Física
Introdução à Física
Física
Desde a pré-história, o Homem sempre procurou entender os fenômenos naturais que o cercam e a partir do
momento em que conseguiu dominar alguns deles como o FOGO, começou a fazer Ciência. Os Gregos, como Aristóteles,
Demócrito e Arquimedes, contribuíram muito para aumentar o conhecimento da Humanidade, utilizando principalmente
as observações dos fenômenos da Natureza.
Ciência: Totalidade dos conhecimentos adquiridos sobre a natureza e a sociedade, logicamente articulados. É
um processo dinâmico e em constante evolução.
Na Grécia Antiga, o termo “Física” (physiké) compreendia os fenômenos que ocorrem na Natureza de uma
maneira geral. Daí ter sido esta ciência, durante muito tempo, denominada “Filosofia Natural”.
Os fenômenos que estudaremos não precisam ser necessariamente complexos: o movimento de qualquer objeto,
as ondas formadas na superfície da água por uma pedra, um bloco de gelo derretendo, a água fervendo para fazer um
ótimo café ou a luz produzida por uma lâmpada que foi acesa são excelentes exemplos que observamos diariamente.
Neste primeiro momento, nosso objetivo será GRANDEZA FÍSICA: TUDO QUE PODE
estudar um dos vários ramos da Física: a MECÂNICA, que SER MEDIDO OU COMP ARADO
COMPARADO E
em termos muito simples, estudará os movimentos e as ASSOCIADO A UMA UNIDADE DE MEDIDA.
condições em que eles se realizam, sempre relacionando
três grandezas físicas fundamentais: o comprimento, a Durante nosso estudo da Mecânica, iremos falar de
massa e o tempo. muitas grandezas físicas, como por exemplo comprimento,
Por falar em grandezas físicas, é importante massa, tempo, velocidade, aceleração, força, energia, torque
lembrar o grande italiano Galileu Galilei, que afirmava que e muitas outras.
“éé preciso medir o que é mensurável e tornar Quando medimos o comprimento
comprimento, que é uma
mensurável aquilo que não o é.” grandeza física, podemos utilizar várias unidades de medida,
Para tornar mais clara, a frase de Galileu, precisamos como o quilômetro, o metro ou o centímetro. A mesma
saber que mensurável é tudo aquilo que pode ser medido; coisa acontece com a massa
massa, que pode ser expressa em
logo, uma grandeza física é algo que pode ser medido, grama, quilograma e tonelada, bem como com o tempo
associado a um valor numérico e a uma unidade de medida. que aparecerá em segundos, minutos, horas, dias, e muitas
outras.
Dentre as várias unidades possíveis, para cada
grandeza física, apenas uma foi escolhida como padrão no
DIVISÕES DA MECÂNICA
Definição de repouso:
Definição de movimento:
Trajetória:
Física
os seguintes nomes: um carro sofreu um acidente no km 50 e que necessita de
socorro imediato. Uma viatura sai do posto, e encontra o
Movimento Retilíneo – A trajetória é uma linha carro com problemas no km 50, isto é, a 50 km do início
reta. da rodovia ou km 0, que é chamado de origem da trajetória.
Portanto, a posição do carro acidentado é a distância em
que ele se encontra do início da rodovia, ou seja, da sua
origem.
km 0 km 50
Definição de espaço:
Deslocamento Escalar:
No exemplo da viagem, o deslocamento escalar é Nos anúncios de carros novos, uma das características
igual a 180 km e o intervalo de tempo igual a 3h; portanto mais utilizadas pelo fabricante para vender seu produto é
a velocidade média foi igual a 60 km/h, o que não significa dizer o valor de sua aceleração. A maioria das pessoas já
que durante toda a viagem o carro estava sempre a possui um conhecimento prévio desta grandeza, mas muitas
60 km/h. Certamente em alguns momentos essa vezes não conhece o conceito correto. Para a Física,
velocidade foi muito superior e em outros chegou a ser aceleração escalar média é uma grandeza física que indica o
nula, quando o motorista parou para um lanche. quanto varia a velocidade escalar em um certo intervalo de
tempo.
Unidades da Velocidade Média:
Física
∆v v − v 0
am = =
∆t t −t0
Pelo que foi exposto, podemos concluir que um carro
parado no semáforo com o motorista pisando no Utilizando a expressão, retiramos a unidade no
acelerador, ou um ônibus que viaja em uma estrada plana Sistema Internacional:
com velocidade constante de 80 km/h, NÃO possuem
aceleração; mas o mesmo carro ao arrancar com o sinal No S.I., a unidade de aceleração é m/s/s = m/s²
verde até atingir 100 km/h ou o ônibus que na descida é
freado, e diminui sua velocidade de 80 km/h para
70 km/h agora possuem aceleração.
Definição:
Logo: Observação:
vm = ∆s = 210 km = 60 km/h
∆t 3,5 h am = 2 m/s² significa que a velocidade do objeto aumenta
2 m /s a cada 1 s .
0 1 Se um ônibus durante uma viagem entre duas cidades, 0 5 Um ciclista profissional, em treinamento, pedalou
distantes 400 km, gasta exatamente 5 horas, qual o valor 5000 m, mantendo uma velocidade constante de 36
de sua velocidade média? km/h. Calcule o intervalo de tempo, em segundos, gasto
para percorrer essa distância.
0 2 Durante uma viagem de carro, você observa que passou
pelo km 20, às 7 h e pelo km 170, às 10h. No km 100, 0 6 Um fabricante de veículos anuncia que seu carro faz do
uma pequena parada de 10 minutos foi feita para repouso até atingir 108 km/h em apenas 10 segundos.
descanso. Determine a velocidade escalar média no Determine em unidades do S.I. a aceleração escalar média
intervalo de tempo das 7 h às 10 h. deste carro.
0 1 (UNB-DF) Um estudante de Física foi aferido por seu II. Um cachorro que acabou de fazer xixi num poste se
professor da seguinte forma: “A Terra está em movimento afasta dele. O poste está em repouso em relação ao
ou em repouso?”. cachorro, pois não pode segui-lo.
Obteve como resposta: “Depende do referencial III. Um ponto material qualquer está em movimento em
adotado”. relação a um determinado referencial quando sua posição
A esse respeito, julgue os itens a seguir. nesse referencial varia no decurso do tempo.
Física
em um intervalo de tempo de 6,0 minutos. Qual é a sua velocidade média de 40 km/h. Um segundo carro,
velocidade média em km/h? partindo uma hora mais tarde, chega ao ponto de destino
no mesmo instante que o primeiro. Qual é a velocidade
a) 1 b) 2 c) 3 média do segundo carro?
d) 4 e) 5
a) 45 km/h b) 50 km/h c) 55 km/h
0 3 (ESPM-SP) A distância da faculdade até a zona leste da d) 60 km/h e) 80 km/h
cidade é de 24 km. Considerando a velocidade máxima
permitida de 80 km/h, quantos minutos, no mínimo,
uma pessoa deve gastar no percurso em trânsito 0 7 (UNICENP-PR) Um objeto percorre 250 m de um
completamente livre? trajeto com uma velocidade média de 25 m/s e os 50 m
restantes com uma velocidade média de 10 m/s.
a) 10 b) 12 c) 14 Determine a velocidade média no percurso total.
d) 16 e) 18
a) 12,5 m/s b) 15 m/s c) 17,5 m/s
0 4 (Cesgranrio-RJ) Uma pessoa, correndo, percorre 4,0 d) 20 m/s e) 22,5 m/s
km com velocidade escalar média de 12 km/h. O tempo
do percurso é de:
0 8 (Unisinos -RS) Quando um motorista aumenta a
a) 3,0 min b) 8,0 min c) 20 min velocidade escalar de seu automóvel de 60 km/h para
d) 30 min e) 33 min 78 km/h em 10 s, ele está comunicando ao carro uma
aceleração escalar média, em m/s², de:
0 5 (PUC-MG) Num passeio promovido pelo Jeep Clube
de Minas Gerais, o navegador recebe uma planilha em a) 18 b) 0,2 c) 5
que se diz que um trecho de 10 km deve ser percorrido d) 1,8 e) 0,5
a velocidade média de 30 km/h. Se o veículo iniciar o
trajeto às 11 h 00 min, ele deverá chegar ao final do 0 9 (FGV-SP) Um avião parte do repouso e depois de 20 s
referido trecho às: decola com velocidade de 360 km/h. Admitindo-se
constante a aceleração, qual o seu valor, em m/s²?
a) 11 h 30 min
b) 11 h 10 min a) 2 b) 5 c) 10
c) 12 h 40 min d) 18 e) 72
d) 11 h 20 min
e) 14 h 00 min
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No nosso cotidiano, é muito comum exemplos de vários tipos de movimento. Basta olharmos para qualquer lugar
e sempre observaremos alguém ou algo se deslocando. Neste momento, interessa-nos um destes movimentos em
especial, o Movimento Uniforme. Para entendermos um pouco melhor, imagine alguns exemplos:
1- Um ônibus que em um trecho curto da viagem consegue manter a velocidade constante de 80 km/h.
2- Um avião, no meio do caminho entre Porto Alegre e Recife, onde o piloto automático é ligado e a velocidade se mantêm
constante em 350 km/h.
3- Um metrô em movimento entre duas estações, após adquirir sua velocidade máxima, a mantém constante durante certo
tempo em 36 km/h, até se aproximar da próxima estação onde precisará diminuir essa velocidade até parar por completo.
Poderíamos citar vários outros exemplos, mas já podemos observar que em todos eles, sempre citamos que
durante um certo tempo (para nós é mais correto dizer: intervalo de tempo), a velocidade do objeto se manteve constante,
isto é, não mudou. Todos esses movimentos são, portanto, exemplos de Movimento Uniforme.
Física
(s) em função do tempo (t). menos tempo inicial e que costumamos sempre considerar
t0 = 0 s, podemos escrever:
s − s0 = v .t ou s = s0 + v .t
Ta b e l a 1 – E s p a ç o e m f u n ç ã o d o t e m p o p a r a u m m ó v e l Na equação so (espaço inicial) e v (velocidade), são
em movimento uniforme.
constantes enquanto que s (espaço final) e t (tempo final)
são variáveis.
Percebemos que o espaço inicial (so), isto é, aquele
onde o móvel se encontra quando começamos a estudá-
Classificação dos movimentos:
lo, quando t = 0 s, é igual a 2 m e que a cada segundo que
passa, a esfera percorreu 4 m. Significa dizer que sua
Na Cinemática, uma das classificações dos
velocidade foi constante e igual a 4 m/s.
movimentos é quanto à orientação desse movimento sobre
a trajetória.
O movimento é chamado de Progressivo quando
CONCLUSÕES SOBRE O MOVIMENTO o móvel se desloca a favor da orientação positiva da
UNIFORME trajetória
trajetória. Neste caso, o espaço referente às suas posições
crescem no decorrer do tempo, seu deslocamento escalar
1. Em intervalo de tempos iguais, o móvel realiza é positivo e sua velocidade escalar também.
deslocamentos iguais.
2. Para qualquer instante de tempo, a velocidade instantânea
é sempre igual à velocidade média do móvel.
3. A aceleração de um móvel em Movimento Uniforme é
nula, pois não houve variação na velocidade.
4. Se a trajetória for uma linha reta, o movimento é chamado
de Movimento Retilíneo e Uniforme (MRU).
Dedução da equação
do 1º grau, o gráfico correspondente é sempre uma reta Movimento Uniforme, as propriedades gráficas são:
inclinada e o gráfico da velocidade é sempre uma reta paralela
ao eixo do tempo.
Física
0 1 Um móvel em MU obedece à função horária dos espaços e) Como a velocidade é constante e igual a 4 m/s para o
s = 2 + 4.t, em unidades do Sistema Internacional (SI). exemplo, o gráfico v x t é uma reta paralela ao eixo do
tempo.
a) Qual sua posição inicial?
v (m/s)
b) Qual sua velocidade?
c) Construa uma tabela do espaço ocupado pelo móvel de
0 a 3 segundos.
d) O movimento é progressivo ou retrógrado? Justifique.
e) Desenhe o gráfico v x t (Velocidade x Tempo) para o
4
movimento.
f) Desenhe o gráfico s x t (Posição x Tempo) para o
movimento. A
SOLUÇÃO: 0 1 2 3 t (s)
a) A posição inicial é aquela em que t = 0s. Logo, f) O gráfico s x t pode ser construído com base nos valores
substituindo t por zero na função horária temos: da tabela do item c:
s = 2 + 4.0 = 2 m
s (m)
b) Por simples comparação com a função horária do
movimento uniforme, concluímos que sua velocidade é 14
igual a 4 m/s, pois:
s = so + v.t
s = 2 + 4.t
10
0 1 A tabela abaixo ilustra as funções horárias de partículas 0 2 Um móvel realiza um movimento uniforme, que
1-
em Movimento Uniforme, com unidades expressas no obedece à seguinte função horária: s = 5 + 2.t, com
Sistema Internacional de Unidades. Complete-a com o unidades expressas no Sistema Internacional de Unidades.
espaço inicial, velocidade das partículas e classificação Determine para o movimento do móvel:
(progressivo ou retrógrado). a) o espaço inicial.
b) a velocidade escalar instantânea.
c) o espaço após 20 s.
d) o deslocamento escalar após 20 s.
e) o instante em que o móvel passa pela posição s = 95 m.
20
0 1 (U. São Francisco-SP) Um movimento uniforme é 0 2 (MACK-SP) Um móvel desloca-se segundo o diagrama
descrito por: s = 20 + 5.t, onde s está em metros e t da figura. A função horária do movimento é:
em segundos. O espaço inicial, a velocidade e o tipo de s
movimento serão, respectivamente:
0 10 t
a) s = 20 - 2.t
b) s = 20 – t²
c) s = - t²
d) s = 20 + 2.t
e) s = - 2.t
5
Física
posição s de um automóvel em relação ao km zero da e sua velocidade escalar varia em função do tempo,
estrada em que se movimenta. aproximadamente como mostra o gráfico.
a) 1 s e – 20 m
b) 2 s e – 10 m
c) 3 s e – 40 m
d) 4 s e 20 m
e) 5 s e – 60 m
a) as partículas partem de pontos diferentes com velocidades
diferentes; 0 8 (UFRN) Um trem parte de Natal com destino a Recife às
b) as partículas partem de pontos diferentes com a mesma 6 h, com velocidade constante de 60 km/h. Uma hora
velocidade; depois, parte de Natal, numa linha paralela, um segundo
c) as partículas partem de pontos diferentes com velocidades trem, mantendo uma velocidade constante de 75
distintas e conservam suas velocidades; km/h. Sabendo que a distância Natal-Recife é de 300
d) as partículas partem do mesmo ponto com a mesma km, podemos afirmar que:
velocidade;
e) as partículas partem do mesmo ponto com velocidades a) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 70 km de
diferentes. Recife;
b) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 80 km de
Recife;
c) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 100 km de
Recife;
d) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 120 km de
Recife;
e) os dois trens chegarão a Recife ao mesmo tempo.
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Física
A maioria dos movimentos observados em nosso cotidiano são classificados como variados,
isto é, movimentos onde o módulo da velocidade escalar varia no decorrer do tempo. Neste caso,
a aceleração escalar
escalar,, estudada anteriormente, é de fundamental importância. Nas corridas de
automóveis ou motos, na decolagem de um avião ou durante seu pouso ou simplesmente na queda
livre de um objeto de determinada altura, os movimentos variados podem ser observados.
Neste momento, estamos interessados em um tipo Neste caso, a velocidade aumentou seguindo uma
especial de movimento variado, o chamado movimento regra fixa, sempre 4 m/s a cada segundo, o que significa
uniformemente variado
variado. afirmar que a aceleração foi constante e igual a 4 m/s².
Para tentar diferenciar os dois, observe o desenho
abaixo, que representa o movimento de um corpo a cada 1 Definição de Movimento Uniformemente
segundo: Variado:
módulo de sua velocidade escalar diminui no decorrer do No 2º gráfico, a velocidade é decrescente no decorrer
tempo. Observe a figura abaixo. do tempo; portanto, a aceleração é negativa. O movimento
é retardado pois a<0 e v>0 v>0. A ordenada em que a reta
corta o eixo vertical representa a velocidade inicial.
Figura 04: movimento retardado.
FUNÇÃO HORÁRIA DOS ESPAÇOS
Observação:
O deslocamento escalar ∆S pode ser obtido por meio
Quando a trajetória é uma linha reta, o movimento é da área do gráfico v x tt, conforme mostrado a seguir.
denominado Movimento Retilíneo Uniformemente
Variado (MRUV).
Física
parábola. Sua concavidade pode estar voltada para cima ou na 2ª, obtendo a seguinte relação matemática:
para baixo, dependendo do sinal da aceleração escalar:
v2 = v02 + 2a.∆s
GRÁFICO DA ACELERAÇÃO EM
Figura 07: Gráficos do espaço em função do tempo para o MUV
MUV..
FUNÇÃO DO TEMPO
EQUAÇÃO DE TORRICELLI Figura 08: Gráficos da aceleração em função do tempo para o MUV
MUV..
É muito comum encontrarmos anúncios de jornais Jornal Gazeta do Povo – Ctba – PR 17 de agosto de
ou revistas especializadas sobre carros, com reportagens 2003.
sobre carros novos, citando uma série de números, sendo
alguns já significativos para nós. Observe o texto abaixo:
“A nova motorização 1.4 gera ao novo Celta 85
cavalos a 5.800 rpm. Com este motor, atinge a velocidade
máxima de 161 km/h e acelera de zero a 100 km/h em
12,3 segundos”.
0 1 Um móvel em movimento tem a velocidade em função 0 2 Partindo do repouso, um avião de grande porte precisa
do tempo representada pela tabela abaixo. atingir uma velocidade de 360 km/h para decolar.
Supondo que a aceleração da aeronave seja constante e
t (s) 0 1 2 3 4 que o tempo total para decolagem seja igual a 25 s,
determine:
v (m/s) 1 3 5 7 9
a) o valor da aceleração em m/s².
Para este móvel, determine: b) o comprimento mínimo da pista.
a) se o movimento é variado ou uniformemente variado, c) construa o gráfico v x tt.
justificando sua resposta.
b) a função horária da velocidade. Solução:
c) a velocidade após 20 s. Dados:
d) se o movimento é acelerado ou retardado no instante vo = 0
4s. so = 0
v = 360 km/h = 100 m/s
Solução: t = 25 s
Física
100
0 25 t (s):
0 1 A velocidade de um móvel em Movimento Retilíneo e 0 5 Uma locomotiva inicia a travessia de uma ponte com
Uniformemente Variado, obedece à função horária v = velocidade de 18 km/h. A partir deste instante, é acelerada
2 + 3.t, com as unidades no Sistema Internacional. Para uniformemente à razão de 1 m/s², atingindo a velocidade
este móvel, determine: de 54 km/h no momento em que acaba sua passagem
pela ponte. Determine, para este movimento:
a) a velocidade escalar inicial e a aceleração escalar.
b) a velocidade 10 segundos após o inicio do movimento. a) o comprimento da ponte.
c) se o movimento é acelerado ou retardado no instante b) o tempo de travessia.
10 s.
0 6 Um avião, no início da pista para levantar vôo, acelera ao
0 2 O espaço de um móvel em Movimento Retilíneo e receber autorização da torre, conforme indica o gráfico
Uniformemente Variado obedece à função horária abaixo.
S= 4 + 3.t + 2.t², com unidades no Sistema v (m/s)
Internacional. Para este móvel, determine:
0 4 Um carro encontra-se com velocidade constante de 72 0 7 O gráfico a seguir representa o espaço percorrido por
km/h em uma estrada retilínea, quando o motorista vê um objeto em Movimento Retilíneo Uniformemente
um obstáculo 100 m à sua frente, acionando Variado, em função do tempo.
imediatamente os freios. Determine:
a) a desaceleração mínima, constante, que deverá ter o carro
para evitar o acidente.
b) o tempo de duração da freada.
a) o espaço inicial.
b) o instante em que o objeto inverte o sentido de seu
movimento.
c) o instante em que o objeto passa pela origem da trajetória.
d) o sinal da aceleração do objeto.
0 1 (F. C. M. Volta Redonda - RJ) A equação horária do 0 4 (PUC - PR) Um móvel parte do repouso e desloca-se
movimento de um móvel é dada por s = 12 - 2.t + 4.t². em movimento retilíneo sobre um plano horizontal. O
A equação da velocidade escalar desse móvel será: gráfico representa a aceleração (a) em função do tempo
(t). Sabendo-se que no instante t = 0 a velocidade do
a) v = 12 - 2t móvel é nula, calcular a velocidade no instante t = 5 s.
b) v = 8t - 2
c) v = 2 + 4t
d) v = -2 + 2t
e) v = 12 - 4t
0 3 (FUVEST - SP) - Um veículo parte do repouso em 0 5 (FEI-SP) Um móvel tem movimento com velocidade
movimento retilíneo e acelera a 2 m/s². Pode-se dizer descrita pelo gráfico abaixo.
que sua velocidade e a distância percorrida, após 3 s, v (m/s)
valem, respectivamente:
10
a) 6 m/s e 9 m
b) 6 m/s e 18 m
c) 3 m/s e 12 m
d) 12 m/s e 36 m
e) 2 m/s e 12 m
0 10
5 t (s)
Física
direção ao outro numa competição. O automóvel A
a) 500 m b) 20 m c) 75 m desloca-se a uma velocidade de 162 km/h; o automóvel
d) 25 m e) 100 m B, a 108 km/h. Considere que os freios dos dois
automóveis são acionados ao mesmo tempo e que a
06 (UFRGS) Um automóvel que anda com velocidade escalar velocidade diminui a uma razão de 7,5 m/s, em cada
de 72 km/h é freado de tal forma que, 6,0 s após o início segundo. Qual é a menor distância entre os carros A e B
da freada, sua velocidade escalar é de 8,0 m/s. O tempo para que eles não se choquem?
gasto pelo móvel até parar e a distância percorrida até
então valem, respectivamente: a) 135 m b) 60 m c) 210 m
d) 195 m e) 75 m
a) 10 s e 100 m
b) 10 s e 200 m 0 9 (UEL-PR) Um corpo é abandonado a partir do repouso
c) 20 s e 100 m e atinge o chão com velocidade de 20 m/s. Considerando
d) 20 s e 200 m g = 10 m/s², o corpo caiu da altura de:
e) 5 s e 150 m
a) 200 m b) 100 m c) 50 m
07 (UFSC) Um carro está a 20 m de um sinal de tráfego d) 20 m e) 10 m
quando este passa de verde a amarelo. Supondo que o
motorista acione o freio imediatamente, aplicando ao 1 0 (UECE) Uma pedra, partindo do repouso, cai de uma
carro uma desaceleração de 10 m/s², calcule, em km/h, altura de 20 m. Despreza-se a resistência do ar e adota-
a velocidade máxima que o carro pode ter, antes de frear, se g = 10 m/s². A velocidade da pedra ao atingir o solo
para que ele pare antes de cruzar o sinal. e o tempo gasto na queda, respectivamente, valem:
a) 36 b) 54 c) 72 a) v = 20 m/s e t = 2 s
d) 90 e) 108 b) v = 20 m/s e t = 4 s
c) v = 10 m/s e t = 2 s
d) v = 10 m/s e t = 4 s
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Quando empurramos um carro, arrastamos uma caixa, saltamos ou pulamos algum obstáculo, estamos exercendo
forças nesses corpos. Em todos esses casos, há relação entre as forças que estão agindo e as alterações que sofre o
estado de movimento do corpo em questão. Nosso objetivo neste momento é tentar explicar as causas dos movimentos,
estudando o conceito de força e as Leis de Newton
Newton.
