Você está na página 1de 3

O PENSAMENTO DE

MONTESQUIEU E SUA
INFLUÊNCIA
INTELECTUAL NO
ILUMINISMO.

Universidade Federal do Pará


Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Faculdade de História
Docente: Geraldo Coelho
Discente: Gil Fernando Gonçalves da Silva N° de matricula: 10375000901
Ser filósofo no Iluminismo era esforçar-se para interpretar todos os setores da vida e
do pensamento humano. Era ir contra a religião, que para eles era retrograda e a representação
da barbárie. O homem ao desenvolver-se, a sua razão prevaleceria sobre a imaginação, sobre a
paixão.

No campo da história, esse pensamento restringia a investigação histórica para


somente às épocas em que eles não viam a influencia dessa barbárie. Voltaire declarou que
não se podia fazer história antes do séc. XV. Eles somente começaram a se preocupar com
história quando o espírito cientifico começou a ‘nascer’.

Montesquieu, por outro lado, analisou as diferenças entre as nações, mas não do ponto
de vista da razão humana, mas sim através de fatores naturais como o clima e a vegetação. Ele
vê o surgimento das instituições não como obra da razão humana e sim como influencia direta
desses fatores sobre o homem. Montesquieu utilizou-se da intensa curiosidade das narrativas e
informações que chegavam à Europa para subsidiar Cartas Persas (1721). Ele sustentou seu
livro com informações estáticas como que se a natureza humana fosse igual em todas as partes
e que a diferenciação era feita pelo clima, modo de subsistência e outros fatores puramente
mecânicos ou pessoas que queriam manter seus privilégios através da manutenção da
ignorância da massa.

Através de O Espírito das Leis (1748), Montesquieu começa a dar subsídios aos
filósofos para discernir métodos para as investigações históricas. Ele começa a investigar
minúcias dos costumes e práticas de diferentes épocas e climas. Fazendo uma análise da causa
do nascimento das instituições, Montesquieu não diferencia os sistemas legais, mas sim
pontua as características gerias de cada sistema e distingue bem a natureza do principio de
governo: “Há esta diferença entre natureza e o princípio de governo: aquela é o que constitui,
este o que faz atuar. Uma é a sua estrutura particular, o outro as paixões humanas que o põem
em movimento” (Montesquieu, 1748). A democracia, a aristocracia e a monarquia, tinham
como base a virtuosidade, a moderação e a honra, e todas corriam o risco de degeneração em
despotismo com o fator principal o medo. Porém, nem estes fatores, para Montesquieu,
estariam longe das influencias do meio físico. Ele pensava que as diferentes índoles do ser
humano estavam ligadas aos variados climas: que um clima mais ameno favorecia a uma
política virtuosa e moderada e que um clima mais quente favorecia certa ‘sonolência’ do
povo. O fator territorial também foi visto com influente no sistema político e na índole
humana. Segundo Montesquieu, as vastas extensões de terra estimulavam o despotismo,
enquanto que as divisões moderadas ajudavam a manter a aplicação das leis.

A grande influencia de Montesquieu se dá quando ele pontua que o legislador tem que
ter em mente que deve-se em equilíbrio todos estes fatores. Não pode deixar de ver as
circunstancias físicas e menos ainda se essas circunstâncias forem maléficas para o principio
de governo. Mas em certas situações o legislador somente poderia adaptar a sua linha política
para preservar a harmonia natural já existente.

Sua influência também é vista no seu tratamento com a história. Como eram vistas as
minúcias, já citadas, com a opinião política do historiador filosófico é que caracteriza a
preocupação deste coma história. Montesquieu incentivava a moderação e dizia que os
homens poderiam melhorar os detalhes de suas vidas de várias maneiras. E que se queriam
manter a sua liberdade deveriam prezar pelo equilíbrio com a natureza, a cultura e o que regia
as instituições.

Você também pode gostar