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Carlos Portela
Fernanda Braguez
Margarida Ferreira
Rogério Nogueira
ATUAL ECOMPLETO
De acordo com
Aprendizagens Essenciais
Explicação de todos os conteúdos
Teste diagnóstico
com feedback online imediato
LeYa EoucAçAo
-INDICE Física 10.º Ano
Domínio 1
Energia e sua conservação
Química 10.º Ano 1.1 Energia e movimentos 86
1.1.1 Sistema mecânico redutível
Domínio 1 a uma partícula. Energia e tipos
Elementos químicos e sua organização fundamentais de energia. Potência 86
Massa e tamanho dos átomos 6 1.1.2 Energia interna 91
1.1
1.1.3 Transferências de energia por ação de
1.1.1 Tamanho dos átomos 8
forças. Trabalho de uma força constante 91
1.1.2 Massa isotópica e massa atómica 1.1.4 Teorema da Energia Cinética 97
relativa média 11 1.1.5 Moviment o num p lano inclinado:
1.1.3 Quantidade de matéria e massa molar 12 variação da energia c inética
e distância percorrida {AL 1.1) 98
1.1.4 Volume e número de moléculas
1.1.6 Forças conservativas e não
de uma gota de água {AL 1.1) 14
conservativas 99
1.2 Energia dos eletrões nos átomos 16
1.1.7 Trabalho do peso e energia potencial
1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos 16 gravítica 99
1.2.2 O modelo atómico de Bohr 19 1.1.8 Energia mecânica, forças conservativas
e conservação da energia mecânica 101
1.2.3 Transições eletrónicas 19
1.1.9 Forças não conservativas, variação da
1.2.4 Quantização da energia 20 energia mecânica, dissipação de energia
1.2.5 Espetro do átomo de hidrogénio 21 e rendimento 103
1.2.6 Energia de remoção eletrónica 24 1.1.10 Movimento vertical de queda e ressalto
de uma bola: transformações
1.2 .7 Modelo quântico do átomo 25
e transferências de energia {AL 1.2) 105
1.2 .8 Configuração eletrón ica de átomos 27 1.2 Energia e fenómenos elétricos 106
1.2.9 Teste de chama {AL 1.2) 29 1.2.1 Energia elétrica e correntes elétricas 106
1.3 Tabela Periódica 30 1.2 .2 Grandezas elétricas: diferença de potencial
elétrico e corrente elétrica. Corrente
1.3.1 Evolução histórica da
contínua e corrente alternada 107
Tabela Periódica 30
1.2.3 Grandeza elétrica: resistência elétrica
1.3.2 Estrutura da Tabela Periódica: de um condutor 109
grupos, períodos e blocos 30 1.2 .4 Energia transferida para um componente
1.3 .3 Elementos representativos de um circuito elétrico. Efeito Joule 110
e de transição 31 1.2.5 Balanço energético num circuito 112
1.3.4 Famílias de metais e não-metais 31 1.2.6 Características de uma pilha {AL 2.1) 113
1.2.7 Associações de componentes elétricos
1.3 .5 Propriedades periódicas dos elementos
em série e em paralelo 114
representativos 32
1.3 Energia, fenómenos térmicos e radiação 116
1.3 .6 Densidade relativa de metais {AL 1.3) 36 1.3 .1 Sistema termodinâmico. Temperatura
Questões propostas 38 e equil íbrio té rmico 116
1.3.2 Radiação e irradiância. Painéis fotovoltaicos 119
Domínio 2 1.3.3 Radiação e potência elétrica de um painel
Propriedades e transformações da matéria fotovoltaico {AL 3.1) 120
2.1 Ligação química 50 1.3.4 Condução térmica e convecção térmica.
2.1.1 Tipos de ligação química 51 Transferências de energia como calor
2.1.2 Ligação covalente 52 num coletor solar 122
2 .1.3 Ligações intermoleculares 59 1.3.5 A radiação solar e os coletores solares 122
2.2 Gases e dispersões 61 1.3.6 Primeira Lei da Termodinâmica:
2.2.1 Lei de Avogadro, volume molar transferências de energia e conservação
e massa volúmica 61 da energia 124
2.2.2 Composição quantitativa 1.3.7 Aquecimento e arrefecimento de sistemas:
de soluções 63 capacidade térmica mássica 125
2 .2 .3 Diluição de soluções aquosas 1.3.8 Capacidade térmica mássica {AL 3.2) 126
(AL 2.2 e AL 2.3) 65 1.3.9 Aquecimento e mudanças de estado:
2.3 Transformações químicas 67 variação das entalpias de fusão e de
2 .3 .1 Energia de ligação e reações vapoMzação 127
químicas 68 1.3.10 Balanço energético num sistema
2.3.2 Reações fotoquímicas na atmosfera 71 termodin âmico {AL 3.3) 128
2.3.3 Reação fotoquímica {AL 2.4) 75 1.3 .11 Segunda lei da termodinâmica: degradação
de energia e rendimento 128
Questões propostas 76
Questões propostas 130
Física 11.º Ano Química 11.º Ano
Domínio 1 Domínio 1
Mecânica Equilíbrio químico
1.1 Tempo, posição e velocidade 152 1.1 Aspetos quantitativos das reações químicas 240
1.1.1 Posição, deslocamento, distância 1.1.1 Reações químicas 240
percorrida e sentido do movimento 152 1.1.2 Reagent e limitante e em excesso 242
1.1.2 Velocidade 154 1.1.3 Rendim ento de uma reação química 244
1.1.3 Ve locidade em gráficos posição-tempo 1.1.4 «Química verde» 245
e gráficos velocidade-tempo, para 1.1.5 Sín tese do ácido acetilsalicílico (AL 1.1) 247
movimentos reti líneos 155 1.2 Equilíbrio químico e extensão das reações 249
1.2 Interações e seus efeitos 159 1.2.1 Rea ções incompletas e equilíbrio
1.2.1 As quatro interações fundamentais na químico 249
natureza 159 1.2 .2 Extensão das reações químicas 252
1.2 .2 Terceira Lei de Newton 160 1.2.3 Fatores que alteram o equilíbrio químico 256
1.2 .3 Lei da gravitação universal 161 1.2 .4 Efeito da concentração no equilíbrio
1.2.4 Efeito das forças sobre a velocidade: químico (AL 1.2) 260
a aceleração 163 Questões propostas 262
1.2.5 Segunda Lei de Newton 165
1.2 .6 Queda livre (AL 1.1) 167 Domínio 2
1.2.7 Primeira Lei de Newton 168 Reações em sistemas aquosos
1.3 Forças e movimentos 169 2.1 Re ações ácido-base 274
1.3.1 Movimentos uniformemente variados 169 2.1.1 Defi nição de ácido e de base 274
1.3.2 Forças nos movimentos retilíneo s 2.1.2 Acidez e basicidade das soluções 276
acelerado e uniforme (AL 1.2) 172 2.1.3 Autoionização da água 278
1.3 .3 Mov imento uniformement e retardado: 2.1.4 Ácidos e bases em solução aquosa 281
velocidade e d eslocamento (AL 1.3) 174 2 .1.5 Constantes d e acidez 283
1.3 .4 Queda na vertical com efeito 2.1.6 Força relativa de ácido s e bases 285
de resistência do ar aprec iável 176 2.1.7 Titulação ácido-base (AL 2.2) 288
1.3 .5 Movimento circular uniforme 178 2.1.8 Acidez e basicidade em soluções
Questões propostas 180 aquosas de sais 293
2.1.9 Aspetos amb ientais das reações
Domínio 2 ácido-base 295
Ondas e eletromagnetismo 2.2 Reações de oxidação-redução 297
2.2 .1 Caracterização das reações de oxidação-
2.1 Sinais e ondas 190
-redução 297
2.1.1 Sinais. Ondas: transversais e longitudinais,
2 .2.2 Força relativa dos oxidantes e redutores 301
mecânicas e eletromagnéticas 190
2 .2.3 Série eletroquímica (AL 2.3) 305
2.1.2 Periodicidade temporal e espacial de uma
2.3 Soluções e equilíbrio de solubilidade 306
onda. Ondas harmónicas e complexas 192
2 .3.1 Mineralização d as águas 306
2 .1.3 O so m como onda de pressão 196
2.3.2 Solubilidade de sais em água 307
2.1.4 Sons puros, intensidade e frequência; 2.3.3 Equilíbri o químico e solubilidade de sais 310
sons complexos. Espetro sonoro 197 2.3.4 Alteração da solubilidade dos sais 312
2.1.5 Microfone e altifalante 197 2.3.5 Temperatura e solubilidade de um
2.1.6 Características do som (AL 1.1) 198 soluto sólido em água (AL 2.4) 314
2 .1.7 Velocidade do som (AL 1.2) 201 2.3.6 Desmineralização de águas e processos de
2.2 Eletromagnetismo 203 precipitação 315
2.2.1 Campos magnéticos 203
Questões propostas 318
2.2.2 Campos elétricos 206
Prova-modelo 1 332
2.2 .3 Fluxo do campo magnético 208
Prova-modelo 2 338
2.2.4 Indução eletromagnética e Lei de
Prova-modelo 3 344
Faraday 210
Prova-modelo 4 350
2.2.5 Aplicações da Lei de Faraday 212
Soluções 356
2 .3 Ondas e letrom agnéticas 214
Anexos 383
2.3.1 Orige m e produção de ondas
eletromag néticas 214
2.3.2 Fenómenos ondulatórios
2.3.3 Reflexão de ondas
2.3.4 Refração de ondas
2.3.5 Reflexão total e fibras óticas
215
216
217
220
IAII auladigital
Aprender é incrível.
2.3.6 Ondas: absorção, reflexão, refração
e reflexão total (AL 3.1) 221 ✓ TESTE DIAGNÓSTICO
2.3.7 Difração de ondas 223
2.3.8 Comprimento de onda e difração ✓ SIMULADOR DE EXAMES
(AL 3.2) 224
✓ EXAMES E RESOLUÇÕES
2.3.9 Efeito Doppler e expansão
do Universo 225
Acesso em www. leyaeducacao.com
Questões propostas 228
Química
10.0 Ano
oornínio 1
Elementos C\uímicos e sua organização
oornínio 2
Propriedades e transtorrnações da matéria
QUÍMICA 10.0 Ano
Domínio 1
Elementos químicos e a sua organização
A Química estuda a matéria e as transformações que esta pode sofrer. A matéria é tudo o que
tem massa e ocupa espaço. A maior parte da matéria dos planetas é constituída por átomos.
Os átomos dos diferentes elementos (já identificados 118) são ca racterizados por um número
atómico, Z , que é o número de protões existent es no núcleo, sendo responsáveis pela carga
elétrica nuclear.
protões: 13 protões: 13
3
Átomo de alumínio, A€, (Z = 13) { Ião alumínio, Af • {
eletrões: 13 eletrões: 10
6
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
protões: 16 protões: 16
Átomo de enxofre, S, (Z = 16) { Ião su lfureto, s-2
{
eletrões: 16 eletrões: 18
Cada um dos elementos tem, em reg ra, vários isótopos - átomos do mesmo element o
que diferem no número de neutrões e, conseq uentemente, na massa. Chama-se número de
massa, A , ao número total de pa rtículas no núcleo atóm ico, que correponde à soma do núme-
ro de protões co m o número de neutrões.