A preocupação do homem em tentar explicar as XI: "Queremos agradecer à pessoa que tornou possível
causas dos movimentos dos corpos terrestres e celestes essa viagem: Isaac Newton".
remonta há pelo menos A Mecânica Clássica ou Newtoniana
Newtoniana, continua
2000 anos. Mas foi Isaac válida até hoje para explicar as causas dos movimentos.
Newton
Newton, que nasceu na Estudaremos as três Leis de Newton, mas antes é
Inglaterra no dia do Natal necessário conhecer o conceito de força.
do ano de 1642, quem
primeiro apresentou uma FORÇA
teoria que realmente
explicava as causas do Chutar, amassar, puxar, empurrar, deformar,
movimento. Publicou no arremessar, segurar, bater, são ações muito comuns em
ano de 1686 seu principal nossas vidas e que estão associados à grandeza física força.
trabalho: Princípios Até hoje, não temos uma definição exata desta grandeza,
Matemáticos da mas, com facilidade, podemos observar suas causas e seus
Filosofia Natural
Natural. Sua efeitos. O físico francês Henry Poincaré (1854-1912),
contribuição foi de fez sua tentativa: "A idéia de força é uma noção primitiva,
enorme importância para o desenvolvimento da Física, a tal irredutível e indefinível. Ela deriva de uma noção de esforço,
ponto de receber uma homenagem da tripulação da Apolo que nos é familiar desde a infância".
1
Física
uma ação exercida sobre um corpo a fim de alterar seu precisamos somá-las, pois não podemos proceder da
estado, seja de repouso, ou de movimento". mesma forma que fazemos com as grandezas escalares
como a massa. Se comprarmos na feira 3 kg de banana e 4
Atualmente, vários cientistas, afirmam que: kg de maçã, certamente a massa total será de 7 kg. O mesmo
raciocínio não é válido se estivermos lidando com forças.
Força é um agente físico que surge da interação Imagine uma força de 3 N aplicada sobre um corpo por
entre no mínimo dois corpos, capaz de produzir uma pessoa e outra força de 4 N aplicada por outra pessoa
alterações em seu estado de movimento (variações de sobre o mesmo corpo. Agora não podemos mais afirmar
velocidade) ou deformação. que certamente a força resultante total será 7 N. Como
iremos observar nos exemplos abaixo, somente em um
No Sistema Internacional, a unidade de força é caso especial isso será verdade.
Newton (NN): uma força de 1 N é a força que aplicada a um
corpo de 1 kg, provoca uma aceleração de 1 m/s².
a = 1 m/s²
F=1N m = 1 kg
Figura 01: Força de 1 N sendo aplicada em um corpo de 1 kg.
VETOR
O vetor é representado por um segmento de reta
orientado, com uma origem em um ponto O e uma
extremidade em um ponto E. Podemos obter facilmente F1 + F2 = ???
sua intensidade, direção e sentido.
a) Intensidade é determinada pelo comprimento do
segmento.
b) Direção é determinada como sendo a mesma da reta
suporte do segmento
c) Sentido é determinado pela seta colocada na extremidade
do segmento.
3 + 4 = 5 ???
ou
3 + 4 = 7 ???
3º caso
Física
sobre um corpo for igual a zero e ele estiver em repouso, da Dinâmica e é válida para um referencial inercial, não sendo
dizemos que se encontra em Equilíbrio Estático; se estiver mais válida se a massa do corpo variar. Pela análise da
em MRU, estará em Equilíbrio Dinâmico. equação, observamos que a mesma força aplicada em
corpos de massas diferentes, terá efeitos diferentes. O
Segunda Lei de Newton ou Princípio corpo de maior massa, apresentará menor aceleração e o
Fundamental da Dinâmica de menor massa maior aceleração. Concluímos que a
massa maior resiste mais a variações na velocidade e, por
A Segunda Lei de Newton relaciona a força resultante esse motivo, afirmamos que a massa é a medida da inércia
não nula e a variação de velocidade produzida por essa de um corpo.
resultante, isto é , a aceleração, que deverá ter a mesma
direção e sentido da força resultante.
Matematicamente, temos:
Fr = m. a
01 Uma partícula P, de massa igual a 2 kg, encontra-se A resultante será: FR² = 6² + 8² = 36 + 64 = 100
inicialmente em repouso. Determine, em cada caso, a
aceleração adquirida pela partícula. Portanto FR = v100 = 10 N, e a aceleração será:
a = FR/m = 4/ 2 = 2 m/s²
c)
P 3N
P 8N
5N
b)
02 O gato Garfield é um personagem famoso por ser um
5N P grande apreciador de lasanha. Mas o gato também é muito
curioso, como ilustra o quadrinho abaixo.
7N
Física
repouso, é submetido à ação das forças indicadas na
figura.
F2 = 15 N
01 (Unifor-CE) Uma força vertical de 30 N e outra horizontal 03 (Vunesp-SP) As estatísticas indicam que o uso do cinto
de 40 N estão aplicadas a um corpo. A resultante dessas de segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões
duas forças tem módulo em newtons igual a: mais graves em motoristas e passageiros no caso de
acidentes. Fisicamente, a função do cinto está relacionada
a) 10 b) 20 c) 50 com a:
d) 70 e) 120
a) 1ª Lei de Newton;
02 (Cesgranrio-RJ) Em cada uma das figuras abaixo é b) lei de Snell;
representada uma partícula com todas as forças que agem c) lei de Ampère;
sobre ela. Essas forças, constantes, são representadas d) lei de Ohm;
por vetores; todas elas têm o mesmo módulo. e) 1ª Lei de Kepler.
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Física
Sempre que andamos, chutamos uma bola, remamos um barco, observamos um avião ou um foguete em pleno
vôo ou empurramos uma parede quando estamos sobre patins, estamos estudando a 3ª Lei de Newton
Newton, também
conhecida como Princípio da Ação e Reação
Reação.
Um outro exemplo é quando chutamos uma pedra e sentimos os efeitos da reação da pedra sobre nosso pé. É
realmente algo muito dolorido.
Analise as figuras:
P = m.g
Figura 11: Força de Reação Normal do apoio sobre o bloco apoiado
sobre uma mesa.
Física
As forças N e P, apesar de terem o mesmo valor, não Fat F
constituem um par ação e reação.
Figura 13: Corpo em repouso com as forças horizontais aplicadas sobre ele.
FORÇA DE ATRITO
O atrito só surge quando há deslizamento ou tendência
a ele e ocorre devido às microssaliências existentes entre o
corpo e a superfície horizontal. O atrito de deslizamento é
uma força que opõe-se à tendência do movimento.
→
F A força de atrito é proporcional à intensidade da reação
normal do apoio e pode matematicamente ser obtida por:
→
P Fat = µ.N
Figura 12: Corpo sobre superfície horizontal e as forças aplicadas sobre ele.
A curiosa constatação de que o atrito não depende óleo ou chuva, mudará o coeficiente de atrito e,
da área de contato entre os pneus e o asfalto era explorada conseqüentemente a força de atrito.
nos antigos carros de corrida. Seus pneus, bastante finos, Os modernos pneus usados na Fórmula 1 são feitos
proporcionavam menor peso ao veículo e menor de um composto muito mole, que fica ainda mais macio
resistência aerodinâmica, mas o mesmo atrito. com o aquecimento. Para que durem mais tempo e
suportem a compressão contra o solo, com uma borracha
tão macia, foi preciso fazê-los mais largos.
01 Quando chutamos uma bola, exercendo uma força de 02 Considere dois pequenos blocos sobre uma superfície
intensidade 3 N, horizontal e para a direita, de acordo horizontal perfeitamente lisa. O primeiro é de ferro e o
com a 3ª Lei de Newton, quem aplica e quais as segundo é um ímã. Represente as forças horizontais que
características da força de reação? atuam sobre eles. Diga o que ocorrerá quando forem
colocados próximos um do outro.
Ferro → → ímã
F F
Física
sobre uma superfície horizontal também de madeira. estática e dinâmica.
Considere os coeficientes de atrito estático e dinâmico
entre o bloco e a superfície iguais a 0,50 e 0,30, Fat ESTÁTICA = µ E . N = 0,50 . 20 = 10 N
respectivamente. Uma força motriz horizontal F é aplicada
sobre o bloco. Fat DINÂMICA = µ D . N = 0,30 . 20 = 6 N
a) F = 10 N b) F = 20 N
01 Sobre a 3ª Lei de Newton, analise as afirmativas abaixo, 05 Uma caixa de madeira de 100 kg encontra-se em
marcando V se forem verdadeiras e F se forem falsas. repouso sobre um piso horizontal. Uma criança,
querendo movê-la, aplica uma força de 10 N e observa
a) ( ) Um avião com hélices não pode voar no vácuo. que a mesma não se move. Vai pedir ajuda aos colegas
b) ( ) As forças de ação e reação ocorrem que um a um vão aumentando a intensidade da força
simultaneamente. sobre a caixa. Supondo que todas as forças possuem
c) ( ) Possuem mesma intensidade, mesma direção e mesma intensidade, direção e sentido e sabendo que
sentido. são necessárias 6 crianças para que a caixa inicie seu
d) ( ) São aplicadas em corpos diferentes, logo não se movimento, e apenas 4 para mantê-la em movimento
anulam com velocidade constante, complete a tabela abaixo
colocando o valor da força de atrito e ao lado se ela é
02 Um bloco de metal, de massa igual a 5 kg, repousa sobre estática ou dinâmica:
uma superfície horizontal.
a) a força de atrito estática máxima. estão apoiados sobre um plano horizontal. Sendo F uma
b) a força de atrito dinâmica. força horizontal constante de 20 N, aplicada em A e o
c) a aceleração adquirida pelo bloco quando a força motriz coeficiente de atrito entre os corpos e a superfície 0,2,
for igual a F = 20,4 N. calcule a aceleração adquirida pelo conjunto.
→ A
F
01 (Faap-SP) A 3ª Lei de Newton é o princípio da ação e e) O sistema de propulsão a jato funciona baseado no
reação. Esse princípio descreve as forças que participam princípio da ação e reação.
na interação entre dois corpos. Podemos afirmar que:
05 (UEL-PR) Os blocos A e B têm massas mA = 5,0 kg e
a) duas forças iguais em módulo e de sentidos opostos são mB = 2,0 kg e estão apoiados num plano horizontal
forças de ação e reação; perfeitamente liso.
b) enquanto a ação está aplicada num dos corpos, a reação Aplica-se ao corpo A a força horizontal F, de módulo
está aplicada no outro; 21N.
c) a ação é maior que a reação; A força de contato entre os blocos A e B tem módulo,
d) ação e reação estão aplicadas no mesmo corpo; em newtons,
e) a reação, em alguns casos, pode ser maior que a ação.
Física
= 10 kg, são colocados sobre uma superfície plana d) 20 N e 1 m/s²;
horizontal (o atrito entre os blocos e a superfície é nulo) e) 30 N e 2 m/s².
e ligados por um fio inextensível e com massa desprezível
(conforme a figura a seguir). O bloco B é puxado para a 09 (PUC-PR) Dois corpos A e B (mA = 3 kg e mB = 6 kg)
direita por uma força horizontal F com módulo igual a estão ligados por um fio ideal que passa por uma polia
30 N. sem atrito, conforme a figura. Entre o corpo A e o apoio,
Nessa situação, o módulo da aceleração horizontal do há atrito cujo coeficiente é 0,5. Considerando-se g =
sistema e o módulo da força tensora no fio valem, 10 m/s², a aceleração dos corpos e a força de tração no
respectivamente: fio valem:
a) 5 m/s² e 30 N;
b) 3 m/s² e 30 N;
c) 8 m/s² e 80 N;
d) 2 m/s² e 100 N;
e) 6 m/s² e 60 N.
a) 2 m/s² e 30 N;
b) 2 m/s² e 20 N; 10 (PUCCAMP) O esquema representa um sistema que
c) 3 m/s² e 5 N; permite deslocar o corpo Y sobre o tampo horizontal de
d) 3 m/s² e 10 N; uma mesa, como conseqüência da diferença das massas
e) 2 m/s² e 10 N. dos corpos X e Z. Nesse esquema, considere
desprezíveis as massas dos fios e das polias, bem como
08 (ITA-SP) Na figura, temos um bloco de massa igual a as forças passivas nas polias e nos corpos X e Z.
10 kg sobre uma mesa que apresenta coeficientes de Sendo g = 10,0 m/s² e sabendo-se que, durante o
atrito estático de 0,30 e cinético de 0,25. Aplica-se ao movimento, o corpo Y tem uma aceleração igual a
bloco uma força F de intensidade 20 N. A aceleração da 1,6 m/s², o coeficiente de atrito entre Y e o tampo da
gravidade local tem módulo g = 10 m/s². mesa é igual a:
As palavras Trabalho
rabalho, Potência e Energia são termos que, além de possuir um significado específico para a
ciência, possuem também outros sentidos na linguagem "não científica". Certamente você já ouviu estas frases:
- O trabalho dignifica o Homem.
- Os Estados Unidos são uma potência econômica.
- Essa menina tem muita energia, ela não cansa nunca!
- Os alimentos são fontes de energia e saúde!
- O pai usou de energia ao repreender o filho!
Nestes casos, o Trabalho pode ser considerado como uma forma de enobrecer o Homem, Potência como
destaque no cenário econômico e a Energia foi utilizada como sinônimo de disposição, vigor e firmeza.
Definir Energia sempre foi um grande desafio para os Mas toda a Energia necessária para realizar tarefas ou
físicos. Desde Galileu, passando por Newton, até chegar a produzir movimento é proveniente de algum combustível,
Einstein, muitas foram as definições apresentadas. Ainda como o carvão, a gasolina, o vapor, a fusão ou fissão nuclear
hoje, no campo da Física Teórica, brilhantes cientistas ou a queima de alimentos.
continuam a estudar a Energia, que é sem dúvida um conceito Um dos princípios básicos da Física afirma que "aa
unificador da Física. energia não pode ser criada nem destruída, apenas
Apesar da dificuldade em sua compreensão, a energia transformada de uma forma em outra ou
é bastante perceptível. transferida de um corpo para outro
outro." Este princípio é
Geralmente podemos dizer que a energia está chamado de Princípio da Conservação da Energia Energia.
relacionada à capacidade de produzir movimento É muito comum em nosso cotidiano observarmos as
ou realizar alguma tarefa, isto é, capacidade de transformações de energia, por exemplo:
realizar um trabalho
trabalho. – Em um carro, a energia química do combustível (gasolina,
Quando atiramos um objeto, levantamos um corpo, álcool ou diesel) é transformada em energia do
subimos uma escada, movimentamos um automóvel ou movimento, também chamada de energia cinética.
chutamos uma bola em um jogo de futebol, observamos a Energia química ⇒ Energia cinética
cinética.
manifestação da Energia, que pode se manifestar sob
diversas modalidades:
Energia Elétrica;
Energia Química;
Energia Térmica;
Energia Solar;
Energia Nuclear;
Energia Eólica; – Em uma usina hidrelétrica, a energia mecânica da água é
Energia Mecânica transformada em energia elétrica. Energia mecânica
⇒ Energia elétrica
elétrica.
Física
– Em uma usina termelétrica ou nuclear, a energia térmica
da queima de um combustível como o gás, carvão, a
lenha ou proveniente de reações nucleares são
transformadas em energia elétrica, Energia térmica
ou nuclear ⇒ Energia elétrica
elétrica.
Energia luminosa
Energia térmica
Energia elétrica Energia sonora
Energia mecânica
Energia eólica
No S.I.
Física
pela Terra armazena energia potencial gravitacional. também duplica mas dobrando-se apenas a velocidade, a
Energia Cinética ficará quatro vezes maior.
ENERGIA CINÉTICA
constante elástica da mola. Seu valor depende do material e não poderá acumular energia potencial elástica e sua Energia
das características da mola. Mecânica Total se restringe à soma da Energia Potencial
Exemplo: Se uma mola possui K = 100 N/m N/m, Gravitacional com a Cinética:
significa afirmar que é necessário uma força de intensidade
100 N para que a deformação da mola seja igual a 1 m. Em = Ec + Epg
A representação gráfica entre a força aplicada e a
deformação é dada a seguir: Estudaremos apenas os chamados Sistemas
Mecânicos Conservativos em que uma das
modalidades da energia mecânica de um sistema
pode apenas mudar para outra modalidade de
energia mecânica
mecânica. Desprezaremos as possíveis
dissipações que geralmente possam ocorrer , devido à ação
de forças resistentes, como as forças de atrito ou a resistência
do ar.
POTÊNCIA
As energias Cinética e as Potenciais gravitacional e O cavalo vapor é francês e é definido como sendo a
elástica formam a totalidade da energia mecânica de um potência necessária para erguer uma massa de 75 kg, em
sistema físico e podemos esquematicamente escrever: um local onde a aceleração da gravidade é igual a 9,8 m/s²,
por uma altura de 1 m em um tempo de 1 s.
O CV é uma unidade muito utilizada nos carros para
Em = Ec + Epg + Epe expressar a potência do motor. Quando dizemos que um
carro é mais potente que outro, ele é capaz de realizar, com
um mesmo trabalho, por exemplo, um deslocamento de
1km em um tempo menor.
5
Física
Horse-power - HP 1 HP = 746 W
1-
0 1 Analise as afirmativas abaixo sobre o Trabalho de uma 0 4 Um pequeno revólver de brinquedo que usa uma mola
Força e assinale V se for verdadeira e F se for falsa. para atirar pequenas esferas de plástico, ao ser armado,
tem sua mola comprimida 10 cm.
a) ( ) No cálculo do trabalho, as grandezas força e
deslocamento são fundamentais.
b) ( ) No Sistema Internacional de Unidades, o trabalho
é expresso em joules.
c) ( ) Trabalho de uma força (τ) é a medida da energia
transferida ou transformada através de uma força.
d) ( ) Se uma força realiza um trabalho de 20 J, atuando
sobre um corpo na mesma direção e sentido do seu
deslocamento que foi de 5 m, o valor desta força é de
4 N. Sabendo que a constante elástica da mola utilizada é igual
e) ( ) 1 J é o trabalho desenvolvido por uma força de 1 N, a 200 N/m, determine:
em um deslocamento de 2m.
a) a força elástica necessária para armar o revólver.
0 2 Uma bola de ferro de massa igual a 5 kg é abandonada de b) a Energia Potencial Elástica da mola após ser armada.
uma altura igual a 20 m em relação ao solo. Considerando
g = 10 m/s², determine a Energia Potencial Gravitacional
0 5 Uma pedra, de massa 2 kg, foi arremessada do solo
da bola: verticalmente para cima, com velocidade inicial de
30 m/s. Desprezando os efeitos da resistência do ar,
a) antes de ser solta. considerando o sistema conservativo e adotando
b) quando estiver a 5 m do solo. g = 10 m/s², determine :
c) quando estiver atingindo o solo.
a) a energia cinética e a potencial no instante do lançamento.
0 3 Um carro de massa igual a 800 kg está mantendo a b) a energia cinética e potencial no ponto de altura máxima.
velocidade constante e igual a 36 km/h. Determine a c) a altura máxima atingida pela pedra.
Energia Cinética do carro para esta velocidade. O que
acontecerá quando dobrarmos o valor da velocidade?
7
Física
radicais é para quem tem muita coragem e um pouco de carrinho, de massa total 300 kg, inicia a descida, partindo
disposição para subir tantas escadas. do repouso do ponto A . Considerando o sistema
Se uma criança brinca em um escorregador de 20 m de conservativo e adotando g = 10 m/s², determine:
altura e sai, a partir do repouso, do ponto mais alto.
Determine a velocidade com que chegará no ponto mais a) a Energia Mecânica nos pontos A, B e C.
baixo, que é tomado como ponto de referência, b) a velocidade ao passar pelo ponto C.
considerando o sistema conservativo e desprezando as
forças de atrito. Adote g = 10 m/s².
0 1 (PUC-SP) Num bate-estaca, um bloco de ferro, de massa II. a turbina, que adquire uma energia cinética de rotação, é
superior a 500 kg, cai de uma certa altura sobre a estaca, acoplada mecanicamente ao gerador para produção de
atingindo o repouso logo após a queda. São desprezadas energia elétrica.
as dissipações de energia nas engrenagens do motor. A III. a água, depois de passar pela turbina, é pré-aquecida no
respeito da situação descrita, são feitas as seguintes condensador e bombeada de volta ao reator.
afirmações:
Dentre as afirmações acima, somente está(ão) correta(s):
I) houve transformação de energia potencial gravitacional a) I;
do bloco de ferro em energia cinética, que será máxima b) II;
no instante imediatamente anterior ao choque com a c) III;
estaca. d) I e II;
II) como o bloco parou após o choque com a estaca, toda e) II e III.
a energia do sistema desapareceu.
III) a potência do motor do bate-estaca será tanto maior
quanto menor for o tempo gasto para erguer o bloco de
ferro até a altura ocupada por ele antes de cair.
ponto A, 10 m acima do solo. A pedra é deixada cair horizontal com velocidade constante, quando a partir de
livremente até um ponto B, a 4 m de altura. A é obrigada a deslizar sem atrito pela trajetória ABCDEF,
Quais são, respectivamente, a energia potencial no ponto sem perder o contato com a pista.
A, a energia potencial no ponto B e o trabalho realizado
sobre a pedra pela força peso? (Use g=10 m/s² e
considere o solo como nível zero para energia potencial).
a) 40 J, 16 J e 24 J.
b) 40 J, 16 J e 56 J.
c) 400 J, 160 J e 240 J.
d) 400 J, 160 J e 560 J.
e) 400 J, 240 J e 560 J.
0 6 (UNEB-BA) Um corpo de 4 kg de massa é solto de uma 0 9 (UEBA) A figura mostra uma montanha russa numa região
altura de 20 m. Em três posições, A, B e C, deseja-se onde g = 10 m/s². Um carrinho abandonado em
relacionar as energias cinética, potencial, com nível 0 no repouso em A, chega em B com velocidade 2 m/s.
solo, e mecânica do corpo, desprezando a resistência do
ar.
Física
(Unifor-CE) Numa pista cujo perfil está representado a) 2,0.10³
abaixo, um móvel de 2 kg de massa se desloca sem b) 2,0.10²
atrito. A velocidade com que o corpo passa pelo ponto c) 40
A é de 10 m/s. Despreze o trabalho de forças não d) 20
conservativas e adote g = 10 m/s². e) 4,0
A
4,0 m
1,0 m
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10
É muito comum pendurarmos quadros nas paredes e colocarmos lustres no teto, que ficam pendurados por fios ou
correntes. Quando o quadro não fica no lugar correto, tiramos o prego colocado com o auxílio de um martelo, instrumento
que é sempre muito útil, e o colocamos em outro local. Também é muito importante saber manusear a chave de rodas
para retirar os parafusos da roda de um carro quando ocorre algum problema com o pneu. A chave inglesa, que os
encanadores utilizam durante seu trabalho, é uma ferramenta importante quando temos algum problema com os canos
em nossa residência.
