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ced 2MURILO (dir), ROMENIA (vice), MARICA, LIDIANE

Modelo Aula Planejamento:


1. Tema da Aula:
Instituição Ano/série
Sequência didática:
1- Aula expositiva com apresentação de imagens e modelos 2- debate e reflexão
3- avaliação, construção-interação.

2. Objetivos (geral – específicos) Sondar a atmosfera e coletar elementos para


planejar o andamento do curso de filosofia até o final do ano, com proposta de
alguns textos.
3. Justificativa (apontar para a relevância do tema focado) –.fundamental para o
prosseguimento das aulas e melhor planejamento dos temas, textos, processos,
de interesse comum.
4. Metodologia (diálogo, aula expositiva, imagens/modelos, metodologia
interativo-construtiva, LIVRO DIDÁTICO, TEXTOS XEROX).
5. Encaminhamentos didáticos. (biblioteca, livros didáticos)
6. Recursos didáticos (audiovisuais) : quadro, giz, projetor, pc, cabo.
7. Tempo estipulado (por atividade 2h/1h)
8. Avaliação
9. Referências
Aula 1)INTRODUÇÃO GERAL mapa do curso, ouvir vcs, , textos didáticos?

a) professor temporário (vou ficar provavelmente até o fim do ano). primeiros dias nessa
condição são de arranjo de informações, para saber melhor o conteúdo a ser desenvolvido,
principalmente para nos planejarmos em termos de material (textos, didáticos-livros
(biblioteca), possibilidade de usar o retroprojetor para lermos juntos, ou distribuir xerox de
alguns textos que vamos selecionar). Inicio das aulas e o entrosamento que ainda está sendo
construído.

b) Apresentação Formação UnB2016. Mestrado em andamento em Platão 2018 – já trabalhei


na secretaria ano passado com EJA ensino médio,:espero que possamos trabalhar
tranquilamente e com qualidade, produzir bons aprendizados, adaptando o curso a nossas
próprias vidas de maneira interessante, para não ficar nem muito abstrato, desconexo nem
muito puxado (lembrando que EJA é 1 ano letivo em 4 meses, então é corrido)–

minha aula, método: é basicamente preparar um esquema conceitual do conteúdo+ discussão


(individual, grupo)/ exercícios para casa/ provas/ comunicações, questões de vestibular):
tentando desenvolver as habilidades exigidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (pcns).
Outros detalhes práticos: Fora isso, fiquem a vontade e quero que vocês se sintam seguros
para perguntar, participar e conversar sobre qualquer problema/necessidade que for preciso,
ok? Vamos nos lembrar que uma aula exige concentração (determinado nível de voz –para
podermos ouvir uns aos outros em turnos), comprometimento com a compreensão,
aprendizado, amizade pelo saber, segurança (leveza, alimentação, agua-banheiro, saúde
mental), paz, solidariedade, responsabilidade.

c)Introdução (apresentação, dos alunos – nome, como pensa/vê o EJA, o que te trouxe (se
trabalhar, prosseguir estudos, oportunidade de completar os estudos, quais realizações
planeja alcançar)? Como vê, pensa a história/filosofia/sociologia? A maioria mora em
Taguatinga mesmo? Em que séries estão?sugestões e críticas

continuar estudar,

AVISO:sobre dia 5-9 (tarefa – primeiro teste para vocês trabalharem nessa semana)

d) Conceitos iniciais a partir dessa apresentação. (PCNS): usar livros PCNs (para EJA) para ver
objetivos conforme segmento
Competências e Habilidades a serem desenvolvidas em Filosofia

Representação e comunicação
• Ler textos filosóficos de modo significativo.
• Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros.
• Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo.
• Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de
posição face a argumentos mais consistentes.
Investigação e compreensão
• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas
Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras produções culturais.
Contextualização sócio-cultural
• Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica,
quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sócio-político, histórico e
cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.

Objetivos gerais:
• Promover o aprimoramento do educando como pessoa, incluindo a formação ética e o desenvolvimento
da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
• Desenvolver a capacidade para responder, lançando mão dos conhecimentos adquiridos, as questões
advindas das mais variadas situações.
• Fomentar a criatividade, curiosidade, capacidade de pensar múltiplas alternativas para a solução de um
problema.
• Promover o desenvolvimento do pensamento crítico, da capacidade de trabalhar em equipe, da
disposição para procurar e aceitar críticas, da disposição para o risco, de saber comunicar-se, da
capacidade de buscar conhecimentos.

Específicos1º

Compreender a origem e história da Filosofia.


• Conhecer os primeiros filósofos, suas ideias e sua
influência sobre o pensamento moderno.
• Entender como o conjunto de conhecimentos
filosóficos iniciais contribuiu para a constituição
da tradição clássica, precursora da Filosofia e da
Ciência nos dias atuais.

CONTEÚDOS: conceitos centrais:

Filosofia, história da filosofia:1 A experiência filosófica, 2As origens da filosofia

1) A atitude filosófica; 2) O que é filosofia; 3) A origem da filosofia; 4) Períodos e


campos de investigação da filosofia; 5) Principais períodos da história da
filosofia 6) Aspectos da filosofia contemporânea.

Razão e Verdade: 10 em busca da verdade

Os vários sentidos da palavra razão; 8) A atividade racional e suas modalidade; 9) A


razão: inata ou adquirida? 10) A razão na filosofia contemporânea; 11) Ignorância e
Verdade; 12) Buscando a Verdade.

Aula1)
a) O espanto como início do filosofar. A surpresa e a indagação (problematização como
virtude) diante do senso comum, dos lugares comuns, da vida cotidiana. outro olhar
além das necessidades imediatas e costumeiras(status quo)

“Foi, com efeito, pela admiração que os homens, assim hoje como no
começo, foram levados a filosofar. Pelo que, se foi para fugir à
ignorância que filosofaram, claro está que procuraram a ciência pelo
desejo de conhecer, e não em vista de qualquer
utilidade”ARISTÓTELES_metafísica.

b) O filósofo não serve pra nada? (SPONVILLE) A filosofia tem um fim em si mesmo,
desse modo é parecida com a arte.[Não está presa à aplicação imediatista da ciência,
nem à alterações imediatas de ordem prática, ou necessidades imediatas ] É inútil, o
que não significa desnecessária. O filósofo pratica a filosofia: servir-se da razão para
pensar (os próprios pensamentos e ações) o mundo e a própria vida: avalia os
fundamentos dos atos humanos e dos fins que esses atos se destinam, reúne o
pensamento fragmentado da ciência e o reconstrói em sua unidade – retoma a ação
de outros tempos e tenta compreendê-la __ visando sabedoria e felicidade (arte de
viver melhor e mais livre). É um trabalho – começa na escola;
Chatelet (serventia da filosofiaem relação ao poder): (...) a
contribuição específica da filosofia que se coloca ao serviço da
liberdade, de todas as liberdades, é de minar, pelas análises que ela
opera e pelas ações que desencadeia, as instituições repressivas e
simplificadoras, quer se trate da ciência, ensino, tradução, pesquisa,
medicina, família, polícia, fato carcerário, sistemas burocráticos,
técnica,.. o que importa é fazer aparecer a máscara, desloca-la,
arrancá-la (desvelar os processos de ‘utilização e disponibilidade’ em
que estamos mergulhados)

crítica à ideologia, entendida como forma ilusória de conhecimento que visa a manutenção de
privilégios. Ter coragem de desvelar a verdade (SÓCRATES)– impedir a estagnação, recuperar
o processo perdido no imobilismo das coisas feitas, saber transformar.

c) A filosofia é um trabalho, exige formação (nem se é jovem nem se é velho demais


para filosofar – a não ser que já se tenha parado de pensar). Epícuro: “Digamos que só é
tarde demais quando já não é possível pensar de modo algum.”

“não se pode pensar em nenhum homem que não seja também


filósofo, que não pense, precisamente porque o pensar é próprio
do homem como tal” Gransci, Antonio

d) Experiência e atitude filosófica: Indagar permanente, pensar o pensar e o agir.


Trabalho do conceito para delimitar o sentido dos problemas, sentido da existência. Mas
tambémamor, da amizade, da solidão, da morte, da verdade, conhecimento, valores. O
tecido do pensar é a trama do cotidiano. Refletir – desdobrar imagem, fazer retroceder,
voltar atrás – retomar o próprio pensamento, voltar para si mesmo e colocar em questão
o que já sabe.
e) todos são filósofos?As indagações filosóficas nos permeiam a todos (trabalho,
valores, política). Todos são filósofos então? O filósofo escolheu lidar com essas
perguntas de forma profissional e especializada, por meio de conceitos e argumentos
rigorosos. Ele treinou pensar com sistematicidade (conhecendo toda a história do
pensamento e sua origem) e constância pensamentos que temos às vezes
espontaneamente. Importância de estudar filosofia e sua tradição para enriquecer as
reflexão pessoal, ajudar a escolher valores, criticá-los, saber discutir e estar aberto à
controvérsias.

f) Lidar com informações (notícias, dados), e configurar o conhecimento (explicações –


teorias - da informação, conexão dos dados – hist, antro, bio, socio, psico) e sabedoria
(decisões refletidas e fundamentadas para bem viver – atitude autônoma, livre).

g) Definição de filosofia já é uma tarefa filosófica (sabemos e não sabemos). (filo)+


(sofia) Pitágoras/Platão: amante e não sábio. Doutrina (saber acabado) x indagação,
modo de vida do admirador (surpresa com o obvio, questionador permanente, atitude
problematizadora). Produto x processo (experiência de um pensar permanente, atitude
diante da vida

KANT: não é possível aprender filosofia; só é possível aprender


a filosofar, ou seja, exercitar o talento da razão, fazendo-a seguir
os seus princípios universais em certas tentativas filosóficas já
existentes, mas sempre reservando à razão o direito de investigar
aqueles princípios até mesmo em suas fontes, confirmando-os
ou rejeitando-os. Critica da razão pura.

h) Reflexão filosófica: Reflexão radical (raiz, fundamento, princípios), rigorosa


(linguagem, conceitos, método) e de conjunto (totalidade, interdisciplinaridade,
globalizante) sobre os problemas que a realidade coloca.

i) diferença entre ciência e filosofia: ciência recortes do REAL, especialização (operam


com os conceitos sem necessariamente investiga-los) – juízos de realidade. Filosofia a
totalidade do REAL, interdisciplinaridade – fundamenta os conhecimentos ( o que é
ciência) e os valores (da própria ciência e da ação).

h) O filósofo Sócrates (470-399) (feio questionador (pai-mãe)(escultor-parteiro): Ironia


εἰρωνεία e Maiêutica μαιευτική – questionar simulando não saber e o parto das ideias
(exercício de memória) – exemplos para pensar o filósofo e a filosofia: Na praça pública
Sócrates filosofa (não está alheio ao mundo concreto); Saber em processo de se fazer
‘sei que nada sei’(perplexidade diante conteúdos da experiência cotidiana); critica o
saber dogmático sem apresentar solução acabada; Subversivo antidogmático,
cavucador de opiniões, incomodo para os poderosos, desperta consciências. Filosofia
como procura, não posse da verdade. Ler texto p;19. (Sócrates), p. 21 (Blackburn –
questões:
Forme grupos de até 3-4 pessoas (ou individual) para responder às questões a seguir:

1) Caracterize a reflexão filosófica: porque a reflexão filosófica é uma reflexão radical,


rigorosa e de conjunto?

2) Gramsci afirma que “não se pode pensar em nenhum homem que não seja também
filósofo”. Então, o que cada um de nós tem em comum com o filósofo?

3)De acordo com o senso comum, radical significa brusco, violento ou inflexível,
extremado. Explique por que não é esse o sentido que se atribuiu à filosofia quando a
consideramos uma reflexão radical.

4)Se o objeto da filosofia é tudo, procure identificar e indicar associações com o seu
grupode temas de diferentes campos filosóficos que acham interessantes à filosofia –
moral, política, etc. (...).

5)Muitas cidades gregas tinham oráculos, nos quais sacerdotisas chamadas de Pítias ou
Pitonisas atendiam pessoas que vinham de longe para consultá-las – e elarespondia
com palavras ´sabias porém ambíguas’. Uma vez o oráculo de Delfos respondeu a
pergunta ‘quem é o mais sábio entre os gregos’ dizendo que era Sócrates. Mas ele dizia
“não saber nada”. Vocês concordam com essa resposta dada pela sacerdotisa?
AULA 2 1ºano:

(a) Consciência mítica. Mito, divindades como personificação dos dos elementos da
natureza, virtude e defeitos humanos. Mito como forma mais remota de crença
(não-problematizada até os filósofos), lida com a angústia, o sobrenatural,
desconhecido, perigos. Rapsodos/ Aedos. Epopéia (Homero) e sua função
pedagógica. (Ilíada, Odisseia, Teoonia, cosmogonia).
(b) Nascimento no ocidente? Tales, Pitágoras, Heráclito. (Milagre grego ou
influências orientais, egípcias?) Diferença no modo de proceder filosófico?
Aprofundamento de determinadas questões abstratas e práticas, ‘desvinculando-
se’ do aspecto religioso (argumentação, sistema). Questões que se colocavam:
qual é o ser de todas as coisas, qual o princípio constituinte, algo permanece à
mudança? O que é movimento e mudança? Respostas no logos ou
razão(argumentos, causas naturais). Tales e Pitágoras deram outro rumo para as
matemáticas (elaboração de demonstrações racionais e abstratas – não só ligadas
na prática).
(c) Conjuntura da surgimento da Filosofia: 1.Descoberta da escrita ( fixação de
palavras, maior rigor e clareza, estimula o pensamento e o debruçamento, maior
reflexão e publicação. 2. Moeda (impulsiona os negócios, comércio, nova classe
em ascensão ( contra os aristocratas), caráter racional e convencional de sua
concepção (humana não divina)3. Lei escrita ( convenção, sujeita a discussão) 4.
A pólis e o cidadão (sec VIII-VII): Ágora, debates entre justiça e política
(interesses comuns) – isonomia (igualdade perante a lei), isegoria (igualdade de
direito de palavra). O poder da palavra humana do conflito e da argumentação
em comparação com a divina(mágica). Consolidação da cidade e do cidadão.
(menos domínio) 5. Democracia:sec.V. Assembleia, democracia direta (todos
participavam da eleição). Excluidos ( mulheres, escravos, estrangeiros).
(d) Os pré-socráticos, primeiros filósofos da física. Explicar a origem e ordem do
mundo não por base nos mitos transmitidos, mas por si mesmos, pela razão. Da
cosmogonia e teogonias surge a cosmologia. Princípio(ἀρχή) de todas as coisas:
O que faz com que, apesar de toda mudança, haja algo na realidade que sempre
permanece o mesmo? Multiplicidade e identidade.
Ler reale (p.30)

Aula 1º ano : Sócrates, Período Antropológico.

Sócrates e Sofistas: p. 135 chaui, Não é possível conhecer o ser, conhecimento como
opiniões subjetivas – linguagem (persuasão). Verdade é questão de opinião e
persuasão (luta discursiva). LINGUAGEM + importante que percepção e pensamento.
Da imposição das palavras, da ilusão dos sentidos e da multiplicidade de opiniões e
aparências, para, através do método, ironia, exame, maieutica, chegar ao
desvelamento da essência e do conceito. Sofistas (advogados, tribunal): defesa de A e
~A, sem se importar com a verdade, convencimento do maior número, aparências,
probabilidade, x procura da verdade, o que é real, o bem falar – a arte do discurso, da
argumentação como dialética ou como retórica sofística. Conhecimento nos sofistas
pela percepção, opinião de cada um, sem se chegar a princípios universais imutaveis.
Sucesso e satisfação no mundo humano acima da verdade (divina).

Platão: Da imposição das palavras, da ilusão dos sentidos e da multiplicidade de


opiniões e aparências, para, através do método, ironia, exame, maieutica, chegar ao
desvelamento da essência e do conceito. Conhecimento sensível e inteligível, crença ->
opinião -> pensamento -> ideia, intuição intelectual. Dialética como modo de vida
prático: do debate das opiniões,criticismo, das crenças, das hipóteses, evidências,
argumentos, para procura das definições corretas, conceitos e saber verdadeiro,
conhecimento e o desafio do discurso. A alegoria da Caverna, conhecimento como
desvelamento e libertação. Teeteto: crença(percepção, opinião) verdadeira e
justificada.

