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A descoberta da radiografia 

 
A história da radiologia começa no dia 8 de novembro de 1895,
o físico alemão Wilhelm Conrad Rõntgen fez uma importante descoberta para
ciência médica ao ver sua mão projetada em uma tela enquanto trabalhava
com produtos radioativos, como era muito a frente de seu tempo o físico já
imaginou que ondas eletro magnéticas estavam saindo de algum tubo com
radiação em que ele trabalhava, e por esse motivo projetou sua mão em
raios-X, sua primeira radiografia e documentada foi da mão de sua esposa,
onde ele documentou toda a experiência.
A primeira Radiografia registrada no Brasil foi no ano de 1986
em vários estados, mais sem data específica catalogada em cada uma delas.

POSIÇÃO ANATÔMICA

A posição anatômica é uma posição de referência, que dá


significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões
do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta, sua
postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um
todo está numa posição específica chamada ​POSIÇÃO​ ​ANATÔMICA​. Deste
modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de
descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição
padronizada.

O corpo está numa postura ereta (em pé, posição ortostática ou


bípede) com os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas
das mãos voltadas para a frente. A cabeça e pés também estão apontados
para frente e o olhar para o horizonte.
DIVISÃO DO CORPO HUMANO

Classicamente o corpo humano é dividido em: cabeça,


pescoço, tronco e membros.

Cabeça​: Crânio e Face

Pescoço​: Pescoço

Tronco: ​Tórax, Abdome e Pelve

Membros (Membro Superior): ​Ombro, Braço, Antebraço e


Mão

Membros (Membro Inferior): ​Quadril, Coxa, Perna e Pé

PLANOS ANATÔMICOS

a) Planos Seccionais: quatro planos são fundamentais:

1) ​Plano Mediano​: plano vertical que passa longitudinalmente


através do corpo, dividindo-o em metades direita e esquerda.
2) ​Planos Sagitais​: são planos verticais que passam através
do corpo, paralelos ao plano mediano.

3) ​Planos Frontais​ (Coronais): são plano verticais que passam


através do corpo em ângulos retos com o plano mediano, dividindo-o em partes
anterior (frente) e posterior (de trás).

4) ​Planos Transversos​ (Horizontais): são planos que passam


através do corpo em ângulos retos com os planos coronais e mediano. Divide o
corpo em partes superior e inferior.
POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL​ – o corpo está
deitado com a face voltada para cima.

POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL​ – o corpo está


deitado com a face voltada para baixo.

DECÚBITO LATERAL​ – o corpo está deitado de lado.

POSIÇÃO DE LITOTOMIA​ – o corpo está deitado com a face


voltada para cima, com flexão de 90° de quadril e joelho, expondo o períneo.
Termos de Movimento

* ​Flexão​: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou


partes do corpo.

* ​Extensão​: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou


partes do corpo.

* ​Adução​: movimento na direção do plano mediano em um


plano coronal.
* ​Abdução​: afastar-se do plano mediano no plano coronal.

* ​Rotação Medial​: traz a face anterior de um membro para


mais perto do plano mediano.
* ​Rotação Lateral​: leva a face anterior para longe do plano mediano.
*​ Retração​: movimento de retração (para trás) como ocorre na
retrusão da mandíbula e no ombro.

* ​Protração​: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na


protrusão da mandíbula e no ombro.

* ​Oclusão​: movimento em que ocorre o contato da


arcada dentário superior com a arcada dentária
inferior.
* ​Abertura​: movimento em que ocorre o afastamento dos
dentes no sentido súpero-inferior.

* ​Elevação​: elevar ou mover uma parte para cima, como


elevar os ombros.
* ​Depressão​: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros.

* ​Pronação​: movimento do antebraço e mão que gira o rádio


medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão
olha posteriormente.

* ​Supinação​: movimento do antebraço e mão que gira o rádio


lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão
olha anteriormente.
* ​Inversão​: movimento da sola do pé em direção ao plano
mediano. Quando o pé está totalmente invertido, ele também está plantifletido.

* ​Eversão​: movimento da sola do pé para longe do plano


mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele também está dorsifletido.

* ​Dorsi-flexão​ (flexão dorsal): movimento de flexão na


articulação do tornozelo, como acontece quando se caminha morro acima ou
se levantam os dedos do solo.

* ​Planti-flexão​ (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em


direção à face plantar, quando se fica em pé na ponta dos dedos.

TERMOS ANATÔMICOS

Esqueleto Axial
O esqueleto axial inclui todos os ossos localizados no eixo
central do corpo ou próximo a este. O esqueleto axial do adulto
consiste em 80 ossos e inclui crânio, coluna vertebral, costelas e
esterno.
Esqueleto Axial do Adulto

Cabeça rânio

Cabeça ssos da face 4


Osso Hióide
Ossículo da audição (pequeno
osso em cada ouvido)
Coluna vertebral
ervical
Coluna vertebral
orácica 2
Coluna vertebral
ombar
Coluna vertebral
acral
Coluna vertebral
occígea
Tórax
sterno
Tórax
ostela 4
Total de ossos no esqueleto do
adulto 0
 
Esqueleto Apendicular 
A segunda divisão do esqueleto é a porção ​apendicular. ​Essa divisão é
composta por todos os ossos dos membros superiores e inferiores(extremidades) e as
cinturas escapular e pélvica.
No esqueleto apendicular do adulto existem ​126 ossos separados.

ESQUELETO APENDICULAR DO ADULTO


Cl
Cintura escapular
avículas
Es
cápula
Ú
Membros superiores
mero
Ul
na

dio
Os
sos carpais 6
Os
sos metacarpais 0
Fal
anges 8
Os
Cintura pélvica
sos do quadril

Membros inferiores
mur

bia

bia

bia
Os
sos tarsais 4
Os
sos metatarsais 0
Fal
anges 8
Total de Osso no 
 
Esqueleto Apendicular  26 

 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO DAS INCIDÊNCIAS E POSIÇÕES 
 
Posições
Incidências Posições Especificas do Corpo (A
Gerais (Caminho do RC) Gerais do Corpo Parte Mais Próxima ao
Filme)
Póstero - D ou E
Anatômica
anterior (PA) lateral
Antero -
Decúbito Oblíquas
posterior (AP)
*-Posterior
Médio-lateral dorsal
esquerda (OPE)
*-Posterior
Látero- medial Decúbito
direita (OPD)
AP ou PA *-Anterior
ventral
oblíqua esquerda (OAE)
Ereta *-Anterior
AP ou PA axial
(vertical) direita (OAD)
Tangencial Deitado Decúbito
Trendelenbu *-Lateral
Transtorácica
rg esquerdo
Dorsoplantar *-Lateral
De Sim
(DP) direito
Plantodorsal
De Fowler *-Ventral
(PD)
Axial
Litotomia *-Dorsal
ínfero-superior
Axial
*-Lordótica
súpero-inferior
Axiolateral
Submentovértice
(SMV)
Vértice-
submentoniana (VSM)
Parietoacantial
Acantoparietal
Craniocaudal
Orbitoparietal
Parieto-orbital

REVELAÇÃO MANUAL
Tempo e Temperatura
A revelação para filmes de Raios-X são mais eficientes quando usadas dentro de um
limite de temperatura (temperatura ideal 21ºC). Em temperaturas abaixo da
recomendada, algumas das substâncias químicas claramente atrasam sua atividade e
podem causar uma revelação insuficiente e uma fixação inadequada. Temperaturas
acima da recomendada a atividade é muito alta para o controle da revelação manual.
A temperatura de revelação prescrita pelo fabricante é geralmente recomendada por
várias razões.
● Primeiro: se obtêm o bom desempenho sensitométrico do filme, isto é, o contraste e
a velocidade do filme são satisfatórios e o véu é mantido a um nível aceitável.
● Segundo:​ a revelação se processa em tempo conveniente.
● Terceiro: com dispositivos modernos de preparar soluções, a temperatura é
geralmente mantida.

Manter as soluções na temperatura recomendada fará com que o


usuário possa obter as melhores características sensitométricas e também terá a
vantagem de um tempo padrão de revelação, fixação e lavagem. A revelação por
tempo e temperatura é mais preferível do que a revelação por simples observação a
qual na realidade requer mais atenção, habilidades e critérios. Quando os tempos e as
temperaturas são cuidadosamente correlacionados, conforme recomendado pelo
fabricante, qualquer falta de densidade na radiografia pode ser atribuída a
subexposição demasiada em vez da revelação excessiva. Este fato é importante ao se
determinar os ajustes na exposição.