Você deve estar perguntando: o que tudo isso tem a ver com a Física? A resposta é simples: TUDO! Todos os
exemplos abordados serão agora estudados, na parte da Mecânica chamada Estática..
Física
fundamental para o entendimento do momento de uma convenção, quando gira no sentido horário é negativo e
força. quando gira no amti-horário é positivo.
4- Aumentando o braço da força, mantendo a mesma força,
Definição o momento aumenta.
Momento de uma força, em
relação a um ponto, é a tendência É por esse motivo que, ao fecharmos uma porta,
causada pela força em fazer o geralmente empurramos próximo à maçaneta e não
corpo girar em torno do ponto. próximo às dobradiças, onde uma força maior deveria ser
aplicada.
Podemos ilustrar como ocorre esta tendência de
rotação ao aplicarmos uma força sobre um quadro fixo em
apenas um ponto na parede.
F i g u r a 0 1 : FFo
o r ç a s e n d o a p l i c a d a s o b r e u m q u a d r o , f a z e n d o - o g i r a rr..
Matematicamente, podemos determinar a intensidade Figura 03: O momento de uma força depende da posição onde a força é aplicada.
do momento da força F em relação ao ponto P, como
→ É também por esse motivo que, quando não
sendo o produto da intensidade F da força pela distância d
do ponto à linha de ação da força. conseguimos retirar o parafuso da roda usando uma chave
de rodas comum, aumentamos o braço da chave de roda,
→ adaptando um cano e conseguimos retirar o parafuso.
MF(P) = ± F . d
d
Figura 04: Com um cano como extensão, o momento da força aumenta.
Observações
Física
ALAVANCAS: Alavanca Inter-resistente
Inter-resistente: A Força Resistente
está situada entre o ponto de apoio e a Força Potente.
As alavancas podem girar em torno de um ponto de Como exemplo desse tipo de alavanca, podemos citar o
apoio, ficando sujeitas a uma força potente
potente, aplicada em quebra-nozes e o carrinho de mão.
um de seus pontos, que tem como objetivo deslocar uma
força resistente
resistente. Conforme a posição do ponto de
apoio, as alavancas podem ser divididas em três tipos:
interfixa, inter-resistente e interpotente.
Alavanca Interpotente
Interpotente: A Força Potente está
situada entre o ponto de apoio e a Força Resistente. São
exemplos a pinça, o pegador de gelo e a pá usada na
construção civil.
Alavanca Interfixa
Interfixa: O ponto de apoio está situado
entre a Força Potente e a Força Resistente. São alavancas
interfixas a tesoura, o alicate, a balança de pesos e a alavanca
de Arquimedes.
Em relação ao ponto O:
2ª Condição: MR(O) = M1 + M2 + M3 = + 10 . 4 -
4 . 3 - 14 . 2 = 40 - 28 - 12 = 0 EQUILÍBRIO DE
ROTAÇÃO
Solução: 03 Um pai de massa 100 kg, quer brincar com seu filho de
massa 40 kg em uma prancha de 7 m que serve como
a) MF(P) = - F . d gangorra, sendo apoiada em apenas um único ponto.
MF(P) = -2 . 0,5 = - 1 N.m Determine a distância x para que isso seja possível.
b) MF(P) = + F . d
MF(P) = + 2 . 0,5 = + 1 N.m
Solução:
É fácil imaginar que se colocarmos o ponto de apoio
mais próximo do pai iremos obter o equilíbrio. O
problema é: qual a distância exata?
Se conseguir obter equilíbrio, a distância x pode ser
calculada pela 2ª condição do equilíbrio do corpo extenso,
pegando exatamente o apoio como ponto de referência:
MR=M1+M2 = 1000.x - 400 (7-x)=0
1000 . x - 2800 + 400 . x = 0
1400 . x = 2800
x = 2m
01 Sobre a grandeza física Momento de uma Força, em e) ( ) Ao dobrarmos o braço da força, o momento
relação a um ponto P, analise as afirmativas assinalando V quadruplica.
se forem verdadeiras ou F se forem falsas.
02 As chaves de roda são utilizadas quando se deseja trocar
a) ( ) O ponto P é chamado de pólo. um pneu furado de um carro. Em muitos casos, o
b) ( ) A distância d é chamada de braço da força. motorista tem dificuldades para retirar os parafusos por
c) ( ) A intensidade do momento pode ser positiva ou estarem muito apertados. Alguns chegam a subir na chave
negativa. fazendo tentativas desesperadoras e esquecem que um
d) ( ) Aumentando o braço da força, mantendo a mesma conhecimento básico da Física pode ajudar a resolver o
força, o momento aumenta. problema.
Física
fig.a fig.b
03 Uma chave de boca correta é utilizada com a intenção de Determine o momento do binário, em unidades do SI,
retirar um parafuso. Uma força F de 100 N é aplicada no sabendo que a força F = 5 N e que o braço do binário é
ponto A, como mostra a figura. igual a 7 cm.
Caso 1 Caso2
01 (UERJ) Para abrir uma porta, você aplica sobre a maçaneta, 03 (PUC-MG) A figura representa uma régua homogênea
colocada a uma distância d da dobradiça, conforme a com vários furos eqüidistantes entre si, suspensa por um
figura abaixo, uma força de módulo F perpendicular à eixo que passa pelo ponto central O. Colocam-se cinco
porta. Para obter o mesmo efeito, o módulo da força ganchos idênticos, de peso P cada um, nos furos G,H e
que você deve aplicar em uma maçaneta colocada a uma J, na seguinte ordem: 1 em G; 1 em H e 3 em J. Para
distância d/2 da dobradiça dessa mesma porta, é: equilibrar a régua colocando outros cinco ganchos,
idênticos aos já usados, num único furo, qual dos furos
usaremos?
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
→ → →
a) F1 b) F2 c) F3
→ →
d) F4 e) F5
a) perto e momento de força.
b) longe e momento de força.
c) perto e valor.
d) longe e valor.
e) longe e impulso.
Física
parques de diversão, que consiste de uma barra que só poderá existir equilíbrio se Carmelita sentar-se em
pode balançar em torno de seu centro. Uma criança, de um determinado ponto da prancha do lado de Juquinha.
peso P1, senta-se na extremidade da barra a uma distância 02) se Carmelita sentar-se junto com Zezinho, bem
X do centro de apoio. Uma segunda criança, de peso próximos da extremidade da prancha, não existirá uma
P2‚ senta-se do lado oposto a uma distância X/2 do posição em que Juquinha consiga equilibrar a gangorra;
centro. 04) se Juquinha sentar-se no lado esquerdo, a 1 m do centro
Para que a barra fique em equilíbrio na horizontal, a relação da gangorra, Zezinho terá que sentar-se no lado direito e
entre os pesos das crianças deve ser a 1,6 m do centro, para a gangorra ficar em equilíbrio;
08) se Juquinha sentar-se na extremidade esquerda ( a 2 m
a) P2 = P1/2. do centro) e Zezinho na extremidade direita, haverá
b) P2 = P1. equilíbrio se Carmelita sentar-se a 1 m à direita do suporte;
c) P2 = 2P1. 16) numa situação de equilíbrio da gangorra, com as três
d) P2 = 4P1. crianças sentadas sobre a prancha, a força normal que o
suporte faz sobre a prancha é de 950 N;
32) com Juquinha e Zezinho sentados nas extremidades da
prancha, a gangorra tocará o chão no lado de Juquinha.
Nesse caso, Zezinho ficará em equilíbrio porque a
normal, que a prancha faz sobre ele, anula seu peso.
06 (Unifor-CE) Na figura abaixo, a força F = 200 N é
aplicada no ponto A da alavanca AB, de peso desprezível, 08 (Fuvest-SP) Duas pessoas carregam um bloco de
mantendo o sistema em equilíbrio. concreto que pesa 900 N, suspenso a uma barra AB de
peso desprezível, de 1,5 m de comprimento, cujas
extremidades apoiam-se nos respectivos ombros.
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Física
Exercícios de Aplicação
Exercícios de Aplicação
01- Vm = 80 km/h
01- a) v0 = 2 m/s e a = 3 m/s²
02- Vm = 50 km/h
b) v = 32 m/s
03- Vm = 30 m/s
c) acelerado.
04- Vm = 18 km/h
02- a) s0 = 4 m
05- ∆t = 500 s
b) v0 = 3 m/s
06- am = 3 m/s²
c) a = 4 m/s²
07- am = - 5m/s² - significa que o módulo da velocidade está
d) s = 18 m
diminuindo no decorrer do tempo.
03- a) a = 3,0 m/s²
b) v = 2 + 3,0.t
Exercícios de Vestibular
c) s = 0 + 2.t + 1,5.t²
01- V F V 02- b 04- a) a = - 2,0 m/s²
03- e 04- c b) t = 10 s
05- d 06- b 05- a) ∆s = 100 m b) t = 10 s
07- d 08- e 06- a) a = 5 m/s² b) v = 0 + 5.t
09- b c) v = 50 m/s
07- a) s0 = 12 m b) t = 2 s
Desafio c) t = 6 s
d) Aceleração negativa, pois a concavidade é para baixo.
Letra c 08- a) t = 4 s b) v = 40 m/s
Questões de Vestibular
MOVIMENTO UNIFORME
01- b 02- e
Exercícios de Fixação
03- a 04- e
01- 05- e 06- a
07- c 08- d
09- d 10- a
Desafio
Letra e
02- a) s0 = 5 m b) v = + 2 m/s
c) s = 45 m d) ∆s = 40 m e) t = 45 s DINÂMICA: FORÇA - 1ª E 2ª LEIS DE
03- a) s0 = 20 m b) v = - 2 m/s c) s = 10 m NEWTON
d) ∆s = - 10 m e) t = 10 s
04- s = 10 + 2.t Exercícios de Aplicação
05- a) s0 = 10 m b) v = 1 m/s c) s = 10 + 1.t
06- ∆s = 180 km 01- a) a = 4 m/s² b) a = 1 m/s²
07- a ) t = 7 s b) sA = sB = 220 m c) a = 5 m/s²
02- O quadrinho refere-se à 1ª Lei de Newton ou Princípio
Questões de Vestibulares da Inércia, segundo a qual os corpos em movimento
tendem a se manter em estado de movimento.
01- a 02- a 03- A força produzida pelo motor do carro deve apenas anular
03- d 04- a as forças de atrito e resistência do ar para manter a
05- b 06- c velocidade constante.
07- a 08- e 04- Sobre o avião atuam várias forças mas a força resultante
deve ser nula pois a velocidade é constante. O avião
Desafio encontra-se em Equilíbrio Dinâmico.
05- a) a = 20 m/s² b) a = 5 m/s²
Letra c c) a = 2 m/s²
06- a = 60 m/s²
07- a = 1m/s²
1
01- VVVVF
02- F = 25 N
03- 30 N.m
04- MF1 = 8 N.m e MF2 = 4 N.m. Quando a distância é
menor, o momento também será, dificultando a abertura
da porta.
06- a) fatEST. = 14,8 N b) fatDIN. = 11,4 N 05- Mb = 0,35 N.m
c) a = 4,5 m/s² 06- F = 14 N
07- a = 2m/s² 07- 225N e 325 N
08- NA = 42 N NB = 18 N.
Questões de Vestibulares
Questões de Vestibular
01- c 02- e
03- c 04- e 01- c
05- e 06- d 02- b
07- e 08- d 03- B
09- a 10- d 04- b
05- c
Desafio 06- d
07- 02 + 04 + 08 = 14
letra d 08- e
09- d
TRABALHO - ENERGIA MECÂNICA E
Desafio
POTÊNCIA
Exercícios de Aplicação Júlia deve ficar a 2,5 m do ponto de apoio, do mesmo
lado de Paula.
01- a) V b) V c) V d) V e) F
Física
Quando falamos que algo está “frio” ou “quente”, pelo simples contato físico de nossas mãos com a substância ou
corpo, temos que pensar em algumas situações: o que é frio para um esquimó? – 10ºC? Para nós, que estamos num país
tropical este valor parece bastante baixo, mas para um esquimó é um dia em que ele não sofrerá com o frio, pois mora em
um lugar onde as temperaturas chegam a – 50ºC, facilmente. Da mesma forma, quando falamos para um morador do
deserto que a temperatura hoje atingirá 35ºC, ele achará que será um dia bastante agradável. A temperatura, o calor e os
processos de transmissão de calor são alguns dos conceitos físicos que iremos estudar e que começaram a ser estudados
mais intensamente quando se iniciou a pesquisa das máquinas térmicas, na Revolução Industrial.
1
Termologia e Calorimetria
Existem formas de convertermos os valores de uma CALOR
Física
Física
O calor é diferente de temperatura.
Temperatura mede a agitação das moléculas ou átomos
e o calor a energia que se transfere de um corpo para
outro, devido à diferença de temperatura entre eles.
PROPAGAÇÃO DE CALOR
Resumindo:
3
Termologia e Calorimetria
TROCAS DE CALOR Exemplo:
Física
∆Q = m . c . ∆t CAPACIDADE TÉRMICA
Esta relação é conhecida como Equação Fundamental Podemos também expressar a capacidade térmica em
da Calorimetria. termos do calor específico e da massa, substituindo a
quantidade de calor e simplificando a temperatura:
CALOR ESPECÍFICO
C = ∆Q ∆Q = m . c . ∆t C = m . c . ∆t
Cada tipo de material tem uma característica própria, ∆t ∆t
em termos de transferir mais ou menos calor para o meio
onde está. Esta propriedade é chamada de calor específico, C=m.c
e é um valor encontrado em laboratório, não nos cabendo
memorizá-los. Temos esse valor nos sólidos, nos líquidos
e nos gases. Exemplo:
a) Um bloco de 10 g de alumínio (Al) tem o mesmo calor
Exemplo: específico de um bloco de 5 kg de alumínio, só que o
Um pedaço de vidro troca bem menos energia com bloco maior demora mais a esquentar e depois demora
outro corpo do que um pedaço de metal (é só pegarmos mais a esfriar que o pequeno, pois possui maior
um vidro e um pedaço de metal, com a mesma massa e capacidade térmica que o outro.
aquecê-los, para sentirmos a diferença).
Veja alguns calores específicos:
Al
Al
4
Termologia e Calorimetria
FASES DA MATÉRIA que é chamada de fusão. Durante todo o processo de
Física
mudança de estado, a temperatura não se altera e o calor
Ao variarmos a temperatura de um corpo, o mesmo recebido é chamado Calor Latente.
pode apresentar diferentes estados físicos. Cada mudança O Calor Latente é característico da substância que
de estado físico tem um nome particular. Observe: constitui o corpo e recebe nomes diferentes para cada
mudança de estado físico ocorrido, por exemplo:
SÓLIDO LÍQUIDO GASOSO
- Calor Latente de Fusão do Gelo:
LFUSÃO = 80 cal/g
L = ∆Q
m
onde:
L = calor latente da mudança de estado físico do
corpo, expressa geralmente em cal/g.
∆Q = quantidade de calor cedido ou recebido,
geralmente em cal. No diagrama, temos em cada trecho:
m = massa do corpo, geralmente em g. AB – somente sólido
BC – sólido + líquido
Quando o corpo está no estado sólido, recebendo CD – líquido
calor sensível, sua temperatura irá aumentar, até atingir sua DE – líquido + vapor
temperatura de fusão. Se continuarmos fornecendo calor, EF – vapor
não irá ocorrer mudança na sua temperatura, mas sim TF – temperatura de fusão
mudança do estado físico desse corpo, (sólido para o líquido), TE – temperatura de ebulição
5
Termologia e Calorimetria
Nesses gráficos, quando temos uma linha horizontal, estiver recebendo calor. Se estiver cedendo calor, o trecho
Física
significa que nesse valor de temperatura está ocorrendo ED corresponde à condensação e o trecho CB à
mudança de estado físico. Na figura mostrada está ocorrendo solidificação. Nos trechos AB, CD e EF temos variação de
mudança de estado físico no trecho BC (fusão) e no trecho temperatura, respectivamente nos estados, sólido, líquido
DE (vaporização), mas isto é verdadeiro apenas se o corpo e gasoso.
sobe
ar frio ar quente
praia
mar
Brisa terrestre
líquido vácuo
vidro quente
CONGELADOR espelhado ou frio
(paredes duplas) invólucro
plástico
(isolante)
Por causa da convecção, o congelador é colocado
na parte superior da geladeira e os aparelhos de ar
condicionado devem ficar na parte superior dos cômodos.
Abaixo do invólucro plástico existe uma garrafa
Na parte superior, o ar é resfriado, torna-se mais denso e
formada por duas camadas de vidro. Entre as duas camadas
desce, empurrando para cima o ar que está mais quente.
quase não existe ar (vácuo simples). Sem ar não existem
Este encontra o congelador, é resfriado e desce. O
átomos, ou moléculas, de modo que se evita a propagação
processo continua até que seja atingido o equilíbrio térmico,
de calor por condução. Além disso, a superfície do vidro é
isto é, até que todo o ar do ambiente esteja à mesma
espelhada, interna e externamente. Desse modo, quando
temperatura.
há líquido quente no interior da garrafa, o calor que seria
6
Termologia e Calorimetria
irradiado para fora é refletido para dentro; caso o líquido Por isso, é possível conservar líquidos no interior
Física
seja frio, o calor de fora não penetra na garrafa, pois é de uma garrafa térmica, por um bom tempo, praticamente
refletido pela superfície do vidro para fora. Isso evita a à temperatura em que foi colocado, pois ela diminui ao
propagação de calor por irradiação. E todas as partes do máximo as trocas de calor entre o líquido e o meio externo
líquido dentro da garrafa estarão à mesma temperatura, (Esse tipo se dispositivo é chamado de adiabático, que não
de modo que também não ocorre convecção. troca calor com o meio externo).
0 1 Transforme as temperaturas nos exemplos abaixo: 0 2 Um corpo de massa 300 g recebeu 6000 calorias, e sua
temperatura variou em 100°C, sem mudança de estado
a) A quantos graus Fahrenheit equivale uma temperatura de físico. Determine:
30ºC?
Resolução: a) Qual sua capacidade térmica.
100 180
= Multiplicando em x, fica: Resolução:
30 F − 32 C = ∆Q = 6000 C = 60 cal/°C
∆t 100
100F – 3200 = 5400
100F = 5400 + 3200 b) Qual o calor específico da substância que constitui o corpo.
100F = 8600
F = 86ºF Resolução:
∆Q = m . c . ∆t
b) Se aparecer na TV que a pista onde os carros irão correr 6000 = (300).(c).(100)
está numa temperatura de 104ºF, significa que este valor 6000 = (30000).(c)
é o equivalente a 40ºC, um valor conhecido por nós.
Resolução: c = 6000 c = 0,2 cal/g°C
Para resolvermos basta colocarmos o valor de 104ºF 30000
no lugar de F e encontrar o C correspondente.
0 3 Um bloco de gelo de massa 600 gramas encontra-se a
9C = 72 . 5 ∴ 0°C. Determine a quantidade de calor para que toda a
massa de gelo se transforme em água a 0°C.
C = 40ºC Dado calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/g.
∆Q = 80 . 600 = 48000cal
⇒ ⇒ ou ∆Q = 48 kcal
7
Termologia e Calorimetria
Física
0 1 A temperatura crítica do corpo humano é 42°C. Em 0 7 Um corpo de massa 100 g ao receber 2400 cal varia sua
graus Fahrenheit, quanto vale essa temperatura? temperatura de 20°C para 60°C, sem variar seu estado
físico. Calcule o calor específico da substância que constitui
0 2 Qual é a leitura de um termômetro graduado em Celsius esse corpo, nesse intervalo de temperatura.
para a leitura de 104°F?
0 8 Uma pedra, retirada de um forno a 100°C, é
0 3 Quais são os pontos de mudança de estado físico da imediatamente colocada sobre um grande bloco de gelo
água na escala Celsius? a 0°C. Até o equilíbrio térmico, verifica-se a formação de
40 g de água. Sendo o calor latente de fusão do gelo 80
0 4 Estando num lugar a 40° F, você vai ficar com frio ou cal/g, a capacidade térmica da pedra, em cal/°C, vale
calor? Por quê? quanto?
0 5 O calor pode passar de um corpo para outro estando os 0 9 Sempre que fornecermos calor a um corpo sua
dois à mesma temperatura? Explique. temperatura irá aumentar? Como se chama este calor,
caso a resposta seja negativa?
0 6 Deitados sobre o tapete da sala, Mingau e Faísca (dois
gatinhos malhados) parecem gostar do clic-clic do fogo 1 0 Como se chama a mudança do estado físico do líquido
crepitando na lareira. De que modo estão recebendo o para o gasoso?
calor?
0 1 (Mackenzie-SP) Um turista, ao descer no aeroporto de temperatura entre o dia e a noite. A propriedade que
Nova York, viu um termômetro marcando 68 °F. Fazendo torna a água um regulador de temperatura é:
algumas contas, esse turista verificou que essa temperatura
era igual à de São Paulo, quando embarcara. A a) sua grande condutividade térmica
temperatura de São Paulo, no momento de seu b) sua grande densidade
embarque, era de: c) seu elevado calor específico
d) seu pequeno calor específico
a) 10 °C
b) 15°C 0 4 (PUC-MG) Assinale a opção INCORRETA:
c) 20 °C
d) 25 °C a) A transferência de calor por condução só ocorre nos
e) 28 °C sólidos.
b) A energia gerada no Sol alcança a Terra por radiação.
0 2 (UEL-PR) Quando Fahrenheit definiu a escala c) Na transferência de calor por convecção, ocorre
termométrica que hoje leva o seu nome, o primeiro transporte de matéria.
ponto fixo definido por ele, o 0°F, correspondia à d) A transferência de calor por convecção ocorre nos gases
temperatura obtida ao se misturar uma porção de cloreto e líquidos.
de amônia com três porções de neve, à pressão de e) Uma barra de alumínio conduz melhor o calor do que
1atm. Qual é esta temperatura na escala Celsius? uma barra de madeira.
Física
planeta, necessitamos sempre do calor que emana do temperatura.
Sol. Sabemos que esse calor está relacionado às reações
de fusão nuclear no interior dessa estrela. A transferência Quais estão corretas?
de calor do Sol para nós ocorre através de: a) Apenas I.
a) convecção. b) Apenas II.
b) condução. c) Apenas III.
c) irradiação. d) Apenas I e II.
d) dilatação térmica. e) Apenas II e III.
e) ondas mecânicas.
0 9 (Fuvest-SP) Analise fisicamente as afirmativas seguintes:
0 7 (ENEM) Uma garrafa de vidro e uma lata de alumínio,
cada uma contendo 330ml de refrigerante, são mantidas I. Para derreter um bloco de gelo rapidamente, uma pessoa
em um refrigerador pelo mesmo longo período de embrulhou-o num grosso cobertor.
tempo. Ao retirá-las do refrigerador com as mãos II. Para se conservar o chope geladinho por mais tempo,
desprotegidas, tem-se a sensação de que a lata está mais deve-se colocá-lo numa caneca de louça.
fria que a garrafa. É correto afirmar que: III. Um aparelho de refrigeração de ar deve ser instalado em
um local alto num escritório.
a) a lata está realmente mais fria, pois a capacidade calorífica
da garrafa é maior que a da lata. Assinale:
b) a lata está de fato menos fria que a garrafa, pois o vidro
possui condutividade menor que o alumínio. a) se apenas I e II estiverem corretas.
c) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, possuem a b) se apenas II e III estiverem corretas.
mesma condutividade térmica, e a sensação deve-se à c) se apenas I estiver correta.
diferença nos calores específicos. d) se apenas II estiver correta.
d) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, e a sensação e) se apenas III estiver correta.
