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LINEAR ELÁSTICA
Prof. Dr. Cassius Terra Ruchert
8.1 ASPECTO DA FRATURA NOS MATERIAIS
• OCORRÊNCIA DE TRINCAS
2
Falha Liberty
3
Continuidade da estrutura
Liberty
Conteúdo de enxofre
elevado
4
• Fratura:
“É a separação ou fragmentação de um corpo sólido em duas ou mais
partes sob ação de uma tensão, devido ao início e propagação de uma
trinca”
Dútil
Fratura
Frágil
Temperatura
Estado de tensão
-plano de tensões (triaxial de def.)
-triaxial de tensões (plano de def.)
5
Tração
Torção
Fadiga
Condições de Fratura
Fluência
6
COMPORTAMENTO DESCRITO TERMOS USADO
7
Fratura: Aspecto Macro e Micrográfico
8
Fratura Frágil : Aspecto Macrográfico
Baixa Temperatura
Fratura frágil.
- É caracterizada por uma ou mais trincas diretas na estrutura.
- Pouca ou nenhuma deformação.
- A trinca se propaga pelo caminho de menor resistência.
- Observada em monocristais e materiais policristalinos.
- Observada em metais com estrutura CCC e HC mas não em metais CFC*.
- A fratura frágil tem aparência brilhante enquanto a fratura dúctil tem aspecto
escuro e acinzentado.
- Aumenta com a diminuição da temperatura, taxa de deformação e estado 9
triaxial tensões
10
Fratura Frágil Aspecto Micrográfico
11
– Fratura Intergranular é um modo de fratura com baixa energia
12
13
Fratura Dútil : Aspecto Macrográfico
Plano de escorregamento
14
– Considerando um simples cristal, o cobre, um metal dúctil, não há nucleação de trincas,
e os cristais deformam plasticamente até iniciar a estabilidade plástica, chamada de
pescoçamento.
– A deformação é concentrada na região de instabilidade plástica até a separação
crsitalina ao longo de uma linha ou um ponto.
15
Fratura Dútil em metais policristalinos
- Fratura Taça – Cone: O empescoçamento leva a um estado triaxial
de tensões e a trinca nucleia em particulas frágeis (formação de vazios na
interface matriz - partícula)
- Aspecto escuro e acinzentado
16
• Evolução da falha:
Crescimento e
coalescencia Cisalhamento
Nucleação
pescoço na superf. fratura
de microvazios dos microvazios
s
50
50mm
mm
Partículas que
atuam como
100 mm
nucleadores
dos
microvazios
17
Fratura Dúctil Aspecto Micrográfico
18
Exemplo: Falha em um tubo Observe a quantidade
de def. plástica.
• Falha Dútil:
--um pedaço
--grande deformações
• Falha Frágil:
--vários pedaços
--pouca deformação
19
• Trincas ou Defeitos tipo trinca são bastante comuns de ocorrerem:
– Riscos profundos;
– Vazios em soldas;
– Inclusões ou partículas estranhas em fundidos ou forjados;
– Delaminações em materiais formados por camadas.
• Em estruturas:
– Aviões;
– Navios;
– Vasos de Pressão;
– Pontes;
– Tubos;
– Veículos terrestres.
• Antes do desenvolvimento da Mecânica da Fratura nos anos de
1950 – 1960, a análise de trincas em componentes ou estruturas
não era possível.
• O projeto era baseado a partir de resultados de testes de ensaios
de tração, flexão e compressão, conjuntamente com os critérios
apresentados para corpos sem trincas.
20
Concentrador de Tensões - Trinca
c
σ y S 1 2 S 1 2
c s c c
kt 1 2 1 2
y
d S d
• Quando d tende a zero (trinca), sy vai para o infinito, e assim Kt. Assim, uma
trinca aguda causa um severa concentração de tensão, e a tensão seria 21
teoricamente infinita.
• As tensões em materiais verdadeiros não podem ir para o infinito.
• Se a carga aplicada não for muito elevada, o material pode
acomodar a presença de uma trinca aguda, de tal forma que o valor
teórico infinito de tensão é reduzido para um valor finito.
Trinca ideal
Trinca real Polímero
Metal Cerâmica
Zona plástica
22
Mecânica da Fratura: Conceitos Básicos
• Mecânica da Fratura é uma disciplina de Engenharia que quantifica as
condições sob as quais um sólido sob ação de um carregamento pode ir ao
colapso devido à propagação de uma trinca contida nesse sólido.
