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A palavra Estado, grafada com inicial maiúscula, é uma forma organizacional cujo significado é de natureza política. É
uma entidade com poder soberano para governar um povo dentro de uma área territorial delimitada.
As funções tradicionais do Estado englobam três domínios: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário.
Numa nação, o Estado desempenha funções políticas, sociais e econômicas.
Também são designadas por Estado, cada uma das divisões político-geográficas de uma república federativa. Estas
divisões são autônomas e possuem um governo próprio regido por uma estrutura administrativa local. O Brasil é dividido em 26
Estados e um Distrito Federal.
Grafada com inicial minúscula, a palavra estado significa a situação presente em que se encontra alguma entidade.
Exemplos: estado de pobreza, estado do tempo, estado civil, estado físico etc.
O Executivo trata do cumprimento destas normas e da Gestão Pública. O Judiciário cuida da solução dos conflitos e
divergências na aplicação das leis. Cada poder exerce as funções dos outros dois em âmbitos restritos. O Executivo funciona
como judiciário em processos administrativos, e legisla por meio de medidas provisórias. O Judiciário administra seus recursos, e
legisla por jurisprudência. O Legislativo administra seus próprios recursos e julga em comissões parlamentares de inquérito.
Estamos sempre na busca de exercer certo tipo de poder, às vezes conscientes, outras vezes agindo por instinto. O
poder é exercido, seja para impor uma vontade a outrem, para compor interesses diferentes e até mesmo divergentes ou para
fazer valer uma norma coletiva capaz de promover a harmonia nas relações humanas. O fato é que a relação de poder é um fator
inerente à vida em sociedade. O poder, quase sempre, é exercido sem que a parte submissa perceba, quero dizer, na maioria das
vezes, o poder é imperceptível. A sutileza no exercício do poder é um fator importante na relação de mando, pois envolver a parte
submissa na engrenagem dominante como se fosse parte do todo, como se o projeto dominante fosse dela, é a melhor maneira
de dar ao poder constituído uma eficácia duradoura.
O fazer política não pode ser um meio para garantir vida boa para alguns privilegiados. Pelo contrário, deve ser um ato de
vontade daqueles que optaram por fazer desta atividade um instrumento para a edificação de uma sociedade cuja premissa
fundamental seja a edificação de um novo tipo de relação entre as pessoas onde a ética, o respeito às diferenças e,
fundamentalmente, fazer do desenvolvimento econômico o elemento chave para fazer diminuir as desigualdades sociais.
Valorizar a boa prática é estimular a ampliação participativa dos cidadãos nas decisões administrativas e no arcabouço normativo
que organiza a vida em sociedade. Combater e procurar derrotar as visões autoritárias, o elitismo, o personalismo e o
patrimonialismo na política são tarefas de todos que veem a política como espaço de todos. Dar azo ao seu rebaixamento,
classificando a política como sendo uma atividade humana desprezível é um desserviço à coletividade. A política esteve, está e
estará presente no cotidiano das pessoas independente de conceitos valorativos subjetivos.
O resgate da boa prática política é o único modo de ampliar o contingente de cidadãos interessados em participar da
condução do Estado. Por outro lado, esvaziar a participação política é a melhor forma de exercer, sem questionamentos, o poder.
Este é o desejo de uma casta que sempre fez da política um meio de vida. Qual o brasileiro que nunca ouviu ou leu a
expressão “política não foi feita para amador?” Esta é uma afirmação que fortalece a ideia do poder nas mãos de poucos, a ideia
da política como uma profissão e nunca como um espaço para os vocacionados a doar-se aos interesses públicos.
A política não se compara a uma atividade de lazer, que dialoga, quase sempre, com a sensação de bem-estar subjetivo
dos indivíduos. Ela é, na sua essência, uma atividade voltada para organizar a sociedade, efetivar programas voltados para o bem
comum, promover a harmonia entre os indivíduos e modelar o poder do Estado. Até porque a humanidade optou, a partir de sua
necessidade, por um tipo de organização social em torno do Estado que facilitasse a sua convivência coletiva.
É da natureza da política ser relacionada com termos fortes, sejam eles de cunho positivo ou negativo. Nada assustador.
Na verdade, a política trata de temas complexos. Quando falamos de política há uma associação imediata com termos
como interesses, ambições, poder, armas, força, persuasão, leis, repressão, justiça, injustiça, disputa, programa,
ideologias. Enfim, a política não é a expressão apenas do bem, mas também não é a imposição do mal. Ela é a expressão do
todo em disputa em uma sociedade, ou melhor, por ser a política o instrumento fundamental que por ela se disputa o poder com a
finalidade de administrar os estados, esta carrega em si todas as contradições inerentes à vida em sociedade.
Não há política sem poder e não há poder sem domínio, como definimos antes, “o poder é a capacidade de alguém levar
um indivíduo ou um grupo de indivíduos a fazer(em) ou deixar de fazer(em) algo. Portanto, a política é um instituto onde seus
atores postulam, por métodos variados, determinar ou no mínimo influenciar as condutas, orientações e opções dos demais
indivíduos. No exercício do poder, ao longo da história, sempre esteve presente a relação hierárquica, uma relação de mando e
comando. Não se trata de questionar o conceitos de poder e sim a forma de exercício do poder, pois é na forma de comandar e no
estilo de mando que se consolidam a dimensão de liberdade dos indivíduos, bem como o tipo de igualdade que se pretende
construir em cada Estado.