é devida ao fato de a condutividade térmica do alumínio
ser maior que a do vidro. 1 0 (UFG) A temperatura é uma das grandezas
e) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, e a sensação termodinâmicas cuja a variação pode alterar as
é devida ao fato de a condutividade térmica do vidro ser propriedades térmicas de substâncias. Assim,
maior que a do alumínio.
( ) devido a uma diferença de densidade entre as partes de
0 8 (UFRS) A seguir são feitas três afirmações sobre um fluido (líquidos, gases e vapores), o processo de
processos termodinâmicos envolvendo transferência de propagação de calor ocorre por convecção térmica.
energia de um corpo para outro. ( ) a capacidade térmica depende do estado de agregação da
substância.
I- A radiação é um processo de transferência de energia ( ) a temperatura é a medida da quantidade de calor de uma
que NÃO ocorre se os corpos estiverem no vácuo. substância.
II- A convecção é um processo de transferência de energia ( ) o ponto de fusão e o ponto de solidificação de uma
que ocorre em meios fluidos. substância ocorrem em temperaturas diferentes, à mesma
III- A condução é um processo de transferência de energia pressão.
a) 1,4 b) 5,0
c) 5,5 d) 6,0
e) 7,0
9
Termologia e Calorimetria
Física
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10
Dilatação
Dilatação Térmica Térmica
Física
São inúmeras as aplicações desse interessante conceito da Física. Quando andamos de carro sobre um viaduto,
vemos várias trilhas com borracha no meio: são as chamadas juntas de dilatação, para que o viaduto não “quebre” com a
variação da temperatura. Numa linha de trem, entre um trilho e outro, existe um espaço, para que num dia de calor o trilho
possa aumentar de tamanho e não estrague a linha de trem. Quando fazemos uma calçada, deixamos espaços entre
pedaços dela, para que a mesma não trinque e venha a se danificar num dia de calor. Estes e outros exemplos fazem parte
da chamada dilatação térmica dos corpos.
A dilatação depende:
– da variação da temperatura (quanto maior a variação da
Fig u r a 0 1 : Bai x a ag ita çã o tér mi ca , ou mo lecul ar - c on t r aç ão t é rm i ca . temperatura, maior a dilatação sofrida pelo corpo).
Alta agitação térmica, ou molecular – dilatação térmica.
– do tamanho inicial do corpo, quer seja no comprimento,
na superfície ou no volume (um trilho de ferro de 20 m
de comprimento, dilata mais do que uma barra de ferro
A dilatação pode ocorrer: de 1m, pois tem mais moléculas se agitando).
- nos SÓLIDOS; – do tipo de material (cada material possui um valor,
- nos LÍQUIDOS. chamado de coeficiente de dilatação, que representa se
ele dilata mais ou menos do que outro material).
1
Dilatação Térmica
a) DILATAÇÃO LINEAR Si
Física
Sf
∆S = SF – Si
Li
∆S
∆L = LF – Li
Figura 04: Dilatação Superficial.
LF Logo:
Figura 02: Dilatação linear.
c) DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
Fig. 03: exemplos de dilatação linear
Neste tipo de dilatação, todas as dimensões do corpo
b) DILATAÇÃO SUPERFICIAL são predominantes: comprimento, largura e altura, portanto
ocorrerá variação no volume do corpo.
Neste tipo de dilatação o corpo possui duas
dimensões predominantes: o comprimento e a largura.
2
Dilatação Térmica
Vi
Física
Coeficiente de dilatação
substância -1
linear (α) em ºC
concreto 1,2 x 10-5
alumínio 2,4 x 10-5
∆V = VF – Vi chumbo 2,7 x 10-5
-5
cobre 1,7x 10
VF
Vi ferro 1,2 x 10-5
latão 2,0 x 10-5
ouro 1,5 x 10-5
∆V
Figura 05: Dilatação volumétrica.
prata 1,9 x 10-5
vidro comum 0,9 x 10-5
Podemos ainda, obter a dilatação volumétrica, porcelana 0,3 x 10-5
utilizando as características físicas do material estudado,
zinco 2,6 x 10-5
como o volume inicial e o material do qual o corpo é feito.
Observação: Não precisamos ter tabelas com
Logo: coeficientes de dilatação superficial e volumétrica, pois basta
conhecermos o coeficiente de dilatação linear e as relações
∆V = γ . Vi . ∆T entre eles.
onde: β=2.α
∆V = dilatação superficial
Vi = volume inicial γ=3.α
VF = volume final
∆T = variação da temperatura
γ = coeficiente de dilatação volumétrica DILATAÇÃO DOS LÍQUIDOS
OBS. → O coeficiente de dilatação volumétrico γ, é
sempre três vezes o coeficiente de dilatação linear α O líquido não possui forma definida, tomando a forma
do recipiente no qual ele se encontra. Por esse motivo, é
γ=3.α necessário estudar a dilatação do líquido e do recipiente
que o contém simultaneamente.
Ex.: um bloco, um tijolo, um parafuso. Considere um recipiente sólido, totalmente cheio de
um líquido. Quando ele é aquecido, muitas vezes
percebemos que o líquido dilatou quando ocorre um
extravasamento ou transbordamento do mesmo. Porém,
não podemos afirmar que o volume de líquido que
transbordou corresponde à dilatação volumétrica pois o
recipiente também sofreu dilatação. Desta forma, podemos
perceber que a dilatação do líquido é volumétrica, e composta
de duas formas:
3
Dilatação Térmica
Logo, a dilatação real sofrida pelo líquido é: Explicação:
Física
V Coeficiente de
dilatação
substância
volumétrica( γ )
em ºC-1
Va
álcool 100 x 10 - 5
-
gases 3,66 x10 3
-4
gasolina 11 x 10
4 t(oC)
Figura 08: Gráfico da dilatação irregular da água mercúrio 18,2 x 10-5
POR QUE A ÁGUA SE DILATA AO SER deles, o gelo tem um volume relativamente grande
CONGELADA ? explicado pelos espaços vazios. Quando o gelo se funde,
anéis hexagonais são quebrados porque se quebram as
A explicação desse fato é dada pela estrutura cristalina pontes de hidrogênio.Os espaços vazios passam a ser
da água no estado sólido. Cada molécula de água se liga a menores, ocupando menor volume. O aquecimento de
outras quatro moléculas através de ligações quimicas uma certa massa de água de 0oC a 4oC leva a uma
chamadas pontes de hidrogênio. diminuição de volume que pode ser explicada pelas
A estrutura espacial pode ser representada por sucessivas quebras dos anéis hexagonais da estrutura do
canais hexagonais (como num favo de mel) e, por causa gelo. Na temperatura de 4oC observa-se o menor volume
da água. A partir dos 4oC, o volume da água vai aumentando
4
Dilatação Térmica
em conseqüência da maior energia cinética das moléculas. Por esta razão que frascos de vidro fechados, cheios de
Física
O gráfico a seguir mostra como varia o volume de uma água, estouram dentro do congelador. Se considerarmos
determinada massa de gelo e água, em função da uma mesma massa de água nos estados sólido e líquido,
temperatura. podemos afirmar que a densidade no estado sólido é menor
do que no estado líquido - o gelo ocupa maior volume. Isto
explica por que o gelo flutua. Imaginemos como seria se o
gelo fosse mais denso do que a água líquida. A água, nas
represas e nos lagos, ao se congelar, afundaria, fazendo
com que mais água líquida entrasse em contato com ar frio,
o que provocaria também o seu congelamento. Em regiões
onde, no inverno, a temperatura cai muito abaixo de zero
graus Celsius, toda a massa de água do lago se solidificaria,
matando todos os peixes e outros organismos que vivem
na água.
∆T = 60 – 20 = 40°C ∆T = 35 – 20 = 15°C
∆L = α . Li .∆T ∆V = γ . Vi . ∆T
∆L = 24 X 10 –6 . 40 . 40 ∆V = 0,00003 . 400 . 15
∆L = 38400X 10 –6 ∆V = 0,18 cm3
5
Dilatação Térmica
03 Um bloco de ferro tem um volume de 50cm3 a 0°C. ∆V = γ . Vi . ∆T
Física
TF = 236,11°C
01 Uma barra de ferro tem comprimento de 10 m, à 0ºC. 06 Quando aquecemos uma barra de metal ela fica mais
O coeficiente de dilatação linear do ferro é de comprida por dilatação. Isto significa que a massa da barra
12 X 10 –6 ºC–1. Calcule: aumentou?
6
Dilatação Térmica
Física
01 (Unirio-RJ) A figura a seguir representa uma lâmina
bimetálica. O coeficiente de dilatação linear do metal A é
a metade do coeficiente de dilatação linear do metal B. À
temperatura ambiente, a lâmina está na vertical. Se a
temperatura for aumentada em 200°C, a lâmina:
a) continuará na vertical.
04 (UECE) Três barras retas de chumbo são interligadas de
b) curvará para a frente.
modo a formarem um triângulo isósceles de base 8cm e
c) curvará para trás.
altura 10cm.
d) curvará para a direita.
e) curvará para a esquerda.
7
Dilatação Térmica
Nessas situações, analise as afirmativas a seguir: 08 (UFPE) O gráfico abaixo apresenta a variação do
Física
a) igual ao coeficiente de dilatação volumétrica do dente. 10 (FGV-SP) O dono de um posto de gasolina recebeu
b) maior que o coeficiente de dilatação volumétrica do dente, 4000 litros de combustível por volta das 12 horas, quando
se o paciente se alimenta predominantemente com a temperatura era de 35°C. Ao cair da tarde, uma massa
alimentos muito frios. polar vinda do Sul baixou a temperatura para 15°C e
c) menor que o coeficiente de dilatação volumétrica do permaneceu até que toda a gasolina fosse totalmente
dente, se o paciente se alimenta predominantemente vendida. Qual foi o prejuízo, em litros de combustível,
com alimentos muito frios. que o dono do posto sofreu?
d) maior que o coeficiente de dilatação volumétrica do dente, (Dados: coeficiente de dilatação do combustível é de
se o paciente se alimenta predominantemente com 1,0. 10-3 °C-1)
alimentos muito quentes.
e) menor que o coeficiente de dilatação volumétrica do a) 4l
dente, se o paciente se alimenta predominantemente b) 80l
com alimentos muito quentes. c) 40l
d) 140l
e) 60l
Física
III - No entorno de 18°C o coeficiente de dilatação do
mercúrio e o da água são praticamente iguais.
a) I, II e III
b) I e II
c) I e III
d) II e III
e) I
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Gases Gases
Física
Os gases se constituem num capítulo à parte da Física por possuírem características particulares. Para percebermos
a importância dos gases, basta vermos que toda a camada que envolve o planeta, a atmosfera, é constituída de gases, tais
como: oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, gases nobres, entre outros. Muitos processos que envolvem transformações
gasosas também são interessantes, tais como uma panela de pressão no fogo, o aquecimento dos gases que causam os
ventos, a diferença de pressão que faz com que haja deslocamentos de massas gasosas, e que faz, entre muitas coisas, que
haja poluição, devido à grande quantidade de gases expelidos pelas fábricas, causando estragos para a natureza.
Gás: é uma substância que não possui forma e - Ideal: neste tipo de gás, podemos desprezar as
nem volume constante, adaptando-se à forma e ao interações entre as suas moléculas, e nos preocuparmos
volume do recipiente no qual está incluso. É constituído somente com as variáveis de estado. Iremos considerar
de pequenas moléculas que se movimentam um gás real como ideal, sob duas condições:
desordenadamente. → baixas pressões;
→ altas temperaturas.
Estado do gás: um gás se define de acordo com certas Para encontrarmos a equação dos gases, precisamos
variáveis, chamadas de variáveis de estado do gás. São ainda de um conceito da química, chamado “mol” (n), que
elas: expressa uma certa quantidade de moléculas.
- pressão (p), que é o resultado do choque das Mol é a quantidade padrão de moléculas de um gás.
moléculas contra as paredes do recipiente. Sua unidade Quando temos um mol de um certo gás, dizemos que
pode ser N/m2 (chamada de Pascal) ou atm (atmosfera), temos 6,02 x 10 23 moléculas deste gás.
ou ainda mmHg.
A relação entre as unidades é: 1 mol = 6,02 x 10 23 moléculas
1 atm = 10 5 N/m2 (Pa) ou 760 mmHg = 1 atm Podemos calcular o número de mols n (plural de
mol) de uma substância pela relação:
- volume (V), é o volume do recipiente que contém o
gás. Sua unidade pode estar em m3 (metro cúbico) ou L n=m
(litros) M
- temperatura (T), mede o grau de agitação térmica das Onde:
moléculas (sempre na escala Kelvin). Se estiver em outra n = n° de mols da substância
escala temos que transformar para Kelvin. m = massa em gramas
M = massa molecular do gás em grama/mol.
Existem duas categorias de gases: os gases reais e
os gases ideais ou perfeitos.
Física
de uma molécula, obtida multiplicando-se as massas em
gramas dos átomos pelo respectivo número de átomos Se um gás possui um certo conjunto de valores das
presentes na molécula: variáveis de estado e, no mínimo, duas delas sofrerem
alterações, dizemos que o gás passou de um estado para
Exemplo: outro, isto é , sofreu uma transformação gasosa:
H2O → 2 x 1g + 1 x 16g = M = 18 g/mol
ESTADO 1 ESTADO 2
EQUAÇÃO GERAL DOS GASES IDEAIS
(EQUAÇÃO DE CLAPEYRON)
A relação é: p 1, V 1, T 1 p 2 , V 2, T 2
p = 1 atm
T = 0°C (273K)
Observação:
- os gases se dilatam igualmente, não importando que sejam
gases diferentes. Figura 04 : transformação isotérmica
p . V = n . 0,082
T
p. V = constante V 1 = V2
T1 T2
calor
Figura 06 : Transformação do gás de um estado a outro com volume constante
p = constante
Figura 05: Gás sofrendo aumento de volume à pressão constante T
Percebemos que, à medida que se aumenta a Esta relação é conhecida como Lei de Charles
temperatura, aumenta o volume do gás, ou seja, o volume Ou seja:
é diretamente proporcional à temperatura. Sendo assim,
podemos afirmar que: p1 = p2
T1 T2
V = constante
T
O EFEITO ESTUFA FAZ MAL? pois a temperatura média do planeta estaria em torno de
17 ºC negativos e sua superfície coberta de gelo.
O efeito estufa é um fenômeno natural, ou seja,
existe na natureza, independente da ação do homem e O efeito estufa garante que a temperatura média do
das atividades econômicas. Ele é causado pela presença de planeta esteja atualmente próxima aos 15 ºC, portanto
determinados gases na atmosfera terrestre e, por este mais ou menos 32 ºC acima do que seria sem ele. Além
motivo, estes gases são chamados de gases de efeito disso, sem o efeito estufa, o planeta estaria sujeito a
estufa. variações bruscas de temperatura entre a noite e o dia,
como acontece na lua e também nos desertos.
Sem a ajuda do efeito estufa, o Sol não conseguiria As figuras acima nos ajudam a compreender o
aquecer a Terra o suficiente para que ela fosse habitável, funcionamento do efeito estufa. Os raios de luz penetram
3
Física
imediatamente a temperatura muito quente do ar,
contrastando com a temperatura fora do carro.
p1 .V1 = p2 . V2
1 . 1 = p2 . 0,5
p2 = 2 atm
T1 = 273 + 20 = 293K
p1 = p2
T 1 T2
4
b) Supondo que se trate de um gás ideal e que o volume do 10 Quais são as condições para que possamos considerar
pneu não varia, calcule a razão entre as pressões inicial e um gás real como sendo um gás ideal ou perfeito?
final desse processo.
Física
a) 120K. a) II e III.
b) 180K. b) III e V.
c) 240K. c) III.
d) 300K. d) II e V.
e) 360K e) I e IV.
04 (UECE) Uma dada massa de gás ideal sofreu evolução 07 (PUC-SP) Uma câmara de volume constante contém
termodinâmica que a levou de um estado inicial de um mol de um gás ideal a uma pressão de 0,50 atm. Se
equilíbrio P situado no plano pressão x volume, para um a temperatura da câmara for mantida constante e mais
estado final de equilíbrio Q, conforme a figura. Se no dois mols do mesmo gás forem nela injetados, sua
estado inicial P a temperatura era 100K, no estado final pressão final será
Q a temperatura é:
a) 1,50 atm.
b) 1,00 atm.
c) 0,50 atm.
d) 1,75 atm.
e) 0,75 atm.
a) 0, 88
a) 200 K b) 0,92
b) 350 K c) 0, 96
c) 400 K d) 1,0
d) 700 K e) 1,3
05 (Mackenzie-SP) Um gás perfeito a 27°C apresenta volume 09 (UFRN) Preocupado com a inclusão dos aspectos
de 600cm3 sob pressão de 2,0 atm. Ao aumentarmos a experimentais da Física no programa do Processo
temperatura para 47°C e reduzirmos o volume para Seletivo da UFRN o- professor Samuel Rugoso quis
400cm3, a pressão do gás passará para: testar a capacidade de seus alunos de prever os resultados
de uma experiência por ele imaginada.
a) 4,0 atm. Apresentou-lhes a seguinte situação:
b) 3,2 atm. Num local, ao nível do mar, coloca-se um frasco de vidro
c) 2,4 atm. (resistente ao fogo) com água até a metade, sobre o
d) 1,6 atm. fogo, até a água ferver. Em seguida, o frasco é retirado da
e) 0,8 atm. chama e tampado com uma rolha que lhe permite ficar
com a boca para baixo sem que a água vaze. Espera-se
06 (PUC-RJ) Nas panelas de pressão utilizadas para cozinhar um certo tempo até que a água pare de ferver.
alimentos: O professor Rugoso formulou, então, a seguinte
hipótese:
I) a temperatura dos alimentos aumenta enquanto a pressão “Se prosseguirmos com a experiência, derramando água
interna se mantém constante; fervendo sobre o frasco, a água contida no mesmo não
II) a temperatura dos alimentos se mantém constante ferverá; mas, se, ao invés disso, derramarmos água gelada,
enquanto a pressão interna aumenta; a água de dentro do frasco ferverá” (ver ilustração a seguir)
III) a temperatura e a pressão do vapor interno aumentam
até o vapor ser expelido pela válvula de segurança;
IV) a válvula de segurança se abre devido à pressão exercida
contra as paredes pelos alimentos sólidos;
V) a temperatura de ebulição da água é maior pois a pressão
interna é maior.
(UEL-PR) Dois recipientes I e II estão interligados por Num determinado instante o recipiente I contém
um tubo de volume desprezível dotado de torneira T, 10 litros de um gás, à temperatura ambiente e pressão de
conforme esquema a seguir 2,0 atm, enquanto o recipiente II está vazio. Abrindo-se a
torneira, o gás se expande exercendo pressão de 0,50
atm, quando retornar à temperatura ambiente. O volume
do recipiente II, em litros, vale:
a) 80
b) 70
c) 40
d) 30
e) 10
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Física
Sempre que apreciamos uma “Maria-fumaça” nos perguntamos como algo tão grande e pesado consegue se mover
com tanta facilidade sobre os trilhos. Ela é uma chamada máquina térmica, que utiliza a transformação do calor em trabalho.
Este ramo da Física passou por grande evolução na época da Revolução Industrial, ocorrida na Europa no século XVIII.
Menos homens trabalhando, mais trabalho e com mais qualidade, assim pensavam os inventores das máquinas térmicas,
objetos de estudo da Termodinâmica.
Termodinâmica: É o ramo da Física que estuda a movimento, causando uma variação na energia cinética
relação entre a mecânica e a termologia, pois estuda as média de cada uma delas. A energia cinética média é
relações entre trabalho (ττ ) e as trocas de calor com o diretamente proporcional à temperatura absoluta do gás.
sistema, verificando também a variação de energia
interna. 3
Ec = nRT
2
1ª LEI DA TERMODINÂMICA
n = nº de mols do gás;
Para entendermos como funciona uma máquina R = constante universal dos gases
térmica, precisamos conhecer alguns conceitos: T = temperatura absoluta do gás
1
Termodinâmica
→ Se o êmbolo é móvel o gás realiza um trabalho com
Física
O trabalho, τ, é uma grandeza física vista na mecânica Que é conhecida como a 1ª lei da termodinâmica,
que está associada a uma força (F) que realiza um onde:
deslocamento (∆x). Como relacionamos o trabalho na Q = calor recebido ou cedido pelo sistema
termodinâmica? Quando o gás recebe calor, pode se τ = trabalho realizado pelo ou sobre o sistema
expandir, o que causa uma força nas paredes do recipiente ∆U = variação da energia interna (alguns autores usam
em que ele está contido, ocasionando a movimentação de ∆E)
um êmbolo, ou parede móvel, que o recipiente tenha. Assim, Obs.: Para as 3 grandezas acima, utilizamos a unidade
o gás realiza trabalho. do sistema Internacional para Energia e Trabalho que é o
Joule (J).
Exemplo: Algumas vezes, podemos encontrar também a caloria
Um gás confinado em um sistema, quando recebe (cal), lembrando que 1 cal = 4,2 J, aproximadamente.
uma quantidade de calor, aumenta de volume, realizando Sendo assim, podemos estabelecer a seguinte
uma expansão. Imagine um gás dentro de um recipiente convenção de sinais:
provido de um êmbolo móvel, recebendo calor:
Sistema recebe calor → Q +
Sistema cede calor → Q -
Física
CICLOS TERMODINÂMICOS rendimento de uma máquina térmica. Será que todo o calor
recebido por uma máquina se transforma integralmente em
Ciclo: ocorre quando um sistema sai e retorna ao trabalho? Basta colocarmos nossa mão num motor em
mesmo estado, de forma que seu estado inicial e final são funcionamento que percebemos a energia degradada em
iguais. virtude do atrito que as peças da máquina tem. Portanto,
uma máquina térmica recebe uma certa quantidade de
Obs.: no ciclo fechado ∆U = 0 energia, realiza trabalho e perde, ou degrada, uma certa
quantidade de energia.
Quando uma máquina realiza tranformações
termodinâmicas, ou seja, o gás passa de um estado para Máquina térmica: é toda aquela que transforma a
outro, podemos representar estes estados do sistema energia recebida de uma fonte quente em trabalho, e cede,
através de gráficos. Observe o exemplo: ou degrada, parte dessa energia para uma fonte fria.
Podemos calcular o trabalho realizado por um sistema Para calcularmos o rendimento de uma máquina, que
ou recebido pelo sistema, através da área sob os gráficos: é o objetivo da 2ª Lei da termodinâmica, basta dividirmos a
energia útil pela energia total, ou seja:
Ciclo horário: τ positivo
η = EÚTIL
E TOTAL
η=τ
V Q1
Ciclo anti-horário: τ negativo
Substituindo o trabalho na equação do rendimento,
temos:
η = Q1 – Q 2
Q1
3
Termodinâmica
- C → D: o trabalho é realizado sobre o sistema,
Física
E assim chegamos à:
diminuindo o volume → ocorre uma compressão
isotérmica.