Sofista:σοφιστής conceito polimorfo. Podem ser filósofos num sentido positivo, masnum
sentido negativo um professor de retórica erística (argumentos falaciosos – que parecem
válidos mas não são, que parecem sábios mas não são): arte de vencer um debate público ou
privado (sem precisar ter razão). Sabichões de tudo através dessa pseudoarte 1 (astronomia,
meteorologia, questões científicas, acerca do ser e do vir a ser, legislação, letras, artes, crítica
literária), ensinavam por dinheiro ‘tudo’ – ou ‘a virtude’, como ser melhor em tudo, ou pelo
menos a aparência de saber acerca de algum debate (na praça, no tribunal, na rua, em casa)
para vencê-lo, através de rotinas e artifícios ( e expedientes enganos) – ter sucesso, sem bem
sucedido. Competiam em escolas, por fama, riqueza e alunos. A verdade em si não existe
(Górgias diz, o ser não existe). O que existe são as opiniões subjetivas de cada um com suas
percepções e achismos. O que determina a verdade é o jogo dessas opiniões através da
linguagem do plausível persuasivo. A maioria persuadida é que determina a verdade em
situações práticas na vida pública e privada. A verdade, ‘o’ conhecimento verdadeiro não
existe e ao mesmo tempo é tudo que parece ser (conhecimento relativo ao jogo de opiniões e
método da persuasão discursiva). Podem manipular a verdade inclusive (defendendo o que é
falso) Demagogos com habilidade de enganar o povo - antilógicos. Protágoras (só ensinava o
que os alunos queriam aprender), Górgias (só ensinava retórica). Menos debatedores ,
pesquisadores: mais performáticos monológicos, exibidores (cobravam para declamar seus
discursos). Mas como a retórica poderia ajudar alguém em carpintaria, ou a ser um
comandante militar exitoso? Como ensinar a virtude? Personalidade, experiência, inteligência
e aptidão naturais se ensinam?

*Atenas centro político, cultural e comercial da Grécia. Participação nas assembleias


leva à disputa verbal, o cidadão precisava persuadir os demais, ser bom orador, falar
em público. Do ideal de educação do jovem guerreiro , tem-se uma mudança para o
ideal de formação do cidadão. Opinião, deliberação, discussão. Quem dava essa
educação? Sofistas (Protágoras, Górgias, Isócrates). Os cosmologos não falam nada útil

1
Se a retórica não tem nenhum tópico em específico, não pode ser considerada uma arte ou ciência
universal, nem ao menos arte ou ciência.
para a cidade e se envolvem em erros e contradições. Mestres de retórica – arte da
persuasão – ganhar a discussão sem precisar em razão.

Sócrates se rebela contra os sofistas: dizendo que não eram filósofos, não tinham amor
pela sabedoria nem respeito pela verdade, defendendo qualquer ideia desde que
lucrassem com isso. Faziam o erro e a mentira valerem enquanto verdade. Concorda
com os sofistas no ideal de educação e contra os cosmologos.

“Antes de querer conhecer a natureza e persuadir os outros, é preciso conhecer a si


mesmo”.

O que é a justiça, a beleza, a coragem, a amizade, o amor? Sócrates fazia perguntas


sobre as ideias, práticas e valores em que os gregos acreditavam saber. Suas perguntas
deixavam eles embaraçados ‘o que é’- qual o fundamento acional para o que você diz
e pensa?. Sócrates não respondia por elas: ‘só sei que nada sei’, por isso estou
perguntando. A consciência da própria ignorância como começo da filosofia. Sócrates
procurava a definição dos valores, o conceito, aquilo que são em si mesmos, a
essência. Sentidos, opinião (mutáveis, variáveis) x Trabalho do Pensamento (verdade
intemporal, universal, necessária).

Sócrates contra o poder: os poderosos não querem que as pessoas pensem. Melhor
que elas aceitem tudo como é, ou como fazem-nos acreditar que seja. Sócrates é um
perigo, faz a juventude pensar, acusam ele de corromper a juventude, desrespeitar os
deuses. Querem fazê-lo parar de filosofar. Sòcrates prefere morrer a parar de filosofar:
uma vida não examinada não vale a pena ser vivida.

1) Filosofia se volta a questões humanas (ação, comportamentos, ideias, crenças, valores, moral e
política)
2) Pensamento racional, conhecer-se a si mesmo, refletir
3) Encontrar a verdade e a capacidade de conhecer (o pensamento oferece critérios)
4) Encontrar a definição, o conceito, a essência para além da variedade de opiniões contrárias e
diferentes.
5) Opinião/imagens/sentidos/hábitos/tradição/interesse x conceito/ideia (essência inteligível,
pensamento puro.
6) Trabalho do pensamento (dialética) como purificação dos preconceitos, conhecer a verdade
( imutável, universal, necessária)

Contra os sofistas pois opiniões e percepções são fontes de erro, mentira, não podem ser
usados para persuasão. Pensamento e conhecimento verdadeiro.
AULA 1 ANO- ORIGENS DA FILOSOFIA ( mito, condições históricas, Sócrates e pré-
socráticos):

1) INTRO: Do espanto com a realidade os primeiros filósofos gregos insatisfeitos com


as explicações tradicionais dos mitos começaram a fazer perguntas e respostas para os
acontecimentos naturais (com a própria razão humana) - a verdade do mundo e dos
seres humanos não é algo misterioso e secreto revelado apenas aos escolhidos pela
divindade.

2) A palavra filo-sofia : Pitágoras, sabedoria completa apenas aos deuses, os homens só


podem deseja-la, amá-la. Jogos Olímpicos : aqueles que vão para jogar e ganhar, os que
vão para comerciar e os que vão para contemplar: o filósofo parece ser aquele que
assiste.. no sentido de que não é movido pelo desejo nem de competir nem de comercio
(o saber não é seu – mercadoria )(ler pág. 29)

3) O que perguntavam os primeiros filósofos? Por que há nascimento e morte,


semelhantes nascem de semelhantes (pai-filho) e diferentes de diferentes ( dia-noite).
Por que tudo muda? Envelhecimento, doença, morte, prazer, dor. De onde vêm os
seres? O que é o ser (uma coisa?)? Repetição permanência, desaparecimento,
ressurgimento dos seres. Tradições, religiões e mitos(poetas Homero e Hesíodo –
formadores gregos) não são suficientes mais como explicação – perdeu sua força
explicativa e convencimento, procura da razão.

4) Conjuntura do nascimento da filosofia: milagre? Não – influências culturais orientais


e egito: mas mudaram profundamente as relações com os mitos, organização social
(trabalho, leis, moral, política – todas as outras sociedades praticavam autoridade e
governo mas não política (debate e discussão para decisão – instituições – assembleias
e tribunais, separação entre autoridade do pai de família e pública) - e conhecimentos
desses povos (matemática, astronomia, adivinhação, medicina,. Colônias Gregas na
Ásia menor – Thales : COSMOLOGIA (Stephen Halking..) e desenvolveram seu
próprio ‘pensamento’ – busca da ideia universal, racional, pensamento sistemático com
leis, regras e normas universais.Xerox de textos: p. 13 (Mafalda, Sponville). (xerox)

Aulas História 5série A: aulas por semana: 3 aulas (~20semanas = ~60 h/aula)

Pcns: competências, conteúdos e objetivos.

Conteúdos (após apresentação e PCNS)


Competências e habilidades
a serem desenvolvidas em História
Resumo de competências escolares básicas: [ler, falar, escrever,] – (articular, contextualizar,
relacionar, criticar, se posicionar...) calcular.

2 e 3 anos
Representação e comunicação
• Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo o
papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes
contextos envolvidos em sua produção.
• Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos, a partir das
categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico.
Investigação e compreensão
• Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização do
tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais e históricas.
• Estabelecer relações entre continuidade/permanência e ruptura/transformação nos
processos históricos.
• Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a partir do
reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos simultaneamente como
sujeito e como produto dos mesmos.
• Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos
diversos “lugares de memória” socialmente instituídos.
Contextualização sócio-cultural
• Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a religião,
as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos históricos de
sua constituição e significação.
• Situar os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e nas relações de
sucessão e/ou de simultaneidade.
• Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos.
• Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o
passado.

Objetivos gerais (2segmento)

Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, nalocalidade, na região, no país e outras
manifestações estabelecidas emoutros tempos e espaços.
• Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos.
• Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento interdisciplinar.
• Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias coletivas.
• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e espaços, em suas
manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre
eles, continuidades e descontinuidades, conflitos e contradições sociais.
• Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções, conhecendo formas político-
institucionais e organizações dasociedade civil que possibilitem modos de atuação.
• Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a observar e colher
informações de diferentes paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais.
• Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade social, considerando critérios éticos.
• Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de efetivo
fortalecimento da democracia, mantendo•seo respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades.
CONTEÚDOS:

• A História e o mundo do trabalho no Distrito


Federal (como a história pode nos ajudar a entender o DF e o mundo do trabalho aí – taguapex?) Relação
entre a História e os cursos técnicos com oferta no Distrito Federal. Ligar questão da técnica com ‘indios,
colonização, navegações, economia primeira’. A economia brasileira, exploração mercantilista, indústria
extrativista, bases da cidade- e sua relação com o campo/recursos)

• Reconhecimento da cultura, da experiência e do interesse profissional dos estudantes (cada aluno deve
reconhecer sua cultura, xp, projetos na história)

• Conceito de História
• A pré-história brasileira e a economia indígena primitiva
• A pré-história brasileira
• Formação do estado moderno e as grandes Navegações
Conquista e colonização da América espanhola e portuguesa - sociedade pré-colombiana
• Brasil colônia: sociedade açucareira e mineradora, escravidão indígena e africana, mineração epecuária

• 0 Teoria da História (notas IHF, bastidores (livroCláudio)


1. Pré-História brasileira (Cláudio: l1.Unidade 1, cap2)
2. Formação do Estado Moderno e asGrandes Navegações (cap 9 (marias, l1. U3, cap9) +
l2U1, cap 1 Cláudio)
3. Brasil Colônia (Luiz Koshiba)
4. Sociedade açucareira, mineradora, escravidão indígena e africana; (Luiz
Koshiba)Mineração e pecuária. (Luiz Koshiba)

Conteúdo1: Teoria da história>

Estudo do passado  ajudar a explicar a nossa atualidade. Instrumento didático: periodização


da história. O fluxo histórico é contínuo, sem interrupções, querer dividir em períodos é
dependente de cada historiador e sujeito a disputas. (diferentes visões do processo histórico) –
valorização de alguns fatos em detrimento de outros. Encarar de forma crítica (eurocentrismo)
as divisões históricas. O eurocentrismo ficou conhecido como acreditando no desenvolvimento
linear da humanidade, (de estágios mais atrasados para mais avançados (eles)), do simples
para o complexo. Pré-história como concepção errônea dos povos anteriores à escrita, como
se o conjunto de ações dos seres humanos, mesmo daqueles sem escrita, não fosse história.
Calendário Cristão – povos americanos adotam com a colonização (calendário é baseado no
estudo do tempo e das estações e dos astros): Calendário como recurso de controle do tempo
(pelos poderosos).

------500ª.c-----------------------------------nascimento de Cristo-------------------------------2018----

Uso de Séc X, XI, XX. (etc 1430 = sec XV)

PERIODIZAÇÃO EUROPEIA: (pré-história) de (...)até 4000ac;Idade antiga até 476;média até


1453 Moderna, 1789 Contemporânea.

Escrita, queda do império romano do ocidente, tomada de Constantinopla pelos turcos, início
da revolução francesa.
A história é uma reflexão acerca do tempo (‘não físico -objeto, mas humano –
construção,vida, desenrolar das culturas, movimento: os homens no tempo, tempo
social-economico-ideias, Época, Tempo psíquico) . História questiona acerca da
familiaridade aparente do tempo. “Objeto” de pesquisa denso: diversidade de
experiências no tempo – memória, lembranças fragmentadas. Um objeto que nos
sentimos ligados (história efeitual). Questão coletiva. Como compreender
racionalmente, inteligir, interpretar e compreender a história(sem importar modelos da
ciência da natureza? ‘leis, regularidades’ - crítica a neutralidade) –ou como sentimos a
história ( – percepção cotidiana, afecções (o que nos afeta), símbolos coletivos)?
Organização e registro de documentos históricos diversos, heterogêneos(documentos
escritos, pinturas, música, fotografias, vestígios materiais). (o papel da imaginação
estética e da criação nessa organização.)O atual e o inatual. A narrativa histórica faz
conviver, junta num mesmo texto o atual e o inatual a partir de um ‘presente vivo’ –
atual (encontrar no presente as imagens do passado (virtuais), em que se justificam
opções e legitimações do seu objeto – história a serviço dos estados (‘A’ história – e sua
desconstrução), instituições, filtros políticos, linhas, divisões, ideologias (positivismo –
negação de universos históricos).. (construção da identidade – individuação da memória
e produção coletiva são momentos da lida com o T – o sentido da memória pessoa só se
dá quando correlacionada com à memória coletiva,). Círculo crítico-interpretativo da
história (distorções, manipulações, extravios, esquecimentos, fragmentação, finitude).,.
A narrativa histórica estrutura um conjunto de referências (comunidade, valores,
periodização) o qual revela os quadros vivos da experiência do passado. Topologia
imposta ao tempo: criação de quadros (semelhanças e diferenças do tempo como blocos
de experiência). Compreensão partilhada da tradição. Hermenêutica (arte de traduzir e
interpretar) como um dos fundamentos metodológicos para compreensão da história
( transferência entre mundos, tradução, arte de interpretação da tradição e da facticidade
– não é possível julgar uma cultura com os valores de outra (certo e errado, uso,
atividades, costumes).História (valor universal x modo como esses valores se dão):
Conjunto de valores organizados em um tempo (materialização, formalização,
objetivação) – singularização : como se posicionar nesses quadros? [ Liberdade,
autenticidade, pessoalidade – individuação].

Ver pág 309 marilenaChaui: o que é a história:

0)A História é o estudo das ações humanas ao longo do tempo


e em determinado espaço geográfico.

1) estudo da gênese e desenvolvimento das formações sociais no tempo ( em


aspectosecon, sociais, político, culturais)

2) Estudo das transformações das sociedades e comunidades no tempo como resultado


e expressão de conflitos, lutas e contradições internas às formações sociais.
3) (a ver com 2) Estudo das transformações das sociedades e comunidades sob o
impacto de acontecimentospolíticos (revoluções, guerras civis, conquistas territoriais),
econômicos ( crises, inovações técnicas, descobertas de novas formas de exploração da
riqueza ou procedimentos de produção, mudanças na divisão social do trabalho), sociais
(movimentos sociais, movimentos populares, mudanças na estrutura e organização da
família, educação, moralidade social) culturais ( mudanças científicas, tecnológicas,
artísticas, filosóficas, éticas, religiosas);

4) Estudo dos diferentes suportes da memória coletiva (documentos, monumentos,


pinturas, fotografia, filmes, moedas, lápides, testemunhas, relatos orais e escritos).

Bastidores da história

Como o saber histórico é construído e transforma-se? No séc XIX; “A” História era constituída
por privilegiar a história oficial dos ‘grandes homens’ – sustentar e legitimar nações em
consolidação ( documentos oficiais escritos – ‘a única verdadeira versão dos acontecimentos’).
Séc XX – ampliação e revisão das abordagens históricas. História total, interesse pelo presente
(não decorar datas/nomes)- não reduzir outros lugares e outros tempos à nossa visão de mundo.
Os historiadores são como viajantes, (vários), e com vários caminhos para seguir. O passado:
caminho sem volta, já aconteceu, mas existem vários modos de ver o passado a partir do
presente, conforme muda o presente. (conhecimento dinâmico).

Fontes históricas: método da história se diferencia do senso comum e da religião: modo de


produção do conhecimento racional-empírico, baseado em evidências (fontes) e os melhores
argumentos (raciocínios lógicos). Fontes ou vozes como a marca do ser humano: discursos orais
e escritos, monumentos, obras literárias, pinturas, obras de arte, esqueletos, objetos
cotidianos (além de novos tipos de evidência). As fontes não falam por si (não dizem a verdade
pronta) – é preciso interroga-las e contextualizá-las. Quebra cabeça, a partir de peças e
fragmentos tenta-se ver o conjunto – nunca conseguimos recuperar totalmente. Por que e
como a fonte chegou até o historiador? Por quem e por quefoi produzida? Data, autoria,
relação à outros documentos, Avaliar as informações. A partir dessas fontes não se ‘vê’ o
passado mas se lê – o que depende da interpretação (interesses do historiador e de sua
época). Mas nunca o historiador trabalha sozinho e sua interpretação será alvo de crítica pela
comunidade dos historiadores.

