

5.1. Resultados da Gasolina padrão.......................................................................................37

5.2. Resultados do Gasóleo padrão.........................................................................................37

5.3. Resultados Experimentais da Determinação dos Parâmetros Físico-químicos da


contaminação entre a gasolina e o gasóleo.............................................................................38

5.4. Recuperação do combustível contaminado.................................................................42

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÃO............................................................................45

6.3. Bibliógrafia.....................................................................................................................47

Anexos.......................................................................................................................................51

LISTA DE SIMBOLOS E ABREVIATURAS


Simbolos/ Abreviatura Nomenclatura

API American Petroleum Institute

ASTM American Society for Testing and Materials,

BP British Petroleum
GPL Os gases de Petróleo Liquefeitos

IMOPETRO Importadora Oficial de Petróleo de Moçambique

IOL Instalação Oceânica do Língamo

IP Institute of Petroleum

ISO Organização Internacional de Normalização

PETROMOC Petróleo de Moçambique

PFE Ponto Final de Ebulição

PIB Ponto Incial de Ebulição

PVR Pressão de Vapor

NxOy Óxidos de Nitrogénio produzidos na combustão

Índice das Figuras

Figura 1: processo de refinação de petróleo bruto ate ao produto final......................................11

Figura 2: Ilustração de Pressão de vapor....................................................................................24

Figure 3: Ilustração de densímetros para a determinação da massa específica a 20 oC................31

Figura 4: Ilustração de um destilador manual.............................................................................32

Figure 5: . Equipamento de aparelho de Ponto de Inflamação....................................................33

Figure 6: Ilustracão do Equipamento do aparelho de gomas......................................................35

Figure 7: Equipamento analisador de pressão de vapor..............................................................36

Figura 8: Massa específica à 20oC da contaminação entre a gasolina e o gasóleo......................38


Figura 9: Curva da destilação da gasolina e gasóleo..................................................................39

Figura 10: Curva de destilação da gasolina com o gasóleo.........................................................39

Figura 11: Pressão de vapor da gasolina em relação a adição do gasóleo...................................40

Figura 12: Gomas da gasolina em relação a adição do gasóleo..................................................41

Figura 13: Ponto de inflamação em relação a adição do gasóleo com a gasolina.....................42

Figura 14: Fluxograma de uma simulação de uma possível recuperação de gasóleo contaminado.
...................................................................................................................................................45

Índice das Tabelas

Tabela 1. Percentagens dos principais elementos constituentes do petróleo.....................8

Tabela 2 - Estruturas de básica de hidrocarbonetos..........................................................9

Table 3: Frações típicas do petróleo................................................................................12

Tabela 4: Propriedads Físico-Química da gasolina........................................................16

Tabela 5 : Propriedades Físico-Químicas do gasóleo......................................................18

Tabela 6: Descrição das proporções em percentagens volumétricas das misturas da


gasolina com o gasóleo....................................................................................................30

Tabela 7: Parametros Físico-Químicos da Gasolina Padrão...........................................38


Tabela 8: Parametros Físico-Químicos da Gasóleo Padrão...........................................38

Tabela A. 9: Médias dos resultados das análises da massa específica à 20°C obtidas das
amostras da contaminação entre a gasolina e o gasóleo..................................................52

Tabela A. 10: Média dos resultados das análises da destilação das obtidas das amostras
da contaminação entre a gasolina o gasóleo....................................................................53

Tabela A. 11: Médias dos resultados das análises de pressão de vapor das obtidas das
amostras da gasolina contaminada com o gasóleo..........................................................54

Tabela A.12: . Médias resultados das análises das gomas não lavadas das obtidas das
amostras da gasolina contaminada com o gasóleo..........................................................55

Tabela A.13:Médias dos resultados obtidos das análise da temperatura do ponto de


imflamação do gasóleo contaminado com a gasolina.....................................................56
1. INTRODUÇÃO
Estudos indicam que o petróleo existe na natureza há 40 milhões de anos. A sua formação
iniciou-se quando restos de animais e vegetais, juntamente com a lama e pedaços de rochas
trazidos pelos rios, foram se depositando no fundo dos oceanos e constituindo grandes
camadas de lodo. Com o passar do tempo, outros sedimentos se acumularam no fundo dos
oceanos, recobrindo o antigo lodo e comprimindo-o com seu peso. Os restos de animais e
vegetais ficaram, assim, submetidos à grande pressão. Esse facto, aliado à alta temperatura
local e a ausência de oxigênio, permitiu que bactérias transformassem lentamente os restos
de animais e vegetais em petróleo. (Silva, 1997)

Em Moçambique, existem inumeros postos de revenda de combustíveis, e abastecem


diariamente milhares de veículos automotores, o principal meio de transporte nacional.

Estes postos estão distribuídos por todo país, mas se concentram, principalmente, nas
regiões de maior densidade populacional, por haver uma maior concentração de veículos e,
consequentemente, um maior mercado consumidor.

Do petróleo bruto, obtêm-se gasolina, gasóleo Jet-A1 e outros combustíveis, mas também é
matéria-prima para plásticos, fibras sintéticas, alcatrão e borrachas sintéticas. Dentre eles o
os mais usados a gasolina e o gasóleo.
Os combustíveis importados em Moçambique são: Os gases de petróleo liquefeitos (GPL),
a gasolina para viação, o petróleo de iluminação, gasóleo, Jet-A1, e oléo lubrificantes.

As principais distribuidoras de combustíveis em Moçambique são:


Petromoc, BP, ENGEN, Petrogás, Vida Gás, Total, Sasol, PESS, Galp, Puma, etc.
Os combustíveis importados em Moçambique são descarregados nos portos de Beira,
Nacala, Matola, e Pemba. (2)

A gasolina é uma mistura, constituída basicamente por hidrocarbonetos cujas cadeias


carbónicas têm entre 4 e 12 átomos de carbono e, em menor quantidade, por compostos
oxigenados. A gasolina tem um carácter volátil, é o carburante mais utilizado actualmente
nos motores endotérmicos (Pereira, 2012).
O gasóleo é um combustível derivado do petróleo constituído basicamente por
hidrocarbonetos, e em baixas concentrações por enxofre, nitrogênio e oxigênio (silva,
2010). É formado por moléculas com 12-22 átomos de carbono, sendo, portanto, de maior
massa específica que a gasolina. Possui uma faixa de destilação de 140 a 380ºC (superior à
da gasolina). O gasóleo quando misturado com gasolina em diferentes proporções, podem
possuir características semelhantes ao da composição da gasolina dentro dos padrões,
facilitando assim, a adulteração ou clonagem desses combustíveis (Tekeshita, 2006). Além
da acção sobre o veículo, tais como: aumento do consumo de combustível, agressão aos
componentes do sistema de alimentação do veículo, redução do desempenho do motor, a
utilização de combustível adulterado provoca outras consequências relacionadas com
aumento das emissões de gases de combustão nocivos, como derivados de NOx e SOx,
causadores de chuva ácida, e monóxido de carbono CO, que é altamente asfixiante, devido
à queima irregular de gasolina no motor( Tekeshita, 2006).

A gasolina é o segundo combustível mais consumido em Moçambique, superado apenas


pelo gasóleo. Existe, portanto, uma grande demanda da sociedade por uma gasolina e
gasoleo de alta qualidade, tornando necessário o desenvolvimento de métodos para a
detecção de possíveis adulterantes no combustível para auxiliar acções de monitoramento e
de fiscalização. (DNC, 2014).

Diversos parâmetros são utilizados no controle de qualidade da gasolina e do gasoleo. As


características constantes determinadas da gasolina são as seguintes: cor, aspecto visual,
densidade, faixa de destilação, teor de goma, corrosividade ao cobre, teor de enxofre,
pressão de vapor, ensaio doutor, teor de acidez, tolerância de água (Speight, 2006)

1.1. Objectivo geral


 Avaliar as alterações nas propriedades físico-químicas numa simulação de
contaminação entre a gasolina e o gasóleo.

1.1.1. Objectivos especificos


Identificar os métodos mais sensíveis para a determinação da contaminação da gasolina
pelo gasóleo e vice versa;
Analizar como a contaminação entre a gasolina e o gasóleo interfere nos seus parâmetros
físico-químicos.
Determinar o nivel aceitável de contaminação de gasolina por gasóleo e vice versa.
Simular a recuperação do combustível contaminado para o seu uso contínuo.

1.2. Problema
Já há algum tempo, a contaminação de combustível têm preocupado as distribuidoras e os
revendedores, motivada pelos riscos sócio-ambientais isto é causando a poluição ambiental
, e de segurança relacionados com às suas aplicações quando danifica motores de
automóveis. O impacto econômico da contaminação é notavel, e é de facto, um transtorno,
para além dos custos de remediação que são elevados.

A contaminação dos combustíveis geralmente acontece nos camiões-cisternas e nos postos


de abastecimento. Na maioria das vezes ocorre durante o manuseamento, nas operações de
descargamento ou carregamento, ou ainda na transferência de um tanque para o outro
causados pelo descuido no manuseio, defeito de equipamento ou avaria, ou ainda por erro
humano por distração, etc.

O laboratório da Intertek recebe amostras de combusível armazenado em garrafas de


vidro de 500ml, colhidas duas a cima, duas ao meio e duas ao fundo quando se trata de
uma contaminação que ocorreu no tanque e quando a contaminação ocorre em camões-
cisterna as mostras são apresentadas consoante os compartimentos que depende da
capacidade do camião. Quando se trata de uma contaminação num tanque as amostras são
colhidas. Tomando em consideração a necessidade de entrega dos resultados em curto
espaço do tempo para a realização dos testes de analises, dâ-se um tempo de uma hora no
maxímo, que é tempo preciso para realização dos testes voláteis, como a destilação, a
densidade, dependendo do grau da contaminação pode se prolongar mais com os testes
consoante as exigências do consumidor.

