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Prezado cliente,
Este é o seu laudo do teste MyCannabisCode da iPROPRIUM.
PARA O PACIENTE:
• Seção 3: leia caso você queira saber mais sobre canabinóides e o sistema endocanabinóide
• Seção 4: leia caso queira saber quais os genes analisados em cada uma das áreas contempladas
neste teste genético
• Seções 5 – 6: contêm informações técnicas e mais específicas sobre a metodologia utilizada, assim
como as referências científicas que servem de suporte à geração deste relatório
PARA O MÉDICO:
• Seção 4: contém informações sobre o teste genético, como por exemplo, os genes analisados
• Seções 4.4, 4.5 e 4.6: contêm os resultados do seu paciente
• Seção 3: leia caso você queira saber mais sobre canabinóides, o sistema endocanabinóide e testes
genéticos
• Seções 5 – 6: contêm informações técnicas e mais específicas sobre nossa metodologia, assim
como as referências científicas que servem de suporte à geração deste laudo
Entre em contato conosco se você tiver qualquer dificuldade para acessar ou entender os resultados deste laudo.
Os índices abaixo foram construídos levando em consideração a sua susceptibilidade aos principais efeitos colaterais potenciais
da Cannabis. A barra apresentada é o resultado de um algoritmo de análise que leva em consideração diversos fatores genéticos
envolvidos no risco de ocorrência dos vários tipos de efeitos adversos. Na prática, a barra está dividida em três segmentos de
tamanho igual: o primeiro indica um risco reduzido, o segundo um risco intermediário e o terceiro um risco aumentado.
Importante ressaltar que estas informações são apenas de cunho genético. O padrão de uso (tipo de produto, dose administrada e
frequência de uso) são determinantes na ocorrência ou não dos efeitos listados abaixo.
Metabolismo
1.1. INTERPRETAÇÃO
Seu perfil genético é adequado ao consumo de canabinóides, por nistração oral. Com a inalação, espera-se que os efeitos durem
isso você pode usar estas substâncias com relativa segurança. pouco menos de 1 h, enquanto por via oral eles podem durar até
Seu metabolismo é alterado para um dos componentes majoritá- 6 h. Apesar do seu metabolismo do THC ser normal, é esperado
rios da planta e você não tem propensão para apresentar efeitos que sinta necessidade de aumentar a dose ao longo do tempo.
adversos comportamentais com o consumo de Cannabis.
Seu perfil biológico propicia uma resiliência aos efeitos adversos
Seu metabolismo para o canabinóide THC pode ser considerado da Cannabis. Convém mencionar que essas características po-
normal, e o do CBD é mais rápido do que o normal. Isso sig- dem se manifestar com o consumo exagerado. Você não possui
nifica que deve experienciar os efeitos psicoativos da Cannabis risco particular em qualquer âmbito pesquisado por esse teste,
normalmente. Em uma situação típica, os efeitos da Cannabis mas convém alertar que o uso de Cannabis pode eventualmente
são perceptíveis 20-30 min após a inalação e 1-2 h após admi- resultar em efeitos adversos passageiros.
Baseado no seu resultado global, consideramos que você pode optar por produtos contendo THC ou CBD em qualquer proporção.
Não há qualquer restrição para o consumo de produtos contendo majoritariamente ou exclusivamente CBD.
O médico prescritor vai lhe recomendar o produto mais indicado para o seu uso, dentre as categorias listadas abaixo. Em qualquer
circunstância, sugerimos que inicie com doses menores e vá aumentando, conforme for adequado e recomendado pelo seu médico.
* A dose dos produtos deve ser ajustada conforme as instruções quanto ao seu metabolismo individual.
3. INTRODUÇÃO CIENTÍFICA
Canabinóide é um termo genérico utilizado para descrever substâncias, naturais ou artificiais, que ativam os
receptores canabinóides do tipo 1 ou 2 (CB1 ou CB2), presentes no nosso organismo. Estes incluem:
• os fitocanabinóides, compostos encontrados em plantas do gênero Cannabis;
• os endocanabinóides, compostos produzidos de forma endógena nos sistemas nervoso e imunológico de
animais e seres humanos;
• os canabinóides sintéticos.