1. A tabela seg uinte contém informação relativa a várias espécies q uímicas designadas
por letras de A a G. As letras não representam símbolos de elementos químicos.
B
(a)
19
8
20
8
18
o
(e)
(b)
(d)
mi
e (e) (f) (g) (h) ~~c3+
D 8 8 (i) -2 (j)
F 26 30 (o) o (p)
1.1 Indique a informação que deve substituir as letras de (a) a (t), de modo a completa r
a t abela.
1.2 Indique, justificando, as espécies quím icas que são isótopos do mesmo elemento.
1.3 Conclua , justifica ndo, quantos elementos químicos estão representados na tabela.
& 1.1 (a) 8; (e) 26; (i) 10; (m) 8; (q) 35;
(b) 1: A; (f) 30; (j) ': 0 2- ; (n) O; (r) 45;
(c) +1; (g) 23; (k) 8; (o) 26; (s) 36;
(d) ~: s +; (h) +3; (1) 10; (p) ~: F; (t) -1.
7
QUÍMICA 10.0 Ano
Raio de um átomo de carbono 0,000 000 000 070 7,O x 10·11 10-10
Como as ordens de grandeza das diferentes estruturas na natureza podem ser tão variadas,
usam-se frequentemente múltiplos e submúltiplos das unidades SI.
fixo
p ico p 10-12
nano n 10-9
.UI
o
1i
:s
E
micro
mili
µ
m
10-6
10-3
.0
::,
C/1 centi e 10-2
deci d 10-1
deca da 101
hecto h 102
UI
o quilo k 103
1i
E
, ::, mega M 106
:i:
giga G 109
t era T 1012
A escolha da esca la, em cada caso, está relacionada com a ordem de grandeza.
8
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua o rganização
M+i+ii·i·it¾Hli·I
2. As figuras representam várias estruturas e as respetivas dimensões.
75 n m 1 nm 102 pm
víru s molécula de g licose átomo de hidrogénio
2.1 Indique as ordens de grandeza de cada uma das dimensões expressas em metros.
2.3 A s dimen sões do vírus e do áto mo de hidrog énio, quand o comparadas co m a di-
mensão da molécula de glicose, são , respetivamente,
(A) 100 v ezes maior e 100 vezes menor. (C) 75 vezes maior e 10 vezes menor.
(B) 75 vezes menor e 100 v ezes maior. (D) 100 vezes menor e 10 vezes maior.
a 2.1 Sol : 1,40 Gm = 1,40 x 109 m; ser humano: 170 cm = 1,70 x 10º m;
bola de golfe: 42 mm = 4 ,2 x 10- 2 m; fio de cabelo: 100 µm = 1,00 x 10-4 m;
vírus: 75 nm = 7,5 X 10-s m; molé cula de glicose: 1 nm = 1 X 10- 9 m;
átomo de hidrogénio: 102 pm = 10-10 m .
d vírus 75 nm . _ , , .
2.3 (C). _d______ = - - - = 75 ⇒ a dtmensao do v ,rus e 75 v e zes maior
molécula de glicose 1 nm
do que a dimensão d a molé cula de glicose.
9
QUÍMICA 10.0 Ano
l+Ml·i·ii+Hli·I
3. O pentacena, C 2 2 Hw é um hidrocarboneto de grande importância, pois pode ser
utilizado na produ ção de dispositivos eletrónicos.
10
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
tj 3.1 (B). Lida com estruturas de dimensões entre 100 nm (0,1 micrómetros) e 0,1 nm.
O tamanho das células é da ordem do micrómetro que é a milésima parte de
um milímetro.
1
A massa-padrão que se utiliza é a massa correspondente a da massa do átomo de car-
12
bono-12.
A massa atómica relativa média, A,, de um elemento químico é calcu lada a partir das massas
isotópicas relativas e respetivas abundâncias dos seus isótopos naturais.
11
QUÍMICA 10.0 Ano
4 . O clo ro ocorre em amostras terrestres como uma mistura de dois isót opos, ~~e.e e ~~ce.
As massas atómicas desses isótopos, determinadas experimentalmente, e as respe-
tivas abundâncias relativas apresentam-se na tabela seguinte:
34,968 75,53
36,956 24,47
4.2 Exp lique a proximidade do va lor da massa atómica re lativa do cloro ao va lor da
massa isotópica do cloro-35.
4.2 A massa atómica relativa média do cloro é 35,454 e está mais próxima da
massa do isótopo mais abundante, o cloro-35, pois o seu valor resulta da
média ponderada das massas isotópicas, tendo maior contributo a massa do
isótopo mais abundante.
A quantidade de matéria, n, é uma grandeza fís ica usada para re lacionar porções de substân-
cias, em termos macroscópicos, com as unidades estruturais (átomos, moléculas ou iões) do
domínio do submicroscópico. A unidade de quantidade de matéria no SI é a mole (símbolo mol).
No SI, 1 mol é a quantidade de matéria que contém 6,02 x 10 23 entidades (átomos, moléculas
ou outras partículas). Este número designa-se por número de Avogadro, em homenagem ao
cientista italiano Amedeo Avogad ro.
A constante de Avogadro, NA= 6 ,02 x 1023 moI-1, é o número de entidades por mole de uma
determinada subst ância (a unidade SI é mol-1). Entre o número de entidades, N , presentes numa
dada amostra e a quantidade de matéria, n, dessa amostra, pode estabelecer-se a seguinte
relação: N = n x NA, em que a constante de Avogadro, NA, é a consta nte de proporcionalidade.
12
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
A Fig. 1.5 apresenta amostras de substâncias cuja quantidade de matéria, presente em cada
uma, é uma mole de átomos.
1 mol de átomos de enxofre: 32, 1 g
1 mol de átomos 1 mol de átomos
de carbono: 12,0 g de ferro: 55,9 g
Entre a massa, m, de uma amostra de uma dada substância e a quantidade de matéria, n, dessa
amostra, pode estabelecer-se a seguinte relação: m =n x M.
13
QUÍMICA 10.0 Ano
Cálculo do valor de x:
O número de moléculas numa gota de ág ua pode ser estimado se for medido o vo lume de uma
gota de água e também a sua massa. Para uma maior precisão, faz-se uma medição indireta a
partir do volume e da massa de muitas gotas.
l+i%i·i·l1+Hli·I
7. Para medir o volume e a ma ssa de uma gota de ág ua e determinar o número de mo-
léculas de água nela existentes, um grupo de alunos realizou uma atividade com a
seg uinte seq uência de procedimentos:
1. Encher uma bureta com água e acertar até ao nível do zero na escala.
li. Colocar um gobelé em cima da balança digital.
Ili. Tran sferir 100 gotas de ág ua da bureta para o gobelé.
IV. Registar o volu me das 100 gotas de ág ua e a massa respetiva.
14
DOMÍNIO 1 Elementos quím icos e a sua organização
7.1 A figura mostra parte da escala da bureta que foi utilizada, pelo grupo
de alunos, para medir o volume de água (100 gotas) vertido. Aten-
dendo à incerteza de leitura e ao número adequado de algarismos
significativos, o volume de 100 gotas de água é
7.2 A massa das 100 gotas de água medida pelos alunos foi 5,09 g.
a) Quanto s algarismos significativos apresenta o resultado da mediçã o?
b) Apresente o resultado da mediçã o com a respetiva incerteza de leitura.
7.4 O número de moléculas de água (M(H 2 O) = 18,02 g mol-1) que existem numa gota
pode ser determin ado a partir da exp ressão
18,02 5,09
--X 6 02 X 10 23 --X 6 02 X 10 23
100 ' 18,02 '
(A) N= (C) N=
5,09 100
(8) N=
18,02
--X
5,09
6 02
'
100
X 1023
(D) N=
18,02
- - x 5,09
100
6,02 X 1023
mi
7.5 Indique as ordens de gran deza do número de moléculas de água de uma gota
e do volume dessa got a.
& 7.1 (8). O volume das gotas de água foi medido com uma bureta, um instrumento
analógico. Neste tipo de instrumentos, considera-se a incerteza de leitura igual
a metade do valor da menor divisão da escala. Neste caso, a menor divisão da
escala é 0,1 ml, pelo que a incerteza de leitura será metade, ou seja, 0,05 ml.
A figura mostra o nível mais baixo do menisco entre os valores 5,6 ml e 5,7 ml.
7.5 N.º de moléculas de uma gota de água: 1,70 x 1021 - ordem de grandeza 1021•
Volume de uma gota: 5,65 x 10-2 ml - ordem de grandeza 10-1 ml.
15
QUÍMICA 10.0 Ano
A luz também pode ser detetada em quantidades discretas (bem definidas), como partículas,
pelo que as radiações eletromagnéticas podem igualmente ser descritas como sendo forma-
das por fotões. Os fotões são os corpúscu los da luz: a cada fotão corresponde um mínimo
de energia, que é diferente consoante a frequência da radiação.
Espetro eletromagnético
16
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Na luz visível, a energia por fotão e a frequência da radiação aumentam de acordo com
a seguinte sequência: vermelho, cor de laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta (Fig. 1.7).
Radiofrequências
1Q-32 1Q-24
Micro-ondas
•
Infravermelho
10-22
(IV)
i l
2,5 X
Visível
10-17
Raios X Radiação gama (-y)
1Q-15 10-10
M+i%i·i·it4Hli·I
8. As lâmpadas de vapor de sódio, usadas em iluminação pública, têm uma luz amarela
característica devido à presença do elemento sódio.
8 .1 A luz emitida por uma lâmpada de luz ultravioleta, comparada com a luz emitida
pela lâmpada de vapor de sódio, tem _ _ frequência e fotões de _ _ energia.
(A) maior ... menor. (B) menor ... menor. (C) maior ... maior. (D) menor ... maior.
& 8.1 (C). A energia dos fotões da luz ultravioleta é maior do que a dos fotões da
luz amarela. Quanto maior é a energia de um fotão, maior é a frequência da
radiação respetiva, pois a energia de cada fotão é diretamente proporcional
à frequência da radiação respetiva.
8.2 Representando f a frequência: 'iu < 'iv < 'i < 'ii·
17
QUÍMICA 10.0 Ano
Espetro de absorção: espetro obtido depois de a luz emitida por uma fonte atravessar uma
subst ância. Este espetro contém apenas as radiações da luz incidente que não foram absorv i-
das na substâ ncia. Corresponde à subtração de bandas ou riscas do espetro da luz incidente
na substância. No visível, o espetro de absorção de uma substância resulta da absorção
seletiva de radiações v isíve is pela substância: podem observar-se riscas negras num fundo
colorido.