1.3. Justificação da escolha do tema


A durabilidade do motor, bem como a perfeição durante o seu funcionamento são, em
parte, condicionadas pela qualidade do combustível utilizado. O uso de combustíveis
contaminados tem sido consideravelmente prejudicial aos automóveis, às locomotivas, as
moto-bombas e também ao meio ambiente, pois causa danos nos motores dos veículos, e
emite gases indesejáveis ao meio ambiente. Por estas razões, são indispensáveis análises
para o controlo da qualidade do combustível.

Durante controlo de qualidade afere-se a capacidade de um determinado combustível


responder às exigências do motor, durante as viagens, em termos de potência, economia,
desempenho do motor no arranque a frio ou a quente.

Deste modo, no presente trabalho foi feito realizada uma analise das propriedades físico-
quimicas da gasolina contaminada com o gasóleo e vice-versa usando os limites dados
pela especificação da IMOPETRO para o controle de qualidade dos mesmos, buscou-se
por padrões de comportamento para cada um dos dois tipos de combustível, com o
objectivo de auxiliar o trabalho diário dos técnicos no controle de qualidade e na
idetificação de não conformidade.

1.4. Descrição do local em estudo

1.4.1. Perfil da empresa Intertek

A Intertek é uma organização não governamental que se dedica a serviços de controlo de


qualidade, inspeção, e certificação, opera em mais de 100 países com uma rede global de
escritórios e laboratórios. A empresa tem laboratórios em Maputo, Beira, Nacala e Tete,
onde atende os clientes de vários pontos. A companhia tem laboratórios de carvão local
na provincia de Tete, e oferece serviços analise de minerais, energia, indústria, bens de
consumo, petróleo, química, agro, medição e calibração.

Em Maputo, o laboratório iniciou suas actividades em Setembro de 2013, tendo como


foco analise da qualidade dos combustíveis. A sua sede localiza-se no centro do pais na
província de Sofala, cidade da Beira.

O laboratório conta com 10 trabalhadores afectos directamente no trabalho técnico, a


saber: Técnicos responsáveis pelas análises de qualidade de combustível e supervisores
que estão capacitados para revisão de certificados de resultados das analíses, também
conta com amostradores que são responsáveis pela colheita das amostras de combustível
nos navios, nos tanques e nos camiões. O laboratório está equipado para oferecer um
serviço rápido e fiável, operando 24 horas por dia e 7 dias por semana, baseado na
automatização dos equipamentos, na computorização dos dados, num pessoal qualificado
e na utilização de métodos “standard” nacionais e internacionais que se adequam aos
requisitos da normativa ISO 9001:2008 Os principais clientes do laboratório são:
Petromoc, Total. BP, Trafigura..

O laboratório de analise de qualidade de combustíveis da Intertek tem recebido por um


determinado período auditoria da BP pela acreditação: NBR ISSO 18001.

1.4.2. Localização geografica do laboratório da Intertek

O laboratório se encontra localizado nas instalações da PETROMOC que estão localizadas


na zona industrial da Matola “A”- Lingamo, na rua dos combustíveis N˚ 11.115. É limitada
geograficamente a Norte pela avenida de Namaacha, a sul pela terminal portuária da
Matola (onde se inserem as terminais de combustíveis, de carvão, de cereais e metalúrgica),
a Este existe um pântano e a Oeste, a Companhia Industrial da Matola e a fábrica de
cimentos.

2. METODOLOGIA DO TRABALHO
Para o sucesso deste trabalho recorreu-se a seguinte metodologia:

Primeira fase: Revisão da literatura


 A parte teorica do trabalho onde aborda a pesquisa blibliografica de informações
publicadas em artigos, teses de licenciaturas e dissertações em formato electrónico,
livros, e informações internas do laboratório relaccionadas com o tema.

 Descrição dos metódos usados para análise de contaminação entre a gasolina e o


gasóleo.

Segunda fase: parte experimental

A parte prática do trabalho foi feita com base na:

 Selecção de amostras de gasolina e o gasóleo;

 Preparação das misturas que representam a simulação da contaminação

 Realização dos ensaios para a determinação dos parâmetros de qualidade

Terceira fase: Tratamento dos resultados

Descrição os resultados obtidos e discussão dos mesmos, expermentalmente analizando


e comparando os parâmetros físico-químicos realizados durante o trabalho com os
estabelecidos pela IMOPETRO.

Quarta fase: Redação do relatório

Descrição relatada dos passos seguidos durante o relatário.

3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1. Origem do Petróleo


Sobre a formação do petróleo existem diversas teorias onde as duas das mais importantes
foram explicadas por Riazi (2005), e estão descritas a seguir:
Acredita-se geralmente que o petróleo tem a origem apartir da decomposição da matéria
orgânica resultante de restos das plantas aquáticas e animais, juntamente com rochas
sedimentares, que após longo tempo sofrendo acções baterianas e químicas, que se
transformaram com o aumento da temperatura e pressão, acabam por se transformar em
hidrocarbonetos.
Com base na teoria orgânica da origem do petróleo, o mesmo deverá ser encontrado com
maior probabilidade nas áreas em que, no decorrer de diferentes eras geológicas, houve
deposição de rochas sedimentares e acumulaçãode restos orgânicos. Fica então,
praticamente excluída a possibilidade da presença de petróleo nas rochas ígneas e
metamórficas, porém, a confirmação só é possível com a perfuração.

Portanto, pode-se considerar que o petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos


que ocorre na natureza em rochas sedimentares na forma gasosa (gás natural), líquida (óleo
cru), semi-sólida (betume), ou sólida (cera) (Riazi, 2005).

Quando se fala em petróleo podem-se considerar dois tipos de produtos: o óleo (fase
líquida) que produz a gasolina, o diesel e os produtos petroquímicos, e o gás natural (fase
gasosa). Esses produtos são considerados energias secundárias ou formas secundárias,
obtidas das fontes primárias nos centros de transformação (Ferolla & Metri, 2006).

As actividades decorrentes da indústria do petróleo e gás natural envolvem as etapas de


exploração, perfuração, produção, transporte, refino, distribuição e consumo. Todas têm
potênciais para causar uma série de impactos ao meio ambiente (Silva, 1996; Silva, 2004),

3.1.1. Composição química do petróleo

A fonte de obtenção do petróleo define sua a composição quimica. O petróleo, em sua


composição química, é considerado uma mistura complexa de hidrocarbonetos parafínicos,
naftênicos1 e aromáticos em proporções variáveis e, diversos tipos de impurezas nas mais
variadas formas, entre elas: enxofre, nitrogênio, oxigênio, organometálicos, resinas e
asfaltenos, sedimentos (areia), sais e água salgada (Valle, 2007).

Ocorrem tambem metais como sais de ácidos orgânicos. Os hidrocarbonetos insaturados,


denominados de olefinas, apresentam pelo menos uma dupla ou tripla ligação carbono-
carbono. Os hidrocarbonetos aromáticos, que são conhecidos por arenos, apresentam pelo
menos um anel de benzeno na sua estrutura.
Tabela 1. Percentagens dos principais elementos constituentes do petróleo

Elementos Percentagens
Carbono 84%
Hidrogénio 14%
Enxofre 1 a 3%
Nitrogénio <1%
Metais <1%
Sais <1%
Fonte: (Thomas, 2001)

3.1.2. Classificação do petróleo

De acordo com Szklo (2005), os principais tipos de hidrocarbonetos encontrados no


petróleo são os hidrocarbonetos saturados (parafinas normais, ramificadas e cíclicas) e os
aromáticos cujas estruturas estao apresentadas na Tabela 2. Ainda segundo o autor, é
necessário atentar para a proporção dos diferentes compostos hidrocarbônicos no petróleo a
ser processado, pois esta é uma importante variável na produção de um ou outro derivado
(dos Santos 2006).

Em todas estas tentativas de uma definição ou classificação de petróleo, deve ser


lembrado que o petróleo apresenta grandes variações na composição e propriedades, e
essas variações não ocorrem apenas no petróleo de diferentes campos, mas também
podem ser manifestadas em petróleo tirado de diferentes profundidades no mesmo poço.

A mistura de hidrocarbonetos é altamente complexa, a sua complexidade aumenta com o


intervalo de ebulição da fracção petrolífera. Além disso, o petróleo varia na aparência
física de um líquido de cor clara , de óleo pesado mais viscoso,e de sólidos que ocorrem
em depósitos de areias de alcatrão (Speight, 1999, 2000).
Tabela 2 - Estruturas de básica de hidrocarbonetos

3.1.3. Impuresas do petróleo

As impurezas, presentes no petróleo, encontram-se geralmente distribuídas em toda a faixa


de ebulição do petróleo, tendendo a se concentrar nas fracções mais pesadas (Valle, 2007 e
Sklo, 2005).

As principais características dessas impurezas são os compostos sulfurados.


Considerando os constituintes básicos presentes nas impurezas, o enxofre é um dos
elementos químicos mais abundantes no óleo cru. Mesmo não sendo uma regra geral,
quanto maior for a densidade do petróleo, maior será o seu teor de enxofre. A forma mais
comum é o ácido sulfídrico, podendo aparecer também na forma de mercaptanos (tióis),
sulfuretos, polissulfuretos, benzotiofenos, dissulfuretos orgânicos e outros (dos Santos,
2006).

Os compostos de enxofre não são desejáveis no petróleo pelos seguintes motivos:


envenenam catalisadores; estabilizam as emulsões (dificultam a separação da água);
provocam corrosão; conferem cor e odor aos produtos finais; quando em combustão,
geram poluentes (formação de SO2 e SO3 altamente tóxicos) ( Corrêa, 2009).
3.2. Refinação do petroleo
No processo de refinação, o petróleo é submetido a uma série de processos físico-químicos,
definidos conforme o tipo de petróleo utilizado (que geralmente é uma mistura, de um ou
mais tipos diferentes de petróleo) e os derivados que se pretendem obter (Sklo, 2005).

