Você está na página 1de 36

ELETRÔNICA

BÁSICA
CATERPILLAR
(MÓDULO II)
Elaborado por: Murilo V. Zamboni
Treinamento Operacional
Maio / 2003
Sumário
Objetivo 3
DMM 3
Procedimentos para usar o DMM 6
Multímetro Digital FLUKE87 8
Amperímetro 12
Procedimentos para usar o Amperímetro 15
ScopeMeter Fluke123 18
Regras dos Sinais 27
Falhas Elétricas 31
Circuito Aberto 31
Circuito Resistivo 33
Curto-Circuito 34
Curto com a Massa 35
Exemplos de Falhas Elétricas em um Circuito de Iluminação 36

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL -2-
Objetivo
Neste módulo, o aluno conhecerá melhor algumas ferramentas de medição de componentes e
circuitos elétricos. Serão abordados o multímetro digital “DMM” Caterpillar, o Multímetro FLUKE87, o
Amperímetro de Inserção Caterpillar e o ScopeMeter Fluke 123.
Também serão demonstradas algumas falhas elétricas mais comuns que podem ocorrer nos
sistemas eletrônicos das Máquinas Caterpillar.
(Voltar)

DMM
Com este curso, o aluno terá várias informações sobre o uso e cuidados no manuseio deste
equipamento. Os princípios de funcionamento do DMM é muito semelhante aos diversos tipos de
multímetros utilizados na industria, permitindo ao aluno manusear diversos tipos de multímetros.
Este multímetro é utilizado para medir a tensão contínua e alternada, corrente continua e
alternada, resistência e continuidade. O multímetro possui quatro características principais:
1) Um visor digital, usado para mostrar leituras de medições;
2) Uma chave rotatória, chamada de chave seletora de funções, usada para selecionar o
modo de operação;
3) Duas pontas de prova;
4) Uma fileira de tomadas para as pontas de prova.

Uma característica do DMM é a presença dos símbolos triangulares de advertência na tampa.


Estes símbolos fornecem lembretes importantes sobre segurança quanto à tensão e corrente
máximas que poderá ser medidas com segurança.
Eletrônica Básica Maio/2003
Treinamento Operacional / CBL -3-
O ponto decimal desloca-se automaticamente para a posição correta no visor, de acordo com
a escala selecionada. Isso permite a leitura da medição efetuada em cada função e escala
selecionada.

Uma identificação “OL” ou “1” é indicada no visor significa que


o valor medido é mais alto do que a escala pode medir (sobrecarga).
Quando aparecer esta advertência, mude para a escala maior. Isto
ocorre independente da função escolhida.
A chave rotativa no DMM é chamada de seletor de função.
Para usar o DMM, você deve girar esta chave para selecionar a
grandeza que você vai medir. Cada uma destas grandezas é dividida
em escalas para se efetuar medições em diferentes níveis, com maior
precisão possível.
O DMM executa cinco medidas principais e alguns símbolos representados destas grandezas
em outros multímetros.
1) Tensão Continua (DCV);

2) Tensão Alternada (ACV);

3) Corrente Contínua (DCA);

4) Corrente Alternada (ACA);

5) Resistência (Ω). Ω
Eletrônica Básica Maio/2003
Treinamento Operacional / CBL -4-
Sempre respeite o máximo valor que o DMM pode medir, caso contrário, ira danificá-lo.
A posição na extremidade direita do setor de resistência é usada para medir queda de tensão
em diodos e continuidade.
O DMM possui quatro tomadas para pontas de prova.
As pontas de prova são introduzidas nestas tomadas para se
efetuar as varias medições.
O DMM tem duas pontas de teste, ou pontas de prova.
A ponta de prova vermelha geralmente é posicionada em
regiões com polaridade positiva e a ponta de prova preta em
regiões com polaridade negativa.
Quando você estiver medindo tensão ou corrente continua o posicionamento incorreto das
pontas de prova no circuito com as pontas de prova em referenciais contrários às pontas de prova,
você encontrará o valor numérico correto, porem no sentido oposto.
A ponta de prova preta, ou cabo negativo, sempre é introduzido na tomada comum, rotulada
COM, e é codificada pela cor preta independente da função ou da escala de medida.