• Assim, a Mecânica da Fratura possibilita a obtenção de informações
quantitativas de problemas específicos relativos a trincas em estruturas e
componentes de engenharia.
• Objetivo da Aula:
- prover conhecimentos da MF e sua aplicação para o entendimento da
ocorrência da fratura catastrófica.
- Fornecer diferentes metodologias para determinação da Tenacidade à
Fratura dos materiais.
- A aplicação da MF para seleção de materiais para aplicação em projetos.
23
DESENVOLVIMENTO DA MECÂNICA DA FRATURA
1920 - Griffith, usou a primeira lei da termodinâmica para formular a teoria da fratura
baseada em um simples balanço de energia. O modelo de Griffith prevê a relação
entre resistência e tamanho de falha em vidro. Esforços subseqüente para aplicar a
teoria de Griffith em metais falharam. A modificação ao modelo de Griffith somente
veio em 1948.
1961 - Wells,trabalhando com aços estruturais, verificou que estes eram muito
dúcteis para o uso da MFLE. A partir desta observação ele desenvolveu o conceito
de CTOD (Mecânica da Fratura Elasto-plástica, MFEP).
25
•Como definido acima, o coeficiente de segurança não leva em conta a
falha por fratura frágil ou rápida. Contudo, espera-se que um alto fator
aplicado no limite de resistência do material possa salvaguardar este tipo
de fratura.
26
•Assim, sob o ponto de vista de engenharia, este comportamento
é considerado frágil e neste caso, deve existir, no componente ou
estrutura, um concentrador de tensão que localize a deformação
plástica necessária para que este mecanismo possa operar.
•Os concentradores de tensão de grande importância em
engenharia são os chamados defeitos semelhantes a trincas,
particularmente aqueles que estão localizados em regiões com
altos valores de concentração de tensões, Kt, tais como fundo de
filetes de rosca, rasgos de chavetas, furos, raios de concordância,
entalhes, etc.
•Outros exemplos típicos de defeitos semelhantes a trincas são :
- Trincas de solidificação em peças fundidas e metais de solda
- Trincas por hidrogênio em zonas termicamente afetadas pelo
calor, em regiões soldadas.
- Decoesão lamelar em torno de inclusões em placas de aço
laminadas e barras forjadas
- Trinca nucleada por mecanismos de fadiga ou corrosão sob
tensão, com tamanho sub-crítico.
27
•Geralmente é possível detectar estes defeitos e determinar a sua
dimensão máxima utilizando-se técnicas de inspeção ultrasônica
ou qualquer outra técnica não destrutiva.
•A Mecânica de Fratura traz, no seu desenvolvimento
teórico e experimental, a potencialidade necessária para
se prever se um determinado defeito, de uma dada
dimensão, poderá propagar-se de uma maneira
catastrófica, sob a ação de um carregamento conhecido.
• Com isto, pode-se determinar o grau de segurança que um
determinado componente ou estrutura possui, com relação à
ocorrência de uma possível falha por fratura frágil.
•Os parâmetros da Mecânica de Fratura que indiretamente
medem a capacidade do material de resistir à fratura rápida são
denominados de tenacidade à fratura : KIC, JIC e CTOD. Estes
valores são obtidos em laboratório por meio de ensaios de
carregamento até a fratura, em corpos de prova possuindo
geometrias bem definidas e contendo trincas agudas de
tamanhos conhecidos.
28
MÉTODO DE RESISTÊNCIA
DOS MATERIAIS
DEFORMAÇÃO NA
DEFORMAÇÃO
FRATURA
29
MÉTODO DA MECÂNICA
DA FRATURA
TENSÃO
APLICADA
MECÂNICA
DA FRATURA
TAMANHO TENACIDADE
DO DEFEITO À FRATURA
30
K S a
P a
S s 0 1
2bt b
31
Mecânica da Fratura versus Resistência dos Materiais
M Pl
P
bh 2
h W
b
6
l
g : fator de segurança
Pl sy bh
2
s max P sy
bh
2 g 6g l
6
P pl2 KIc
a
KI 112
, s max a 112
, a
h bh2 g
6
l b
bh2 KIc
P
6 g l 112
, a
32
L = 250 mm
h = 50 mm
b = 25 mm
a = 10 mm
P sy = 550 MPa
h KIC = 80 MPa m1/2
l b S = 1,0
BH2
Pmax s y 2340 kgf
6SL
BH2 K IC
Pmax 1715 kgf
6LS 1,12 a
33
Conceitos da Mecânica da Fratura
• Um corpo trincado pode ser carregado em um ou combinação dos
seguintes modos de carregamentos:
U t U 0 U a U S F
U U U
p 0 a
F
Ut = Energia Total
U0= Energia total da placa sem trinca
Ua = variação da energia de deformação elástica
Up = Energia potencial fornecida pela
deformação interna e forças externas
Us = variação da energia de superfície.