Além de o petróleo ser uma mistura extremamente complexa, não existem dois petróleos
idênticos. Sendo assim, as suas diferenças vão influênciar de forma decisiva os
rendimentos e a qualidade das fracções que serão obtidas de cada petróleo. O objectivo
principal dos processos de refinação é a obtenção da maior quantidade possível de
derivados de alto valor comercial, ao menor custo operacional possível, com máxima
qualidade, minimizando-se ao máximo a geração dos produtos de pequenos valores de
mercado. (Valle, 2007)

O petroleo cru é tratado nas refinarias, onde é separado em diversos e variados produtos de
corrente, tais como gás liquifeito, gasolina, gasóleo, querosene,asfalto, etc.
A figura abaixo ilustra-se a tragetória do petróleo bruto desde o poço até a obtenção do
produto final:

Figura 1: processo de refinação de petróleo bruto ate ao produto final.

Fonte: (Almeida, 2006)

Uma refinaria tem de ser reconhecida como uma rede integrada de processos complexos
unitários para a finalidade de produzir uma variedade de produtos do petróleo (Speight,
1999; Speight e Ozum, 2002). Cada refinaria tem a sua própria gama de alimentação de
petróleo preferido a partir do qual uma distribuição desejada de produtos é obtida. Não
obstante, os processos de refinaria podem ser divididos em três tipos principais:

1. Separação: A divisão de petróleo em várias correntes (ou frações) dependendo da


natureza do material em bruto.

2. Conversão: Produção de materiais vendáveis de petróleo, normalmente através da


modificação do esqueleto, ou mesmo por alteração da natureza química, dos componentes
de petróleo.

3. Finalização: Purificação de várias correntes de produto através de uma variedade de


processos que, essencialmente, podem remover as impurezas a partir do produto; para de
conveniência, os processos que realizam alteração molecular, tais como reformação,
também estão incluídos nesta categoria.

3.2.1. Destilação do petróleo

Uma forma de prever a qualidade do óleo bruto é a determinação da curva de ponto de


ebulição. Esta curva é obtida a partir da sua destilação, e constitui uma importante fonte de
informação para a produção, para refinação e também para a indústria petroquimica.
Dessa curva podem-se obter os rendimentos e as qualidades das frações que irão compor os
derivados do petróleo tais como gasolina e gasóleo, óleos combustíveis industriais e
domésticos, querosene (maritima e de aviação) e gas liquefeito de petróleo, dentre outros
produtos, de acordo com as faixas de temperaturas de ebulição dos mesmos (Melo, 2004;
Marangoni, 2005).
Para que o petróleo tenha o seu potencial energético efectivamente aproveitado, deve ser
desdobrado em cortes de faixas de ebulição características, denominadas fracções
apresentados na tabela 3 abaixo indicada. Esse desdobramento poderá ser alcançado
atravéz da destilação do óleo bruto. Na destilação dos hidrocarbonetos, quanto maior a
fórmula molecular, maior será o ponto de ebulição. Contudo, é possível identificar, a partir
da curva de destilação típica de cada petróleo, a percentagem de cada produto que se pode
extrair por faixa de corte. Quando se comparam diferentes petróleos para um mesmo perfil
de destilação, o que muda em si não é o intervalo de temperatura, mas sim o rendimento de
cada produto que é obtido dentro daquelas faixas pré-determinadas. (Santos, 2006).
Tabela 3: Fracções típicas do petróleo

Fracção Temperatura de Composição Usos


ebulição (oC) (aproximado)
Gas residual e GLP <40 C1– C2 Gas combustível
C3 – C4 Gas combustivel emgarrafado para uso
doméstico e industrial
Gasolina 20 – 220 C5 – C10 Combustivel de automoveis solventes
Querosene 150 – 300 C11 – C12 Iluminacao, combustivel de avioes a
jacto
Gasóleo Leve 235 – 305 C13 – C17 Diesel e fornos
Gasóleo Pesado 305 – 400 C18 – C25 Combustível, matéria-prima para
lubrificantes
Lubrificantes 400 – 510 C26 – C38 Óleos lubrificantes
Resíduos Acima de 510 C38+ Asfalto , impermiabilizantes alcaltrão
Fonte: Santos, 2006

O regulamento técnico estabelecido pelo Ministério de Energia e Recursos Minerais no


departamento dos combustíveis (Direcção Nacional de Combustíveis) trata das
especificações dos combutíveis automotivos que tenham como destino o consumidor final,
comercializadas pelos diversos agentes da cadeia de distribuição, em todo território
nacional. A determinação das características dos produtos far-se-á mediante o emprego de
Normas “American Society for Testing and Materials” (ASTM).

O presente trabalho focaliza-se na gasolina e gasóleo, por serem estaes os mais usados no
país e por ja se terem observado casos de contaminação..

3.3. Gasolina
A gasolina é um combustível derivado do petróleo, extensivamente utilizado na combustão
interna de motores. É um líquido volátil e altamente inflamável, constituído por uma
mistura complexa de hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos, olefínicos e aromáticos, que
variam de quatro a doze átomos de carbono. Além destes hidrocarbonetos, a gasolina
apresenta ainda pequenas quantidades de enxofre, oxigênio e traços de nitrogênio. A faixa
de temperatura de ebulição da gasolina varia de 30 a 210 ºC(Oliveira, et.al, 2004 ).

A gasolina é um dos combustíveis fósseis mais consumidos no mundo. Existe, portanto,


uma grande demanda da sociedade por uma gasolina de alta qualidade. As companhias
mantêm um controle de qualidade, que nos combustíveis são analisados e avaliados por
suas características e componentes. As propriedades físicas e químicas da gasolina são
normalmente usadas no seu controle de qualidade. Estas propriedades incluem testes de
densidade, a temperaturas equivalentes a 10, 50 e 90% do volume destilado, ao ponto final
de ebulição, e o resíduo de destilação. Apesar da grande diversidade de testes aplicados,
muitas amostras adulteradas ainda são consideradas próprias para consumo. A adulteração
de combustíveis não causa somente um impacto significativo na vida útil do veículo e na
qualidade do ar em local urbano e, conseqüentemente, na saúde dos indivíduos, mas
também conduz a enorme perda de imposto para o governo e a imagem do comerciante de
combustível (Flumignan et.al., 2007).

Os Factores motivadores da propagação da actividade de adulteração de gasolina podem


ser:

 O gasoleo é solúvel na gasolina, sendo assim difícil a detecção por simples


inspeção visual;
 Os solventes podem ser adquiridos facilmente no mercado, não possuindo nenhuma
restrição quanto à sua venda.
 O indice alto de impostos sobre a gasolina, levando a uma pequena margem de
lucro sobre a venda do produto..

3.3.1. Caracteristicas da gasolina

São varias as características que devem ser consideradas na produção de uma gasolina de
forma a garantir o funcionamento adequado dos motores, como por exemplo: octanagem
(resistência à detonação), volatilidade, estabilidade à oxidação, corrosividade e a
composição por tipo de hidrocarboneto. Para garantir o padrão de qualidade, diversas
propriedades precisam ser avaliadas, principalmente a forma como estas afetam o
desempenho dos combustíveis nos veículos. Uma das propriedades mais importantes é a
pressão de vapor, pois ela estabelece a volatilidade da gasolina. (Cruz,2014)

Volatilidade

É o potencial de uma substância escapar do estado líquido para o estado de vapor. Em


outras palavras, é a facilidade de uma substância passar da fase líquida para a fase gasosa.
Também pode ser dito que as substâncias mais voláteis de uma mistura são aquelas que no
estado puro têm a maior pressão de vapor (Silvestre, 2005).

A volatilidade da gasolina é determinada com base nas propriedades pressão de vapor e


curvas de destilação. A pressão do vapor avalia se os componentes presentes na gasolina
estão nas proporções correctas, uma vez que, se a evaporação é insuficiente, a partida e a
aceleração durante o aquecimento podem ser afectadas. Já a evaporação em excesso pode,
em dias quentes, formar vapores, tornando irregular ou interrompendo o fluxo de
combustível. A curva de destilação, além de avaliar a volatilidade, também é utilizada no
controle da produção da gasolina e na identificação de contaminação por produtos leves ou
pesados.

Na destilação fraccionada, ocorre aquecimento, separação e arrefecimento dos produtos da


mistura. Este processo é empregue quando a diferença entre os pontos de ebulição dos
líquidos da mistura é baixa, não permitindo a sua separação através da destilação simples
(Roitman, 2002).

A gasolina é um produto altamente volátil e pode produzir quantidades significativas de


vapor à temperatura ambiente. O vapor da gasolina é mais pesado que o ar e a altas
concentrações pode acumular-se em espaços fechados provocando efeitos adversos contra a
saude do Homem, animais, plantas e materiais.

3.3.2. Propriedades da gasolina

Em Moçambique, diversas propriedades físico-químicas são utilizadas para a


padronização e controle da qualidade de da gasolina a tabela 4 mostra todos os
parâmetros, os métodos e os limites de estabelecidos pela IMOPETRO. Tais
propriedades estão ligadas à composição do combustível e as características de seus
componentes. A adição de solventes altera a composição original do combustível, o
que se reflete sobre estas propriedades de diferentes maneiras, dependendo da
concentração e da natureza química do solvente. A curva de destilação e a pressão de
vapor estão directamente relacionadas à composição e às características químicas da
mistura.
Tabela 4: Propriedads Físico-Química da gasolina

Propriedades Unidade Especificação Métodos


Limites ASTM
Cor - Amarelo VISUAL
Aspecto - Límpido e isento de D 4176
impurezas
Densidade @20oC mg/ml 0.7100-0.7850 D 1298
Ensaio Doctor Negativo
Destilação D 86
o
10% C 65 max D 86
o
50% C 77-115 D 86
o
90% C 185 max D 86
o
FBP C 210 max D 86
Perdas/residuos %v/v 2.0 D 86
Recolhido a 70oC %v/v 20-40 D 86
Gomas existentes mg/100ml 4 max D 281
Corrosão do cobre - 1 max D 130
Enxofre, máx. Massa % 0.1000 max D 4294
Tolerancia da agua Vol% 0.2 min D 1598
Acidez MgKOH/g 0.03 max D 334
Pressao de vapor Kpa 40-70 D 5191

3.4. Gasóleo
O gasóleo é um composto formado principalmente por átomos de carbono, hidrogênio e em
baixas concentrações por enxofre, nitrogênio e oxigênio. O gasóleo é selecionado de
acordo com suas características de ignição e de escoamento, adequadas ao funcionamento
dos motores ciclo diesel. É um produto pouco inflamável, medianamente tóxico, pouco
volátil, límpido, isento de material em suspensão e com odor forte e característico (de
Meneses, 2006). O engenheiro alemão Rudolf Diesel, foi quem inventou um meio
mecânico para explorar a reacção química originada da mistura de óleo e do oxigénio
presente no ar.( Speight, 2006).