Reforço para revelação manual


A atividade de um revelador não reforçado diminui gradualmente devido à exaustão.
Mesmo quando o revelador não está sendo usado, a atividade pode diminuir
vagarosamente por causa da oxidação do agente revelador pelo ar. Esta exaustão, se
não for contra-balanceada, gradualmente resultará em revelação deficiente e afetará o
contraste e a velocidade de modo adverso. A melhor forma de se compensar estas
perdas é o uso do sistema onde a atividade e os volumes da solução são mantidos
através de um reforço químico adequado. O sistema de reforço é eficaz e simples só é
preciso adicionar uma solução ao revelador original pra compensar a perda da
atividade e assim permitir um tempo constante de revelação. O reforço desempenha a
dupla função de manter o nível liquido no tanque e de manter a atividade da solução.
Co este método, os filmes devem ser removidos rapidamente do revelador sem
permitir que o excesso de solução escorra de volta para o tanque. Em todos os casos
a solução deve ser jogada fora ao final de três meses, por causa da oxidação pelo ar,
e o acumulo de gelatina, sedimentos e impurezas do mecanismo que acabam
infiltrando na solução.

Procedimentos
No que diz respeito aos procedimentos seguidos na revelação manual, certifique-se de
consultar as recomendações do fabricante, uma vez que elas podem variar de produto
a outro. Primeiramente, usando diferentes espátulas, misture bem as soluções pra
igualar a temperatura e a atividade química em todos os tanques. Em seguida,
determine as temperaturas das soluções. Logo após, baseando-se no tempo e na
temperatura da solução do revelador, ajuste o cronômetro para intervalos adequados.
Mergulhe imediatamente o filme no revelador e golpeie levemente a colgadura contra
a parede do tanque para remover as bolhas de ar da superfície do filme. Alguns filmes
não devem ser removidos durante a agitação. É aconselhável escorrer o filme no
espaço entre os tanques ao invés de colocar o filme não escorrido diretamente no
próximo tanque, desta forma prolongando a vida das soluções.

Enxágüe
Após o filme ter sido revelado, deve ser mergulhado em um banho enxaguador de
água corrente límpida ou ainda em uma solução de banho interruptor. O tempo mínimo
para o enxágue ou banho interruptor é de aproximadamente 30 segundos. As
temperaturas de todas as soluções devem ser mantidas próximas da emulsão. Após o
enxágüe, o filme deve ser novamente escorrido de maneira que a menor quantidade
possível de liquido seja transferida para o fixador.

Lavagem
Os filmes devem ser devidamente lavados para se remover as substâncias químicas
da emulsão. Para evitar uma eventual descoloração e desbotamento da imagem. São
necessários, uma boa quantidade de água corrente e límpida, a qual deve fluir de tal
forma que ambas as superfície de cada filme receberam água fresca continuamente.
O tempo requerido pra uma adequada lavagem, depende da temperatura da água, da
sua qualidade, do ritmo do fluxo e turbulência da água, do tipo de filme e de certa
forma do tipo do fixador. Deve-se seguir as recomendações do fabricante quanto ao
tempo de lavagem, que é frequentemente entre 5 a 30 minutos. Os filmes de
“exposição direta” requerem um maior tempo de lavagem, por que sua emulsão tende
a ser mais pesada. A lavagem deve ser cronometrada a partir do mergulho do ultimo
filme na água, porque os filmes lavados ou parcialmente lavados não só absorverão as
substâncias químicas do fixador das águas contaminadas como também liberarão
estas substâncias na água renovada. Assim, conforme mais filmes são adicionados ao
tanque, os filmes podem ser movidos progressivamente na direção contra a corrente
para perto da entrada de água de maneira que os filmes prontos sejam lavados na
água mais límpida e recente. A lavagem será mais eficaz se for feita através de um
sistema de cascata no qual a água flui através de dois ou mais tanques pequenos em
vez de um tanque grande. Deve-se deixar o filme descansando por dois a três
segundos após ser retirado da água.

Agente umedecedor
Com o objetivo de evitar marcas de água e secagem na radiografia e de acelerar a
secagem, enxágue por cerca de 30 segundos em um agente umedecedor após ter
sido retirado da água da lavagem. O agente reduz a tensão da superfície da água no
filme evitando a formação de gotículas de água, que deixam marcas quando secas.

Secagem
É a etapa mais simples da revelação, e também bastante importante. A secagem
indevidamente realizada pode resultar em marcas de água ou deteorização da gelatina
devido à excessiva temperatura. As temperaturas de secagens devem ser
rigorosamente seguidas pelas recomendações do fabricante. Tem a função de trazer
ao estado normal a emulsão de modo uniforme, limpo e dentro de um intervalo de
tempo razoável, nesta fase podem acontecer defeitos, como deposição de pó ou fios
na emulsão, presença de pequenas gotas d’água causando manchas e falta de
espaçamento entre as películas grudando umas nas outras. Para evitarmos estes
defeitos, após a lavagem devemos imergir​ o filem em uma solução que
contenha agente umedecedor, diminuindo a tensão superficial,
reduzindo o risco de que a água seque de forma desigual. Os
secadores consistem em uma cabine na qual a umidade é retirada do
ar através de substâncias químicas e o ar dês-umedecedor é
re-circulado sobre o filme. Assim que estiverem secos, os filmes
devem ser retirados do secador para evitar que se torne quebradiço e
deve-se cortar as pontas para retirar as marcas dos grampos. As
radiografias podem ser penduradas para secar em bastidores em uma
área livre. Independente dos métodos usados para a secagem, os
filmes devem estar bem separados uns dos outros, pois se entrarem
em contato durante a secagem, eles podem apresentar marcas de
secagem ou podem grudar-se uns aos outros.
TERMOS ANATÔMICOS​

* ​Anterior / Ventral / Frontal​: na direção da frente do corpo.

* ​Posterior / Dorsal​: na direção das costas (traseiro).

Exemplo​: O osso esterno e as cartilagens costais


encontram-se anteriormente em relação ao coração. Já os grandes vasos e a
coluna vertebral localizam-se posteriormente em relação ao coração.

* ​Superior / Cranial​: na direção da parte superior do corpo.

* ​Inferior / Caudal​: na direção da parte inferior do corpo.


* ​Medial​: mais próximo do plano sagital mediano (linha sagital
mediana.

* ​Lateral​: mais afastado do plano sagital mediano (linha sagital


mediana).

Termos de Comparação

* ​Proximal​: próximo da raiz do membro. Na direção do tronco.

* ​Distal​: afastado da raiz do membro. Longe do tronco ou do


ponto de inserção.

Exemplo​: O braço é considerado proximal quando comparado


ao antebraço (distal), pois está mais próximo da raiz de implantação do
membro (cintura escapular).
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE E DATA

Deve incluir dados como nome, data, número de identificação


do

Paciente e a sigla instituição.

Esta identificação deve ser feita de modo que não se

Superponha à anatomia essencial que está sendo


demonstrada.

Uma regra geral comum no exame de radiografias é colocá-las

de forma que o paciente fique de frente para o observador, com


o

paciente na posição anatômica.

MARCADOR DO LADO ANATÔMICO

Deve ser identificado na radiografia o lado direito ou esquerdo

do paciente, tornando claro qual membro está sendo


radiografado.

Podem ser usadas as palavra “direita” ou “esquerda” ou apenas


as

Iniciais ​“D”​ ou ​“E”.

Entretanto, lembre-se de que estes são marcadores radiopacos

e, portanto, devem ser colocados dentro do campo de


colimação, de

forma que sejam expostos ao feixe de raios X e impressos na


emulsão

do filme.

Geralmente não é pratica aceitável escrever estas informações


no filme após seu processamento, em virtude da existência de

problemas legais e de responsabilidade devido a possíveis


erros.

Formatos de filmes radiográficos médicos: 13x18; 18x24; 30x40;


35.6x35.6; 35.6x43.2; 20.3x25.4; 15x30; 15x40; 27.9x35,6.

​Técnica Radiográfica E Qualidade De Imagem

​FATORES DE EXPOSIÇÃO (TÉCNICA)

Há três variáveis ou fatores de exposição que são ajustados, no painel


de controle do aparelho de raios X, pelo tecnólogo, toda vez que é feita uma radiografia.
Estas três variáveis de exposição ou fatores, algumas vezes denominados fatores
técnicos, são: 1. Alta-tensão ou quilovoltagem (kV) 2. Corrente ou miliamperagem
(mA) 3. Tempo de exposição (s) Obs.: mAs = mA x s Corrente (mA) e tempo (s)
(tempo de exposição em segundos) geralmente são combinados em miliampere
segundos (mAs), que determinam a quantidade de raios X emitidas do tubo de raios X a
cada vez que é “feita” uma exposição. A alta-tensão (quilovoltagem) determina a
energia do feixe de raios X ou o quanto “duro” é o feixe. Estes fatores de exposição
podem ter um efeito de controle sobre a qualidade da imagem radiográfica.