gs = energia de superfície por unidade de área
Em controle de deslocamento, F=0 e para a placa da figura, Griffith mostrou que:
a 2s 2 2 as 2
dU p
Up U0
E da E
U s 2 2a 1 g s
dU s
4g s 35
da
dUt dUp dUs
0
da da da
2
2a sF
4g s 0
E
2g s E
sF
ac
36
• A equação inicial de Griffith é válida somente para materiais
idealmente frágeis. Assim, ele obteve resultados bons para
vidros mas não para metais.
• Irwin e Orowan independentemente modificaram a equação de
Griffith, para que esta fosse capaz de levar em conta o
escoamento plástica e assim aplicá-la a metais.
E (2g s g p )
sF
ac
• Onde gp é o trabalho plástico por unidade de área da superfície
criada e >>>> gs
38
Taxa de Alívio de Energia, G (Irwin 1956)
• Considere um corpo contendo uma trinca de tamanho a, carregado no Modo I
com a carga P e que este tenha um comportamento elástico linear
• De maneira similar a uma mola, a energia potencial elástica armazenada
neste corpo é denominada de Up.
• Se a trinca se propaga por uma quantidade da (em deslocamento constante
ou carregamento constante), a rigidez do sistema diminui, resultando em um
decréscimo na energia potencial de dUp.
dU p É a taxa de variação da energia potencial com a área da
G trinca, ou seja a força motriz.
da
39
U p
U F
40
U p
U F
2a 3
C ( II )
P 3EI
Como:
2
dC
Substituindo (II) em (III) teremos
G P ( III )
2 2
2 B da
2 2
G P a 12 P
2 3
a
BEI B h E 42
CURVAS DE RESISTÊNCIA
CURVAS-R R varia com
crescimento
R constante com crescimento
dU p s 2a
G
da E
Gc s F2 a c
E
dU s
Gc 2g s R
da
44
Exemplo
• Determine a estabilidade relativa para um corpo de prova DCB em controle de
carga e em controle de deslocamento. Dado:
3 2 2
Pa 3EI 2 2
2 3EI
P
2a
3 G P a 12 P
2 3
a
BEI B h E
Solução
1) A partir da equação calculada no exercício anterior, a inclinação
(derivada) da força motriz em controle de carga será dada por:
dG 2P 2a 2G
da P BEI a
2) Para avaliar o controle de deslocamento, é necessário expressar G em
termos de e a. A partir da teoria da viga, carga é relacionada com
deslocamento como segue:
9 EI 2 dG 92 EI 4G
G Logo:
da
3
Ba a 45
2a 3
Continuação exercício anterior:
Controle de Carga Controle de deslocamento
dG 2P 2a 2G dG 92 EI 4G
da P da
3
BEI a Ba a
Conclusão do exercício
Portanto, a força motriz (G) aumenta com o crescimento da trinca em
controle de carga e decresce em controle de deslocamento. Para a curva R
do tipo plana (Flat), o crescimento da trinca em controle de carga é sempre
instável, enquanto em controle de deslocamento é sempre estável.
46
Teoria do Campo de Tensões Elásticas
2ai
Irwin (1957), obteve as equações
s para o campo de tensões, baseado
syy no método de Westergaard (1930).
sxx
y r txy
K
trinca x s ij f ij
r e são coordenadas cilindricas
2r
do ponto considerado e K é
denominado de fator de 47
intensidade de tensão.
CAMPO DE TENSÃO NA PONTA DA TRINCA:
Modo I de carregamento
y
fij
KI sx,y = ty,x
s ij
2 r x
z
s
xx
KI
2r
cos( / 2) 1 sin( / 2) sin(3 / 2)
s
yy
KI
2r
cos( / 2) 1 sin( / 2) sin(3 / 2)
KI
t cos( / 2) sin( / 2) cos(3 / 2)
2r
xy
48
Considere o componente de tensão, syy
s yy
KI
2r
cos( / 2) 1 sin( / 2) sin(3 / 2)
1 0 0
Ao longo do eixo X, = 0: s yy
KI
2r
cos( / 2) 1 sin( / 2) sin(3 / 2)
syy syy →∞ r→0
KI
s yy
Zona Plástica 2r
rp Def. plana
6 s e
rp << as dimensões de a e do CP 49
2r s
Modo I (Tração)
K I lim r 0 yy
K I s a
K I Y s . a [MPa√m, ksi√in]
Y = fator de correção (das geometrias do corpo e da trinca).