A queima do gasóleo liberta para a atmosfera uma grande quantidade de gases poluentes
responsáveis pelo efeito estufa.

O gasóleo é um combustivel de elevada complexidade com uma grande quantidade de


componentes diferentes, sendo maioritariamente constituído por hidrocarbonetos e, em
menor quantidade, por derivados de enxofre e azoto, sais e alguma quantidade de água
(Silva, 2010).

Pelo facto de uma mistura de gasóleo com o ar produzir uma forte explosão quando
comprimida, tal reacção passou a ser utilizada para gerar energia e movimentar máquinas e
motores de grande porte. Tais motores são empregados nas mais diversas aplicações, tais
como: automóveis de passeio, furgões, machimbombo, camiões, pequenas embarcações
marítimas, máquinas de grande porte, locomotivas, navios, etc. Em função dos tipos de
aplicações, o gasóleo apresenta características e cuidados diferenciados para conservar
sempre o mesmo ponto de fulgor e não fugir dos padrões de ignição pré-estabelecidos por
essa tecnologia. ( De Meneses, 2006). Apesar de em veículos motorizados a utilização de
gasóleo ser mais poluente para o meio ambiente, devido à sua composição química, esta
oferece mais segurança na prevenção de incêndios e/ou casos de perigo de fogo. Isto
porque este combustível apenas é inflamável pelo fogo, se estiver sob altíssimas
temperaturas ou altíssimas pressões ( Santana, 2012).

3.4.1. Caracteristicas do gasóleo

O gasóleo apresenta-se em forma de líquido amarelado viscoso, límpido, pouco volátil,


cheiro forte e marcante e com nível de toxidade mediano, não é corrosivo e não produzir
através da combustão gases tóxicos e corrosivos, é facilmente atomizável de forma a se ter
óptima mistura com o ar; escoa perfeitamente em baixas temperaturas, não contem água e
sedimentos, pois os quais provocam a interrupção do fluxo de combustível para os
cilindros; Proporciona segurança e facilidade de manuseio e armazenamento ( Speight,
2006). Apresenta uma óptima qualidade de ignição, de maneira que a combustão se inicie o
mais rápido possível, após a injeção; Proporciona queima limpa e completa, produzindo o
mínimo de resíduos, depósitos e cinzas.
3.4.2. Propriedades do Gasóleo

O gasóleo é considerado apropriado para o uso quando apresenta conformidade no seus


parâmetros físico-químico, deve estar dentro das especificações estabelecidas. Sendo
assim, se a amostra do mesmo apresentar resultados que estão fora dos parâmetros físico-
químicos avaliados, ela deve ser considerada a não conformidade.
Os propriedades físico-químicos do gasóleo foram determinados conforme as
especificações da IMOPETRO, são apresentadas as principais propriedades e as suas
implicações no funcionamento do motor onde se estabelece os limites e os métodos
descritos na tabela 5 a seguir.

Tabela 5 : Propriedades Físico-Químicas do gasóleo

Propriedades Unidade Especificação Métodos


Limites ASTM / IP
Cor - 2 max D 1500
Aspecto - Límpido e isento de D 4176
impurezas
Densidade @20oC mg/ml 0.8200 – 0.8700 D 1298
API Gravity Tab.E - Report IP 250
Destilação ºC
D 86
50% Recolhido 240 Min D 86
D86
90% Recolhido 362 Max

o
Ponto de inflamação C 62 max D 93
Corrosão na lâmina de Cu - 1 max D 130
Enxofre, máx. Massa % 0.1000 max D 4294
Teor de água Vol% 0.05 min D 1598
Teor de Acidez MgKOH/g 0.03 max D 334
o
Ponto de nevoa C 2 max D 2500
o
Ponto de congelamento C D 97
Teor de Cinzas % massa 0.01 max D 482
Resíduo carbonoso % massa 0.2 max D 524
Ácido mgKOH/g 0 D 974
forte
Ácido total mgKOH/g 0 D 974
Condutividade eléctrica pS/m 100 mim D2624
Viscosidade cinematica cSt 2.2min-5.3 max D 445
Índice de cetano Calculos 45 min D 613/IP41
Teor de sedimentos % massa 0.01 D473

3.5. A adulteração do combustível


Quase todos os solventes utilizados na adulteração da gasolina e do gasóleo têm a
particularidade de serem formados por constituintes normalmente presentes nesses
combustíveis, o que dificulta sua detecção quando adicionados. São compostos alifáticos
como: parafinas petroquímicas (parafina de pirólise), querosene, hexano, solvente de
borracha e compostos aromáticos como: parafinado de reforma, alquilbenzenos, benzenos,
toluenos, xilenos (Pereira, 2012)

A mistura dos produtos pesados por excesso de outro já presente naturalmente, provoca
alterações nas propriedades físico-químicas entre elas observadas pela curva de destilação,
e a pressão de vapor. Em geral a sua volatiliade estão diretamente relacionadas à
composição e às características químicas da mistura na gasolina e o ponto de inflamação,
massa específica no gasóleo. Tanto a querosene quanto o gasóleo tem temperaturas de
ebulição muito altas comparando com a gasolina, ou seja, são mais pesados. Então a adição
de um dos combustíveis acima citados na gasolina aumenta o consumo de combustível e
reduz o desempenho normal do motor e isso se deve a uma atomização ineficiente, além de
causar uma corrosão prematura do tanque do combustível e outros constituentes do motor
devido ao acumolo de sujidade. Como também acontece com o gasóleo que ao adicionar
produto leve como a gasolina baixa o seu ponto de inflamação, baixa as temperaturas de
ebulição prejudicando o motor. Para além da acção má sobre o veiculo, tem também outras
consequencia mais graves, que se relacionam ao aumento das emissões de gases de
combustão nocivos, como derivados de oxidos de nitrogénio e de enxofre , que provocam
chuvas ácidas e monoxido de carbono que é altamente nocivo , pela queima irregular da
gasolina no motor.

4. DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS


Para as análises realizadas neste trabalho foram seguidos os método do ASTM (American
Society for Testing and Materials, um órgão de normalização dos Estados Unidos Da
América. A ASTM desenvolve e publica normas técnicas para uma ampla gama de
materiais, produtos, sistemas e serviços) usaram-se para tal métodos na tabela 6 abaixo
apresentada.

Método Designação

Curva de destilação ASTM D 86;

Massa específica 20oC ASTM D 1298

Pressão de vapor (RVP), ASTM D 5191

Gomas ASTM D 381

Ponto de inflamação ASTM D 93

4.1. Massa específica a 20°C


A massa específica é a massa por unidade de volume de uma substância. A massa
específica é uma importante propriedade do combustível, pois, está directamente ligada ao
teor energético total contido em uma determinada massa ou volume do mesmo, e pode
indicar a presença de contaminação. Além disso, é utilizada em cálculos de quantidades
(armazenamento) na comercialização do produto, a densidade é a relação entre a massa
específica a 20o C e o volume (em g/cm3) vide a equação:

m
ρ= (Equação 1) Onde: ρ= Massa Específica ; m= Massa ; e v= volume
v

Os motores são projectados para operar com combustíveis em uma determinada massa
específica, tendo em vista que a bomba injectora dosea o volume injectado. Variações na
massa específica levam a uma significativa variação na massa de combustível injectada,
impossibilitando a obtenção de uma mistura de ar e combustível o que aumenta a emissão
de poluentes como hidrocarbonetos, monóxido de carbono e material particulado. Valores
baixos para a massa específica reduzem o desempenho dos motores pela formação de uma
mistura pobre, o que leva a uma perda de potência do motor e a um do consumo de
combustível.

4.2. Curva de Destilação


A destilação é o método de separação baseado no fenômeno de equilíbrio líquido-vapor de
misturas; ou seja, é a operação de transferência de massa baseada na diferença de
volatibilidade existente entre os componentes da mistura (Caldas, 2007).

Este método é um dos mais simples e antigos métodos que mensuram e reportam os pontos
de ebulição de frações de petróleo, principalmente em relação à destilação de combustíveis
e solventes. Esta análise é conduzida a pressão atmosférica com 100mL de uma amostra e
o resultado é o da curva de destilação, reportado com a temperatura de retirada de 5, 10, 20,
30,...,80, 90, 95 e 100% em volume vaporizado.

As normas desse metódo de destilação de combustíveis são adotadas seguindo os seguintes


conceitos :

PIE- Ponto inicial de ebulição: que é a temperatura observada apartir da primeira gota
condesada que cai do tubo do condensador.

PFE- Ponto final de ebulição: Que é a temperatura máxima atingida durante a destilação,
caracterizada pelo aparecimento de fumança branca dentro do balão.
Para se iniciar o ensaio de destilação pelo método (ASTM D86, 2012) é necessário que a
amostra seja localizada em um dos 5 grupos descritos na tabela (condições do teste).

Tabela 6: Condições dos procedimentos do ensaio da destilação

  Grupo 0 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4


Temperatura de banho°C 0a1 0a1 0a4 0a4 0 a 60
Temperatura da amostra °C 0a4 13 a 18 13 a 18 13 a 18 Temperatura
ambiente
Tempo de ponto de inicial de 2a5 5 a 10 5 a 10 5 a 10 5 a 15
ebulição (minutos)
Diâmetro da cavidade da resistência 32 38 38 50 50
(mm)
Fonte: Norma ASTM, 2006

Grupo 0 se trata do gas residual e GLP, grupo 1 se trata das naftas, grupo 2 se trata da
gasolina, grupo 3 se trata de querosene e por último o grupo 4 onde se trata do gasóleo. Os
arranjos da aparelhagem, a temperatura e as outras variáveis operacionais são definidos
pelo grupo no qual a amostra pertence.

