BÁSICA
CATERPILLAR
(MÓDULO II)
Elaborado por: Murilo V. Zamboni
Treinamento Operacional
Maio / 2003
Sumário
Objetivo 3
DMM 3
Procedimentos para usar o DMM 6
Multímetro Digital FLUKE87 8
Amperímetro 12
Procedimentos para usar o Amperímetro 15
ScopeMeter Fluke123 18
Regras dos Sinais 27
Falhas Elétricas 31
Circuito Aberto 31
Circuito Resistivo 33
Curto-Circuito 34
Curto com a Massa 35
Exemplos de Falhas Elétricas em um Circuito de Iluminação 36
DMM
Com este curso, o aluno terá várias informações sobre o uso e cuidados no manuseio deste
equipamento. Os princípios de funcionamento do DMM é muito semelhante aos diversos tipos de
multímetros utilizados na industria, permitindo ao aluno manusear diversos tipos de multímetros.
Este multímetro é utilizado para medir a tensão contínua e alternada, corrente continua e
alternada, resistência e continuidade. O multímetro possui quatro características principais:
1) Um visor digital, usado para mostrar leituras de medições;
2) Uma chave rotatória, chamada de chave seletora de funções, usada para selecionar o
modo de operação;
3) Duas pontas de prova;
4) Uma fileira de tomadas para as pontas de prova.
5) Resistência (Ω). Ω
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Sempre respeite o máximo valor que o DMM pode medir, caso contrário, ira danificá-lo.
A posição na extremidade direita do setor de resistência é usada para medir queda de tensão
em diodos e continuidade.
O DMM possui quatro tomadas para pontas de prova.
As pontas de prova são introduzidas nestas tomadas para se
efetuar as varias medições.
O DMM tem duas pontas de teste, ou pontas de prova.
A ponta de prova vermelha geralmente é posicionada em
regiões com polaridade positiva e a ponta de prova preta em
regiões com polaridade negativa.
Quando você estiver medindo tensão ou corrente continua o posicionamento incorreto das
pontas de prova no circuito com as pontas de prova em referenciais contrários às pontas de prova,
você encontrará o valor numérico correto, porem no sentido oposto.
A ponta de prova preta, ou cabo negativo, sempre é introduzido na tomada comum, rotulada
COM, e é codificada pela cor preta independente da função ou da escala de medida.
A ponta vermelha, ou cabo positivo é introduzido numa das três tomadas restantes,
dependendo do tipo de medição. Introduza a ponta de prova vermelha na tomada “V-Ohm” para todas
as medidas de tensão e de resistência. Introduza a ponta de prova vermelha no tomada “A” para
medir corrente alternada ou corrente continua de até 2 ampéres. Introduza a ponta de prova vermelha
na tomada “10A” para medir corrente alternada ou corrente contínua até 10 ampéres.
O DMM é alimentado por uma bateria de 9 Volts (1) e protegido por dois fusíveis: Um de 10 A
(2) e um de 2 A (3), ambos com capacidade de 600 Volts, contra correntes altas respectivamente.
Quando um fusível se queima, a escala fica inoperante, mesmo que as outras funções do DMM
estejam funcionando. As pontas de prova devem ser periodicamente inspecionadas. Verifique a
condição elétrica das pontas de prova encostando-as firmemente entre si e medindo sua resistência.
A resistência não deve ser maior que 0,1 a 0,2 ohms.
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Valores muitos altos podem indicar uma ou mais das seguintes ocorrências.
- As pontas de prova não estão introduzidas nas tomadas.
- As pontas estão sujas provocando mau contato entre si ou com o DMM.
- Uma ou as duas das pontas tem um condutor quebrado.
Com as pontas separadas, o visor deve
indicar “OL” ou “1”, o que significa sobrecarga da
entrada. Este indicação é normal, pois o DMM
indica que uma resistência muito alta. Como as
pontas estão separadas, a corrente é 0, e o DMM
entende nesta posição de escala que esta
havendo uma resistência muito alta e,
conseqüentemente, uma corrente muito baixa, na
realidade, 0A.
As funções de corrente alternada (AC) e corrente contínua (DC) não podem ser
intercambiadas. Caso contrário, resultará em valores falsos.
Se você não tem nenhuma idéia da magnitude de uma tensão ou da corrente a ser medida,
coloque a chave seletora de funções na escala mais elevada. Depois, conforme os valores
encontrados, você pode diminuir até que se obtenha um valor satisfatório. Quanto menor a escala
possível, dentro da faixa a ser medida, maior será a precisão.
