Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Seleção de Materiais
Componentes:
Preocupação atual/convencional:
Otimização na forma geométrica
na precisão
na estrutura dos materiais requeridos
Recentemente/novo:
Seleção muito importante.
Processos em constante reavaliação
Desenvolvimento de novos materiais
Materiais não sendo mais usados
Preços mudando.
Preocupação c/ meio-ambiente
Reciclagem
Saúde e segurança do trabalho
Impõem restrições
Mudanças (tecnológicas)
Pressão do Mercado
Então:
Processo impróprio + material bem escolhido (pode) produto defeituoso.
Melhoria no processo reavaliação do material.
Mudança de material mudança do processo.
Projeto e fabricação otimizada custo razoável.
implica seleção cuidadosa de materiais.
A figura abaixo ilustra a interação destes critérios e o texto a seguir discute os tipos de
aços existentes em cada critério mencionado.
A maior quantidade de aço consumida pertence àcategoria dos aços carbono. Isto se deve ao
baixo custo, em relação aos aços ligados e àampla gama de propriedades que pode ser obtida
mediante variação do teor de carbono e do estado de fornecimento (encruado, temperado,
etc.).
Pode-se estabelecer a seguinte subdivisão dos aços carbono para fins de aplicação.
a) Baixo carbono (abaixo de 0,3%)
São aplicados em situações que exigem dutilidade elevada, por exemplo, chapas para
estampagem, tubos, fios para arames lisos e farpados, ou telas. Neste caso o estado de
fornecimento pode ser laminado a quente, recozido ou normalizado.
Podem ser aplicados em situações que envolvem exigências quanto àsoldabilidade, pois o
baixo carbono énecessário para evitar formação de martensita que ocorre no resfriamento
subseqüênte àsoldagem.
Os aços de baixo carbono,quando combinados com elementos de liga e cementados, são
aplicados quando se necessita combinar resistência ao desgaste (dureza superficial) com
tenacidade (no núcleo), tais como eixos, engrenagens, pinos, ferramentas de impacto.Ex.:
8620, 4320.
b) Aços de médio carbono (entre 0,3 e 0,5%C)
Aços de médio carbono são aplicados em produtos forjados pois possuem dutilidade a quente
(para forjamento) associado àmédia resistência a frio no estado forjado (ferrítico-perlítico).
Quando combinados com elementos de liga, são utilizados em situações que exijam alta
resistência (obtida mediante têmpera e revenido) mantendo ainda alguma dutilidade. A
temperabilidade éobtida medi-ante emprego de elementos de liga. Ex: eixos e engrenagens de
caminhão. Aço 4340, 8640.
c) Aços de alto teor de C(acima de 0,5%C)
São utilizados em casos que se exige elevados limites de escoamento, tais como molas e
vergalhões de concreto.O alto limite de escoamento éobtido mediante encruamento ou , se no
presença de elementos de liga, mediante têmpera e revenido.
Quando combinados com elementos de liga, também são utilizados para fins de obtenção
de dureza elevada, através de carbonetos primários (VC, Mo2C, WC) como no caso de
aços ferramentas.
4.2) Aços ligados
O uso de elementos de liga geralmente éfeito com as seguintes finalidades:
Aumentar a profundidade de têmpera (temperabilidade)
Aumentar a resistência ao revenido (isto é, evitar o amolecimento entre 300 e 550oC).
Introduzir propriedades especiais tais como:
resistência àcorrosão&emdash;aços inoxidáveis
DISCIPLINA MATERIAS MECÂNICOS II 6
Capacidade de endurecer sob impacto (aços Hadfield: 1C; 12,7Mn; 0,5Si) utilizados para
moinhos e martelos para britagem de rochas.Estes aços são austeníticos e se transformam em
martensíticos sob impacto com as rochas durante o serviço.
4.3) Aços de alta resistência e baixa liga (ARBL)
São aços cujas normas AISI-SAE não os classifica como aços ligados (tais como
4340/8620/4320), apesar de conterem elementos de liga adicionados para fins de obtenção de
resistência mecânica e àcorrosão atmosférica superiors aos aços de baixo carbono.
Os aços ARBL(alta resistência e baixa liga) apresentam resistência entre 300 e 700 MPa,
tendo sido desenvolvidos para elevar a relação entre resistência e peso, visando aplicação em
estruturas móveis. A soma de elementos de liga geralmente não ultrapassa a 2%, e o teor de
carbono situa-se abaixo de 0,3%.