As moléculas de um líquido que tendem a passar para a fase de vapor exercem certa
pressão, que aumenta com o aumento da temperatura até um ponto em que esta é suficiente
para superar a pressão atmosférica e o líquido entrar em ebulição. Portanto, o ponto de
ebulição do líquido é a temperatura na qual a pressão de vapor torna-se igual à pressão
atmosférica. Durante este processo não ocorre mudança na temperatura até que todo o
líquido se torne vapor (Takeshita, 2006).

A destilação nos fornece a informação sobre a volatilidade relativamente a todos os


hidrocarbonetos componentes da gasolina. Na gasolina as principais temperaturas avaliadas
em termos da destilação são o ponto inicial de ebulição que nos indica a volatilidade da
gasolina, a temperatura de evaporação dos 10% recuperados onde estão os constituentes
leves da gasolina; a temperatura de evaporação dos 50% recuperados onde indicam a
capacidade da gasolina de suprir uma mistura adequada de combustível durante o período
de aquecimento ou seja esta temperatura influência no aquecimento rápido, funcionamento
suave do motor, potência e aceleração; e a temperatura de evaporação dos 90%
recuperados, que indica os componentes mais pesados e mais energéticos; e o ponto final
de ebulição indica que a temperatura maxima obtida durante o teste.
4.3. Pressão de vapor (PVR)
Método ASTM D 5191

É a pressão exercida por um vapor quando este está em equilíbrio com o líquido que lhe
deu origem. A pressão de vapor pode ser medida por vários métodos, conhecida geralmente
como métodos Reid (ASTM D 323, D 4953, D 5191 e D 6378). Todos esses métodos
demandam tempo, equipamentos sofisticados, pessoal técnico especializado, e custos.
Esses fatores limitam o desenvolvimento tecnológico de combustíveis para atender às
exigências do mercado. Portanto, em vez de medir exaustivamente, seria desejável dispor
de ferramentas para predizer a pressão de vapor de gasolinas, com ou sem aditivos
oxigenados. Essas ferramentas podem ser desenvolvidas com base na termodinâmica
aplicada, apresentando-se como uma alternativa rápida e de baixo custo (Cruz, 2004).

A temperatura e a concentração dos hidrocarbonetos que vaporizam do ponto de ensaio


para baixo têm forte influência na pressão de vapor. Durante a armazenagem, o manuseio e
o transporte frações leves são perdidas. Mesmo nos ensaios laboratoriais é preciso
manuseio cuidadoso da amostra para evitar resultados com valores menores devido às
perdas (Pereira, 2012).

Segundo (Silvestre, 2005) exemplificando, considere-se um recipiente fechado onde se


coloca uma certa quantidade de uma mistura líquida, por exemplo, hidrocarbonetos, a
temperatura constante. As moléculas da superfície do líquido tenderão a evaporar, quando
isto ocorre, a pressão do recipiente irá aumentar, devido aos choques das moléculas de
vapor contra as paredes do recipiente. Essa pressão é diretamente proporcional ao número
de moléculas vaporizadas, mas esse valor não aumenta de forma indefinida, pois num
determinado momento, se alcançará a um ponto de equilíbrio dinâmico, em que o número
de moléculas que deixam o líquido será o mesmo que passam de vapor para o líquido.
Citado por (Mota, 2008). Nesse momento, a pressão exercida pelo vapor passará a ser a
pressão de vapor da mistura na temperatura fixada na figura 2 abaixo indicada pode ser
visto um recipiente fechado com as transformações de estado ocorrendo em seu interior.
Figura 2: Ilustração de Pressão de vapor

Ao aumentar a temperatura, um maior número de moléculas passará do estado líquido para


o vapor, e uma nova situação de equilíbrio será atingida. A pressão de vapor liquida do
recipiente será maior que no caso anterior, quando a temperatura era menor. Então, chega-
se a lei fundamental da pressão de vapor, que é: “A pressão máxima de vapor de um
líquido depende somente da natureza do líquido e da temperatura” (Silvestre, 2005).

4.4. Gomas
Gomas nao lavadas método ASTM D 381

A goma é um polímero de coloração escura que é formada a partir da oxidação ou


polimerização de olefinas e di-olefinas. A gasolina que fica armazenada por muito tempo
em um tanque de combustível do automóvel, está susceptível a formar goma que precipita
e, consequentemente, entope o carburador e/ou bico injectores, causando problemas nos
motores. As olefinas e diolefinas, que levam à formação de goma, em temperaturas abaixo
da ambiente se combinam lentamente com o oxigênio do ar, ou seja, oxidam. Estas
reacções se tornam rápidas com o aumento da temperatura da gasolina. Alguns desses
depósitos são solúveis em gasolina, mas permanecerá no tanque de estocagem como uma
resina adesiva quando a gasolina evaporar. A oxidação severa da gasolina pode também
produzir uma goma insolúvel.

Este ensaio é usado em gasolinas de aviação, turbinas de aeronave e motores à gasolina. O


objetivo principal deste método, quando aplicado à gasolina automotiva, é a medição de
produtos de oxidação formados na amostra antes ou durante as condições comportamentais
do procedimento do ensaio. A amostra é evaporada sob condições padronizadas de teste e o
resíduo formado é pesado após lavagem com heptano normal. Tal resíduo é caracterizado
como goma atual e é apresentado em mg/100 mL. Goma atual é um produto de oxidação
que já se encontra formado e solubilizado no combustível, cujo teor pode aumentar durante
a estocagem. A goma pode se depositar sobre superfícies do carburador, coletor de
admissão, válvula de admissão e outras regiões do sistema de alimentação de gasolina,
prejudicando o funcionamento do motor.

O principal objectivo deste ensaio é evaporar a gasolina através de jateadores de ar à


temperatura na faixa de 160-165ºC e, com isso, quantificar os depósitos formados através
de reações de oxidação. Inicialmente, pesam-se os béqueres e separa-se um deles para ser o
branco (controle). É importante verificar se a amostra a ser analisada está isenta de matéria
sólida em suspensão ou sedimentada. Em caso positivo, deve-se filtrar esta amostra através
de funil de vidro sinterizado de porosidade grossa.

Outros aditivos têm o objectivo de reduzir os efeitos maléficos de gomas e de sedimentos


que eventualmente se depositam no carburador, no injetor eletrônico, nas válvulas de
admissão, entre outras partes do motor. Alguns aditivos empregues funcionam como
agentes anticorrosivos, antioxidantes e corantes. Um aditivo muito usado para aumentar o
índice de octano na gasolina o tetraetilchumbo, denominado no comércio como chumbo-
tetraetila, altamente venenoso e causador de intoxicações não só pela inalação como pela
absorção pela pele (Cruz, 2004).

Os hidrocarbonetos insaturados presentes na gasolina podem reagir com o oxigênio


presente no ar e com a ajuda do calor estes compostos sofrem oxidação e polimerização
formando a goma. A goma formada apresenta-se como um material resinoso que, no
estágio inicial de sua formação, encontra-se dissolvida na gasolina, mas depois tende a
precipitar através de novas reações químicas. A oxidação que ocorre no tanque de veículo é
a mesma que ocorre em qualquer tanque de estocagem, com a formação de filtros de
blocos, depósitos e gomas em várias partes do sistema de admissão combustível. (Da
Costa, 2007)

São muitos os factores que contribuem para acelerar a formação da goma, como: aumento
de temperatura, tempo de armazenamento e presença de metais. Iões ou superfícies
metálicas podem iniciar a auto-oxidação via radical livre através da formação catalítica de
radicais hidroperóxidos. Desta forma a presença de metais dissolvidos no combustível pode
promover oxidação de compostos orgânicos que frequentemente levam à formação de
goma e sedimentos nas bombas de combustível, impedindo um bom desempenho da
máquina e exercendo um impacto significativo nos custos com a manutenção (Collins et
al., 2002; Lu et al., 2003).

Veículos em movimento agitam o conteúdo de combustível contido no tanque, que pode


conter traços de metais, e juntamente com o ar existente aumentam a probabilidade de
oxidação. A reação de oxidação no carburador e no injetor de combustível se inicia quando
este é vaporizado e reage com o ar atmosférico existente. Alguns hidrocarbonetos
parcialmente oxidados podem polimerizar para formar goma que se fixa à superfície e
posteriormente constrói depósitos. Estes podem ocorrer nos carburadores, injetores de
combustível, válvulas de admissão, câmaras de combustão e dependem, particularmente,
da temperatura em cada parte do sistema.

Tseregounis et al. (1997), Jones e Balster (1997) e Heneghan e Zabarnick (1994)


descreveram o processo de oxidação dos hidrocarbonetos. Segundo estes autores o
mecanismo é via radical livre e incluem as etapas de início, propagação e término,
conforme mostrado na Figura:

Início RH → R•

propagação R • +O 2 → ROO•

R• + RH → ROOH + R•

T é rmino 2 ROO • → Produtos neutros n ão radicais



Término 2 ROO → Produtos neutros não radicais

Quando há essa formação de deposito de carbono gera efeitos que:

 Afectam a dirigibilidade do veículo (motor engasgando, rateando e afogando);

 Reduzem o desempenho do motor (perda de potência, redução da aceleração,


consumo do combustível, detonação, aumento do requisito de octanagem);
 Aumentam as emissões de gases de exaustão (HC, CO, NO).