(Voltar)
Procedimentos para usar o DMM.
Desligue a alimentação do dispositivo ou do circuito que está sendo testado, de preferência na
chave geral da máquina. Você pode omitir esta etapa somente se você estiver medindo tensão CC na
parte protegida por fusível ou por disjuntores no sistema de baixa tensão (até 24Volts).
As teclas de impulso no medidor são usadas para executar funções adicionais. Este
multímetro seleciona automaticamente as escalas das variáveis, indicando no visor como “AUTO”, no
canto esquerdo do visor. Pressionando a tecla RANGE, você mudará a escala manualmente. Para
retornar à escala automaticamente pressione e segure a tecla RANGE até retornar ao modo
automático.
A tecla amarela é usada para regular a iluminação do visor.
A tecla “MIN MAX” é utilizada quando se deseja encontrar um valor mínimo e máximo em um
determinado tempo determinado pelo usuário. Selecionando uma vez a tecla “MIN MAX”, iniciará o
registro das variáveis, selecionando novamente esta tecla, a função é interrompida e é mostrado
simultaneamente apertando a tecla “MIN MAX”, os valores máximo, mínimo e atual.
A tecla “HOLD” é utilizada para registrar o último valor lido pelo multímetro.
Amperímetro
O amperímetro de inserção é utilizado para medir corrente elétrica de 1 a 1200 Ampéres. Ao
contrario dos multímetros, ele pode medir valores elevados de corrente, em sistemas elétricos para
serviços pesados, como os Sistemas de Partida e Carga e em algumas aplicações de geração de
energia.
Outra característica útil do amperímetro de inserção é a possibilidade de medir corrente
alternada e continua sem entrar em contato direto com o circuito sob teste. A medição é feita através
de campo magnético em torno do fio ou condutor.
O amperímetro também possui uma chave tipo-gatilho (1) para ligar e desligar o aparelho.
Você pode travar o gatilho nas posições ligado ou desligado deslocando a trava deslizante (2) para
trás em direção ao gatilho. Você não precisa travar o amperímetro na posição ligado para fazer as
medições. O visor digital continua a exibir a leitura por cinco segundos após o gatilho ter sido
liberado. Isto pode ser muito útil, especialmente ao se fazer medições em lugares de difícil acesso,
onde o visor pode não estar visível.
Também há duas tomadas de saída (3) na parte traseira do amperímetro, os quais permitem
usa-lo em conjunto com o multímetro digital.
O amperímetro requer quatro pilhas pequenas (AA). Ele não fornece leituras precisas com
pilhas fracas. Uma seta surgira na parte superior do visor quando for necessário trocar as pilhas. Para
trocá-las, você deve remover o parafuso (2) na parte traseira.
Calibrando o amperímetro próximo ao ponto de medição, evita que o efeito dos campos
magnéticos dispersos e do próprio campo magnético da terra afetem a leitura.
A calibração não tem nenhum efeito sobre as medidas de corrente alternada.
O núcleo do amperímetro pode ficar magnetizado pelos picos de corrente continua, tornando
impossível à calibração. Quando isto ocorrer:
1) Desmagnetize o núcleo, ligando e desligando o aparelho diversas vezes;
2) Tente calibrar outra vez. Se conseguir, estará pronto para usar.
3) Se não conseguir, procure resolver com instruções especificas ou assistência técnica
especializada.
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A bitola máxima do fio que envolve pode medir com o amperímetro é de 19 milímetros (0,75
polegadas). Não tente medir bitolas maiores. O diâmetro do fio não permitira que as mandíbulas
fiquem totalmente fechadas resultando em leituras incorretas.
(Voltar)
Procedimentos para usar o amperímetro de inserção.
Primeiro, selecione um ponto ao longo do condutor para medir. Este ponto deve estar afastado
de outros condutores ou objetos metálicos. Pois os campos magnéticos de outros condutores podem
afetar a leitura, principalmente alternadores e motores de partida que possuem bobinas magnéticas
internas.
Zere o amperímetro para compensar quanto aos campos magnéticos dispersos mantendo as
mandíbulas fechadas, em ângulo reto e afastadas de 50 a 100 mm (2 a 4 polegadas) do condutor.
Gire o dial de controle de ajuste até que o visor fique igual a zero. Uma das dificuldades para zerar o
amperímetro pode ser causada pela magnetização do núcleo do amperímetro. Quando isto ocorrer,
desmagnetize o núcleo desligando e ligando o aparelho diversas vezes.
