Melhoramentos humanos, no plural: pela qualificação de um importante debate filosófico

“Em suma, o que dizer de um indivíduo que nasceu cego, surdo ou sem empatia?
Considerando que ver, ouvir e ter empatia são características típicas da espécie humana, se
ele nasceu sem elas, poderíamos dizer que ele não possui ‘a natureza humana’? Ou seja, ele
não seria humano? Ou, em vez disso, ele seria humano e inumano ao mesmo tempo, já que
possuiria algumas características humanas, e careceria de outras?” (335/336)
“a tecnicização da vida humana é um processo em curso, o que aponta para a relativa
indistinção entre natureza e técnica, assim como demonstra que a intensa e extensa
manipulação dos humanos não nos conduziu à desgraça anunciada.” (336) TALVEZ

DISSERTAÇÃO: BIOCONSERVADORISMO E TRANSHUMANISMO: A Q UESTÃO DO

MELHORAMENTO HUMANO ATRAVÉS DAS BIOTECNOLOGIAS
DEFINIÇÃO DE UM BIOCONSERVADOR DE NATEUREZA HUMANA
Fukuyama utiliza uma base emotivista adicionada a uma espécie de imperativo hipotético
para definir a moralidade. Para o autor, no momento que desejamos um fim X, valorizamos
X, e assim ele gera um valor moral. O filósofo comenta que a falácia naturalista é falaciosa e
sustenta que os valores morais derivam sim da natureza humana, baseando-se em suas
características da espécie. Assim Fukuyama define natureza humana nos seguintes termos:
“é a soma do comportamento e dar características que são típicos da espécie humana,
originando-se de fatos genéticos em vez de ambientais” (p. 139).

DISSERTAÇÃO: AS IMPLICAÇÕES ÉTICAS DO TRANS-HUMANISMO: UMA ANÁLISE A PARTIR

DO MELHORAMENTO HUMANO
REFUTAR ISSO: POIS O MELHORAMENTO EM SI TBM É UM PROBLEMA PROS
BIOCONSERVADORES “ Assim, é possível identificar que os melhoramentos cognitivos em si
não carregam um problema, pois tal peso recai sobre os fins esperados de sua aplicação.
Ora, isto é o que parece ocorrer com a maioria das ferramentas que dispomos: um martelo
pode ser utilizado para pregar madeiras e construir uma casa para desabrigados, como
também pode ser empregado para destruir obras de arte do museu do Louvre.

Cognition enhancing drugs used to treat individuals with neuropsychiatric disorders could also
improve mental faculties such as memory and concentration in healthy individuals, enabling them to
work more efficiently or for longer.Drugs could also facilitate cognitive maintenance, which could be
particularly beneficial to the ageing workforce. Revealing the optimal timing of treatment onset, as well
as the risk factors that could facilitate cognitive decline, will be invaluable. Cognitive training delivered
by computer may be able to improve learning. Cognitive training will be most useful if it can provide
transferable improvements, rather than just better performance on specific tasks. Brain stimulation,
particularly non-invasive techniques, might facilitate improved learning and training outcomes, but
further research will be needed to reveal how it should be used. Collective cognition could also
facilitate enhanced performance at work. The rise in ubiquitous communications technologies over the
past decade has changed how we work and is likely to improve efficient and inexpensive coordination
and knowledge-sharing. This brings new opportunities to harness technology to boost the power of a
collective network to solve complex problems. Individuals will in turn use the outputs of collective
efforts to enhance their individual performance.