ESPETROS
ESPETROS ESPETROS
DE EMISSÃO DE ABSORÇÃO
1 7
contínuos descontínuos descontínuos
1
Espetro solar com as riscas
de Fraunhofer
(riscas de absorção)
Corpo Lâmpada de Lâmpadas Lâmpada
incandescente incandescência de vapor de sódio fluorescente
usadas em
iluminação pública
-
1 l l
l+l%i·i·l1+Hli·I
9. A principal técnica uti lizada no estudo da composição dos corpos ce lestes é a es-
petroscopia . Parte da radiação emitida pelas estrelas é absorvida pelo gás q ue as
rodeia. Se esse gás não existisse, os espetros produzidos se riam semelhantes ao de
um sólido inca ndescente, desprezando a influência da atm osfera terrestre.
Con sidere os espetros seg uintes.
1. 2. III 3.
18
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
9 .2 Espetro 3. Espetro obtido depois de parte da luz emitida pela estrela ser ab-
sorvida pelo gás que a rodeia.
O estudo dos espetros descontínuos dos átomos co nduziu ao conhecimento das energias
dos eletrões nos átomos.
O hidrog é nio, o elemento químico mais simples e abundante no Universo, existente e m gran-
de quantidade nas estrelas, origina um espetro de riscas, bem definidas (Fig. 1.9 ).
1
Infravermelho visível Ultravioleta
O espetro de absorção resu lta da absorção de radiação pelo eletrão no átomo de hidrogénio:
o eletrão transita de um estado de menor energia para um de maior energia (excitação) por
absorção de um fotão. O espetro de emissão resulta do processo oposto (desexc itação) com
emissão de um fotão (Fig.1.10).
Radiaçã~ . • _
Eletrão
.; ·.
Excitação Desexcitação
19
QUÍMICA 10.0 Ano
O eletrão no átomo apenas pode apresentar certos va lores de energia que correspondem a
pat amares energéticos - níveis de energia, n. O estado de menor energia é o estado fun-
damental q ue, no átomo de hidrogénio, ocorre quando o eletrão ocupa o nível 1, n = 1. Os
estados de energia superior ao fu ndamental designa m-se estados excitados (para o eletrão
do át omo H, níveis 2, 3, ...).
Uma das ideias funda mentais do modelo atómico de Bohr é a quantização da energia do ele-
trão no átomo , ou seja, o eletrão do átomo não pode existi r em qualquer estado de energia.
Só são permitidos alguns estados com valores de energia bem definidos.
Considera-se que um eletrão em repouso fora da ação do núcleo (n = 00 ) possui um va lor nulo
de energ ia (valor máximo); enquanto o eletrão se mantiver sob a ação do núcleo, os seus
possíveis valores de energ ia são negativos.
Quanto mais negativo for o valo r da energia, menor é a energia do eletrão , menor é o nível de
energia ocupado e menor é a distância do eletrão ao núcleo.
Um eletrão transita de um nível de energ ia para outro sem nunca ter va lores inte rmédios en-
tre esses dois níveis - níveis discretos ou descontínuos de energia.
1
10.1 As tra nsições indicadas na figura:
a) correspondem a uma excitação ou desexcitação?
b) origina m um espetro at ómico de emissão ou de absor-
E, t,
ção?
10.2 A energia de um fotão envolvido na transição entre o nível 5 e o nível 2 é dada por:
20
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
(B)
li 111
(D)
11 1
Frequência Frequência
10.4 Exp lique porque é que a quantização da energia do eletrão no átomo permi-
tiu explicar os espetros atómicos de riscas, como o do átomo de hidrogénio.
& 10.1 a) Desexcitação. O eletrão transita de um estado de maior energia para es-
tados de menor energia (a energia do eletrão diminui).
b) Espetro de emissão. Numa transição de desexcitação o átomo perde
energia, emitindo um fotão.
10.2 (C). A opção B não pode ser considerada, pois conduz a um valor negativo
e a energia do fotão não pode ser negativa.
10.3 (B) . As três transições para o nível 1 envolveram maiores variações de ener-
gia do eletrão, pelo que as radiações emitidas são as de maior energia, logo
de maior frequência.
10.4 O facto de as riscas espetrais corresponderem a radiações de frequências
características e bem definidas mostram que o eletrão só pode sofrer varia-
ções de energia bem definidas, iguais ou simétricas às energias dos fotões
daquelas frequências. Assim, a energia do eletrão no átomo não pode ter
um valor arbitrário, assumindo apenas os valores compatíveis com aquelas
variações de energia. Diz-se, por isso, que a energia está quantizada.
Lyman (UV)
Às vá rias séries de riscas resultantes de transições descenden-
tes associam-se os nomes de quem as estudou pela primeira Estado
fundamental 11
vez: Ly man (transições para n = 1, emissão de radiação UV), 2,18 X 10 - 18
Balmer (transições para n = 2, emissão de radiação na zona do Fig. 1.11 Níveis de energ ia e transições eletrónicas para
o átomo de hidrogénio.
visível e do ultravioleta próximo) e Paschen (trans ições para
n = 3, emissão de radiação infravermelha), entre outros, de
acordo com a Fig. 1.11 .
21
QUÍMICA 10.0 Ano
E / 1Q -19 J n
11. A figura ao lado mostra alg umas transições ele-
trónicas possíveis, do átomo de hidrogénio. o 00
-0,87 1
5
-1,36 4
11.1 Indique a transição eletrónica a que corres- - 2,42 1D 3
ponde a emissão de radiação de maior ener- e
- 5,45 ~
2
gia.
12. Um átomo de hi drogénio excitado emite energia, muitas vezes sob a forma de luz
visível, porque
(A) o eletrão foi ejetado do átomo.
(B) o eletrão transita para um nível de menor energia.
(C) a e nerg ia do e letrão no átomo está quantizada.
(O) o e letrão tran sita para um níve l de maior e nerg ia.
22
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Os e letrões dos átomos de cada e lemento químico têm um conjunto de valores de e nerg ia
q ue os caracteriza, pe lo que as transições eletrónicas que poderão ocorrer são diferentes de
elemento pa ra ele mento. Assim, as energias das radiações emitidas, o u absorvidas, são di-
ferentes de ele mento pa ra elemento, ou seja, são caracte rísticas de cada e leme nto q uímico.
13.3 Conclua. justifica ndo, qual das duas riscas, D1 ou D2, do espet ro de emissão do
sód io apresenta maior energ ia por fotão.
13.2 É o espetro X, por ser o único que tem duas riscas próximas na zona amarela
do espetro na mesma posição que as riscas D1 e D2 do espetro solar.
13.3 Na radiação visível, a energia por fotão aumenta do vermelho para o vio-
leta, pois a frequência da radiação aumenta nesse sentido. As duas riscas
situam-se na zona do amarelo, no entanto, a risca D2 está mais próxima da
extremidade violeta do espetro e, por isso, tem maior energia por fotão.
23
QUÍMICA 10.0 Ano
Em síntese:
• a energ ia de cada fotão incidente deve exceder a energia mínima necessária (energia
de remoção) para a remoção desse eletrão;
• se os eletrões tiverem energ ias diferentes, haverá tantos va lores de energia de remoção
quantos os estados de energia para os eletrões;
• os eletrões com maior energ ia de remoção são os que ocupam estados de menor ener-
gia (em média mais próximos do núcleo, logo, sujeitos a maior atra ção nuclear do que
os eletrões do último nível de energia - nível de valência).
Verifica-se que eletrões de átomos de elementos diferentes têm valores de energia diferen-
tes. Esses va lores de energia dos eletrões podem distribuir-se por níveis e subníveis.
347 345 37 35 33 31 29 4 2 o
Energia de remoção / MJ mo1- 1
Fig. 1.14 Espetro fotoe létrónico do p otáss io.
Por análise da abcissa e da altura de cada pico nos espetros fotoeletrónicos, conseg ue-se
determinar as energias relativas dos subníveis eletrónicos ocupados e o nú mero re lativo de
eletrões em cada subnível, respetivamente.
24
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
14.2 Conc lu a.j ustifica ndo, qu al é o va lor de energia de remoção do eletrão de maior
e nerg ia de um átomo de potássio.
A teoria que explica o comportamento dos átomos é a Mecânica Quântica. De acordo com a
Mecânica Quântica, não é possível associar uma trajetória aos eletrões, mas é possível definir
regiões , em redo r do núcleo, de maior e de menor proba bi lidade de encontrar o eletrão.
Designa-se por orbital atómica a função matemática que des- Fig. 1.15 Representação da
probabilidade de encontrar
creve o modo como a probabilidade de encontrar cada eletrão
o e letrão numa d ada regiã o
va ria em redor do núcl eo (o termo orbital atómica t ambém pode em t orno do núcleo do
átomo de hidrogénio:
se r usado para desig nar a região, em redor do núcleo, onde o
1- nuvem eletrónica; li -
eletrão se pode encontrar). curva de probabi li dade.
Níveis e subníveis
Os espetros fotoeletrónicos dos átomos polieletrónicos são uma das evidências da existência
de subníveis de energia com va lores muito próximos. Estes dados permitem estabelecer uma
estrutura eletrónica por níve is e sub níveis de energia.
25
QUÍMICA 10.0 Ano
Orbitais
Cada orbital está associada a um valor de energia do eletrão. As orbitais dos subníveis s, p,
d, f, têm formas diferentes: as do subnível s apresentam simetria esférica, existindo uma por
cada nível de energia; as do subnível p, quando existe, são bilobulares (dois lóbulos simétri-
cos em relação ao núcleo atómico) e são sempre três por cada nível de energia. As orbitais do
subnível d, quando existe, são sempre cinco por cada nível de energia (Fig. 1.16).
Spin Resultado
da experiência
26
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Princípio de Exclusão de Pauli: cada orbital atómica com porta no máximo 2 eletrões, os
quais têm necessariamente estados de spin diferentes, spin a e spin ~ -
Da análise dos espetros fotoeletrónicos, como, por exemplo, do fósforo (Fig. 1.19) e do potássio
(Fig. 1.14), ve rifica-se que um dos subníveis (subníve l p ) compo rta mais de 2 eletrões, podendo
atin gir um máximo de 6 eletrões.
(J)
Q)
13,5
•e
Q)
ã5
Q)
u
o
> 1,06
~
~
18,7 1,95
e
Q)
208
E
·::J
z
27
QUÍMICA 10.0 Ano
O átomo de carbono apresenta dois eletrões no subnível 2p, sendo este constituído por três
orbitais com a mesma energia; neste caso, a configuração eletrónica do carbono deve aten-
der também à maximização do número de eletrões desemparelhados (Fig. 1.22).
2p I i I i ~: ~ l_n--'----1----'------'~
~ ~
~ ~
Fig. 1.22 Diagrama de distribu ição eletrónica do carbono (Z = 6).
6
e- 1s2 2s2 2pX1 2p1y 2pº.