Ex fonte histórica: cartaPero Vaz de Caminha ao rei dom Emanuel (aproximações com
o próximo assunto, sobre a colonização e os indígenas)– a carta do Descobrimento do Brasil.
Considerada a certidão do nascimento do brasil descreve a terra, fauna, flora, habitantes.
Várias abordagens da carta: numa primeira os historiadores viram como um documento que
destacava a exuberância do Brasil e o aspecto exótico do povo. Outros, mais tarde, viram que
se tratava de uma carta que revelava a visão de superioridade dos Europeus e seus pré-
conceitos.É importante ter claro que a história não é uma narrativa única de tudo que
aconteceu, por que? Pois ela é construída com base em vestígios, fragmentos, fontes e
documentos (com interesses de poder e intenções diversas dependendo do historiador). A
história reflete as múltiplas formas de exercitar o poder.
Quando tocamos nos nossos primeiro conteúdos, pré-história do Brasil e Brasil Colônia, vemos
se chocarem pelo menos três versões da história no continente americano: populações
indígenas, os jesuítas, as Coroas Lusitana e Espanhola (autoridades metropolitanas – colonos).
Quando os portugueses chegaram em território brasileiro, existiam mais de 1000 povos
diferentes, e entre 2 a 6 milhões de população indígena.

Os indígenas desejavam basicamente garantir sua sobrevivência, suas terras, seus ritos e
mitos, organizações sociais, entre outras características– também praticavam trocas culturais e
materiais.

Os colonizadores promoveram a ocupação e exploração do território americano (domínio do


tempo – calendário), vendo os indígenas como trabalhadores forçados (escravos) ou
obstáculos a serem removidos (extermínio).

Os jesuítas tratavam os índios como povos a serem civilizados, tutelados (protegidos,


cuidados), pacificados e cristianizados – trabalhando em aldeiamentos (e missões).

Com a história contada pelo colonizador que impôs sua dominação, contaram a história de seu
ponto de vista: os índios eram preguiçosos, inferiores, selvagens, traiçoeiros. Com poucos
registros escritos, e poucos vestígios arqueológicos essa visão da história(dos cronistas
europeus com seus pré-conceitos com relação ao universo cultural indígena)se manteve.

Só mais tarde começaram a surgir novas interpretações da históriados nativos: Houve


incorporação de práticas indígenas agrícolas e alimentares em seu modo de vida, embora a
cultura europeia predominasse, o contato cultural foi intenso ( e não só destruidor). Assim a
sua história (enquanto eram nativos, seu processo de dominação, aculturação, resistência e
permanência cultural) vai aos poucos sendo revelada.

13/03: O que vimos? Teoria da história, tempo, homem no tempo, método do historiador
(fontes, argumentos, organização, comunidade) – construção de narrativas históricas,
periodização (linha do tempo). Vimos também definições de história e a atividade do
homem/sociedade no tempo. Vimos o exemplo da carta de Pero Vaz e o choque entre 3
‘culturas ou tempos’, dominação, aculturação, novas interpretações, interação cultural.

Luiz Koshiba

Pré-história brasileira: (citação Octavio Paz: “Nenhuma sociedade nem época alguma
denominou-se a si mesma moderna – salvo a nossa.. O ocidente identificou-se com o tempo e
não há outra modernidade senão a do Ocidente. Restam apenas bárbaros, infiéis, gentios,
imundos; ou melhor, os novos pagãos.”) o que é PRÉ-HISTÓRIA? Dificuldade de sistematizar e
periodizar a pré-história brasileira (outras categorias)
Desenhar MAPA – POVOAMENTO (EXPLICAR PALEOLÍTICO E NEOLÍTICO) – extender a linha de
tempo histórica vista, para falar do Povoamento da américa e da características histórico-
sociais e econômicas desses povos.

Os primeiros habitantes chegaram por volta de 20 ou 30 mil anos antes de Cristo. Apontar para
os povoamentos (linhas no mapa )corrente asiático –mongólico, Polinésia, Africa,
Austrália,Glaciação... um grupo mais parecido com asiáticos, outro grupo mais parecido com
africanos e aborígenes australianos. Civilizações : mesoamericanas, andinas, norte-
americanas, sul-americanas.

(IMPORTANCIA DA ARQUEOLOGIA, PALEONTOLOGIA (ser antigo, estudo), - datação pelo


carbono 14, mapeamento genético - DNA. Ossos, lascas de madeira queimada, peças de
cerâmica, ruínas, Estratigrafia (camadas de solo)> evidências arqueológicas: pinturas rupestres,
sambaquis, produção de cerâmicas, restos de fogueira, artefatos de caça, pesca, coleta, cestos.

Diversidade de hábitos, atividades, organizações sociais, costumes, artefatos materiais,


paisagens geográficas – marcas dessas sociedades. Algumas culturas (mesoamérica e andes
1200 – 300 ac) desenvolveram: técnicas de agricultura, metalurgia, engenharia, sistemas de
escrita, arte, organização social e política.

(heterogeneidade étnica da América) – diferenças culturais e linguística dos 70 a 80 milhões de


habitantes que os europeus encontraram aqui no séc XV. Mais de 100 famílias linguísticas, 2
mil idiomas e dialetos. Até 10000ac Paleolítico: idade da pedra lascada (LA GUERRE DU FEU
1981):coleta, caça, pesca, nomadismo, abrigos naturais provisórios, instrumentos de pedra e
ossos, e madeira lascados, bandos pouco numerosos.

Ponte de Gelo se derrete (atentar para que o nível do mar era mais baixo, existiam mais ilhas) a
7 mil anos. Começa o Neolítico, revolução neolítica na meso-América: idade da pedra polida,
prática da agricultura e criação de animais (lhamas e alpacas nos andes), seminomadismo e
sedentarismo, moradias fixas, instrumentos de pedra e ossos polidos, cestaria e cerâmica. –
depois idade dos metais.(5000-4000 – metalurgia, fundição, cobre, bronze, ferro) Estamos
falando de México, e América Central, Peru e Bolívia: milho, feijão, batata, mandioca
(espalhou-se para américa do sul) – bases da alimentação.

Transformações sociais decorrentes da produção de alimentos que transformou caçadores em


agricultores, de coletores para produtores. Começaram a se relacionar com a natureza por
meio do trabalho. A revolução neolítica inventa, por assim dizer, o trabalho. Cristalização
gradativa de ‘desigualdades’ ou diferenciações hierárquicas: camponeses, guerreiros,
sacerdotes.

TUPIS – enquanto alimentos eram retirados diretamente da natureza sem cultivo, coletá-los,
organizações sociais regiam-se pelo igualitarismo (diferença só em sexo-idade).

TUPIS NO LITORAL BRASILEIRO; primeiro grupo encontrado por estar no litoral. Diversidade de
seus habitantes, diferentes estágios de desenvolvimento. Com a expansão mercantil europeia,
o contato entre nativos e europeus afetou a dinâmica desses povos, diminuindo seus espaços
e seu número. Ora relação violenta, ora interação ( hábitos alimentares, objetos, hábitos de
trabalho)práticas indígenas agrícolas e alimentares em seu modo de vida.Europeus chegam:
doenças, processo de destruição das populações americanas, elementos de cultura
apropriados, miscigenados.

Isolados dos outros povos andinos (geograficamente), os tupi encontrados pertenciam à


categoria dos povos coletores de alimentos (tecnicamente no Paleolítico). Organização social e
costumes: Não possuíam uma organização econômica por não possuir ‘bens de propriedade’ –
tudo é comum, ‘não há comerciantes nem comércio’. (segundo uma carta atribuída a Américo
Vespúcio), vivem juntos sem rei nem império (“sem política”) e cada qual é senhor de si, não
tem generais pois ‘guerreiam entre si sem arte nem ordem” (desconhecia a divisão de
classes?): Não há propriedade privada nem reis e generais.

A guerra, um enigma das sociedades TUPI: mesmo sem desigualdade nem propriedade privada
nem dominação política (poder central), eles guerreavam entre si – TUPINIQUIM e
TUPINAMBÁ – objetivo não era se apoderar de riquezas nem dominar os inimigos para
escraviza-los. – Faziam guerra “para vingar a morte dos pais antepassados”.

Os europeus fizeram guerras diferentes contra os tupi, astecas, incas ,iroueses, moicanos, etc –
apropriando-se de suas terras, confiscando seus bens, escravizando-os. (sua violência
‘justificava-se’ pela fé – objetivo supremo.

Guerra nas sociedades primitivas. Todas as tribos tinham inimigos com os quais mantinham
eterna hostilidade. Os tupi eram essencialmente guerreiros,a guerra tem um fim em si mesmo.
Coragem, bravura,- todos igualmente guerreiros. O objetivo da guerra não poderia ser
dominar, aniquilar ou conquistar – sem inimigos deixam de ser guerreiros. Conflitos são pouco
mortíferos perto do que veio acontecer com a chegada dos europeus. O prisioneiro era
tratado diferenciadadamente: recebia esposa, alimentos e tratamento igual – ficava livre pela
tribo sem fugir – depois de um tempo o prisioneiro era executado (grande festa, convidados).
O prisioneiro devia se mostrar alegre e sem medo, com certeza de que seria vingado – era
próprio do guerreiro morrer assim, e não em suas redes. O corpo era retalhado e consumido
pelos presentes (CANIBALISMO? – e sacrifícios na meso-américa). – ritual antropofágico
escandaloso para os Europeus.

Chefe da tribo um guerreiro valente e que sabe falar bem – orienta os combatentes mas não
dá ordens. Recebe prestígio mas não poder – são os guerreiros que decidem pela guerra.

Mundo essencialmente masculino (socialmente admitida) – mas as mulheres eram


inferiorizadas – mesmo sem divisão de classes há divisão entre sexos. Homem : destruição e
morte; mulher: vida, preservação, geração de filhos, preparar alimentos. “Escravos da morte,
os homens invejam e temem as mulheres, senhoras da vida” Pierre Clastres.

Próximos capítulos (conquista ibérica, formação do Estado Moderno).

O mundo às vésperas do séc. XVI:


As origens dos Estados Modernos:processo de formação das monarquias centralizadas
europeias - as maneiras como os reis legitimavam seu poder e se relacionavam com clero,
nobreza, camponeses. Conflitos e mazelas do período medieval, peste negra,

O PIONEIRISMO PORTUGUÊS NA EXPANSÃO ULTRAMARINA:

Portugal – pequeno reino no extremo oeste do continente – separou-se em 1139 do que viria a
ser a Espanha, em Guerra de Reconquista contra os mouros (que desde 711 dominava a
península ibérica). Particularidades desse domínio: religião distinta, prolongada presença não
propiciara a organização feudal de servidão. Estimulava-se o cultivo intenso de produtos para
comércio. O ultimo reduto mouro Granada, em 1492 recuperado pela Espanha.

1383 – D. Fernando rei português morre -> questão dinástica – guerra civil entre Portugal e
Espanha – confronto entre facções termina com D. João I assumindo o trono em 1385 –
autonomia perante Espanha. Revolução de Avis fez de Portugal o primeiro estado moderno
Europeu.

1. Forte centralização política 2. Burocracia gestora dos interesses do Reino 3. Exército


permanente 4 impostos reais 5 controle da cunhagem de moedas 6 expansão
marítima.

A expansão portuguesa começa na conquista da cidade de Ceuta 1415 Marrocos. – exibir o


guerreiro e o cristão contra o infiel muçulmano. Exploração do litoral africano em busca de
ouro. Ilhas no Atlântico – Açores, Madeira Cabo Verde (Açúcar, escravos). Interesse com
um caminho para as Índias – Bartolomeu Dias, Cabo da Boa Esperança (África) 1488, Vasco
da Gama Calicute (Índia) 1498. Cabral com missão igual (Calicute) chega ao Brasil 1500 – e
continua viagem.

COLONIZAÇÃO DO BRASIL E A FORMAÇÃO DO CAPITALISMO:

Povoadores visavam enriquecimento pessoal e enobrecimento, nada a ver com capitalismo?


Ainda assim ao promover seus interesses contribuíram para o enriquecimento de mercadores
portugueses e ingleses. Transferência da riqueza do Brasil para Europa – produção colonial 
produção comercial – uma das forças da produção do capitalismo (povoadores, indígenas,
escravos).

ECONOMIA AÇUCAREIRA: os primeiros povoadores vieram ao Brasil atraídos por metais e


pedras preciosas, sem sorte apostaram na cana-de-açucar (um projeto que já rendia na ilha da
Madeira; ideia de Martim Afonso de Sousa) – distribuição holandesa. A terra era abundante –
e a mão de obra não. Indígenas – montagem dos engenhos. – Primeiro projeto quando
ocuparam a terra seguidos dos Jesuítas: réplica da sociedade portuguesa neste lado do
Atlântico. Do ponto de vista oficial e religioso: cristianização e salvação de almas. Conduta dos
povoadores foi diferente: faziam as nativas suas concubinas, submetiam os nativos a trabalhos
forçados ou escravidão. Condenados pelos jesuítas e tinham nesse ponto apoio do rei. Mas a
situação se agrava ao pensarmos na agroindústria açucareira que surgia e sua conexão com o
circuito mercantil europeu. A questão da mão-de-obra é fundamental – conflito entre
povoadores e jesuítas e demanda ativou o tráfico negreiro – escala rápida transforma o Brasil
para sempre.

O NASCIMENTO DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL

Tráfico Negreiro, peça importante do sistema colonial  de povoamento para colonização,


escravismo colonial. Primeiro se fez um povoamento de territórios ultramarinos, Martins
Afonso de Souza. Colonização começa com escravidão, substituição do indígena. 1580-1630.
Colonização como ruptura com o projeto oficial e religioso que motivava Portugal na expansão
marítima e mercantil. Vitória da burguesia sobre o projeto aristocrático e clerical.

Colônia – lugar para onde se enviam novos povoadores; colono – lavrador, morador (latin)
No séc XVII – colônia era em Portugal habitação, residência. Toda colônia tem sua metrópole
(cidade mãe) – visa a exploração contínua e sistemática pela metrópole.

No séc VIII a.C a Grécia – colônias Ásia Menor, Sul da Itália – cidades independentes.

A partir de então Portugal vira metrópole, gradativamente substitui o projeto aristocrático


(fazer uma cópia de Portugal, ganhar terras e títulos) e clerical (igreja) pela política colonial –
fiscalista e mercantil. Mas em Portugal ainda era forte o domínio aristocrático e clerical
(inquisição) – o que impede Portugal de um salto capitalista total.

CONCLUSÃO: história: conflitos de interesse, busca de oportunidades, projetos religiosos,


ambições políticas. Expansão marítima, colonização moderna, capitalismo vão
‘inconscientemente’ surgindo. – busca de riquezas, cobiça de bens materiais.(mentalidade
aristocrático-clerical) ‘ só percebemos o que de fato aconteceu quando tudo termina – ‘ a ave
de Minerva só levanta o vôo ao entardecer’.

Forme grupos de até 5 pessoas e respondam às questões abaixo.


1) Qual é a importância do estudo da história para a humanidade?
2) Cite alguns elementos que o historiador usa para construir narrativas históricas.
3) Leia e observe as fontes históricas a seguir:
Fonte1:
“A história faz-se com documentos escritos, sem dúvida. [...] Mas pode fazer-se, deve
fazer-se sem documentos escritos se estes não existirem. Com tudo o que a
engenhosidade do historiador pode lhe permitir usar para fabricar seu mel. [...] Toda
uma parte e sem dúvida a mais apaixonante de nosso trabalho de historiador não
consiste num esforço constante para fazer falar as coisas mudas e fazê-las dizer o que
não dizem por si sós sobre os homens?”

FEBVRE, Lucien. Combates pela história, 1953. Citado ee: TÉTART, Philippe.
Pequena história dos historiadores: Edusc, 2000. Página 112.

