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GOVERNO DA PARAÍBA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

COMISSÃO EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

DIRETRIZES PARA O FUNCIONAMENTO DAS ESCOLAS CIDADÃS


INTEGRAIS E ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS TÉCNICAS

João Pessoa, novembro de 2016.

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APRESENTAÇÃO

O presente documento destina-se ao funcionamento das Escolas Cidadãs


Integrais (ECI) e Escolas Cidadãs Integrais Técnicas (ECIT), e tem por
objetivo o alinhamento e organização de todo o trabalho das escolas,
desde as ações pedagógicas e administrativas até às curriculares.

Nessa perspectiva, buscamos um rumo, uma direção, uma ação


intencional, com sentido explícito, com um compromisso definido
coletivamente. Apesar das especificidades e particularidades de cada
escola, a necessidade é que todas as escolas trabalhem de maneira
uniforme e alinhada.

Para isso a Comissão Executiva de Educação Integral do Estado da Paraíba


elaborou este manual de normas e diretrizes a serem seguidas por todas
as Escola Cidadãs Integrais.

Da mesma forma a Comissão se coloca à disposição de todas as equipes


gestoras e docentes para orientação, auxílio e colaboração para o
cumprimento das diretrizes aqui apresentadas.

Atenciosamente,

A COMISSÃO EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL (CEEI)

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1. Conceitos:

1.1 Escolas Cidadãs Integrais e Escolas cidadãs Integrais Técnicas

Trazem em seu modelo inovações e propostas que buscam fazer um


divisor de águas na história da educação do estado, e tem como objetivo a
formar cidadãos autônomos, solidários e competentes, indivíduos
protagonistas, agentes sociais e produtivos que possam contribuir com o
mundo atual e suas necessidades.

Elas possuem um conteúdo pedagógico voltado para a formação


educacional de excelência, conforme a regulamentação da Base Nacional
Comum, e a profissionalização do educando conforme método didático e
administrativo próprios. O objetivo é oferecer os fundamentos de uma
escola inclusiva e que visa formar o cidadão para os desafios do século XXI
e assim como também para as exigências profissionais que o mundo
contemporâneo exige, tendo como ponto de partida o educando e
buscando desenvolver os pilares essenciais para a formação de indivíduos
que possam contribuir com a sociedade a partir de sua autonomia, das
diferentes competências e sendo solidários, tudo isso baseado no
incentivo e desenvolvimento do protagonismo juvenil.

1.2. Protagonismo juvenil

É um dos eixos principais da base de sustentação do modelo da Escola


Cidadã Integral e visa desenvolver jovens autônomos, solidários e
competentes atores e sujeitos da própria ação e prontos a buscar a
solução de problemas reais na escola, na comunidade e na vida social mais
ampla;

Refere-se à formação de um sujeito ativo, com espirito de liderança, capaz


de tomar decisões e fazer escolhas embasadas no conhecimento, na
reflexão, na consideração de si próprio e do coletivo.

1.3 Projeto de vida

Projeto de vida é o eixo principal da Escola Cidadã, buscando


problematizar as múltiplas dimensões da identidade dos jovens ainda em

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formação. As aulas de projeto de vida não se referem apenas a um projeto
de carreira, voltado apenas para o lado profissional. Ele vai além, é um
processo de reflexão sobre o “ser e o querer ser”, essas aulas têm por
objetivo ajudar o jovem a planejar o caminho que precisa construir e
seguir para realizar esse encontro seja nas dimensões pessoal, social e
produtiva da vida, num período de curto, médio e longo prazo.

Um Projeto de Vida tende a se realizar na junção de duas variáveis. A


primeira diz respeito à identidade, ou seja, quanto mais o jovem se
conhece, experimenta suas potencialidades individuais, descobre seu
gosto, aquilo que sente prazer em fazer, maior será sua capacidade de
elaborar seu projeto. A segunda, que interfere na elaboração do Projeto
de Vida, é o conhecimento da realidade. Quanto mais o jovem conhece a
realidade em que está inserido, compreende o funcionamento da
estrutura social com seus mecanismos de inclusão e exclusão e tem
consciência dos limites e das possibilidades abertas pelo sistema na área
em que queira atuar, maiores serão suas possibilidades de elaborar e de
implementar seu projeto. As duas variáveis demandam espaços e tempos
de experimentação, bem como uma ação educativa, assim cabe ao
professor de projeto de vida esse papel de orientador e interlocutor desse
processo na vida no jovem.

1.4. Disciplinas Eletivas

São disciplinas temáticas, oferecidas semestralmente, propostas pelos


professores e\ou pelos estudantes e objetivam diversificar, aprofundar e
enriquecer os conteúdos trabalhados pelas disciplinas da Base Nacional
Comum.

As eletivas são escolhidas pelos estudantes, a partir do interesse


demostrado na apresentação dos temas pelos professores e são uma
oportunidade para a ampliação do seu conhecimento de uma forma mais
lúdica e interessante, onde o mesmo possa interagir de forma direta nesse
processo de aprendizagem. A eletiva deve ter como característica a
interdisciplinaridade, não devendo um único professor assumir uma

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eletiva que contemple apenas uma disciplina, seja ela da base comum ou
da área técnica, no caso das escolas técnicas.

1.5. Estudo Orientado

Orientados por um professor, o educando aprende métodos, técnicas e


procedimentos para organizar, planejar e executar os seus processos de
estudo através de uma rotina que contribua para a melhoria da
aprendizagem.

São aulas que tem por objetivo oferecer um tempo qualificado destinado
a realização de atividades pertinentes aos diversos estudos. Essa prática
surgiu da necessidade de se ensinar os estudantes a estudar por meio de
técnicas de estudo e da importância de se criar uma rotina na escola que
contribuísse para a melhoria da aprendizagem.

