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DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
CURSO DE LINCENCIATURA EM QUÍMICA INDUSTRIAL
Estágio laboral
Tema:
Simulação de Contaminação entre
Gasolina e o Gasóleo: Uma Avaliação das
Alterações das Propriedades Físico-
Químicas
Simulação de Contaminação entre Gasolina e o Gasóleo: Uma Avaliação das [2016]
Alterações das Propriedades Físico-Químicas
Maputo, 2016
FACULDADE DE CIÊNCIA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
Estágio laboral
Tema:
Simulação de Contaminação entre Gasolina
e o Gasóleo: Uma Avaliação das Alterações
das Propriedades Físico-Químicas
Autora: Tivane, Sheila António
Maputo, 2016
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente à Deus, pоr ser essêncial еm minha vida, autor dе
mеu destino, mеu guia. Ао meu pai António Tivane, minha mãе Teresa Ngovene, аоs
meus irmãos ao meu filho Kawan Langa, e ao meu noivo Válter Langa que nunca
deixaram de incentivar, por menor que fosse a contribuição.
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer, еm primeiro lugar, à Deus, pela força е coragem durante toda esta
longa caminhada.
Aos meus irmãos, por ter me dado força e apoio em todos os momento de alegria e
tristeza;
Ao meu irmão Elton Tivane (em memória) que sempre esteve comigo em todos os
momentos e sempre acreditou em mim;
Ao meu noivo pela paciência е que de forma especial е carinhosa mе dеu força е
coragem, mе apoiando nоs momentos dе dificuldades;
Declaro por minha honra, que os dados usados no presente trabalho, são reais e obtidos
das análises por mim efectuadas e consultas bibliográficas devidamente referenciadas ao
longo do trabalho.
Resumo
O presente trabalho é resultado dum estágio realizado no laboratório da empresa
Intertek, na área de controle de qualidade do combustível, este que visa em fazer uma
simulação de contaminação entre a gasolina o gasóleo avaliando as alterações das
propriedades físico-químicas segundo as especificações estabelecidas pela IMOPETRO
(Importadora Oficial de Petróleo de Moçambique).
A contaminação de combustiveis se faz notar na modificação da sua composição
original através da adição de produtos pesados contaminando a gasolina e os produtos
leves com alta volatilidade contaminando o gasóleo.
Realizaram-se análises nas amostras da gasolina e do gasóleo onde primeramente
traçou-se um perfil de qualidade segundo os seus paramêtros físico-químicos
separadamente e em seguida as suas misturas.
ÍNDICE
DEDICATÓRIA...........................................................................................................................i
AGRADECIMENTOS.................................................................................................................ii
DECLARAÇÃO DE HONRA.............................................................................................................iii
Resumo........................................................................................................................................iv
ÍNDICE.......................................................................................................................................iv
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................1
1.2. Problema......................................................................................................................2
2. METODOLOGIA DO TRABALHO...................................................................................6
3. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................7
2.3. Gasolina.........................................................................................................................13
2.4. Gasóleo............................................................................................................................16
3.4. Gomas.............................................................................................................................24
5. PARTE EXPERIMENTAL...................................................................................................28
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................................37
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÃO............................................................................45
6.3. Bibliógrafia.....................................................................................................................47
Anexos.......................................................................................................................................51
BP British Petroleum
GPL Os gases de Petróleo Liquefeitos
IP Institute of Petroleum
Figura 14: Fluxograma de uma simulação de uma possível recuperação de gasóleo contaminado.
...................................................................................................................................................45
Tabela A. 9: Médias dos resultados das análises da massa específica à 20°C obtidas das
amostras da contaminação entre a gasolina e o gasóleo..................................................52
Tabela A. 10: Média dos resultados das análises da destilação das obtidas das amostras
da contaminação entre a gasolina o gasóleo....................................................................53
Tabela A. 11: Médias dos resultados das análises de pressão de vapor das obtidas das
amostras da gasolina contaminada com o gasóleo..........................................................54
Tabela A.12: . Médias resultados das análises das gomas não lavadas das obtidas das
amostras da gasolina contaminada com o gasóleo..........................................................55
Estes postos estão distribuídos por todo país, mas se concentram, principalmente, nas
regiões de maior densidade populacional, por haver uma maior concentração de veículos e,
consequentemente, um maior mercado consumidor.