Soluções de K podem ser encontradas em vários livros:
Tada, Paris e Irwin(1973); Rooke e Cartwright (1975); Sih (1973), 50
entre outros
CRITÉRIO DE FRATURA
s
b
K Ys a
2a
W K = KC → fratura instável
Tenacidade à Fratura.
s
s2 a
G K s a
E
K2
G
E'
E' E s plana
E'
E
plana
1 2
QUALQUER QUE SEJA A CONFIGURAÇÃO
55
APLICAÇÃO DE K EM PROJETOS E ANÁLISE DE
PROBLEMAS DE FRATURA
56
Equações para K
57
58
59
60
EXEMPLO 1 - Resistência Vs. Tenacidade
61
A tensão de projeto deve ser menor ou igual a metade do
limite de escoamento. Ele tem sido perguntado a analisar a
proposta de mudar de material.
a) Deve ele aceitar a proposta? Verifique com cálculos e
comentários.
b) Qual é a máxima tensão de projeto que pode ser usada com
o material de máxima resistência?
c) O uso de um material de mais alta resistência levará a
redução de peso?
K I 1.12 s a
a
s = sd
62
a) Material Original:
A tensão de projeto é baseada no escoamento, sd = sys/2= 65 ksi
Fratura irá ocorrer quando KI = KIC; dado KIC = 105 ksi pol
63
Novos Materiais: sd = 150/2 = 75 ksi
Falha por fratura se KI = KIC; dado,KIC = 50 ksi pol
IND/END pode detectar qualquer trinca maior do que 0,2 pol., i.e., uma
trinca de 0,113 pol escapará a inspeção!!
65
Considerando a 10% de acuracidade
66
Solução mais detalhada.
67
68
•Trinca crescendo a partir de um concentrador de tensões.
- Se a trinca for pequena comparada com o raio, a solução é a mesma
para uma trinca superficial em um corpo infinito.
- Uma vez que a trinca cresce para longe do campo de tensão do
concentrador, esta passa a ser considerada uma trinca longa de
comprimento 2a
c
l
(1.12 k t ) 2 1 69
F
Exercício
• Um vaso de pressão feito de um aço ASTM A517-F opera próximo
a temperatura ambiente e possui uma espessura de parede de t =
50 mm. Uma trinca como mostrada na figura abaixo foi encontrada
durante uma inspeção. Ela possui uma forma aproximadamente
semi-elíptica com um comprimento do eixo maior 2c = 40 mm e
profundidade a = 10 mm. As tensões na região da trinca, quando
calculada sem a mesma, são aproximadamente uniforme através da
espessura e são Sy = 300 MPa, normal ao plano da trinca e Sx =
150 MPa, paralela ao plano da trinca. Qual seria o fator de
segurança contra a fratura frágil (relação KIC/K)? Você retiraria este
vaso de pressão de serviço? Dados: KIC = 187 MPa.m1/2; se= 760
MPa; sR= 830 MPa e E = 200 GPa.
70
Resolução 1
• O valor de K pode ser estimado pela aplicação do fator de correção para
uma trinca elíptica embebida como o da figura abaixo. O fator de correção
é necessário devido a superfície que livre criada pelo seccionamento da
geometria de trinca elíptica e devido a um a/t = 0,2.
S a
K FS
E (k )
1, 65
a
E (k ) 1 1,464
c
a = 10 mm
2c = 40 mm
t = 50 mm.
S a 300 (0,01)
K FS 1,12 49,2MPa m
E (k ) 1.21
K 187
XS K
IC
49,2
3,80 72
• Como uma estimativa, assuma que a/t = 0,2 não possui nenhum efeito, o
que é razoável considerando uma metade de trinca circular da figura
abaixo.
S a 300 (0,01)
K FS 1,12 49,2MPa m
E (k ) 1.21
K 187
XS K
IC
49,2
3,8 73
Resolução 2
1, 65
a
Q 1 1,464 1,466
c
Trinca superficial
Trinca interna
1/ 2
3,1415 * 0,01 KIC 187
K 1,1* 300 48,30MPa 1/ 2 Xs 3,87
K 48,30 74
1,466
Superposição para Carregamentos Combinados
a K F S a
K F S
1 1 1
2 2 2
P 6M 6 Pe
S 1 bt S2 2
2
bt bt
P 6F2e
K K 1 K 2 F 1 a
bt b
75
Superposição para Carregamentos Combinados
• O uso da superposição algumas vezes permite as soluções dos Handbooks
serem usados em casos não tão óbvios.