1.6. Acolhimento

É o momento em que a equipe escolar acompanha a chegada dos


estudantes, o foco é esse bem-vindo, comunicado por palavras, gestos e
olhares, também é o momento de recados da gestão escolar ou dos
educadores em geral. O compartilhamento desse olhar sobre o estudante,
de modo que ele possa realmente ser visto em sua interdimensionalidade.
No acolhimento diário podem ocorrer as celebrações das conquistas dos
estudantes ou da equipe de educadores por algum resultado alcançado,
podem ser feitas dinâmicas, leituras de textos, apresentações artísticas,
músicas, rádio escolar etc. Também é importante a participação de turmas
ou grupos de estudantes nessa ação. É importante que a escola entenda a
importância do acolhimento diário, ele precisa ser o coração da escola e
não pode deixar de acontecer.

1.7. Tutoria

Tutoria de uma forma geral se refere a uma situação de interação, em que


uma pessoa dá apoio a outra para tornar possível que ela desenvolva e
ponha em ação algum direito, dever, conhecimento, competência ou
habilidade. Essa tutoria é uma das formas de exercer a pedagogia da

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presença nas escolas, e dela devem participar os professores e a gestão
escolar.

Nas escolas cidadãs a tutoria é um método para realizar uma interação


pedagógica em que o educador (tutor) acompanha e se comunica com os
estudantes de forma sistemática, planejando seu desenvolvimento e
avaliando a eficiência de suas orientações de modo a resolver problemas
que possam ocorrer durante o processo educativo. A escola junto com
seus docentes precisa trabalhar juntos para que 100% dos alunos sejam
tutorados.

1.8. Salas temáticas

São ambientes onde se realizam as aulas e que são ambientadas de


acordo com as disciplinas que abrigarão. Com as salas temáticas e a
adequação dos recursos, o objetivo é que os estudantes se sintam mais
estimulados por meio do ambiente mais funcional, ajustado ao
desenvolvimento das aulas e atrativo ao aprendizado. Também se
recomenda que as salas possam ser ambientadas pelos próprios
educandos e/ou pela comunidade escolar, que podem contribuir com
objetos, desenhos e/ou pinturas que remetam a disciplina.

1.9. Clubes juvenis

Os clubes são um dos principais instrumentos para o desenvolvimento do


protagonismo juvenil, que é um dos eixos norteadores do modelo da
escola cidadã integral. Eles surgem a partir da vivência e do interesse
coletivo dos alunos, ocorrem em períodos de intervalo, na hora do almoço
ou até mesmo em horários depois das aulas ou nos fins de semana. Porém
é preciso sempre a comunicação e o agendamento dessas atividades junto
a gestão escolar, assim como também a presença de um adulto, no caso
dos fins de semana e horários pós aula. Os clubes juvenis têm como
objetivo a convivência e o desenvolvimento da solidariedade e do respeito
às diferenças, além disso, nos clubes os educandos desenvolvem
habilidades da base comum curricular de formas variadas e divertidas. Os
mesmo têm a participação de professores que atuam como padrinhos de
clubes orientando os participantes quando necessário. Os clubes juvenis

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são compostos por alunos e requer uma organização e hierarquia para seu
funcionamento, eles escolhem e elegem seus membros representantes
como presidente, vice-presidente, secretários e etc., tudo para colaborar
de forma efetiva com o bom funcionamento do mesmo. O objetivo é que
100% dos alunos estejam engajados em clubes juvenis, e o corpo
docente precisar incentivar a participação e acompanhar o
funcionamento dos clubes.

1.10. Espaços de convivência

São os espaços da escola em geral, salas de aula, corredores, banheiros,


refeitório e biblioteca entre outros. São espaços destinados não só a
momentos de estudo, mas também de descanso, interação,
acompanhamentos e recreação, durante os intervalos, onde muitas vezes
além dos educandos, também os educadores estão presentes exercendo a
tutoria, por exemplo. Os espaços de convivência devem ser mantidos de
forma organizada e limpa, sendo da responsabilidade de todos o
mantimento adequado de tais ambientes, assim como também
preservação do patrimônio público.

1.11. Líderes de turma

Eleitos por suas respectivas turmas, os líderes possuem a missão de


comunicar-se adequadamente entre seus colegas de turma e a gestão
escolar, além de tornarem-se parte da equipe gestora, buscando a solução
de problemas

Os líderes têm papel fundamental na solução de problemas entre os


educandos e no auxílio de ações que ocorram na escola. Eles precisam
exercer o papel de protagonistas e líderes sempre buscando o melhor
para a convivência coletiva na escola. Os mesmo se reúnem com a direção
sempre que necessário, porém fica alinhada uma reunião periódica a cada
15 dias no máximo.

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1.12. Avalições

O que é:

A avaliação é concebida como um instrumento de gestão do ensino e da


aprendizagem e deve demonstrar até que ponto as intenções educativas e
os objetivos dos educadores, em todos os níveis, foram alcançados.

Ela possibilita o ajuste do apoio pedagógico adequado às características e


necessidades de cada um dos estudantes e se compromete com a
melhoria contínua dos processos de aprendizagem e dos resultados.

O que considera a avaliação:

• o progresso individual que tem como referência a posição na qual o


estudante se encontra em seu processo de aprendizagem, em termos de
conteúdo, competências e habilidades;

• o esforço do estudante na condução de seu desenvolvimento e outros


aspectos não especificados no currículo;

• os vários momentos e situações em que certas capacidades e ideias são


usadas e que poderiam ser classificadas como “erros”, mas que fornecem
informações diagnósticas;

• todas as dimensões da aprendizagem: cognitiva, afetiva, psicomotora,


social.