Do petróleo bruto, obtêm-se gasolina, gasóleo Jet-A1 e outros combustíveis, mas também é
matéria-prima para plásticos, fibras sintéticas, alcatrão e borrachas sintéticas. Dentre eles o
os mais usados a gasolina e o gasóleo.
Os combustíveis importados em Moçambique são: Os gases de petróleo liquefeitos (GPL),
a gasolina para viação, o petróleo de iluminação, gasóleo, Jet-A1, e oléo lubrificantes.
1.2. Problema
Já há algum tempo, a contaminação de combustível têm preocupado as distribuidoras e os
revendedores, motivada pelos riscos sócio-ambientais isto é causando a poluição ambiental
, e de segurança relacionados com às suas aplicações quando danifica motores de
automóveis. O impacto econômico da contaminação é notavel, e é de facto, um transtorno,
para além dos custos de remediação que são elevados.
Deste modo, no presente trabalho foi feito realizada uma analise das propriedades físico-
quimicas da gasolina contaminada com o gasóleo e vice-versa usando os limites dados
pela especificação da IMOPETRO para o controle de qualidade dos mesmos, buscou-se
por padrões de comportamento para cada um dos dois tipos de combustível, com o
objectivo de auxiliar o trabalho diário dos técnicos no controle de qualidade e na
idetificação de não conformidade.
2. METODOLOGIA DO TRABALHO
Para o sucesso deste trabalho recorreu-se a seguinte metodologia:
3. REVISÃO DA LITERATURA
Quando se fala em petróleo podem-se considerar dois tipos de produtos: o óleo (fase
líquida) que produz a gasolina, o diesel e os produtos petroquímicos, e o gás natural (fase
gasosa). Esses produtos são considerados energias secundárias ou formas secundárias,
obtidas das fontes primárias nos centros de transformação (Ferolla & Metri, 2006).
Elementos Percentagens
Carbono 84%
Hidrogénio 14%
Enxofre 1 a 3%
Nitrogénio <1%
Metais <1%
Sais <1%
Fonte: (Thomas, 2001)
Além de o petróleo ser uma mistura extremamente complexa, não existem dois petróleos
idênticos. Sendo assim, as suas diferenças vão influênciar de forma decisiva os
rendimentos e a qualidade das fracções que serão obtidas de cada petróleo. O objectivo
principal dos processos de refinação é a obtenção da maior quantidade possível de
derivados de alto valor comercial, ao menor custo operacional possível, com máxima
qualidade, minimizando-se ao máximo a geração dos produtos de pequenos valores de
mercado. (Valle, 2007)
O petroleo cru é tratado nas refinarias, onde é separado em diversos e variados produtos de
corrente, tais como gás liquifeito, gasolina, gasóleo, querosene,asfalto, etc.
A figura abaixo ilustra-se a tragetória do petróleo bruto desde o poço até a obtenção do
produto final:
Uma refinaria tem de ser reconhecida como uma rede integrada de processos complexos
unitários para a finalidade de produzir uma variedade de produtos do petróleo (Speight,
1999; Speight e Ozum, 2002). Cada refinaria tem a sua própria gama de alimentação de
petróleo preferido a partir do qual uma distribuição desejada de produtos é obtida. Não
obstante, os processos de refinaria podem ser divididos em três tipos principais:
O presente trabalho focaliza-se na gasolina e gasóleo, por serem estaes os mais usados no
país e por ja se terem observado casos de contaminação..
3.3. Gasolina
A gasolina é um combustível derivado do petróleo, extensivamente utilizado na combustão
interna de motores. É um líquido volátil e altamente inflamável, constituído por uma
mistura complexa de hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos, olefínicos e aromáticos, que
variam de quatro a doze átomos de carbono. Além destes hidrocarbonetos, a gasolina
apresenta ainda pequenas quantidades de enxofre, oxigênio e traços de nitrogênio. A faixa
de temperatura de ebulição da gasolina varia de 30 a 210 ºC(Oliveira, et.al, 2004 ).