Dentre os fitocanabinóides, já existem mais de 100 compostos identificados [1, 2], os mais comuns estão
apresentados na Figura 1.
CBN
Canabinol
Figura 1: Esquema ilustrativo dos tipos de fitocanabinóides mais comuns. Os fitocanabinóides existentes em plantas do gênero
Cannabis encontram-se destacados em verde. Os compostos obtidos através de processos de aquecimento e/ou envelhecimento das
plantas encontram-se em vermelho e em amarelo, respectivamente.
De todos os fitocanabinóides, o delta-9 tetrahidrocanabinol (∆9-THC) e o canabidiol (CBD) são os mais estu-
dados pela comunidade científica e conhecidos pela população em geral [3]. O ∆9-THC e os seus derivados
destacam-se por proporcionar um efeito psicoativo nos seres humanos. O canabinol (CBN) e o delta-8 tetrahi-
drocanabinol (∆8-THC) são menos potentes por serem produtos da oxidação do ∆9-THC. Todos os outros
fitocanabinóides não apresentam propriedades psicoativas [4].
Os fitocanabinóides ∆9-THC e o CBD têm sido aplicados com sucesso na prática clínica. Em contexto tera-
pêutico, estas substâncias podem ser apresentadas e administradas isoladamente, combinadas em diferentes
proporções, ou em composições mais complexas, como os extratos obtidos da Cannabis. A utilização destes
extratos tem apresentado melhor tolerabilidade e vantagens terapêuticas em relação às substâncias isoladas
da Cannabis [5]. Estes benefícios são devidos a um ”efeito sinergético”entre os fitocanabinóides e outros tipos
de substâncias que compõem cada extrato, como por exemplo os terpenos [6].
Os efeitos do ∆9-THC [14, 15] (ver Figura 3) resultam majoritariamente da sua interação com os receptores
canabinóides [16]. O CBD tem uma fraca afinidade para CB1 e CB2 [17], mas aumenta indiretamente os níveis
de endocanabinóides por inibir sua degradação e interage com outros receptores não-canabinóides, como os de
serotonina e adenosina [4, 18]. Além disso, existe também evidência que o CBD pode inibir a ligação do ∆9-THC
ao receptor CB1 [19], conduzindo à atenuação dos efeitos psicoativos do ∆9-THC e consequente redução do
risco dos receptores CB1 desenvolverem tolerância farmacodinâmica. Por este motivo, o CBD é frequentemente
utilizado em associação com o ∆9-THC. A utilização de CBD tem vindo a ser associada a efeitos terapêuticos
como os listados na Figura 4 [4, 20].
* Usualmente não existem efeitos negativos associados. Os efeitos negativos aqui apresentados são relativos a altas doses
(iguais ou maiores a 600 mg/dia). Estes sintomas são sentidos em menos de 10% dos pacientes [21].
O DNA é uma estrutura molecular complexa, que armazena a informação necessária para o desenvolvimento,
a sobrevivência e a reprodução dos organismos vivos. É transmitido à descendência, pelo que existe uma
herança da informação nele contida. Apesar da maioria da sequência do DNA ser conservada entre indivíduos,
existe uma pequena fração variável que é responsável pela diversidade de características. Por sua vez, esta
diversidade estende-se à forma como o organismo de cada indivíduo responde à exposição aos fitocanabinóides.
Por este motivo, o estudo de marcadores específicos no DNA permite inferir acerca da capacidade individual
de metabolização destas substâncias e também da predisposição para determinados efeitos secundários
resultantes da exposição. O conhecimento da informação genética é determinante para melhorar a experiência
de utilização de fitocanabinóides.
Este teste tem como objetivo apresentar recomendações a respeito da composição de produtos, doses dos
princípios ativos e vias de administração mais adequadas ao paciente, considerando o seu perfil genético. Trata-
se de uma abordagem conhecida como medicina personalizada, aplicada ao uso terapêutico de fitocanabinóides.