O que requer:

• que todas as dimensões do trabalho escolar sejam avaliadas – estudante


e professor – com o objetivo de identificar as lacunas e dificuldades a
serem superadas;

• uma ação mediadora, emancipatória, dialógica, integradora e


participativa;

• a comunicação enquanto eixo norteador para a reorientação dos


trabalhos do professor e do estudante;

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• o exercício da corresponsabilidade, na medida em que estudante e
professor se comprometem com o que fazem, ou seja, com o
desenvolvimento da aprendizagem.

1.13. Conselho de Classe

O conselho de classe é um órgão colegiado, institucionalizado e


representativo, responsável pelo estudo e planejamento, debate e
deliberação, acompanhamento, controle e avaliação periódica do
desempenho dos estudantes.

1.14. Preparatório pós-médio

Destinado aos alunos do 3º ano do ensino médio, possibilita orientar e


aprofundar o estudo do aluno a partir da área de conhecimento escolhida
por ele para a preparação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Nas escolas cidadãs há de forma particular uma preocupação em preparar
o estudante não apenas para ingressar em um curso universitário, mas
para a vida, apoiando em qualquer caminho que ele decida seguir. Assim o
pós-médio também precisar contemplar e ter o olhar voltado para aqueles
que desejam seguir direto para o mercado de trabalho, para os cursos
técnicos profissionalizantes etc.

1.15. Práticas experimentais

As aulas experimentais podem ser empregadas com diferentes objetivos e


fornecer variadas e importantes contribuições no ensino e aprendizagem
da área de ciências da natureza. Nessas aulas o professor deve fazer uso
dos laboratórios nas escolas que já o possuem, em caso contrário as aulas
podem ser realizadas nas salas temáticas que devem ser preparadas
previamente para essas atividades. São oferecidas duas aulas semanas
para os alunos das Escolas Cidadãs Integrais.

As contribuições das atividades de práticas experimentais:

 Para motivar e despertar a atenção dos alunos.


 Para desenvolver a iniciativa pessoal e a tomada de decisão.

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 Para aprimorar a capacidade de observação e registro de
informações.
 Para aprender a analisar dados e propor hipóteses para os
fenômenos.

2. As especificidades do modelo no Estado da Paraíba (Definição do


modelo e normas para ECI e ECIT)

2.1. Avaliação Semanal

Deve ocorrer uma vez por semana, pelo período de duas horas/aulas (100
minutos) semanais. Recomenda-se que aconteça nas terças-feiras, no 3º e
4º horário. A avaliação deve ser composta por um bloco de vinte questões
subjetivas (de múltipla escolha), com cinco opções de resposta (A, B, C, D,
E) e acompanhada por um gabarito para as respostas. Os modelos de
Avaliação Semanal e gabarito encontram-se em anexo. Em caso de
segunda chamada (Recuperação ou reposição) ela deve ser subjetiva,
aplicada pelo professor da disciplina em sua aula, recomenda-se que a
quantidade de questões leve em consideração a carga horária de cada
disciplina.

Bimestralmente, a Avaliação Semanal deve obedecer ao seguinte


calendário:

1ª Semana Matemática, Espanhol e Inglês


2ª Semana Geografia e Química
3ª Semana História e Biologia
4ª Semana Português, Arte e Educação Física
5ª Semana Filosofia, Sociologia e Física
6ª Semana Disciplinas da Base Técnica *
7ª Semana Simulado

*A 6ª semana se referem apenas as Escolas Cidadãs Integrais Técnicas,


as que são apenas Escolas Cidadãs Integrais devem realizar o simulado
na 6ª semana e reiniciar o ciclo novamente.

Recomenda-se que a quantidade de questões de cada avaliação seja


dividida levando em consideração a carga horária de cada disciplina
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envolvida, não ultrapassando o total de vinte questões. Por exemplo, na
primeira semana, pode-se fazer a seguinte divisão: Português - 10
questões, Inglês e Espanhol - 5 questões cada prova, totalizando vinte
questões.

As avaliações devem ser aplicadas por pelo menos um professor, sabendo


que o ideal é estarem dois aplicadores por turma. Todos os professores da
unidade de ensino devem estar disponíveis para a aplicação da Avaliação
Semanal, ficando a cargo da coordenação pedagógica criar um calendário
com um rodízio (se possível) para que todos os professores sejam
aplicadores.

As avaliações serão elaboradas pelo professor de cada disciplina, e


entregue ao coordenador de área que deve formatá-la e avaliar se as
questões possuem necessidade de ajuste. O coordenador de área deverá
entregar as avaliações já formatadas para a coordenação pedagógica, que
junto à secretaria da escola fará a impressão. Posteriormente será feita a
distribuição das provas aos aplicadores, e estas deverão estar
acompanhadas das atas de frequência. Após serem realizadas, por se
tratar de provas objetivas acompanhadas de um gabarito a parte, as
avaliações devem ser corrigidas por funcionários técnicos administrativos
da secretaria da escola que repassarão à coordenação pedagógica. Ao
coordenador pedagógico cabe fazer o levantamento dos resultados e
gerar uma planilha de acompanhamento de resultados da Avaliação
semanal (que já se encontra em poder da coordenação e que será
repassada aos demais posteriormente). Cabe à coordenação pedagógica
encaminhar as avaliações aos professores que divulgarão aos alunos. Esse
processo deve ser o mais breve possível, não gerando acúmulo de
resultados de uma semana para outra e facilitando o acompanhamento do
desenvolvimento da aprendizagem dos educandos.

2.2. Estudo Orientado

O Estudo Orientado deve acontecer em duas horas/aulas semanais (100


minutos). Recomenda-se que aconteça nas terças-feiras, no 1º horário,
pois uma hora/aula deve anteceder o horário da Avaliação Semanal. A

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outra hora/aula deve estar disposta ao longo da semana, de maneira que
não esteja em extremidades (5º ou 9º horário, por exemplo).

Recomenda-se um rodízio de professores (se possível) para a realização


das aulas referente ao Estudo Orientado. Fica sob responsabilidade da
coordenação pedagógica criar esse sistema de rodízio.

