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O texto começa com um esboço do estatuto político dos Etruscos/Gregos uqe trás as
primeiras características da cidade-Estado com predominância da aglomeração urbana
como forma política(excluindo o setor rural desta). O poder executivo estava nas mãos
da aristocracia fundiária que era auxiliada pelos chefes das gentes que compunham o
Senado. Além disso, existia também uma Assembléia do Povo, dividida em cúrias, que
veio a dar origem ao poder legislativo. Uma plebe embrionária – formada por
estrangeiros, novos contingentes populacionais conquistados e clientes recém-
emancipados do patriciado – também se desenvolvia ali. A plebe não possuía direitos
civis e/ou políticos – e nem deveres para com o Estado-cidade. Quando Roma passa a
evoluir para uma cidade universal esta nova plebe começa a ser integrada, e
absorvida, pela cidade. Existe certa dificuldade em historiar a evolução ideopolítica de
Roma entre os sécs. V ao II A.C. pela carência de fontes documentais. Até 240 A.C. só
se pode contar com a Lei das 12 Tábuas – a Duodecim Tabulae – e, finalmente, em
meados do Séc. II, pode-se iniciar e contar com doutrinas políticas ordenadas por
Cícero.
Haja vista que a conquista do mundo conhecido – após o Lacio, a Península Itálica e o
Mediterrâneo – sempre foi sua principal empreitada. Os temas e problemas de sua vida
social e política sempre estiveram ligados à incorporação das populações conquistadas
e do respectivo estatuto que em seu interior adquiriam. Os litígios que surgiam ao
sabor do momento, contudo, não deram lugar a idéias políticas estáveis na Bacia do
Mediterrâneo, posto que os romanos não se interessavam nada mais em adminisrtá-lo
caso-a-caso. Mas as pressões forâneas – para além de sua objetividade contigencial e
influência empírica – exerciam, ao longo do tempo das largas durações, uma série de
variações/modificações/deslocamentos na ordem ideopolítica de Roma.
A negação do ócio (negócio) como critério da razão romana se estabalece desde sua
gênese e desenvolvimento, havendo pouco ou nenhum espaço-tempo para férias ou
descansos regulares. Toda atividade não-produtiva, diferentemente da Grécia, era vista
com escárnio e desprezo, sendo o termo Filosofia motivo de cólera e chacota. O mote
“primum vivere deinde pshhilosophari” adquire centralidade axiológica no ideário e
imaginário tipicamente realistas de Roma. Qualquer coisa afora o comércio, a guerra e
a jurisdição era vista como perda de tempo
Gracos
Roma estava em pleno processo de expansão, a classe senatorial estava no topo de tal
sociedade onde usufruía total poder e riqueza, enquanto as classes médias se
proletarisavam, já que estas se endividaram pela situação do trigo e não conseguiam
mais competir com os latifúndios que a classe senatorial vinha formando. Neste
mesmo período nascia e se ascendia a classe dos cavaleiros publicanos, estes se
beneficiavam com a exploravam do império, e em algumas vezes se aliavam ao
senado.
Em face de todo este antagonismo, duas coisas intimamente ligadas se faziam
necessárias em Roma, uma era a urgência de uma nova forma de exploração das
terras conquistadas, que fosse mais justa e que não concentrasse as terras nas mãos
dos latifundia como vinha ocorrendo, e para que isso fosse possível a segunda
necessidade se faz em Roma, modificar a estrutura do poder.
Quem se dispõem a defender esta reforma são dois irmãos de uma família nobre, os
Irmãos Gracos, Tibério e Caio estavam insatisfeitos com a situação de Roma e
dispostos a solucionar os problemas concernentes á esta má distribuição de terra e
poder, por conta destes objetivos Tibério é o primeiro a perder sua vida, e alguns anos
depois é Caio quem morre.
Os irmãos gracos foram mortos por terem sua propostas políticas associadas á uma
forma democrática, esta perseguição ideológica acontece pela influencia que tinha
Políbio em Roma neste momento.
Polibio defendia haver um ciclo na estrutura do poder, que passavam por três tipos
aceitáveis de constituição, realeza, aristocracia e democracia, e por três tipos
referentes a estes de degeneração, tirania oligarquia e demagogia, após posto isto
Políbio vem defender os sistemas posto em Roma, tendenciosamente vê em Roma um
equilíbrio que não mais havia e que beneficiava predominantemente a classe
senatorial.