Z
A informação a retirar desta configuração é que o carbono tem 4 eletrões de valência (eletrões
do último nível de energia) que se distribuem por 3 orbitais atómicas de valência (25, 2pxe 2p)-
1+1%1·1·11=+ili·I
15. Considere o átomo de fósforo (15 P} e as configurações eletrónicas seguintes:
(A) 152 25 2 2p6 352 3p 2X 3p1y 3pºZ (C) 152 252 2p 5 35 2 3p1X 3p1y 3p2Z
(8) 152 251 2p 6 35 3 3p1X 3py1 3p1Z (D) 15 2 25 2 2p6 35 2 3pX1 3p1y 3p1Z
& 15.1 (D). Segue o Princípio da Construção, não viola o Princípio da Exclusão de
Pauli e maximiza o número de eletrões desemparelhados (orbitais 3p).
15.2 (A) e (C). A configuração (A) não maximiza o número de eletrões desempa-
relhados. A configuração (C) não segue o Princípio da Construção.
15.3 (8). Viola o Princípio da Exclusão de Pauli. As orbitais do tipos comportam
no máximo 2 eletrões.
28
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
16. Num espet áculo foram usados quatro foguetes de fogo de artifício colorido, conten-
do as seguintes substâncias adicionadas à pólvora:
• 1.º foguete: sal cujo elemento metálico pertence ao grupo dos metais alcalinoterrosos;
• 2.0 foguete: sal cujo elemento metálico é um metal de transição;
• 3. 0 foguete: NaC€;
• 4.º foguet e: sal cujo elemento metálico pertence ao 2.º período.
16.3 Como os sais usados nos foguetes só diferem no catião, as cores que se
observarão resultam da emissão de luz pelos átomos dos metais.
29
QUÍMICA 10.0 Ano
No século XIX, ainda antes de se conhecer a existência dos eletrões e dos protões, os quími-
cos criaram a Tabela Periódica ordenando os elementos de acordo com as massas atómicas.
Newlands verificou que as propriedades dos elementos se repetiam de oito em oito: Lei das
Oitavas (1864).
Alguns anos mais tarde, Dmitri Mendeleev, em 1869, e Lothar Meyer, em 1870, apresentaram,
independentemente, uma tabela dos elementos baseada nas regularidades das proprieda-
des das substâncias respetivas, o que permitiu prever a existência de novos elementos. Em
1913, Henry Moseley demonstrou que a carga do núcleo de um átomo é característica do ele-
mento químico e pode exprimir-se por um número inteiro, o número atómico. Os elementos
passaram a ser ordenados segundo os números atómicos crescentes.
Atualmente, a Tabela Periódica é constituída por 118 elementos distribuídos em 7 linhas hori-
zontais (períodos) e 18 co lunas verticais (grupos).
As configurações eletrónicas dos átomos dos elementos permitem explicar a repetição das
propriedades físicas e químicas das respetivas substâncias elementares.
Atendendo ao tipo de orbitais dos eletrões de valência dos átomos dos elementos no esta-
do fundamental , estes podem ser agrupados em quatro blocos: o blocos (configuração de
valência nsx) engloba os elementos dos grupos 1 e 2 e o hélio; o bloco p (orbitais de va lên-
cia tipo p em preenchimento) engloba os elementos dos grupos 13 a 18 (exceto o hélio); o
bloco d (configuração de va lência ncf< (n + 1) sY) engloba os elementos dos grupos 3 a 12;
o bloco f (lantanoides e actinoides) com orbitais f parcialmente preenchidas {Fig. 1.24).
18
13 14 15 16 17 1s
2 2p
3 3 4 5 6 7 8 9 101112 3p
3d 4p
4d
5d ••••
••••
5p
6p
7 6d
•
4f
5f
7p
30
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
M+i+ii·l·it4Hli·I
17. Considere as configurações eletrónicas apresentadas na tabela (as letras X, Y, Z e W
não correspondem a símbolos químicos).
& (C). Y não é um elemento de transição porque não pertence ao bloco d da Tabela
Periódica, ou seja , não tem eletrões de valência distribuídos por orbitais d.
O elemento Z tem os eletrões distribuídos por dois níveis de energia, o que per-
mite localizá-lo no 2. 0 período; como tem 4 eletrões de valência distribuídos por
orbitais p , é um elemento do bloco p .
O elemento W localiza-se no grupo 18 (tem 8 eletrões de valência), o que permite
cl assificá-lo como um gás nobre. Localiza-se no 2.º período, uma vez que os ele-
trões estão distribuídos por dois níveis de energia.
O elemento X tem 1 eletrão de valência e o Y tem 2, o que permite localizá-los nos
grupos 1 e 2, respetivamente.
31
QUÍMICA 10.0 Ano
Não se deve confu ndir elemento com substância elementar. Por exemplo, ao elemento po-
tássio, K, corresponde a substância elementar potássio, que é um metal formado por muitos
átomos de potássio. Ao mesmo elemento também podem corresponder subst âncias elemen-
tares diferentes. Ao elemento oxigén io, O, por exemplo, correspondem várias substâncias
elementares, tais como o di-oxigénio, 0 2 , e o o zono, 0 3 . A mbas são gasosas à temperatura
ambiente e à pressão atmosférica normal.
Elem entos e substâncias elementares têm características diferentes. Ass im, fala-se de confi-
guração eletrónica, raio atómico e energia de ionização do elemento, mas não da substân-
cia elementar. Fala-se d o estado físico, ponto de fusão, ponto de ebulição e densidade da
substância elementar, mas não do elemento.
O raio atómico (u ma medida do ta manho dos átomos) e a energia de ionização são duas pro-
priedades fu ndamentais dos elementos, diretamente relacionadas com a estrutura eletrón ica
dos átomos . Estas propriedades variam de forma regular ao longo de grupos e períodos da
Tabela Periódica, pelo que se designam por propriedades periódicas.
Raio atómico
O tamanho dos átomos é determin ado pela nuvem eletrónica, sendo o raio at ómico uma me-
dida do tamanho dessa nuvem (Fig. 1.21).
De um modo geral, o raio atómico aumenta ao longo do grupo e d iminui ao longo do período
(Fig. 1.28).
2 13 14 15 16 17 18
H He
.j .j
37 31
Ne
Li B B _g) ~
152 112 85 77 75 73 72 71
Na Mg AC Si p s ~ A
186 160 143 118 110 103 100 98
K Ca Ga Ge As Se fü K~
ln Sn Sb Te Xe
248 215 167 140 140 142 133 131
TI Pb At Rn
265 222 170 146 150 168 (140) (141)
32
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Num mesmo grupo (i gual config uração eletrónica de va lência), co m o aumento do número
atómico (Z), os eletrões de valência ficam, em média, mais afastados do núcleo, uma vez
que há preenchimento de mais níveis de energia.
Num mesmo período (eletrões distribuídos pelo mesmo número de níveis de energia), à medi-
da que o número atómico, Z , aumenta, ou sej a, à medida que a carga nuclear aumenta, os
eletrões vão ser mais atraídos pelo núcleo; como o número de eletrões de va lência aumenta,
a repulsão entre eles t ambém aument a. No entanto, o fator predominante é o da atração ao
núcleo (a umento da carga nuclear) e por conseguinte os eletrões fica m mais próximos do núcleo.
Energia de ionização
Energia de ionização, E;, re laciona-se com a energia mínima necessária para extrair um ele-
trão de um átomo no est ado fu ndamental, isolado e em f ase gasosa.
X (g) ~ x• (g) + e -
Verifica-se que, de um modo geral, a energia de ionização diminui ao longo do grupo e au-
menta ao longo do período {Fig. 1.29}.
Para os elementos do mesmo grupo, com o aumento do número atómico, Z , os eletrões deva-
lência vão ficando cada vez com maior energia, pois aumenta o número de níveis de energia
preenchidos, sendo necessária menos energia para os remover (Fig. 1.30}.
n ~ oo - - ~ - - -
E(n = 2) n=3
J =
---.e---- E,(n 3)
n =2 ----e.t'.----
Fig. 1.30 Num mesmo grupo, é necessária menos energia
para remover o eletrão mais exterior de n = 3 do q ue para
remover o eletrão mais exterior de n = 2.
Para os elementos do mesmo período, à medida que a carga nuclear aumenta, os eletrões
de valência vão sendo mais atraídos pelo núcleo, aument ando a energia necessária para os
remover.
33
QUÍMICA 10.0 Ano
18. O su lfato de alumínio, A-€2 (SO4 ) 3 , utilizado no t ratamento de águas e de efl uentes
industriais, é constituído por alumínio, A-€, enxofre, S, e oxigénio, O.
Tendo em consideração as configurações elet rónicas desses átomos no estado
fundamental, explique porq ue é que:
& 18.1 13Af - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 ; 16S - 1s2 2s2 2p 6 3s 2 3p4 • Os eletrões mais ener-
géticos (eletrões de valência) dos átomos de alumínio e de enxofre, no estado
fundamental, encontram-se no mesmo nível de energia (n = 3). Sendo a carga
nuclear do átomo de alumínio (+13) inferior à do átomo de enxofre (+16), a força de
atração exercida pelo núcleo do átomo de alumínio sobre os eletrões de valência
respetivos é menor do que a força exercida pelo núcleo do átomo de enxofre
sobre os eletrões de valência respetivos. Assim, será necessário fornecer menos
energia para remover um dos eletrões de valência mais energéticos do átomo de
alumínio do que para remover um dos eletrões de valência mais energéticos do
átomo de enxofre.
18.2 8 0 -1s2 2s 2 2p4 ; 16S -1s 2 2s 2 2p6 3s2 3p4 • O oxigénio e o enxofre apresentam
o mesmo número de eletrões de valência (6). Os eletrões de valência do átomo
de oxigénio encontram-se no nível n = 2, enquanto os do átomo de enxofre se
encontram no nível n = 3 (mais níveis de energia preenchidos). Assim, os eletrões
de valência do átomo de oxigénio encontram-se, em média, mais próximos do
núcleo respetivo do que os do átomo de enxofre, pelo que o raio atómico do oxi-
génio é menor do que o raio atómico do enxofre.
Como se explica que os metais tenham tendência para formar iões positivos e os não-metais
iões negativos?
Os metais apresentam, em geral, baixas energias de ionização. Assim, tendem a perder ele-
trões, origi nando iões pos itivos. Os metais dos grupos 1 (metais alca linos) e 2 (metais alca li-
noterrosos) são os que têm as menores energias de ionização, pe lo que são muito reativos,
perdendo faci lmente eletrões e dando origem a iões positivos muito estáveis.
34
DOMÍNI01 Elementos químicos e a sua organização
Os átomos dos gases nobres são muito estáveis, ou seja, não formam facilmente iões nem
se ligam fa cilmente a outros átomos, pois têm os se us níveis eletrónicos t ota lmente preenchi-
dos. Assim , as respetivas substâncias elementares são t ambém muito estáveis, e monoatómi-
cas , pelo que também só muito dificilmente reagem com outras substâncias.