A ponta vermelha, ou cabo positivo é introduzido numa das três tomadas restantes,
dependendo do tipo de medição. Introduza a ponta de prova vermelha na tomada “V-Ohm” para todas
as medidas de tensão e de resistência. Introduza a ponta de prova vermelha no tomada “A” para
medir corrente alternada ou corrente continua de até 2 ampéres. Introduza a ponta de prova vermelha
na tomada “10A” para medir corrente alternada ou corrente contínua até 10 ampéres.
O DMM é alimentado por uma bateria de 9 Volts (1) e protegido por dois fusíveis: Um de 10 A
(2) e um de 2 A (3), ambos com capacidade de 600 Volts, contra correntes altas respectivamente.
Quando um fusível se queima, a escala fica inoperante, mesmo que as outras funções do DMM
estejam funcionando. As pontas de prova devem ser periodicamente inspecionadas. Verifique a
condição elétrica das pontas de prova encostando-as firmemente entre si e medindo sua resistência.
A resistência não deve ser maior que 0,1 a 0,2 ohms.
Eletrônica Básica Maio/2003
Treinamento Operacional / CBL -5-
Valores muitos altos podem indicar uma ou mais das seguintes ocorrências.
- As pontas de prova não estão introduzidas nas tomadas.
- As pontas estão sujas provocando mau contato entre si ou com o DMM.
- Uma ou as duas das pontas tem um condutor quebrado.
Com as pontas separadas, o visor deve
indicar “OL” ou “1”, o que significa sobrecarga da
entrada. Este indicação é normal, pois o DMM
indica que uma resistência muito alta. Como as
pontas estão separadas, a corrente é 0, e o DMM
entende nesta posição de escala que esta
havendo uma resistência muito alta e,
conseqüentemente, uma corrente muito baixa, na
realidade, 0A.
As funções de corrente alternada (AC) e corrente contínua (DC) não podem ser
intercambiadas. Caso contrário, resultará em valores falsos.
Se você não tem nenhuma idéia da magnitude de uma tensão ou da corrente a ser medida,
coloque a chave seletora de funções na escala mais elevada. Depois, conforme os valores
encontrados, você pode diminuir até que se obtenha um valor satisfatório. Quanto menor a escala
possível, dentro da faixa a ser medida, maior será a precisão.
(Voltar)
Procedimentos para usar o DMM.
Desligue a alimentação do dispositivo ou do circuito que está sendo testado, de preferência na
chave geral da máquina. Você pode omitir esta etapa somente se você estiver medindo tensão CC na
parte protegida por fusível ou por disjuntores no sistema de baixa tensão (até 24Volts).

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL -6-
A maneira correta de conectar a ponta de prova ao dispositivo ou ao circuito depende do tipo
de medição que você for realizar.
Se você estiver medindo tensão ou resistência, as pontas de prova devem ser
colocadas em paralelo com o componente ou circuito que está sendo testado. Se você estiver
medindo corrente, as pontas de prova devem ser colocadas em série com o componente ou
com o circuito que está sendo testado. A inversão destas maneiras de medições poderá
ocasionar a queima do multímetro.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL -7-
Se você estiver medindo tensão ou corrente, você deve realimentar o circuito a fim de obter a
leitura desejada. Porém, se você estiver medindo resistência, a energia deve permanecer
desligada. O aparelho usa sua própria alimentação para medir a resistência. Com a alimentação do
circuito, resultaria em um valor falso, ou provocar um curto no sistema, danificando o multímetro.
Um símbolo mais ou menos aparece no visor para
indicar a polaridade da tensão contínua que esta sendo
medida, com relação ao posicionamento das pontas de prova.
Uma leitura negativa significa que a ponta de prova está num
potencial mais baixo do circuito do que a ponta de prova
negativa. Apesar disso, tal inversão não deve afetar sua
leitura em circuitos de corrente continua. As leituras nas
escalas de tensão alternada não são afetadas pela inversão
das pontas de prova no circuito.
Se lhe for solicitado desligar a alimentação antes de desconectar as pontas de prova, desligue
o aparelho também antes de desconectá-las. A única exceção ocorre quando você medir resistência,
pois a alimentação do circuito já está desligada.
(Voltar)
Multímetro Digital FLUKE 87
Neste curso, serão abordadas funções básicas e
operações com o Fluke87. Este multímetro executa
varias medidas complexas em sistemas
eletroeletrônicos.
Este multímetro digital é altamente preciso,
usado para encontrar determinadas faixas de tensão,
corrente ou resistência. É alimentado por uma bateria
alcalina de 9- volts, e o medidor é selado, a fim de
proteger contra sujeira, à poeira e à umidade.
O medidor tem quatro áreas: display de cristal
líquido, teclas de impulso, interruptor giratório seletor de
função, e entradas para as pontas de prova do medidor.
O display de cristal líquido indica segmentos e leituras
das variáveis, possui sistema de pontuação da casa
decimal automática e também usam indicadores para
abreviar várias modalidades de exposição e funções do
medidor.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL -8-
O interruptor giratório permite selecionar as varias
funções disponíveis no multímetro. No sentido horário, as
primeiras três posições são usadas para medir tensão
alternada, tensão continua e tensão continua “baixa”, na
faixa de milivolts. A posição superior é usada para medir
resistência e continuidade. A posição em seguida permite
medir a polaridade de diodos. As duas últimas posições
são usadas para medir corrente alternada e continua em
ampères, miliampères e microampères. Para alternar as
medidas da corrente direta, use a tecla AZUL.