FATORES DE QUALIDADE DA IMAGEM

São quatro os fatores pelos quais se avalia a qualidade de uma


imagem radiográfica:

​1. DENSIDADE 2. CONTRASTE

3. DETALHE 4. DISTORÇÃO

​DENSIDADE

Densidade radiográfica pode ser descrita como o grau de


enegrecimento da radiografia processada. O fator primário de controle da densidade é o
mAs, assim, a duplicação do mAs duplicará a quantidade de raios X emitida e a
densidade. Para que haja uma modificação notável na densidade radiográfica o mAs,
deve ser alterado em no mínimo 30% a 35%, mas geralmente não seria suficiente para
corrigir a radiografia. Para corrigir uma radiografia subexposta (uma que seja muito
clara) é necessário duplicar o mAs.

CONTRASTE
É definido como a diferença de densidade em áreas adjacentes de uma
radiografia, tem por objetivo tornar mais visível seus detalhes anatômicos. O fator de
controle primário para contraste é a kV. Quanto maior a kV, maior a energia e mais
uniforme é a penetração do feixe de raios X e por conseguinte, menor variação na
atenuação (absorção diferencial), resultando em menor contraste. A quilovoltagem (kV)
também é um fator de controle secundário da densidade. Uma regra simples e prática
afirma que um aumento de 15% na kVp produzirá aumento da densidade igual ao
produto produzido pela duplicação do mAs (Geradores trifásicos ou multipulsados).
Obs.: Uma técnica que privilegie o aumento do kV em detrimento do mAs resultará em
menor exposição do paciente.

​DETALHE

Pode ser definido como a nitidez de estruturas na radiografia. A


ausência de detalhes é conhecida como borramento ou ausência de nitidez. A
radiografia ideal apresentará boa nitidez da imagem. A perda de detalhes é causada com
maior freqüência por movimento, seja voluntário ou involuntário, basicamente
controlado pelo uso de dispositivos de imobilização, controle respiratório e uso de
pequenos tempos de exposição. O uso do pequeno ponto focal, a menor DOF possível e
uma DFoFi maior, também melhora os detalhes registrados ou a definição na
radiografia.

DISTORÇÃO

O quarto e último fator de qualidade da imagem é a distorção, que


pode ser definida como a representação errada do tamanho ou do formato do objeto
projetado em meio de registro radiográfico. Nenhuma radiografia é uma imagem exata
da parte do corpo que esta sendo radiografada, devido à divergência do feixe de raios X.
A distorção, que é um erro na representação do tamanho e do formato da imagem
radiográfica, pode ser minimizada por quatro fatores de controle:

DFOFI : Aumento da DFoFi diminui a distorção (também aumenta a


definição).

DOF​: Diminuição da DOF diminui a distorção (combinada a um


pequeno ponto focal, a diminuição da DOF também aumenta a definição).

​ LINHAMENTO DO OBJETO​: A distorção é diminuída (o plano


A
do objeto está paralelo ao plano do filme).

​RC​: O posicionamento correto do RC reduz a distorção porque a


porção mais central do feixe de raios X com a menor divergência é mais bem utilizada.
EFEITO ANÓDICO

Descreve um fenômeno no qual a intensidade da radiação emitida da


extremidade do catodo do campo de raios X é maior do que aquela na extremidade do
anodo. Isso é devido ao ângulo da face do anodo, de forma que há maior atenuação ou
absorção dos raios X na extremidade do anodo. A diferença na intensidade do feixe de
raios X entre catodo e anodo pode variar de 30% a 50%4)

Radioproteção

Na utilização dos raios X, os tecnólogos devem ter em mente a


otimização da proteção radiológica nestes procedimentos, para que as doses nos
pacientes, público e principalmente neles próprios sejam tão baixas quanto
razoavelmente exequíveis (Princípio ALARA).

​Princípios De Posicionamento

Cada departamento de radiologia deve estabelecer um protocolo para


a realização de todos os procedimentos radiológicos gerais (previsto na Portaria 453).

SEQUÊNCIA E ROTINA DE POSICIONAMENTO

​ TAPA 1. POSICIONAMENTO GERAL DO PACIENTE:


E
Assegurar que o RC da luz do colimador esteja centralizado na linha central da mesa ou
do bucky mural(estativa), antes do paciente ser conduzido para o interior da sala.

​ETAPA 2. MEDIDA DA ESPESSURA DA REGIÃO DE


INTERESSE: A região de interesse radiográfico deve ter sua espessura medida,
utilizando um espessômetro, para que fatores de exposição (técnica) corretos sejam
ajustados.

​ETAPA 3. POSICIONAMENTO DA REGIÃO DE INTERESSE: O


paciente deve ser movido, conforme necessário, para centralizar a região de interesse
radiográfico em relação ao RC da luz do colimador.

​ETAPA 4. CENTRALIZAÇÃO DO FILME: O filme deve estar


centralizado em relação ao RC. No caso de procedimentos utilizando o porta-chassi,
isso é feito movendo-o longitudinalmente para centralizar o filme(chassi) na luz central
projetada do RC.

COLIMAÇÃO: As bordas da luz do colimador devem ser ajustadas


para incluir apenas a anatomia essencial e estar limitada as dimensões do filme (chassi).

MARCADORES: O marcador D ou E deve ser colocado


corretamente para ficar no campo de exposição sem superpor-se à anatomia essencial.
​ESCUDOS: Devem ser sempre utilizados escudos plumbíferos de
proteção, a não ser que, a região de interesse radiográfico seja afetada.

INCIDÊNCIAS ESSENCIAIS

I​ NCIDÊNCIAS DE ROTINA (BÁSICAS): As incidências de rotina


ou básicas são definidas como aquelas comumente feitas em todos os pacientes médios
que são úteis e podem cooperar totalmente. Isso, obviamente, depende de cada serviço
de radiologia.

INCIDÊNCIAS ADICIONAIS: São incidências definidas como


aquelas realizadas mais comumente para melhor demonstrar partes anatômicas
específicas, ou em determinadas condições patológicas, ou aquelas que podem ser
necessárias para pacientes que não conseguem cooperar completamente.

​ O MÍNIMO DUAS INCIDÊNCIAS: Uma regra geral em


N
radiologia diagnóstica sugere que são necessárias no mínimo duas incidências feitas o
mais próximo possível de 90º entre si para a maioria dos procedimentos radiológicos.

 
 

MEMBROS SUPERIORES 
 

INCIDÊNCIAS DOS DEDOS (2º– 5 º)  

Incidência PA dos dedos 

  ​POSIÇÃO: Paciente sentado à extremidade da mesa, cotovelo fletido


a 90º (escudo de chumbo sobre o colo); Pronar a mão, separar os dedos; • Centralizar e
alinhar, com a parte do filme exposta, o eixo longitudinal do(s) dedo(s) afetado(s). RC
perpendicular, centralizado na articulação IFP; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO: Nos
quatro lados da área de interesse. FATORES TÉCNICOS: Alta-tensão = 60kVp; mAs =
2; Tamanho do filme = 18x24 cm. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Todo o dedo em
questão e aproximadamente o terço distal do metacarpiano devem ser incluídos, com
colimação visível nos quatro lados;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS: As articulações


interfalangianas devem apresentar-se abertas, indicando completa pronação da mão e
localização correta do RC.

Incidência Lateral dos dedos 

  ​POSIÇÃO: Paciente sentado, mão sobre a mesa (escudo de chumbo


sobre o colo); Mão na posição lateral, lado do polegar para cima para 3 º– 5º dedos (se
houver apoio), lado do polegar para baixo para o 2º dedo; Alinhar o dedo em relação ao
eixo longitudinal da parte do filme exposta. RC perpendicular, centralizado na
articulação IFP; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da área do dedo
afetado. TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 13x18 cm ou 18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Falanges,


articulações interfalangianas e metacarpo-falangianas em posição lateral. CRITÉRIOS
DE AVALIAÇÃO: 1. Todo o dedo em questão (falanges distal, média e proximal) e
articulação metacarpo-falangiana devem ser incluídos, com colimação visível nos
quatro lados; 2. Os espaços articulares interfalangianos devem estar abertos, indicando
localização correta do raio central e que as falanges estão paralelas ao filme. O dedo
deve estar em posição lateral verdadeira.