4.5. Ponto inflamação


Método ASTM D 93

As substâncias combustíveis usadas nos laboratórios de química possuem características


bastante específicas. Para compreender o seu comportamento perante uma fonte de
aquecimento ou em contacto com o oxigénio do ar, devem ser definidos previamente certos
indicadores de temperatura, característicos dos combustíveis líquidos. Um desses
indicadores é o ponto de inflamação.
O metodo ASTM D 93 permite a determinação do ponto de inflamação do gasóleo num
intervlo de temperatura de 40 a 370oC pelo aparelho manual ou automovel.
Este método é aplicado para a detecção de contaminação de materias não volateis e não
inflamaveis com materiais volaleis e inflamaveis.
Designa-se por ponto de inflamação a temperatura mínima à qual os vapores libertados se
inflamam na presença de uma chama, apagando-se de seguida, uma vez que existem
quantidades de vapores insuficientes para estimular a combustão. 
Nos alcanos que possuem até nove átomos de carbono, como ocorre, por exemplo, na
gasolina, o ponto de inflamação encontra-se entre -55 ºC e -25 ºC.
A gasolina é, portanto, altamente explosiva à temperatura ambiente. Uma só faísca é
suficiente para que se dê a explosão da mistura de gás que se forma sobre a gasolina. 
Pelo contrário, os alcanos com cadeias de quinze a vinte átomos de carbono possuem um
ponto de inflamação entre 55 ºC e 100 ºC. A essas temperaturas formam-se, neste caso,
vapores com uma concentração tão elevada que podem explodir com uma faísca.
5. PARTE EXPERIMENTAL
Neste capítulo estão descritos todos os procedimentos de colheita e da análise da gasolina e
do gasóleo utilizados e seu acondicionamento, a preparação e o armazenamento das
amostras, e como foi feita a mistura para a determinação da pressão de vapor, destilação,
densidade, gomas não lavadas e o ponto de inflamação do gasóleo , a tabela 7 a seguir
estão apresentados todos os materias e equipamentos utilizados para a realização deste
trabalho.

Tabela 7. Materias e equipamentos

Matérias Equipamentos
Placas de suporte do destilador Aparelo de gomas (Marca: STANHOPE-SETA,
Residue of Fuels By Jet Evaporation)
Pinças Aparelho ponto de inflamação (marca PETROTEST-
PM4, Nr. Série074080905)
Densímetros Aparelho de pressao de vapor (marca ERALYTICS
Nr.série: EV4102540)
Pipeta calibrada Aparelho de destilação (marca: marca STANHOPE-
SETA modelo:118770-2)
Marcador
Balões de Erlenmeyer(250ml) Balança analítica Max 250g (ae ADAM, PW254; e =
0.0001g);
Proveta de 250ml, e de 100ml Geladeira
Luvas anti-ácidos
Baromêtro
Balão de fundo redondo 125ml
Cromomêtro
Termomêtros calibrados

Amostragem
Para a recolha das amostras seguiu-se o metodo ASTM D4057. Foram tomados 12L de
amostra em três zonas nos tanques de armazenamento, do topo, do meio e do fundo.
Amostra de topo: É a amostra colhida a um metro abaixo da superfície livre de produto
armazenado.
Amostra do Meio: É a amostra colhida na metade da altura total do produto armazenado.
Amostra do Fundo: É a amostra colhida na parte inferior do produto armazenado, a 1
metro do fundo do tanque.

Amostras

As amostras de gasolina utilizadas em todos os estudos descritos neste trabalho foram


coletadas na PETROMOC e entregues a intertek, participante do Programa de
Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis. No momento da coleta, as amostras de
gasolina foram armazenadas em garrafas apropriadas, lacrados e mantidas sob-refrigeração
(8 a 18 °C) até o momento das análises físico-químicas, para evitar a perda de componentes
voláteis (ASTM D86-11b, 2012). As amostras do gasóleo foram coletas armazenas em
latas apropriadas, lacradas e mantidas sob temperatura ambiente.

5.1. Preparação das misturas binárias


No estudo foram feitas as misturas de gasóleo e gasolina ja testados anteriormente
separadamente, e em seguida foram feitas as misturas consoantes às proporções requeridas.

A preparação das amostras foi feita de tal forma a evitar qualquer perda e evaporação erros
na medição e nas dosagens. Na tabela 8 vêm descritas as percentagens das contaminações:

Tabela 8: Descrição das proporções em percentagens volumétricas das misturas da gasolina


com o gasóleo

Misturas % v/v gasolina v/v%gasóleo


1 100 0
2 99,9 0,1
3 99,75 0,25
4 99,5 0,5
5 99 1
6 98,5 1.5
7 97,5 2,5
8 95 5
9 90 10
10 85 15
11 80 20
12 75 25
13 70 30
14 60 40
15 50 50
16 40 60
17 30 70
18 25 75
19 20 80
20 15 85
21 10 90
22 5 95
23 2,5 97,5
24 1,5 98,5
25 1 99
26 0,5 99,5
27 0,25 99,75
28 0,1 99,9
29 0 100

5.2. Realização dos ensaios


5.2.1. Ensaio da Massa específica a 20oC

Procedimentos

Para realização desse ensaio usou-se proveta de 250 ml, densímetros para petróleo com
escalas (0,700 à 0,750 g/cm³ e 0,750 à 0,800g/cm³ para gasolina e 0.8100 à 0.8700 para
gasóleo).
Colocou-se uma quantidade de 240ml do produto contaminado em uma proveta, examinou-
se, de modo que o densímetro flutue livremente, sem tocar o fundo ou as paredes da
proveta com se mostra na figura 3. Introduziu-se o termômetro e agitou-se continuamente
a amostra, tendo o cuidado de manter a coluna de mercúrio totalmente imersa. Uma vez
estabilizada a temperatura, fez-se a leitura e anotou-se. Mergulhou-se o densímetro limpo e
desengordurado no produto. Ao soltá-lo, fez-se um movimento giratório para que o mesmo
entrasse rapidamente em equilíbrio e flutue livremente de maneira que não toque as
paredes da proveta. Fez-se a leitura do densímetro no plano da superfície do líquido. Fez-se
também a leitura do termômetro. Em seguida, consultou-se a Tabela de Conversão das
densidadesdos combustíveis. Esta tabela converte a massa específica para 20 ºC.
Figura 3: Ilustração de densímetros para a determinação da massa específica a 20oC.

ee

5.2.2. Ensaio da destilação pelo método ASTM D86

Curvas de destilação

Neste ensaio mediu-se 100 ml da mostra contaminada para o balão de fundo redondo,
montou-se no aparelho de destilação ( figura 4), consoante as condições dos produtos e foi
submetido a uma rampa de aquecimento sufíciente para manter a taxa de destilação entre 4
a 5 ml por minuto.

O vapor destilado é condensado e recolhido em uma proveta, o valor do volume de resíduo


recolhido e o valor da perda por evaporação também deve se anotado.

Na execução de procedimento experimental do ensaio as condições devem ser seguidas de


acordo com o grupo no qual a amostra pertece.

Calculos:

As temperaturas de ebulição lidas são corrigidas consonte a pressão, a pressão correcta é de


101,3 kpa(760mmHg) se a pressão da sala estiver acima ou abaixo da pressão normal deve
ser corrigida usando a tabela 6 do metodo do ASTM D86. O valor deve ser adicionado
quando a pressão barometrica esta baixa, e subitraida quando esta alta.
Figura 4: Ilustração de um destilador manual

5.2.3. Ensaio do Ponto inflamação

Encheu-se a cuba de ensaio de tal modo que a superfície livre da amostra fique na marca
do nível da cuba. A superfície da amostra deve ser isenta de bolhas e não deve haver
amostra acima da marca de enchimento. A temperatura da amostra deve estar a 18oC
abaixo do ponto de inflamação esperado. Colocou-se o termômetro no aparelho, acendeu-
se a chama do ensaio e ajustou-se o diametro de 3.2 a 4.8mm, ligou-se a corrente elêctrica
do aparelho ajustou-se a intensidade de acordo com as instruções de fábrico.

A chama de ensaio deve ser aplicada cada vez que a temperatura do termômetro se eleve
a 30C e deve cruzar em linha recta que passa pelo centro da cuba do ensaio, formando um
ângulo recto com o plano diametral que passa pelo termômetro. A chama de ensaio deve
estar no plano da borda da cuba do ensaio em torno de um segundo pela superfície da
amostra.

Para determinar o ponto de inflamação, prosseguiu-se o aquecimento da amostra de modo


que a elevação de temperatura seja de 5°C a 6°C por minuto. Continou-se a aplicação da
chama, os intervalos de leitura foram de 1 a 1°C, até que a chama se apagar pelos vapores
da amostra aquecida.
conforme mostra a figura 5 o termometro deve permanecer ate o termino do teste.

Figura 5: . Equipamento de aparelho de Ponto de Inflamação

Calculos:

Observa-se e resgista-se a pressão barométrica no tempo do teste. Quando a pressão se


defere de 101.3kp ou 760mmHg deve se corrigir com as seguintes expressões:

CFP=° C +0.033(760+ P) CFP=C+ 0.25(101.3−K )


CFP=° C +0.033(760+ P) Equação (2)

5.2.4. Ensaio das Gomas não lavadas

Colocou-se 50ml da amostra (normalmente usa-se gasolina; para efeitos deste estudo fez se
a contaminação com o gasóleo) a ser analisada em cada dois béqueres previamente
pesados. Colocou primeiro os béqueres contendo as amostras seguidas dos jateadores
cônicos ( figura 6), tomando o cuidado de centralizá-los dentro dos béqueres. Repete-se
esta operação para todos os béqueres, inclusive para aquele do ensaio em branco, ou seja,
sem amostra. Após trinta minutos de evaporação da amostra, retiram-se os jateadores de ar
e os béqueres na mesma sequência em que foram colocados no banho. Fez-se esta operação
com cuidado, pois a superfície estava aquecida. Depois de arrefecidos os béqueres por duas
horas num excicador, foram pesados. Dai anota-se os pesos e faz-se os cálculos.

Gomas existentes=2000(C 2−C 1+ B 2−B 1) Equação (3)

Formula para o cálculo das gomas:

Onde:

C1 = peso do copo vazio antes da evaporação da amostra;

C2 = Peso do copo depois da evaporação da amostra;

B1= Peso do copo para ensaio em branco antes da evaporação.

B2= Peso do copo para ensaio em branco depois da evaporação.