M·M¼l+l1+%!N
19. As figuras mostram a variação da energia de ionização (A) com o número atómico
e va riação do raio atómico (B) para os 20 primeiros elementos químicos da Tabela
Periódica.
A B
EJ eV
H He
25 .J ,J
37 31
20 Ne
Li B _§) 19 <.Q) f)
15 152 1 12 85 77 75 73 72 71
Na Mg At Si p s 0 A
rn6 160 143 118 110 103 100 98
5
K K Ca
o
5 15 20 z 227 197 Valores em picómetros (pm)
35
QUÍMICA 10.0 Ano
A massa volúmica (ou densidade), p , define-se como o quociente entre a massa, m, de uma
amostra da substância e o seu vo lume, V, sendo constante para cada substância, nas mesmas
m
condições de pressão e temperatu ra: p = v·
A densidade relativa, d, de uma substância, grandeza adimensional, é igual ao quociente entre
a sua massa volúmica , p, e a massa volúmica de outra substância, considerada como referência .
Para sólidos e líquidos, a substância de referência é a água, à temperatura de 4 ºC.
d = Psubstância
P referência
A 4 ºC, a massa volúmica da água é 1,000 g cm-3 , por isso, a densidade relativa de um sólido ou
líquido é numericamente igual à massa vo lúmica respetiva, expressa em g cm-3 .
A densidade relativa pode ser ca lculada pelo quociente entre a massa de um certo volume de
substância e a massa de igual volume de água, a 4 ºC:
msubstância
d= P substãncia = V m substância
págua a 4 ºC mágua a 4 º C m água a 4° C
V
A densidade relativa de materiais no estado sól ido pode determinar-se utilizando um picnóme-
tro de só lidos (Fig. 1.31).
m m"
20. Numa aula de laboratório distribuíram-se aos alun os pequenos objetos metálicos.
Um grupo de alunos resolveu determinar a densidade relativa do material metálico
por picnometria. Os ensaios foram feitos à temperatura de 20 ºC. A tabela seguinte
apresenta os reg istos efetuados pelo gru po de alunos.
Despreze a var iação da densidade da água com a temperatura.
água ,lg
17,377 97,104 95,146
36
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
A lumínio 2,70
Ferro 7,86
Cob re 8,9 2
m sólido
17,376
d= ⇒ d= - - =8870
m agua
. 1,959 '
20.2 A densidade relativa do metal, a 20 ºC, é 8 ,870, o que significa que a sua
massa volúmica é 8,870 vezes maior do que a massa volúmica da água.
20.3 Comparando a densidade relativa medida com a dos objetos, por maior
proximidade, conclui-se que, provavelmente, o material constituinte dos ob-
jetos será o cobre.
37
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
w 17 18 17
X 12 14 10
y 17 20 18
(A) X é um anião.
(8) o número de massa de X é 26.
(C) W e Y são átomos do mesmo elemento.
(D) Y é um catião.
2. Uma amostra de silício contém 2 ,5 x 1025 átomos. Destes, 2,3 x 1025 são do isótopo Si- 28,
1,2 X 1024 de Si-29 e 8 X 1023 de Si-30.
Qual dos valores seguintes poderá representar a massa atómica relativa média do silício?
(A) 28,1
(8) 29,0
(C) 29,5
(D) 30,1
3. O boro apresenta dois isótopos naturais, '~B e ~B. de massas isotópicas, respetivamente,
10,0129 e 11,0093. A abundância relativa do boro- 10 é 19,78%.
3.2 A massa calculada não é a média aritmética das massas isotópicas porque
(A) há um erro experimental na determinação da massa atómica relativa média do boro.
(8) na Natu reza, o boro resulta da mistura de dois isótopos com abundâncias relativas
diferentes.
(C) no núcleo do átomo existem outras pa rtículas além dos neutrões e protões.
(D) a massa atómica relativa média indica o número de vezes que a massa de um átomo
é maior do que a massa-padrão.
4. A s massas isotópicas do lítio-6 e lítio-7 são, respetivamente, 6,0151 e 7,0160. A m assa ató-
mica relativa média do lítio é 6,941.
(A) 70,2%
(8) 92,5%
(C) 7,5%
(D) 50%
38
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
5. O elemento gálio, Ga, tem dois isótopos naturais estáveis, o gálio-69 e o gálio-71, como
mostra o seu espetro de massa.
~ 68,925580
~ 60,11
o
i5.
•O
õ 70,924700
-~ 39,89
ro
õ
e
<(Ú
-o
e
~
.o
<(
67 68 69 70 71 72 73
Massa isotópica
5.1 Atendendo à abun dância nat ural de cada isótopo, numa amostra de 10 000 átomos de
gálio, quantos são de gálio-69?
6. Desde que, em 1959, Richard Feynman lançou as primeiras ideias de criação de objetos
e equipamentos minúsculos para executarem tarefas então impossíveis até que, em 1981,
Eric Drexler lançou o seu projeto de manipulação molecular falando pela primeira vez em
nanotecnologia, percorreu-se um longo caminho a um ritmo avassalador.
7. A fim de compreender o mundo das nanotecnologias, precisamos ter uma ideia das unida-
des das dimensões envolvidas. Um milímetro é um milésimo de um metro e um micrómetro
é um milionésimo de um metro, mas todos estes ainda são enormes em comparação com
a escala nanométrica. Um nanómetro (nm) é um milésimo de um milionésimo de um me-
tro, e uma dezena de milionésimo da espessura de um cabelo humano.
Apresente a espessura de um cabelo humano em notação científica e na unidade SI de
base.
39
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
9.1 Com base na esca la da fi g ura, estime o diâmetro aproximado da molécula de hexabenzo-
coroneno na unidade de base do SI.
10.1 A expressão que perm ite determinar o número de molécu las em 1,0 kg de TNT é
10.3 Dete rmin e a relação entre as massas de carbono e nitrogénio numa amost ra de TNT.
11. O pentóxido de vanádio, V 2 0 5 , é um composto usado como corante nas indústrias da ce-
râmica e do vidro, e apresenta propriedades catalíticas importantes em muitos processos
industriais.
(A) 1 : 4: 4.
(8) 5 : 1 : 1.
(C) 8: 2 : 1.
(D) 5 : 2 : 2.
40
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
13.2 Supondo que o quocient e e ntre o número de átomos de níquel na superfície e o número
de át omos de xénon utili zados no logótipo é 6,8 x 10 5 , determin e a massa de níquel no
logótipo.
14. Já existe, graças à nanotecnologia, um vidro com fun ção de autolimpeza. Isso é possível
devido à existência de uma camada ultrafina de óxido de titânio, Ti0 2 , aplicada no lado
exterior do vidro.
Determine a espessura de uma camada ultrafina de Ti0 2 , de densidade 4,23 g cm-3 , unifor-
memente distribuído num vidro de 50 cm x 100 cm, contendo 6,02 x 10 20 átomos de titânio.
15. Um grupo de alunos transferiu de uma bureta um certo número de gotas de água para um
gobelé que se encontrava sobre uma balança digital. A massa de água registada foi 9,542 g.
A figura mostra a posição do nível de água na bureta usada antes e após a transferência
referida.
15.5 Um outro grupo de alunos, para o mesmo número de gotas, e usando a mesma buret a,
obteve a massa de 9,5 g numa balança digita l. Este valor perm ite concluir que este gru-
po de alunos usou uma ba lança ______ e o va lo r medido pode est ar compreen-
dido entre _ _ _ _ __
41
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
16. Os espetros podem ser de emissão ou de absorção, consoante resultem da luz emitida
por uma amostra ou obtidos depois de a luz emitida por uma fonte atravessar a amostra.
Considere os espetros seguintes:
(A)
1 li
(B)
---
111111 1
111111
16.2 O carbono e o tu ngsténio são alguns dos materiais usados no fil amento de lâm padas
inca ndescentes. Os espetros A e B poderão corresponder à radiação emitida por fil a-
ment os de lâmpadas incandescentes?
17. Luz não é só a luz visível. Os raios gama, os raios X , os raios ultravioleta, os infravermelhos,
as micro-ondas e as ondas de rádio também são luz. Os diferentes tipos de luz designam-se
por radiações eletromagnéticas.
li Ili IV
17.1 As radiações que est ão associadas às situações ilustra das nas figuras são
(A) 1: raios gama; li: infravermelhos; Ili: ondas de rádio; IV: micro -o ndas.
(B) 1: raios X; li: infrave rmel hos; Ili: visível; IV: micro-ondas.
(C) 1: raios X; li: u ltravioleta; Ili: v isível; IV: infravermel hos.
(D) 1: raios gama; li: ultravioleta;III: ondas de rád io; IV: infravermelhos.
17.2 Coloq ue as ra diações ilust radas nas figuras por ordem crescente de energia dos fotões
respetivos.
18. Em 1913, Niels Bohr apresentou um novo modelo para o átomo. Qual das seguintes afirma-
ções é uma das características do modelo de Bohr?
42
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
19. O espetro de emissão do hidrogénio ató mico apresenta riscas de frequências bem definidas
que correspondem à emissão de quantidades discretas de energia. Explique como é que
este facto conduziu ao modelo atómico de Bohr.
22. Uma amostra de um sal desconhecido foi submetida ao aquecimento por uma chama para
se obter o seu espetro de emissão na região do visível.
Cálcio
(A) A ene rgia fornec ida pela chama à amostra excita os átomos de modo que os seus
eletrões transitem de níveis de maior energia para níveis de menor energia.
(8) O sa l testado deverá te r uma cor az ulada, pois há um p redomínio de riscas azuis no
espetro d e emissão da amostra.
(C) A risca vermel ha do espetro de emissão resu lta de uma desexcitação dos eletrões
dos átomos da amostra de menor d iferença energética do que a associada à emis-
são das riscas azuis.
(D) Qua ndo os eletrões dos átomos da amostra regressam ao est ado fu ndamental,
ced em mais ene rgia do que a forn ecida pela c hama na excitação desses eletrões.
43
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
23. A figura representa as quatro riscas de menor energia do espetro de emissão do átomo de
hidrogénio na região do visível.
A B C D
1.1. 1 . .1 J 1
Frequência
23.1 Concl ua entre que níveis de energia ocorre a tra nsição eletrón ica responsável pela
risca des ignada por D.
A presente, num text o estruturado e com linguagem científica adeq uada , a fundamenta-
ção da concl usão solicitada.
23.2 Os espetros das estrelas, na região do visível , apresentam -se como uma faixa luminosa
contínua contendo riscas negras em todas as co res do arco-íris. Essas riscas revelam a
composição química das camadas superficiais das estrelas.
Ex plique como é possíve l concluir, a partir do espetro de uma estrela, se há hidrogénio
nas ca madas superficiais dessa estre la.
24. No teste de cham a realizam-se vários ensaios com diferentes sais. Na tabela que se segue
indicam-se as cores das chamas associadas a alguns sais.
Na queim a destes sais pode ser utilizado o equipamento esquem atizado na figura.