Incidência Oblíqua dos dedos 


POSIÇÃO: Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido a 90º
(escudo de chumbo sobre o colo); Alinhar os dedos com o eixo longitudinal da parte do
filme exposta; Rodar a mão 45 o , apoiando contra o bloco de sustentação com ângulo
de 45 º . Separar os dedos, assegurar que o(s) dedo(s) afetado(s) esteja(m) paralelo(s) ao
filme. RC perpendicular, centralizado na articulação IFP; DFOFI = 100cm;
COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da área do dedo afetado. TAMANHO DO CHASSI /
FILME:: 13x18 cm ou 18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Falanges,


articulações interfalangianas e metacarpo-falangianas em posição oblíqua.

INCIDÊNCIAS DO POLEGAR Incidência PA e AP: 

POSIÇÃO PA: Colocar a mão em uma posição quase lateral e apoiar


o polegar sobre um bloco de esponja suficientemente alto para que o polegar não esteja
oblíquo; Ou Apoiar a região anterior do dedo no chassis, que deverá estar colocado
numa extremidade da mesa; Alinhar o polegar em relação ao eixo longitudinal da parte
do filme exposta. RC perpendicular, centralizado na 1 a articulação MF DFOFI =
100cm; COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente na área do polegar (incluir todo 1 o
metacarpiano estendendo-se até os carpianos) TAMANHO DO CHASSI / FILME::
13x18 cm ou 18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Falanges distal e


proximal, primeiro metacarpiano e articulações associadas. CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO: 1. Todo polegar (até a 1 a articulação carpometacarpiana) deve ser
centralizado em relação ao filme, com inclusão do trapézio. 2. As articulações
interfalangianas e metacarpianas devem apresentarse abertas;

​I​NCIDÊNCIA​ L​ATERAL​ ​DO​ ​POLEGAR 

POSIÇÃO​: Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido


(escudo sobre o colo); Alinhar o polegar com o eixo longitudinal da parte do filme
exposta; Com a mão em pronação e ligeiramente curva, rodar a mão medialmente até
que o polegar esteja em posição lateral verdadeira. RC perpendicular, centralizado na 1
a articulação MF; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente na área do
polegar (incluir todo 1 o metacarpiano estendendo-se até os carpianos) TAMANHO DO
CHASSI / FILME:: 13x18 cm ou 18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Falanges distal e


proximal e metarcapiano do 1 o dedo em posição lateral juntamente com as articulações
abertas associadas e ossos sesamóides se presentes. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1.
Todo polegar (desde a sua extremidade distal até a 1 a articulação carpometacarpiana)
deve ser centralizado em relação ao filme, com inclusão do trapézio, e bem visualizado.
O polegar deve estar em posição lateral verdadeira. 2. As articulações interfalangianas e
metacarpianas devem apresentarse abertas;

Incidência Oblíqua do polegar 

POSIÇÃO: • Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido


(escudo sobre o colo); Alinhar o polegar com o eixo longitudinal da parte do filme
exposta; • Com a mão em pronação, abduzir o polegar ligeiramente. Esta posição tende
naturalmente a rodar o polegar até uma posição oblíqua a 45º. RC perpendicular,
centralizado na 1 a articulação MF; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO: Colimar
rigorosamente na área do polegar (incluir todo 1 o metacarpiano estendendo-se até os
carpianos). TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 13x18 cm ou 18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Falanges distal e


proximal e metacarpiano e articulações associadas e ossos sesamóides se presentes.

INCIDÊNCIAS DE MÃO 

​Incidência PA da mão

POSIÇÃO: Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido


(escudo sobre o colo); • Alinhar o eixo longitudinal da mão e do punho paralelos à
borda do chassi; Mão totalmente pronada, dedos ligeiramente separados. RC
perpendicular, centralizado na 3 a articulação MF; DFOFI = 100cm; Colimação: Incluir
toda a mão e o punho. TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm ou 24x30 cm;

Estruturas mais bem demonstradas Falanges, metacarpianos, ossos do


carpo e todas as articulações da mão. Critérios de avaliação: 1. Toda a mão, o punho e
cerca de 2,5cm da parte distal do antebraço devem estar incluídos com as margens de
colimação visíveis nos quatro lados; 2. O eixo longitudinal da mão e do punho deve ser
alinhado com o do filme; 3. Os dedos devem estar ligeiramente separados sem
superposição de tecidos moles; 4. As articulações metacarpo-falangianas e
interfalangianas devem apresentar-se abertas, indicando a localização correta do RC e
que a mão estava em pronação total;

​Incidência Oblíqua da mão 

POSIÇÃO: Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido ;


Rodar toda a mão e o punho lateralmente 45 o , apoiar com bloco em cunha ou escada.
Alinhar a mão e o punho em relação ao chassi; Assegurar que todos os dedos estejam
ligeiramente separados e paralelos ao filme. RC perpendicular, centralizado na 3 a
articulação MF; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO: Incluir toda a mão e o punho.
TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm ou 24x30 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Falanges,


metacarpianos, ossos do carpo e todas as articulações em posição oblíqua. CRITÉRIOS
DE AVALIAÇÃO: 1. Toda a mão, o punho e cerca de 2,5cm da parte distal do
antebraço devem estar incluídos com as margens de colimação visíveis nos quatro
lados;2. A oblíqua é evidenciado por: – As porções médias das diáfises do 3º 4º e 5º
metacarpianos não devem superpor-se; – A superposição excessiva dos metacarpianos
indica rotação excessiva e a separação muito grande rotação insuficiente. 3. As
articulações devem apresentar-se abertas, indicando a localização correta do RC;

Incidência Lateral da mão 

POSIÇÃO: Paciente sentado, mão sobre a mesa, cotovelo fletido; Mão


em posição lateral, lado do polegar para cima, dedos separados e afastados na posição
de leque e sustentados por bloco em degraus radiotransparente ou suporte semelhante;
Ou lateral em extensão (na possibilidade de corpo estranho e lesão do metacarpo). RC
perpendicular, centralizado na 2 a articulação MF; DFOFI = 100cm; Colimação: Incluir
toda a mão e o punho. TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm ou 24x30 cm;

Estruturas mais bem demonstradas Falanges separadas (uso da


escada); metacarpianas e ossos do carpo superpostos em uma posição lateral, exceto
pelo polegar, que é mostrado em uma incidência PA verdadeira (com alguma
ampliação).

INCIDÊNCIA DE PUNHO 

​Incidência PA do punho

POSIÇÃO: Paciente sentado, braço sobre a mesa; • Alinhar a mão e o


punho paralelos à borda do chassi; Abaixar o ombro, apoiar o braço sobre a mesa para
assegurar que não haja rotação do punho; Mão pronada, dedos fletidos e mão
ligeiramente curva para colocar o punho em contato direto com a superfície do chassi.
RC perpendicular, centralizado no meio do carpo; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO:
Incluir no mínimo 2/3 proximais dos metacarpianos e 1/3 distal do antebraço.
TAMANHO DO CHASSI / FILME: 18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS: Partes médias e


proximal dos metacarpianos, ossos do carpo, partes distais do rádio e da ulna e
articulações associadas, e tecidos moles pertinentes da articulação do punho.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1. Devem ser visualizadas as partes distais do rádio e
da ulna, e todos os ossos do carpo, centralizados em relação à parte média e ao eixo
longitudinal daquela parte do filme usada com margens de colimação nos quatro lados.
2. PA verdadeiro evidenciado por: – Concavidades iguais de cada lado das diáfises dos
metacarpianos proximais; – Distâncias aproximadamente iguais entre os metacarpianos
proximais; e separação das partes distais do rádio e da ulna, exceto por possível
superposição mínima na articulação radio-ulnar distal.

​Incidência Lateral do punho

POSIÇÃO: Paciente sentado, braço sobre a mesa, cotovelo fletido,


ombro abaixado para colocar o úmero, o antebraço e o punho no mesmo plano
horizontal; Alinhar a mão e o punho paralelos à borda do chassi; Colocar a mão e o
punho em uma posição lateral verdadeira, usar apoio para manter essa posição se
necessário. RC perpendicular, centralizado no meio do carpo; DFOFI = 100cm;
COLIMAÇÃO: Incluir no mínimo 2/3 proximais dos metacarpianos e 1/3 distal do
antebraço. TAMANHO DO CHASSI / FILME: 18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS: Partes médias e


proximal dos metacarpianos superpostas, ossos do carpo, partes distais do rádio e da
ulna e articulação do punho. Algumas fraturas características podem ser visualizadas
como a fratura de Colles (não traumática) com deslocamento posterior do fragmento da
porção distal do rádio. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1. Devem ser visualizadas as
porções distais do rádio e da ulna, ossos do carpo, e ao menos a área média do
metacarpo, centralizados em relação à parte média e ao eixo longitudinal daquela parte
do filme utilizada. 2. Posição Lateral verdadeira evidenciado por: – A cabeça da ulna
em sua porção distal deve estar centralizada e diretamente superposta ao rádio; – As
porções proximais dos metacarpianos devem aparecer todas alinhadas e superpostas; 3.
As finas impressões trabeculares de todos os ossos devem apresentar-se nítidas e
evidentes.