As teclas de impulso no medidor são usadas para executar funções adicionais. Este
multímetro seleciona automaticamente as escalas das variáveis, indicando no visor como “AUTO”, no
canto esquerdo do visor. Pressionando a tecla RANGE, você mudará a escala manualmente. Para
retornar à escala automaticamente pressione e segure a tecla RANGE até retornar ao modo
automático.
A tecla amarela é usada para regular a iluminação do visor.
A tecla “MIN MAX” é utilizada quando se deseja encontrar um valor mínimo e máximo em um
determinado tempo determinado pelo usuário. Selecionando uma vez a tecla “MIN MAX”, iniciará o
registro das variáveis, selecionando novamente esta tecla, a função é interrompida e é mostrado
simultaneamente apertando a tecla “MIN MAX”, os valores máximo, mínimo e atual.
A tecla “HOLD” é utilizada para registrar o último valor lido pelo multímetro.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL -9-
A tecla “PEAK MIN MAX” é utilizada para ativar e desativar quando estiver medindo
continuidade o aviso sonoro.
A tecla “REL∆” é utilizada quando se deseja medir um valor relativo ao atual medido no
instante. Selecionando esta tecla, o visor zera o valor e aumenta ou diminui, em relação à referência
inicial. Para desativar esta posição, basta apertar novamente esta tecla.
A tecla “HZ” é utilizada para selecionar as funções disponíveis em cada posição da chave
seletora. Por exemplo: Se você estiver medindo freqüência em um sinal de tensão alternada, aperte
simultaneamente esta tecla, até aparecer no canto direito do visor a abreviação da escala
correspondente à freqüência, no caso, HZ. Ou então, se você quiser saber a freqüência do sinal de
saída de um sensor PWM, basta mudar a chave seletora na posição de tensão continua e,
novamente, apertar a tecla “HZ”, até aparecer à abreviação HZ. Não se esqueça, sinal PWM, tem
freqüência constante, porem pulso de tamanho variável.
Outra função também importante deste multímetro é a possibilidade de medir a porcentagem
do pulso de um sinal PWM. Para medir, ajuste a chave seletora na posição de tensão continua e
aperte simultaneamente a tecla “HZ” até aparecer à abreviação de %.
A seleção das pontas de prova do medidor depende da medida que você deseja realizar. A
tomada COM ou o terminal comum é usado para todas as medições. O primeiro terminal da entrada,
no lado esquerdo do medidor é utilizado para medir corrente, de até 10 Ampères. A posição seguinte
à direita é utilizado para medir correntes em miliampères ou microampères, porem, valores acima de
400 miliampères não podem ser medidos quando o interruptor rotativo estiver neste posição e sim na
posição anterior de 10 A. Se você não souber a corrente que ira medir, sempre selecione as tomadas
de medição de corrente de 10 A, para evitar danificar o multímetro. Este multímetro possui um
dispositivo que permite que você realize medições momentaneamente de corrente maior que 10 A,
porem este valor não pode ser maior que 20 A e nem ultrapassar um período de 30 segundos, caso
contrario, ira danificá-lo.
O terminal da entrada no lado direito da tomado “COM” é utilizado para medir tensão,
resistência e o teste de medição de diodos.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 10 -
Quando você for realizar alguma medição e aparecer o aviso OL no visor, significa que o valor
medido está fora dos limites para a escala selecionada. As seguintes circunstâncias podem conduzir
a uma exposição da sobrecarga:
- Uma leitura elevada da resistência
indica um circuito aberto.
- Na escala manual, uma leitura
elevada da resistência indica um circuito
aberto ou uma escala incorreta selecionada.
- Na escala manual, uma leitura da
tensão que exceda a escala selecionada.
- Ao executar uma verificação do diodo, leituras de tensão que exceda 3,0 volts ou em
ligações de teste em circuitos abertos.
A seguir, serão mostrados alguns tipos de medição.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 11 -
(Voltar)