A necessidade da utilização de fitocanabinóides vai depender do seu uso terapêutico, de modo que essa decisão
deve ser tomada com assistência médica.
4. O SEU RELATÓRIO
Etnia: N.A.
Número de processo: N.A.
Motivo: N.A.
Propósito do teste: Farmacogenética Data de requisição: N.A.
Este teste genético analisa 55 variantes genéticas em 29 genes associados à utilização de fitocanabinóides. O
teste identifica o seu perfil genético e informa sobre como a utilização de fitocanabinóides pode lhe impactar.
Os genes avaliados encontram-se discriminados abaixo.
Este teste genético foi desenvolvido para ser utilizado como uma ferramenta de trabalho do seu médico ou
profissional de saúde. Os resultados obtidos poderão orientar na definição de uma terapêutica personalizada,
tendo sempre como foco o aumento da eficácia do tratamento, assim como a diminuição do risco de experien-
ciar efeitos adversos.
Os resultados apresentados neste teste não se destinam a fornecer um diagnóstico médico ou a fornecer
recomendações médicas, deverão ser considerados apenas como informativos. A realização deste teste, assim
como os resultados obtidos, não podem ser utilizados como substitutos de aconselhamento e tratamento
médico profissional. Os resultados do teste genético não dependem da condição física, clínica ou terapêutica
utilizada pelo indivíduo testado. É importante que consulte o seu médico antes de utilizar qualquer produto à
base de fitocanabinóides.
A empresa iPROPRIUM não se responsabiliza por eventuais efeitos secundários causados pela utilização de
Cannabis sendo que recomenda que procure ser consultado por um profissional de saúde especializado em Can-
nabis medicinal antes de tentar substituir os medicamentos que lhe são regularmente prescritos por produtos
à base de fitocanabinóides.
A análise dos vários marcadores genéticos encontra-se dividida em três grandes áreas: 1) Metabolismo de
fitocanabinóides; 2) O impacto dos fitocanabinóides no seu bem-estar; 3) A sua predisposição para a utilização
crônica de fitocanabinóides. Nas páginas seguintes do relatório, você irá encontrar os seus resultados para cada
uma destas áreas.
Dentre as diversas enzimas que participam deste processo, as principais fazem parte das famílias citocromo
P450 (CYP450), como a CYP2C9, a CYP2C19 e a CYP3A4, responsáveis pela hidroxilação e oxidação, e
UDP-glucuronosiltransferase (UGT), como a UGT1A1, a UGT1A3, a UGT1A9 e a UGT2B7, que catalisam a
conjugação com o ácido glucorônico [7, 22, 24, 25]. Estas modificações químicas alteram as propriedades dos
fitocanabinóides. No caso do ∆9-THC, por exemplo, alguns passos de metabolização resultam na perda de
efeito psicoativo [25].
Algumas alterações nos genes responsáveis pela produção destas enzimas resultam numa capacidade de me-
tabolização alterada, impactando a capacidade do organismo degradar e eliminar os fitocanabinóides e, conse-
quentemente, alterando o efeito produzido por estes [7]. O estudo de alterações genéticas permite inferir a
capacidade de metabolização individual e ajustar a exposição aos fitocanabinóides de forma a melhorar a expe-
riência de utilização, influenciando a escolha da via de administração, a frequência da exposição e as doses mais
apropriadas de ∆9-THC e CBD.
THC
O ∆9-THC é o princípio ativo presente na planta da Cannabis que causa efeitos psicoativos. Enzimas presentes
no fígado irão transformar o ∆9-THC no metabólito 11-OH ∆9-THC, que por sua vez também é uma substân-
cia psicoativa. A substância 11-OH ∆9-THC é posteriormente desativada, também no fígado, dando lugar à
substância não-psicoativa 11-COOH ∆9-THC [26, 27]. Paralelamente a estas transformações, o organismo tem
a capacidade de converter as substâncias 11-OH ∆9-THC e 11-COOH ∆9-THC de modo que facilitará a sua
excreção [27]. As principais vias de excreção são as fezes, no caso do 11-OH ∆9-THC, e a urina, no caso do
11-COOH ∆9-THC [22].