Fonte 2:

Benedito Calixto, Praia do Consulado, Porto de Santos (1882). Óleo sobre tela.
Pinacoteca Benedicto Calixto, Santos (SP)

Agora, preecha o quadro com as informações pedidas:

Fonte1 Fonte2
Autor
Data
Tipo de Fonte
4) Segundo o historiador Marc Bloch, a história é “a ciência dos homens no
tempo”. O que você entende por essa afirmação?
5) Converse com seus colegas e cite algum tipo de acontecimento que vocês acham
que influenciaram a história de vocês: foram acontecimentos culturais,
econômicos, sociais ou políticos? Comente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS HISTÓRIA 3 ANO:

•Utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares.


• Ter iniciativas e autonomia na realização de trabalhos individuais e coletivos.
• Utilizar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e políticas de realidades
históricas singulares, com destaque para a questão da cidadania.
• Refletir sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos que produzemna
vida das sociedades.
• Debater ideias e expressá-las por escrito e por outras formas de comunicação.
• Dar importância aos intercâmbios entre as diferentes sociedades e às negociações na
mediação de conflitos.
• Coletar informações de fontes históricas, comotextos, imagens, objetos, mapas
urbanos e edificações.

CONTEUDO 3 ANO HISTORIA Mundial/Brasil/América Latina

1) Imperialismo (África e Ásia no séc. XIX)


2) 1ª Guerra Mundial
3) A revolução Russa
4) Período entre guerras
5) 2ª Guerra Mundial
6) Brasil - República Velha
7) • Brasil - Era Vargas
8) • Período democrático (1946 – 1964).
9) • Brasil - Governos militares
10) • Brasil – Redemocratização: Nova República
11) • Brasil, América Latina e o mundo no século XXI

Referências _ Claudio Vicentino História Geral e do Brasil vol 2/3


Luiz Koshiba e Denise Manzi História do Brasil

1) Imperialismo (mapa mundi – importante ver aqui o início da formação da conjuntura


que iria deflagrar a 1ª guerra mundial)koshiba,: Expansão e NACIONALISMO
exarcebado (xenofóbico).imperialista como mundialização da ordem capitalista:
neocolonialismo, novas potências industriais, segunda revolução a partir de 1870 –
novas fontes de energia, petróleo, substituindo o vapor. Aperfeiçoamento das técnicas
de produção, modificação da organização empresarial, sofisticação tecnológica à uma
minoria – poderosos capitalistas, concentração do capital – capitalismo
industrial/financeiro. Monopolização da produção industrial (ao invés da concorrência
livre) – carvão, truste de aço, ferro, bancos. Imperialismo e neocolonialismo – baseia-
se agora na exportação do capital, aplicação em outras áreas. Busca de matérias
primas baratas, proteção do governo local – ação do capital monopolista.
Diferentemente do colonialismo, Portugal e Espanha, por produtos tropicais, metais
preciosos e exportação de manufaturados, o neocolonialismo procura matérias-primas
industriais como carvão, ferro petróleo, além de alimentos. Continuavam exportando
manufaturas, mas agora com investimento do capital excedente na construção de
estradas de ferro, exploração de minas, infra-estrutura econômica para exploração da
riqueza mais lucrativamente e emigração – válvula de escape para a pressão
demográfica. Maior enraizamento do capital estrangeiro. Na américa latina intenso
fluxo de imigrantes (para argentina, urugai, sul do Brasil, - ita, port, esp). Persistência
da situação colonial – rearticulação com o capital europeu (Britanico) – exportação de
produtos primários 80%-90% dos totais exportados. (Estradas de Ferro, Minas,
Cafeicultura)
A Europa (ing, ita,frança, ale, bélg, esp, port) e o seu outro: Populações africanas e
asiáticas (mais concentrada que naamérica latina) foram subjugadas e incorporadas à
ordem Europeia (ou EUA). História ocidental ao longo dela: africanos conquistados,
escravizados, inferiorizados e estigmatizados. O tráfico de escravos rendeu fortunas a
elites econômicas, e muita miséria, exploração e sofrimento para dezenas de milhões.
Na Ásia o colonialismo europeu se sustentou em guerras de conquista, imposição
cultural e econômica, mortos, famintos. Trágica herança.
Práticas imperialistas: eurocentrismo “A História tradicional do ocidente” trata
como não relevante a história de outras regiões. Europa como eixo do movimento
civilizatório e evolutivo foi constituído desde a Antiguidade (mundo mediterrâneo) .
Outras terras são vistas como distantes, demoníacas, selvagens, estranhas, com
desconfiança se olha para elas – e com um fascínio ao exótico. Poucos consideravam
os Africanos e Asiáticos como seres humanos como os Europeus, apenas diferentes
por traços étnicos e culturais. Se estabelecia uma ideia de supremacia europeia e
consequente inferioridade de outras culturas (darwinismo social).

Partilha Afro-asiática: Ing, Fra, Ale, Ita, Bel, JAP Africa e Ásiacomeçam a ser dominadas
e fragmentadas pelas potências europeias (e japão – revolução meiji 1868), 1763-1860

História 3º Ano – Imperialismo e Neocolonialismo – atividade 1.


Questões:

1)o que as nações europeias, no imperialismo do séc. XIX buscavam na África e Ásia?

2) Compare o Colonialismo do séc XVI ao neocolonialismo do séc XIX.

3)De acordo com Marc Ferro, qual era a missão dos ingleses diante dos povos considerados
inferiores?

4) Com base nas ideias expostas pelos autores, escreva um pequeno texto respondendo: Como
essa trágica Herança afeta os países Africanos e Asiáticos? E a América Latina?
O MUNDO ÀS VÉSPERAS DO SÉC. XVI.

As origens do Estado Moderno:

processo de formação das monarquias centralizadas da Europa. Vamos ver as maneiras como
os reis legitimavam o poder- e obstáculos perante o clero, nobreza ,camponeses, burguesia em
ascensão. Desafios da população medieval – peste negra.

Desenvolvimento comercial e urbano (renascimento) encontra dificuldades nas estruturas


feudais (não basta mais só possuir terras para ter poder). A Europa estava dividida em vários
feudos diferentes – poderes locais. Os senhores feudais interferiam demasiado no comércio,
cobrando impostos e tarifas ‘pedágio’. Não havia uniformidade de leis, unidade monetária,
pesos e medidas  dificulta as transações comerciais. Mudanças qualitativas na economia
europeia abriam espaço para uma nova ordem política e social (relações de dominação e
exploração).

Do Feudalismo para o Capitalismo Comercial. Consolidação de ideias de progresso e


desenvolvimento – pensamento racionalista, individualista, valores burgueses que demoliram
o universo ideológico católico-feudal.

Para os burgueses europeus dessa época (comerciantes, artesãos, banqueiros) seria


conveniente um poder centralizado que se elevasse acima dos poderes locais e impusesse
normas que facilitariam o comércio. Os nobres passam a buscar novos meios de se impor
seguindo esses novos padrões econômicos. Os burgueses apesar de sua força econômica não
tem poder político (classe social dominante) – tinham de comprar títulos – assumindo valores
decadentes.

Os diversos reis europeus queriam uma centralização política para reforçar sua autoridade e
submeter os nobres e limitar o poder da igreja. Reis e burgueses se unem formação das
monarquias centralizadas.

Economia e sociedade do Antigo Regime.

Alterações socioeconômicas: urbanização, surgimento da burguesia, renascimento do


comércio. processo de formação do Estado Nacional, feudalismo vai desaparecendo (em
meio a crises, guerras, peste). Economia de mercado, trocas monetárias, preocupação com
lucro  expansão marítima – capitalismo comercial.

Exploração colonial do Novo Mundo, ressurgimento do comércio europeu – propicia a


ascensão da economia mercantil. Surgimento do trabalho assalariado (ao contrário do servil).
Acumulação primitiva de capitais ( exploração do trabalhador (massas expropriadas de suas
terras vão parar no mercado de trabalho, nas cidades em oficinas de artesanato ou
manufaturas), ampliação de riquezas e terras, concentração dos meios de produção).
Crescente separação entre capital e trabalho.

Classe de ordens: proprietários de terras (clero, nobreza); trabalhadores (servos, camponeses


livres, assalariados, massa popular); burguesia (mercantil, manufatureira). idade moderna
conhece então a luta da burguesia por espaço social, político e ideológico.

Estado moderno:derrocada do poder da igreja e da nobreza abrindo espaço para esse novo
grupo burguês ascendente: monarquias nacionais.

Estado Absolutista: poder concentrado nas mãos do rei e ministros. (a nobreza estava em
decadência e a burguesia ainda frágil). Esses grupos precisavam do Estado para preservar suas
condições e privilégios – sujeitam-se ao poder do Estado Moderno.

De outro lado o Estado absolutista precisava de impostos e recursos gerados pelas atividades
comerciais e manufatureiras  seu progresso e desenvolvimento era importante para a
opulência e sobrevivência do Estado. O estado então mantinha cargos não só para a
aristocracia feudal, mas representantes da burguesia. Estado dinâmico: incrementa as finanças
nacionais, incentiva o lucro, expansão de mercado e exploração das colônias. Mas ainda
existiam estruturas feudais parasitárias, entravadoras, de privilégios – muitos impostos iam
para manter essas estruturas aristocráticas. surgimento de ideias liberais (posteriormente
vão demolir o Estado absolutista). O estado absolutista tinha o poder de definir regras práticas
e ações em todos os níveis e se consolidou como INTERVENTOR (todos os setores da vida
nacional). Na economiaessa intervenção recebeu o nome de mercantilismo.

O MERCANTILISMO:

Íntima relação entre Estado e Economia: política de controle e incentivo para garantir
desenvolvimento comercial e financeiro – fortalecendo o próprio poder. Conjunto de medidas
variadas adotadas por diversos Estados Modernos, visando recursos e riquezas para manter o
poder absoluto. Uns optaram por Exploração colonial, outros obtenção de metais preciosos,
atividade marítima e comercia, produção manufatureira.

Metalismo: concepção que identifica a riqueza e o poder de Estado à quantidade de metais


preciosos por ele acumulados (ouro, prata) – colônias ou comércio externo.

Balança comercial favorável: buscava-se manter o nível das exportações superior ao das
importações.

Protecionismo: Restringe-se importações (taxas alfandegárias) dos extrangeiros – e protege-


seda concorrência estrangeira e incentiva-se a produção nacional.

Questões:

1) Qual a origem do homem americano segundo a hipótese mais aceita?

2) Em que constitui a revolução do neolítico ou idade da pedra polida?


3) Por que os tupi intrigaram os portugueses?
4) Como é a relação da nossa sociedade com os povos indígenas?

1ª GUERRA MUNDIAL:
(1914-1918) – 9-13 milhões de mortos? 20 milhões feridos.

AS RIVALIDADES INTERNACIONAIS: ING maior potência (PaxBritannica)– depois ALE – em


desenvolvimento rápido (segunda revolução industrial e sua UNIFICAÇÃO em 1971, programa
naval). Os EUA também estão se sobrepondo (aço e ferro, indústria química, elétrica,
automobilística). A Alemanha exigia a redivisão colonial, obtenção de domínios condizentes
com seu crescimento e poder (questão marroquina contra frança, além da perda da Alsácia-
Lorena na guerra franco-prussiana -revanche). Outros elementos desagregadores: minorias
nacionais europeias (Poloneses, irlandeses, e: húngaros, grupos eslavos, sérvios, croatas,
eslovenos). buscam o direito de auto-governo, inspiradas na unificação da Itália e Alemanha –
contra os interesses da estrada de Ferro Berlin-Bagda (ALE, AUST) e do império TURCO (em
desfacelamento) A russia apoiava um pan-eslavismo – independência das minorias nacionais.

Concorrência entre as potências conduz à liquidação do livre-cambismoprotencionismo,


( cada país elevou as tarifas alfandegárias com a finalidade de proteger seu parque industrial
dos extrangeiros). Além da disputadíssima competição pela aquisição de colônias (dominadas
pela Inglaterra e França). ALE despontava como rival da ING, dumping – concorrência por meio
da baixa dos preços.

A PAZ ARMADA e a BELLE ÉPOQUE: como resultado dessas disputas surge um intolerante
nacionalismo e xenofobismo. Choques inter-imperialistas escalada de uma corrida
armamentista. Armas mortíferasem grande quantidade(poderosas tecnologias industriais). Paz
garantida por arsenais (dissuasão pretensa), poder das classes dominantes atinge o clímax –
belle époque (1870-1914) muita riqueza, desenvolvimento técnico-científico, artes e cultura –
mundo restrito (Viena e Paris) – guerra destrói o sonho dessa elite.

SISTEMA DE ALIANÇAS:ora secretos, os acordos visavam a união e países para isolar o inimigo.
A Europa se divide em 2: TRÍPLICE ALIANÇA – ALEMANHA, ÁUSTRIA-HUNGRIA E ITÁLIA;
TRÍPLICE ENTENTE : INGLATERRA, FRANÇA, RÚSSIA. Qualquer conflito arrastaria os aliados (e
as colônias) para o campo de batalha em virtude de compromissos assumidos.

ECLOSÃO: Europa barril de pólvora. O estopim foi o assassinato do arquiduque Francisco


Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, em Sarajevo, capital da Bósnia, por um
estudante sérvio em 26 de julho de 1914. Por trás do atentado se encontra uma organização
antiaustríaca (mão negra – união ou morte) uma organização Sérvia (brigava por
independência de países sob influência austríaca, questão balcânica – Sérvia já era
independente 1878); A Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia (depois de mandar um
ultimatum não aceito – pois feria a sua autonomia). A Russia interveio pois era aliada da
Sérvia, a Ale, a favor da Áustria. França e Inglaterra a favor da Rússia (sistema de alianças
ativado). – Começa a primeira guerra. A Itália neutra no início já que tinha diferenças com a
Áustria (territórios visados pelos italianos) – depois a Inglaterra prometeu entregar-lhes esses
territórios – e a Itália aceita – rompendo a neutralidade em 1915.
A GUERRA: Os estados estavam preparados para uma guerra curta, mas isso não aconteceu.
No front europeu a ALE invade a Bélgica, entra na França. Trincheiras detêm esse movimento
setembro 1914 –depois de 1915 Guerra estática. Novos engenhos aparecem: submarino,
tanque, gás venenoso, avião. Em 1917 a situação melhora para a Entente, (a Rússia sai da
guerra motivada por sua revolução bolchevique e várias derrotas, desestruturação econômica
do Czarismo  socialismo) mas os EUA entram (guerra submarina contra seus navios). A
Alemanha sozinha foi derrotada em 1918.

A PAZ: A ALE se rende com base nos 14 pontos propostos pelo presidente do EUA Wilson(paz
sem vencedores), mas o Tratado de Versalhes, que a Alemanha é obrigada a assinar em 1919
ignora esses pontos e impunha condições duras – preparam a segunda guerra. : perda da
região de Alsácia-Lorena, acesso da Polônia ao mar por uma faixa de terra dentro da ALE
(corredor polonês), ALE perdia todas as suas colônias ultramarinas, e parte de seu território
para franceses, ingleses e aliados, perdia artilharia, aviação, marinha, só poderia ter 100 mil
homens no exército, e ainda teria de indenizar os outros países.

resumo ( retenções)

a) O aparecimento de várias potências industriais e as guerras comerciais foram


responsáveis pela elevação das tensões internacionais
b) A ascensão da Alemanha, que passou a ser o mais poderoso rival do tradicional
capitalismo britânico, criou uma polarização, à qual vieram se agregar as potências
secundárias.
c) As rivalidades entre potências estimularam o surgimento de sentimentos nacionalistas
exacerbados (nacionalismo e xenofobia) e a corrida armamentista.
d) Formação do sistema de alianças cujos polos eram a Alemanha e a Inglaterra, criou
uma situação explosiva na Europa.
e) As tensões criadas pelo novo colonialismo, culminaram, após o atentado de Sarajevo,
na primeira guerra mundial
f) A entrada dos EUA no conflito 1917 – foi decisivo para a vitória da Entente.
g) As condições impostas pelo tratado de Versalhes à Alemanha prepararam a segunda
guerra mundial.
REVOLUÇÃO RUSSA

Poucas semanas antes dos Eua – início revolução Russa de fevereiro de 1917

Comparada a revolução francesa, (libertação dos grilhões absolutistas do czarismo) –


adaptação ao século XX, demonstração patriótica contra os alemães.

Sem paralelo histórico: ao contrário da revolução na França, não foi a burguesia que assume o
poder mas os líderes do proletariado que comandaram o processo revolucionário – forçando
uma ruptura social e política inédita com desdobramentos internacionais.