η = 1 – Q2
- D → A: a temperatura aumenta de T2 para T1, utilizando
Q1
a energia interna do sistema gasoso → ocorre uma
compressão adiabática.
Onde:
η = rendimento da máquina (alguns autores usam a
letra r) Conclusões de Carnot:
Q1 = calor da fonte quente
Q2 = calor da fonte fria - É impossível uma máquina, que opere em ciclos,
aproveitar todo o calor recebido para realizar um trabalho
CICLO DE CARNOT termodinâmico
- Podemos calcular o rendimento da máquina através das
Se uma máquina funcionasse segundo a máquina diferenças de temperatura entre as fontes quente e fria.
idealizada por Nicolas Leonardi Sadi Carnot, físico e Desta forma o rendimento (η) de uma máquina térmica
engenheiro francês, esta máquina teria o maior rendimento pode ser dado por:
possível, porém jamais atingindo 100%. Ela funcionaria
segundo o gráfico abaixo: η = 1 – T2
T1
Onde:
η = rendimento da máquina
T1 = temperatura da fonte quente.
T2 = temperatura da fonte fria.
Igualando as expressões:
Fig 04: O Ciclo de Carnot é constituído por quatro transformações: Duas
transformações adiabáticas altenadas com duas transformações isotérmicas.
η = 1 – Q2 com η = 1 – T2
Q1 T1
Obs.: transformação adiabática é aquela em que o
gás dentro de um sistema passa de um estado para o outro Chegamos à seguinte expressão:
sem trocar calor com o meio externo (a vizinhança), isto é
Q = 0.
Q 1 = T1
Observe o ciclo: Q2 T2
4
Termodinâmica
Física
MÁQUINA TÉRMICA EM NOSSAS CASAS
Uma das máquinas mais utilizadas hoje em dia é o refrigerador. Sua invenção foi realmente de grande ajuda para
as pessoas, que passaram a preservar seus alimentos por mais tempo.
O refrigerador parte de um princípio muito simples: se o calor não sai espontaneamente de um corpo frio para
um corpo quente, nós vamos forçá-lo a sair! Em vez de o gás realizar trabalho, nós realizaremos trabalho sobre ele!
Como isso é feito? Trata-se de outro processo em que ocorrem transformações gasosas.
Sabemos que, quando expandimos um gás, sua pressão diminui, assim como sua temperatura.
Por um cano fino que passa pelo interior da geladeira, um gás é solto e se expande a baixa pressão. Nessa
expansão, a temperatura do gás diminui. Com isso, o gás retira calor do ambiente que está à sua volta, ou seja, do
interior da geladeira.
Um compressor que está na geladeira comprime o gás (freôn, em geral) que se encontra numa câmara.
Você pode observar que atrás de sua geladeira existe outro cano, fino e comprido, por onde o gás sai do interior
da geladeira. Ele libera o calor para a atmosfera, para novamente repetir o processo.
01 Calcule o trabalho realizado por um gás que está com 02 Um sistema recebe 200 cal de calor de uma fonte externa.
um volume de 8 x 10-6 m3, sob pressão constante de Use 1 cal = 4,2 J. Determine:
2 x 105 N/m2, para que ele passe a ocupar um volume
de 13 x 10-6 m3. a) Qual o trabalho realizado numa expansão isotérmica?
5
Termodinâmica
b) Qual a variação da energia interna se fosse uma Q2= 1000 x 400 = 500J
Física
∆V = 0 → t = 0 Q2 = 500J
Q = t + ∆U
840 = 0 + ∆U b) o trabalho realizado em cada ciclo.
∆U = 840 J Num ciclo fechado temos que ∆U = 0.
03)
03 Uma máquina que opera segundo o ciclo de Carnot Q = τ + ∆U
(rendimento máximo) recebe 1000 J de calor em cada 1000 = τ + 0
ciclo, de uma fonte quente que está a 800 K de τ = 1000 J
temperatura e cede calor para uma fonte fria que está a
400 K de temperatura. Calcule: c) o rendimento da máquina.
6
Termodinâmica
07 O rendimento de uma máquina térmica é de 20%. Se 10 A figura representa, num diagrama p-V, uma expansão de
Física
em cada ciclo a máquina recebe da fonte quente 200 J de um gás ideal entre dois estados de equilíbrio
calor, qual o trabalho realizado por ela, em cada ciclo? termodinâmico, A e B.
01 (UEL-PR) Uma máquina térmica de Carnot é operada 03 (UFSM-RS) Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada
entre duas fontes de calor a temperaturas de 400 K e uma das afirmativas.
300 K. Se, em cada ciclo, o motor recebe 1200 calorias
da fonte quente, o calor rejeitado por ciclo à fonte fria, ( ) É impossível transferir energia na forma de calor de um
em calorias, vale: reservatório térmico à baixa temperatura para outro com
temperatura mais alta.
a) 300 ( ) É impossível construir uma máquina térmica que,
b) 450 operando em ciclos, transforme em trabalho toda a
c) 600 energia a ela fornecida na forma de calor.
d) 750 ( ) Em uma expansão adiabática de um gás ideal, o trabalho
e) 900 é realizado às custas da diminuição da energia interna do
gás.
02 (ENEM) A refrigeração e o congelamento de alimentos ( ) Em uma expansão isotérmica de um gás ideal, o trabalho
são responsáveis por uma parte significativa do consumo é realizado às custas da diminuição da energia interna do
de energia elétrica numa residência típica. gás.
Para diminuir as perdas térmicas de uma geladeira, podem
ser tomados alguns cuidados operacionais: A seqüência correta é:
7
Termodinâmica
05 (FGV-SP) É dado um sistema S ideal constituído por: 08 (UEM-PR) Uma determinada máquina térmica deve
Física
a) aumentou 170 J.
b) aumentou 100 J.
c) aumentou 30 J.
d) diminuiu 70 J.
e) diminuiu 30 J.
8
Termodinâmica
Física
(Fatec-SP) Um gás ideal sofre transformações segundo O trabalho total no ciclo ABCA é
o ciclo dado no esquema p x V a seguir.
a) igual a -0,4J, sendo realizado sobre o gás.
b) igual a -0,8J, significando que o gás está perdendo energia.
c) realizado pelo gás, valendo +0,4J.
d) realizado sobre o gás, sendo nulo.
e) nulo, sendo realizado pelo gás.
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9
Óptica Geométrica Óptica Geométrica
Física
O estudo da luz sempre fascinou as pessoas, que, desde a antigüidade, procuraram entendê-la e explicar os seus
fenômenos.
Os filósofos gregos já tentavam entender como e por que vemos os objetos. Platão acreditava que partículas eram
emitidas pelos olhos que atingiam os objetos e tornava-os visíveis. Já Aristóteles dizia que a luz era como um “fluído
imaterial”, que se propagava entre o olho humano e o objeto que se queria observar. Um grande número de físicos
posteriormente se dedicou à explicação dos fenômenos luminosos como Newton, Huyghens, Young e Maxwell e será
sobre suas conclusões que iremos falar neste capítulo.
O estudo da luz ao longo dos anos, estabeleceu leis, princípios e fenômenos, que norteiam seu comportamento
nos espelhos planos ou esféricos, nas lentes e nos instrumentos ópticos.
F ig . 01: luz r e f l e t i nd o a p a l av ra e vi n d o d e ga l á xi a s d i s t a nt e s
ÓPTICA → É a parte da física que estuda a luz e Luz → forma de Energia Radiante, que se propaga
os fenômenos luminosos. por meio de ondas eletromagnéticas e que é capaz de
provocar sensação visual num observador normal.
- Óptica física: estuda a luz levando em conta sua natureza
ondulatória, para explicação de fenômenos como VELOCIDADE DA LUZ:
difração, interferência. A luz viaja, no vácuo, numa velocidade limite de
- Óptica geométrica: estuda a luz sem se preocupar 300.000 km/s, conhecida como velocidade da luz, que é
com a sua natureza, considerando a luz como se fossem uma constante física que designamos por c.
raios que viajam em linha reta.
c = 300.000 km/s = 3 x 10 8 m/s
Se a Óptica estuda a luz, é importante sabermos sua
definição:
Obs.: os valores exatos da velocidade da luz no ar e
no vácuo são praticamente iguais, e por isso arredondamos
os valores para o valor acima, para facilidade de cálculos.
1
Óptica Geométrica
PRINCÍPIOS DA ÓTICA GEOMÉTRICA
Física
1° Propagação Retilínea da luz
2
Óptica Geométrica
Reflexão Luminosa → É o fenômeno pelo qual
Física
– REFLEXÃO ORDENADA:
A luz incide em raios paralelos e se reflete em raios
paralelos, sobre uma superfície plana, lisa e polida. Só
podemos observar o objeto iluminado se estivermos
com o olho na trajetória do raio refletido.
– REFLEXÃO DIFUSA:
A luz incide em raios paralelos sobre uma superfície
irregular e se reflete com raios difusos, isto é, em todas
as direções. Este fenômeno nos permite enxergar as
coisas de qualquer lugar de uma sala, por exemplo.
Este princípio é utilizado nas máquinas fotográficas
e equipamentos ópticos em geral (inclusive o olho
humano).
F ig . 08 - Câ ma r a esc ur a d e or i f íc io
Observação
Para calcularmos o tamanho das imagens formadas,
basta usarmos a equivalência de triângulos.
Fig. 11 - Reflexão difusa ou irregular
REFLEXÃO DA LUZ
LEIS DA REFLEXÃO
Este fenômeno luminoso explica uma série de
observações interessantes, como as cores, o fato de Para entendermos a formação de imagens nos
podermos ver objetos, a formação de imagens nos espelhos, precisamos antes estudar com mais detalhes a
espelhos planos e esféricos, entre outras coisas. reflexão da luz, que obedece certas leis:
1ª LEI DA REFLEXÃO:
3
Óptica Geométrica
Observação i=r
Física
Linha Normal é a linha imaginária que sempre é NORMAL
perpendicular à superfície, no ponto onde incide o raio de RAIO INCIDENTE
2ª LEI DA REFLEXÃO: i r
CORES:
4
Óptica Geométrica
luz verde incidente é fortemente absorvida pelas pétalas
Física
01 Foi anunciada a descoberta de um sistema planetário b) a diferença de tamanho quando aproximamos o objeto
semelhante ao nosso, em torno da estrela Vega, que 4 cm da câmara escura
está situada a 26 anos-luz da Terra. Determine, em km,
a distância de Vega até a Terra. Se aproximarmos 4cm, a distância de 20 cm passa a ser
de 16 cm, e a altura da imagem será de:
Em 1 ano temos 31.536.000 segundos. 5 i
Em 26 anos, temos 26 X 31.536.000 = 819.936.000 =
segundos 16 10
A distância é dada pela velocidade multiplicada pelo tempo: i = 3,1 2 5 c m
Distância = 300.000 x 819.936.000 = 2,46 x 1014 Logo, a diferença entre as imagens será de 3,125 - 2,5
km. = 0,625 cm.
01 Um ano-luz é a distância que a luz percorre no vácuo em 02 Determine o ângulo de reflexão nos raios abaixo:
1 ano. Calcular, em km, a distância percorrida pela luz em
três anos (Suponha 1 ano = 365 dias) a)
45º
5
Óptica Geométrica
b) 05 Considerando as três cores primárias, vermelho, verde
Física
e azul, responda: Um objeto que é amarelo sob luz branca,
é iluminado por luz azul. Qual a cor apresentada pelo
objeto nesta situação?
01 (UFMG) Nessa figura, dois espelhos planos estão 02 (UEL-PR) Considere as seguintes afirmativas:
dispostos de modo a formar um ângulo de 30° entre
eles. Um raio luminoso incide sobre um dos espelhos, I- A água pura é um meio translúcido.
formando um ângulo de 70° com a sua superfície. II- O vidro fosco é um meio opaco.
III- O ar é um meio transparente.
6
Óptica Geométrica
06 (Fuvest-SP) Em agosto de 1999, ocorreu o último eclipse
Física
Física
2,3x106 anos-luz da Via Láctea, a nossa galáxia. A luz sala iluminada com luz monocromática azul, será visto na
proveniente de Andrômeda, viajando à velocidade de cor:
3,0x105 km/s, percorre a distância aproximada até a
Terra, em km, igual a a) amarelo.
b) azul.
a) 4.1015 c) preto.
b) 6.1017 d) violeta.
c) 2.1019 e) vermelho.
d) 7.1021
e) 9.1023
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8
Espelhos Espelhos
Física
O fascínio despertado pelos espelhos remonta de muito tempo. Eram os objetos que os portugueses e espanhóis
trocavam com os índios por outras riquezas. O fato de podermos observar outras imagens nos espelhos possui um
enorme número de aplicações: retrovisores de automóveis, aparelhos de uso dos dentistas, observação em mercados
(espelho convexo), composição de várias imagens (associação de espelhos), entre outras. As leis da reflexão, além de
raios particulares e convenção de sinais, nos fornece o conhecimento para compreendermos estes interessantes fenômenos
físicos do nosso dia a dia.
São superfícies lisas, polidas, que refletem especularmente Podemos associar dois espelhos planos de maneira a
a luz. formarmos um certo número de imagens, que depende
do ângulo entre eles.
Características:
→ Se o ângulo for diferente de 0o, dizemos que a
- A imagem possui reversão lateral (o lado direito vira associação é angular.
esquerdo e vice-versa); A relação que permite o cálculo deste número é:
- A imagem é sempre virtual, pois se forma "atrás" do
espelho; N = 360 - 1
- A distância do objeto ao espelho é igual à distância da α
imagem ao espelho. Onde:
N = número de imagens formadas
ESPELHO
α = ângulo entre os dois espelhos
OBJETO IMAGEM
d d‘
Fig. 02 – Formação de imagem no espelho plano F i g. 0 3 – As s oc i a çã o a ng ul a r d e e s p e l h o s p l a no s
1
Espelhos
Observação Podemos observar que o raio é duas vezes a distância
Física
α par → objeto pode estar em qualquer lugar focal, ou seja:
α ímpar→ objeto deve estar no plano bissetor entre os
espelhos. R=2.f
1° caso:
ESPELHOS ESFÉRICOS
3° caso:
2
Espelhos
4° caso Características da imagem (i):
Física
- real,
- invertida,
- do mesmo tamanho que o objeto,
- formada sobre o centro de curvatura.
o
Características da imagem (i):
- imprópria,
- se forma no infinito.
i
3
Espelhos
e) objeto (o) entre o foco e o vértice do espelho ( p < f ) EQUAÇÃO DE GAUSS
Física
Observe a figura:
A=i = - p’
o p
Convenção de sinais:
Características da imagem (i):
- virtual, f + → espelho côncavo
- direita, f - → espelho convexo
- menor que o objeto, p’ + → imagem real
- formada “atrás” do espelho. p’ - → imagem virtual
i + → imagem direita
i - → imagem invertida
5
Espelhos
1 1 1
= −
Física
a) determine a distância focal do espelho
1 1 1 p′ f p
= +
f p p' 1 1 1
=− −
1 1 1 p′ 20 30
=− +
f 40 20 1 −3 − 2
=
1 1+ 2 p′ 60
=
f 40 1 −5
=
1 3 p′ 60
=
f 40 p′ = −12
f = 13, 3
b) a altura da imagem
i −p'
b) determine seu raio de curvatura =
o p
R=2.f i 12
R = 2 . 13,3 =
6 30
R = 26,6 cm i = 2, 4 cm
03 Um objeto de 6 cm de altura está localizado à distância de
30 cm do vértice de um espelho convexo de 40 cm de c) o aumento linear transversal da imagem
raio. Determine:
i
A=
a) a posição da imagem (p’) o
2, 4
Como o espelho é convexo, a distância focal f é – 20 A=
cm. A distância do objeto ao espelho, p, é 30cm. 6
Substituindo na equação: A = 0, 4
1 1 1
= +
f p p′
01 Quais são as características da imagem formada por um 05 Um corpo encontra-se a 20 cm da superfície refletora
espelho plano? de um espelho plano. Qual a distância entre o corpo e a
imagem conjugada por este espelho?
02 Para se barbear, um jovem fica com o seu rosto situado
a 50 cm de um espelho, e este fornece sua imagem 06 Observa-se a imagem de um relógio conjugada por um
ampliada 2 vezes. Que tipo de espelho é este? Qual o espelho plano vertical. O relógio, dada a posição de seus
seu raio de curvatura? ponteiros, parece indicar 2 h. Na verdade que horas
indica o relógio?
03 Um objeto O é colocado sobre o centro de curvatura C
de um espelho esférico côncavo. Quais as características 07 O raio de curvatura de um espelho esférico é de 40 cm.
da imagem formada? Qual o valor da distância focal?
04 Um objeto é colocado entre dois espelhos planos, que 08 A imagem de um objeto conjugada por um espelho
têm suas faces refletoras se confrontando. O objeto está esférico é real, menor e invertida. O espelho é côncavo
a igual distância dos dois espelhos. O ângulo formado ou convexo?
entre os dois espelhos é de 45°. Qual o número de
imagens deste objeto que podemos ver nos dois 09 Uma menina está a 20 cm de um espelho esférico
espelhos? côncavo e observa a imagem do seu rosto duas vezes
6
Espelhos
ampliada. Determine a distância focal do espelho.
Física
01 (UFPE) Um objeto é colocado diante de dois espelhos 03 (Mackenzie-SP) Quando colocamos um ponto objeto
planos que formam um ângulo de 90° entre si. real diante de um espelho plano, a distância entre ele e
Considerando o raio luminoso mostrado nas figuras a sua imagem conjugada é 3,20 m. Se esse ponto objeto
seguir, determine qual a figura que melhor representa for deslocado em 40 cm de encontro ao espelho, sua
imagens do objeto formadas em cada espelho. nova distância em relação à respectiva imagem conjugada,
nessa posição final, será:
a) 2,40 m
b) 2,80 m
c) 3,20 m
d) 3,60 m
e) 4,00 m
Buscando uma visão melhor do arranjo da flor no cabelo, a) real e situada entre o foco e o centro da curvatura do
ela segura, com uma das mãos, um pequeno espelho espelho.
plano atrás da cabeça, a 15 cm da flor. b) real e situada entre o foco e o espelho.
A menor distância entre a flor e sua imagem, vista pela c) real e situada entre o centro e o espelho.
garota no espelho de parede, está próxima de: d) virtual e situada entre o foco e o espelho.
e) virtual e situada entre o foco e o centro de curvatura do
a) 55 cm espelho.
b) 70 cm
c) 95 cm 06 (PUC-MG) Uma pessoa, a 1,0m de distância de um
d) 110 cm espelho, vê a sua imagem direita menor e distante 1,2 m
dela. Assinale a opção que apresenta corretamente o
tipo de espelho e a sua distância focal:
7
Espelhos
a) côncavo; f = 15 cm A respeito da imagem final conjugada pelos dois espelhos,
Física
b) côncavo; f = 17 cm pode-se afirmar:
c) convexo; f = 25 cm
d) convexo; f = 54 cm a) É virtual e se forma no ponto C.
e) convexo; f = 20 cm b) Não será projetável, pois E2 conjuga imagem virtual.
c) É real e se localiza entre E2 e o eixo principal de E1.
07 (Unirio-RJ) Um objeto é colocado diante de um espelho. d) É real e vai se formar no ponto D.
Considere os seguintes fatos referentes ao objeto e à e) É virtual e está localizada no ponto B.
sua imagem:
09 (PUCCamp-SP) Um objeto, de 2,0 cm de altura, é
I- o objeto está a 6 cm do espelho; colocado a 20 cm de um espelho esférico. A imagem
II - o aumento transversal da imagem é 5; que se obtém é virtual e possui 4,0mm de altura. O
III - a imagem é invertida. espelho utilizando é:
A partir destas informações, está correto afirmar que a) côncavo, de raio de curvatura igual a 10 cm.
o(a): b) côncavo e a imagem se forma a 4,0 cm do espelho.
c) convexo e a imagem obtida é invertida.
a) espelho é convexo. d) convexo, de distância focal igual a 5,0 cm.
b) raio de curvatura do espelho vale 5 cm. e) convexo e a imagem se forma a 30 cm do objeto.
c) distância focal do espelho vale 2,5 cm.
d) imagem do objeto é virtual. 10 (UFSM-RS) A figura representa um objeto O colocado
e) imagem está situada a 30 cm do espelho. sobre o centro de curvatura C de um espelho esférico
côncavo. A imagem formada será
08 (PUC-PR) A figura apresenta uma montagem utilizada
por um professor de Física numa aula experimental,
sendo E1 um espelho côncavo de distância focal 15 cm.
E2 é um espelho plano, disposto paralelamente ao eixo
principal do espelho E1. F é uma fonte luminosa, situada
a 5 cm do ponto A, de paredes opacas, dotada de uma
abertura, de forma que a luz incide inicialmente em E1.
Na figura, AO = AB = BC = CD =15 cm.
Na figura a seguir estão representados um objeto O e De acordo com a figura, o vértice do espelho está
sua imagem i conjugada por um espelho esférico localizado no ponto
côncavo, cujo eixo principal é xx’.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
8
Refração da Luz Refração da Luz
Física
Uma série de fenômenos interessantes que ocorrem no nosso dia-a-dia, como, por exemplo: um lápis parecer
estar “quebrado” quando colocado parcialmente dentro de um copo contendo água, o Sol parecer maior quando está se
pondo no horizonte, a profundidade de uma piscina parecendo ser menor do que realmente é, a luz branca se decompondo
em várias cores ao passar por um prisma, a formação do arco-íris, entre outros, podem ser explicados pela Refração da
luz.
A Refração é um fenômeno que observa a variação da velocidade e, quase sempre, o desvio da direção da luz, ao
passar de um meio para outro, e suas relações matemáticas.
n=c
RI N v
θi Onde:
n = índice de refração absoluto
A c = velocidade da luz no vácuo
v = velocidade da luz no meio
B
Obs. O índice de refração do vácuo é igual a 1 e o do
ar é aproximadamente igual a 1.
n vácuo = 1 n ar ≅ 1
θr RR
Fig. 02: Refração da luz ao passar de um meio A para um meio B. Podemos obter algumas conclusões importantes:
1
Refração da Luz
b) Relativo
Física
É a relação entre os índices de refração de dois meios RI N
diferentes. Esta comparação se torna interessante quando θi
relacionamos as velocidades da luz nos dois meios:
nA = vA A
nB vB n A > nB
B
Onde:
nA = índice de refração do meio A θr
nB = índice de refração do meio B RR
vA = velocidade da luz no meio A
Fig. 04: A luz passando de um meio mais refringente para um meio
vB = velocidade da luz no meio B menos refringente
θi
A n A < nB
θr RR
Fig. 03: 1ª lei da refração
2ª Lei: Fig. 05: A luz passando de um meio menos refringente para um meio
A luz, ao passar de um meio para o outro e sofrer um mais refringente
desvio, terá sua direção determinada pela Lei de Snell-
Descartes (estudiosos da luz e dos fenômenos luminosos): Ângulo limite
nA sen θi = nB sen θr Existe uma situação física em que a luz não passa de
um meio para outro. Quando isso ocorre, dizemos que ali
onde: ocorreu o fenômeno do ângulo limite (L) ou reflexão total.
nA = índice de refração do meio A Para que este fato ocorra, o raio luminoso tem que
nB = índice de refração do meio B incidir de um meio mais refringente para um meio menos
θi = ângulo de incidência refringente, sempre.