- aços-liga de baixo teor de liga, ou seja, aqueles em que os elementos residuais estão presentes
acima dos teores normais, ou onde ocorre a presença de novos elementos de liga, cujo teor total
não ultrapassa um valor determinado ( normalmente 3,0 a 3,5% ). Nestes aços, a quantidade total
de elementos de liga não é suficiente para alterar profundamente as estruturas dos aços
resultantes, assim como a natureza dos tratamentos térmicos a que devam ser submetidos;
- aços-liga de alto teor de liga, em que o teor total dos elementos de liga é, no mínimo, de 10 a
12%. Nessas condições, não é só a estrutura dos aços correspondentes pode ser profundamente
alterada, como igualmente os tratamentos térmicos comerciais sofrem modificações, exigindo
ainda técnica e cuidados especiais e, freqüentemente, operações múltiplas;
- aços-liga de médio teor de liga, que poderiam ser considerados como constituindo um grupo
intermediário entre os dois anteriores.
Classificação de acordo com a estrutura – Tomada a estrutura como base para classificação,
os seguintes subgrupos podem ser considerados:
- perlíticos, sem elementos de liga ou com elementos de liga em teores relativamente baixos (até
o máximo de 5%); suas propriedades mecânicas, em função do teor de carbono e de elementos
DISCIPLINA MATERIAS MECÂNICOS II 9
de liga, podem ser consideravelmente melhoradas por tratamento térmico de têmpera e revenido;
também em função do teor de carbono, sua usinabilidade pode ser considerada boa;
- martensíticos, quando o teor de elemento de liga supera 5%; apresentam dureza muito elevada
e baixa usinabilidade;
- austeníticos, caracterizados por reterem a estrutura austenítica à temperatura ambiente, devido
aos elevados teores de certos elementos de liga (Ni, Mn, ou Co); os inoxidáveis, não magnéticos
e resistentes ao calor, por exemplo, pertencem a esse grupo;
- ferríticos, igualmente caracterizados por elevados teores de certos elementos de liga (Cr, W ou
Si), mas com baixo teor de carbono. Não reagem à têmpera; no estado recozido, caracterizam-se
por apresentar estrutura predominantemente ferrítica, com eventualmente pequenas quantidades
de cementita;
- carbíticos, caracterizados por apresentarem quantidades consideráveis de carbono e elementos
formadores de carbonetos (Cr, W, Mn, Nb e Zr). Sua estrutura compõe-se de carbonetos
dispersos na matriz que pode ser do tipo sorbítico, martensítico ou austenítico, dependendo da
composição química. São aços usados especialmente em ferramentas de corte e em matrizes.
elevados, sendo os mais importantes e famosos os “aços rápidos” , com elevado teor de
tungstênio, mais cromo e vanádio e, eventualmente, molibdênio, cobalto e outros elementos de
liga. Apresentam alta capacidade de corte. Outros, alta capacidade de suportarem deformações;
- aços resistentes ao desgaste, entre os quais o mais importante é o que apresenta manganês em
quantidade muito acima do normal (entre 10 e 14%), além de alto carbono (entre 1,0 e 1,4%);
- aços resistentes à corrosão, (também chamados “inoxidáveis” ), com elevados teores de cromo
ou cromo-níquel,
- aços resistentes ao calor, (também chamados “refratários” ), caracterizados por apresentarem
elevados teores de cromo e níquel e por possuírem elevada resistência à oxidação pelo calor e
por manterem as propriedades mecânicas a temperaturas acima da ambiente, às vezes,
relativamente elevadas;
- aços para fins elétricos, empregados na fabricação de motores, transformadores e outros tipos
de máquinas e aparelhos elétricos, caracterizados por apresentarem silício em teores acima dos
normais (até 4,75%), ou altos teores de cobalto (até 50%) ou altos teores de níquel;
- aços para fins magnéticos, com alto teor de carbono, cromo médio, eventualmente tungstênio
relativamente elevado, eventualmente molibdênio e (os melhores tipos) elevada quantidade de
cobalto (até cerca de 40%); esses aços, quando temperados, apresentam o característico de
imantação permanente representado pelo produto (BH) max. Bastante elevado;
- aços ultra-resistentes, desenvolvidos principalmente pela necessidade das aplicações da
indústria aeronáutica, mas sua utilização está se estendendo a outros setores da engenharia;
nesses aços procura-se uma elevada relação resistência/peso; alguns podem apresentar limites de
escoamento superiores a 150 kgf/mm2 (1470 Mpa); as excepcionais propriedades mecânicas são
conseguidas mediante o emprego de tratamentos térmicos em composições contendo diversos
elementos de liga em teores geralmente baixos. Um tipo especial de aço ultra resistente é o aço
“maraging”, em que os elementos de liga presentes estão em teores mais elevados (como níquel
até 18% ou mais), além de possuírem cobalto, molibdênio, titânio e baixo carbono. São obtidos
por um tratamento de endurecimento por precipitação que permite atingir valores de resistência à
tração da ordem de 280 kgf/mm2 (2745 Mpa), além de excelente ductibilidade;
- aços criogênicos, caracterizados por sua resistência ao efeito de baixas temperaturas;
- aços sinterizados, produtos da metalurgia do pó, incluindo ferro praticamente isento de
carbono, aços comuns e alguns aços especiais, de aplicação crescente na indústria moderna.
