Você está na página 1de 2

Obsessão e Desobsessão!

Profilaxia e Terapêutica Espíritas


Suely Caldas Schubert.
O presente tema relata a experiência da autora com trabalho em centro espírita no que
diz respeito à desobsessão. Trata-se de um relato de leitura obrigatória e agradável,
tornando-se um livro didático para se ter sempre ao lado.
A OBSESSÃO
As influenciações Espirituais
Na maioria das vezes, estamos todos nós encarnados agindo sob influência de entidades
espirituais que se afinam com o nosso modo de pensar e de ser, que se afina com nossa
faixa vibratória. Isso acontece no dia a dia de cada um, eis que se considerarmos o lado
terrestre, vivemos em permanente sintonia com as pessoas que nos rodeiam, familiares
ou não e, estas pessoas nos transmitem influências, seja pelas duas idéias, seja dos
exemplos que nos são dados. Tentamos por diversos meios influenciar pessoas, sejam
elas de nosso convívio diário ou não a fim de lograrmos o nosso intento. Dessa forma,
também é natural que ocorra o mesmo com os habitantes do plano espiritual.
Companhias Espirituais
Pelo simples pensamento emitido, por mais secreto que pareça, ilustra a faixa vibratória
em que nos situamos fazendo assim com que haja repercussão imediata naqueles que
estão na mesma freqüência vibracional. Assim atrairemos aquelas criaturas que
navegam na mesma emissão mental. Por esse processo e por nossos pensamentos é que
os Espíritos se aproximam de nós e passam a nos dirigir de forma imperceptível,
afinizando-se conosco.
O importante é meditarmos a respeito de quanto somos influenciáveis, e quão fracos e
vacilantes somos. O Espiritismo levanta o véu dos mistérios, nos traz a explicação clara
demonstrando a verdade, nos dando condições de vencer os erros preservando-nos de
novas quedas.
O QUE É A OBSESSÃO
“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo.
Apresenta caracteres muitos diversos, desde a simples influência moral, sem
perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades
mentais.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap. XXVIII, item 81.)
Obsessão do latim obsessione. Impertinência, perseguição, vexação. Preocupação com
determinada idéia, que domina doentiamente o espírito, e resultante ou não de
sentimentos recalcados; idéia fixa; mania (Dicionário da Língua Portuguesa, Aurélio
Buarque de Holanda Ferreira). A palavra também tem o significado de idéia fixa em
alguma coisa.
Entre os espíritas, tem acepção mais profunda conforme o codificador Kardec:
“preocupação com determinada idéia, que domina doentiamente o espírito”, pode
também resultar da certeza da culpa existente nos recesso da mente, denotando
“perseguição” aonde o obsessor vem desforrar-se do antigo algoz ou comparsa. Diz
ainda Kardec que “a obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá
ascendência a um Espírito mau”(...).
Segundo A Gênese (Allan Kardec, cap XIV item 46, 22ª Ed. FEB) “quase sempre a
obsessão exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem freqüentemente se
encontra nas relações que o obsedado manteve com o obsessor, em vidas passadas.”
Obsessão – cobrança que bate às portas da alma – é um processo bilateral. Faz-se
presente porque há de um lado o cobrador e do outro o devedor.
A obsessão, vista do ângulo tanto do obsedado quanto do obsessor, somente ocorre
porque os seres humanos carregam em suas almas mais sombras do que luz.
GRADUAÇÃO DAS OBSESSÕES
O problema da obsessão reside no estado de sutileza em que possa apresentar-se, de tal
forma que não é detectada com facilidade, passando muitas vezes inteiramente
despercebida. São influenciações espirituais sutis que levam a pessoa visada a
procedimentos dos quais se arrependerá, provavelmente, quando conseguir refletir com
algum equilíbrio.
Não damos importância alguma aos nossos estados emocionais, que oscilam bastante.
Constataremos que para o desequilíbrio de nossas emoções, pequeninos nadas tornam-
se agentes poderosos e fazem vacilar a nossa aparente serenidade interior, levando-nos a
estados de visível turvação mental. É no cotidiano que tais possibilidades, mascaradas,
aparecem com o nome de “gênio forte”. É com essa desculpa que procuramos justificar
nossos desvios de caráter, quando assomamos a esta porta com a nossa má formação
íntima a expressar-se na irritação, no mau
humor, na ira, na maledicência, e tantos outros procedimentos negativos. André Luiz
nos adverte que somos os únicos responsáveis pela sintonias infelizes do nosso hoje,
graças sempre ao longo caminho de vícios que partilhamos ontem.
Ação e reação. Causa e efeito. Hoje, choramos ao peso das aflições que nós mesmos
semeamos. Manoel Philomeno de Miranda nos remete para o seguinte: agora,
reclamamos pelos padecimentos obsessivos que nos atormentam a alma. Somos os
atormentadores, agora atormentados.

Você também pode gostar