Incidência Oblíqua do punho 

POSIÇÃO: Paciente sentado, braço sobre a mesa, cotovelo fletido;


Alinhar a mão e o punho paralelos à borda do chassi; Rodar a mão e o punho para a
posição oblíqua a 45º Fletir os dedos para apoiar a mão nesta posição, ou usar bloco de
apoio a 45º. RC perpendicular, centralizado no meio do carpo; DFOFI = 100cm;
Colimação: Incluir no mínimo 2/3 proximais dos metacarpianos e 1/3 distal do
antebraço. TAMANHO DO CHASSI / FILME:18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRATDAS: Partes médias e


proximal dos metacarpianos, ossos do carpo (principalmente trapézio e escafoide),
partes distais do rádio e da ulna e articulações associadas.

​Incidência ​PA  (flexão  ulnar  –  incidência  para 


escafoide)
Posição: A partir da posição PA do punho, delicadamente fletir o
punho em direção à face ulnar até onde o paciente puder tolerar. Angular o RC 10-15º
em direção ao cotovelo (RC de 20-30 o pode demonstrar melhor fraturas do escafoide),
centralizado no escafoide (lado do polegar da área do carpo); DFOFI = 100cm;
COLIMAÇÃO: Na região do carpo TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm ou
15x40 cm (para rotina completa);

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS. Escafoide sem


encurtamento com espaços abertos entre os ossos do carpo adjacentes.

Incidência PA de punho (flexão radial)  

POSIÇÃO: A partir da posição PA do punho, delicadamente fletir o


punho em direção à face radial até onde o paciente puder tolerar. RC perpendicular, na
área média do carpo; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente na área
do carpo (quadrado de 7,5cm) TAMANHO DO CHASSI / FILME:18x24 cm ou 15x40
cm (para rotina completa);

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Os ossos do carpo


com espaços interarticulares mais abertos na face ulnar do punho, principalmente semi
lunar, piramidal, pisiforme e hamato.

Incidência  Túnel  do  carpo  do  punho  (Método 


Gaynor-Hart)

POSIÇÃO: Paciente sentado, mão sobre a mesa (escudo sobre o


colo); Hiperestender o punho até onde o paciente puder tolerar com o paciente usando a
outra mão para manter os dedos para atrás; Rodar um pouco a mão e o punho
internamente (5-10º); Trabalhar rapidamente. RC formando 25-30º com o eixo
longitudinal da superfície palmar, centralizado 3cm distal à base do 3º metacarpiano;
DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO: Colimar na área do carpo (quadrado de 7,5cm)
TAMANHO DO CHASSI / FILME:18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Vista tangencial


dos ossos do carpo, principalmente para a demonstração de possíveis calcificações ou
patologia da face dorsal dos ossos do carpo.

INCIDÊNCIAS DO ANTEBRAÇO  

Incidência AP do antebraço 

Posição: Paciente sentado à extremidade da mesa, com o braço


estendido e a mão em supinação (escudo sobre o colo); Assegurar que as articulações do
punho e do cotovelo estejam incluídas, exceto se contra indicado; Solicitar que o
paciente se incline lateralmente, conforme a necessidade, para uma AP verdadeira do
antebraço. RC perpendicular, centralizado no ponto médio do antebraço; DFOFI =
100cm; COLIMAÇÃO: Colimar dos quatro lados, incluir no mínimo 2,5 cm além das
articulações do punho e cotovelo. TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Todo o rádio e a


ulna, fileira proximal dos ossos do carpo, cotovelo e extremidade distal do úmero.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1. O eixo longitudinal do antebraço deve estar
alinhado com o da metade do filme exposta; 2. Os ossos do carpo devem estar incluídos
distalmente, e a parte distal do úmero proximalmente; 3. Os epicôndilos do úmero
devem ser visíveis em perfil com a cabeça, o colo e a tuberosidade do rádio ligeiramente
superpostos pela ulna. Deve haver apenas discreta superposição na articulação
rádio-ulnar distal; 4. Os espaços articulares do punho e do cotovelo estarão apenas
parcialmente abertos devido à divergência do feixe; 5. As bordas de colimação laterais
devem ser visíveis de cada lado do antebraço, e as bordas em ambas as extremidades
devem incluir a anatomia essencial das articulações; 6. A exposição ótima sem
movimento deve permitir a visualização de margens ósseas nítidas e de impressões
trabeculares evidentes em todo o osso. 

​Incidência Lateral do antebraço

POSIÇÃO: Paciente sentado na extremidade da mesa (escudo sobre o


colo); Cotovelo deve estar fletido 90º; A mão e o punho devem estar em uma posição
lateral verdadeira (o rádio e a ulna distais devem estar ligeiramente superpostos);
Assegurar que as articulações do punho e do cotovelo estejam incluídas, exceto se
contra indicado. RC perpendicular, centralizado no ponto médio do antebraço; DFOFI =
100cm; COLIMAÇÃO: Colimar dos quatro lados, incluir no mínimo 2,5 cm além das
articulações do punho e cotovelo. TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Vista lateral de


todo o rádio e a ulna, fileira proximal dos ossos do carpo, cotovelo e extremidade distal
do úmero, olecrânio em perfil. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1. O cotovelo deve ser
fletido a 90o e o antebraço deve estar alinhado com o eixo longitudinal da metade
exposta do filme; 2. Os ossos do carpo devem estar incluídos distalmente, e a parte
distal do úmero proximalmente; 3. Ausência de rotação: A cabeça da ulna distal deve
estar diretamente superposta e centralizada sobre o rádio, e os epicôndilos umerais
devem estar diretamente superpostos. 4. A cabeça do rádio deve superpor-se ao
processo coronóide, e a tuberosidade radial não deve ser observada de perfil; 5. As
articulações do punho e do cotovelo estarão apenas parcialmente abertas devido à
divergência do feixe; 6. As bordas de colimação laterais devem ser visíveis de cada lado
do antebraço, e as bordas em ambas as extremidades devem incluir a anatomia essencial
das articulações; 7. A exposição ótima sem movimento deve permitir a visualização de
margens ósseas nítidas e de impressões trabeculares evidentes em todo o osso.
INCIDÊNCIAS DO COTOVELO 

​Incidência AP do cotovelo

POSIÇÃO: • Cotovelo estendido e mão supinada (escudo sobre o


colo); Inclinar lateralmente, quando necessário, para AP verdadeira (palpar
epicôndilos); Se o cotovelo não puder ser totalmente estendido, fazer duas incidências
AP com RC perpendicular ao úmero e antebraço fletido , e RC perpendicular ao
antebraço com úmero fletido. RC perpendicular, centralizado no meio da articulação do
cotovelo; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO: Na área de interesse. TAMANHO DO
CHASSI / FILME:: 18x24 cm; ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Parte
distal do úmero, espaço articular do cotovelo e partes proximais do rádio e da ulna.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1. O eixo longitudinal do braço deve ser alinhado com
o da parte do filme exposta; 2. O espaço articular do cotovelo deve estar aberto e
centralizado na área exposta do filme; 3. As bordas de colimação devem ser visíveis nos
quatro lados, com o meio da articulação do cotovelo no centro do campo de colimação;
4. Ambos os epicôndilos devem estar em perfil, sendo o medial mais proeminente; 5.
Uma parte da cabeça do rádio e cerca de metade do colo devem ser superpostas pela
ulna; 6. Exposição e contraste ótimos sem movimento permitirão a visualização de
margens ósseas nítidas. A impressão trabecular deve ser clara e nítida.