(Voltar)
Entrada A
Você pode utilizar sempre a entrada vermelha A, para todas as medições possíveis com o
aparelho de teste que necessitam de uma entrada só.
Entrada B
Para a medição de dois sinais diferentes, você pode utilizar a entrada cinza B, junto com a
entrada vermelha A.
COM
Para ambas às entradas, esta tomada é sempre utilizada. Quando você for medir pela entrada
A, você deverá ligar as pontas de prova entre A e COM. Quando você for medir pela entrada B, você
deverá ligar as pontas de prova entre B e COM. Quando você precisar medir por ambas as entradas
simultaneamente, a ponta de prova COM é utilizada simultaneamente nas duas entradas.
Área de Forma de Onda (B): Mostra a forma de onda da entrada A. A última linha mostra a
amplitude/divergência e o indicador de potência (rede ou bateria).
Área de Menu (C): Mostra o menu de opções disponíveis através das teclas de função azuis
Quando você altera um parâmetro, uma parte da tela é utilizada para apresentar as opções
disponíveis. Essa área apresenta um ou mais menus, cujas opções são acessíveis através das teclas
com setas: As teclas amarelas são utilizadas para selecionar os tipos de variáveis a serem medidas.
A tecla à esquerda, é utilizada na entrada A, a tecla à direita, é utilizada na entrada B.
Você pode utilizar as teclas a seguir para alterar a base de tempo do sinal medido.
2A regra: Quando não houver corrente em componentes resistivos como lâmpadas, motores,
resistores, a polaridade atravessa-o com o mesmo sinal, independente da polaridade.
Através da tabela a seguir, vamos associar as polaridades nas regiões com tensão.
6A regra: Em regiões com polaridades iguais (+ e + ou - e -) não há queda de tensão.
7A regra: Em regiões com polaridades contrarias (+ e - ou - e +), haverá queda de tensão.
8A regra: Quando for analisada uma região com polaridade (+ ou -) à outra região sem
polaridade (0), não haverá queda de tensão.
-e0=0
0e0=0
+e-=V
+e+=0
+e-=V
+e+=0
+e-=V
-e-=o
(Voltar)
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Falhas Elétricas
As falhas elétricas podem ser classificadas como circuito aberto, circuito resistivo, curto-
circuito ou curto com a massa. Para diagnóstico de falhas, é importante entender estas falhas e seus
efeitos.
(Voltar)
Circuito Aberto
Quando ocorre um circuito aberto, há uma ruptura no trajeto para o fluxo de corrente,
conseqüentemente, a corrente para de fluir.
Este circuito aberto interrompeu todo o fluxo de corrente do circuito. Normalmente, a leitura da
queda de tensão através do condutor do ponto de teste 2 ao ponto de teste 3 indicaria o Volt. Neste
caso, a leitura indicará a tensão do sistema.
Normalmente, a queda de
tensão através do condutor do ponto de
teste 2 ao ponto de teste 3 é 0 Volt.
Neste caso, a leitura indicará a queda
de tensão através do resistor R3.
Exemplos de circuito aberto num
sistema elétrico Caterpillar:
- Um fio rompido;
- Um fusível queimado ou um
disjuntor aberto;
- Uma conexão do chicote de
fios com um pino ou um soquete
corroído. (Voltar)
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Circuito Resistivo
Uma falha de circuito resistivo é uma resistência não desejada num circuito e suficientemente
grande para impedir o funcionamento normal do circuito. A intensidade de resistência que os circuitos
podem tolerar e ainda funcionar adequadamente varia muito dependendo do circuito. Por exemplo:
- O circuito de partida requer uma resistência extremamente baixa devido à sua alta demanda
de corrente. Ao adicionar uma resistência de 0,1Ω a tal circuito poderia provocar falhas com perda de
energia.
R1
Nestes circuitos, a ocorrência de certos tipos de problemas poderá aumentar a corrente acima
do valor normal. Aqui, ocorreu um curto com a massa entre o interruptor e as lâmpadas. O fusível
queimado cumpriu sua finalidade impedindo que o fluxo continuo e excessivo de corrente danificasse
o circuito. Dependendo de onde ocorra o problema, o fusível ou o disjuntor principal protegerão o
circuito.
Na ocorrência de um circuito aberto, a corrente não pode mais fluir e, conseqüentemente, o
circuito não funciona.
(Voltar)