Amperímetro
O amperímetro de inserção é utilizado para medir corrente elétrica de 1 a 1200 Ampéres. Ao
contrario dos multímetros, ele pode medir valores elevados de corrente, em sistemas elétricos para
serviços pesados, como os Sistemas de Partida e Carga e em algumas aplicações de geração de
energia.
Outra característica útil do amperímetro de inserção é a possibilidade de medir corrente
alternada e continua sem entrar em contato direto com o circuito sob teste. A medição é feita através
de campo magnético em torno do fio ou condutor.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 12 -
O amperímetro de inserção possui uma empunhadeira (1) e uma alavanca (2). Quando
apertado um contra o outro, abrem as mandíbulas carregadas por mola (3), o que permite colocar o
amperímetro em torno de um condutor.
O local no qual você posiciona o condutor ou o fio é a abertura (4). A área de fechamento do
núcleo (5) é o lugar onde as mandíbulas se tocam. Quando as mandíbulas se fecham, os elementos
do núcleo entram em contato, fechando o circuito da bobina em torno da abertura. Este é o motivo
pelo qual a área de fechamento do núcleo deve estar bem fechada e estar livre de qualquer material
estranho na área de contato ao se fazer às medições.

O amperímetro também possui uma chave tipo-gatilho (1) para ligar e desligar o aparelho.
Você pode travar o gatilho nas posições ligado ou desligado deslocando a trava deslizante (2) para
trás em direção ao gatilho. Você não precisa travar o amperímetro na posição ligado para fazer as
medições. O visor digital continua a exibir a leitura por cinco segundos após o gatilho ter sido
liberado. Isto pode ser muito útil, especialmente ao se fazer medições em lugares de difícil acesso,
onde o visor pode não estar visível.
Também há duas tomadas de saída (3) na parte traseira do amperímetro, os quais permitem
usa-lo em conjunto com o multímetro digital.
O amperímetro requer quatro pilhas pequenas (AA). Ele não fornece leituras precisas com
pilhas fracas. Uma seta surgira na parte superior do visor quando for necessário trocar as pilhas. Para
trocá-las, você deve remover o parafuso (2) na parte traseira.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 13 -
Acima do visor está o seletor de modo AC/DC (2). Este interruptor possibilita selecionar entre
corrente contínua e alternada. Há uma seta indicadora de fluxo de corrente (3) acima do seletor
AC/DC.
Logo abaixo do visor digital está o seletor de calibragem de corrente continua (1). Use-o para
calibrar (zerar) o visor antes de medir correntes contínuas. Calibre o amperímetro antes de medir
qualquer corrente continua. Ao calibrar, mantenha uma distancia de 50 a 100mm entre as mandíbulas
e o ponto que você selecionou para tomar a leitura.

Calibrando o amperímetro próximo ao ponto de medição, evita que o efeito dos campos
magnéticos dispersos e do próprio campo magnético da terra afetem a leitura.
A calibração não tem nenhum efeito sobre as medidas de corrente alternada.