25. A espetroscopia fotoeletrónica (PES) é uma das técnicas que permite determinar a energia
de remoção de eletrões dos átomos e, a partir delas, a energia dos eletrões no átomo.
A figura seguinte mostra o espetro fotoeletrónico simulado para um dado el emento quími-
co. O espetro contém informaçã o relativa a todos o s eletrões d e um átomo do elemento.
(/)
Q)
•e
Q)
ãi
Q)
D
~ A B e o E
~
~
zº · +-'l'--'l'-- - - - - - - - - - -"'+'------------'i.......,,.,<-
0,58 1,09 7,19
/
{
12, 1
!
15, 1
Energia de remoção / MJ moI- 1
44
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
25.1 Por quantos subníveis de energia se encontram distribuídos os eletrões nos átomos
desse elemento?
25.4 Conclua,justificando, sobre quantas orbitais são ocupadas pelos eletrões responsáveis
pelo pico C.
25.5 Os eletrões responsáveis pelo p ico E apresent am uma maior energia de remoção porque
700 600 500 400 300 700 600 500 400 300
Energia de remoção / eV Energia de remoção / eV
26.1 Conclua, justificando, em qual dos element os, nitrogénio o u oxigénio, um eletrão 1s
tem maior energia.
26.2 A aná lise destes espetros do nitrogénio e do oxigénio permite conc luir que
27. Cada um dos diagramas 1, li e Ili mostra uma distribuição de 3 eletrões em 3 orbitais 3p.
li Ili
i i i i! i ii i
45
QUÍMICA 10.º Ano
Questões propostas
28. A fun ção que representa a distribuição no espaço de um eletrão no modelo quântico do
átomo designa-se por orbital.
(A) (8) (C)
28.1 Associe a cada uma das re-
z
presentações A, B e C às orbi-
tais s, p e d.
28.3 Os iões ma is estáveis de um elemento químico têm a configuração eletrónica [He] 2s2 2p6 .
É possível q ue o número atómico desse elemento seja _ _ _ _ _ e os seus iões mais
estáveis sejam _ _ _ __
Tabela Periódica
29. Observe a representação da Tabela Periódica e considere apenas o s elementos que nela
const am. Indique:
30. Relat iv am ente à disposição dos elementos químicos na Tabela Periódica, é incorreto afir-
mar que
31. Na tabela apresentam-se alg umas informações relativ as aos elementos químicos X, Y e Z
(as letras não correspondem a símbolos químico s).
46
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
31.2 Pode conclu ir-se que os átomos do elemento Y, no est ado fu ndamental, apresentam
(A) 4 eletrões de valê ncia. (C) 4 subn íveis de e nergia ocupados.
(B) 4 eletrões no sub nível mais exte rno. (D) 4 níveis de energia ocupados.
32. A figura apresenta o diagrama de energia das orbitais de valência dos átomos dos elemen-
tos X e Y no estado fundamental.
32.1 Conclua. j ustifica ndo, q ual dos eleme ntos, X ou Y, apresenta maior
l
Ilp l _l _!
v
energia de ionização.
33. Primo Levi, autor de uma autobiografia intitulada A Tabela Periódica, escreveu que o zinco
«(...) não estimula a nossa imaginação, é cinza e os seus sais não têm cor, não é tóxico e
não produz reações coloridas; em suma é um metal sem graça.»
- ..
34.2 A tabela seguinte apresenta algum as p ropriedades do sódio e do potássio.
- Sódio
Potássio
Configuração
eletrónica
[Ne]3s1
[A r]4s 1
98
63
Massa volúmica /
g cm-a
0,97
0,86
180
220
Energia de ionização
/ kJ mor-1
495,7
418,6
34.3 Interprete a formação dos iões mais estáveis dos metais alcali nos.
47
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
35. Qual das representações seguintes traduz a variação do raio atómico em função do número
atómico?
(A) (C)
He
Ne
(B) (D)
F
K
Kr
36.2 Exp lique a ten dência do aumento da energia de ionização. Aprese nte, num texto es-
truturado e com linguagem cie ntífi ca adequada, a explicação sol icitada.
48
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
37. Para procederem à identificação da subst ância que constitui um fio metálico encontrado
no laboratório, um grupo de alunos recorreu à picnometria para determinar a densidade do
metal. A tabela apresenta os registos efetuados pelos alunos. Considere que a densidade
da água é 1,00 g /cm 3 e despreze a sua variação com a temperatura.
---
Ensaios
Descrição
Massa do picn ómetro +água+ fio metálico no exterior, m' / g 66,07 65,80 66,01
Massa do picnómetro + água+ fio metálico no interior, m" / g 62,22 61,98 62 ,27
49
QUÍMICA 10.0 Ano
Domínio 2
Propriedades e transformações da matéria
As propriedades das moléculas e dos materiais são determinadas pelo tipo de átomos, pela
energia das ligações e pela geometria das moléculas.
A energia associada à interação entre os átomos va ria com a distância entre os núcleos. Com
a aproximação, o aumento das atrações fa z diminuir a energia e o aumento das repulsões
faz aumentar a energ ia. Quando essa energia atinge um valor mínimo, há uma distância
ca racterística, a distância de equilíbrio, para a q ual se estabelece uma ligação química. Nes-
ta situação, a energia de um conju nto de átomos ligados é menor do que a energia desses
átomos separados.
50
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Ligação covalente
Estas ligações ocorrem, geralmente, entre átomos de element os não-metálicos. Est e tipo de
ligação é caracterizado por uma partilha localizada de eletrões de valência entre dois áto-
mos e dá origem a substâncias cuj as unidades estruturais são moléculas (por exemplo, CO )
ou estrutu ras gigantes de átomos (por exemplo, o diamante).
Ligação iónica
Ligação metálica
Eletrões de valência
Este tipo de ligação ocorre entre átomos de metais.
Os metais possuem eletrões de va lência pouco atraí-
dos ao núcleo (baixas energias de ionização), pelo que
facilmente se libertam da ação do seu átomo de ori-
gem, deslocando-se mais ou menos livremente entre
os cernes atómicos (núcleos e eletrões mais interio-
res), originando uma nuvem de ca rga elétrica negativa
que abrange toda a rede do cristal metálico (Fig. 2.4).
Na ligação metálica há uma partilha de eletrões de Cerne do átomo - catião
(núcleo e eletrões interiores)
va lência deslocalizados por todos os átomos.
Fig. 2 .4 Eletrões de valência deslocalizados
Sendo as ligações químicas de natureza essencial- numa ligação metálica.
51
QUÍMICA 10.0 Ano
1.2 Que semelhanças e diferenças se podem encontrar nas ligações entre os áto-
mos de oxigénio e hidrogénio no peróxido de hidrogénio, Hp 2 , e entre os áto-
mos de alumínio, no alumínio metálico?
t) 1.1 a) Ligação iónica. Este tipo de ligação ocorre, em geral, entre átomos de
metais e não-metais. O potássio (grupo 1) é um metal e o iodo (grupo 17) é
um não-metal.
b) Ligação covalente. Este tipo de ligação ocorre, geralmente, entre átomos
de elementos não-metálicos. O hidrogénio (grupo 1) é um não-metal e o
oxigénio (grupo 16) é um não-metal.
c) Ligação metálica. Este tipo de ligação ocorre entre átomos de metais.
O alumínio (grupo 13) é um metal.
1.2 Nos dois casos, há uma partilha significativa de eletrões entre os átomos
envolvidos nas ligações. No entanto, enquanto em H 2 0 2 a ligação entre os
átomos de O e de H se caracteriza por uma partilha localizada dos eletrões
de valência entre os dois átomos, no alumínio metálico a ligação resulta da
partilha dos eletrões de valência deslocalizados por todos os átomos, origi-
nando uma nuvem de carga elétrica negativa que abrange toda a rede do
cristal metálico.
Na ligação entre dois átomos numa molécula, cada um dos átomos experimenta alterações.
As pri ncipais alterações ocorrem com os eletrões de va lência, ao nível das suas energias e
das orbitais que descrevem o comportamento desses eletrões (orbitais moleculares).
Estruturas de lewis
• O símbolo químico representa o cerne do átomo.
• Os pontos(·) e cruzes (x) à volta do símbolo químico representam eletrões de va lência.
• Um traço entre os símbolos representa um par de eletrões.
52
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
•• •• •• • • p pares
H• + •H -----+ H: H ou H- H : F • + • F : -----+ : F: F : ou : F - F: não-
•• •• •• •• -ligantes
\__ par ligante. / '----. par ligante /
H°
(\ ..
•o •
(\
•H-----> H -0-H
..
V .. V ••
•(\, .o:----+
. .()0. .. .. . (\, . (\, • [\, [\, f\. •• ••
:o· '\) .. .. ..
:o - o:----+ o = o .. .. :o·
••
.e·
'\J •
.o:----+ :o
'\J ••
- e - ..o:----+ ..o = e = ..o
•• íj
Fig. 2.7 Ligação cova lente dupla na molécula de 0 2 • Fig. 2.8 Ligações covalentes duplas na molécula de C02 •
•(\, . [\, .
'N -\j.~
J'i.N'
' N' v •N
·. •·• ----> ·. N' .J
'N - ~
. ~ . -= .
~ 'N N'
A energia de ligação e o comprimento de ligação são dois parâmetros que permitem ca racte-
rizar a ligação covale nte. A molécula é mais estável do que os seus átomos separados, pelo
que a formação de uma ligação química envolve libertação de energia. A energia de ligação
é a energia média que é necessário fornecer à molécula para quebrar a ligação e separar
esses átomos. Relação entre energia de ligação e reatividade das moléculas H 2 , 0 2 e N2 :
H-H
1
436
O=O 498
N =N 944
Quanto maior for a energia de ligação, mais energia se liberta quando a ligação se forma ,
pelo que a molécula é mais estável. A ligação é mais forte, pois será necessária mais energia
para a quebra r. Quanto mais estável é uma molécula, menos reativa ela é.
Em fun ção dos dados da t abela, a molécula N2 é a mais estável, o que j ustifica a pequena rea-
tividade da substância elementar nitrogénio em comparação com as substâncias element ares
oxigénio e hidrogénio.
53
QUÍMICA 10.0 Ano
Quando os átomos envo lv idos na ligação são dos mesmos elementos, o comprim ento da
ligação simples é maior do que o comp rimento da ligação dupla e este é maior do que o da
ligação tripla (por exemplo, a ligação C-N é mais comprida do que a ligação C=N e esta mais
comp rida do que a ligação C=N). Pa ra átomos dos mesmos elementos, a um maior compri-
mento de ligação corresponde uma menor energia de ligação.