Incidência Lateral do cotovelo  

Posição: Cotovelo fletido a 90º, ombro abaixado, quando necessário,


para apoiar o antebraço e o úmero sobre a mesa e o chassi (escudo sobre o colo);
Centralizar o cotovelo no centro do chassi ou na parte do filme exposta, com o
antebraço alinhado paralelo à bordas do chassi; Colocar a mão e o punho em uma
posição lateral verdadeira. RC perpendicular, centralizado no meio da articulação do
cotovelo; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO: Colimar nos quatro lados, incluir um
mínimo de 5cm do antebraço e do úmero. TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24
cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Vista lateral da


parte distal do úmero e proximal do antebraço. Visualiza claramente o olecrânio com
epicôndilos superpostos. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1. O eixo longitudinal do
braço deve ser alinhado com o do filme, com a articulação do cotovelo fletida a 90o e
no centro do filme e do campo de colimação de quatro lados; 2. O olecrânio deve ser
visualizado em perfil; 3. Cerca da metade da cabeça do rádio será superposta pelo
processo coronóide, 4. A exposição ótima sem movimento deve permitir a visualização
de margens ósseas nítidas e de impressões trabeculares evidentes em toda a radiografia
e margens de tecidos moles.

​Incidência oblíqua do cotovelo


POSIÇÃO: Interna: Cotovelo estendido, mão em pronação (escudo
sobre o colo); Palpar epicôndilos para verificar rotação interna de 45º. Externa: Supinar
a mão e rodar o cotovelo 40-45º externamente (isso é mais difícil para o paciente),
inclinar todo o tronco lateralmente quando necessário. RC perpendicular, centralizado
no meio da articulação do cotovelo; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO: Na área de
interesse. TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS interna: Processo


coronóide da ulna em perfil; Externa: Cabeça e colo do rádio.

INCIDÊNCIAS DO ÚMERO 

​Incidência AP do úmero

POSIÇÃO: Ortostática ou decúbito dorsal com úmero alinhado com o


eixo longitudinal do chassi (exceto se for necessário posicionamento diagonal para
incluir as articulações do cotovelo e ombro). Colocar escudo sobre as gônadas. Abduzir
o braço ligeiramente, supinar a mão para AP verdadeira (epicôndilos paralelos ao
filme). RC perpendicular, na área média do úmero; DFOFI = 100cm; COLIMAÇÃO:
Na área de interesse. TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Vista frontal de


todo o úmero. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1. Todo o úmero, incluindo as
articulações do ombro e do cotovelo, e cerca de 3cm da parte proximal do antebraço
devem ser visualizados, com margens de colimação nos quatro lados; 2. Incidência AP
verdadeira evidenciada por: – Tubérculo maior observado em perfil lateralmente; –
Cabeça do úmero observada em perfil medialmente com apenas superposição mínima
da cavidade glenóide; – Contorno do tubérculo menor observado logo medialmente ao
tubérculo maior; – Epicôndilos lateral e medial da parte distal do úmero observados em
perfil; 3. A exposição ótima sem movimento permitirá a visualização de bordas nítidas e
impressões trabeculares finas de todo o úmero. As porções proximal e distal do úmero
devem apresentar-se quase iguais em densidade de exposição. (A utilização correta do
efeito anódico facilitará isso.)

Incidência Lateral do úmero 

POSIÇÃO: Ortostática (PA): Cotovelo fletido em 90º, paciente


rodada 15-20o em relação à PA ou o necessário para colocar o úmero e o ombro em
contado com o porta-filme (epicôndilos perpendiculares ao filme para lateral
verdadeira). AP ortostática ou em Decúbito Dorsal: Cotovelo ligeiramente fletido, braço
e punho rodados para posição lateral (palma para trás), epicôndilos perpendiculares ao
filme; Filme centralizado para incluir as articulações do cotovelo e ombro. RC
perpendicular, na área média do úmero; DFOFI = 100cm. COLIMAÇÃO: Na área de
interesse. TAMANHO DO CHASSI / FILME:: 30x40 cm;
ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Vista lateral de
todo o úmero, incluindo a articulação do cotovelo. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1.
Todo o úmero, incluindo as articulações do ombro e do cotovelo, devem ser
visualizados, com margens de colimação nos quatro lados; 2. Incidência lateral
verdadeira evidenciado por: Epicôndilos diretamente superpostos; Tubérculo menor
mostrado em perfil medialmente, parcialmente superposto pela parte inferior da
cavidade glenóide;

A exposição ótima sem movimento permitirá a visualização de bordas


nítidas e impressões trabeculares finas de todo o úmero. As porções proximal e distal do
úmero devem apresentar-se quase iguais em densidade de exposição. (A utilização
correta do efeito anódico facilitará isso.)

POSICIONAMENTO  RADIOLÓGICO  DA  CINTURA 


ESCAPULAR  

Radiografias Da Porção Proximal Do Úmero  

Incidências em rotação da porção proximal do úmero ou cintura


escapular são comumente obtidas em pacientes sem história de traumatismo, quando
foram descartadas fraturas importantes ou luxações do úmero. Essas incidências
rotacionais em AP avaliam bem a articulação escapulo umeral (ou articulação do
ombro) quanto à presença de depósitos de cálcio ou outras patologias.

ROTAÇÃO  EXTERNA: A posição de rotação externa representa


uma incidência AP verdadeira do úmero em posição anatômica, conforme determinado
pelos epicôndilos do úmero distal. O braço e o cotovelo são rodados externamente até
que a palma da mão esteja voltada para a frente. Isso posiciona uma linha imaginária
entre os epicôndilos medial e lateral paralela ao chassi. OBSERVAÇÃO: Você pode
conferir isso em si mesmo deixando o braço em repouso ao lado do corpo e em seguida
rodando externamente a mão e o braço enquanto apalpa os epicôndilos na região distal
do úmero.

​ OTAÇÃO  INTERNA: A rotação interna ocorre quando a mão e


R
o braço estão rodados internamente até que os epicôndilos do úmero distal estejam
perpendiculares ao chassi, colocando o úmero em uma posição lateral verdadeira. A
palma da mão está voltada para trás, ou posteriormente o suficiente para posicionar os
epicôndilos perpendiculares ao chassi.

ROTAÇÃO  NEUTRA: A incidência obtida com a rotação neutra


do ombro, como aquela que é realizada na vítima de traumatismo quando as incidências
em rotação não podem ser feitas, geralmente posiciona os epicôndilos do úmero distal
em um ângulo de cerca de 45° em relação ao chassi. Isso resulta em uma posição
oblíqua do úmero situada a 45° quando a palma da mão está voltada para dentro, contra
a coxa. A posição neutra é portanto intermediária entre as posições externa e interna,
colocando o tubérculo maior anteriormente, mas ainda lateral em relação ao tubérculo
menor.

CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS 

Os ombros dos adultos geralmente medem entre 10 a 15 cm, o que


torna necessário o uso de uma grade. Crianças e adultos magros podem ter ombros com
menos de 10 cm, necessitando de ajustes no fator de exposição sem o uso das grades.

Procedimentos Operacionais Padronizados E Adicionais Algumas


incidências básicas e adicionais do ombro, clavícula, articulações AC e escápula são
demonstradas e descritas nas páginas seguintes Região anatômica Incidências Básicas
(rotina) Adicionais Clavícula AP/Axial; Articulação acrômio-claviculares/AP bilateral;
Escápula AP/Lateral; Ombro AP/ Rot interna/ AP Rot externa /Oblíqua/ Axial.

INCIDÊNCIAS BÁSICAS E ESPECIAIS

Clavícula
BÁSICA
AP e axial AP

Escápula
BÁSICA
AP -191
Lateral
Ortostática
Em decúbito

Ombro (rotina básica, excetuando-se o traumatismo)


BÁSICA
AP em rotação externa (AP)
AP em rotação interna (lateral)
ESPECIAL
Ombro (rotina para traumatismo)
BÁSICA
AP em rotação neutra (AP)
Lateral transtorácica
(método de Lawrence) ou
Lateral em Y escapular
ESPECIAL
Incidência tangencial
saída supra-espinhal
(método de Neer)
Oblíqua apical
(método de Garth)

Axial infero-superior (método de Lawrence)


Axial infero-superior (método de West Point)
Oblíqua posterior - cavidade glenóide
(método de Grashey)
Incidência tangencial - sulco intertubercular
(método de Fisk)

Articulações AC (articulação acromioclavicular)


BÁSICA
AP bilateral com pesos e AP bilateral sem pesos

 
 

INCIDÊNCIAS DE CLAVÍCULA 

​Incidência AP e Axial da clavícula

POSIÇÃO: Ortostática ou decúbito; Centralizar a clavícula e o filme


em relação ao RC (a meio caminho entre a incisura jugular medialmente e a articulação
AC lateralmente). RC na área média da clavícula. – ​AP​: RC perpendicular, na área
média da clavícula. – ​AP axial​: 15 a 30 o cefálico (ombros magros exigem ângulo 5-10
o maior que ombros largos). – DFOFI = 100cm. COLIMAÇÃO: Colimar rigorosamente
na área da clavícula. RESPIRAÇÃO: Expor em expiração. TAMANHO DO CHASSI /
FILME:: 24x30 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS: Fraturas e/ou


luxações da clavícula são demonstradas. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. ​AP 0°: Os
limites da colimação devem ser visíveis com a clavícula inteiramente visualizada,
incluindo tanto as articulações AC quanto as articulações esternoclaviculares. ​Axial
AP: A correta angulação do RC projetará a maior parte da clavícula sobre a escápula e
as costelas. Apenas a porção medial da clavícula estará superposta pela primeira e
segunda costelas. A exposição adequada mostrará a clavícula distal e a articulação AC
sem densidade excessiva. As margens ósseas e o trabéculo devem aparecer com aspecto
nítido, indicando que não houve movimentação. A região medial da clavícula e a
articulação esternoclavicular também devem ser visualizadas através do tórax.