O núcleo do amperímetro pode ficar magnetizado pelos picos de corrente continua, tornando
impossível à calibração. Quando isto ocorrer:
1) Desmagnetize o núcleo, ligando e desligando o aparelho diversas vezes;
2) Tente calibrar outra vez. Se conseguir, estará pronto para usar.
3) Se não conseguir, procure resolver com instruções especificas ou assistência técnica
especializada.
Eletrônica Básica Maio/2003
Treinamento Operacional / CBL - 14 -
A bitola máxima do fio que envolve pode medir com o amperímetro é de 19 milímetros (0,75
polegadas). Não tente medir bitolas maiores. O diâmetro do fio não permitira que as mandíbulas
fiquem totalmente fechadas resultando em leituras incorretas.
(Voltar)
Procedimentos para usar o amperímetro de inserção.
Primeiro, selecione um ponto ao longo do condutor para medir. Este ponto deve estar afastado
de outros condutores ou objetos metálicos. Pois os campos magnéticos de outros condutores podem
afetar a leitura, principalmente alternadores e motores de partida que possuem bobinas magnéticas
internas.

Coloque o seletor AC/DC na posição correspondente ao tipo de corrente do circuito. Neste


caso, o modo correto é DC. Pois estamos medindo a saída da bateria.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 15 -
Ligue o amperímetro de inserção pressionando e segurando, ou travando, o interruptor do
gatilho na posição “ON”. Espere 1 minuto para o aquecimento do amperímetro.

Zere o amperímetro para compensar quanto aos campos magnéticos dispersos mantendo as
mandíbulas fechadas, em ângulo reto e afastadas de 50 a 100 mm (2 a 4 polegadas) do condutor.
Gire o dial de controle de ajuste até que o visor fique igual a zero. Uma das dificuldades para zerar o
amperímetro pode ser causada pela magnetização do núcleo do amperímetro. Quando isto ocorrer,
desmagnetize o núcleo desligando e ligando o aparelho diversas vezes.

Abra as mandíbulas do amperímetro apertando a alavanca da mandíbula, e coloque a


abertura em torno do condutor. Posicione o amperímetro assim que a seta indicadora de sentido
combinar com o sentido da corrente que você esta medindo.
Eletrônica Básica Maio/2003
Treinamento Operacional / CBL - 16 -
Feche suavemente as mandíbulas, certificando-se de que o condutor esteja completamente
fechadas. Não deixe a alavanca escapar e bater as mandíbulas uma contra a outra. Se isto ocorrer
pode descalibrar o amperímetro ou danificar os sensores eletrônicos.

Segure o amperímetro mantendo o condutor bem no centro da abertura, e faça a leitura no


visor. O sinal negativo em frente ao valor, indica que a corrente está fluindo em sentido oposto à seta
do amperímetro. Se não houver sinal, significa que a corrente está fluindo no mesmo sentido da seta.

(Voltar)

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 17 -
ScopeMeter Fluke 123
O ScopeMeter Fluke 123 é um equipamento
que atua como multímetro, osciloscópio e
registrador. Neste curso, serão passadas noções
básicas de utilização do multímetro e do
osciloscópio. Maiores detalhes sobre as ferramentas
disponíveis restantes serão passada em cursos
específicos. Por enquanto, o objetivo do curso será
utilizar as ferramentas básicas para interpretar os
sinais elétricos nos sistemas eletroeletrônico
presentes nas Máquinas Caterpillar.

• Ligação do Aparelho de Teste à


Eletricidade
Siga os procedimentos (fases 1 a 3), para
ligar o aparelho de teste em uma tomada de força
normal.