O ideal é que as aulas sejam compostas de orientações para que os


estudantes possam organizar sua rotina de estudo, e até mesmo sejam
utilizadas para colocar em dia as atividades e trabalhos das diversas
disciplinas que cursam ou ainda tirar dúvidas dos conteúdos, podendo os
mesmos organizarem grupos de estudos orientados pelos professores e
com o auxílio de um estudante como monitor.

2.3. Eletiva

Acontece no período de duas horas/aulas semanais (100 minutos). Essas


aulas não devem acontecer no final dos horários da manhã ou tarde.
Recomenda-se que as aulas aconteçam nas segundas-feiras, no 3º e 4º
horário.

A eletiva deve ter como característica a interdisciplinaridade. Não


devendo um único professor assumir uma eletiva que contemple apenas
uma disciplina, seja ela da base comum ou da área técnica. As eletivas
propostas devem ter como objetivo trabalhar temas, conteúdos e áreas
que colaborem para a efetivação de um conhecimento que não foi
alcançado a partir das disciplinas obrigatórias da base comum e técnica.
Nas Escolas Cidadãs Integrais Técnicas obrigatoriamente as eletivas
propostas devem ser metade da Base Nacional Comum, e a outra metade
da área Técnica.

Os professores deverão propor um projeto que oriente a eletiva. Esse


projeto deve ser apresentado aos estudantes, que farão a escolha da
eletiva que participarão. Os estudantes estarão livres para escolher a
eletiva que mais lhe convenha. A quantidade de eletivas deve ser em um
número no mínimo igual ao número de turmas existentes nas escolas,
assim como deve-se fixar um número máximo de participantes para cada

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eletiva. E a inscrições devem acontecer de maneira a possibilitar chances
iguais de inscrição e escolha.

A duração de cada projeto proposto é semestral, contemplando assim, o


primeiro e o segundo semestre com grupos diferentes de eletivas. Uma
eletiva não deve ser repetida no semestre seguinte, caso seja conveniente
e necessário repeti-la que ela contemple um grupo de alunos diferentes
do que participaram no 1º semestre. Ao final de cada ciclo recomenda-se
uma culminância para mostrar os resultados alcançados e os trabalhos
produzidos pelos educandos durante as eletivas. As Disciplinas Eletivas
são componentes previstos na matriz curricular e se submetem, portanto,
os regimentos legais. A frequência deve ser registrada e contabilizada para
efeito da frequência geral do estudante. A parte diversificada não implica
em reprovação do estudante, conforme prevê a legislação, mas isso não
significa que não devam existir mecanismos de avaliação. Uma
ponderação: como há o objetivo de assegurar a integralização entre a
Parte Diversificada e o Núcleo Comum, recomenda-se que o
desenvolvimento dos estudantes nas Eletivas deva de alguma forma ser
considerado na avaliação das disciplinas com as quais ele está mais
diretamente ligado para isso o professor deve ter um controle de
frequência e participação de cada aluno participante de sua eletiva.

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2.4. O conselho de classe

O conselho de classe é liderado pelo coordenador pedagógico da escola e


conta com a presença dos conselheiros natos – todos os professores,
equipe de apoio pedagógico (quando houver), Líderes de Turma e
respectivos vice-líderes.

A frequência do Conselho de Classe está ligada ao que os sistemas das


Secretarias de Educação definem. No entanto, na perspectiva formativa
do Modelo Escola da Escolha, o Conselho de Classe ocorre cinco vezes ao
ano, tem focos distintos em cada período e é organizado com base nas
necessidades emergentes.

Diagnóstico (1º Conselho)

• realizado logo após a avaliação diagnostica, caracteriza e organiza as


necessidades de aprendizagem e ensino;

• reconhece e situa questões emergentes da relação professor-estudante;

• levanta e pactua procedimentos para intervenção efetiva do que foi


apresentado.

Acompanhamento (2º, 3a e 4º Conselhos)

• aprecia os resultados identificados ao longo do período;

• avalia a efetividade dos procedimentos adotados e pactuados no


Conselho anterior;

• identifica necessidades e possibilidades de outras intervenções;

• assume coletivamente as responsabilidades do acompanhamento e das


ações estabelecidas.

Promocional (5º Conselho)

• decide coletivamente sobre a promoção ou retenção do estudante,


analisando os resultados apresentados e sua relação com os
procedimentos de acompanhamento assumidos nos Conselhos anteriores;

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• define previamente estratégias coletivas e individuais para o
acompanhamento e intervenção posteriores junto aos estudantes
promovidos e em quem se reconhece a necessidade de acompanhamento
efetivo no ano seguinte;

O Protagonismo presente no Conselho de Classe

Para o Conselho de Classe existem três momentos distintos e articulados:


pré-conselho, conselho e pós-conselho. Eles objetivam a avaliação e a
recondução do processo de ensino-aprendizagem.

Faz parte do planejamento do Conselho de Classe a elaboração de uma


pauta pelos estudantes, na qual cada turma avalia os itens: relação
professor x estudante, metodologia utilizada, procedimentos de avaliação
de cada disciplina e a auto avaliação da turma.

Primeiro momento: Pré conselho

A participação dos Líderes de Turma durante os Conselhos de Classe


consiste em 2 fases:

• na apresentação, pelos Líderes, dos resultados da avaliação realizada


junto às suas respectivas turmas, considerando os critérios definidos por
toda a comunidade escolar. É também o momento em que são
apresentados os resultados de auto avaliação da turma e os
compromissos que eles propõem, de parte a parte, para a superação das
dificuldades que eventualmente tenham sido identificadas;

• na apresentação, pelos professores, do perfil e desempenho acadêmico


geral da turma, bem como a avaliação, que fazem parte do nível de
compromisso que coletivamente manifestaram ao longo do período,
relacionando esse resultado ou não ao desempenho geral da turma.