Inalação
Ingestão
OBSERVAÇÃO: Estas recomendações são diretamente extrapoladas dos resultados genéticos. Deve ser lida a informação mais detalhada nas seções seguintes
e devem ser tidos em conta outros fatores não-genéticos.
A análise do seu perfil genético indica que possui um metabolismo normal para o ∆9-THC, um metabolismo normal para o
11-OH ∆9-THC e um metabolismo parcialmente reduzido para o 11-COOH ∆9-THC.
• A substância 11-COOH ∆9-THC poderá permanecer no seu organismo por um período de tempo superior ao normal.
• O gene ABCB1 codifica a Glicoproteína-P e influencia a biodisponibilidade do ∆9-THC. Os seus resultados estão associa-
dos a um aumento da função da Glicoproteína-P, levando à diminuição da biodisponibilidade e do tempo de permanência
do ∆9-THC nos tecidos. Em utilizadores frequentes de Cannabis, a diminuição da biodisponibilidade nos tecidos origina
níveis mais elevados de ∆9-THC em circulação, uma vez que o organismo utiliza a corrente sanguínea como via de
eliminação da substância [28].
ESTRATÉGIA DE ADMINISTRAÇÃO
• Doses maiores de 20 mg de ∆9-THC provocam efeitos psicoativos substanciais e só devem ser administradas após
experiência inicial, e em decorrência de tolerância aos efeitos farmacológicos do ∆9-THC.
Os valores apresentados são indicativos. Dependendo da finalidade, o seu médico assistente poderá fazer alterações à poso-
logia referida. Assim, é aconselhado que mantenha uma comunicação ativa com o seu médico.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
O seu perfil genético indica que poderá se beneficiar da utilização de ∆9-THC, administrado por inalação ou por ingestão oral.
• A ação do ∆9-THC poderá ser sentida, em média, entre 20 a 40 minutos após a utilização.
• O efeito do ∆9-THC é experienciado de um modo intenso, contudo menos duradouro, visto que o ∆9-THC entra em
contato com o cérebro mais rapidamente e o organismo tem a capacidade de degradar esta substância durante a primeira
hora após exposição.
• O efeito do ∆9-THC poderá ser sentido de um modo mais duradouro, durante 2 a 6 horas, essencialmente devido à
formação do metabolito 11-OH ∆9-THC.
• A excreção total da substância 11-COOH ∆9-THC do seu organismo acontecerá após 24 horas.
• A absorção do ∆9-THC pode ser aumentada através da sua ingestão com alimentos ricos em gorduras saturadas como
carnes, laticínios e nozes.
Para obter mais informação que o ajude a decidir acerca das quantidades de ∆9-THC a utilizar, explore a seção 4.5. Aqui poderá
perceber o impacto que a utilização de fitocanabinóides poderá ter no seu bem-estar.
Optar por produtos com CBD na sua composição poderá ser benéfico na atenuação dos efeitos psicoativos do ∆9-THC.
Veja os seus resultados referentes à metabolização de CBD para tomar uma decisão mais informada.
INFORMAÇÃO ADICIONAL
Tendo em conta os seus resultados, a ingestão de água após o consumo de fitocanabinóides poderá ser particularmente
vantajosa, uma vez que irá ajudar a aumentar a excreção renal deste tipo de substância.
CBD
O CBD é o princípio ativo presente na planta da Cannabis que não causa efeitos psicoativos. Esta substância
tem sido utilizada como antipsicótico, ansiolítico e antiepilético, anti-inflamatório e na melhora do sono [4].
Dependendo da finalidade, o seu médico assistente pode prescrever diferentes posologias e frequências de
administração. O CBD é metabolizado no fígado dando lugar à substância 7- OH CBD [29]. Por sua vez, o 7-OH
CBD, sofrerá uma transformação que facilitará a sua excreção do organismo através da urina [30, 31].