Observação: Quando a bateria está ligada, o indicador da bateria informa, gradualmente, o


nível de carga.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 18 -
• Mudança da Iluminação Traseira
Assim que o aparelho é ligado, a tela apresenta um display muito luminoso. Para economizar
a carga da bateria, a tela diminui à luminosidade quando o aparelho trabalha com bateria (adaptador
de rede desligado).
Para mudar a luminosidade do display, aperte o botão.
A forte brilhância aumenta quando o adaptador de energia elétrica é conectado. A utilização
do display com a luz atenuada aumenta em aproximadamente uma hora o tempo de duração da
bateria.
• Ligações para fazer Medições
Veja a parte superior do aparelho de teste. Este apresenta duas entradas para pinos banana
com isolamento de segurança de 4 mm (entrada vermelha A e entrada cinza B) e uma entrada para
pinos banana de 4 mm com isolamento de segurança (COM)

Entrada A
Você pode utilizar sempre a entrada vermelha A, para todas as medições possíveis com o
aparelho de teste que necessitam de uma entrada só.
Entrada B
Para a medição de dois sinais diferentes, você pode utilizar a entrada cinza B, junto com a
entrada vermelha A.
COM
Para ambas às entradas, esta tomada é sempre utilizada. Quando você for medir pela entrada
A, você deverá ligar as pontas de prova entre A e COM. Quando você for medir pela entrada B, você
deverá ligar as pontas de prova entre B e COM. Quando você precisar medir por ambas as entradas
simultaneamente, a ponta de prova COM é utilizada simultaneamente nas duas entradas.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 19 -
• Leitura da Tela
A tela está dividida em três áreas: a Área de Leitura, a Área de Forma de Onda e a Área de
Menu.
Área de Leitura (A): Mostra a leitura numérica.

Área de Forma de Onda (B): Mostra a forma de onda da entrada A. A última linha mostra a
amplitude/divergência e o indicador de potência (rede ou bateria).

Área de Menu (C): Mostra o menu de opções disponíveis através das teclas de função azuis

Quando você altera um parâmetro, uma parte da tela é utilizada para apresentar as opções
disponíveis. Essa área apresenta um ou mais menus, cujas opções são acessíveis através das teclas
com setas: As teclas amarelas são utilizadas para selecionar os tipos de variáveis a serem medidas.
A tecla à esquerda, é utilizada na entrada A, a tecla à direita, é utilizada na entrada B.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 20 -
• Imobilização da tela
Você pode imobilizar a tela (com todas as leituras e formas de onda) a
qualquer momento acionando a função HOLD. Para retornar a posição de leitura
constante aperte-o novamente.
• Seleção das Gamas Auto/Manual
Esta função é utilizada para ajustar automaticamente o modo de visualização
do sinal. A última linha apresenta a amplitude e a base de tempo de ambas às
entradas. Pressionando esta tecla novamente, o modo de visualização muda para o
modo manual.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 21 -
• Alteração da Representação Gráfica na Tela
Você pode utilizar as teclas a seguir para alterar a visualização da amplitude do sinal medido.

Você pode utilizar as teclas a seguir para alterar a base de tempo do sinal medido.

A seguir, alguns exemplos de medições.


Eletrônica Básica Maio/2003
Treinamento Operacional / CBL - 22 -
(Voltar)

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 23 -
Regra dos Sinais
O objetivo desta regra é ajudar o aluno saber onde encontrar valores de tensão conforme os
vários componentes presentes nestes circuitos. Neste tópico iremos mostrar vários circuitos elétricos
como exemplos.
1A regra: Polaridade positiva é representada por + ou por um traço vermelho. Polaridade
negativa é representada por – ou por um traço azul. Quando não houver polaridade no trecho do
circuito, não é representado nenhum sinal ou traço (com exceção do trecho entre as baterias).

2A regra: Quando não houver corrente em componentes resistivos como lâmpadas, motores,
resistores, a polaridade atravessa-o com o mesmo sinal, independente da polaridade.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 24 -
3A regra: Quando houver corrente em componentes resistivos como lâmpadas, motores,
resistores, a “polaridade muda”. Por exemplo, em uma lâmpada funcionando (com corrente) haverá
polaridade positiva em um dos seus terminais e polaridade negativa no outro terminal.