São varias as características que devem ser consideradas na produção de uma gasolina de
forma a garantir o funcionamento adequado dos motores, como por exemplo: octanagem
(resistência à detonação), volatilidade, estabilidade à oxidação, corrosividade e a
composição por tipo de hidrocarboneto. Para garantir o padrão de qualidade, diversas
propriedades precisam ser avaliadas, principalmente a forma como estas afetam o
desempenho dos combustíveis nos veículos. Uma das propriedades mais importantes é a
pressão de vapor, pois ela estabelece a volatilidade da gasolina. (Cruz,2014)
Volatilidade
3.4. Gasóleo
O gasóleo é um composto formado principalmente por átomos de carbono, hidrogênio e em
baixas concentrações por enxofre, nitrogênio e oxigênio. O gasóleo é selecionado de
acordo com suas características de ignição e de escoamento, adequadas ao funcionamento
dos motores ciclo diesel. É um produto pouco inflamável, medianamente tóxico, pouco
volátil, límpido, isento de material em suspensão e com odor forte e característico (de
Meneses, 2006). O engenheiro alemão Rudolf Diesel, foi quem inventou um meio
mecânico para explorar a reacção química originada da mistura de óleo e do oxigénio
presente no ar.( Speight, 2006).
A queima do gasóleo liberta para a atmosfera uma grande quantidade de gases poluentes
responsáveis pelo efeito estufa.
Pelo facto de uma mistura de gasóleo com o ar produzir uma forte explosão quando
comprimida, tal reacção passou a ser utilizada para gerar energia e movimentar máquinas e
motores de grande porte. Tais motores são empregados nas mais diversas aplicações, tais
como: automóveis de passeio, furgões, machimbombo, camiões, pequenas embarcações
marítimas, máquinas de grande porte, locomotivas, navios, etc. Em função dos tipos de
aplicações, o gasóleo apresenta características e cuidados diferenciados para conservar
sempre o mesmo ponto de fulgor e não fugir dos padrões de ignição pré-estabelecidos por
essa tecnologia. ( De Meneses, 2006). Apesar de em veículos motorizados a utilização de
gasóleo ser mais poluente para o meio ambiente, devido à sua composição química, esta
oferece mais segurança na prevenção de incêndios e/ou casos de perigo de fogo. Isto
porque este combustível apenas é inflamável pelo fogo, se estiver sob altíssimas
temperaturas ou altíssimas pressões ( Santana, 2012).
o
Ponto de inflamação C 62 max D 93
Corrosão na lâmina de Cu - 1 max D 130
Enxofre, máx. Massa % 0.1000 max D 4294
Teor de água Vol% 0.05 min D 1598
Teor de Acidez MgKOH/g 0.03 max D 334
o
Ponto de nevoa C 2 max D 2500
o
Ponto de congelamento C D 97
Teor de Cinzas % massa 0.01 max D 482
Resíduo carbonoso % massa 0.2 max D 524
Ácido mgKOH/g 0 D 974
forte
Ácido total mgKOH/g 0 D 974
Condutividade eléctrica pS/m 100 mim D2624
Viscosidade cinematica cSt 2.2min-5.3 max D 445
Índice de cetano Calculos 45 min D 613/IP41
Teor de sedimentos % massa 0.01 D473
A mistura dos produtos pesados por excesso de outro já presente naturalmente, provoca
alterações nas propriedades físico-químicas entre elas observadas pela curva de destilação,
e a pressão de vapor. Em geral a sua volatiliade estão diretamente relacionadas à
composição e às características químicas da mistura na gasolina e o ponto de inflamação,
massa específica no gasóleo. Tanto a querosene quanto o gasóleo tem temperaturas de
ebulição muito altas comparando com a gasolina, ou seja, são mais pesados. Então a adição
de um dos combustíveis acima citados na gasolina aumenta o consumo de combustível e
reduz o desempenho normal do motor e isso se deve a uma atomização ineficiente, além de
causar uma corrosão prematura do tanque do combustível e outros constituentes do motor
devido ao acumolo de sujidade. Como também acontece com o gasóleo que ao adicionar
produto leve como a gasolina baixa o seu ponto de inflamação, baixa as temperaturas de
ebulição prejudicando o motor. Para além da acção má sobre o veiculo, tem também outras
consequencia mais graves, que se relacionam ao aumento das emissões de gases de
combustão nocivos, como derivados de oxidos de nitrogénio e de enxofre , que provocam
chuvas ácidas e monoxido de carbono que é altamente nocivo , pela queima irregular da
gasolina no motor.