ANTECEDENTES:

150 milhões de habitantes (início séc. XX) – altas contradições – Antigo Regime, que se
opunham ao mundo capitalista emergente.

Pirâmide: grandes proprietários de terras, o clero – igreja Ortodoxa, oficiais do exército –


organização baseada em posse de terras e títulos honoríficos – não havendo o dinamismo das
sociedades capitalistas. Camponeses (80% da população). Grande número de miseráveis e
concentração de terras entre boiardos (40%) e mujiques.

As conquistas modernas e desenvolvimentistas de engrandecimento do estado foram


conquistadas por Pedro, o Grande Czar de 1682-1725, adotando novas formas de adm e
educação, importando tecnologias do ocidente – São Petersburgocapital– janela para a
Europa.

Dinastia dos Romanov, no poder desde 1613 – governa de forma absolutista – czar se
confunde com o Estado – age em função da grandeza imperial e ampliação de poder – deixa a
burguesia atrelada a autocracia. O estado não satisfaz as aspirações burguesas de
industrialização e modernização ( apesar dos Czares terem se preocupado com isso).

Alexandre II (1855-1881)abole a servidão por exemplo – mas é assassinado por


revolucionários radicais anarquistas. Coloca 40 milhões de camponeses libertos sem alterar a
estrutura fundiária tradicional. As propriedades seriam todas subordinadas ao Estado – tensão
com movimentos populares (redistribuição de terras).

Alexandre III (1881-1894) repressão radical – contra anarquistas e comunistas, encoraja


investimentos estrangeiros (ale, belga, fran, ingl) impulsiona a industrialização e o contraste
com a estrutura agrária oligárquica czarista.

Nicolau II (1894-1917) continuou a industrialização fundada em capitais internacionais e viveu


o desfecho revolucionário de 17)

O ENSAIO REVOLUCIONÁRIO

Fracasso do Czar na guerra (Russo-Japonesa) com seu projeto expansionista/


imperialista. Forças de oposição foram incentivadas – 1905 uma manifestação popular pacífica
em frente ao palácio de inverno de Nicolau II foi reprimida violentamente – os manifestantes
buscavam uma entrevista com o czarpara expor suas queixas e mesmo cantando o hino de
fidelidade ao governo ‘ Deus salve o Czar’ acabaram dizimados às centenas. O encouraçado
Potemkin também se rebela.

O czar assina o Tratado de Portsmouth – 1905 – pondo fim à Guerra Russo-Japonesa, entrega a
parte setentrional da ilha de Sacalina e a península de Liaotung à coreia. E lança o Manifesto
de Outubro – prometendo a instauração de uma monarquia constitucional e parlamentar. –
sovietes – conselhos de trabalhadores, em várias regiões da Rússia – participação popular.

A Duma – parlamento – foi cumprida com parlamentares se reunido em 1906- porém o Czar
envia decretos que submetem-na à seu poder. As críticas parlamentares leva o Czar a dissolvê-
la, substituindo-a por outra de caráter aristocrático censitário (posse de propriedades e
organizada por seu ministro). A corte se desmoraliza por completo e seu ministro é
assassinado (Stolypin). – O czarismo tentava a libertação mas sempre retornava à autocracia. A
monarquia volta a se estabelecer como autocrática czarista mas tem que conviver com a
constituição, a Duma e os sovietes (agora sem poderes efetivos)...

Opositores:

narodiniks (ida ao povo) – populistas ‘ niilistas’ – partidários do anarquismo de Bakunin

social-democratas – defensores do marxismo .

Aulas Sociologia, Antropologia, Política:

Competências e habilidades a serem desenvolvidas


em Sociologia, Antropologia e Política
Representação e comunicação
• Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade: as
explicações das Ciências Sociais, amparadas nos vários paradigmas teóricos, e as do
senso comum.
• Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir das
observações e reflexões realizadas.
Investigação e compreensão
• Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana, ampliando a
“visão de mundo” e o “horizonte de expectativas”, nas relações interpessoais com
os vários grupos sociais.
• Construir uma visão mais crítica da indústria cultural e dos meios de comunicação de
massa, avaliando o papel ideológico do “marketing” enquanto estratégia de persuasão
do consumidor e do próprio eleitor.
• Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de etnias e segmentos
sociais, agindo de modo a preservar o direito à diversidade, enquanto princípio estético,
político e ético que supera conflitos e tensões do mundo atual.
Contextualização sócio-cultural
• Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de qualificação
exigida, gerados por mudanças na ordem econômica.
• Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da cidadania
plena, no contexto do Estado de Direito, atuando para que haja, efetivamente, uma
reciprocidade de direitos e deveres entre o poder público e o cidadão e também entre os
diferentes grupos.

Resumo de competências escolares básicas: [ler, falar, escrever,] – (articular, contextualizar,


relacionar, criticar, se posicionar...) calcular.

Aula 1 primeiro ano:

Conteúdo: (textos (de filosofia: Maria Helena e Maria Lúcia) de SOC (Nelson Tomazi –
Sociologia para o ensino Médio) + (Sociologia Hoje, Igor José, Henrique Amorin, Celso de
Barros)

1) Introdução ao estudo da Sociologia: Conceito, objeto de estudo e história da ciência


sociológica
2) O indivíduo e o processo Social: Socialização, isolamento social.
3) Introdução ao pensamento dos pensadores clássicos da sociologia (Comte, Durkheim,
Max Weber, Karl Marx).
4) elementos de antropologia filosófica (natureza e cultura).
5) Crítica da Ideologia: Os meios de comunicação de massa na sociedade atual: rádio,
televisão, Internet.

Antropologia:

1) Introdução ao estudo da Sociologia: Conceito, objeto de estudo e história da ciência


sociológica:
Todos vivemos em sociedade ( e o hermitão?- também ele foi socializado) – ser
gregário (nem deus nem animal de rapina -Ari). Pensar e aprender uma linguagem são atos
sociais (vide onde estamos).
Sociologia como ciência recente(como conhecer a sociedade cientificamente)– séc
XVIII-XIX, ciência voltada para o ser humano enquanto grupo e para as regras e fundamentos
das sociedades. Contexto de origem: a emergência de um tipo de racionalidade, ciência e
revolução industrial (campo - cidades).Clássicos da Sociologia Comte, Durkheim, Weber,
Marx. (FRA, ALE, EUA).Outras áreas afins: Psicologia, Antropologia (etnografia, sistema de
parentescos, diferenças culturais – das primitivas às urbanas), Política, Direito, Economia,
História, Filosofia.
Explicações racionais, empiria metódica, prever e controlar fenômenos sociais –
estabelecer fronteiras entre a ciência sociológica (seu método e visões controversas, com
critérios diversos e complexos,e sistematização de teorias e linhagens teóricas)Conceito
moderno da ciência social: conhecimento do mundo marcado por método e regras
compartilhadas e que resulta em desvelamento de realidades desconhecidas.e o senso
comum (opiniões, tradição, costume, preceitos religiosos).

Sociologia Tenta com conceitos explicar a complexidade, riqueza e misérias da vida


em sociedade. (fato social, ação social, classe social) estruturas sociaisou formas
culturais (chaui 309 antro) tenta desvendar origem e forma das sociedades, tipos de
organizações sociais(família, escola, igreja, partidos políticos, org. econômicas),
‘papel’ do indivíduo, dinâmica social (relações, possibilidade de transformações).
OutrosConceitoscentrais: de cidadania. [Instituições sociais (origem, forma, sentido),
sistemas e movimentos sociais, participação política, direitos/deveres e democracia;
Direito (regras, normas, condutas).]. (trabalho modos de produção, mercado, capital,
desigualdades, estratificação, desenvolvimento,pobreza, tecnologia, emprego,
globalização), Conceito de cultura, ideologia:
(Muitos cientistas sociais utilizam o termo “ideologia” para identificar um conjunto de
ideias e valores que são expressos por alguns grupos ou classes sociais. Esse conjunto
de ideias reflete os interesses de determinado grupo e tende a favorecê-lo dentro da
sociedade. Muitos afirmam que o poder só se constitui com o auxílio da ideologia, isto
é, criando nas pessoas desejos e valores que facilitam a vida daqueles que controlam o
poder. As Ciências Sociais ajudam a identificar ideologias, descobrir quem as produz e
por quê, propondo possíveis alternativas e transformações ideológicas: da ideologia da
ditadura de um estado policial e outras ideologia que lutam por direitos – até
violentamente por ‘ideologia mais justas e melhores’.)
Ideologias: consumo (ter para ser feliz), machismo, feminismo, alternativas ideológicas
 [Alienação, sociedade de comunicação em massa, indústria cultural, cultura popular e
erudita, tradição e renovação, contracultura, educação.]
Perguntasque definem o estudo específico da Sociologia: O que é sociedade, Quais são
as formas de convivência (e porque essa convivência é normalmente padronizada)? Que
relações sociais são fundamentais? Como funciona uma Sociedade? Por que as pessoas em
geral fazem coisas parecidas (agem de uma forma ou não de outra)? Porque a vida social
produz tantas diferenças entre seus membros (em comparação com outras sociedades
também). Por que existem movimentos sociais diversos (reforma e revolução).Porque pessoas
são escravizadas, exploradas (por que há desigualdade, desemprego, crime)? Por que há
política e relações de poder na sociedade? Quais são nossos direitos e o que é cidadania? O
que é cultura e sua relação com a ideologia e a comunicação de massa?
O que é sociedade?: Conjunto de pessoas, de tamanho variável, imensamente
complexo, mesmo quando pequeno, caracterizado por normas múltiplas, regras e conflitos,
tensões, desavenças (nem sempre explícitos – muitos não se dão conta dessas regras).
Sociedades humanas querem suprir suas necessidades produzindo não só alimentos,
abrigo, vestuário, utensílhos técnicos e serviços, mas também normas (leis), valores, costumes,
relações de poder, arte, explicações sobre a vida e o mundo -ideias (produção social do
conhecimento). Essas normas e regras não são neutras, tentam favorecer certos grupos,
concentram poder, incentivam o consumo (numa sociedade organizada para a produção de
bens em larga escala). As ciências sociais tentam entender como se dá o processo de produção
de desejos, aspirações e vontades em uma sociedade, seus conflitos e tensões (não só suas
regras).
A sociologia serve para que? Utilidade da ciência: utilidade da informação produzida
(impacto social, por exemplo em políticas públicas, causas sociais – exigir direitos,
reconhecimento de terras indígenas/quilombolas) e utilidade de aprender opensamento
crítico (desnaturalização do mundo social, status quo e suas regras), debate, análise do
noticiário, novelas, programas do dia a dia, revistas, jornais, entrevista com
autoridades(estabelecer relações entre a vida cotidiana e as situações/mecanismos mais
amplas – e ocultas- que nos condicionam e nos limitam).
Mas esse pensamento atenta para a teoria e o método que cultivem um pensamento
embasado em análise e pesquisas (dados, empiria, entrevistas), embora ‘subjetivas’ (olhar por
cima de seus próprios valores sociais), e que pretende compreender e explicar as
permanências e transformações do mundo social e até indicar pistas sobre possíveis mudanças
(políticas públicas por exemplo – mas no próprio indivíduo também) (há os que querem
mudanças e há os que querem que tudo continue como está).
Um pouco mais sobre as ciências sociais e seu método; objetividade e
universalidade [ciência social produto do social (objeto e ator), eco,pol,cul]. Entender a
sociedade do mesmo modo que um físico entende a gravidade? Mas ainda hoje
elaboram métodos sistemáticos, organização de dados, e testam detalhadamente suas
hipóteses e conceitos em comunidade. Se distinguindo da opinião e do senso comum
são científicas. Linhagens de interpretação: política e a antropologia. Ex: os sistemas
prisionais ajudam a criar facções criminosas? Levantar hipóteses, coletar dados,
entrevistas, conversas com diretores, agentes carcerários, profissionais do sistema,
familiares, detento, etc. A partir dessa pesquisa a hipótese pode ser negada,
confirmada ou modificada. (outras perguntas). Instrumentos para analisar, interpretar
e refletir sobre o mundo: conceito e método. Conjunto de conceitos (recorte do que
vemos ou pensamos sobre o mundo) teoria (compreensão e previsão de
fenômenos), testes e controles com método, “experimentos”. Rigor no uso de
conceitos (precisão(evita ambiguidades) e elasticidade) e constituição da história do
conceito (séc XIX) (comunicação e inteligibilidade – entendimento) – para
compreender as transformações sociais; crítica ao sentido do senso comum e seu
desvio/imprecisão. Método: auxilia de forma rigorosaa coleta (e produção ) de
informações: estatísticas sociais, demográficas, econômicas, faz censos, retratos da
população e suas dinâmicas – para chegar a conclusões (distribuição de renda por ex)
[modelos matemáticos, entrevistas, . Trabalho de campo, Cuidado com as
generalizações (quantitativas) (os estudos estatísticos são recortes) –x dados no
cotidiano (mais qualitativos). buscar um sentido para os dados – vários sentidos
possíveis, qual o certo ou errado? Ex: a propaganda de álcool deve ser banida ou não?
A maioridade penal deve abaixar de 18 para 16 ou não? -debate intelectual. Decifrar
o que está por detrás dos discursos e argumentos, quando se está sendo enganado, o
que está em causa.
Xerox atividades

Antropologia: entender vidas diferentes (conceito de diferença e cultura), inuíte


na Groelândia e um aborígine do deserto australiano, humanidade. Com o
imperialismo do séc XIX os Ocidentais tiveram contato cada vez mais com outros
povos. Diferenças de culturas dentro de um próprio povo (direitos e defesas de
diferenças). Antropologia urbana da própria sociedade ocidental.

do grego anthropos, ‘homem’, e logos, ‘razão’, ‘pensamento’. Ciência que estuda a


humanidade de maneira abrangente, desde os aspectos físicos (ou biológicos) aos
aspectos culturais, que incluem crenças, costumes, rituais, linguagem, relações de
parentesco, etc.

O conceito de relatividade cultural afirma que os padrões do certo e do errado (valores)


e dos usos e das atividades (costumes) são relativos à cultura da qual fazem parte. Na
sua forma extrema, esse conceito afirma que cada costume é válido em termos de seu
próprio ambiente cultural. HOEBEL, Edward Adamson; FROST, Everett. Antropologia
cultural e social. Rio de Janeiro: Cultrix, 1996. p. 22.
Ciência Social:Entender as transformações do trabalho – sociedade capitalista,
industrial. (sua origem). Como a sociedade se estrutura, produz bens, distribuiu,
concentra poder, combate injustiças, produção e classes,- estudar as instituições:
sistema econômico, igreja, estado, partidos, família..
Ciência Política:Estudo das formas de poder, desde as instituições até as
pessoas comuns que interagem procurando maximizar interesses. Política como
conjunto de constrangimentos, sociais, morais, culturais,- que o ator político tem de
lidar. Estratégias e táticas- entre estudo dos constrangimentos e motivações (da
ordem da racionalidade, crença, desejos culturais) no comportamento social.

Aprendemos que: 1) ciências sociais tratam do que é a sociedade e as perguntas que a


cercam (o mundo social). 2) São complexas : várias perspectivas teóricas 3) Se dedicam
a desnaturalizar o mundo. Nada é banal e evidente, tudo pode ser questionado. 4)
surge no séc. XIX, juntamente com as ciências naturais (apesar de não se acreditar
tanto nessa semelhança mais).5) É preciso se distanciar do senso comum: por meio de
conceitos e métodos. 6) Conceitos são como conjuntos de definição sobre
determinados fenômenos (recortes do pensado ou visto sobre o mundo) – devem ser
precisos e não confundir o senso comum. 7) Métodos são mecanismos de coleta de
informações de modo a aferir às hipóteses e teorias (conceitos): de forma qualitativa
ou quantitativa. 8) Ciências sociais produzem informações sobre a realidade
(importantes para o Estado e a sociedade civil) 9)Ajudam a desenvolver um
pensamento crítico, questionador, buscando explicações para além da aparência
imediata dos fenômenos e opiniões..