4A regra: Em componentes que não possuam resistência elétrica representativa ao circuito,


como interruptores, relés, conectores, etc., quando estiverem conduzindo corrente, não deveram
apresentar tensão em seus terminais. Com isso, a polaridade atravessa com os mesmos sinais de
origem.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 25 -
5A regra: Em uma ligação de componentes resistivos em serie, a tensão é dividida entre todos
os componentes resistivos. A polaridade positiva entra na primeira lâmpada, sai com polaridade
negativa e ao entrar na lâmpada seguinte, a polaridade novamente entra positivamente e sai com
polaridade negativa. Isto ocorre em todos os componentes resistivos presentes no circuito. Num
circuito em paralelo, há polaridade positiva entra em um dos terminais das lâmpadas e há polaridade
negativa nos outros terminais das lâmpadas.

Através da tabela a seguir, vamos associar as polaridades nas regiões com tensão.
6A regra: Em regiões com polaridades iguais (+ e + ou - e -) não há queda de tensão.
7A regra: Em regiões com polaridades contrarias (+ e - ou - e +), haverá queda de tensão.
8A regra: Quando for analisada uma região com polaridade (+ ou -) à outra região sem
polaridade (0), não haverá queda de tensão.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 26 -
Vamos analisar este circuito utilizando estas
regras para medir tensões em cada situação
apresentada deste circuito.
Vamos encontrar as tensões nos
seguintes pontos.
+e0=0

-e0=0

0e0=0

+e-=V

+e+=0

+e-=V

+e+=0

+e-=V

-e-=o

(Voltar)
Eletrônica Básica Maio/2003
Treinamento Operacional / CBL - 27 -
Falhas Elétricas
As falhas elétricas podem ser classificadas como circuito aberto, circuito resistivo, curto-
circuito ou curto com a massa. Para diagnóstico de falhas, é importante entender estas falhas e seus
efeitos.

(Voltar)
Circuito Aberto
Quando ocorre um circuito aberto, há uma ruptura no trajeto para o fluxo de corrente,
conseqüentemente, a corrente para de fluir.
Este circuito aberto interrompeu todo o fluxo de corrente do circuito. Normalmente, a leitura da
queda de tensão através do condutor do ponto de teste 2 ao ponto de teste 3 indicaria o Volt. Neste
caso, a leitura indicará a tensão do sistema.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 28 -
Observe neste circuito seguinte que a corrente não percorre mais o trecho do circuito que está
aberto, mas continua a percorrer o restante do circuito. O circuito formado oferece maior resistência
que o circuito original e conduz menos corrente.

Normalmente, a queda de
tensão através do condutor do ponto de
teste 2 ao ponto de teste 3 é 0 Volt.
Neste caso, a leitura indicará a queda
de tensão através do resistor R3.
Exemplos de circuito aberto num
sistema elétrico Caterpillar:
- Um fio rompido;
- Um fusível queimado ou um
disjuntor aberto;
- Uma conexão do chicote de
fios com um pino ou um soquete
corroído. (Voltar)
Eletrônica Básica Maio/2003
Treinamento Operacional / CBL - 29 -
Circuito Resistivo
Uma falha de circuito resistivo é uma resistência não desejada num circuito e suficientemente
grande para impedir o funcionamento normal do circuito. A intensidade de resistência que os circuitos
podem tolerar e ainda funcionar adequadamente varia muito dependendo do circuito. Por exemplo:
- O circuito de partida requer uma resistência extremamente baixa devido à sua alta demanda
de corrente. Ao adicionar uma resistência de 0,1Ω a tal circuito poderia provocar falhas com perda de
energia.

Esta resistência é adicionada à resistência total


do circuito. Normalmente, a leitura da queda de tensão
do ponto de teste 2 ao ponto de teste 3 seria de 0 volt.
Neste caso, a queda de tensão será um valor maior
que 0 e menor que a tensão do sistema na proporção
direta à quantidade de resistência adicionada à
resistência total do circuito.
Exemplos de resistência num Sistema Elétrico
pode ser:
- Uma conexão corroída na bateria.
- Um interruptor com contatos queimados.
- Um conector corroído. (Voltar)

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 30 -
Curto-Circuito
O curto é uma conexão elétrica nas desejada dentro de um circuito. Forma um trajeto
indesejável para a corrente, o que impede que o circuito funcione normalmente. Freqüentemente, o
curto cria um circuito que conduz mais corrente do que o esperado.
O curto neste circuito forma um trajeto para a corrente elétrica que contorna o interruptor.
Conseqüentemente, o interruptor não pode mais controlar o circuito.