θr = ângulo de refração Observe:
N
Comparando-se dois meios, aquele que apresentar
maior índice de refração é dito mais REFRINGENTE, que rde
ve
o outro, e o que tiver menor índice de refração, menos + refrigente azu
l
REFRINGENTE. vermelho
- refrigente
REFRINGÊNCIA
Quando a luz vai de um meio MAIS refringente para ho
el
um meio MENOS refringente, o raio de luz se afasta da 3 ve
rm
de
ul
az
ver
2
Refração da Luz
Na figura anterior os raios 1 e 2 ainda refratam, mas Curiosidades:
Física
Dioptro plano
Chamamos de dioptro todo sistema formado por Fig. 08: dispersão das cores pelo prisma
3
Refração da Luz
Física
PORQUE O CÉU É AZUL ?
O PÔR DO SOL É VERMELHO ?
E AS NUVENS SÃO BRANCAS ?
A resposta está em como os raios solares interagem com a atmosfera. Quando a luz passa através de um
prisma, o espectro é quebrado num arco-íris de cores. Nossa atmosfera faz o mesmo papel, atuando como uma
espécie de prisma onde os raios solares colidem com as moléculas e são responsáveis pela dispersão do azul.
Quando olhamos a cor de algo, é porque este “algo” refletiu ou dispersou a luz de uma determinada cor associada a
um comprimento de onda. Uma folha verde utiliza todas as cores para fazer a fotossíntese, menos o verde, porque
esta foi refletida. Devido ao seu pequeno tamanho e estrutura, as minúsculas moléculas da atmosfera difundem
melhor as ondas com pequenos comprimentos de onda, tais como o azul e violeta. As moléculas estão espalhadas
através de toda a atmosfera, de modo que a luz azul dispersada chega aos nossos olhos com facilidade a
luz azul é dispersada dez vezes mais que a luz vermelha. A luz azul tem uma frequência (ciclos de onda por segundo)
que é muito próximo da frequência de ressonância dos átomos, ao contrário da luz vermelha. Logo a luz azul
movimenta os elétrons nas camadas atômicas da molécula com muito mais facilidade que a vermelha. Isso provoca um
ligeiro atraso na luz azul que é reemitida em todas as direções num processo chamado dispersão de Rayleigh ( Físico
inglês do século 19). A luz vermelha, que não é dispersa e sim transmitida, continua em sua direção original, mas
quando olhamos para o céu é a luz azul que vemos porque é a que foi mais dispersada pelas moléculas em todas as
direções.Luz violeta tem comprimento de onda menor que luz azul, portanto dispersa-se mais na atmosfera que o
azul. Porque então não vemos o céu violeta? Porque não há suficiente luz ultravioleta. O sol produz muito mais luz azul
que violeta. Quando o céu está com cerração, névoa ou poluição, há partículas de tamanho grande que dispersam
igualmente todos os comprimentos de ondas, logo o céu tende ao branco pela mistura de cores. Isso é mais comum
na linha do horizonte. No vácuo do espaço extraterrestre, onde não há atmosfera, os raios do Sol não são dispersos,
logo eles percorrem uma linha reta do sol até o observador. Devido a isso os astronautas vêem um céu negro. Em
Júpiter o céu também é azul, porque ocorre o mesmo tipo de dispersão do azul na atmosfera do planeta, como na
Terra. Porém, em Marte, o céu é cor de rosa, ja que há uma quantidade excessiva de partículas de poeira na atmosfera
Marciana, devido à presença de óxidos de ferro originários do solo. Se a atmosfera de Marte fosse limpa da poeira, ela
seria azul, porém um azul mais escuro já que a atmosfera de Marte é muito mais rarefeita.
Quando o Sol está no horizonte, a luz leva um caminho muito maior através da atmosfera para chegar aos
nossos olhos do que quando está sobre nossas cabeças. A luz azul, nesse caminho, foi toda dispersada, a atmosfera
atua como um filtro , e muito pouca luz azul chega até você, enquanto que a luz vermelha que não é dispersada e sim
transmitida, alcança nossos olhos com facilidade. Nessa hora a luz branca está sem o azul.
Durante a dispersão da luz nas moléculas, ocorre o fenômeno de interferência destrutiva, em que a onda
principal se subdivide em várias outras de menor intensidade e em todas direções, porém mantendo a energia total
conservada. O efeito disto é que a luz azul do Sol que vinha em linha reta, passa a ir em todas as direções. Ao meio dia,
todas as direções estão próximas de nós, mas, no entardecer, a dispersão leva para longe do nosso campo de visão
o azul já que a luz solar percorre uma longa tangente na circunferência da terra até chegar aos nossos olhos.
Além disso, o vermelho e o laranja tornam-se muito mais vívidos no crepúsculo quando há poeira ou fumaça no
ar, provocado por incêndios, tempestade de poeira e vulcões. Isso ocorre porque essas partículas maiores também
provocam dispersão com a luz de comprimento de onda próximos, no caso, o vermelho e laranja.
Nas nuvens existem partículas (gotas de água) de tamanhos muito maiores que o comprimento de ondas da luz,
ocorrendo dispersão generalizada em todo o espectro visível e iguais quantidades de azul, verde e vermelho se juntam
formando o branco.
4
Refração da Luz
Física
01 A velocidade da luz amarela do benzeno é de 03 Um pescador vê um peixe num lago. O peixe encontra-
200.000 km/s. Ache o índice de refração absoluto do se a 2,8m de profundidade da superfície livre da água.
benzeno. Sabe-se que nAR = 1 e nÁGUA = 4/3. Determine:
x = 0,7m
01 O índice de refração de um meio é 1,5. Qual a velocidade 03 Três peixes, M, N e O, estão em aquário com tampa não
da luz nesse meio? transparente com um pequeno furo como mostra a figura.
5
Refração da Luz
04 Em um experimento, um aluno colocou uma moeda de 07 Suponha um raio de luz incidir do ar para o vidro. Calcule
Física
ferro no fundo de um copo de alumínio. A princípio, a a velocidade da luz no vidro, sabendo que o índice de
moeda não pode ser vista pelo aluno, cujos olhos situam- refração do vidro é 1,5 e que a velocidade da luz no ar é
se no ponto O da figura. 300.000 km/s.
A seguir, o copo foi preenchido com água e o aluno 09 Luzes de diferentes freqüências (vermelha, alaranjada,
passou a ver a moeda, mantendo os olhos na mesma amarela, verde, azul, anil e violeta) incidem paralelamente
posição O. Por que ele passou a ver a moeda? sobre a superfície de uma lâmina de vidro, no vácuo,
como mostrado na figura a seguir:
05 A figura mostra a trajetória de um raio de luz que se dirige
do ar para uma substância X. Podemos concluir que o
índice de refração da substância X em relação ao ar é
igual a:
a) 1,25 m/s
b) 1,25
c) 0,8 m/s
d) 0,8
e) 7,2.1016 m2/s2
05 (UFV-ES) O Sol é visível, mesmo quando se encontra 08 (UFMG) O empregado de um clube está varrendo o
abaixo da linha do horizonte, em decorrência da interação fundo da piscina com uma vassoura que tem um longo
entre a luz e a atmosfera. O fenômeno envolvido no cabo de alumínio. Ele percebe que o cabo de alumínio
processo é a: parece entortar-se ao entrar na água, como mostra a
figura a seguir.
a) difração.
b) reflexão.
c) absorção.
d) interferência.
e) refração.
7
Refração da Luz
10 (Fuvest-SP) Um pássaro sobrevoa em linha reta e a baixa
Física
altitude uma piscina em cujo fundo se encontra uma pedra.
Podemos afirmar que:
Dados:
sen 30° = 1/2
sen 45° = 2/2
sen 60° = 2/2
a) 90°
b) 60°
c) 45°
d) 30°
e) zero.
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8
Lentes Esféricas Lentes Esféricas
Física
As lentes estão presentes em nosso cotidiano, e é de fundamental importância conhecermos suas características,
tipos e como formam as imagens. Quando tiramos uma fotografia, usamos óculos de grau, vemos um filme no cinema,
olhamos células num microscópio, sempre nos deparamos com lentes. Alguns defeitos da visão podem ser corrigidos
com o uso de lentes. Podemos ampliar a imagem de um objeto ou diminui-la, dependendo da necessidade. Portanto se
você está enxergando mau e precisa ir ao oftalmologista (médico que trata dos olhos), dê uma estudada nesta aula e você
irá bem mais informado para o exame de vista. Bons estudos!
LENTES ESFÉRICAS
As lentes são dispositivos formados por uma substância de refringência diferente do meio onde estão imersas. São
instrumentos importantes, pois possuem muitas aplicações ópticas, dentre as quais: correção de problemas de visão,
retroprojeção de imagens, ampliação e diminuição de objetos através de suas imagens.
1
Lentes Esféricas
Elementos de uma lente Raios Principais para Formação de Imagens
Física
Vejamos como se chamam os principais elementos Precisamos utilizar pelo menos dois raios principais
de uma lente: para construir uma imagem. São eles:
Lentes convergentes
Fi - foco imagem
Ai - ponto antiprincipal imagem
Fo - foco objeto
Ao - ponto antiprincipal objeto
O - centro óptico da lente
Os livros costumam dizer que uma lente que tem as - Um raio de luz, que se propaga paralelamente ao eixo
bordas delgadas e a parte central mais espessa é principal da lente, sofre refração passando pelo foco
convergente, enquanto que outra lente, com bordas imagem.
espessas é divergente. Isso só é verdade se o material da - Um raio de luz, que se propaga passando pelo foco
lente tiver índice de refração maior que o meio de onde objeto da lente, sofre refração saindo paralelamente ao
vem a luz. Se o material do qual a lente é feita possuir eixo principal da lente
menor índice de refração do que o meio, nós temos a - Um raio de luz, que incide na lente sobre o seu centro
situação contrária, ou seja: lentes de bordos delgados são óptico, irá refratar sem sofrer desvio algum.
divergentes e as de bordos espessos convergentes.
Lentes divergentes
Simbologia
2
Lentes Esféricas
- Um raio de luz que se propaga paralelamente ao eixo Características da imagem (i)
Física
3
Lentes Esféricas
Estudo Matemático das Lentes Esféricas Quando a pessoa tem visão normal, a imagem se
Física
forma exatamente sobre a retina, conforme mostra a figura
Usamos as mesmas equações dos espelhos abaixo:
esféricos, tomando cuidado apenas com as convenções de
sinais:
1=1+1
f p p’
A=i = - p’
o p
f > 0 → lente convergente Mas muitas pessoas não possuem um olho normal,
f < 0 → lente divergente e apresentam alguns defeitos de visão, como a miopia,
hipermetropia, astigmatismo, presbiopia e estrabismo.
p > 0 → objeto real Vejamos os dois casos mais importantes:
p < 0 → objeto virtual
⇒ miopia
p’ > 0 → imagem real Ocorre quando a imagem se forma antes da retina:
p’ < 0 → imagem virtual
Olho Humano
4
Lentes Esféricas
⇒ hipermetropia: Curiosidade:
Física
1) Lupa
detalhes possam ser observados com perfeição. A lupa,
também chamada de microscópio simples, consiste em
uma lente convergente, logo, cria imagens virtuais. Em
linhas gerais, qualquer lente de aumento pode ser
considerada como uma lupa. Há tipos que constam de
um suporte contendo a lente, uma armação articulada,
onde é colocada a lâmina que contém o objeto a ser
observado e um espelho convergente (o condensador),
para concentrar os raios luminosos sobre o objeto. Este
deve ser colocado a uma distância da lente, menor que a
distância focal da mesma. Há uma condição para que a
imagem formada seja nítida. De acordo com o foco objeto
da lente usada como lupa, temos uma distância mínima de
A lupa é o instrumento óptico de ampliação mais visão nítida. Se a lente for colocado próxima a um objeto,
simples que existe. Sua principal finalidade é a obtenção numa distância menor que a sua distância mínima de visão
de imagens ampliadas, de tal maneira que seus menores nítida, a imagem não será visível.
5
Lentes Esféricas
Física
2) Câmera fotográfica 4) Luneta astronômica
5) Projetor de Slides
6
Lentes Esféricas
Física
01 Que tipo de lente tem o óculos da pessoa que sofre de: 1 1 1 i −p'
= + =
a) hipermetropia f p p' o p
b) miopia 1 1 1 i −18
= + =
p' f p 4 9
a) convergente
1 1 1 i = −8 cm
b) divergente = − imagem
p' 6 9
02 Uma lente convergente tem f = 6 cm. Um objeto invertida
1 3− 2
luminoso de 4 cm de altura é colocado a 9 cm da lente. =
Calcule a posição e a altura da imagem. p ' 18
1 1
Posição (p’): =
p ' 18
p ' = 18cm(imagemreal )
Convergente: Côncavo
Divergente: Convexo.
01 Um objeto de 3,0cm de altura é colocado 06 Quando olhamos para um colega que usa óculos
perpendicularmente ao eixo de uma lente convergente, reparamos que, com os óculos, seus olhos parecem ser
de distância focal 18,0cm. A distância do objeto à lente é menores do que quando ele tira os óculos. Este colega é
de 12cm. Calcule o tamanho da imagem, em míope ou hipermétrope?
centímetros, fornecida pela lente.
07 Um aquário esférico de paredes finas é mantido dentro
02 Uma vela é colocada a 50cm de uma lente, perpendicular de outro aquário que contém água. Dois raios de luz
a seu eixo principal. A imagem obtida é invertida e do atravessam esse sistema da maneira mostrada na figura a
mesmo tamanho da vela. seguir, que representa uma secção transversal do
conjunto. Pode-se concluir que, nessa montagem, o
a) Determine se a lente é convergente ou divergente. aquário esférico desempenha a função de:
Justifique sua resposta.
b) Calcule a distância focal da lente.
7
Lentes Esféricas
08 Uma câmara fotográfica artesanal possui uma única lente 09 Uma vela é colocada a 50cm de uma lente, perpendicular
Física
delgada convergente de distância focal 20cm. Você vai a seu eixo principal. A imagem obtida é invertida e do
usá-la para fotografar uma estudante que está em pé a mesmo tamanho da vela.
100cm da câmara, conforme indicado na figura. Qual
deve ser a distância, em centímetros, da lente ao filme, a) Determine se a lente é convergente ou divergente.
para que a imagem completa da estudante seja focalizada b) Calcule a distância focal da lente.
sobre o filme?
10 Imersas no ar, como se chamam as lentes de bordos
finos? E as de bordos grossos?
a) miopia e astigmatismo.
b) hipermetropia e miopia.
c) presbiopia e hipermetropia.
d) presbiopia e miopia.
e) astigmatismo e estrabismo.
09 (PUCcamp-SP) Um objeto real é disposto
06 (UERJ) As figuras abaixo representam raios solares perpendicularmente ao eixo principal de uma lente
incidentes sobre quatro lentes distintas. convergente, de distância focal 30cm. A imagem obtida é
Deseja-se incendiar um pedaço de papel, concentrando direita e duas vezes maior que o objeto. Nessas
a luz do sol sobre ele. condições, a distância entre o objeto e a imagem, em
A lente que seria mais efetiva para essa finalidade é a de cm, vale:
número:
a) 75
a) I b) 45
b) II c) 30
c) III d) 15
d) IV e) 5
9
Lentes Esféricas
Física
(Fuvest-SP) Uma pessoa segura uma lente delgada junto Em seguida, sem mover a cabeça ou o livro, vai
a um livro, mantendo seus olhos aproximadamente a aproximando a lente de seus olhos. A imagem, formada
40cm da página, obtendo a imagem indicada na figura. pela lente, passará a ser
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10
Gabarito
TERMOLOGIA E CALORIMETRIA 08- Quando a lâmina bimetálica é submetida a uma variação
Física
Física
09- a 05- Preta
10- c 06- Vermelho, Verde e Azul.
07- A luz que chega hoje a Terra dessa estrela, partiu dela há
Desafio 4 anos. Desta forma estamos vendo como a estrela era
há 4 anos.
Letra d 08- 40 cm.
09- 60 m
TERMODINÂMICA 10- Propagação retilínea da luz.
Questões de Vestibulares
Exercícios de Aplicação
01- d
01- zero
02- c
02- a) TA = 293 K
03- d
b) 6,1 . 102 J
04- d
c) TC = 293 K
05- d
03- 5,0 x 105 J
06- a
04- 15% e 13%
07- d
05- Os novos materiais trazem as vantagens de serem mais
08- b
leves e menores condutores de calor.
09- c
06- 800 J por ciclo
10- c
07- 40 J
08- zero
Desafio
09- 2ª lei
10- 3,0×103J Letra c
Questões de Vestibulares
ESPELHOS
01- e
02- d Exercícios de Aplicação
03- b
04- d 01- virtual, direita e igual.
05- c 02- côncavo, de raio de curvatura 2,0 m
06- e 03- real, invertida e de mesmo tamanho.
07- c 04- 7 imagens
08- d 05- 40 cm
09- c 06- 10 h
10- a 07- 20 cm
08- côncavo
Desafio 09- 40cm
10- menor, virtual, direita. Exemplos: espelhos de
Letra a motocicletas, espelhos em corredores de mercado.
01- d
Exercícios de Aplicação 02- d
03- a
01- 2,83 x 1013 km
04- b
02- a) 45° b) 30° c) 30°
05- d
03- Princípio da independência dos raios luminosos, que diz:
06- c
se dois raios luminosos se cruzarem, eles continuam se
07- e
propagando independentemente, como se nada tivesse
08- d
acontecido.
09- d
04- A luz não contorna os limites do objeto. Assim, no
10- e
anteparo fica uma zona não iluminada correspondente
2
Gabarito
portanto não concentram a luz solar.
Física
Questões de Vestibulares
01- c
02- d
03- b
04- b
05- e
06- d
07- b
08- d
09- c
10- a
Desafio
Letra c
LENTES ESFÉRICAS
Exercícios de Aplicação
01- 9 cm.
02- a) lente convergente.
b) 25 cm.
03- Hipermetropia e Miopia, respectivamente.
04- As lentes corretoras de um míope são divergentes e
3
Eletricidade
Eletricidade
Física
O fascínio que a eletricidade despertou no homem remonta desde os tempos da Grécia Antiga (séc. VI a.C.), quando
Thales de Mileto, sem saber cientificamente o que fazia, dizia que pedaços de âmbar (eléktron) atritados com peles de
animais tinham o poder de atrair pequenos objetos, devido à força elétrica entre as cargas que surgiam nos corpos. Se
soubesse até onde sua pesquisa inicial chegaria, ele a teria detalhado bem mais, e estaria orgulhoso do seu grande feito, ao
ver, hoje, o homem desenvolvendo materiais supercondutores, sem resistência elétrica praticamente. A eletricidade se
desenvolveu muito e, ao acendermos uma lâmpada, trazemos o espírito de centenas de pesquisadores que deram um
pouco de si para atingirmos o atual estágio de desenvolvimento da eletricidade.
O estudo da eletricidade estática, manifestada nas cargas elétricas, além de interessante é importante, pois muitos
equipamentos precisam de dispositivos de proteção para não sofrerem danos devido a ela.
Vamos ver como se desenvolveram, ao longo do – Alexandre Volta (1745-1826) descobriu a corrente
tempo, algumas pesquisas sobre eletricidade. elétrica, ao inventar a pilha;
– Hans Christian Oersted (1777-1851) relacionou a
Histórico da eletricidade eletricidade e o magnetismo, ao ver que uma bússola
se deflexionava com uma corrente elétrica próxima a
– Thales de Mileto (século VI a.C.) na antiga Grécia ela;
atritou âmbar (do grego eléktron) com pele de animais – James Clerk Maxwell (1831-1879) relacionou
e este passou a atrair pequenos objetos; matematicamente a eletricidade e o magnetismo
– Willian Gilbert (1544-1603) inventou o pêndulo através de suas quatro equações.
elétrico;
– Otto Von Guericke (1602-1686) observou a A eletricidade pode, didaticamente, ser divida em duas partes:
repulsão entre cargas elétricas;
– Charles François Du Fay (1698-1739) observou que – Eletrostática → parte da eletricidade que estuda
a força podia ser atrativa ou repulsiva; cargas em repouso;
– Benjamin Franklin, por volta da metade do século – Eletrodinâmica → parte da eletricidade que estuda
XVIII, afirmou que a eletricidade era um fluído: corpo os fenômenos relativos à corrente elétrica.
com bastante fluído (+) e com pouco fluído (-);
– Charles Augustin de Coulomb (1736-1806)
formulou matematicamente a lei da força de atração
e repulsão entre cargas elétricas;
Elétron livre
Fig. 02: no núcleo do átomo estão as cargas positivas (prótons) e ao
redor as negativas (elétrons)
São os elétrons que se encontram soltos no material,
Conceitos iniciais e são eles, na verdade, que conduzem a eletricidade nos
corpos, através dos átomos que constituem o material. Os
O átomo possui cargas negativas (elétrons) e cargas elétrons da eletrosfera se tornam livres através de um ganho
positivas (prótons). Ele é, por natureza, eletricidade pura. de energia que eles podem obter de várias formas:
Veja alguns valores de suas partículas fundamentais: eletrização por atrito, recebimento de energia através de
diferença de potencial, reações químicas. Ao se
despreenderem do átomo, ficam soltos no meio da rede
cristalina do condutor e se movimentam dentro dele,
livremente.
Átomo neutro
Física
onde os elétrons estão firmemente ligados aos seus
respectivos átomos, fazendo com que praticamente não
existam elétrons livres, o que torna muito difícil o
deslocamento das cargas elétricas por esses corpos. Estes
sólidos podem ser chamados de isolantes elétricos ou
Fig. 05: as cargas passam de um corpo para outro
dielétricos. Como exemplo, temos a madeira, borracha,
vidro, porcelana, plástico e vários outros. → resultado final : cargas iguais e sinais contrários
Carga antes = Carga depois Neste exemplo, antes do contato, o corpo A encontra-
se eletrizado positivamente, isto é, com excesso de prótons
ou falta de elétrons e o B está neutro, ou seja, possui o
– Processos de eletrização mesmo nº de prótons e elétrons. Durante o contato, há
uma transferência de cargas negativas do corpo B para o
Eletrização é o processo no qual um corpo, inicialmente corpo A, o que faz diminuir a quantidade de carga do B.
neutro, passa a adquirir carga elétrica. Existem três processos Depois que os corpos são separados, observa-se que
de eletrização: ambos ficaram com carga elétrica idêntica e de mesmo sinal.
Os isolantes se eletrizam? Fi g. 0 9 : p ê n d ul o e l e t ro s t á t i c o: s e a b ol i nh a s e
mover, o corpo aproximado tem carga
Um corpo dielétrico não sofre eletrização, mas, se
aproximarmos dele um corpo eletrizado, ocorrerá um
b) eletroscópio de folhas: é constituído de uma haste
fenômeno interessante chamado de POLARIZAÇÃO,
metálica que possui numa ponta uma bola e na outra
que nada mais é do que o alinhamento das moléculas do
duas folhinhas soltas. Quando aproximamos da bola um
dielétrico, uma vez que não ocorre movimentação de
corpo que possui carga, as cargas da parte metálica do
elétrons livres, raros neste tipo de material que não os
eletroscópio se induzem e se separam, fazendo com
possui em grande quantidade. Como resultado final, após
que nas folhinhas fiquem cargas de um mesmo sinal
o alinhamento, temos sinal positivo de um lado e negativo
(positiva ou negativa), o que causa a repulsão das folhas,
do outro do corpo.
indicando a presença de carga no corpo que se
aproximou da bola do eletroscópio. Se as folhinhas não
se moverem, é porque o corpo aproximado não possui
carga.