Método Designação
m
ρ= (Equação 1) Onde: ρ= Massa Específica ; m= Massa ; e v= volume
v
Os motores são projectados para operar com combustíveis em uma determinada massa
específica, tendo em vista que a bomba injectora dosea o volume injectado. Variações na
massa específica levam a uma significativa variação na massa de combustível injectada,
impossibilitando a obtenção de uma mistura de ar e combustível o que aumenta a emissão
de poluentes como hidrocarbonetos, monóxido de carbono e material particulado. Valores
baixos para a massa específica reduzem o desempenho dos motores pela formação de uma
mistura pobre, o que leva a uma perda de potência do motor e a um do consumo de
combustível.
Este método é um dos mais simples e antigos métodos que mensuram e reportam os pontos
de ebulição de frações de petróleo, principalmente em relação à destilação de combustíveis
e solventes. Esta análise é conduzida a pressão atmosférica com 100mL de uma amostra e
o resultado é o da curva de destilação, reportado com a temperatura de retirada de 5, 10, 20,
30,...,80, 90, 95 e 100% em volume vaporizado.
PIE- Ponto inicial de ebulição: que é a temperatura observada apartir da primeira gota
condesada que cai do tubo do condensador.
PFE- Ponto final de ebulição: Que é a temperatura máxima atingida durante a destilação,
caracterizada pelo aparecimento de fumança branca dentro do balão.
Para se iniciar o ensaio de destilação pelo método (ASTM D86, 2012) é necessário que a
amostra seja localizada em um dos 5 grupos descritos na tabela (condições do teste).
Grupo 0 se trata do gas residual e GLP, grupo 1 se trata das naftas, grupo 2 se trata da
gasolina, grupo 3 se trata de querosene e por último o grupo 4 onde se trata do gasóleo. Os
arranjos da aparelhagem, a temperatura e as outras variáveis operacionais são definidos
pelo grupo no qual a amostra pertence.
As moléculas de um líquido que tendem a passar para a fase de vapor exercem certa
pressão, que aumenta com o aumento da temperatura até um ponto em que esta é suficiente
para superar a pressão atmosférica e o líquido entrar em ebulição. Portanto, o ponto de
ebulição do líquido é a temperatura na qual a pressão de vapor torna-se igual à pressão
atmosférica. Durante este processo não ocorre mudança na temperatura até que todo o
líquido se torne vapor (Takeshita, 2006).
É a pressão exercida por um vapor quando este está em equilíbrio com o líquido que lhe
deu origem. A pressão de vapor pode ser medida por vários métodos, conhecida geralmente
como métodos Reid (ASTM D 323, D 4953, D 5191 e D 6378). Todos esses métodos
demandam tempo, equipamentos sofisticados, pessoal técnico especializado, e custos.
Esses fatores limitam o desenvolvimento tecnológico de combustíveis para atender às
exigências do mercado. Portanto, em vez de medir exaustivamente, seria desejável dispor
de ferramentas para predizer a pressão de vapor de gasolinas, com ou sem aditivos
oxigenados. Essas ferramentas podem ser desenvolvidas com base na termodinâmica
aplicada, apresentando-se como uma alternativa rápida e de baixo custo (Cruz, 2004).