2. Considere as mol éculas de nitrogé nio, N 2 , hidra zina , N 2 H 4 , e diazeno (di imida), N 2 H 2 :
2.1 Escreva as fórmulas de est rutura de Lewis para cada molécula.
2.2 Qual das moléc ulas possu i a ligação n itrogén io-nitrogén io mais curta?
2.3 Em qual das moléculas a ligação nitrogénio-nitrogé nio tem menor energia?
7
N: 1s2 2s2 2pX1 2pY1 2p Z1 ⇒ 5 eletrões de valência (os do nível 2)
1
H: 1s1 ⇒ 1 eletrão de valência
2 x 5 = 10 eletrões de valência para distribuir em N2
(2 x 5) + (4 x 1) = 14 eletrões de valência para distribuir em N 2 H 4
(2 x 5) + (2 x 1) = 12 eletrões de valência para distribuir em N2 H 2
3.º passo: desenhar uma ligação covalente simples entre o átomo central e
cada um dos átomos à sua volta. Completar os octetos dos átomos ligados
ao átomo central - exceto para o átomo de hidrogénio, cuja camada de va-
lência fica completa com 2 eletrões. Os eletrões que não estiverem envolvi-
dos nas ligações devem ser representados como pares não-ligantes.
Se o átomo central tiver menos do que 8 eletrões, colocam-se ligações du-
plas ou triplas entre ele e os átomos vizinhos, utilizando os pares não-ligan-
tes destes, de modo a completar o octeto do átomo central.
H
1
54
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Geometria molecular
A geometria molecular é o arranjo tridimensional dos átomos numa molécula. A esse arranjo
espacial corresponde um estado de energia mínima para a molécula, portanto, estabilidade
máxima.
Pode-se prever a geometria de uma molécula a partir do con hecimento do número de ele-
trões de valência à volta do átomo central , na sua estrutura de Lewis, usando o modelo da
repulsão dos pares eletrónicos de valência.
Numa molécula poliatómica, em que há duas ou mais ligações entre o átomo central e os
átomos que o rodeiam, a repulsão entre os pares de eletrões ligantes, entre os ligantes e
os não-ligantes e entre os não-ligantes faz com que estes fiquem o mais afastados possível
uns dos outros. A geometria da molécula co rresponderá ao arranjo espacial em que aquelas
repulsões são mínimas.
Em geral, é maior a repulsão entre pares de eletrões não-ligantes do que entre um par não-
-ligante e um par ligante. Por sua vez, a repulsão entre um par não-l igante e um par ligante é
maior do que entre dois pares ligantes.
• •• •
A B e • D
~:_·/ .
~
·_ .. '-
Q= C=O
Fig. 2.10 Geo metrias: linear (A); tetraédrica (B); piramidal t rigonal (C); angular (D).
55
QUÍMICA 10.0 Ano
i+i%i·l·l1+Hli·I
3 . Preveja a geometria molecular de cada uma das moléculas seguintes, baseando-se
no modelo da repulsão dos pares eletrónicos de valência:
A densidade de carga elét rica negativa, associada à nuvem eletrónica, pode ser rep resentada
por co res: a densidade aumenta do violeta para o vermelho.
li
As ligações entre átomos do mesmo elemento são,
em geral, apoiares, pois os eletrões envolvidos
na ligação são igualmente partilhados por ambos
os núcleos, e, conseq uentemente, a distribuição
de carga elétrica entre os átomos é simétrica
{Fig. 2.11 - 1). As ligações entre átomos de elemen-
tos diferent es são, em geral, polares, pois a partilha
..
H - F:
dos eletrões envolv idos na ligação pelos dois Fig. 2.11 1: distribuição simétrica de ca rga em F 2 •
li: distribuição assimétrica de carga em HF.
núcleos é desigual, e, conseq uentemente, a distri-
buição de carga elétrica entre os átomos é assi-
métrica {Fig. 2 .11 - 11).
A polaridade de moléculas com um único átomo cent ral pode prever-se a partir da análise da
distribuição de carga elétrica em torno do átomo central. Assim, uma molécula poliatómica
formada por ligações polares será:
56
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
• polar se a d istribuição de ca rga em torno do átomo central for assimétrica, por exemplo,
H2 0 e NH 3 (Fig. 2 .12);
1+1%1·1·it4Hffi+M
4. Conclua, co m base nas estrut uras de Lewis e na geometria molecular, sobre a po lari-
dade das moléculas SiCt'4 (tet racloret o de silício) e PCt'3 (tricloret o de fósforo).
• saturados: designam -se po r alcanos (todas as ligações ent re os átomos de ca rbono são
simples);
designam-se por alcenos se há uma o u ma is ligações duplas entre os
• insaturados: átomos de carbo no;
{
designam-se po r alcinos se há uma ou mais ligações trip las ent re os
átomos de ca rbo no.
57
QUÍMICA 10.0 Ano
5 . O etano, C2 H6 , o eteno, C 2 H 4 , e o
etino, C2 H2 , são três hidrocarbone-
tos constituídos por dois átomos
de ca rbono, diferindo no tipo de
ligação C-C. A figura apresenta
I"º·'pm
modelos moleculares e os compri-
mentos da ligação C-C em cada
um dos referidos compostos.
5.1 Expl ique, com base na informação apresentada, a relação dos diferentes compri-
mentos da ligação entre os átomos de carbono nos três hidrocarbonetos.
5 .2 Justifique uma ordenação dos três compostos por ordem cre scente de energia
da ligação entre os átomos de carbono.
Grupo funcional: grupo de átomos presentes na molécula, ligados de forma específica, que
conferem propriedades químicas características aos compostos respetivos e que indentificam
o composto orgânico.
58
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Ligações de hidrogénio
As ligações de hidrogénio são as mais int ensas das interações in-
termoleculares, mas menos intensas do que uma ligaçã o cova len-
te ou iónica. Estas ligações ocorrem quando um átomo de hidro-
génio ligado cova lentemente a um átomo de uma mol écula, de um
elemento com grande tendência para atrair eletrões (F, O ou N), é
atraído por um par de eletrões não-ligantes no átomo de F, O ou N Fig. 2 .13 Ligações de hidrogén io entre
de outra molécula. As ligações de hidrogénio representam-se por moléculas de água.
59
QUÍMICA 10.0 Ano
Estes três tipos de interações designam-se por forças de van der Waals. Considerando mo-
léculas de tamanhos semelhantes, as ligações entre moléculas polares são as mais intensas
e as de London são as mais fracas. As forças de London estão sempre presentes, mesmo no
caso das moléculas polares, coexistindo com as outras forças de van der Waals.
i+i+ii·l·IHHll·I
7. Tensioativos são substâncias cujas
10
moléculas são constituídas por uma
,. - - - - - - - - - - - - - I
,: J CH
parte apoiar (hidrofóbica) e uma parte 1~ / 2
7.1 ldentifique,justificando, a parte da molécula que tem afinidade pelo óleo e a que
tem afinidade pela água.
~ 7.1 O óleo é uma mistura de hidrocarbonetos, logo apoiar. Assim, estabelece, pre-
ferencialmente, interações intermoleculares com a parte apoiar da molécula
(a longa cadeia carbonada), assinalada a laranja. Por sua vez, a água, polar,
estabelece interações intermoleculares com a parte polar da molécula, assi-
nalada a verde.
60
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
f') As moléculas da acetona são polares, pelo que as ligações intermoleculares pre-
dominantes são ligações de van der Waals do tipo dipolo-dipolo. As moléculas
do propan-1-ol também são polares, mas, devido à presença de um átomo de hi-
drogénio ligado a um átomo de oxigénio, estabelecem-se ligações de hidrogénio.
Estas ligações são mais intensas do que as dipolo-dipolo, o que justifica o ponto
de ebulição mais elevado do propan-1-ol.
li ~
ratura , o vo lume ocupado por um gás (ideal)
é diretamente proporcional à sua quantida-
de de matéria (Fig. 2.11).
n
V V8 V p e T constantes
-n =constante {::> - n = nA - _A_
8 Fig. 2.17 Lei de Avogadro.
61
QUÍMICA 10.0 Ano
A pressões não muito elevadas e a tempe raturas não muito baixas, o volume molar é (pratica-
mente) o mesmo para qual quer gás nas mesmas condições de pressão e temperatura.
Há sempre o mesmo número de moléculas numa mole de qualquer gás: 6 ,02 x 1023 moléculas.
Em condições PTN (pressão e temperatura normais, 1 atm e O ºC, respetivame nte), 1 mol de
qualquer gás ocupa o volu me de 22,4 dm 3 (Vm = 22,4 dm 3 mol-1) .
Massa volúmica de um gás: pode ser determinada a partir do quociente ent re a massa molar
e o vol um e molar.
& (B). Segundo a Lei de Avogadro, volumes iguais de quaisquer gases contêm o
mesmo número de moléculas, quando medidos nas mesmas condições de pres-
são e temperatura. Assim, os três recipientes apresentam o mesmo número de
moléculas. No recipiente X há apenas moléculas de N2 , de massa molar 28,02 g
mo1-1• No recipiente Y, metade das moléculas são de N 2 e a outra metade são de
vapor de água, de massa molar 18,02 g mo1-1. Assim, mx > my. No recipiente Z, além
de moléculas de N2 existem moléculas de Cf 2 , de massa molar 70,90 g mol- 1•
Assim, m2 > mx.
62
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Néon
Hélio
Metano
■ Nitrogénio (78,08%) Crípton
Oxigénio (20,95%) Hidrogénio
Árgon (0,93%) Óxido de diazoto
Dióxido de carbono (0,037%) Monóxido de carbono
Outros - - - - - - - - - - - - - < Xénon
Amoníaco
Monóxido de nitrogénio
Dióxido de nitrogénio
Fig. 2 .18 Composição média do ar da troposfera (sem considerar o vapor de água), em vo lume.
Se as substâncias emitidas ca usa rem prejuízos à qualidade de v ida dos seres v ivos, desig-
nam-se poluentes. São poluentes at mosféricos os seg uintes: óxidos de carbono (CO, CO),
óxidos de nitrogén io (NO, N0 2 e N2 0), óxidos de enxofre (S0 2 e SO), compostos orgânicos
vo láteis (metano, CFC, derivados do benzeno, etc.) e matéria pa rticulada (fumos, poei ras,
aerossóis, etc.).
Unidades
Definição Expressão matemática
Mais comuns
Quantidade de matéria
n soluto mol dm- 3
Concentração de soluto por unidade de e= - - - mol m- 3
Vsolução mol L-1
volume de solução
Percentagem Vo lume de soluto por %(V/V) = v solu1o X 100 Exprime-se em % (VI I/)
em volume volume de solução (x 100) Vsolução (adimensional)
63
QUÍMICA 10.0 Ano
~
~ 10.1 Vmalado = 20 x 300 cm =6000 cm •'
3 3
= 3,06 x 10-2 dm 3
m m
Pco = v co ⇒ 1,15 g/dm3= 3 06 X 10-2 dm3<=>
co •
<=> mco = 1,15 g/dm3 X 3,06 X 10-2 dm 3 = 3,5 X 10-2 g
64
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
12. Um grupo de alunos pretende preparar 50,0 ml de uma solução aquosa de perman-
ganato de potássio, KMnO 4 (M = 158,04 g mol-1), de concentração 0,0750 mal dm-3 .