Os aços são materiais versáteis, pois alterando-se o teor de carbono consegue-se alterar
substancialmente as propriedades mecânicas do mesmo.
0,08% C – aço de alta ductilidade, podendo ser utilizado na fabricação de latas de cerveja.
0,8% C – aço com alta dureza/resistência ao desgaste que é tipicamente empregado na fabricação
de trilhos.
2 tipos fundamentais:
- Os aços ao carbono
- Os aços ligados
A maioria dos aços contém entre 0,1% e 1,5% de carbono. As principais impurezas são o
enxofre, manganês e o silício. Outros elementos N, O, Sn, e Al.
DISCIPLINA MATERIAS MECÂNICOS II 11
Sistemas de classificação
4 algarismos: Os dois primeiros referem-se aos elementos de liga e os dois últimos ao teor de
carbono.
Aços de maior qualidade são classificados pela letra C (carbono) e o teor de C x 100:
C 35 – Teor médio de carbono 0,35%;
Aços finos com baixo P e S são designados pelas letras Ck e o teor de C x 100:
Ck 15 – Baixo P e s com C médio de 0,15%;
2 – Aços Liga
Representados conforme exemplo:
Multiplicadores
Elementos de Liga Multiplicador
Cr, Co, Mn, Ni, Si, W 4
Al, Cu, Mo, Ti e V 10
P, S, N, C 100
Letras complementare:
M – Aço Simens Martin;
T – aço Thomas;
W – aço Bessemer;
Y – Aço LD;
E – Aço forno elétrico;
B – Usinagem (Bearbeiten)
E – Cementado (Einsatzharten);
G – Recozido (Gluehen);
V – Beneficiado (vergüten);
N – Normalizado (Normalgluehen);
K – Deformado à frio.
Aços Inoxidáveis
Ferrítico / martensítico / austenítico
Elementos de liga
Cr: formação de película impermeável (óxido de cromo) protege o aço contra a
ação de agentes agressivos.
Mo: 2 a 4%.
resistência ao calor e a corrosão.
DISCIPLINA MATERIAS MECÂNICOS II 13
S: melhorar usinabilidade.
Se: também.
Corrosão
Aço Inox
Mín. 11% Cr - quantidade necessária para evitar a formação de óxidos em a
atmosfera não poluída poucos Cr > 30% e Fe < 50%.
Característica inoxidável: Formação de um filme superficial de
óxidos rico em Cr aderente e invisível.
Outros elementos: Ni, Mo, Cu, Ti, Al, Si, Nb, N, S, Se.
Aplicação %
Equipamento industrial
Eng. Química e energia 34
Ind. Alimentos e bebida* 18
Transporte 9
Arquitetura 5
DISCIPLINA MATERIAS MECÂNICOS II 14
Bens de consumo
Aplicações domésticas,
utensílios domésticos 28
Aplicações elétricas e eletrônicas 6
Dificuldade de determinação
Métodos:
Vida da ferramenta
Velocidade de corte
Não é medida absoluta, pois dureza muito baixa pode significar aderência de metal na
ferramenta em forma de cavaco (finita).
2- 0,2 a 0,3% C
Melhor usinabilidade
Estrutura perlítica: secções > 75 mm
(simples laminação)
Estrutura normalizada: secções < 75 mm
3- 0,3 a 0,4% C
Estrutura perlítica grosseira
c/ mínimo de ferrita por recozimento
4- 0,4 a 0,6% C
Estrutura perlítica lamelar
Cementita coalescida
5- C > 0,6%
Cementita coalescida, grosseira p/ fina.