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA:

“ O homem não pode encontrar-se, não pode ter consciência de sua individualidade senão por
intermédio da vida social. Para ele, contudo, esse meio significa mais que uma força externa
determinante. Como os animais, o homem se submete às regras da sociedade mas, além disso,
participa ativamente da produção e da mudança das formas da vida social [...] Em todas as
atividades humanas encontramos uma polaridade fundamental que pode ser descrita de várias
formas. Podemos falar de uma tensão entre a estabilização e a evolução, entre uma tendência
que leva a formas fixas e estáveis de vida e a outra para romper esse plano rígido. O homem é
dilacerado entre as duas, uma das quais procura preservar as velhas formas, ao passo que a
outra forceja [empenha-se] por produzir novas. Há uma luta que não cessa entre a tradição e a
inovação, entre as forças reprodutoras e criadoras.” Ernst, Cassirer. Antropologia filosófica .
1972. – sobre a ‘natureza’ social do homem

Natureza humana e cultura – texto de comte-sponville:

Há uma natureza humana? Há sim – é o resultado em cada um do processo de


hominização..nossa natureza é tudo que recebemos ao nascer e que transmitimos
geneticamente, quando transmitimos, ao menos em parte, aos nossos descendentes. Resta
humaniza-la – educação e aprendizado. Num outro sentido – não há natureza humana (só
condição?) – não porque não há nada de natural no homem, mas o que é natural não é
humano e vice-versa. Nascemos – essa nossa natureza, depois tornamo-nos seres humanos –
essa nossa cultura e tarefa. (comte-sponville)

1) Duas meninas em 1920 foram encontradas na Índia – teriam crescido entre lobos –
não riam, não choravam, não falavam. Somente depois de participar do convívio
humano foram adquirindo características humanas. Outro exemplo: Helen keller (EUA
– 1880-1968) – deficiente visual e auditiva – somente com uma professora aos 7 anos
(estímulos táteis) começa a aprender a se comunicar. :
2) Relatos iniciais nos fazem perguntar: SERIA A LINGUAGEM O ELEMENTO QUE
CARACTERIZA FUNDAMENTALMENTE A CULTURA HUMANA E A DISTINGUE DO REINO
ANIMAL? (mesmo os animais podem ter um comportamento complexo).

3) AÇÃO POR INSTINTO/comportamento animal: animais como insetos (aranha) agem


principalmente por reflexos e instintos, leis biológicas, idênticas na espécie e
invariáveis de indivíduo para indivíduo. Os atos instintivos ignoram a finalidade da
própria ação, não se renovam, não têm história (só mudando com a evolução das
espécies e mutações). Ex – vespa e sua casa com ovos.

4) Inteligência animal: Animais em escalas zoológicas mais altas de desenvolvimento :


cães, macacos – INTELIGÊNCIA: respostas novas, improvisadas e criativas, inventivas.
Macacos alcançando através de caixotes bananas.

5) Ato humano voluntário (inteligência humana): pensamento, previsão das


possibilidades, consciência da finalidade – escolha dos meios necessários. Linguagem,
instrumento simbólico.

6) Animais tem linguagem? Dança das abelhas (pólen), Cachorros (emoções – dor, medo,
prazer, adestramento condicionante). Mas nenhuma alcança o nível de elaboração
simbólica que somos capazes (abstração, reorganização da experiência, imaginar
novos sentidos e contextos, situar no tempo, antecipar – agir e transformar)

7) A cultura como construção humana: o animal permanece mergulhado na natureza, nós


somos capazes de transformá-la em cultura (vários tipos).

8) CULTURA: terra, pessoa letrada – em antropologia: tudo o que o ser humano produz
ao construir sua existência: práticas, teorias, instituições, valores materiais e
espirituais, conjunto de símbolos elaborados por um povo. – VÁRIAS formas de
simbolizar (pensar, agir, valorar)

9) (tradição e ruptura) Quando nascemos encontramo-nos diante de uma cultura,


herança, valores, língua, alimentação, jeitos e emoções – tudo codificado (regras e
educação desde a infância)

E o indivíduo? O problema do ‘se’ – impessoal – ‘a gente’. Faz-se como a maioria.


Esses sistemas de controle aprisionam o indivíduo? Fazem ele perder sua
autenticidade? Tanto a massificação quanto a vida autêntica nasce na sociedade e a
partir dela. (paradoxo da existência social: ao mesmo tempo que nos reconhecemos
como seres sociais, também somos pessoas com uma individualidade que nos
distingue dos demais.

10) Sociedade da Informação (tecnologias, comunicação, globalização)e suas


transformações radicais – novas sociedades. Processo em aceleração desde séc XIX –
antes as sociedades tradicionais tinham hábitos mais duradouros – organizavam a vida
de forma padronizada – estilos resistentes a alterações, de forma gradativa.

11) Cultura faz o ser humano um ser de projeto – que transcende, ultrapassa a própria
experiência. – O homem não é simplesmente definido por um modelo ou essência
natural, nem pelas circunstâncias.
1. Com base nos textos abaixo responda as questões 1.1 e 1.2:
1.1) A Sociologia é necessária para a compreensão da sociedade em que vivemos? Por quê?
1.2) A Sociologia pode contribuir para que haja mais liberdade de pensamento e ação? Comente.

2) Escreva um pequeno texto descrevendo como os quadrinhos acima lidam com a noção de
‘ideologia’.
Competências e Habilidades;

Conteúdos segundo ano:


1) Sociologia e o mundo do trabalho.
2) diferentes modos de produção (e sua história): escravista feudal, capitalista
(Processo de formação da sociedade capitalista: pré-capitalismo, capitalismo
comercial, industrial e financeiro.) e socialista.
3) Questão das diferenças entre os membros da sociedade: Estratificação e
mobilidade social: conceitos e características; desigualdades sociais;
Reconhecimento das antigas e novas configurações do trabalho e do desemprego
na sociedade contemporânea.

[da aula 1]conceito central de trabalhomodos de produção, mercado, capital, desigualdades,


estratificação, desenvolvimento, pobreza, tecnologia, emprego, globalização..

Ver pág. 220 chaui: Cultura surge quando os homens produzem as primeiras transformações
na natureza pela ação do “trabalho”: Sociedades humanas querem suprir suas necessidades
produzindo não só alimentos, abrigo, vestuário, utensílios técnicos e serviços, mas também
normas (leis), valores, costumes, relações de poder, arte, explicações sobre a vida e o mundo
(produção social do conhecimento)

Produção de objetos ‘inexistentes’ na natureza (vestuário, habitações, utensílios,


instrumentos) e organização social para realizar essa produção, dividindo tarefas. Família,
relações de parentesco, aldeias e vilas vão se estruturando em volta dessa produção. Criam
armas e guerra para proteger essa produção e terras, invocam e instituem forças divinas para
favorecer o trabalho. Os vários agrupamentos humanos, nascidos do trabalho e dos sistemas
de parentesco, trocam entre si produtos , inventando o comércio. Desigualdades surgem –
uma parte da sociedade toma para si como propriedade privada terras, animais, águas –
divisão social em classes e conflitos – daí a instituição do poder e necessidade de regulação.
Comparando-se esse relato com a das sociedades tribais (vemos uma diferença quanto
arelação ‘comercial’ (acumulação-investimento), na ‘propriedade privada’, na ‘divisão de
tarefas’). Essas sociedades primitivas também tem cultura – se não tem o mesmo tipo de
trabalho?
Algumas perguntas relacionadas a essetópico: Porque pessoas são escravizadas,
exploradas (por que há desigualdade, desemprego, crime)?Quais são as formas de convivência
(e porque essa convivência é normalmente padronizada)? Que relações sociais são
fundamentais? Como funciona uma Sociedade?

A sociedade é uma construção histórica. Muitas perguntas cercam a questão e


importância do trabalho: para que ele serve? Quem inventou isso? Seu significado é igual em
diferentes sociedades? Satisfação das necessidades humanas – nós o inventamos portanto
(desde as mais simples – alimento, vestimenta, abrigo, até lazer, crença, fantasia.) Nem
sempre tem o mesmo valor. Mas por exemplo o trabalho permanececomo estrutura social em
meio ao seus diversos desenvolvimentos históricos.

Ex: a feitura do pão: trigo (colheita), sal(processamento do mar), fermento,


forno(energia usinas), água (...) matérias primas, trabalhadores, equipamentos indústria, 
até o mercadinho, padaria, na ponta do trabalho. (outras sociedades com características
diversas de produção). Grande número de setores da sociedade e pessoas participam na
feitura do pão. A ciência social rastreia a dinâmica do trabalho na sociedade.

Sociedades tribais: qual o sentido de ‘trabalho’ aí? Os indígenas desejavam


basicamente garantir sua sobrevivência, suas terras, seus ritos e mitos, organizações sociais,
entre outras características– também praticavam trocas culturais e materiais. Trabalham para
viver, presentear e festejar, nunca mais que o estritamente necessário.

Não tão dividido (a não ser por sexo e idade) quanto o nosso – todos compartilhavam
o conhecimento de fazer quase tudo (coleta, caça, agricultura, criação). – propriedade
(alguma) comunitária dos meios de produção.Participam dos ritos e mitos, sistemas de
parentesco, festas, artes, integração das esferas da vida social. Equipamentos
‘primitivos’:simples e rudimentares? Classificação dessas sociedades como de economia de
subsistência e técnica rudimentar, vivendo em estado de pobreza– preconceito. Já viveram
(não hoje como vivem restritamente em contato com o ‘mundo civilizado’) em abundância de
caça, pesca e alimentos. Dizem dessas sociedades que eram ‘do prazer’ dedicando poucas
horas diáriasà atividades de produção (Ianomâmis da Amazônia 3h, Guaranis do Paraguai - 5h
mas n todos os dias, kungs do deserto do Kalahari 4h/dia. Antes do contato com o ‘mundo
civilizado’- esses povos não viviam em miséria mas abundancia e vitalidade. Sua relação com a
natureza é diferente – íntima e divina, ‘integrada ao meio’, conhecem animais e
plantas(medicina),sabem todas suas atividades, não existia ‘a palavra, sentido’ “trabalho”,
como o nosso, pois não há ‘mundo do trabalho’O trabalho nas diferentes sociedades. Quando
os portugueses chegaram em território brasileiro, existiam mais de 1000 povos diferentes, e
entre 2 a 6 milhões de população indígena.

Significado da palavra Trabalhotripalilium (instrumento de tortura) – atividade penosa. Mão


de obra escrava ( e servos + artesãos + camponeses)(na Grécia) que supriam as necessidades
de produção. Os senhores estavam livres de todas as atividades, exceto discutir os assuntos da
cidade e o bem-estar dos seus co-cidadãos (não dependiam do próprio trabalho). Distinção
grega entre labor, poiesis e práxis, para a ideia de TRABALHO, Hanna Arendt:labor – esforço
físico voltado para sobrevivência do corpo, atividade passiva e submissa ao ritmo da natureza
(ex: cultivo da terra) – depende de forças como o clima e estações. Poiesis: corresponde ao
fazer, fabricar, criar algum produto mediando instrumentos ou própria mão, o produto
subsiste à vida daquele que o criou (mais permanência). Artesão, escultor. Práxis: atividade
que usa como principal instrumento a palavra – discurso para encontrar soluções para os
cidadãos – espaço da política, vida pública.

Sempre muito desvalorizado, as concepções do trabalho apresentam variações mas


não muitas: não era o elemento central, o núcleo das relações sociais. O central era a
hereditariedade, religião, honra, lealdade (feudal) e posição quanto às questões públicas. Uns
viviam do trabalho dos outros. Só depois com a sociedade moderna, o trabalho vai ser
“revalorizado” em sua importância e centralidade.

Trabalho e necessidades nas sociedades primitivas


Sociedades como estas [primitivas] que estamos considerando não têm as nossas razões para
trabalhar— se é que entre elas se encontre algo parecido com o que faz o burocrata na repartição
ou o operário na fábrica, comandados pelos administradores, pela linha de montagem, pelo relógio
de ponto, pelo salário no fim do mês. "Trabalham" para viver, para prover às festas, para
presentear. Mas nunca mais que o estritamente necessário: a labuta não é um valor em si, não é
algo que tem preço, que se oferece num mercado; não se opõe ao lazer, dele não se separando
cronologicamente ("hora de trabalhar, trabalhar"); não acontece em lugar especial, nem se
desvincula das demais atividades sociais (parentesco, magia, religião, política, educação...).
Sempre que se pareçam com o que chamamos "trabalho", tais atividades são imediatamente
detestadas. Aliás, no fundo, no fundo, não o são também entre nós?
[...]
De vez em quando se trabalha um pouco mais que o necessário à satisfação do "consumo" regular.
Mas com maior frequência, dentro do tempo normal de "trabalho", se produz algo que transborde
o necessário. Esta é, em geral, a parte das solenidades, das festas, dos rituais, dos presentes, das
destruições ostentatórias, das manifestações políticas, da hospitalidade... e o significado desse algo
mais nunca é acumular, investir. Há aí, portanto, uma grande diferença em relação à nossa atitude
oficial para com o trabalho. Mas não há, ao mesmo tempo, algo que intimamente invejamos? Algo
com coloração de sonho, para nós, que mais ou menos reservadamente trabalhamos de olho na
hora da saída, no fim de semana, no feriado prolongado, nas férias, na aposentadoria?Rodrigues, José
Carlos.Antropologia e comunicação: princípios radicais. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1989. p. 101.

1) Quais as diferenças na concepção (as razões) de trabalho das ditas sociedades primitivas em
comparação com a nossa? As atividades do trabalho são no fundo detestadas também entre nós?
Sonhamos com um trabalho ou com as férias e os feriados? Acha que trabalhamos e (ou vamos para a
aula) querendo logo sair (de olho na hora da saída)? Por quê?

Trabalho e ócio no mundo greco-romano


Em Atenas, na época clássica, quando os poetas cômicos qualificavam um homem por seu ofício
(Eucrates, o comerciante de estopa; Lisicles, o comerciante de carneiros), não era precisamente para
honrá-los; só é homem por inteiro quem vive no ócio. Segundo Platão, uma cidade benfeita seria
aquela na qual os cidadãos fossem alimentados pelo trabalho rural de seus escravos e deixassem os
ofícios para a gentalha: a vida "virtuosa", de um homem de qualidade, deve ser "ociosa" [...]. Para
Aristóteles, escravos, camponeses e negociantes não poderiam ter uma vida "feliz", quer dizer, ao
mesmo tempo próspera e cheia de nobreza: podem-no somente aqueles que têm os meios de
organizar a própria existência e fixar para si mesmos um objetivo ideal. Apenas esses homens
ociosos correspondem moralmente ao ideal humano e merecem ser cidadãos por inteiro: "A
perfeição do cidadão não qualifica o homem livre, mas só aquele que é isento das tarefas
necessárias das quais se incumbem servos, artesãos e operários não especializados; estes últimos
não serão cidadãos, se a constituição conceder os cargos públicos à virtude e ao mérito, pois não se
pode praticar a virtude levando-se uma vida de operário ou de trabalhador braçal". Aristóteles não
quer dizer que um pobre não tenha meios ou oportunidades de praticar certas virtudes, mas, sim,
que a pobreza é um defeito, uma espécie de vício. Veyne, Paul. Trabalho e ócio. In: Ariès, P., Duby, G. História
da vida privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. v. 1: DoImpério Romano ao ano mil. p. 124-5.

2) Para você, a concepção de que a pobreza é uma espécie de vício ou defeito (culpa do
pobre), ou algo que torna as pessoas inferiores, existe ainda hoje?
3) Desde a Antiguidade se observa a divisão entre trabalho manual e intelectual. Como
essa divisão aparece ainda hoje? A antiga concepção de que as atividades do pensamento
vinculadas ao ócio (liberdade) têm mais valor que as vinculadas às necessidades está presente
em nossa sociedade? Como isso aparece nos jornais e TV?

3ºano Sociologia:
Conteúdo +PCNs

Competências e habilidades a serem desenvolvidas


em Sociologia, Antropologia e Política

Representação e comunicação
• Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade: as
explicações das Ciências Sociais, amparadas nos vários paradigmas teóricos, e as do
senso comum.
• Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir das
observações e reflexões realizadas.
Investigação e compreensão
• Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana, ampliando a
“visão de mundo” e o “horizonte de expectativas”, nas relações interpessoais com
os vários grupos sociais.
• Construir uma visão mais crítica da indústria cultural e dos meios de comunicação de
massa, avaliando o papel ideológico do “marketing” enquanto estratégia de persuasão
do consumidor e do próprio eleitor.
• Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de etnias e segmentos
sociais, agindo de modo a preservar o direito à diversidade, enquanto princípio
estético, político e ético que supera conflitos e tensões do mundo atual.
Contextualização sócio-cultural
• Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de qualificação
exigida, gerados por mudanças na ordem econômica.
• Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da cidadania
plena, no contexto do Estado de Direito, atuando para que haja, efetivamente, uma
reciprocidade de direitos e deveres entre o poder público e o cidadão e também entre
osdiferentes grupos.
Perceber a política como uma rede de acordos e interesses estabelecidos pelos seres
humanos

Conteúdos:

Relação entre Estado, Poder e Força.