I​ NCIDÊNCIA  DA  ARTICULAÇÃO 


ACRÔMIO-CLAVICULAR

Incidência AP Bilateral  

POSIÇÃO: Ortostática, de pé, se possível, ou pode estar sentado em


cadeira; Braços ao lado do corpo, uma exposição para bilateral sem pesos, e uma
segunda exposição bilateral com pesos de 1,6-2 kg amarrados aos punhos, ombros e
braços relaxados, centralizar o chassi em relação ao RC. RC perpendicular na incisura
jugular; DFOFI = 180cm. COLIMAÇÃO: Campo de exposição horizontal estreito
longo. RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição. TAMANHO DO CHASSI /
FILME: 30x40, 34x43 cm ou 18x24 cm (x2);

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS: A separação da


articulação acrômio-clavicular é demonstrada. Um alargamento do espaço articular,
quando comparado à outra incidência com pesos, geralmente indica uma separação da
articulação AC CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1. Pesos: Após a realização da primeira
exposição sem os pesos e da troca does) chassi(s), em pacientes adultos de grande
estatura, fixe pesos de 1,6-2 kg em cada punho. Em seguida, com os ombros relaxados,
cuidadosamente deixe que os pesos pendam dos punhos, rebaixando os braços e
ombros. Pesos iguais devem ser usados em cada punho. Pesos menores (1-1,6 kg por
membro) podem ser usados em pacientes de menor porte ou emagrecidos, e pesos
maiores, em pacientes maiores. 2. Nota: Os pacientes NÃO devem ser solicitados a
segurar os pesos nas mãos. Os pesos devem ser fixados nos punhos de forma que as
mãos, os braços e os ombros estejam relaxados para determinar uma possível separação
da articulação AC. O ato de segurar os pesos pode conduzir a resultados
falso-negativos, porque o paciente tenderá a puxar os pesos, contraindo os músculos do
ombro, em vez de relaxa-los.

​INCIDÊNCIAS DA ESCÁPULA

Incidência AP da escápula 

POSIÇÃO: Ortostática ou decúbito dorsal (ortostática é preferida com


dor na área da escápula); Abduzir suavemente o ombro 90º se possível, mão em
supinação (a abdução resulta em menor superposição das costelas sobre a escápula),
Centralizar o chassi e toda a escápula em relação ao RC. RC perpendicular na área
média da escápula (=5cm inferior ao processo coracóide e = 2,5cm medial à borda
lateral); DFOFI = 100cm. Colimação: Nos quatro lados das bordas escapulares.
Respiração: Interromper durante a exposição. TAMANHO DO CHASSI / FILME::
24x30 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS: Fraturas da


escápula. Critérios de avaliação 1. A porção lateral da escápula está livre de
superposição. A porção medial da escápula será vista através das estruturas torácicas. 2.
A combinação adequada de densidade e contraste sem nenhuma movimentação
mostrará o trabeculado ósseo da porção lateral da escápula de forma clara e definida. As
costelas e as estruturas pulmonares aparecerão distorcidas com a técnica de respiração
adequada.

Incidência Lateral escápula 

POSIÇÃO: Ortostática ou decúbito (prefere-se ortostática). Palpar as


bordas da escápula e rodar o tórax até que o corpo da escápula esteja perpendicular ao
filme (VARIARÁ DE ROTAÇÃO DE 45-60º EM RELAÇÃO À PA). A ÁREA DE
INTERESSE É O CORPO DA ESCÁPULA: Braço levantado, o paciente cruza o braço
e segura o ombro oposto. A ÁREA DE INTERESSE É A PARTE SUPERIOR DA
ESCÁPULA: Braço para baixo e para trás, colocar o braço afetado atrás das costas,
fletir o cotovelo, palma da mão para fora. RC perpendicular no meio da borda medial
(vertebral) da escápula; DFOFI = 100cm. COLIMAÇÃO: Na região escapular.
RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição. TAMANHO DO CHASSI / FILME::
24x30 cm;
ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Fraturas horizontais
da escápula são evidenciadas. O braço deve ser posicionado de acordo com a área
escapular de interesse. Nota: Na posição em decúbito resulta em uma imagem
magnificada por causa do aumento da DOF. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1. Toda a
escápula deve ser visualizada em posição lateral. 2. Uma incidência lateral verdadeira é
vista pela superposição direta das bordas vertebral e lateral. O corpo da escápula deve
ser visto em perfil, livre da superposição das costelas. O quanto for possível, não se
deve superpor o úmero em relação à área de interesse da escápula. 3. A exposição
adequada sem nenhuma movimentação mostrará as margens e o trabeculado ósseo de
forma definida. Toda a escápula deve ser visualizada sem densidade excessiva na área
do ângulo inferior. As margens ósseas do acrômio e do processo coracóide devem ser
vistas através da cabeça do úmero.

INCIDÊNCIAS DO OMBRO  

Incidência AP do ombro(com rotação ext e int) 

POSIÇÃO: Ortostática (sentada ou de pé) ou em decúbito dorsal,


braço ligeiramente abduzido; Rodar o tórax, quando necessário, para colocar a face
posterior do ombro contra o porta-filme; Centro do chassi na articulação glenoumeral e
RC​. Rotação Externa: Rodar o braço externamente até que a mão esteja em supinação
e os epicôndilos, paralelos ao filme. ​Rotação interna: Rodar o braço internamente até
que a mão esteja em pronação e os epicôndilos, perpendiculares ao filme. RC
perpendicular no meio da articulação glenoumeral (≈ 2,5cm inferior ao processo
coracóide); DFOFI = 100cm. COLIMAÇÃO: Nos quatro lados da área de interesse.
RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição. TAMANHO DO CHASSI / FILME::
24x30 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS Fraturas e/ou


luxações da porção proximal do úmero e cintura escapular são demonstradas. Essa
incidência pode revelar depósitos de cálcio no interior dos músculos, tendões ou
estruturas da bolsa. Algumas patologias, como a osteoporose e a osteoartrite, também
podem ser evidenciadas. CRITÉRIOS AVALIAÇÃO 1. Estruturas Mostradas: Na
incidência lateral da porção proximal do úmero são mostrados os dois terços laterais da
clavícula e a porção superior da escápula, incluindo a relação entre a cabeça do úmero e
a cavidade glenóide. 2. Posição: A rotação externa completa é evidenciada pelo
tubérculo menor visualizado em perfil completo na face medial da cabeça do úmero.
Um contorno do tubérculo maior deve ser visualizado superpondo-se à cabeça do
úmero. 3. Critérios de Exposição: A combinação adequada de densidade e contraste sem
nenhuma movimentação mostrará o trabeculado ósseo de forma bem definida,
permitindo a visualização de detalhes dos tecidos moles para avaliação de possíveis
depósitos de cálcio.

​Incidência  Axial  ínfero-superior  do  ombro 


(Lawrence)
POSIÇÃO: Paciente em decúbito dorsal, na borda frontal da mesa,
com suporte sob o ombro para centralizar parte na linha central do chassi, cabeça
voltada para o lado oposto ao do chassi. Braço abduzido a 90º do corpo. Rodar o braço
externamente, mão em supinação. RC horizontal, direcionado para a axila (colocar tubo
próximo da mesa ou maca ao mesmo nível da axila); DFOFI = 100cm. COLIMAÇÃO:
Na região de interesse. RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição. TAMANHO
DO CHASSI / FILME:: 18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS: Fraturas e/ou


luxações da porção proximal do úmero; também pode demonstrar osteoporose,
osteoartrite e o defeito de Hill-Sachs* com uma rotação exagerada. *Fratura por
compressão e possível luxação anterior da cabeça do úmero.