4.4. Gomas
Gomas nao lavadas método ASTM D 381
São muitos os factores que contribuem para acelerar a formação da goma, como: aumento
de temperatura, tempo de armazenamento e presença de metais. Iões ou superfícies
metálicas podem iniciar a auto-oxidação via radical livre através da formação catalítica de
radicais hidroperóxidos. Desta forma a presença de metais dissolvidos no combustível pode
promover oxidação de compostos orgânicos que frequentemente levam à formação de
goma e sedimentos nas bombas de combustível, impedindo um bom desempenho da
máquina e exercendo um impacto significativo nos custos com a manutenção (Collins et
al., 2002; Lu et al., 2003).
Início RH → R•
propagação R • +O 2 → ROO•
R• + RH → ROOH + R•
Matérias Equipamentos
Placas de suporte do destilador Aparelo de gomas (Marca: STANHOPE-SETA,
Residue of Fuels By Jet Evaporation)
Pinças Aparelho ponto de inflamação (marca PETROTEST-
PM4, Nr. Série074080905)
Densímetros Aparelho de pressao de vapor (marca ERALYTICS
Nr.série: EV4102540)
Pipeta calibrada Aparelho de destilação (marca: marca STANHOPE-
SETA modelo:118770-2)
Marcador
Balões de Erlenmeyer(250ml) Balança analítica Max 250g (ae ADAM, PW254; e =
0.0001g);
Proveta de 250ml, e de 100ml Geladeira
Luvas anti-ácidos
Baromêtro
Balão de fundo redondo 125ml
Cromomêtro
Termomêtros calibrados
Amostragem
Para a recolha das amostras seguiu-se o metodo ASTM D4057. Foram tomados 12L de
amostra em três zonas nos tanques de armazenamento, do topo, do meio e do fundo.
Amostra de topo: É a amostra colhida a um metro abaixo da superfície livre de produto
armazenado.
Amostra do Meio: É a amostra colhida na metade da altura total do produto armazenado.
Amostra do Fundo: É a amostra colhida na parte inferior do produto armazenado, a 1
metro do fundo do tanque.
Amostras
A preparação das amostras foi feita de tal forma a evitar qualquer perda e evaporação erros
na medição e nas dosagens. Na tabela 8 vêm descritas as percentagens das contaminações:
Procedimentos
Para realização desse ensaio usou-se proveta de 250 ml, densímetros para petróleo com
escalas (0,700 à 0,750 g/cm³ e 0,750 à 0,800g/cm³ para gasolina e 0.8100 à 0.8700 para
gasóleo).
Colocou-se uma quantidade de 240ml do produto contaminado em uma proveta, examinou-
se, de modo que o densímetro flutue livremente, sem tocar o fundo ou as paredes da
proveta com se mostra na figura 3. Introduziu-se o termômetro e agitou-se continuamente
a amostra, tendo o cuidado de manter a coluna de mercúrio totalmente imersa. Uma vez
estabilizada a temperatura, fez-se a leitura e anotou-se. Mergulhou-se o densímetro limpo e
desengordurado no produto. Ao soltá-lo, fez-se um movimento giratório para que o mesmo
entrasse rapidamente em equilíbrio e flutue livremente de maneira que não toque as
paredes da proveta. Fez-se a leitura do densímetro no plano da superfície do líquido. Fez-se
também a leitura do termômetro. Em seguida, consultou-se a Tabela de Conversão das
densidadesdos combustíveis. Esta tabela converte a massa específica para 20 ºC.
Figura 3: Ilustração de densímetros para a determinação da massa específica a 20oC.
ee
Curvas de destilação
Neste ensaio mediu-se 100 ml da mostra contaminada para o balão de fundo redondo,
montou-se no aparelho de destilação ( figura 4), consoante as condições dos produtos e foi
submetido a uma rampa de aquecimento sufíciente para manter a taxa de destilação entre 4
a 5 ml por minuto.