A análise do seu perfil genético indica que possui um metabolismo aumentado para o CBD e um metabolismo aumentado
para o 7-OH CBD.
• Os efeitos terapêuticos do CBD poderão ser sentidos de modo mais brando. Considere usar doses maiores dos produtos
contendo unicamente esta substância.
ESTRATÉGIA DE ADMINISTRAÇÃO
• É possível que você necessite de doses mais elevadas de CBD e/ou realize administrações mais frequentes.
Qualquer alteração à posologia e frequência de exposição deve ser acompanhada pelo seu médico assistente.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Poderá sentir efeitos com diferentes intensidades e tempos de duração, dependendo do modo de administração pelo qual
opte.
• A inalação é muito eficaz para o tratamento de sintomas agudos sendo que irá experienciar os efeitos do CBD de forma
quase imediata, contudo, menos duradoura.
• Por via oral, os efeitos do CBD demoram mais tempo a ser sentidos mas são mais duradouros do que pela via inalada.
A biodisponibilidade do CBD pode ainda ser aumentada pela sua ingestão com alimentos ricos em gorduras saturadas
como carnes, laticínios e nozes, entre outros.
• A via sublingual proporciona uma maior biodisponibilidade do CBD do que por ingestão oral.
Através dos inúmeros estudos científicos desenvolvidos nesta área, é possível inferir acerca de alguns dos
efeitos adversos que possam surgir através da utilização de fitocanabinóides [32, 33] (ver Figura 5). Contudo, é
importante referir que estes efeitos não são experienciados por todos os usuários, existindo uma relação entre
a predisposição genética e a suscetibilidade de cada indivíduo para os potenciais efeitos subjacentes ao uso de
fitocanabinóides. A identificação do impacto que a utilização de fitocanabinóides terá no seu bem-estar permitirá
com que faça uma escolha segura e efetiva em relação à composição dos produtos à base de Cannabis, dose e
frequência de administração.
Impacto no cotidiano
Com o objetivo de avaliar o impacto da Cannabis em várias áreas da vida cotidiana, foi desenvolvida pela comu-
nidade científica uma escala de 19 itens para que o utilizador crônico de Cannabis identifique potenciais efeitos
negativos resultantes da sua utilização [34, 35]. Esses 19 itens foram escolhidos com base nos relatos de
indivíduos que procuram ajuda para a utilização indevida de Cannabis e abrangem várias áreas, das quais são
exemplos a saúde física, as relações sociais, a motivação, a produtividade, a memória e o trabalho [35]. A pon-
tuação final na escala será tão mais elevada quanto mais negativo for o impacto da Cannabis nos vários itens
considerados. Poderá fazer a sua própria avaliação com o auxílio de um profissional de saúde. As evidências
científicas mostram uma frequência mais elevada de marcadores genéticos específicos nos indivíduos com pon-
tuação elevada nesta escala [36]. Através desta informação, é possível identificar indivíduos mais suscetíveis
a experienciar efeitos negativos no cotidiano, o que possibilita uma gestão mais personalizada da utilização de
Cannabis.
Os seus resultados mostram uma predisposição aumentada para um impacto negativo da Cannabis na vida cotidiana.
É recomendado que se mantenha vigilante aos possíveis impactos da terapêutica à base de Cannabis no seu cotidiano. Tal
como explicado na introdução desta área, existe uma escala para avaliação do potencial risco de desenvolvimento de problemas
associados à Cannabis durante o uso crônico. Tendo em conta o seu perfil genético, é recomendado que responda a esta escala
com o auxílio do seu médico para avaliar o custo-beneficio deste tratamento e possivelmente reajustar a dose e frequência de
utilização.