Incidência Oblíqua do ombro 

POSIÇÃO: Ortostática ou decúbito dorsal (a ortostática é preferida);


Oblíqua 35-45 o em direção ao lado de interesse (o corpo da escápula deve estar
paralelo ao filme), mão e braço em rotação neutra; Centralizar a articulação
glenoumeral e o chassi em relação ao RC.RC perpendicular no meio da articulação
glenoumeral; DFOFI = 100cm. COLIMAÇÃO: Rigorosamente na região de interesse.
RESPIRAÇÃO: Interromper durante a exposição. TAMANHO DO CHASSI / FILME::
18x24 cm;

ESTRUTURAS MAIS BEM DEMONSTRADAS: Fraturas e/ ou


luxações da porção proximal do úmero e fraturas labiais ou da borda da glenóide são
demosntradas, pode demonstrar uma fratura de bankart e a integridade da articulação
escapuloumeral, também pode evidenciar certas patologias como osteoporose ou
osteoartrite.

INCIDÊNCIA AXIAL ÍNFERO-SUPERIOR: OMBRO


(EXCETUANDO-​SE TRAUMATISMO)-- Método de West Point 

Advertência​: Não tente rodar o braço se houver suspeita de fratura ou


luxação
(veja a rotina para traumatismo).
Posição​: paciente em decúbito ventral sobre a mesa,
com o ombro afetado elevado a cerca de 3 polegadas (7,5 cm) do
tampo da mesa, proteja a região pélvica.
Abduza o braço afetado a 90°, com o cotovelo fletido para permitir
que
o antebraço penda livremente ao lado da mesa.
Rode a cabeça para o lado oposto da lesão, posicione o chassi em um
suporte de chassi vertical e fixe-o sobre a superfície superior.do
ombro.
RC​ deve estar direcionado a 25° anteriormente (abaixo da horizontal)
e 25° medialmente, passando através do centro da articulação
escapuloumeral.
DFoFi mínima (100 cm)
A colimação deve ser feita nos quatro lados da área do ombro
afetado.Respiração Suspenda a respiração durante a exposição.
Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), no sentido
transversal
Suporte de chassi vertical (a grade não pode ser
Estruturas Mostradas: . Uma incidência lateral da cintura escapular
é mostrada.
A face ântero-inferior da borda glenóide é bem evidenciada. A cabeça
do úmero
é vista sem superposição do processo coracóide.

PORÇÃO  PROXIMAL  DO  ÚMERO  E  CINTURA 


ESCAPULAR---Método de Grashey 

Posição do Paciente:​ Obtenha a radiografia com o paciente em


decúbito
dorsal ou ereto. (A posição ortostática é geralmente menos dolorosa
para
o paciente se a condição o permitir.) usar protetor de gônadas na
região pélvica.
Rode o corpo 35° a 45° na direção do lado afetado. Se a radiografia
for feita com o paciente em decúbito dorsal,
coloque suportes sob o ombro e a costela elevada para manter essa
posição.
Centralize a articulação escapuloumeral em relação ao RC e ao chassi.
Ajuste o chassi de forma que o topo do chassi esteja cerca de 2
polegadas (5 cm) acima do ombro e o lado do chassi esteja cerca de
2 polegadas (5 cm) da borda lateral do úmero.
Abduza discretamente o braço em rotação neutra.
Tamanho do filme​ - 18 x 24 no sentido transversal. Grade móvel ou
estática
O ​RC​ deve estar perpendicular ao chassi, centralizado na articulação
escapuloumeral, que está localizada cerca de 2 polegadas (5 cm)
abaixo
e medial à borda súpero-Iateral do ombro
DFoFi​ mínima de 40 polegadas (100 cm). A colimação deve ser feita
de modo que as bordas laterais e superior do campo luminoso estejam direcionadas para
as margens dos
tecidos moles.Respiração Suspenda a respiração durante a exposição.
Patologias Demonstradas:​Fraturas e/ou luxações da porção proximal
do úmero e fraturas labiais ou da borda da glenóide são demonstradas; pode demonstrar
uma fratura de Bankart e a integridade da articulação escapuloumeral; também pode
evidenciar certas patologias como osteoporose e osteoartrite.
Estruturas Mostradas:​ A cavidade glenóide deve ser vista em perfil
sem a
superposição da cabeça do úmero.
Observação:​ O grau de rotação irá variar dependendo do formato do
ombro
do paciente - arredondado ou achatado. No caso de dorso e ombro
arredondados ou curvados, torna-se necessário um maior grau de
rotação para posicionar o corpo da escápula paralelamente em relação
ao chassi.

INCIDÊNCIA TANGENCIAL – SULCO INTERTUBERCULAR


(BICIPITAL):
OMBRO ( EXCETUANDO-SE TRAUMATISMO)---Método de
Fisk

Posição do Paciente e do Raio Central:


Ortostática (método de Fisk):
O paciente em posição ​ortostática ​inclinando-se sobre o final da
mesa
com o ombro fletido, mantendo a superfície posterior do antebraço
repousando sobre a mesa, com a mão em supinação, segurando o
chassi e a cabeça voltada para o lado oposto da lesão (um protetor
de chumbo posicionado entre o dorso do chassi e o antebraço reduz a
dispersão posterior do chassi)
O paciente discretamente inclinado para a frente, de modo a
posicionar o
úmero entre 1 0° e 15° em relação à vertical. .
O RC perpendicular ao chassi, direcionado para a área do sulco, na
parte
central da margem anterior da cabeça do úmero (o sulco pode ser
localizado
pela palpação cuidadosa)
Decúbito dorsal
O paciente em decúbito dorsal, com o braço repousando ao lado do
corpo e a
mão em supinação, o chassi vertical posicionado na mesa contra o
ápice do ombro e contra o pescoço (a cabeça voltada para o lado oposto da lesão)
RC​ orientado entre 10° e 15° posteriormente em relação à horizontal,
direcionado para o sulco na parte central da margem anterior da
cabeça do úmero
DFoFi ​mínima de 40 polegadas (100 cm). Proteja a região pélvica
Tamanho do filme​ - 18 x 24 cm no sentido transversal
Chassi de tela detalhada, sem a grade. A colimação deve ser feita
próxima, nos quatro lados da região anterior da cabeça do úmero. ​Suspenda a respiração
durante a exposição.
Estruturas Mostradas: A margem anterior da cabeça do úmero é
vista
em perfil. . Os tubérculos do úmero e o sulco intertubercular são vistos
em perfil
As patologias do sulco intertubercular, como osteofitos dos tubérculos
umerais.

AP DE OMBRO (Rotação Neutra)

Advertência: ​Não tente rodar o braço se houver suspeita de fratura


ou luxação; mantenha o membro em rotação neutra, o que geralmente
coloca o úmero em posição oblíqua.

Posição do Paciente ​Obtenha a radiografia com o paciente em


posição
ortostática ou decúbito dorsal. (A posição ortostática é geralmente
menos
dolorosa para o paciente se a condição o permitir.) Rode o corpo um
pouco
na direção do lado afetado se necessário para colocar o ombro em
contato
com o chassi ou com o tampo da mesa.
Posicione o paciente de forma que a articulação escapuloumeral esteja
no
centro do chassi.
Coloque o braço do paciente ao lado do corpo, em rotação neutra.
(Os epicôndilos estão em geral orientados a aproximadamente 45° em
relação ao plano do chassi.
O RC​ deve estar perpendicular ao chassi, direcionado para a parte
central
da articulação escapuloumeral, que está cerca de 3/4 de polegada
(2 cm) abaixo e discretamente lateral ao processo coracóide.
DFoFi ​mínima de 40 polegadas (100 cm).​ ​A colimação deve ser feita
nos quatro lados, com as bordas
lateral e superior ajustadas para as margens dos tecidos moles.
Suspenda a respiração durante a exposição.
Tamanho do filme-​24 x 30cm, no sentido transversal (ou no sentido
longitudinal para mostrar uma região maior do úmero, se a
lesão incluir a metade proximal do úmero). Grade móvel ou estática
Estruturas Mostradas: ​O terço proximal do úmero, escápula superior
e dois terços laterais da clavícula são mostrados, incluindo a relação
entre
a cabeça do úmero e a cavidade glenóide.
Patologias Demonstradas
Fraturas e/ou luxações da porção proximal do úmero e cintura
escapular
são demonstradas. Depósitos de cálcio no interior dos músculos,
tendões
ou estruturas da bolsa podem ser demonstrados. Algumas patologias
como
osteoporose e osteoartrite também podem ser evidenciadas.

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