Calculos:
Encheu-se a cuba de ensaio de tal modo que a superfície livre da amostra fique na marca
do nível da cuba. A superfície da amostra deve ser isenta de bolhas e não deve haver
amostra acima da marca de enchimento. A temperatura da amostra deve estar a 18oC
abaixo do ponto de inflamação esperado. Colocou-se o termômetro no aparelho, acendeu-
se a chama do ensaio e ajustou-se o diametro de 3.2 a 4.8mm, ligou-se a corrente elêctrica
do aparelho ajustou-se a intensidade de acordo com as instruções de fábrico.
A chama de ensaio deve ser aplicada cada vez que a temperatura do termômetro se eleve
a 30C e deve cruzar em linha recta que passa pelo centro da cuba do ensaio, formando um
ângulo recto com o plano diametral que passa pelo termômetro. A chama de ensaio deve
estar no plano da borda da cuba do ensaio em torno de um segundo pela superfície da
amostra.
Calculos:
Colocou-se 50ml da amostra (normalmente usa-se gasolina; para efeitos deste estudo fez se
a contaminação com o gasóleo) a ser analisada em cada dois béqueres previamente
pesados. Colocou primeiro os béqueres contendo as amostras seguidas dos jateadores
cônicos ( figura 6), tomando o cuidado de centralizá-los dentro dos béqueres. Repete-se
esta operação para todos os béqueres, inclusive para aquele do ensaio em branco, ou seja,
sem amostra. Após trinta minutos de evaporação da amostra, retiram-se os jateadores de ar
e os béqueres na mesma sequência em que foram colocados no banho. Fez-se esta operação
com cuidado, pois a superfície estava aquecida. Depois de arrefecidos os béqueres por duas
horas num excicador, foram pesados. Dai anota-se os pesos e faz-se os cálculos.
Onde:
Primeiramente, o equipamento foi ligado e deixado estabilizar por uma hora. Após
estabilizado, escolheu-se a temperatura que se desejava realizar a próxima análise.
O balão de yelermmen de 250 mL foi retirado da geleira que continha a amostra, e levado
até o equipamento. A tampa e o batoque foram retirados, e a mangueira de sucção do
equipamento foi rapidamente conectada à superfície do frasco. A partir daí, foi iniciada a
análise de pressão de vapor.
Para cada mistura de gasolina e do gasóleo preparada com determinada concentração
foram realizadas análises de pressão de vapor em uma temperatura de 0°C. O
equipamento foi programado para fazer duas medições à mesma amostra.
Durante o teste é evitada qualquer perda de vapores conforme mostra a figura 7 abaixo
indicada.
Resultados obtidos na destilação de gasolina com o gasóleo nos pontos de ebulição que são
usados como os pontos cruciais para o paramêtro de controle de qualidade da gasolina.
A partir da pressão de vapor analizando pode perceber-se que esta é a propriedade muito
afectada com a adição do gasóleo devido o seu manueio requere muito cuidado ao
adicionar o gasóleo, pois é onde perdem-se mais os vapores leves, prejudicando assim os
resultados.
Segundo (Takeshita, 2006) ate aos 2.5% de adição do gasóleo na gasolina os resultados
da pressao de vapor estão dentro dos paramêtros de qualidade. No decorrer da realização
do ensaio de pressão de vapor, verificou-se ser imprescidível para a confiabilidade dos
resultados a manutenção da amostra em 0oC e exposição mínima ao ambiente externo
para evitar a perda de vapores.
O limite mínimo é de 45 kpa enquanto que o valor encontrado ate os 2.5% foi de 39.5kpa,
o que indica que esta fora da especificação.
Olhado para o comportamento da figura 11 nota-se um decrescimo da pressão a cada
adição do gasóleo isso deve se ao facto de o gasóleo não ser volatil dificultando então a
medição.
6.3.5. Análises de Gomas
Teor de gomas
Gomas
Apartir das análises das gomas não lavadas foi possível verificar um aumento
considerável a medida em que era adicionado a quantidade do gasóleo na gasolina,
apartir da adição ate aos 5% que foi de 7.5 superando o limite de gomas admitidas pela
IMOPETRO que é de 4. Aos 2.5% o valor das gomas da gasolina encontra-se dentro dos
parametros de qualidade estabelecidos nas especificações foi de 0.1 -2.5% o resultado
das gomas ainda estava dentro das especificações. Ao se adicionar mais quantidade do
gasóleo nota-se que uma elevação vultosa na figura 12 isto é, há um aumento com
grandes proporções dos resultados. E isso deve ao gasóleo não ser volátil dificultando
assim a evaporação completo do produto em analise porque os resíduos que sobram no
copo não são só gomas têm também uma parte do gasóleo que não evaporou.