Física
Observando a figura, percebemos que o valor da força
é diretamente proporcional ao valor das cargas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância que as
separa. Coulomb chegou a estas conclusões quando
aumentou o valor de uma das cargas e depois percebeu
que a força aumentou na mesma proporção. Ao aumentar
o valor da segunda carga, percebeu que a força elétrica
entre elas também aumentou na mesma proporção. Após
exaustivas repetições destas medidas percebeu a
Fig. 10: eletroscópio de folhas: se as proporcionalidade entre a força e as cargas. Ao afastar as
f ol has se a br ir em , o co r po tem c ar g a cargas, mediu o valor da força entre elas e viu que esta
diminuía quadraticamente com o aumento da distância.
Importante Assim, juntando estes dois resultados, elaborou a lei que
leva o seu nome, sobre a força de atração e repulsão entre
Lembre-se que prótons jamais saem de um corpo para cargas elétricas. Essa lei, a exemplo da lei da Gravitação
ir para outro. Quem se movimenta são os elétrons livres, Universal de Newton, é conhecida como lei do inverso do
pois é muito menor a força que liga um elétron ao átomo quadrado da distância.
do que a força que liga os prótons no núcleo do átomo.
Observações
Atenção
→ Força positiva: significa repulsão entre os corpos
eletricamente carregados.
→ Força negativa: significa atração entre os corpos
Fig. 11: balança de torção de Coulomb. eletricamente carregados.
ELETRICIDADE ESTÁTICA NO COMPUTADOR Para aqueles que não acreditam que ela existe, lembre-
se daquela experiência que aprendemos na escola, onde
Apesar de ser de grande conhecimento de técnicos e pedaços pequenos de papéis são atraídos por um pente
montadores que a eletricidade estática causa danos aos de plástico que fica carregado de eletricidade estática após
componentes eletrônicos, muitos ainda ignoram o grau ser friccionado rapidamente numa flanela ou no próprio
de sensibilidade de peças tão delicadas e continuam cabelo do experimentador (cuidado para não arrancar os
armazenando e transportando sem tomar as mínimas cabelos).
precauções.
Danos causados por eletricidade estática são
geralmente invisíveis sem a ajuda de um bom microscópio,
de preferência um eletrônico, e, talvez por causa disso,
muitos ignorem os riscos e outros até duvidam que ele
realmente exista e/ou que possa danificar os
componentes, e muitos até se perguntam: se não
conseguimos ver ou sentir, como é que pode causar
algum estrago?
O corpo humano acumula eletricidade estática de
diversas maneiras. O simples ato de andar, correr, passear Ao tocar em um componente eletrônico, as cargas
de carro, ou tocar um objeto qualquer que já esteja estáticas são transferidas rapidamente para esse
carregado, fará com que seu corpo fique carregado componente, ocorrendo uma espécie de "choque" de
eletricamente, tornando-o uma “arma” em potencial, pronta baixíssima corrente, mas com intensidade suficiente para
para destruir. Alguns ambientes podem deixá-lo mais danificar parcialmente ou totalmente os circuitos internos
vulnerável, e facilitando o acúmulo de cargas, como, por existentes dentro desse componente. Esses chips podem
exemplo, piso acarpetado (natural ou sintético), pois a danificar-se imediatamente, ou ficarem parcialmente
fricção com as fibras do carpete no ato de andar aumenta danificados, passando a exibir erros intermitentes, ficando
sensivelmente a velocidade de acúmulo das cargas no corpo. sensíveis ao aumento de temperatura, podendo até mes-
mo queimarem sozinhos depois de algum tempo, dimi-
nuindo o tempo de vida útil.
Muito cuidado, portanto, ao tocar, armazenar e
transportar componentes eletrônicos, pois eles são
sensíveis a descargas provenientes de acumulo de
eletricidade estática. Siga estas dicas para que possa
minimizar os riscos e os conseqüentes danos nos
componentes:
– Ao transportar, tente sempre fazê-lo em sacolas
apropriadas, que protejam os componentes da
eletricidade estática. Elas geralmente são de cor alumínio
fosco e, às vezes, vêm com um aviso parecido com
este fixado em uma etiqueta de cor vermelha ou amarela:
6
“CAUTION contents subject to damage by static etc.) pegue-as sempre pelas pontas, inserindo no slot
Física
electricity DO NOT OPEN except at approved static- com cuidado para não forçar, sem tocar em nenhum
free workstation (CUIDADO componentes sujeitos componente.
a danos causados por eletricidade estática NÂO ABRA – Ao fazer limpeza de placas mãe, utilize um pincel
exceto em estação de trabalho anti-estática aprovada). apropriado para limpeza de componentes sensíveis à
– Evite tocar os chips com os dedos. eletricidade estática, vendido por empresas especia-
– Evite tocar nos conectores de módulos de memórias lizadas, evite o uso de pincéis comuns para pintura.
(os pentes), pois além da eletricidade estática, a gordura
acumulada nos dedos pode oxidá-lo mais rapidamente.
– Ao colocar ou retirar placas (fax modem, rede, vídeo,
n = 6,4 x 10-6 F = K0 . Q1 . Q2
1,6 x 10-19
d2
n = 4,0 x 1013 elétrons
F = 9 x 109 . 1,6 x 10-19 . 1,6 x 10-19
0 2 Utilizando seus conhecimentos adquiridos sobre a (5,3 x 10–11)2
Eletrostática, responda as questões abaixo.
F = 8,2 x 10–8 N
a) O que acontece se ligarmos um condutor carregado ao
solo?
0 1 Determine o número de elétrons em falta numa carga 0 6 Caminhões que transportam combustível e gás
positiva de 1 C. costumam ter uma corrente ou fita metálica presa na
carroceria do veículo, e vai se arrastando pelo chão. Qual
0 2 Quantos elétrons devemos retirar de uma moeda é a utilidade deste dispositivo?
inicialmente neutra, para que ela adquira uma carga de +
1,584 x 10-17C? Lembre-se que o valor da carga elétrica 0 7 Qual é o resultado final dos processos de eletrização?
elementar é de 1,6 x 10-19 C. Complete a tabela abaixo.
A força elétrica entre uma carga Q1 = 5x10-6 C e uma Atrito Contato Indução
Cargas: Cargas: Cargas:
0 3 carga Q2 = 4x10-8 C é de 2x10-3 N. Calcule a distância Sinais: Sinais: Sinais:
que as separa.
Quantas vezes maior ou menor será o valor da força 0 8 O que significa dizer que a carga elétrica é quantizada?
0 4 elétrica se dobrarmos a distância que separa duas cargas
elétricas? 0 9 Quais são os princípios da eletrostática?
Duas cargas positivas e iguais são separadas por uma 1 0 Se dobrarmos os valores de duas cargas elétricas que se
0 5 distância de 3 m, tendo uma força de repulsão de 0,4 N. atraem com uma força F, mantendo-se constante a
Qual é o valor de cada carga? distância entre elas, qual será o novo valor da força elétrica?
0 1 (CEFET–PR) Dois corpúsculos eletrizados repelem-se 0 3 (UFMG) Um professor mostra uma situação em que
com uma força cuja intensidade é F. Se a distância entre duas esferas metálicas idênticas estão suspensas por fios
eles for duplicada, a força de interação será: isolantes. As esferas se aproximam uma da outra, como
indicado na figura.
a) F/4
b) F/2
c) F
d) 2F
e) 4F
Física
uma carga elétrica de 4,0x10-15C. Como o módulo da (k0=9.109N.m2/C2) são colocadas as cargas elétricas
carga do elétrons é 1,6x10-19C, essa partícula: puntiformes qA=8.10-6C e qB=6.10-6C,
respectivamente. A força de repulsão entre essas cargas
a) ganhou 2,5 x 104 elétrons. tem intensidade de 1,2 N. A distância entre os pontos A
b) perdeu 2,5 x 104 elétrons. e B é:
c) ganhou 4,0 x 104 elétrons.
d) perdeu 6,4 x 104 elétrons. a) 20 cm;
e) ganhou 6,4 x 104 elétrons. b) 36 cm;
c) 48 cm;
0 5 (UECE) A matéria, em seu estado normal, não manifesta d) 60 cm;
propriedades elétricas. No atual estágio de e) 72 cm.
conhecimentos da estrutura atômica, isso nos permite
concluir que a matéria: 0 9 (UFRS) Considere um sistema de duas cargas esféricas
positivas (q1 e q2), onde q1 = 4 q2. Uma pequena esfera
a) é constituída somente de nêutrons; carregada é colocada no ponto médio do segmento de
b) possui maior número de nêutrons do que de prótons; reta que une os centros das duas esferas. O valor da
c) possui quantidades iguais de prótons e elétrons; força eletrostática que a pequena esfera sofre por parte
d) é constituída somente de prótons. da carga q1 é:
0 6 (UFPE) Duas partículas de mesma massa têm cargas Q a) igual ao valor da força que ela sofre por parte da carga q2;
e 3Q. Sabendo-se que a força gravitacional é desprezível b) quatro vezes maior do que o valor da força que ela sofre
em comparação com a força elétrica, indique qual das por parte da carga q2;
figuras melhor representa as acelerações vetoriais das c) quatro vezes menor do que o valor da força que ela
partículas. sofre por parte da carga q2;
d) dezesseis vezes maior do que o valor da força que ela
sofre por parte da carga q2;
e) dezesseis vezes menor do que o valor da força que ela
sofre por parte da carga q2.
(Fuvest-SP) Tem-se 3 esferas condutoras idênticas A, B 2°) toca-se C em A, com B mantida à distância, e em seguida
e C. As esferas A (positiva) e B (negativa) estão eletrizadas separa-se C de A;
com cargas de mesmo módulo Q, e a esfera C está 3°) toca-se A em B, com C mantida à distância, e em seguida
inicialmente neutra. São realizadas as seguintes separa-se A de B.
operações:
1°) toca-se C em B, com A mantida à distância, e em seguida
separa-se C de B;
a) zero; b) +Q/2;
c) - Q/4; d) +Q/6;
e) - Q/8.
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10
Física
Campos elétricos estão presentes em nosso cotidiano. É importante sabermos o que eles podem provocar, sejam
danos ou benefícios. Se existir uma carga elétrica em algum lugar de sua casa, ali existirá também um Campo Elétrico. Mas
calma, não precisa sair desligando tudo nos interruptores. Estes campos só são prejudiciais ao nosso organismo se
possuírem valores muito elevados, que os façam proporcionar descargas elétricas e estas descargas, sim, podem causar
prejuízos (por exemplo um raio numa tempestade). Além do Campo Elétrico, a Diferença de Potencial Elétrico (d.d.p.),
também está associada a descargas elétricas. Precisamos conhecer estas grandezas físicas, pois observar suas conseqüências,
muitas vezes desastrosas, nos leva a tomar precauções e cuidados especiais em nossa convivência com as cargas elétricas.
Onde:
Q = carga elétrica criadora do campo elétrico,
expressa no SI em coulomb (C).
d = distância da carga Q ao ponto considerado,
expressa no SI em metros (m).
K0 = constante eletrostática, cujo valor no vácuo é
igual a 9x109 N.m2/C2.
Fig. 04: força de repulsão criada por uma carga puntual positiva Fig. 05: campo criado por várias cargas no ponto P
De acordo com a Lei de Coulomb, a força de interação LINHAS DE CAMPO ELÉTRICO OU LINHAS DE
entre elas é: FORÇA DO CAMPO ELÉTRICO
Substituindo a força:
K0 Q . q
E= d2
q
Física
→ As linhas de força sempre “SAEM” de uma carga
positiva, por convenção. A
→ As linhas de força sempre “CHEGAM” numa carga
negativa, por convenção. +
→ As linhas de força nunca se cruzam. B
→ Linhas de “força” são sinônimos de linhas de “campo”.
→ Quanto maior a densidade (mais próximas entre si)
das linhas de campo, mais intenso é o campo elétrico.
R r +Q -Q
+ -
+ -
d=R+r
+ -
Logo, a expressão para o cálculo do campo na superfície + -
da esfera é: + -
+ -
E = K0 Q + -
R2 + -
+ -
E, num ponto P:
d
E = K0 Q
d2
Fig. 08: campo entre as placas paralelas
onde: d = R + r
Como as linhas de força são equidistantes, o valor do
Importante: campo elétrico é constante entre as placas. A relação
matemática para encontrarmos o campo elétrico entre as
→ O campo dentro de uma esfera condutora é zero,
pois não existem cargas em seu interior. placas é dada por:
→ O campo existe no ponto, mesmo sem a presença
da carga de prova. U=E.d
Unidade no SI:
J/C = V (volt) VA > VB
A B V A > VB
d A F B
Fig. 10: o potencial no ponto A tem como referência um ponto B no
infinito (oo), onde o potencial elétrico é zero
Física
carga (-)
→ São superfícies que possuem o mesmo valor de
potencial, sendo que a carga não realiza trabalho se
deslocando entre pontos de uma mesma superfície superfícies
equipotencial. equipotenciais
→ As linhas de força são sempre perpendiculares às
superfícies equipotenciais.
placa com
carga (+)
Fig. 13: superfícies equipotenciais paralelas às placas
U = VA - VB
Fig. 12: superfícies eqüipotenciais para uma carga puntual VA = potencial num ponto A
VB = potencial num ponto B
ionosfera tende a repelir elétrons do solo, deixando criação de íons, tendem a neutralizar a carga positiva que
a superfície carregada positivamente. Estão criadas as tinha esse topo... Este fenômeno se soma àquele que já
condições para fazer da atmosfera um dipolo, com descrevemos. Quando uma nuvem já está desenvolvida,
campo elétrico indo das cargas positivas do solo para o o resultado da convecção de íons positivos é uma estrutura
alto... A voltagem gerada é elevada: da ordem de complicada; em geral, pode-se dizer que a base e o topo
300.000 volts/metro. Este é o valor da chamada Rigidez ficaram carregados positivamente, com uma camada
Dielétrica do Ar, ou poder isolante do ar. Para que ocorra delgada negativa no centro, num nível que está a -15°C. A
a descarga elétrica do raio, a nuvem e a Terra têm que polaridade elétrica é intensa: da ordem de até 108 volts.
criar um campo elétrico superior a este valor Com essas voltagens elevadas, estão geradas as
Campos, cargas e descargas condições para a criação de correntes elétricas dentro das
As condições descritas não são suficientes para criar nuvens, entre nuvens, e entre as nuvens e o solo. Elétrons
descargas elétricas. Apenas objetos mais “agudos” podem ser acelerados pelas forças elétricas criadas, batem
(árvores, torres, morros) possuem uma maior contra íons e moléculas presentes, a energia do choque
concentração de cargas positivas e, portanto, maior arranca novos elétrons que continuam acelerando-se...
campo elétrico. Um efeito que eles podem ter é o de Foi produzida uma corrente elétrica na atmosfera.
“descarga coroa”, atraindo continuamente as cargas Cada dia existem, aproximadamente, 44000
negativas que a atmosfera tem e deixando-a carregada tormentas elétricas na terra, produzindo estas descargas.
positivamente... A descarga de um raio ou de um relâmpago produz ondas
As nuvens convectivas, com grande eletromagnéticas que podem ser registradas por
desenvolvimento vertical, introduzem condições novas. detectores distribuídos numa região. A partir desta
As mesmas correntes que alimentam o crescimento da informação, pode ser monitorada a posição de tormentas
nuvem, levando vapor d’água para dentro dela, podem elétricas numa bacia e ser dado alerta sobre riscos de
transportar os íons presentes sob sua base, e que foram inundações ou danos à rede de transmissão elétrica...
criados pela radiação cósmica ou pelo atrito de gotas Recentemente, alguns satélites vêm registrando o fulgor
em queda livre, ou pelo efeito coroa de objetos dos relâmpagos no lado em sombras da Terra, e de
pontudos no solo... Ainda, os elétrons liberados na acordo com sua intensidade e freqüência são feitas
atmosfera por cima do topo da nuvem, quando da estimativas da chuva produzida por estas tormentas.
0 1 O campo elétrico num ponto P vale 6 x 105 N/C, 0 2 Duas placas metálicas paralelas A e B, com cargas de
horizontal, da esquerda para a direita. Calcular a sinais contrários estão no vácuo, a 10 cm de distância
intensidade, direção e sentido da força elétrica que atua uma da outra. O campo elétrico tem intensidade de 6 x
se a carga de prova colocada neste ponto vale: 107 N/C. Uma carga elétrica de 2µC e massa 5 x 10-6
kg, é abandonada na placa positiva (A). Determine:
a) q = 2µC
a) a força elétrica atuante sobre a carga elétrica.
F= q . E
F = 2 x 10-6 . 6 x 105 = 1,2N F= q . E
F = 2 x 10-6 . 6 x 107 = 120N
F = 1,2N Direção: horizontal
Sentido: da esquerda para a direita F = 120N
b) a aceleração da carga.
b) q = -3µC
F=m.a
F= q . E a= F = 120 = 24 x 106 m/s2
F = 3 x 10-6 . 6 x 105 = 1,8N m 5 x 10-6
Física
c) a velocidade com que a carga atinge a placa B. 6µC de um ponto A até um ponto B. Os potenciais dos
dois pontos valem 60V e 40V, respectivamente.
v0 = 0 (a carga foi abandonada)
A d.d.p vale:
v2 = v02 + 2 . a . d UAB = VA – VB
v2 = 0 + 2 . 24 x 106 . 0,1 UAB = 60 – 40
v2 = 4,8 x 106 UAB = 20V
tAB = 1,2 x 10 -4 J
0 1 Uma carga de prova q = - 3 µC é colocada na presença 0 7 A diferença de potencial entre as placas A e B, carregadas
de um campo elétrico E. Ela fica sujeita a uma força elétrica com cargas de sinais contrários e distanciadas 20 cm, é
de intensidade 9 N, horizontal, da direita para a esquerda. de 200 V.
Determine as características do campo elétrico formado
neste ponto.
a) positiva
b) negativa
tem suas linhas de força e superfícies eqüipotenciais de que ponto para que ponto?
representadas de acordo com a figura abaixo.
1 0 O que é uma superfície eqüipotencial? Qual o valor do
trabalho elétrico para transportarmos uma carga de prova
dentro dela?
Física
algumas linhas de força do campo criado pela carga Q. desconhecida Q, suspensa por um fio fino e inextensível
Os pontos A, B, C e D estão sobre circunferências numa região onde existe um campo eétrico horizontal
centradas na carga. Assinale a alternativa FALSA: uniforme, E atinge o equilíbrio quando o fio forma um
ângulo 0 com a vertical, conforme descrito na situação I
da figura. A partir desta situação, aproxima-se uma segunda
carga elétrica, igual à primeira, e observa-se que a nova
posição de equilibrio é alcançada para θ = 0º, quando os
centros das duas esferas estão num plano horizontal,
separados por uma distância d (situação II).
Sabendo-se ainda que a força de repulsão entre essas
esferas carregadas, quando colocadas a uma distância d0
uma da outra, na ausência do campo, tem módulo igual a
F0 , e que a aceleração da gravidade no local vale g ,
podemos afirmar que o ângulo θ observado na situação
I é dado por:
a)
b)
3,0.105 N/C;
2,4.105 N/C;
a) 0 = arctg
( ) mgd2
f0d20
b) 0 = arctg
( )
F0md2
gd20
c) 1,2.105 N/C;
4,0.10-6 N/C;
d)
e) 4,8.10-6 N/C;
c) 0 = arctg
( ) f0d02
mgd2
d) 0 = arctg
( )
mgd2θ
F0d2
0 8 (UEA) A figura a seguir representa um campo elétrico
uniforme, colocado de modo que suas superfícies
eletrizadas são paralelas a uma superfície horizontal.
Deste modo, o vetor campo elétrico entre as placas é
vertical.
No interior do campo está assinalado um elétron, de
e) 0 = arctg
( ) F0md20
gd 2
Física
(Cesgranrio-RJ) A figura a seguir representa A ddp entre os pontos A e B vale 24 Volts.
as linhas de um campo elétrico uniforme. Assim, a intensidade desse campo elétrico,
em Volt/metro, vale:
a) 60
b) 80
c) 120
d) 150
e) 200
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11
Como imaginar nossas vidas sem corrente elétrica? Uma situação complicada no mundo moderno, que cada dia
precisa mais e mais de máquinas, lâmpadas e equipamentos elétricos para nosso conforto pessoal. Quando ficamos sem
luz por alguns momentos, no escuro, temos uma sensação muita estranha, pois nos habituamos a ligar o interruptor e ver
a lâmpada acender, ligar o botão e ver a televisão funcionar e ligar o registro e tomar um banho quente. Então, nada melhor
que conhecermos os conceitos físicos que explicam os fenômenos elétricos que regem o funcionamento de nossos
aparelhos elétricos.
Sempre que estabelecermos uma diferença de potencial A corrente elétrica também está presente nos líquidos
(U) num fio condutor, este terá seus elétrons livres se e gases. Nos líquidos, temos o movimento de íons (cátions
movendo de forma ordenada, do ponto de menor potencial e ânions), que se movimentam livremente. Os cátions (íons
para o de maior, sendo chamada de corrente real. Se o positivos) se movimentam do pólo positivo para o negativo,
movimento for de cargas positivas do ponto de maior e os ânions (íons negativos), se movimentam do pólo
potencial para o ponto de menor potencial, o sentido da negativo para o positivo. Estes íons resultam normalmente
corrente elétrica é dito convencional. de sais colocados no interior dos líquidos.
Nos gases, a corrente elétrica é formada por íons e
por elétrons, que se desprendem dos átomos no processo
de ionização do gás.
Física
a Física irá se preocupar muito mais com a corrente nos
sólidos metálicos, que é o objetivo principal da Eletricidade.
Para definirmos corrente elétrica, devemos entender
que uma certa quantidade de carga elétrica passa pelo
condutor metálico em um determinado intervalo de tempo.
Traduzindo isso para a linguagem matemática, temos:
i = ∆q
∆t
onde:
i = corrente elétrica expressa no SI em ampère (A)
Dq = carga elétrica que passa por uma secção reta
do condutor, expressa no SI em coulomb (C)
Dt = intervalo de tempo, expresso no SI em
segundos (s)
Como sabemos, o elétron livre que conduz a carga, e CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE
conseqüentemente a corrente elétrica, flui de um lugar de ALTERNADA
menor potencial para um de maior potencial. Esta é a
chamada corrente elétrica real. A corrente elétrica pode ser contínua, ou seja, as cargas
se movem todas num mesmo sentido, resultando um gráfico
como este:
Unidade de R no SI:
[R] = [ V / A ] = [ Ω ] (ohm)
Fig. 10: Gráfico de corrente alternada
onde:
R = resistência elétrica do condutor metálico, cuja
Exemplo: unidade no SI é ohm, cujo símbolo é Ω.
Corrente elétrica gerada por usinas, através de geradores U = d.d.p. ou tensão, expressa no SI em volts (V)
de energia . i = corrente elétrica, expressa no SI em ampères (A)
ou
Física
Reostato é uma resistência elétrica que pode variar o seja, que obedece à 1a lei de ohm (o gráfico é uma reta,
seu valor. dando-nos a informação de que a resistência é constante).