Figura 6: Ilustracão do Equipamento do aparelho de gomas

5.2.5. Ensaio da Pressão de vapor

Primeiramente, o equipamento foi ligado e deixado estabilizar por uma hora. Após
estabilizado, escolheu-se a temperatura que se desejava realizar a próxima análise.
O balão de yelermmen de 250 mL foi retirado da geleira que continha a amostra, e levado
até o equipamento. A tampa e o batoque foram retirados, e a mangueira de sucção do
equipamento foi rapidamente conectada à superfície do frasco. A partir daí, foi iniciada a
análise de pressão de vapor.
Para cada mistura de gasolina e do gasóleo preparada com determinada concentração
foram realizadas análises de pressão de vapor em uma temperatura de 0°C. O
equipamento foi programado para fazer duas medições à mesma amostra.
Durante o teste é evitada qualquer perda de vapores conforme mostra a figura 7 abaixo
indicada.

Figura 7: Equipamento analisador de pressão de vapor.


6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste capítulo apresentam-se os resultados e discussão dos testes realizados para a
contaminação entre a gasolina e o gasóleo seguindo os metodos descritos no capítulo
anterior. Ao longo das analises dos resultados procura-se encontrar um padrão do
comportamento para contaminação da gasolina com o gasoleo ou vice e versa tendo em
vista a verificação de não conformidade.

6.1. Resultados da Gasolina padrão


Resultados da gasolina padrão usada na experiência são apresentados na tabela 7 relativos
aos seus paramêtros físico-químicos:

Tabela 9: Paramêtros físico-químicos da gasolina padrão.


Paramêtros Unidades Resultados
Massa específica @ 20C g/cm3 0,7606
10% 53,5
Destilação 50% 99,5
90% 146,5
o
PFE C 196,5

Pressão de vapor Kpa 51,4


Gomas 1,5
Os dados revelam que a gasolina analisada é uma gasolina que não é leve pois a sua massa
específica é alta, comparando com as especificações da IMOPETRO, e a destilação
também dá indícios que ser uma gasolina pesada.

6.2. Resultados do Gasóleo padrão


Resultados do gasóleo padrão usado na experiência são apresentados na tabela 9 relativos
aos paramêtros físico-químicos dos testes analisados:

Tabela 10: Parâmetros físico-químicos do gasóleo padrão.


Paramêtros Unidades Resultados
o 3
Massa específica @ 20 C g/cm 0,8464
o
Destilação 50% C 280.5
o
90% C 346.5
o
Ponto de inflamação C 71
Os resultados do gasóleo usado no trabalho revelam que se trata de um gasóleo pesado,
pois a sua massa específica e a curva de destilação tem valores altos comparando os limites
estabelecidos pela IMOPETRO.
6.3. Resultados Experimentais da Determinação dos Parâmetros Físico-químicos da
contaminação entre a gasolina e o gasóleo.

6.3.1. Análises da massa específica 20 oC

Resultados obtidos da densidade da gasolina contaminada com o gasóleo, mostrados na


figura 8 abaixo exibido.

Figura 8: Massa específica à 20oC da contaminação entre a gasolina e o gasóleo

Mediante a figura 8, as análises da massa específica da contaminação entre a gasolina e o


gasóleo pode-se notar que o gráfico tende a subir consoante o aumento do teor do gasóleo
ate aos 25% onde o limite maxímo é de 0.7850g/cm 3 para o qual encontra-se dentro dos
paramêtro de qualidade exigidos pela IMOPETRO.
Nestas condições, ao adicionar pequenas quantidades do gasóleo na gasolina ou vice e
versa não se nota grandes alterações na massa específica, dificultando desta forma a
identificação de contaminação.

6.3.2. Análises da Curva de Destilação da Gasolina e do Gasóleo


Figura 9: Curva da destilação da gasolina e gasóleo

Analisando a figura 9 acima apresentada nota-se um aumento continuo nos pontos de


ebulição de ambos, pois tratar de compostos de misturas de hidrocarbonetos. A gasolina
tem as temperaturas de ebulição mais baixas que o gasóleo.

6.3.1. Análise da curva de destilação para as amostras simulando contaminação

Resultados obtidos na destilação de gasolina com o gasóleo nos pontos de ebulição que são
usados como os pontos cruciais para o paramêtro de controle de qualidade da gasolina.

Figura 10: Curva de destilação da gasolina com o gasóleo.

Analizando as curvas de destilação da mistura de gasolina e gasóleo pode-se notar que a


adição do gasóleo nas primeiras percentagens de 0.1-2.5% não se nota uma alteração
muito significativa sendo que ainda os valores ainda estão dentro dos limites
estabelecidos pela IMOPETRO, na adição apartir dos 5% há uma alteração bem
significativa podendo se notar um aumento de temperaturas nos pontos de ebulição
usados como paramêtros de qualidade especificados pela IMOPETRO afectando assim
todos os pontos das curvas. Este aumento deve-se ao facto de que a temperatura de
ebulição do gasóleo é mais alta que a temperatura de ebulição dos componentes leves da
gasolina.
Esse efeito provoca um prolongamento no tempo entre o aquecimento do motor e sua
partida, uma vez que os componentes leves da mistura influenciam na facilidade e
rapidez da partida a frio e a quente do motor.

6.3.4. Análises de Pressão de vapor

Efeito da concentração do teor do gasóleo na pressão de vapor da gasolina.

Figura 11: Pressão de vapor da gasolina em relação a adição do gasóleo.

A partir da pressão de vapor analizando pode perceber-se que esta é a propriedade muito
afectada com a adição do gasóleo devido o seu manueio requere muito cuidado ao
adicionar o gasóleo, pois é onde perdem-se mais os vapores leves, prejudicando assim os
resultados.
Segundo (Takeshita, 2006) ate aos 2.5% de adição do gasóleo na gasolina os resultados
da pressao de vapor estão dentro dos paramêtros de qualidade. No decorrer da realização
do ensaio de pressão de vapor, verificou-se ser imprescidível para a confiabilidade dos
resultados a manutenção da amostra em 0oC e exposição mínima ao ambiente externo
para evitar a perda de vapores.
O limite mínimo é de 45 kpa enquanto que o valor encontrado ate os 2.5% foi de 39.5kpa,
o que indica que esta fora da especificação.
Olhado para o comportamento da figura 11 nota-se um decrescimo da pressão a cada
adição do gasóleo isso deve se ao facto de o gasóleo não ser volatil dificultando então a
medição.
6.3.5. Análises de Gomas

Resultados obtidos na análise de gomas na gasolina contaminada com gasóleo.

Teor de gomas

Figura 12: Gomas da gasolina em relação a adição do gasóleo.

 Gomas
Apartir das análises das gomas não lavadas foi possível verificar um aumento
considerável a medida em que era adicionado a quantidade do gasóleo na gasolina,
apartir da adição ate aos 5% que foi de 7.5 superando o limite de gomas admitidas pela
IMOPETRO que é de 4. Aos 2.5% o valor das gomas da gasolina encontra-se dentro dos
parametros de qualidade estabelecidos nas especificações foi de 0.1 -2.5% o resultado
das gomas ainda estava dentro das especificações. Ao se adicionar mais quantidade do
gasóleo nota-se que uma elevação vultosa na figura 12 isto é, há um aumento com
grandes proporções dos resultados. E isso deve ao gasóleo não ser volátil dificultando
assim a evaporação completo do produto em analise porque os resíduos que sobram no
copo não são só gomas têm também uma parte do gasóleo que não evaporou.
5.3.6. Análise do Ponto de Inflamação

Figura 13: Ponto de inflamação em relação a adição do gasóleo com a gasolina.

Analisando os resultados do ponto de inflamação mostrados na figura 13 acima


apresentado pode-se notar um decréscimo bem acentuado, por se tratar da gasolina que
tem um ponto de inflamação muito baixo podendo chegar ate -40 (BP, 2006) então
compromete a qualidade do gasóleo fazendo com que baixe o seu ponto de inflamação,
pelas analises feitas neste trabalho o ponto de inflamação vai ate os 0.25% onde a
temperatura foi 68oC que está dentro dos paramêtros de qualidades aceites na
IMOPETRO superando a adição de 0.5% onde a temperatura foi de 56 oC sendo que o
máximo permitido é 60 oC.

6.4. Recuperação do combustível contaminado


Contaminação no camião

Recolhe-se a amostra contaminada em tres compartimentos, faz-se o teste da densidade


em cada compartimento dai faz-se a composta para que a amostra fique homogénia para
se ter densidade final do produto.

Depois faz-se massa específica, as condições da destilação são seguidas consoante as


propriedades na qual a amostra contaminada apresenta.

Feita a destilação saber-se-á o nivel de contaminação da amostra.

Sabidas as propriedades de cada produto presente na contaminação, levanta-se os dados


tais como:

o A quantidade do produto contaminado no camião;

o As propriedades inicias e cada produto antes da contaminação;


o A quantidade cada produto nos tanques de terra;

o O nível de contaminação em percentagem.

Para uma possível recuperação do produto efectuam-se os seguintes cálculos;

Se no camião tem capacidade de 8000L de combustível a cada carregamento entao


estima-se a quantidadeo produto contaminante.

Quantidade total 8000 a contaminação é de 25% gasolina no gasóleo.

Gasolina 25% 2000L

Camião quantidade
total 8000L

Gasóleo 75% 6000L

O tanque tem uma capacidade volumétrica de 4000000L e com uma quantidade de


2000000L de gasóleo do mesmo gasóleo contaminado.

Quantidade de gasolina
% Recuperação= ∗100 %
Quantidade do tanque+Quantidade d o gasóleo

2000
% Recuperação= ∗100 %
2000000+6000

% Recupera çã o=0.099 % Equação (4)

Tendo essa percentagem de contaminação pode se afirmar de que pode sim fazer-se o
despeijo ao tanque, pois não irá interferir na qualidade do produto que estará no tanque. O
nivel aceital de contaminação do gasóleo pela gasolina nesse presente trabalho é de
0.25% que supera a percentagem do recuperação calculado que é de 0.099.

A figura 14 abaixo demostra a simulação de uma possível recuperação de um


combustível contaminado, quando a contaminação é num camião.