5.3.6. Análise do Ponto de Inflamação
Camião quantidade
total 8000L
Quantidade de gasolina
% Recuperação= ∗100 %
Quantidade do tanque+Quantidade d o gasóleo
2000
% Recuperação= ∗100 %
2000000+6000
Tendo essa percentagem de contaminação pode se afirmar de que pode sim fazer-se o
despeijo ao tanque, pois não irá interferir na qualidade do produto que estará no tanque. O
nivel aceital de contaminação do gasóleo pela gasolina nesse presente trabalho é de
0.25% que supera a percentagem do recuperação calculado que é de 0.099.
Tanque de gasóleo
Tanque de gasolina
Camião de cisterna Produto
contaminado 8000L
Colelha da amostra
contaminada
Densidade
% Recuperação
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÃO
Neste capítulo serão apresentadas as principais conclusões obtidas no trabalho e algumas
recomendações para dar continuidade a pesquisa.
7.1. Conclusões
O presente trabalho teve como objectivo avaliar as alterações das propriedades físico-
químicas numa simulação de contaminação entre a gasolina e o gasóleo, a partir disso, as
análises desenvolvidas vêm abordar o monitoramento de parâmetros, e permitiram as
seguintes conclusões:
A contaminação entre o gasóleo e a gasolina afecta significantemente a sua
qualidade alterando as suas propriedades voláteis;
O nível aceitável de contaminação entre a gasolina e o gasóleo sem afectar as suas
propriedades físico-químicas da gasolina é de 2.5% e do gasóleo é de 0.25%;
O método mais sensível para identificação da contaminação da gasolina pelo
gasóleo foi o de destilação, pois foi com este método que foi possivel identificar a
presença dum produto pesado em pequenas quantidades pelo ponto final de
ebulição (PFE) e para idetificação de contaminação do gasóleo pela gasolina o
método mais sensível foi o ponto de inflamação, possibilitou detectar a
contaminação em pequenas proporções.
Na simulação da recuperação do combustível contaminado foi possivel fazer-se o
despeijo ao tanque recuperando o combustível sem interferir na sua qualidade.
7.2. Recomendações
O uso de gasolina mais leve para que se obtenham resultados e analises mais
abrangente, e tambem para verficar-se o ponto de formação de azeótropo consoante
as suas percentagens destiladas.
8. REDAÇÃO DO RELATÓRIO
A primeira fase do relatório abordou-se a parte teórica do trabalho onde foi feita uma
pesquisa bibliográfica de informações publicadas em artigos, teses de licenciaturas e
dissertações em formato electrónico, livros, e informações internas do laboratório
relaccionadas com o tema, e a descrição dos metódos usados para análise de contaminação
entre a gasolina e o gasóleo.
A segunda fase do relatório abordou-se a parte experimentar do trabalho onde foi feita a
selecção da amostras da gasolina e do gasóleo, a preparação das misturas que representam
a simulação da contaminação e a realização dos ensaios.
E por fim a Terceira fasedo relatório onde aborda a parte de Tratamento dos resultados
descrição os resultados obtidos e discussão dos mesmos, expermentalmente analizando e
comparando os parâmetros físico-químicos realizados durante o trabalho com os
estabelecidos pela IMOPETRO.
7.3. Bibliógrafia
Ferolla, S.X.; Metri, P. (2006). Nem Todo O Petróleo é Nosso. Ed. Paz E Terra, 267
P. São Paulo.
Oliveira F., Teixeira L., Araújo M.C., Korn. M. (2004). Screening Analysis to
Detect Adulterations in Brasilian Ga soline Samples Using Distillation
Curves.Fuel, 83, 917-923.