• Considere o caso de uma trinca central em uma placa, sendo esta trinca
carregada localmente com a pressão p.
1/ 4
2
K K1 K 2
p a 2 a 2
cos 0
E (k ) sen
c
1 c
tan tan g
a
1, 65
a 76
E (k ) 1 1,464
c
Ensaio de Tenacidade à Fratura - KIC
Direção de
laminação ou
eixo de
forjamento As letras L, T e S denotam as
direções: longitudinal,
transversal, e transversal menor
Longitudinal
Transversal menor (S) (L)
Transversal (T)
Fim Início
P2 P1
P2 ≤ P1
SEN(B)
P
K Y
B W
S a
a
3
W W a a a a
2
82
Nomenclatura Usuais
2
KQ
B, a, (W a) 2,5
s YS
84
0,45 a/W 0,55
85
Exercício Knott “Fracture Mechanics Worked Examples”
• A figura abaixo mostra a curva carga versus deslocamento obtidas a partir
do ensaio de um corpo de prova do tipo C(T), executado de um material
forjado com tensão limite de escoamento de 1050 MPa. Um esquema da
fratura deste corpo de prova é mostrado na figura abaixo. Determine se o
teste fornece um resultado válido de KIC.
Preferivel trabalhar nas unidades do SI (m, MPam1/2, N)
am / W 0,5204
Y 10,32
Calculando Validade de deformação plana
2
KQ
B, a, (W a) 2,5
s YS
2
158
B, a, (W a) 2,5 56 mm
1050
Portanto como B=49,98 mm que é
menor que 56 mm e am= 52,10 mm que
é menor que 56 mm, não é valido. (Não
OK!!!!)
90
2º Caso – Com plasticidade
Não linearidade da curva de descarregamento
devido a uma combinação do tamanho da trinca
e da plasticidade, pois a plasticidade na ponta
da trinca provoca uma parcela finita de
deformação permanente.
o Correção pela zona plástica de Irwin (válida para pequenas zonas plásticas);
91
o Correção pela zona plástica de Irwin (válida para pequenas zonas plásticas);
93
Efeito da Temperatura
94
95
Tamanho da Zona Plástica
• No início foi mostrado que o material não pode suportar tensões infinitas na
ponta da trinca, desta forma no carregamento a ponta da trinca torna-se
arredondada e é formada uma região de escoamento em metais, crazing
(polímeros) e microtrincas (cerâmicas).
syy syy →∞ r→0
Trinca ideal
Trinca real Polímero
Zona Plástica
Metal Cerâmica
Zona plástica
se
96
No estado plano de tensão
• Com a formação da ZP a análise de tensões fica imprecisa.
• Correções simples para a MFEL são disponíveis, desde que ZP é pequena.
• O tamanho da ZP pode ser estimado de duas formas: O método de Irwin e o modelo
de Dudgale.
• Método de Irwin: no plano da trinca =0
– O limite entre a comportamento plástico e elástico ocorre quando a equação
satisfaz o critério de escoamento.
– No estado plano de tensão o escoamento irá ocorrer quando syy = sys e a
singularidade de tensão é truncada pelo escoamento na frente da trinca.
• Quando o escoamento ocorre , as tensões devem ser redistribuídas para satisfazer o
equilíbrio.
• A zona plástica deve aumentar em tamanho para acomodar estas forças.
2
1 K
K
s xx s yy 2r
r 2
s ys
y
s z t xy t yx t zx 0
ry Elasto-plástica
ry ry
s .r K
rp ys p
s
0
dr
yy
0 2r
I
dr
1
K I
r 2ry
97
s ys
p
a ry K (aef )s aef
a ef ef
98
Zona Plástica no Estado Plano de Deformação
sxx = syy
szz =2nsxx
O escomento irá acontecer quando:
s s yy s e
2,5s e
xx
1 2
2
K
1
rs
6
s e
0
99
Estado Plano de Tensão Versus Estado Plano de
Deformação
100
Limitações da MFEL Devido a Plasticidade
2
K
a, (b a), t , h 2,5
se
102
MECÂNICA DE FRATURA ELASTO-PLÁSTICA
103