O esquema seguinte ilustra os genes com impacto para este parâmetro, dentre todos os avaliados:
FAAH
O uso de derivados de Cannabis, mais especificamente de produtos contendo a substância psicoativa ∆9-THC,
pode provocar alterações do estado psicológico e comportamental nos indivíduos suscetíveis. A nível com-
portamental, pode ser observado um aumento na agressividade do indivíduo, assim como da propensão para
desenvolver comportamentos sexuais de risco [37, 38, 39]. Os efeitos psicológicos podem ir desde o desenvol-
vimento de sintomatologias de depressão e apatia, e transtorno de personalidade antissocial, até a episódios
de psicose [40, 41, 42]. É de notar que todos estes efeitos não acontecem imediatamente mas podem surgir
após o uso de quantidades excessivas e continuadas [43]. As alterações descritas podem ser agravadas pela
existência de patologia psiquiátrica [44]. Outros fatores que podem aumentar a probabilidade do indivíduo expe-
rienciar tais alterações estão relacionados com a predisposição para desenvolvimento de sintomas de ansiedade,
depressão e/ou impulsividade, mesmo que não diretamente associados ao uso prévio de fitocanabinóides.
O seu perfil genético indica que possui uma predisposição baixa para desenvolver alterações psicológicas e de comportamento
como consequência da utilização de Cannabis.
Mesmo tendo um perfil considerado seguro, sugerimos que faça uma auto-avaliação contínua do seu estado psicológico e
comportamental.
O impacto associado à utilização de fitocanabinóides foi calculado tomando em consideração as seguintes especificidades:
• Portadores da mesma variante de AKT1 que foi identificada no seu genoma apresentam maior propensão ao desenvol-
vimento de psicose, em resposta à exposição diária a Cannabis [45, 46, 47].
Outros fatores específicos do seu genoma que podem influenciar, indiretamente, a sua resposta ao uso de Cannabis encontram-
se relacionados com as seguinte particularidades:
• Os seus resultados mostram a presença de uma variante específica do gene CNR1 associada a maior impulsividade,
em indivíduos expostos a um ambiente de adversidade psicossocial no início da sua infância [48]. Esta associação foi
determinada no período da adolescência e não existem informações sobre a sua extensão à vida adulta. Considere-se
sob risco aumentado se experimentou episódios de transtorno psiquiátrico, delinquência ou se os demais fatores estão
presentes em sua família: baixo nível de educação dos pais, famílias uniparentais, gravidez não desejada, discordância
• O seu perfil genético mostra um genótipo de COMT que influencia positivamente os sintomas resultantes da exposição
a Cannabis [49]. Esta variante predispõe, portanto, para uma experiência de utilização mais positiva.
• Os seus resultados mostram a presença de uma variante do gene FAAH associada a uma predisposição para comporta-
mentos de menor ansiedade (ansiolíticos), particularmente para uma diminuição da resposta ao medo e da sensibilidade
a ameaças [50, 51]. Portadores desta variante poderão ter, assim, maior tendência a correr riscos.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
• Caso experience sintomas psicóticos, é importante que os reporte ao seu médico. Os principais sintomas de psicose são
alucinações e delírios. Alucinações acontecem quando se ouve, vê e, em alguns casos, sente, cheira ou prova algo que
não existe. Delírios são caracterizados por uma crença inequivoca em situações inexistentes, por exemplo, crença de ser
alvo de perseguição ou de uma conspiração.
• Caso tenha problemas psicológicos ou antecedentes na família e/ou esteja a tomar medicamentos psicotrópicos, estará
mais propenso a transtornos deste tipo. Tenha especial cuidado na utilização de produtos que contenham ∆9-THC. O
CBD, por outro lado, tem um papel importante na redução da ansiedade e prevenção de ocorrência de episódios de
psicose.
O esquema seguinte ilustra os genes com impacto para este parâmetro, dentre todos os avaliados:
FAAH S100A10
Função cognitiva
A cognição é a capacidade de assimilar e processar os dados que chegam de diferentes vias, como a percepção
e a experiência, e convertê-los em conhecimento. A função cognitiva engloba diferentes processos que fazem
parte do desenvolvimento intelectual. Entre eles podem ser enumerados a aprendizagem, a atenção, a memó-
ria, o raciocínio e a tomada de decisões [52]. A utilização inadequada de fitocanabinóides, particularmente de
∆9-THC, encontra-se relacionada com a redução da função cognitiva [15, 42].