Este curto permite que a corrente se


desvie do resistor R1. Normalmente, a leitura da
queda de tensão no resistor do ponto de teste 1
ao ponto de teste 2 seria um valor entre 0 volt e a
tensão do sistema na proporção direta a relação
entre r1 e a resistência total do circuito. Neste
caso o multímetro indicaria 0 volt.
Exemplos de curtos num Sistema Elétrico
Caterpillar:
- Um chicote elétrico perfurado
- Um interruptor com os contatos
queimados e unidos. (Voltar)

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 31 -
Curto com a massa
Um curto com a massa é uma conexão elétrica não desejada a terra dentro do circuito. Forma
um trajeto indesejável para o fluxo de corrente, o que impede que o circuito funcione normalmente.
O circuito com a massa neste circuito forma um trajeto para a corrente elétrica que se desvia
dos resistores. O aumento resultante da corrente provoca o desarme do disjuntor. Dependendo do
valor resistivo de R1 e da capacidade do disjuntor, a passagem de corrente pelo novo circuito pode
ser alta o bastante para provocar o desarme ou queima do resistor R1. Normalmente a queda de
tensão no resistor R1 do ponto de teste 1 ao ponto de teste 2 seria um valor entre 0 volt e a tensão do
sistema, na proporção direta da relação entre R1 e a resistência total do circuito. Neste caso, a leitura
será 0 se o disjuntor estiver desarmado e será a tensão do sistema se o disjuntor não desarmar ou o
resistor R1 estiver queimado.

R1

Exemplos de curto com a massa


num Sistema Elétrico Caterpillar:
- Corrosão que provoca um caminho
direto ao chassi da máquina;
- Um chicote de fios com o isolante
desgastado, devido ao atrito com o chassi
da máquina, causando contato direto com a
estrutura. (Voltar)

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 32 -
Exemplos de falhas elétricas em um circuito de iluminação.

Nestes circuitos, a ocorrência de certos tipos de problemas poderá aumentar a corrente acima
do valor normal. Aqui, ocorreu um curto com a massa entre o interruptor e as lâmpadas. O fusível
queimado cumpriu sua finalidade impedindo que o fluxo continuo e excessivo de corrente danificasse
o circuito. Dependendo de onde ocorra o problema, o fusível ou o disjuntor principal protegerão o
circuito.
Na ocorrência de um circuito aberto, a corrente não pode mais fluir e, conseqüentemente, o
circuito não funciona.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 33 -
Aqui, um circuito aberto ocorreu no trecho paralelo da lâmpada A. Enquanto a lâmpada A
permanece apagada, a lâmpada B continua acesa. Repare que o fluxo de corrente está interrompido
somente num dos fios.

Neste circuito, um curto formou um trajeto de corrente indesejado no interruptor da lâmpada.


Isto permite o fluxo de corrente, mesmo estando aberto o interruptor. Conseqüentemente, as
lâmpadas permanecem acesas, mesmo que o interruptor esteja na posição “OFF”.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 34 -
Um curto com a massa de baixa resistência tornou o circuito inoperante. Não há fluxo de
corrente para as lâmpadas. Em conseqüência deste curto, a corrente flui imediatamente pelo trecho
de menor resistência, retornando ao negativo da bateria, aumentando a corrente e queimando o
fusível.

Se o curto com a massa ocorresse à esquerda do fusível, o disjuntor principal seria


desarmado e toda a corrente interrompida. O fusível não seria afetado mesmo que tivesse um valor
inferior ao do disjuntor principal, pois o curto com a massa teria ocorrido antes do fusível, no trajeto
de corrente da bateria até a massa.

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 35 -
Com todos os interruptores fechados, a leitura da tensão do DMM entre estes pontos do
circuito deve ser aproximadamente 0 Volt. Entretanto, com uma resistência no circuito, o fluxo de
corrente diminui e uma parcela da tensão total da bateria causa a queda de tensão na resistência.
Neste caso, é de 7,4 volts.

(Voltar)

Eletrônica Básica Maio/2003


Treinamento Operacional / CBL - 36 -

Você também pode gostar