Após a realização dessas fases, são discutidos e pactuados entre os


Conselheiros e estudantes os encaminhamentos para a superação das
dificuldades e/ou aperfeiçoamento dos procedimentos identificados como
bem-sucedidos.

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Os Líderes de Turma não participam da discussão sobre a avaliação
individual de cada estudante com relação ao seu desempenho em cada
disciplina, descrição de comportamentos, posturas diante dos estudos e
construção dos seus projetos de vida.

Terceiro momento: Pós-conselho

Finalizado o Conselho de Classe de todas as turmas, o Coordenador


Pedagógico alinha com os Tutores o processo de devolutiva
individualizada dos resultados para os estudantes e seus responsáveis. É
de grande importância que os estudantes tomem conhecimento de suas
fragilidades e potencialidades e que os pais e responsáveis recebam os
resultados a partir dos próprios professores para que garantam, em casa,
as intervenções que forem necessárias.

Todas as etapas do Conselho mencionadas fazem parte do ciclo de


operacionalização alimentado pelo Modelo, que consiste no
planejamento, execução, acompanhamento e avaliação dos resultados da
escola.

2.5. Fardamento

O uso do uniforme será obrigatório e os jovens só poderão entrar com a


camisa oficial ou de cor branca (ou ainda camisas feitas para eventos
escolares como gincana, feira de ciências, clubes de protagonismo etc.),
calça jeans (ou outra estabelecida pela escola) e tênis, de acordo com a
norma acordada pela gestão escolar. Em caso do não cumprimento
independente do motivo, a Equipe Gestora deverá ser informada pelos
familiares ou responsáveis para tomar as devidas providências e realizar a
autorização da permanência do mesmo (a) nas dependências da escola.

2.6. Reposição das aulas

Nas Escolas Cidadãs Integrais e Escolas Cidadãs Integrais Técnicas é


vedada aulas vagas, colabora para isso o Regime de Dedicação Docente
Integral – RDDI. Assim cabe ao coordenador pedagógico em casos de
ausência de professores, organizar um horário especial para suprir as
necessidades das aulas sempre levando em consideração a carga horária

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dos professores e a disponibilidade no dia, lembrando que cada professor
poderá ter uma carga horária de até 28h/aulas, não podendo o mesmo se
negar a este exercício caso esteja sem aulas no momento. No
impedimento por falta de professores disponíveis cabe ao coordenador
pedagógico assumir a turma ou fazer uso de alunos monitores (sob sua
supervisão) para aplicar atividades deixadas pelo professor, para isso
recomenda-se aos professores deixar a disposição da escola um banco de
atividades extras para eventuais necessidades. Assim como também se
recomenda a reposição das aulas aos professores substitutos no prazo de
até 15 dias a partir da substituição.

2.7. Nivelamento

Após a aplicação da avaliação diagnóstica o conselho de classe deve se


reunir para planejar ações alinhadas com todas as disciplinas que possam
efetivar o nivelamento dos alunos de acordo com as necessidades
detectadas. Recomenda-se que o nivelamento seja concluído ainda
durante o primeiro bimestre, caso não seja possível, que ele não
ultrapasse o primeiro semestre.

2.8. Uso dos laboratórios

Os laboratórios têm normas de segurança e Manuais de Procedimentos a


serem seguidos. Os estudantes não poderão fazer uso dos mesmos sem a
presença de um professor responsável. Ao professor cabe a
reponsabilidade de manter o ambiente organizado e zelar junto com os
alunos pela manutenção dos equipamentos existentes.

Os professores devem organizar seus horários de aulas de forma que


semanalmente os laboratórios sejam usados. Em casos de turmas em
grande número recomenda-se que se faça uso de alunos monitores para o
auxílio nas aulas, estes devem estar cientes do planejamento feito pelo
professor para aquela determinada aula.

2.9. Alunos monitores

Recomenda-se a escolha de estudantes monitores para auxiliar os


professores durante as aulas e/ou mesmo em quaisquer outras atividades

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realizadas no âmbito escolar. Estes devem e podem auxiliar nas aulas de
orientação de estudo, nas eletivas, no uso dos laboratórios ou em outras
atividades determinadas pelos professores. Para isso eles devem ser
comunicados previamente e convidados a participar do planejamento
dessas aulas sempre que se fizer necessário seu trabalho de monitoria.

2.10. Guias de aprendizagem

Guia de Aprendizagem é um recurso que se destina a orientar processos


de planejamento e acompanhamento pedagógico de maneira objetiva em
três âmbitos distintos e que deve ser feito bimestralmente:

Junto ao professor: para o planejamento e desenvolvimento das


atividades pedagógicas da disciplina que ele ministra.

Junto ao estudante: para apoiar o desenvolvimento da capacidade de


autor regulação da sua aprendizagem, pois fornece informações sobre os
componentes curriculares (objetivos, atividades didáticas, fontes de
consulta etc.), que eles necessitarão para criar os seus próprios
mecanismos de planejamento de estudos.

Junto às famílias: para complementar os mecanismos de comunicação de


que a escola já dispõe e apoiá-las no acompanhamento de
ensino/aprendizagem dos estudantes.

Nesse sentido, o Guia de Aprendizagem inova ao ser simultaneamente um


recurso que atende 3 níveis distintos desse processo de formação
(professores, estudantes e famílias) e articula planejamento e
comunicação, dimensões fundamentais nos mecanismos de melhoria
contínua dos processos pedagógicos.

Sua implementação no cotidiano da escola contribui para o rompimento


de uma estratégia há muito utilizada pelas escolas, que é a de que
“somente” o professor sabe o que vai ser ensinado num determinado
período (bimestre ou trimestre, por exemplo) e o estudante “somente”
recebe essas informações.