Dois exemplos:
0,07% C, 0,94% Mn, 0,.2% S, 0,09% P
O aços p/ trabalho a frio, de têmpera em óleo (p/ casos s/ aquecimento por atrito)
M – aços rápidos ao Mo
3,5 – 9% Mo
4% Cr
1,5 – 6,5% W
1 – 5% V
C
W = 1,25 – 3,5%
C = 1 – 1,25%
C + W + Fe : carboneto complexo
C = 0,25 – 0,5%
resistência ao desgaste > série W
Aços Rápidos
Aços ferramenta
Alta liga: W, Mo, Cr, Va, Co.
Capacidade de usinar metais com velocidades de corte maiores que as possíveis com aços
ferramenta ao carbono ou baixa/média liga.
Sem alteração mesmo quando a temperatura do gume atinge 550 – 600oC provocado
pelo atrito ao trabalho de usinagem.
Uso por tempos longos ( sem alteração do ângulo de corte).
Três propriedades:
1) Alta resistência ao revenimento.
2) Elevada dureza a quente
3) Alta resistência a abrasão.
DISCIPLINA MATERIAS MECÂNICOS II 18
Al-Alumínio - ponto de fusão 650º . É um poderoso desoxidante dos aços. Combina com o
nitrogênio, reduzindo sua suscetibilidade do aço ao envelhecimento pela deformação. Em
pequenas adições, impede o crescimento dos grãos dos aços. Endurece a ferrita.
B-Boro - ponto de fusão 2040ºC. Aumenta a profundidade da camada temperada e a dureza
do núcleo nos aços temperados. Nos aços inoxidáveis austeníticos, aumenta o limite elástico,
diminuindo a resistência à corrosão.
C-Carbono - ponto de fusão 3737ºC. É o principal elemento de liga no aço. Por definição,
"Aço é a liga ferro-carbono, contendo geralmente entre 0,008 até 2,0% do peso em carbono". O
carbono encontra-se combinado com o ferro, formando a cementita, cuja fórmula é Fe3C.
Enquanto que o ferro puro é bem maleável, a cementita é bem dura. Portanto, pode-se dizer que
a principal propriedade conferida ao aço pelo carbono é a dureza. Aumenta, também, o limite de
resistência à tração e a temperabilidade, mas diminui a tenacidade e soldabilidade.
DISCIPLINA MATERIAS MECÂNICOS II 19
H-Hidrogênio - ponto de fusão 262ºC. Elemento indesejável, porque fragiliza o aço, diminui
a elasticidade sem aumentar o limite de escoamento ou o limite de resistência à tração. Pode
causar o defeito chamado "flocos".
N-Nitrogênio - ponto de fusão 210ºC. Prejudicial ao aço de baixa liga porque diminui a
tenacidade, além de causar corrosão intergranular. Em aços inoxidáveis austeníticos, o nitrogênio
estabiliza a estrutura, aumenta a dureza e o limite do escoamento.
Ni-Níquel - ponto de fusão 1453ºC. Confere ao aço maior penetração de têmpera, pois
diminui consideravelmente a velocidade crítica de resfriamento. O níquel, quando ligado ao
cromo, aumenta a tenacidade do aço beneficiado. Em grandes teores, junto ao cromo, torna o aço
resistente à corrosão e ao calor. Influi diretamente para que o grão se torne mais fino. Não é
elemento formador de carbonetos.
P-Fosforo - ponto de fusão 44ºC. É uma impureza indesejável, nocivo à qualidade do aço
porque acentua a tendência à segregação. Porém, é encontrado em todos os aços, como
conseqüência de contaminação da matéria-prima. Aços de qualidade tem sempre especificações
quanto as porcentagens máximas admitidas de fósforo, que é em torno de 0,05%.
DISCIPLINA MATERIAS MECÂNICOS II 20
S-Enxofre - ponto de fusão 118ºC. Existe em todos os aços como impureza, sendo permitidos
teores de até 0,05%. Os aços resulfurados admitem altos teores de enxofre e manganês que,
combinados na forma de sulfeto de manganês (um composto plástico), facilita a usinagem.
Se-Selênio - ponto de fusão 217ºC. É usado da mesma forma que o enxofre para melhorar a
usinabilidade dos aços, tendo a vantagem de apresentar resultados mais eficazes, além de
diminuir menos a resistência à corrosão em aços inoxidáveis.