Onde:
R = resistência elétrica, medida em ohm (Ω)
L= comprimento do fio, medido em metros
(m)
A= área da secção transversal, medida em metro
quadrado (m²)
ρ= resistividade elétrica do material a uma
determinada temperatura (este valor depende do tipo de
Fig. 15: exemplo de gráfico de medidas
para um resistor ôhmico
material do qual o condutor é feito), aparece normalmente
em ohm.metro (Ω.m)
Observe a comparação:
Alguns valores de resistividade:
V
RESISTIVIDADE DE ALGUNS MATERIAIS
À TEMPERATURA AMBIENTE (20ºC)
MATERIAL RESISTIVIDADE
prata 1,62 . 10 -8
cobre 1,69 . 10 -8
alumínio 2,75 . 10 -8
i tungstênio 5,25 . 10 -8
V ferro 9,68 . 10 -8
platina 10,6 . 10 -8
1
manganês 48,2 . 10 -8
silício 2,5 . 10-8
2 vidro 10
i
OBSERVE
Fig. 16: gráfico de resistor ôhmico (superior) Usa-se o valor da área do círculo para encontrar a área
e não ôhmico (inferior) da secção reta do fio.
4
r
de potencial elétrico (voltagem), num resistor ou em
qualquer parte do circuito. Ele deve ser ligado em
A = π r2
paralelo com o pedaço do circuito que desejamos
Onde r = raio do condutor esférico (fio) medir a d.d.p., e possuir resistência interna grande,
π = 3,1415... para não alterar a medida.
IMPORTANTE
Existem alguns aparelhos que os eletricistas e técnicos - Ohmímetro: aparelho utilizado para fazermos a
em eletrônica utilizam para medir algumas grandezas medida direta do valor e uma resistência elétrica.
elétricas. Os mais comuns são: Utiliza, para seu funcionamento, o princípio da Ponte
de Wheatstone, que é uma associação de resistências
- Amperímetro: aparelho que serve para medir arrumadas de maneira a se encontrar o valor da
corrente elétrica num circuito. Deve ser ligado em resistência desconhecida (a que queremos medir).
série no circuito e deve possuir resistência interna
baixa, para não alterar o valor da medida.
Física
dutividade em 1956. Num condutor metálico à
temperatura normal, a corrente é conduzida por
elétrons que se movem através da estrutura cristalina
do metal. A repulsão eletrostática verificada entre os
elétrons inibe seu movimento, o que explica a
resistência elétrica do metal. Num supercondutor, no
entanto, os elétrons deslocam-se aos pares, cujo
momento - e consequentemente o movimento - não
encontra impedimento na estrutura cristalina. Contudo,
na temperatura de transição, a energia cinética das
partículas na substância supera a ligação entre os
elétrons e ela se transforma num condutor comum.
i = ∆q R = 12,5 Ω
∆t
5 60
R = 16 Ω i = 1,0×10-5A
Resposta:
Obs.: o tempo deve estar em segundos.
01 A corrente que passa num condutor é dada pelo gráfico a) a corrente elétrica i que percorre o fio.
a seguir. b) a resistência elétrica do fio.
0
5 t(s)
a) Qual é a quantidade de carga que passa pelo fio em 5 s?
b) Qual é o número de elétrons que passam por uma área
da secção reta deste condutor, sabendo que a carga elétrica 09 O valor da resistência de um fio depende das seguintes
elementar vale 1,6 x 10-19 C? grandezas: comprimento e espessura (área da seção
transversal). Determine qual (ou quais) é diretamente
02 Um fio condutor é percorrido por uma corrente de 10 proporcional e qual (ou quais) das grandezas é
A. Calcule a carga que passa através de uma secção inversamente proporcional à resistência elétrica.
transversal deste condutor em 1 minuto.
Física
0 1 (PUC-MG) O gráfico representa a curva característica 05 (UFSM-RS) Um pedaço de fio cuja área de seção
tensão-corrente para um determinado resistor. Em transversal é A1 apresenta o dobro da resistência elétrica
relação ao resistor, é CORRETO afirmar que: de outro cuja área de seção transversal é A2. Sabendo
que a resistividade do primeiro é dez vezes a resistividade
do segundo, assinale a alternativa que apresenta a correta
relação A1/A2 para um mesmo comprimento de fio.
a) 1/10.
b) 1/5.
c) 1.
d) 5.
e) 10.
10 (Unirio-RJ) Um condutor, ao ser submetido a uma a) é ôhmico, e sua resistência elétrica é 3,0 Ω;
diferença de potencial variável, apresenta o diagrama V × b) é ôhmico, e sua resistência elétrica é 6,0 Ω;
I representado abaixo. Sobre esse condutor, c) não é ôhmico, e sua resistência elétrica é 3,0 Ω quando
considerando a temperatura constante, é correto afirmar a intensidade da corrente elétrica é 1,0 A;
que: d) não é ôhmico, e sua resistência elétrica é 3,0 W quando
a intensidade da corrente elétrica é 2,0 A;
e) não é ôhmico, e sua resistência elétrica é 6,0 W quando
a intensidade da corrente elétrica é 1,0 A.
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Física
Um erro muito comum ocorre quando perguntamos qual a potência de um determinado aparelho elétrico e ouvirmos
a resposta: “a potência é 100V...”. Volts é unidade de diferença de potencial, e não de potência. Potência é medida em
Watts (W). Isto se deve à falta de informação e de conceituação destas importantes grandezas elétricas que fazem parte do
nosso dia a dia. Além de importante em termos de economia de energia, conhecer e entender como escolher aparelhos
elétricos de diferentes potências é uma necessidade, pois o problema de escassez de energia no mundo é cada vez mais
grave, levando-nos a racionalizar seu uso. Os aparelhos elétricos que transformam energia elétrica em térmica, utilizando
resistências elétricas, podem ser melhor conhecidos por nós se soubermos como associá-las, em série e em paralelo. As
lampadazinhas de Natal são um exemplo destas associações.
Fig. 01: associação de resistências e selo do PROCEL de equipamento que economiza Energia Elétrica.
Podemos associar resistências de maneira a obter • como cada resistor tem uma queda de tensão U, a
valores precisos, pois muitas vezes os valores prontos que queda de tensão total é dada pela soma das quedas de
se encontram no mercado não servem para o circuito. Saber tensões de todos os resistores. Exemplo: Se uma corrente
como associá-las pode significar maior ou menor gasto de de 1A percorre cada um dos resistores, teremos U1=10V,
energia elétrica. U2=7 V e U3=5 V. A d.d.p. total da bateria ou gerador
vale U = 22 V.
Podemos associar resistores de 3 maneiras: • como o caminho é único a ser percorrido pela
- série; corrente elétrica, esta é a mesma em todos os resistores,
- paralelo; tendo assim valor único para todos os resistores.
- mista.
Vejamos as características de cada associação.
Série
Na associação em série, temos as seguintes
características:
• a resistência equivalente (a que, sozinha, representa
todas as outras) é resultado da soma de todas elas.
Exemplo: R1 = 10 Ω, R 2 = 7 Ω e R3 = 5 Ω. A
resistência equivalente vale REQ = 10+ 7 + 5 = 22 Ω. Fig. 02: associação em série de resistências
RS = R 1 + R 2 + R 3 1 = 1 + 1 + 1
RP R1 R2 R3
UT = U 1 + U 2 + U 3
UT = U1 = U2 = U3
iT = i1 = i2 = i3
iT = i1 + i2 + i3
Paralelo
Na associação em paralelo, temos:
Fig. 05: associação em paralelo de lâmpadas
- A resistência equivalente (a que, sozinha, representa
todas as outras) é resultado da soma do inverso de Mista
todas as outras. Exemplo: R1 = 30 Ω, R2 = 30 Ω e Na associação mista, temos alguns resistores em série
R3 = 15 Ω. A resistência equivalente vale REQ = 7,5 e outros em paralelo. Não possui características próprias,
W. sendo sua resolução executada passo a passo, ora como
- Como cada resistor está ligado de forma série e ora como paralelo.
independente numa mesma tensão U, a queda de
tensão em cada resistor é igual à queda de tensão POTÊNCIA ELÉTRICA
total.
- A corrente elétrica total é dividida entre cada um dos
Um dispositivo elétrico como uma resistência, por
resistores, e depende do seu valor. O valor total é a
exemplo, dissipa energia que se transforma em calor. Este
soma de todas as correntes. Exemplo: Se uma d.d.p.
efeito da corrente elétrica é chamado de EFEITO JOULE.
de 60 V é ligada a cada um dos resistores, teremos
i1 = 2 A, i2 = 2 A e i3 = 4 A. A corrente total vale
iT = 2 + 2 + 4 = 8 A.
Física
intensidade.
E=P.t
Podemos substituir a 1ª lei de ohm na equação da
potência e encontrá-la em função das grandezas acima Onde:
descritas. E = energia elétrica (em kWh)
P = potência do equipamento (em kW)
A potência elétrica é dada pela relação: t = tempo de uso (em h)
P = U2
R
ENERGIA ELÉTRICA
Fig. 07: medidor de energia elétrica em kWh
A energia elétrica, na conta de energia que pagamos
todo mês, é medida em kWh, e não em joules (J), que é a
unidade de Energia no Sistema Internacional de Unidades
(SI).
Física
Integração do Sistema Elétrico Brasileiro
Fonte: www.itaipu.gov.br
01 Um aparelho elétrico possui a indicação 110 V - 2200 0 8 No circuito esquematizado, três resistores iguais, de 6,0
W. Determine a potência dissipada por esse aparelho, se Ω cada, são ligados a uma fonte de tensão de 18 V.
ele for ligado a uma tensão de alimentação de 55 V
a) série
b) paralelo
Física
0 1 (UFSM-RS) Dois fios condutores do mesmo material 0 5 Com o auxílio de um amperímetro ideal, verificamos
e do mesmo comprimento, com seções retas de áreas que a corrente através do resistor de 20Ω tem
A e 2A, submetidos à mesma diferença de potencial e à intensidade igual a 7,5 A.
mesma temperatura, dissipam, por efeito Joule,
respectivamente, as potências P1 e P2 com P1/P2
valendo:
a) 1/4;
b) 1/2;
c) 2;
d) 4; Os valores corretos para as intensidades das correntes
e) 8. i1 e i2 são respectivamente:
a) 4,0 A
b) 3,0 A
a) 10; c) 2,5 A
b) 15; d) 2,0 A
c) 30; e) 1,5 A
d) 40;
e) 90.
a) 4V/R;
b) 2V/R;
c) V/R;
d) V/2R;
e) V/4R
Aplicando-se uma ddp entre os terminais A e B, o resistor
que dissipa maior potência é o de
a) 20;
b) 10;
c) 5,0;
d) 3,6;
e) 1,8.
Física
O estudo dos ímãs e do magnetismo é uma parte muito interessante da Física. Quando observamos uma bússola
buscando sempre o norte, precisamos entender que existem princípios por trás deste comportamento, e que as coisas
não ocorrem por acaso. Vemos muitas manifestações magnéticas no nosso cotidiano: ímãs naturais ou artificiais, campainhas,
bússolas, trens que levitam, motores elétricos, caixas acústicas ou aparelhos de ressonância magnética, entre outros
exemplos. Muitos lugares da Terra que possuem bastante concentração do mineral que forma os ímãs naturais, a magnetita,
apresentam comportamentos curiosos, como o famoso “Triângulo das Bermudas”, as Chapadas do centro-oeste brasileiro,
entre outros lugares. Conhecer os ímãs e os princípios do magnetismo com suas principais aplicações é nosso objetivo
neste capítulo.
PÓLOS DE UM ÍMÃ
N S
INSEPARABILIDADE DOS ÍMÃS Fig. 08: campo magnético terrestre atrai as bússolas
OBSERVAÇÃO
ATRAÇÃO E REPULSÃO DE UM ÍMÃ Ao redor de um ímã temos campo magnético e ele
possui valor mais intenso na região próxima dos seus pólos.
Muitas vezes, ao aproximarmos ímãs, estes se atraem
e ora se repelem. Isto ocorre dependendo dos pólos que
se aproximam. Esta outra propriedade dos ímãs afirma que:
“Pólos de nomes iguais se repelem e pólos de nomes
contrários se atraem”.
Física
corrente elétrica gera campo magnético. Em sua experiência,
Semelhante às linhas de campo elétrico, temos as linhas uma bússola sofreu deflexão ao ser aproximada de um fio
de indução magnética que mostram o comportamento, a por onde passava corrente elétrica. Este campo ao redor
intensidade direção e sentido do campo magnético. do fio pode ser originado de várias formas.
Observe as linhas de campo da figura abaixo. O seu sentido é dado pela chamada “Regra da Mão
Direita”, que consiste em adotarmos sentidos de corrente
elétrica (polegar) e de campo magnético (demais dedos) ao
dedos da mão direita. Observe a figura.
As linhas são “contínuas”, não tendo começo e nem Ao redor de um condutor retilíneo percorrido por uma
fim (fechadas). corrente elétrica i, temos um campo magnético criado, cuja
intensidade é:
CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE
B = µ0 i
2πd
onde:
B = campo magnético expresso no SI em tesla (T).
i = corrente elétrica que atravessa o fio, expressa em
ampères (A).
d = distância do condutor ao ponto onde queremos
o valor do campo, que é expressa em metros (m).
Fig.11: linhas do campo magnético terrestre
m0 = permissividade magnética do vácuo, cujo
valor é uma constante e vale 4.π x10-7 T.m/A.
OBSERVAÇÃO
- O campo magnético terrestre possui um pequeno Obs.: quanto maior a distância ao condutor, menor é o
ângulo de inclinação em relação ao eixo da Terra. valor do campo.
- Pólo sul magnético = pólo norte geográfico (SM = A direção e o sentido do campo são dados pela regra
NG), e pólo sul geográfico = pólo norte magnético da mão direita:
(SG = NM)
→ polegar: corrente.
onde:
B = campo magnético na espira, expresso em tesla
(T).
i = corrente elétrica que percorre a espira, expresso
em ampères (A).
R = raio da espira circular, que deve estar em metros
(m).
Observação
O campo pode estar entrando no plano da espira ou Fig.16: campo magnético no interior de um solenóide
saindo do plano da espira.
Curiosidades magnéticas
Física
N1 = U 1
N2 U 2
onde:
U1 = potencial de entrada, expresso em volts (V);
U2 = potencial de saída, expresso em volts (V);
N1 = número de esperas do primário;
N2 = número de esperas do secundário.
Fig. 17: auroras boreais
Fig.19: transformador
Transformador
Trem-bala magnético é inaugurado na China na cidade chinesa de Xangai. O trem, de tecnologia alemã,
liga o centro de Xangai ao aeroporto da cidade, e foi
inaugurado pelo primeiro-ministro chinês, Zhu Ronji, e
pelo chanceler alemão, Gerhard Schröder, que está
visitando a China. Com o uso de poderosos imãs, que
fazem o trem flutuar no ar sobre os trilhos, o trem atinge
até 400 km/h, e completa o trajeto de 30 km entre a
cidade e o aeroporto em oito minutos. A China já comprou
três trens do tipo, construídos pelo consórcio alemão
Transrapid - que une as empresas alemãs ThyssenKrupp
AG e Siemens AG e o governo da Alemanha. No total, a
China pagou US$ 1 bilhão para ter acesso à tecnologia de
transporte alemã.
A China pagou US$ 1 bilhão pela tecnologia. Na inauguração, o premiê chinês Zhu Ronji fez um
O primeiro trem comercial de alta velocidade do brinde ao sucesso do novo trem e brincou, dizendo que
mundo com o uso da tecnologia de levitação magnética iria experimentá-lo, mas que nem ele nem sua família têm
fez neste início de janeiro de 2003 sua viagem inaugural seguro de vida.
"Eu confio plenamente que a tecnologia de levitação Mas para faturar os bilhões de dólares previstos, os
magnética terá um grande futuro na China", disse ele. alemães vão ter que mostrar que sua tecnologia é mais
O premiê alemão, Gerhard Schröder, mostrou-se eficiente do que a dos seus rivais franceses e japoneses.
igualmente empolgado. "Três anos atrás, esta ferrovia em Para Zhu, o sucesso do projeto vai lhe garantir um lugar
Xangai era apenas um sonho. Hoje, é uma realidade." na história chinesa, como defensor do uso de uma
Segundo o correspondente da BBC na cidade, tanto Zhu tecnologia que, até agora, nunca havia sido empregada
quanto Schröder tem muito a ganhar com o sucesso do comercialmente em seu país. Os críticos dos trens por
projeto - e muito a perder caso o trem não tenha o levitação magnética (Maglev) dizem que eles são caros
desempenho esperado. Schröder espera que os chineses demais e consomem muita energia. Eles argumentam que
escolham o mesmo consórcio alemão para implantar um outros trens de alta velocidade em uso no Japão e na
trem de alta velocidade em outra linha que está sendo Europa podem viajar quase tão rápido quanto os Maglev,
planejada, ligando Xangai à capital, Pequim. sem precisar de trilhos especiais.
0 1 Calcule o valor do campo magnético num ponto localizado 0 3 Calcule a d.d.p. que sai de um transformador por uma
a 10cm de um fio, sabendo que o mesmo é percorrido bobina de 5.000 voltas de fio, sabendo que a d.d.p e a
por uma corrente de 2pA. voltagem de entrada valem, respectivamente, 120V e
Dado µ0 = 4 π . 10-7).T.m/A 500 voltas.
Resolução: Resolução:
B = µ0 i N1 = U1
2πd N2 U2
B = 4 . π . 10-7 x 2π
2π x 0,1 500 = 120
B = 40 x 10-7 T 12.000 U2
500 U2 = 12.000 x 120
B = 4,0 x 10-6 T
U2 = 2.880V
0 1 Analise a afirmação: "A agulha de uma Bússola nada mais 0 3 O ímã sempre atrai todos os metais? Explique.
é que um ímã em que seu polo norte sempre aponta
para o norte magnético da Terra". Você concorda ou não 0 4 Qual a relação entre os pólos magnéticos e geográficos
com essa afirmação? Justifique. da Terra ?
0 2 Tem-se três barras, AB, CD, EF, aparentemente idênticas. 0 5 Para que serve o transformador?
Experimentalmente constata-se que:
0 6 Como é o campo magnético ao redor de um fio retilíneo
I- a extremidade A atrai a extremidade D; e extenso?
II - A atrai a extremidade C;
III - D repele a extremidade E. 0 7 Calcule a d.d.p. que sai de um transformador por uma
bobina de 12.000 voltas de fio, sabendo que a d.d.p e a
Qual (ou quais) corpo(s) é(são) ferro e qual (ou quais) voltagem de entrada valem, respectivamente, 120V e
é(são) imã ? 300 voltas.
Física
para o sul (S)? Explique. indicam as figuras a seguir. A letra N indica o pólo Norte
e o S o pólo Sul de cada uma das barras. Entre os imãs de
0 9 Marque V para alternativa verdadeira e F para alternativa cada um dos pares anteriores (a) , (b) e (c) ocorrerão,
falsa. respectivamente, que tipo de força? (atrativa ou repulsiva).
Sobre os conceitos e aplicações da Eletricidade e do
Magnetismo, é correto afirmar que:
Nestas condições, podemos afirmar que os pedaços 1 um de seus livros, um diagrama ilustrando a evolução das
e 3 se __________, pois P assinala um pólo principais idéias de unificação ocorrida na Física.
__________ e Q um pólo __________ . Face à interligação existente entre a eletricidade e o
magnetismo, um observador, ao analisar um corpo
A alternativa que preenche corretamente as lacunas na eletricamente carregado que está em movimento, com
afirmativa anterior é: velocidade constante em relação a ele, constatará a
presença de:
a) atrairão - norte - sul;
b) atrairão - sul - norte;
c) repelirão - norte - sul;
d) repelirão - sul - norte;
e) atrairão - sul - sul.
0 6 (UFRN) Cláudia, ginasta e estudante de Física, está I. Podem ser representados, geometricamente, através de
encantada com certos apelos estéticos presentes na Física linhas de força.
Teórica. Ela ficou fascinada ao tomar conhecimento da II. São grandezas vetoriais.
possibilidade de uma explicação unificadora para todos III. Podem ser detectados, utilizando-se partículas
os tipos de forças existentes no universo, isto é, que eletricamente carregadas.
todas as interações fundamentais conhecidas na natureza
(gravitacional, eletromagnética, nuclear fraca e nuclear Assinale:
forte) poderiam ser derivadas de uma espécie de
superforça. Em suas leituras, ela pôde verificar que, apesar a) se todas as afirmativas estiverem corretas;
dos avanços obtidos pelos físicos, o desafio da grande b) se todas as afirmativas estiverem incorretas;
c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas;
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Física
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. correntes no ponto P, podemos afirmar que tem:
0 9 (Unirio-RJ) Assinale a opção que apresenta a afirmativa a) sentido indicado pela seta 4.
correta, a respeito de fenômenos eletromagnéticos. b) a intensidade nula.
c) sentido indicado pela seta 2.
a) É possível isolar os pólos de um imã. d) sentido indicado pela seta 1.
b) Imantar um corpo é fornecer elétrons a um de seus e) sentido indicado pela seta 3.
pólos e prótons ao outro.
c) Ao redor de qualquer carga elétrica, existe um campo 1 2 (Vunesp-SP) Nas demonstrações populares de
elétrico e um campo magnético. supercondutividade elétrica, é comum a exibição de um
d) Cargas elétricas em movimento geram um campo ímã "flutuando" sobre o material supercondutor.
magnético. Neste caso, a configuração das linhas de campo magnético
e) As propriedades magnéticas de um imã de aço aumentam em torno do ímã fica semelhante à da figura.
com a temperatura. Para explicar a existência de uma força igual e oposta ao
peso do ímã, e que o mantém suspenso, pode-se imaginar
10 (UEL-PR) Considere a afirmativa a seguir. que a função do supercondutor equivale a se colocar um
"ímã imagem" em seu lugar, igual ao ímã real e
"As linhas de força de um campo magnético são .....I..... convenientemente orientado dentro da região tracejada.
Então esse campo pode ter sido gerado por .....II....., O "ímã imagem", em conjunto com o ímã real, criaria na
onde flui uma corrente elétrica". região externa ao supercondutor a configuração de linhas
de campo indicada na figura. A representação adequada
Para completá-la corretamente, os espaços I e II devem do "ímã imagem" dentro da região tracejada é:
ser preenchidos, respectivamente, por:
a) um;
b) dois;
c) três meios;
d) dois terços.
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Física
Exercícios de Aplicação 01- e
02- d
01- 550 W 03- d
02- 240 W 04- e
03- 5,5 W 05- d
04- R$ 16,00 06- d
05- a) corrente (i) 07 - b
b) d.d.p. (U) 08- e
06- 20 W 09- d
07- Associamos em paralelo, para ter a menor possível, e o 10- e
resultado será R/7 11- a
08- 2,0 A 12 - e
09- 8W
10- 16 A e 5 W Desafio
01- b
02- e
03- b
04- d
05- e
06- c
07- d
08- b
09- a
10- a
11- b
12- a
13- c
Desafio
Letra c
MAGNETISMO
Exercícios de Aplicação
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