A partir disto alegava-se que as proposta dos irmãos Gracos desestabilizava este
equilíbrio, já que previa medidas imensamente democráticas, que levaria
posteriormente a Roma á demagogia.
As principais idéias defendidas pelos irmãos eram confiscar as terras publicas
indevidamente distribuídas, limitar o tamanho destes lotes e a partilha das terras
recuperadas. Com isto eles pretendiam restaurar aa classes médias e restituir as
pequenas e medias propriedades. Porém quando Tibério tentar expor tais idéias ao
tribunado, a classe senatorial vendo uma ameaça ao equilíbrio posto por Políbio tira
sua vida. Mais tarde Caio se associa aos cavaleiros publicanos no partido popular
tentando um imperialismo segundo o gosto de Péricles. Ele organiza a distribuição do
trigo a preços moderados a Plebe de Roma, concedendo aos cavaleiros maiores
vantagens no Estado e nos Tribunais, reforma de acordo com seus ideais a forma de
se arrecadar o tributo na Ásia, prevê o envio de colonos para Tarento, Coríntia e
Cartago a favor de outros meios que não fossem o exercito ou a administração. por
ultimo provavelmente pretendia oferecer aos italianos os direitos de cidade. Mesmo
que acusados não se comprava que os irmãos Gracos pretendiam acabar com o
senado, eles com certeza queriam descentralizar o poder administrativo da classe
senatorial. Assim se acaba a aliança entre o senado e os cavaleiros, pois com todas
estas vantagens o senado sentia certo ressentimento em relação aos cavaleiros que
agora podiam tomar decisões mais drásticas, o receio da classe senatorial de que as
classes de cavaleiros tomassem medidas mais ousadas faz com Caio perca também
sua vida.
A Republica
-O Círculo dos Cipiões
Século II;
Panécio fica a cargo de elaborar uma doutrina mais humanista, algo que trouxesse a
Roma uma disciplina moral, contrapondo a ambição dos conquistadores imperialistas;
para isso Panécio faz uso de princípios do estoicismo, tornando-o prático e lavando-o a
exaltar a atividade civilizadora;
Políbio veio atuar no campo político, em sua obra História Universal ele defende Roma
como centro da perspectiva histórica, sendo que as histórias particulares de cada povo
viriam a alcançar o seu ápice sob o governo romano. Ele lança a ideia de
predestinação do povo romano e impõe como necessária a solidariedade entre Roma e
os povos conquistados
A divisão política de Roma é ideal segundo Políbio, essa é uma visão tendenciosa que
favorece a classe senatorial, que detinha então a maior parte do poder efetivo;
Tendo atingido Roma o seu apogeu, a preocupação de Políbio era com uma possível
crise decorrente da revolta popular, por isso advertiu quanto a exibição de luxo por
parte dos ricos;
No período de 31 a.C foi dado início de uma série de alterações políticas. Baseado
principalmente pelos fenômenos políticos versus movimento doutrinal.
E a hierarquia das leis são: as finanças dependem do Senado; o tesouro militar e o seu
fiscus: ao Imperador. Isso seria uma diarquia.
O povo não gosta do principado, mas também não querem o governo do passado,
percebem que o Império é necessário.
Eis que surge Séneca para apaziguar os ânimos dos tiranos. Impondo que os homens
devessem dar-se um chefe, portanto teria um príncipe, mas este deveria agir em favor
somente de seus súditos, um tutor e não um senhor. E esse príncipe deveria ser um
sábio. Deveria respeitar e também apoiar o Senado.
No contexto histórico do séc. II, os cristãos passaram a construir uma moral, pelo
menos provisória em relação a cidade, isso se deu ao fato da demora do
apocalipse. Segundo Tertuliano, nesse período os Cristãos já estão em todas as
partes e não só entre os judeus e pobres. Também nesta época crenças e ritos do
cristão pareciam irracionais ou vulgares aos olhos dos pagãos, neste contexto,
aparece a figura de Celso, que em sua obra “O discurso verdadeiro”, age
politicamente, filosoficamente e relifiosamente contra os cristãos.
A queixa de Celso é sobre a traição política dos cristãos, pois estes procuravam os
escravos e pobres para aderirem à sua “seita”, o que ele repudiava. Também
criticava duramente os cristãos, pois se recusavam a cumprir seus deveres da vida
política, sejam eles militares ou civis.