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O Guia compartilha com os interessados (estudantes e familiares) o que e
como será o acesso ao conhecimento historicamente acumulado. Esse
movimento possibilita que a Presença Pedagógica, a Educação
Interdimensional, o Protagonismo e os 4 Pilares da Educação sejam
movimentados no cotidiano da sala de aula, no chão da escola.

2.11. Horários e Dias de planejamento

Os professores das escolas integrais estão sob o Regime de Dedicação


Docente Integral – RDDI, ou seja, 40 (quarenta) horas semanais, dessas até
28 (vinte e oito) horas/aula em sala de aula, inclusive em atividades
multidisciplinares, as demais horas serão dedicadas a Estudos,
Planejamento e Atendimento – EPA, a serem realizadas no ambiente
escolar ou em atividades pedagógicas propostas pela escola em ambientes
didáticos planejados, estando disponíveis para, além do exercício de suas
atividades, substituir outros professores ausentes em virtude de
afastamento não planejado, quando necessário.

De acordo coma carga horária assim distribuída fica destinado um dia para
EPA (Estudos, Planejamento e Atendimento) por área, ficando organizado
da seguinte forma:

Agenda semanal do horário de PLANEJAMENTO dos professores

ÁREA SEMANA 1- SEMANA 2- SEMANA 3- SEMANA 4-


TERÇA-FEIRA TERÇA-FEIRA TERÇA-FEIRA TERÇA-FEIRA

DISCIPLINAS Manhã Estudos; Planejamento Correção de


TÉCNICAS Reunião com caderno de de aulas, provas;
o formação, correção de Elaboração de
coordenador temas provas, provas;
de área e relacionados cadernetas, Alimentação
coordenador as planilha. da caderneta
pedagógico. necessidades com as notas;
da disciplina Alimentação
e/ou alunos. da Planilha de
notas

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DISCIPLINAS Tarde Planejamento Reunião com Estudos;
TÉCNICAS Planejamento de aulas professores e caderno de
de aulas Correção de coordenação. formação,
Correção de provas temas
provas Cadernetas relacionados
Cadernetas Alimentação da as
Alimentação planilha de necessidades
da planilha notas da disciplina
de notas e/ou alunos.

ÁREA SEMANA 1- SEMANA 2- SEMANA 3- SEMANA 4-


QUARTA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUARTA- QUARTA-
FEIRA FEIRA
Manhã Estudos; Planejamento Correção de
Reunião com caderno de de aulas,
provas;
o formação, temas correção de
Elaboração de
CIÊNCIAS DA coordenador relacionados as provas, provas;
NATUREZA E de área e necessidades da caderneta, Alimentação
EXATAS coordenador disciplina e/ou planilha. da caderneta
pedagógico alunos. com as notas;
Alimentação
da Planilha de
notas
CIÊNCIAS DA Tarde Planejamento Reunião com Estudos;
NATUREZA E Planejamento de aulas professores e caderno de
EXATAS de aulas Correção de coordenação. formação,
Correção de provas temas
provas Cadernetas relacionados
Cadernetas Alimentação da as
Alimentação da planilha de necessidades
planilha de notas notas da disciplina
e/ou alunos.
SEMANA 1- SEMANA 2- SEMANA 3- SEMANA 4-
QUINTA-FEIRA QUINTA-FEIRA QUINTA-FEIRA QUINTA-FEIRA

Manhã Estudos; Planejamento Correção de


CIÊNCIAS Reunião com o caderno de de aulas, provas;
HUMANAS coordenador de formação, temas correção de Elaboração de
área e relacionados as provas, provas;
coordenador necessidades da caderneta, Alimentação
pedagógico disciplina e/ou planilha. da caderneta
alunos. com as notas;
Alimentação
da Planilha de
notas

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CIÊNCIAS Tarde Planejamento Reunião com Estudos;
HUMANAS Planejamento de aulas professores e caderno de
de aulas Correção de coordenação. formação,
Correção de provas temas
provas Cadernetas relacionados
Cadernetas Alimentação da as
Alimentação da planilha de necessidades
planilha de notas notas da disciplina
e/ou alunos.
ÁREA SEMANA 1- SEMANA 1- SEMANA 1- SEMANA 1-
SEXTA-FEIRA SEXTA-FEIRA SEXTA-FEIRA SEXTA-FEIRA
Manhã Estudos; Planejamento Correção de
Reunião com o caderno de de aulas, provas;
coordenador de formação, temas correção de Elaboração de
LINGUAGENS área e relacionados as provas, provas;
coordenador necessidades da caderneta, Alimentação
pedagógico disciplina e/ou planilha. da caderneta
alunos. com as notas;
Alimentação
da Planilha de
notas

LINGUAGENS Tarde Planejamento Reunião com Estudos;


Planejamento de aulas professores e caderno de
de aulas Correção de coordenação. formação,
Correção de provas temas
provas Cadernetas relacionados
Cadernetas Alimentação da as
Alimentação da planilha de necessidades
planilha de notas notas da disciplina
e/ou alunos.
Coordenador de área: Dever acompanhar e planejar o mês de trabalho dos professores
com relação ao planejamento.
Coordenador Pedagógico: Deve estar presente em alguns momentos de estudos e
reuniões de alinhamento das áreas.
Professores: Devem estar cientes do planejamento mensal e cumpri-lo.
OBS: Dependendo da quantidade de turmas e/ou professores, talvez em alguns casos
não seja possível um dia inteiro de planejamento por área. Nesses casos deve-se
organizar o planejamento para um turno.

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Grade de Horário

segunda- terça- quarta- quinta-feira sexta-


Aulas feira feira feira feira
1º 7:30 a 8:20
2º 8:20 a 9:10 EO*
Intervalo 9:10 a 9:30 Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo
3º 9:30 a 12:00 Eletiva AS**
4º 10:20 a11:10 Eletiva AS**
5º 11:10 a 12:00
Almoço 12:00 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço
6º 13:20 a 14:10
7º 14:10 a 15:00
Intervalo15:00 Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo
8º 15:20 a 16:10
9º 16:10 a 17:00

*Aulas de Orientação de Estudo antes da avaliação semanal


** Avaliação Semanal
Obs. São duas aulas de OE, a outra aula deve ser distribuída na
grade de horários como cada escola achar melhor e conseguir
encaixar.