Tanque de gasóleo
Tanque de gasolina
Camião de cisterna Produto
contaminado 8000L

Colelha da amostra
contaminada

Densidade

25 % Gasolina Destilação 75% Gasóleo

% Recuperação

Figura 14: Fluxograma de uma simulação de uma possível recuperação de gasóleo


contaminado.

7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÃO
Neste capítulo serão apresentadas as principais conclusões obtidas no trabalho e algumas
recomendações para dar continuidade a pesquisa.

7.1. Conclusões

O presente trabalho teve como objectivo avaliar as alterações das propriedades físico-
químicas numa simulação de contaminação entre a gasolina e o gasóleo, a partir disso, as
análises desenvolvidas vêm abordar o monitoramento de parâmetros, e permitiram as
seguintes conclusões:
 A contaminação entre o gasóleo e a gasolina afecta significantemente a sua
qualidade alterando as suas propriedades voláteis;
 O nível aceitável de contaminação entre a gasolina e o gasóleo sem afectar as suas
propriedades físico-químicas da gasolina é de 2.5% e do gasóleo é de 0.25%;
 O método mais sensível para identificação da contaminação da gasolina pelo
gasóleo foi o de destilação, pois foi com este método que foi possivel identificar a
presença dum produto pesado em pequenas quantidades pelo ponto final de
ebulição (PFE) e para idetificação de contaminação do gasóleo pela gasolina o
método mais sensível foi o ponto de inflamação, possibilitou detectar a
contaminação em pequenas proporções.
 Na simulação da recuperação do combustível contaminado foi possivel fazer-se o
despeijo ao tanque recuperando o combustível sem interferir na sua qualidade.

7.2. Recomendações

Para futuras experiências da avaliação das alterações das propriedades físico-químicas na


contaminação entre a gasolina e gasóleo recomenda-se:

 O uso de gasolina mais leve para que se obtenham resultados e analises mais
abrangente, e tambem para verficar-se o ponto de formação de azeótropo consoante
as suas percentagens destiladas.

Que se use produtos com propriedades físico-químicas diferentes dessas usadas no


presente trabalho para poder se ver a consistência dos resultados.
 No ensaio de pressão de vapor recomenda-se que se mudar o sistema de
admissão de amostra de sucção pelo cano para um sistema fechado, e manter em
um banho gelado para que não altere a sua temperatura durante o ensaio.

8. REDAÇÃO DO RELATÓRIO

A primeira fase do relatório abordou-se a parte teórica do trabalho onde foi feita uma
pesquisa bibliográfica de informações publicadas em artigos, teses de licenciaturas e
dissertações em formato electrónico, livros, e informações internas do laboratório
relaccionadas com o tema, e a descrição dos metódos usados para análise de contaminação
entre a gasolina e o gasóleo.

A segunda fase do relatório abordou-se a parte experimentar do trabalho onde foi feita a
selecção da amostras da gasolina e do gasóleo, a preparação das misturas que representam
a simulação da contaminação e a realização dos ensaios.
E por fim a Terceira fasedo relatório onde aborda a parte de Tratamento dos resultados
descrição os resultados obtidos e discussão dos mesmos, expermentalmente analizando e
comparando os parâmetros físico-químicos realizados durante o trabalho com os
estabelecidos pela IMOPETRO.

7.3. Bibliógrafia

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894, 1987.

 Valle M. L. M., Caracterização de Produtos Destinados ao Setor de Petróleos e de


Lubrificantes. Publit Soluções Editoriais, Rio de Janeiro RJ, 2007.

Normas Ténicas Internacionais

 Standard Test Method for Distillation of petroleum products at atmospheric


pressure, Annual Book of ASTM Standards. vol. 05.01, p. 18-44, (2012).
Designation: ASTM D 86-12.
 Standard Test Method for Gum Content in Fuels By Jet evaporation, Annual
Book of ASTM Standards. vol. 05.01, p. 193-198,(2012). Designation: ASTM D
381-12.
 Standard Test Method for Flash Point by pensky-martens closed cup tester
Annual Book of ASTM Standards. vol. 05.01, p. 63-78, (2013). Designation:
ASTM D 93-13.
 Standard Test Method for Density, Relative Density, or API gravity of crude
petroleum and liquid Petroleum Products by Hydrometer Method. Annual Book
of ASTM Standards. vol. 05.01, p. 544-548, (2012). Designation: ASTM D 1298-
12.
 Standard Test Method for Vapor Pressure of Petroleum Products (Mini Method)
Annual Book of ASTM Standards. vol.05.03, p. 200-204, (2012). Designation:
ASTM D 5191-12.
 Standard Practice for Manual Sampling of Petroleum and Petroleum Products,
Annual Book of ASTM Standards, vol. 05.02, p. 715-732, (2001). Designation:
ASTM D 4057-01.
Anexos
Tabela A. 11: Médias dos resultados das análises da massa específica à 20°C obtidas das
amostras da contaminação entre a gasolina e o gasóleo.

Amostra %v/v Gasóleo Média de Densidades Desvio padrão


1 0 0,7606 0.00
2 0,1 0,7616 0.000141
3 0,25 0,7623 0.000167
4 0,5 0,7645 0.000212
5 1,0 0,7659 0.000141
6 1,5 0,7666 0.000636
7 2,5 0,7678 0.000354
8 5,0 0,7694 0.000424
9 10,0 0,7714 0.000375
10 15,0 0,7777 0.000141
11 20,0 0,7821 0.000573
12 25,0 0,7833 0.000242
13 30,0 0,7889 0.000398
14 40,0 0,7928 0.000432
15 50,0 0,7991 0.000424
16 60,0 0,8023 0.000385
17 70,0 0,8148 0.000141
18 75,0 0,8206 0.000765
19 80,0 0,8316 0.000245
20 85,0 0,8364 0.000872
21 90,0 0,8387 0.000429
22 95,0 0,8409 0.000673
23 97,5 0,8416 0.000354
24 98,5 0,8421 0.000283
25 99,0 0,8429 0.000546
26 99,5 0,8443 0.000141
27 99,75 0,8447 0.000242
28 99,9 0,8451 0.000264
29 100,0 0,8464 0.000
Tabela A. 12: Média dos resultados das análises da destilação das obtidas das amostras
da contaminação entre a gasolina o gasóleo

Amostra %v/v 10% 50 % 90 % PFB


Gasóleo evaporado (°C) evaporado (°C) evaporado (°C) evaporado (°C)
1 0 53,5 99,5 159,5 196,5
2 0,1 53,5 100,5 159,5 196,5
3 0,25 53,5 101,5 159,5 197,5
4 0,5 54,5 101,5 160,5 199,5
5 1 54,5 101,5 160,5 199,5
6 1,5 54,5 101,5 161,5 199,5
7 2,5 55,5 102,5 161,5 201,5
8 5 58,5 108,5 167,5 224,5
9 10 63,5 114,5 197,5 246,5
10 15 65,5 121,5 225,5 283,5
11 20 67,5 127,5 260,5 290,5
12 25 68,5 134,5 279,5 309,5
13 30 69,5 160,5 281,5 315,5
14 40 70,5 173,5 296,5 329,5
15 50 72,5 194,5 304,5 336,5
16 60 73,5 225,5 316,5 348,5
17 70 76,5 247,5 325,5 357,5
18 75 117,5 265,5 346,5 363,5
19 80 129,5 267,5 347,5 368,5
20 85 130,5 269,5 346 368,5
21 90 164,5 274,5 336,5 370,5
22 95 192,5 276,5 347,5 371
23 97,5 213,5 276 348,5 372,5
24 98,5 213,5 277,5 348,5 372,5
25 99 214,5 277,5 351,5 374,5
26 99,5 211,5 278,5 353,5 374,5
27 99,75 215,5 280,5 353,5 375
28 99,9 216,5 281,5 354,5 376,5
29 100 216,5 283,5 356,5 377,5
Tabela A. 13: Médias dos resultados das análises de pressão de vapor das obtidas das
amostras da gasolina contaminada com o gasóleo

Amostras v/v% gasóleo Resultados Desvio padrão


1 0 51,4 0.282843
2 0,1 48,5 0.353553
3 0,25 46,9 0.212132
4 0,5 44,2 0.282843
5 1 42,7 0.919239
6 1,5 40,6 0.424264
7 2,5 39,5 0.141421
8 5 30,8 0.565685
9 10 27,1 0.453769
10 15 25,3 0.353553
11 20 20,6 0.141421
12 25 18,2 0.282843
13 30 15,6 0.545455
14 40 11,8 0.494975
15 50 9,8 0.324322
Especificação Imopetro 40-70 kpal
Tabela A.14: . Médias resultados das análises das gomas não lavadas das obtidas das
amostras da gasolina contaminada com o gasóleo

Amostras v/v% gasóleo Resultados Desvio padrão


1 0% 1,5 0
2 0,1% 2 0.707107
3 0,25% 2,5 0
4 0,5% 2,5 0
5 1% 3 0
6 1,5% 3 0.707107
7 2,5% 3,5 1.06066
8 5% 7,5 1.06066
9 10% 13,5 0
10 15% 33,5 0
11 20% 845,5 3.181981
12 25% 1393 0
13 30% 1465 0
14 40% 1536,5 1.06066
15 50% 1733,5 0.707107
Especificação Imopetro 4
Tabela A.15:Médias dos resultados obtidos das análise da temperatura do ponto de
imflamação do gasóleo contaminado com a gasolina

Amostra v/v%gasolina Ponto de inflamação Desvio padrão


1 0% 71 0.00
2 0.1% 69 0.00
3 0.25% 68 0.12
4 0.5% 57 0.43
5 1.0% 52 0.99
6 1.5% 46 0.54
7 2.5% 24 1.22
8 5.0% 13 0.67
9 10.0% 5 0.55
10 15.0% 0 0.87
11 20.0% -5 1.6
12 25.0% -9 0.00
13 30.0% -14 0.33
14 40.0% -18 0.28
15 50.0% -22 1.73
Especificação Imopetro 60 oC

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