Ao lado apresenta-se o permanganato de potássio e a balança utiliza- ----~
da para a medição da massa respetiva.
12.4 Descreva o procedimento experimental que deveria ser segu ido na prepara-
ção da solução de permanganato de potássio, referindo, sequencialmente,
três etapas principais envolvidas no procedimento, após a pesagem do so luto.
12.5 Outro grupo de alunos, ao finalizar a atividade, acertou o menisco pelo traço
de referência, retirando o excesso de solução com um conta-g otas. Conclua,
justificando, sobre o rigor da concentração da solu çã o preparada pelos alunos
e qual a atitude a tomar numa situação como esta.
65
QUÍMICA 10.0 Ano
1+1%i·l·ii4Hll·I
Q 12.1 a) Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Muito tóxico para
os organismos aquáticos com efeitos duradouros. Pode agravar incêndios:
comburente.
b) Usar luvas de proteção.
12• 2 n KMn0 4 = e x V= O' 0750 mol dm- 3 x 50 ' O x 10- 3 dm 3 = 3 ' 750 x 10- 3 mol
m = n x M = 3 750 x 10- 3 mol x 158 04 g moI-1 = O 593 g
KMn04 ' ' '
12.4 Dissolver todo o KMnO4 com uma parte do solvente (água destilada), agitan-
do a solução com uma vareta de vidro. Transferir a solução para um balão
volumétrico de 50,0 ml com o auxílio de um funil. Adicionar água destilada
com um esguicho até ao traço de referência do balão volumétrico.
As soluções são muitas vezes preparadas por diluição de soluções mais concentradas. Uma
solução diluída pode ser preparada medindo um pequeno vo lume da solução concentrada e
adicionando solvente.
V solução diluída
l+i%1·i·il+Hll·I
13. O mesmo grupo de alunos que realizou a AL 2.2 preparou ainda, com rigor, a partir
da solução de permanganato de potássio (0,0750 mal dm- 3) inicialmente prepara-
da, 50,0 ml de uma solução de KMnO4 de concentração 0,0150 mal dm-3 .
13.1 Determine o volume da sol ução mais concentrada necessário para preparar o
volum e referido de solução diluída de permanganato de potássio.
13.2 O grupo de alunos dispunha de duas pipetas com igual capacidad e, sendo que
uma era vo lum étrica (± 0,02 ml) e a outra era graduada (± 0,05 ml).
Qual das pipetas permite a medição mais rigorosa do volume da solução mais
concentrada?
66
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
n KMn04 = c x V= O' 0150 mol dm-3 x 50' O x 10-3 dm 3 = 7' 500 x 10-4 mol
Determinação do volume da solução inicial (mais concentrada):
nKMn04 7,500 x 10-4 mol
esolução inicial = V ⇒ O 0750 mol dm-3 = ⇒
solução inicial ' V sotução in icial
H .. ..·o·
.. ..
1
H- C - H +
H
1
O= O
..
O= O
- ..
O= C = O .. +
H/ "-. H
H/
..
·o·
"-. H
Fig. 2 .19 Re ação de combu stão do metano. Há conservação do número total de átomos de cad a elemento químico.
67
QUÍMICA 10.0 Ano
A rutura de uma ligação é um processo que envo lve absorção de energia - processo en-
doenergético. Quando se forma uma nova ligação, há libertação de energia - processo
exoenergético.
Num sistema isolado, a energia interna permanece constante porque não há t rocas de ener-
gia nem de matéria com a vizinhança. Num sistema fechado, a energia interna diminui se o
sistema ceder energia à viz inhança e aumenta se o sistema receber energia da vizin hança.
Reação exotérmica - quando ocorre com libertação de energia por calor (a pressão e tem-
peratura constantes). Se a reação ocorresse em sistema isolado, a temperatura do sistema
aumentava , sinal de que a energia ci nética interna do sistema aumentava; como a energia in-
terna de um sistema isolado é constante, conclui-se que a energia potencial interna (e nergia
associada às lig ações entre os átomos) diminui.
Reação endotérmica - quando ocorre com absorção de energia por calor (a pressão e tem-
peratura constantes). Se a reação ocorresse em sistema isolado, a temperatura do sistema
diminuía, sinal de que a energia cinética interna do sistema diminuía; como a energia interna
de um sistema isolado é constant e, conclu i-se que a energia potencial interna (energia asso-
ciada às ligações entre os átomos) aument a.
A formação de amoníaco é um processo exot érm ico, pois a energ ia libertada na formação das
ligações no amoníaco é superior à energia necessária para romper as li gações das moléculas
de nitrogénio e hidrogénio (Fig. 2 .20).
N N
H H H H H H
Energia
E,eação= - 92 kJ mol·1
68
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
i+i%1·i·lt4H@+M
14. O diagrama seguinte representa o balanço energético na rutura/formação de liga-
ções numa dada reação química.
4 1
1
1
*1
1
1
1
1
1
1
..,
1
1
1
1 Produtos
1
1
1
:r
Reagentes
~ 14.1 Como a energia potencial dos produtos é maior do que a energia potencial
dos reagentes, se a reação ocorrer a temperatura constante, o sistema terá
que absorver energia por calor da vizinhança para que ocorra aquele aumen-
to de energia potencial. A reação é endotérmica.
14.2 (C). A energia interna de um sistema isolado mantém-se constante. Como a
energia potencial dos produtos é maior do que a dos reagentes, há aumento
da energia potencial interna. Logo, para que a energia interna se mantenha
constante, a energia cinética interna tem de diminuir, logo, a temperatura do
sistema diminui.
14.3 (D).
Variação de entalpia
A variação de entalpia padrão, /iH º, de uma reação corresponde à energia transferida, por
calor, para ou do exterior, quando a reação é rea lizada a pressão constante (10 5 Pa) e a tem-
perat ura constant e (25 ºC).
69
QUÍMICA 10.0 Ano
Numa reação exotérmica , o sistema cede energia, por calor, à vizinhança, por isso 6.H < O
(energia potencial associada às ligações entre os átomos diminui) (Fig. 2 .21).
Numa reação endotérmica , o sistema absorve energia, por calor, da vizinhança, por isso 6.H > O
(a energia potencial associada às ligações entre os átomos aumenta) (Fig. 2 .22).
<1l
ê>
Q)
Reagentes e Produtos
w
por exemplo, ... . · 7energia libertada por exemplo,
N, + 3 H, para o exterior CO + 3 H,
Fig. 2 .21 Variação de entalpia para uma reação Fig. 2.22 Va riação de entalpia para uma reação
exotérmica. endotérmica .
l+i%i·i·l1+Hli·I
15. Frequentemente, o principal objetivo de muitas reações químicas não é obter um
ou mais produtos de reação, mas sim aproveitar a energia posta em jogo nessas
reações.
15.1 Rela cione a va ri ação de entalpia padrão de uma reação com as transferências
de energia entre o sistema e a vizinhança.
15.3 Durante uma reação realizada a pressão constante, o sistema reacional re-
cebeu energia por calor da viz inh ança. A variação de entalpia do sistema é
positiva ou negativa? Como se classifica a reação?
Q 15.1 A variação de entalpia padrão, 6.H°, de uma reação é dada pela energia
transferida, por calor, entre o sistema e a vizinhança, a pressão constante
e a temperatura constante: se a energia absorvida por calor for Q, então
6.H° = Q; se a energia cedida por calor for O, então 6.H° = -O, a 25 ºC.
15.2 Não. A entalpia é uma propriedade do sistema reacional, pelo que a varia-
ção de entalpia só depende do estado inicial e final do sistema e não do
modo como este evolui.
15.3 Como o sistema recebeu calor, a reação é endotérmica. O calor transferido
a pressão constante corresponde à variação de entalpia, logo, 6.H > O (calor
absorvido).
70
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Com base nos valores das energias de ligação da tabela, ca lcule a variação de en-
t alpia, t:.H , da reação de síntese do amoníaco e co mpare o resu ltado com o valo r
experimental (- 93 kJ/mol), a 25 ºC.
H-H
N= N + H-H - H-N-H H-N-H
1 1
H-H H H
Com base na equação química constrói-se a tabela seguinte:
71
QUÍMICA 10.0 Ano
Fotodissociação e fotoionização
Com base nos valores das energias de dissociação pode concluir-se que a molécula de ni-
trogénio, N2 , é a mais estável (lig ação mais forte), pois apresenta maior energia de ligação.
Pode ainda concluir-se que a ligação entre os átomos de oxigénio é mais forte na molécula
de oxigénio, 0 2 , do que na molécula de ozono, 0 3 , pelo que a molécula de oxigénio é ma is
estável do que a de ozono.
A fotoionização consiste na ion ização de át omos ou moléculas por ação da luz.
11H > O
Alguns dos processos de fotoionização ocorrem nas ca madas mais exteriores da atmosfera
(termosfera e mesosfera). As radiações solares que atingem essas camadas têm energia su-
fic iente para provocar a ionização das espécies aí existentes. Este processo envolve maior
energia do que a fotodissociação.
• 0 2 (g) - o; (g) + e- 11H = 1205 kJ mo1-1
• N2 (g) - N; (g) + e- 11H = 1495 kJ mo1-1
Radicais (radicais livres) são entidades (átomos, moléculas ou iões) em que os spins dos ele-
trões não estão t odos compensados, ou seja, cujas orbitais possuem eletrões desemparelhados.
Representam-se pelo símbo lo da espécie química segu ida de • e são, em geral, muito reativos.
Qualquer entidade com um número ímpar de eletrões é um radica l, uma vez que t em, neces-
sa riamente, pelo menos, um eletrão desemparelhado.
17.1 Mostre, com base nos valores apresentados, que na estratosfera apenas ocor-
rerá dissociação de uma das referid as mol éculas.
17.2 Escreva a equação química que traduz a dissociação que ocorre na estratosfera.
17.3 A dissociação do nitrogénio ocorrerá a uma altitude inferior, igua l ou superior à
da estratosfera? Justifique.
72
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
945 1000 J
~
X
17.1 A energia de dissociação de uma molécula de nitrogénio é ,x =
6 02 1023
, , , 498 X 1000 J
= 1,57 x 10-18 J e a de uma molecula de oxigenio e , x = 8,27 x 10- 19 J.
6 02 1023
Para ocorrer dissociação das moléculas presentes na estratosfera, as suas
energias de dissociação terão de estar compreendidas entre 6 ,6 x 10-19 J
e 9,9 x 10-19 J, o que apenas se verifica para a molécula de oxigénio.
Ozono estratosférico
Formação do ozono:
0 2
uv-c o·+ o· (absorção de energia necessária à quebra das
ligações oxigénio-oxigénio)
o· + 0 2
- 03 (libertação de energia)
Decomposição do ozono:
As moléculas de 0 3 , por sua vez, também podem absorver radia-
Fig. 2.25 Formação do ozono ção UV:
estratosférico.
03~ o· + 0 2
73
QUÍMICA 10.0 Ano