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SITUAÇÃO DE USO
Discussão crítica sobre estereótipos.
MARCADORES
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO
Leia a descrição apresentada e associe-a com uma das mulheres das
fotos:
Unidade Didática elaborada por: Camila Azevedo, Lucas Chagas e Sandra de Jesus. LET B12, UFBA.
BLOCO DE ATIVIDADES
Atividade 1: Ouça a música Me Conheça Melhor e responda:
Unidade Didática elaborada por: Camila Azevedo, Lucas Chagas e Sandra de Jesus. LET B12, UFBA.
Atividade 4: Faça a leitura do texto a seguir:
Juíza trabalhista Mylene Pereira Ramos fala sobre preconceito racial na Justiça
“Nossa, mas a senhora não tem cara de juíza” é uma frase que a juíza Mylene
Pereira Ramos está muito acostumada a ouvir. Para muitos de seus
interlocutores, Mylene não tem cara de juíza por uma razão específica: ela é
negra.
Juíza do trabalho desde 1994, há alguns anos ela teve de ler um recurso que a
deixou ultrajada. O advogado de um skinhead que requeria vínculo trabalhista
com uma gravadora musical e teve o pedido negado por ela, ajuizou um
recurso em que pedia que seu cliente fosse julgado por um juiz branco. “Foi
muito aviltante ler aquilo. Nunca tinha visto uma coisa como aquela”, afirma.
Unidade Didática elaborada por: Camila Azevedo, Lucas Chagas e Sandra de Jesus. LET B12, UFBA.
que o pai é fazendeiro. Eu sou eu, a Mylene, que teve esta determinada
experiência de vida. É isso que faz com que o juiz estabeleça determinados
critérios de avaliação na vida, crenças e valores. Quando você tem juízes
diversos, vai ter pessoas diversas avaliando os casos. Por exemplo, um
reclamante diz que era discriminado porque era chamado de “negão” ou que
ouvia dos colegas “samba aí”. Mas a testemunha diz: “era brincadeira, a gente
pedia para ele sambar porque achava bonito. Meu melhor amigo é preto, não
era preconceito”. Um determinado juiz pode se perguntar: “onde está o
racismo? Não tem problema nenhum”. Eu, por causa da minha história, vou
analisar de outra forma.
De que forma?
Acho que um dos grandes preconceitos é você não ser reconhecida pelo que
você realmente é. Nesta semana, uma advogada veio me entregar memoriais.
Eu estava na sala junto com os funcionários. Falei: “sim?”. Ela ficou meio assim
e disse: “a senhora que é a juíza? Nossa, a senhora é tão jovem, nem pensei
que pudesse ser a juíza. Não tem cara de juíza”. Não tem cara de juíza é uma
frase que sempre ouço. Quando a pessoa se assusta e não consegue
reconhecer num negro a figura de um juiz, a culpa não é dela; é da sociedade.
Isto é um reflexo da falta de diversidade no Judiciário. Minha mãe às vezes
vinha ao fórum para me ver atuando. Isso aconteceu pouquíssimas vezes.
Mas, nessas pouquíssimas vezes, minha mãe ouviu comentários, como por
exemplo: “olha que absurdo: essa mulher é juíza. Há um tempo atrás ela
estaria na cozinha da minha casa lavando o chão”. Às vezes acontecem casos
muito extremos. Julguei improcedente uma reclamação trabalhista de um
skinhead que, de fato, não tinha cabimento algum. Depois de ter sido preso em
flagrante por ter agredido um homossexual negro na Avenida Paulista, ele foi
desligado do trabalho. O advogado entrou com um recurso dizendo que queria
que o processo de seu cliente fosse julgado por um juiz branco, não por mim.
Eu estou tendo preconceito porque sou negra? A pessoa de fato escreveu isso,
estamos numa sociedade doente.
Unidade Didática elaborada por: Camila Azevedo, Lucas Chagas e Sandra de Jesus. LET B12, UFBA.
Atividade 5: Escreva para a seção “carta do leitor” do jornal JOTA e
manifeste sua opinião sobre o tema tratado na entrevista.
EXTENSÂO DA UNIDADE
Atividade 1: Analise as imagens a seguir:
Unidade Didática elaborada por: Camila Azevedo, Lucas Chagas e Sandra de Jesus. LET B12, UFBA.
Disponível em: <http://piadasdegosto.blogspot.com.br/2010/11/xd.html>.
Acesso em: 26 ago, 2017.
ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO
Unidade Didática elaborada por: Camila Azevedo, Lucas Chagas e Sandra de Jesus. LET B12, UFBA.