Democracia Antiga e Moderna, Tipos de Democracia,

Conceito de Cidadania, tipos de cidadania

Conceito de Estado, sua origem, desenvolvimento

Formas de Estado, Formas de Governo, sistemas de governo, funções dos poderes do Estado,
elementos formadores do Estado.

3ºano – Política, Ética, Ciências.Pcns de filosofia.

Aula terceiro ano –Política:


Cap. 32 – Inicio da vida política Cap. 33 – As filosofias políticas ; 34 A questão democrática Cap.
17 – Política, para quê? Cap. 19- Política normativa. (...)

Introdução à Filosofia Política (Sponville). Conceitos iniciais.

A filosofia política: senso comum ( seja mais político – seja mais negociador?); falamos de
política da empresa, da escola, do clube, como regras ou estruturas internas. Politicagem como
a política num sentido pejorativo ( sentido atribuído por causa dos incessantes denúncias e
escândalos de corrupção na política).

Política, do grego – pólis, cidade. Filosoficamente a arte de governar, gerir o destino da cidade
de forma a garantir a vida boa, bela, justa e livre..( sua relação intrínseca com a ética – vida
justa e feliz, digna – as qualidades das leis dependem da qualidade moral dos cidadãos)Várias
concepções no decorrer da história. AlgunsConceitos como ação, poder, força e violência,
autoridade, coerção, persuasão, Estado, governo. Território, povo (nação), poder soberano.

Poder: (força) capacidade agir, influênciar, produzir efeitos desejados sobre indivíduos ou
grupos. 2 polos Aquele que exerce o poder e aquele que obedece. Na política, trata-se de
conjuntos de relações pelas quais indivíduos e grupos interferem na atividade de outros
indivíduos e grupos. Instrumento do poder – força ( em sentido não físico) votos, greve,
sedução: Gérard Lebrun, pág.221 Marias. O que nos interessa é pensar a questão do poder de
Estado,

Poder de Estado:instância tida como própria para exercício do poder político em várias áreas
da vida pública (pensar nessa Escola pública, estatal, que vocês estão). O monopólio da força
física pode ser necessário para o funcionamento da ordem social, apesar de não ser suficiente
para preservar o poder. A legitimidade do poder é fundamental (consentimento dos
governados) caso contrário (quando não há legitimidade, obediência) há resistência justificada
contra o estado vigente. Estados teocráticos: poder legítimo vem da vontade de Deus;
Monarquias hereditárias: poder transmitido de geração em geração por tradição; Aristocracia:
apenas os melhores mandam (melhores em riqueza, linhagem,força, saber); Democracia:
poder legítimo nasce da vontade do povo.

Institucionalização do Poder: Modernidade – leis, pactos sociais(força física + legitimação 


manutenção do poder) (contratos, consensos da população), impostos, exército, polícia,
sistema jurídico-penal. O monopólio da força permitiu a retirada do poder de grupos ou
indivíduos de fazerem justiça com as próprias mãos (ou cometerem crimes sobre outros) –
ganho no processo civilizatório. Legitimidade das instituições, o poder legítimo, baseada no
estado de direito (leis estabelecidas, constituição: poder da origem social do pacto por
consenso).

Democracia: origem:governo do povo (não divino), governo de todos os cidadãos (tribos,


demos, cracia - governo). representação direta, representação indireta/semi-direta (plebiscito,
referendo). Participação nas Assembleias. Legislação, debates, liberdade de fala: a praça
pública (onde ficavam as instituições políticas, tribunais, templo, mercado) era o lugar para a
arte de discutir os problemas da cidade. Determinações constitutivas do conceito: conflito,
abertura, rotatividade. Conflito: não sentido negativo ou que deva ser evitado, divergir é
inerente à sociedade pluralista – múltiplos discursos e diferenças. Conflito de poderes é
inevitável. Confrontos e discursos. Aberturainformação circula livremente e a cultura não é
privilégio de alguns. A circulação não é mero consumo mas produção e enriquecimento de
cultura. Instrução gera reivindicação; daí a necessidade de ampla extensão da educação.
Rotatividade: poder permite que todos os setores sejam representados – ( não privilegia classe
ou grupo) – o lugar do poder é um lugar vazio, o lugar com o qual ninguém pode se identificar
– que é exercido transitoriamente.

Fragilidade da Democracia:ler pág. 223 – Autocracia (exercício do poder se perverte nas mãos
de quem o detém) – o poder tem uma irresistível tendência a esconder-se – mas tem de ser
posto às claras, publicamente – transparência. Aceitar a diversidade de opiniões, conflitos, ter
tolerância (respeito), visibilidade plena das decisões é maturidade política. A democracia é
frágil por conta do desafio de ter de vigiar esses princípios. Se ela permite a expressão de
pensamentos divergentes, haverá aqueles que surgirão contra a democracia, querendo impor
seu ponto de vista (mas a democracia não tolera o intolerante)  ditadura/totalitarismo.

Totalitarismos: avesso da democracia: personalização do poder (não legitimado pelo consenso


da maioria depende do prestígio e força que possuem)  usurpação do poder (o lugar público
é incorporado pela figura do governante). NAZISMO, FASCISMO E STALINISMO. Totalitarismo
conservador (de direita, ITA, ALE) e comunista (URSS, CHINA): características:

1) Interferência do estado em todos os setores (e difusão da ideologia oficial). (família,


eco, intelec, religião, lazer) – não há privacidade e autonomia.
2) Sem pluralismo partidário. Partido único (burocracia e rigidez )
3) Organismos de massa todos sob a tutela do estado (sindicatos, associações,
organizações de profissionais)
4) Exaltação da disciplina, patriotismo, ‘moral’ e mistificação do chefe. (tu não és nada
teu povo é tudo, obedeça creia e combata)
5) Judiciário e Legislativo subordinados ao Executivo
6) Concentração dos meios de comunicação (manipular os sentimentos e opiniões do
público – não razão) Censura
7) Polícias Políticas – aparelho repressivo
8) Campos de concentração, trabalho forçado e extermínio (Auschwitz, gulags)
9) NAZI: racismo, eugenia, raças puras e superiores – contra judeus, ciganos,
homossexuais.

Regimes totalitários: Em comum com os totalitarismos implica um cerceamento das


liberdades em nome da segurança, propaganda maciça e censura repressiva. Menos
politizado ( sem ideologia de base) prevalece a despolitização e apatia política por medo
(procuram manter a aparência de democracia – mas somente ‘formalmente’ – sem
oposição substancial). Uso de militares na burocracia estatal (saem do quartel para a
política) – regime autoritário no Brasil 64 (Chile, Uruguai, Argentina) ler concl225
2ºano (PCN’S +:conceitos centrais): lógica, conhecimento, metafísica, consciência,
cultura, religião e artes.

1) Relação entre Estado, Poder e Força - Sociologia

Senso comum ouve sobre política e pensa em governo da sua cidade, Estado, mas também
corrupção – Mas e as conquistas políticas, o que aproveitamos de lutas políticas do
passado? Ex. Liberdade de expressão na internet: ‘odeio todos os políticos’ – isso seria
possível num regime autoritário? (censura x liberdade de expressão). A ciência
política ajuda a entender como funcionam o governo, as leis, os partidos, e tudo aquilo
que influencia ou regulamenta a vida de cidadãos.

1 política e poder

Max Weber: o centro da atividade política é a busca pelo poder: A política é a luta por
participar do poder ou influenciar sua repartição. (num Estado, entre grupos de pessoas
num estado – ou entre estados). Poder? Tem poder quem manda – ‘impõe’ sua vontade
sobre a dos outros (mesmo contra a vontade dos outros). Ex: Assaltante e polícia (clássico
– ameaça de violência física). Mas o poder como violência é frágil – ler 211 sociologia hoje.
Para o poder se estabelecer sobre um grande número de pessoas por um tempo razoávelé
preciso que essas pessoas obedeçam mesmo quando não se veem explicitamente
ameaçadas por violência. (imagina ter que ter algum policial 24 h por dia nos vigiando para
que cumprissimos a lei...). O papel da legitimidade do poder então se impõe.

Dominação: probabilidade de encontrar obediência entre um grupo de pessoas

Dominação precisa ser legítima.(convencer as pessoas) – com motivos diferentes (é certo


obedecer)

Tipos de dominação legítimaWeber (1864-1920):1)Dominação tradicional: costume,


sempre foi assim, hábitos fortes (estranho se desviar). Ex: monarquia tradicional (obedecer
ao rei e sua família – maneira de viver). Ex: Líder espiritual (em algumas religiões) – esse
comportamento já é parte importante da crença. Ex: arábia saudita – rei Abdullah se
legitima como representante das tradições do país –Guardião das duas mesquitas
sagradas.2)Dominação Racional-Legal: dominação que se baseia na crença que é correto
obedecer à lei. A lei deve ser cumprida (funcionário público por exemplo – isonomia,
competência técnica – impessoalidade) – não por crença divina nem porque a lei o
favorece mas porque é racional e baseada na lei. 3)Dominação Carismática: carisma =
‘graça divina’, crença de que o líder político possui qualidades excepcionais, dons
extraordinários. O líder os convence e os inspira (ou engana também). Ex. Fuhrer Hitler (a
vontade do ‘lider’ vale mais que a lei), M. Luther King( inspirou milhares de negros a
combater leis racistas, buscar a igualdade) – obs: todos queremos um líder que nos guie
facilmente, entregamos tudo na mão dele e ou só fazemos o que ele nos pede ou não
fazemos mais nada.
Pense: a quem você obedece? Professor, líder religioso, governador? Por quais motivos?
(porque é assim , porque são competentes em determinada área? Há abuso de poder? Em
caso de abuso você deixaria de obedecer?).

Vimos: O poder é impora vontade? O poder que só é imposto não consegue se estabelecer
por muito tempo. (é preciso motivos) – não só o medo da violência, mas respeitar as
tradições, oferecer inspiração ou entusiasmo de uma grande liderança, garantir a ordem
segundo os princípios da lei. Ou vários ao mesmo tempo. Os dominados não se limitam a
obedecer – eles tem valores, expectativas e exigências próprias que limitam o poder.

2) O Estado: WEBER: o Estado é o monopólio (só ele) da violência legítima em um


determinado território. (a única instituição que a população reconhece o direito de
praticar a violência). Achamos que a violência praticada pela polícia no cumprimento
da lei é legítima ( o bandido atirando contra ela não) – algumas quadrilhas assumem o
monopólio da violência de uma região (onde o estado fracassou em garantir a
segurança e bem estar-social, falhou em legitimar-se). Para nós o que vale é a lei
(racional-legal de uma comunidade).
Mas os estados surgiram sempre pensando no bem estar da população, pensando em
seguir a lei, respeitando a tradição? Charles Tilly(1929-2008) diz os estados modernos
serem parecidos com quadrilhas criminosas – que para não agredir o povo, cobravam
(impostos) dele. – Final da idade média, Reis, impostos pela força – controlar exércitos
e fazer guerra. Explorar os povos conquistados. Origem do estado: guerra – qual a
diferença entre guerra e crime? O rei que tivesse mais força (e dominasse com o
melhor exército) os outros nobres (com ajuda da burguesia por exemplo),
conquistavam o monopólio da violência – concentração de poder. Mas como legitimá-
la? Através de concessões (aos burgueses no comércio e na indústria, e ao povo
direitos). Assim o estado foi sendo domesticado – leis, parlamentos – e também
através da ameaça da revolução (revoluções como grandes esforços para fazer o
Estado satisfazer as exigências de legitimidade dos cidadãos). (Maquiavel – a origem
violenta dos estados modernos e ‘o deve ser’ x ‘ o é’ na política.
Contratualistas:

Estado como forma de dominação legítima. Quando o estado é legítimo? Precisa convencer a
quem obedece que é certo obedecer( é preciso conquistar a vontade livre dos que obedecem
– ‘servidão voluntária’). Nesse debate se formam conceitos de liberdade, igualdade e
democracia. Solução1) Contratos: Estado como resultado de um contrato entre os cidadãos
que concordavam em obedecer a uma estrutura e regras próprias (expressão da vontade livre
dos que obedecem) – representatividade e consenso. Thomas Hobbes 1588-1679, John
Locke1632-1704, Rousseau 1712-1778. Como seria a vida sem Estado? ESTADO DE NATUREZA.

Para HOBBES: estado de natureza: vida violenta, pobre e curta. Medo de ser atacado por
outros, se juntassem 2 contra você ? roubariam e matariam – e nada seria feito. Todos se
armariam – GUERRA DE TODOS CONTRA TODOS. Não trabalharíamos com medo de sermos
roubados – sobrevivência difícil. LEVIATÃ – o ESTADO como GIGANTE(formado de pequenas
pessoas que abdicaram de sua ‘liberdade’ em troca de proteção. O medo funda o Estado. O
estado garante a lei e a paz – para que as pessoas prosperem. (Hobbes viveu numa guerra civil
Inglesa)

LOCKE: O estado de Natureza seria bem melhor: seriam livres e teriam direito a propriedade
do que produzissem (o seu trabalho se misturaria com seu produto e isso seria seu – terra p.
ex). Porque fundar o Estado? As pessoas teriam dúvidas quanto a quem tem direito a que, e
assim o Estado seria o intermediário para decidir essas questões (JUIZ). – mas o estado não
pode julgar de qualquer jeito: deve proteger as liberdades individuais e propriedades que as
pessoas já possuíam no estado de natureza. As leis limitam o poder do rei garantindo direitos
aos súditos. Contra um estado totalitário – um estado mais LIBERAL.

ROUSSEAU: Estado de natureza ainda melhor: no estado de natureza somos felizes e livres
com o pouco que possuímos; O convívio faz as pessoas se preocuparem com a opinião alheia e
cria uma competição entre cidadãos. Deixaríamos aos poucos de ser iguais por conta dessa
competição social – golpe fina com a invenção da propriedade. Aí o estado é criado para
proteger a propriedade. O homem nasce livre,bom, feliz, a sociedade o corrompe e o coloca
em grilhões. A única maneira de lidar com isso é que os cidadãos entreguem seus direitos uns
aos outros – comunidade soberana (não ao governante) fazendo um contrato legítimo. Assim
não se exigiria muito dos outros para também não ser cobrado por eles. A liberdade deve ser
conquistada com participação política, elaboração de leis (não pensando só em si) –
democracia direta. As leis devem ser criadas pela VONTADE GERALdos cidadãos– que visa o
bem comum (cidadãos são soberanos e súditos) – soberania popular.

Considerações pertinentes desses filósofos:

Hobbes: suas ideias vêm a tona quando a ordem pública é gravemente ameaçada (guerras ou
surto de violência)

Locke: suas ideias vêm a tona quando é preciso pensar a liberdade e os direitos do cidadão
(tanto políticos quanto econômicos)

Rousseau: Democracia e igualdade.


Regimes políticos: o regime político é o conjunto de instituições, leis e valores que regulama
luta por poder em determinada sociedade. Democracia: poder legislativo (escrever e votar
leis); Executivo (poder para aplicar as leis com base na força – polícia p. ex – governar e
administrar o interesse público, o estado); Judiciário (garante que o executivo aplique seu
poder somente dentro da lei). Características.

1)Chefe do Executivo eleito pelo VOTO.


2) Membros do Legislativo são eleitos pelo povo. (senadores, deputados – leis)
3) Há mais de um partido.
eleições limpas, secretas – sem fraudes
Regimes parlamentaristas: população vota  deputados que votam (e podem
derrubar)  primeiro-ministro (ing, ale)
Regimes presidencialistas:povo vota tanto para deputados (legislativo) quanto para o
executivo ( e os deputados não podem derrubar).
Regimes autoritários. População não elege governantes,executivo faz as leis que bem
entender e aplica como quer, pouca liberdade de expressão e indignação se o estado
atacar seus direitos – China, Arábia Saudita.
1) O que o detentor do poder precisa fazer para manter sua dominação?
2) Para Weber, qual o conceito de Estado?