O seu perfil genético indica que possui uma predisposição baixa para desenvolver problemas relacionados com a sua função
cognitiva, como consequência da utilização de Cannabis.
O impacto associado à utilização de fitocanabinóides foi calculado tomando em consideração as seguintes especificidades:
• É portador de uma variante específica do gene AKT1 associada a uma diminuição do desempenho cognitivo em res-
posta à utilização de Cannabis, particularmente com predisposição a um maior tempo de resposta e menor precisão no
desempenho de tarefas cognitivas [53].
• O seu genótipo do gene COMT sugere menor capacidade de manter a atenção em resposta ao ∆9-THC [54, 55].
RECOMENDAÇÕES GERAIS
• Dada a sua predisposição genética para uma redução da velocidade de processamento e/ou atenção, recomenda-se que:
decisão importantes.
O esquema seguinte ilustra os genes com impacto para este parâmetro, dentre todos os avaliados:
Tal como acontece com outras substâncias, a utilização continuada de elevadas quantidades de Cannabis leva
a que o cérebro sofra um processo de adaptação e reduza não só a produção de endocanabinóides como a
sua sensibilidade à ação destes. Nesta situação, a sinalização do sistema endocanabinóide entra em défice
ao ser interrompida a utilização de Cannabis (abstinência). Como consequência, podem ser experienciados
vários sintomas, como perturbações do sono e apetite, náuseas, dores de cabeça e irritabilidade. Estes cessam
espontaneamente, ao ser restaurada a produção normal de endocanabinóides. De modo a evitar experienciar
sintomas, é frequente a continuação da utilização de Cannabis, da qual resulta a exposição crônica.
Estudos científicos têm vindo a demonstrar que o ∆9-THC é responsável pelo desenvolvimento de sintomas
de abuso de Cannabis, particularmente em indivíduos geneticamente suscetíveis, por afetar a regulação dos
sistemas biológicos de recompensa. A utilização de produtos com níveis elevados de ∆9-THC aumenta,
portanto, o risco de desenvolvimento de dependência e de sintomatologia agressiva após o cessar abrupto da
utilização crônica.
O CBD, por outro lado, não apresenta características aditivas. Inclusive, o seu extracto puro tem demonstrado
potencial terapêutico na prevenção de recaídas, em indivíduos que se encontrem em recuperação após um longo
período de abuso de Cannabis [56, 57].
As evidências científicas demonstram que a utilização crônica e excessiva de Cannabis é uma característica he-
reditária, ou seja, influenciada pela genética. Por este motivo, é relevante a avaliação de marcadores genéticos
com associação demonstrada a esta dependência. Com base nesta informação, é possível identificar utilizadores
propensos a uma utilização inadequada, devendo o uso de Cannabis, nestes indivíduos, ser especialmente mo-
nitorado. Particularmente relevante em indivíduos com esta predisposição, a utilização inadequada é o principal
fator associado ao desenvolvimento de efeitos adversos, pelo que é aconselhada a integração dos resultados
presentes nesta seção com os apresentados nas seções anteriores.
O seu perfil genético está associado a uma predisposição intermediária para a dependência de Cannabis.
Tendo em conta o seu resultado, é importante que aumentos de dose e/ou da frequência de exposição sejam discutidos
com um profissional de saúde. A sua realização voluntária pode resultar numa utilização inadequada e, em último lugar, no
desenvolvimento de dependência. É aconselhada a realização de pausas na utilização de Cannabis. Estas pausas devem
ser discutidas e planejadas em conjunto com o profissional de saúde e permitem reduzir o risco de dependência e evitar
fenômenos de tolerância às substâncias associadas à planta, nomeadamente ao ∆ − 9 THC. Evitando a tolerância, o
organismo continuará a reagir à dose e frequência definidas como terapêuticas.