Recomenda-se que as aulas práticas de Educação Física fiquem antes dos


intervalos, antes do almoço ou nas aulas finais. (Assim evitará que os
alunos de atrasem para as outras aulas). Quanto as aulas de Projeto de
Vida recomendam-se que sejam aulas germinadas e que não estejam nas
ultimas aulas do dia.

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AGENDA MENSAL DE PLANEJAMENTO E REUNIÕES ESCOLARES

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Manhã Manhã Manhã Manhã Manhã


Reunião do Reunião da Reunião do * Reunião do
gestor com os coordenação gestor com gestor com o
coordenadores com docentes os líderes CAF
de área (durante a de sala
aula de OE)
Tarde Tarde Tarde Tarde Tarde
Reunião do Reunião do * Reunião do
coordenador gestor com o CAF com a
pedagógico com coordenador equipe de
os coordenadores pedagógico suporte e
de área apoio

* A quinta-feira fica reservada para reuniões administrativas com toda a


equipe escolar sempre que for necessária.
* Ou ainda para a realização da reunião de pais e mestres
Para isso será necessário um planejamento de ações e atividades para os
alunos para que os mesmos não sejam prejudicados e/ou liberados fora
do horário permitido.

2.13. Aulas de Campo

Define-se aulas práticas externas, doravante designadas genericamente de


aulas de campo, como sendo todas as atividades didáticas/pedagógicas,
de natureza prática e fora do âmbito escolar.

A aula de campo é um método bastante utilizado em disciplinas que


exigem análises empíricas sobre o assunto em estudo. Compreende-se
que esse tipo de metodologia possui grande eficácia no processo ensino
aprendizagem, permitindo, aos alunos, um contato com aspectos mais
amplos referentes aos temas

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Poderão participar da aula de campo todos os alunos regularmente
matriculados, o professor (es) responsável (eis) pela aula de campo, o (s)
monitor (es) da disciplina e convidados especiais professores, técnicos e
alunos especialmente convidados pelos professores responsáveis pela
aula de campo, desde que a participação desses não prejudique o
funcionamento da escola e das aulas.

Compete ao docente da disciplina ou à equipe de docentes das


disciplinas participantes da aula de campo:
 Elaborar e apresentar a coordenação pedagógica um
projeto sobre a aula de campo contendo quantidade
de alunos, disciplinas envolvidas (parte diversificada,
base nacional comum, disciplinas técnicas) e
quantidade de professores;
 Apresentar ao coordenador pedagógico um relatório
final com a avaliação sobre a aula de campo;
 Elaborar a programação para aula de campo e
encaminhá-lo à Coordenação do curso;
 Responsabilizar-se pela organização prévia da
viagem, inclusive dos instrumentos necessários;
 Zelar pela segurança e pelo envolvimento dos
participantes durante o trabalho;
 Responsabilizar-se pelo cumprimento dos objetivos e
atividades previstos no Plano de Ensino;
 Informar, aos discentes, as atividades da aula de
campo, com respectivos objetivos;
 Informar, aos discentes, os riscos inerentes às
atividades de aula de campo e os cuidados a serem
tomados pelo estudante;
 Informar aos discentes que é expressamente
proibido o porte ou a utilização de drogas e armas
Recomenda-se cautela no número de professores participantes nas aulas
de campo, não devendo ficar na escola uma quantidade de professores

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que seja inferior ao número de turmas, para que não prejudique o
funcionamento das aulas referentes ao dia.

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3. Operacionalização e parte administrativa

Sobre a operacionalização e funcionamento da parte administrativa das


ECI e ECITS seguimos o Art. 7º do Projeto de Lei de criação das mesmas.

Art. 7º Os professores, coordenadores e gestores das Escolas Cidadãs


Integrais e Escolas Cidadãs Integrais Técnicas terão carga horária de 40
(quarenta) horas semanais, diurnas, cumpridas obrigatoriamente na ECI
ou ECIT em que estiverem lotados, sob o Regime de Dedicação Docente
Integral - RDDI, salvo os professores que por ventura vierem a ser
contratados em regime especial para lecionar as disciplinas técnicas
profissionalizantes ou que sejam bolsistas de programas, no caso das
Escolas Cidadãs Integrais Técnicas, não podendo aqueles que estiverem
sob o RDDI ter qualquer outra atividade profissional, nos turnos da manhã
e da tarde, durante os dias letivos.

Funções especificas;

3.1. Gestor

São atribuições específicas do Gestor da ECI ou ECIT, além do bom


desempenho nas atribuições referentes ao respectivo cargo:

I – planejar, estabelecer e gerir as atividades destinadas a desenvolver o


conteúdo pedagógico, método didático e gestão curricular e
administrativa próprias da escola;

II – coordenar a elaboração, acompanhar, publicar resultados e revisar o


Plano de Ação da Escola, e dos Programas de Ação de seus auxiliares
diretos;

III – administrar os recursos da escola, de espaços e de pessoal, para a


realização da parte diversificada do currículo e atividades de tutoria aos
estudantes, levando em consideração os arranjos produtivos locais onde a
mesma está inserida e os projetos de vida dos estudantes;

IV – orientar e estar presente em todas as atividades do corpo docente,


administrativo ou de apoio da escola;

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V – acompanhar e zelar pelo cumprimento do Regime de Dedicação
Docente Integral - RDDI;

VI – criar e implementar atividades voltadas ao esclarecimento do modelo


pedagógico da escola, junto aos pais e responsáveis, com especial atenção
ao Projeto de Vida dos estudantes;

VII – avaliar a produção didático-pedagógica dos docentes da ECIT;

VIII – sistematizar e documentar as experiências e as práticas educacionais


e de gestão específicas, com objetivo de subsidiar a Secretaria de Estado
da Educação na expansão do modelo de Escola Cidadã Integral e/ou Escola
Cidadã Integral Técnica;

IX – deliberar, no âmbito de sua competência, sobre casos omissos.