A teoria de Celso era que os cristãos deveriam ajudar o imperador com todas as
suas forças, trabalhar e combater por ele. Outro ponto defendido por ele é que se
todos se comportassem como cristãos, o mundo cairia na mão dos bárbaros
dissolutos e ferozes e ainda que no mundo não é possível seguir a dois senhores.
Para Tertuliano o fim do mundo era aparente e por isso os valores das coisas
terrestres eram medíocres. Possuía um espírito jurídico, mas nenhum espírito
político e seu ponto de vista era sempre religioso.
Ele seguia a máxima paulista que os cristãos deviam respeitar os imperadores, pois
estes foram escolhidos por vontade divina. Embora sua doutrina seguisse os
ensinamentos de São Paulo, em um ponto eles divergiam, para Tertuliano o reino
de César e de Deus são radicalmente diferentes.
Com relação ao império, Orígenes diz que este facilitou muito a difusão do
evangelho, ele está convencido que a cidade do mundo desbravou os caminhos
para a cidade de Deus e que assim como Abrãao intercedeu por Sodoma, a Igreja
é também capaz de proteger Roma.
Eusébio
• Eusébio, com seus escritos apoia Constantino sem reservas.
• E para limpar a mácula do império pela perseguição, afirma que Deus colocou os
cristãos a prova com as perseguições.
• Invocando por vezes ideias estoicas, e na maioria das vezes neopitagoricas e
neoplatônicas, indica que o poder político emana de Deus
• A doutrina neoplatônica da emanação do poder político de Deus, vem dar apoio à
doutrina cristã da Providência para constituir a teologia imperial.
• As vantagens do estoicismo combinadas com as do neoplatonismo reúnem-se
numa nova teoria do poder.
• As ideias apocalípticas dão lugar a à ideia de progresso racional que se
desenvolve continuamente e de que o império é no presente motor.
• A legislação de Constantino, muito influenciada pelas ideias cristãs , é a melhor
demonstração desta teoria.
• Para Eusébio, a Igreja encontra no poder imperial o instrumento de uma
pedagogia exercida em seu proveito.
Incertezas
• Havia uma relação de benefícios recíprocos entre igreja e império.
• Comunidades terrena e celeste se identificam com intensidade, surge a
necessidade de uma categoria de homens que cuide exclusivamente dos assuntos
do plano espiritual: a reclusão moral fora do mundo, se estabelece uma partilha
entre aqueles que querem viver inteiramente voltados para a vida eterna e aqueles
que acedem a operar no seio do mundo.
• Século IV vai tentar definir a atitude cristã em todos os transes da vida política e
social, assim como a conformação cristã das instituições terrenas.
• Surge questões envolvendo a liberdade de consciência e não demora a restrição
pelo cristianismo em relação a outros cultos.
• No século IV desenvolveu-se entre os pagãos liberais, uma argumentação
sistemática, bastante nova na história das ideias, em favor da tolerância religiosa.
Santo Agostinho
• Igreja ocidental mais sutil, pois lida diretamente com os Bárbaros e possui pouco
apoio do poder político, está em crise, bem como a comunidade cristã.
• Santo Ambrósio, alto funcionário, tornou-se um sacerdote tardiamente, aceitou
corajosamente suas responsabilidades políticas, mas preservou-se um critão.
• Representava o pensamento da igreja ocidental: o imperador encontra-se na
igreja, mas nunca acima da igreja.
• Em 390, Teodósio ordena o famoso massacre de Tessalonica, Santo Ambrósio o
excumunga até que ele se arrependa completamente. Sendo a primeira vez que a
igreja condena um imperador por atos que não dizem respeito a fé. Isto marca
uma data importante na evolução da consciência política.
• Santo Agostinho, não é de forma nenhuma um político.
• Após saques em Roma os pagãos atribuem a responsabilidade desse fato aos
cristãos, empenhasse me refutar essa tese, demonstrando que a Roma pagão
possuía fraquezas correlatas as fraquezas da Roma cristã.
• Escreve a Cidade de Deus, esta obra não expõe uma doutrina, toda ela é
permeada de sentimentos contraditórios. Essa meditação sobre a história universal,
encontra duradouro eco em toda a Idade Média. Serviu para alicerçar uma doutrina
política que, sob a hégede do bispo Hipona, programatizará a absorção do direito
do Estado pelo da Igreja.
• Mas como o neoplatonismo não representa o pensamento real de Platão, esse
agostinianismo político não deve ser confundido coma doutrina de Santo
Agostinho, muito mais rica e sutil.