O esquema seguinte ilustra os genes com impacto para este parâmetro, dentre todos os avaliados:
5. INFORMAÇÃO TÉCNICA
5.1. METODOLOGIA
1. A extração de DNA é realizada no equipamento de extração automática MagNA Pure Compact (ROCHE) pela utilização do kit MagNA Pure
Compact Nucleic Acid Isolation Kit I (ROCHE). A avaliação da concentração e qualidade de DNA é feita usando o espectrofotômetro MultiskanGo
(Thermo Scientific).
2. A genotipagem foi realizada pelo estudo de 55 variantes genéticas, em 29 genes, descritas como associadas à utilização de fitocanabinóides.
3. A genotipagem foi realizada utilizando um Microchip de DNA numa plataforma de alta vazão, que faz uso da tecnologia iPLEX® MassARRAY®
(Agena Bioscience, Inc.). O Microchip de DNA permite uma análise genética otimizada, combinando uma reação de PCR específica para cada
variante alélica, pela extensão de primer, com a espectrometria de massa MALDI-TOF. As diferentes massas obtidas são convertidas em
informação genética.
4. De acordo com a brochura da tecnologia iPLEX® da Agena Bioscience, o sistema MassARRAY® realiza a genotipagem de SNPs com um elevado
nível de precisão e reprodutibilidade (em ensaios validados, demonstrou uma taxa de atribuição de genótipo com uma precisão superior a 99%).
A HeartGenetics, Genetics and Biotechnology SA é uma empresa com Sistema de Gestão da Qualidade com certificação ISO 9001 e
ISO 13485, e que aplica um Programa de Avaliação Externa da Qualidade do UK NEQAS. O laboratório que realiza os testes genéticos
compromete-se, em qualquer momento, a cumprir todas as certificações e leis aplicáveis no seu território.
1
A identificação numérica associada a cada variante está ligada a uma sequência de referência obtida no banco de dados do Ensembl (http://www.ensembl.org/
index.html).
Haplótipos identificados: CYP2C19: *1/*17; CYP2C9: *1/*1; CYP3A4: *1/*1; UGT1A1: *1/*1; UGT1A3: *1/*3; UGT1A9: *1/*1
Nota: Os haplótipos *1 são considerados na ausência dos alelos variantes avaliados neste teste.
Na tabela seguinte são apresentadas as variantes genéticas identificadas no seu genoma que não estão, até à data, identificadas
como tendo impacto na definição de um planejamento terapêutico à base de fitocanabinóides.
Referência da alteração genética
Gene Alteração nucleotídica 1 Alteração aminoacídica Resultado
HGMD Ensembl
AKT1 CM081515 rs1130233 g.104773557C>T p.Glu242= C
BDNF CM020369 rs6265 g.27658369C>T p.Val66Met C
CLTC – rs12944716 g.59618631A>G – GA
CNR1 CR073542 rs12720071 g.88141462T>C – T
CNR1 – rs1406977 g.88175102C>T – T
CNR1 – rs2023239 g.88150763T>C – T
CNR1 – rs806368 g.88140381T>C – T
COL25A1 – rs13134663 g.108919403A>G – A
DBH CR014914 rs1611115 c.-979T>C – C
DRD2 CS076613 rs1076560 g.113412966C>A – C
MAPK14 – rs12199654 g.36041718A>G – GA
MGLL – rs604300 g.127724009A>G – G
NRG1 – rs17664708 g.32579499C>T – C
RP11206M117 – rs143244591 g.149296148G>A – G
S100A10 – rs72993629 g.151996263G>T – G
S100B – rs186825689 g.46586140A>C – A
SLC35G1 – rs146091982 c.360-551A>G – A
1
A identificação numérica associada a cada variante está ligada a uma sequência de referência obtida no banco de dados do Ensembl (http://www.ensembl.org/
index.html).
Direção científica
PROPRIUM Portugal Lda.
Direção técnica
HeartGenetics, Genetics and Biotechnology SA
Cantanhede, N.A.
Portugal
6. REFERÊNCIAS
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