§ 1º O Gestor Escolar poderá delegar atribuições ao Coordenador


Administrativo-Financeiro de Escola.

§ 2º Os demais profissionais da escola estarão subordinados ao Gestor.

3.2. Vice Gestor

São atribuições específicas do Coordenador Administrativo-Financeiro da


ECI ou ECIT, além do bom desempenho das atribuições inerentes ao
ocupante do respectivo posto de trabalho:

I – auxiliar o Gestor Escolar na coordenação da elaboração do Plano de


Ação;

II – auxiliar o Conselho Escolar mediando a administração financeira;

III – assumir a gestão escolar na ausência do Gestor, bem como substituí-


lo nos casos de impedimentos legais e temporários, quando o mesmo não
se fizer presente;

IV – apoiar o Gestor na gestão dos recursos humanos e materiais da


escola, zelando pelo bom funcionamento da unidade de ensino.

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3.3. Coordenador Pedagógico

São atribuições específicas do Coordenador Pedagógico das ECI e ECIT,


além do bom desempenho das atribuições inerentes ao ocupante do
respectivo posto de trabalho:

I – desenvolver o projeto pedagógico de acordo com o currículo, os


programas de ação e os guias de aprendizagem;

II – orientar as atividades pedagógicas desenvolvidas pelos professores,


sejam coletivas ou individuais;

III – orientar os professores na elaboração dos guias de aprendizagem;

IV – organizar as atividades de natureza interdisciplinar e multidisciplinar,


de acordo com o plano de ação;

V – auxiliar na produção didático-pedagógica, em conjunto com os


professores da escola;

VI – avaliar a produção didático-pedagógica;

VII – responder pela gestão da escola, em caráter excepcional e somente


em termos operacionais, em ocasional ausência do Gestor e do
Coordenador Administrativo-Financeiro;

VIII – coordenar o trabalho dos coordenadores de área, quando estes se


fizerem presentes;

IX – auxiliar a gestão escolar no diálogo com a comunidade escolar,


pais/responsáveis e alunos mediante necessidade e demanda existente.

3.4. Coordenadores de áreas

São atribuições específicas do professor Coordenador de Área da ECI ou


ECIT, a serem exercidas com carga horária de 8 (oito) horas/aula,

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contabilizadas no inciso I, parágrafo 1º, artigo 7º, além do bom
desempenho das atribuições inerentes a respectiva atribuição:

I – Desenvolver o plano de ação da área que coordena, alinhado com o


plano de ação do Coordenador Pedagógico;

II – Coordenar a execução das ações dos docentes da área que coordena


de acordo com os Programas de Ação elaborados pelos professores;

III – Realizar planejamento semanal com os docentes da área


correspondente de acordo com as Diretrizes Operacionais para as Escolas
Cidadãs Integrais e Cidadãs Integrais Técnicas.

3.5. Professores

São atribuições específicas do professor da ECI ou ECIT, a serem exercidas


com carga horária multidisciplinar, além do bom desempenho das
atribuições inerentes ao respectivo cargo ou função:

I – desenvolver e implementar anualmente o seu Programa de Ação com


os objetivos, metas e resultados de aprendizagem que se pretende atingir;

II – planejar e executar seu papel pedagógico de forma colaborativa e


cooperativa, objetivando o cumprimento do plano de ação da ECIT;

III – planejar, desenvolver e atuar na parte diversificada do currículo no


que se refere a disciplinas eletivas, estudo dirigido e apoio aos clubes
culturais ou esportivos;

IV – incentivar e oferecer apoio para as atividades de protagonismo


juvenil;

V – realizar, em caráter irrevogável, a totalidade das horas de trabalho


pedagógico coletivo e individual no ambiente da ECIT onde está lotado;

VI – atuar em atividades de tutoria aos estudantes;

VII – participar, obrigatoriamente, das orientações técnico-pedagógicas


relativas à sua atuação na escola e dos cursos de formação continuada

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ofertados pela Secretaria de Estado da Educação ou entidades por ela
apontadas para esse fim;

VIII – auxiliar, a critério do Diretor e conforme diretrizes da Secretaria de


Estado da Educação, nas atividades de orientação técnico-pedagógicas
desenvolvidas no âmbito da escola;

IX – elaborar guias de aprendizagem, sob a orientação do Gestor Escolar;

X – produzir material didático-pedagógico em sua área de atuação e na


conformidade do modelo pedagógico próprio das ECI e ECIT;

XI – substituir, na própria área de conhecimento, ou fora dela, sempre que


necessário, os professores da escola em suas ausências e impedimentos
legais;

XII – em caso de assumir o papel de Professor Coordenador de Área,


liderar os professores da(s) área(s) designada(s) conforme orientação do
coordenador pedagógico, consolidando resultados.

§ 1º Os professores das Escolas Cidadãs Integrais e Escolas Cidadãs


Integrais Técnicas terão sua carga horária dividida da seguinte forma:

I - até 28 (vinte e oito) horas/aula em sala de aula, inclusive em


atividades multidisciplinares;

II- as demais horas serão dedicadas a Estudos, Planejamento e


Atendimento – EPA, a serem realizadas no ambiente escolar ou em
atividades pedagógicas propostas pela escola em ambientes didáticos
planejados, estando disponíveis para, além do exercício de suas
atividades, substituir outros professores ausentes em virtude de
afastamento não planejado, quando necessário.

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