3)A letra escrita por Marcelo Yuka diz que “paz sem voz não é paz, é medo”. Com base no que
estudamos, comente o que esse verso nos diz acerca da legitimidade do estado e sua relação
com o medo da violência .
COORDENAÇÃO:

PERGUNTAS: quantos retroprojetores (4) (data-show – sala 23 –agendamento com


coordenadores), armário – sala 17. livros, xerox/impressão. – aviso da minha falta (já falei com
Romênia).

26/28 lista provisória.

Semana/oficina. 19-23 marçosemana da água.

1 só pode ser na coordenação (originais) 10 originais

coordenacaocentrao@gmail.com (solicitar cópia estudantes).


A água como princípio da vida e sua gestão pelo homem. Soluções para a crise hídrica?
(política, sociologia, filosofia)
1(Mauá-SP) O assassinato do arquiduque F Ferdinando da Áustria serviu como causa imediata
da Primeira Guerra Mundial. Pode ser indicado como uma de suas causas:

a) Os choques entre França e Inglaterra, disputando o nordeste da África.


b) As disputas entre Alemanha e Áustria-Hungria, como decorrência da reação austríaca à vitória
alemã na Guerra das Sete Semanas.
c) Os desentendimentos entre França e Itália devido a Questão Romana.
d) Os choques entre Alemanha e Rússia, como decorrência de movimentos nacionalistas por ela
liderados.
e) As crises balcânicas entre Áustria-Hungria e Iugoslávia, que disputavam o domínio da região.

Brasil na Guerra> Convenção de Haia, Alemanha principal parceiro comercial , depois


ING e FRA(produtos exportados: café). Foi o único país da américa latina a participar
da 1 guerra. Guerra de 14..A câmara dos deputados em 1914 move uma condenação por
a Alemanha ter invadido a Bélgica, em 1914 (quebra de acordos internacionais). Em
1917 o vapor brasileiro Paraná que navegava com exigências feitas a países neutros
cabo Barfleur na França,foi torpedeado – supostamente por um submarino alemão 3
brasileiros mortos. Manifestações ( brasileiros antenados com o que acontecia – mídia,
mais afinados com a entente – fra – revoltas contra alemães – empresas, jornais, clubes).
.Rompe relações com ALE, e países de seu bloco.Sindicalistas, pacifistas, anarquistas,
comunistas contra a guerra – desvio dos problemas internos (greve geral). declara
guerra. Estado de sítio – perseguição política. Outros navios abatidos/prisioneiros :
navio Tijuca perto da França, Macau, Acari, Guaíba. Brasil confisca 42 navios alemães
e austríacos em portos brasileiros como indenização.

Apoio aos aliados : participação pequena, maior: marinha, esquadra naval anti-
submarina 1 submarino é creditado ter afundado por cargas de profundidade – epidemia
gripe espanhola atinge a tripulação matando muitos, patrulhamento do Atlântico Sul,
noroeste da Africa, Mediterrâneo – estreito de gilbratar , apoio na força-aérea inglês,
médicos, militares pesquisadores, no exército francês, serviços e retaguarda e no front.

O Brasil sentou na conferência de Paz em Paris – que deu origem ao tratado de


Versalhes, obtendo pagamentos sobre o café perdido e apreensões de navios (também
no tratado de Versalhes)
Sociologia 2º Ano – Acerca do Conceito de Trabalho nos pensadores clássicos:

A jornada de Trabalho no Capitalismo do Século XIX


Partidos: Democracia – todos podem apresentar propostas, mas como sozinho ter
influência sobre outros?Lei, governo. Como fazer para todos te ouvirem e avaliarem se
tens razão? 1. Se juntar com outros, ampliar influência. – partidos associações com
objetivo de disputar o poder político. Filiação – nem sempre a ideia é igual – mas
parecida, próxima, - boa parte da política consiste nisso – se juntar com outras pessoas
para defender ideias e interesses semelhantes. Sempre que há Estado há grupos tentando
controla-lo, Onde o rei manda em tudo mesmo ai existem grupos que querem convencê-
lo. Mas esses não são partidos modernos  direito ao voto com maior abrangência,
classe média, pobres, negros, mulheres, - influenciar o estado é ter apoio de eleitores.
Operários – partidos. Os ricos tem outras formas de se ouvir na política – comprar os
jornais, divulgar suas ideias,financiar campanhas (e ouvir o que os financiadores
querem). Pobres não podem fazer nada disso, partidos socialistas contribuições
financeiras de milhões, para ter chance de competir pelo poder político. Brasil – trama
entre votar em pessoa e ‘partido’, como votar só na ‘pessoa’ sabendo que para governar,
o candidato terá de fazer alianças com partidos? Polarização entre dois partidos: 1. De
esquerda que defende a cobrança de impostos dos mais ricos para oferecer benefícios
aos pobres (bem estar social, bem comum). Socialistas. 2. Defende que o Estado não
interfira muito na economia para que ela cresça mais. Liberais-Conservadores. Eua: 1.
Democrata 2. Republicano – Ing. 1. Trabalhadores 2. Conservador. Brasil? (muitos, mas
mesmo assim 2 maiores disputam). Competir pelo centro (tarefa dos partidos
modernos): eleitores meio termo. Terão de ser menos radicais. A esquerda vai ter de
prometer não cobrar tantos impostos como gostaria, A Direitavai ter de concordar em
oferecer serviços sociais à população mais pobre. Moderação  manutenção da
Democracia Moderna, - problemas: Há o risco dos partidos defenderem qualquer ideia
que seja ou se tornarem iguais,- isso faz perder o interesse na democracia. – desafio da
Democracia.
O trabalho na Sociedade Moderna Capitalista:

1)Divisão do Trabalho como característica das sociedades modernas – Karl Marx e


Emile Durkheim.

2) Karl Marx e a divisão do trabalho: Para atender nossas necessidades no processo de


desenvolvimento das sociedades estabelecemos relações de trabalho e maneiras de
dividir as atividades. Ex: primitivos : sexo/idade. Quando agricultura e pastoreio
começam a ser praticados funções se dividem (caça/pesca/plantio/cuidar dos
animais); Com a formação de cidades divisão entre trabalho rural (agricultura,
animais), e trabalho urbano (comércio, indústria, serviços). – desenvolvimento da
produção e excedentes faz com que surja uma nova divisão (administradores – diretor,
gerente) e quem executa – operário. Sementes da divisão em classes é a divisão de
trabalho.

Divisão social do trabalho  divisão em classes.

3)Fábricas  proprietário de máquinas, quem opera as máquinas e quem paga o


operador. Mecanização revoluciona o modo de produzir mercadorias e o trabalhador
fica sob suas ordens – servir à maquina, basta saber operá-la.

Relação entre dois ‘iguais’: o trabalhador só tem sua força de trabalho e a vende para o
proprietário das máquinas – empresário. Se não vender não há quem opere as máquinas:
Relação entre proprietários de mercadorias, mediante compra e venda da força de
trabalho.

Ao assinar o contrato o operário vende por exemplo 8 horas diárias por determinado
salário. O Capitalista passa a ter direito de empregar esse operário na sua fábrica. Mas
com 4/5 horas diárias o trabalhador já produz o referenteao valor de seu salário total. As
horas restantes são apropriadas pelo capitalista  MAIS VALIA. Diariamente o
operário trabalha 3 / 4 horas por dia só para o capitalista, sem receber pelo que produz.

Acumulação do Capital: horas trabalhadas e não pagas- acumuladas e reaplicadas no


processo produtivo - enriquecimento rápido. Uma parcela significativa do valor-
trabalho é apropriada pelos capitalistas.

Estratégias: aumentar o número de trabalhadores (horas trabalhadas) ou aumentar o


número de horas trabalhadas por trabalhador. Introduzem novas tecnologias e
equipamentos visando aumentar a produção sem aumentar o salário nem o número de
trabalhadores (as vezes até diminuindo esse número).

4)Conflito entre capitalistas e operários: estes percebem que trabalham muito e estão
cada dia mais miseráveis e sem poder de compra. Movimentos: destruidores de
máquinas: início do séc. XIX, greves registradas durante todo o século XX.
Durkheim – e a coesão social.

1)Diferentemente de Marx, Durkheim via em seu livro ‘ a divisão social do trabalho’,


que a crescente especialização do trabalho promovida pela produção industrial moderna,
trouxe uma forma superior de solidariedade e não de conflito.

2)Solidariedade mecânica: sociedades menos complexas, trabalhadores sabem fazer de


tudo que necessitam para viver, o que une as pessoas não é tanto o trabalho mas a
aceitação de um conjunto de crenças, tradições e costumes comuns.

3)Solidariedade orgânica: fruto da diversidade entre indivíduos, o que os une é a


interdependência das funções sociais, necessidade que uma pessoa tem de outra em
virtude da divisão social do trabalho existente. Ex: produção do pão.

4) Coesão social se dá pela divisão crescente do trabalho, ex: ônibus, alimentos, roupas,
posto de saúde, dentista, barbeiro, farmácia, ESCOLA - situações que nos fazem
dependentes de outras pessoas. – Interdependência gerada pela crescente divisão social
do trabalho cria solidariedade pois faz a sociedade funcionar e lhe dá coesão.

5) O que criou tantos conflitos no séc. XIX e XX entre capital e trabalho foram
questões morais – anomia, falta de instituições e normas reguladoras e integradoras que
permitisse a solidariedade se expressar em vários setores da economia. Se a divisão do
trabalho não cria solidariedade é por falta de regulamentação pelas instituições
existentes (leis, política, sindicatos, o estado se preocupando com o trabalho por
exemplo).
Revolução Menchevique.

1)Em março de 1917 – Nicolau II foi Derrubado (posteriormente assassinado – com


toda sua família), instalando-se a República da Duma, sob chefia de Alexandre
Kerensky. Em julho o governo provisório estabeleceu uma diadura que não resolveu os
problemas mais prementes: a paz e as reformas em todos os níveis.

Representa os ideais de uma revolução burguesa, porém o governo padecia de


compromissos e ligações com a primeira guerra  mantêm a Rússia na Guerra.

2)Esse foi o principal fator de desgaste do Estado, fortalecendo a oposição bolchevique


baseada na rede de sovietes: unindo exército e classes trabalhadoras.

Liderados por Lênin e Trótski – bolcheviques ganham popularidade com as Teses de


Abril: plataforma “paz, terra e pão”, propunha a saída da Rússia da Guerra, divisão das
grandes propriedade entre camponeses, regularização do abastecimento interno. Sob o
lema “todo poder aos sovietes” – Trótski recrutava uma milícia revolucionária em
Petrogrado – a Guarda Vermelha – entre trabalhadores bolcheviques de sovietes.

Revolução Bolchevique.

1)em novembro os Bolcheviques tomaram de assalto os departamentos públicos e o


Palácio de Inverno, criando o Conselho de Comissários do Povo, o novo governo russo.

No comando do Conselho estavam Lênin como presidente, Trótski como encarregado


de negócios estrangeiros, e Stálin, chefiando os negócios internos.

Novo governo teve início com a publicação do “Apelo aos Trabalhadores, Soldados e
Camponeses” – redigido por Lênin – transferindo todo o poder aos sovietes.

Governo de Lênin

O novo governo de início nacionalizou as indústrias e os bancos estrangeiros,


redistribuiu as terras no campo, firmou armistícios com Alemanha. Para sair da Guerra a
Rússia teve de perder territórios: Letônia, Lituânia, Estônia, Finlândia, Ucrânia, Polônia.

As mudanças que removiam as estruturas tradicionais ativaram oposição dos russos


brancos (mencheviques e czaristas) – que apoiados pelas potências aliadas que não
queriam que a Rússia saísse da guerra, mergulharam o país numa sangrenta guerra civil
– que só termina em 1921 com vitória dos russos vermelhos (bolcheviques).

Juntaram-se às perdas da guerra mundial, a guerra civil (tropas francesas, inglesas,


japonesas e norte-americanas tentaram ajudar os ‘brancos’), epidemias, fome, frio – 10
a 20 milhões de pessoas mortas de 1914-21.

Durante a guerra civil o governo Lênin adotou a política econômica do comunismo de


Guerra: centralização da produção (estado) e eliminação da economia de mercado.
Objetivo: levantar recursos contra os brancos e aliados. Requisições forçadas, confisco
da produção agrícola rural, anulação dos procedimentos de compra e venda de produtos
– fazendo até desaparecer o uso de moedas.

Em 1921 – vitória bolchevique – surgem crises de abastecimento, revoltas camponesas


diante dos confiscos de produção. Lênin institui então a NEP – Nova Política
Econômica, um planejamento estatal que combinava socialismo e capitalismo (dar um
passo atrás para dar 2 para frente), a fim de evitar o colapso total da economia pós
guerra civil.

NEP: estimulava a pequena manufatura privada, pequeno comércio e a livre venda de


produtos, motivando a produção e abastecimento. – queriam fortalecer a economia russa
para então implantar o socialismo melhor.

NEP recupera parcialmente até 1928 a economia soviética, reativando setores


fundamentais ( produção industrial, agrícola, comércio).

1918 – elaborada a constituição que cria a República Soviética Socialista Russa e em


1923 a URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (união do antigo império
Russo)

Em 1924 morre Lênin (altamente reverenciado e mistificado) – o poder é disputado por


Trótski, chefe do exército e Stálin, secretário geral do Partido Comunista.

Divergências ideológicas: Trótski defendia a revolução permanete, desejando iniciar


imediatamente a difusão do socialismo pelo mundo; Stálin, ao contrário, pregava a
consolidação da revolução russa, estruturação de um Estado forte – socialismo num só
país, para então expandir para Europa. Stálin saiu vitorioso, marginalizou Trótski e seus
seguidores até eliminá-los.

Governo Stálin

A partir de 1928 economia vive a socialização total – abolição da NEP e instauração dos
Planos quinquenais (Gosplan – órgão da planificação econômica) – objetivo: União
Soviética nação socialista moderna e industrializada.

Primeiro plano quinquenal (1928-1933): buscou o aumento da produção de maneira


global, estimula a industrialização, indústria pesada ( siderurgia, maquinaria). Meio
rural: coletivização agrícola, sovkhozes (fazendas estatais) e kolkhozes (cooperativas)

Segundo plano quinquenal (1933): os reflexos do primeiro já podiam ser sentidos,


progressos significativos na indústria de base e de consumo.

Terceiro Plano(1938): visa desenvolver a indústria especializada, química. Não pode ser
concluído – segunda guerra.

No plano político Stálin consolida seu poder, assume o controle Partido Comunista –
poder máximo que supervisiona todos os sovietes (polícia política revolucionária
TCHECA). Centraliza o Poder, elimina a oposição, exila Trótski e faz expurgos. Sem
alardes nem protestos, abafados pelo medo, inúmeros líderes políticos e cidadãos
comuns foram aprisionados, executados ou mandados para prisões remotas na Sibéria.
(gulags)

Mesmo fora da URSS, Trótski protesta contra Stálin, elaborando panfletos e


denunciando Stálin, até ser assassinado por um agente da polícia política no México em
1940.

No plano externo, apesar de apoiar partidos comunistas internacionais, teve


reconhecimento de vários países capitalistas e obteve uma relativa harmonia na
convivência internacional ( até a ascensão e consolidação dos governos fascistas de
Mussolini e Hitler e a segunda guerra)
A teoria política de Platão:

República, Leis (diálogos) – seu contexto político: guerra entre Atenas e Esparta ( o
governo oligárquico dos trinta), morte de Sócrates, viagens à Siracusa (tentar filosofar
com tiranos). convulsões políticas e sociais fazem Platão ter descrédito pela
democracia do seu tempo.

A “utopia” Platônica: Aqueles que se libertam das correntes da caverna tornam-se


filósofos. Depois de sair da caverna devem retornar para o meio das pessoas comuns
para orientá-las em busca do saber (mas é difícil convencê-los). Como influênciar
aqueles que não veem? – Cabe ao sábio ensinar, procedendo á educação política –
transformação das pessoas e sociedade – ação orientada pelo modelo ideal da justiça, do
bem.

A cidade utópica (Calípolis):

As pessoas são diferentes – por isso ocupam lugares diferentes e funções diversas na
cidade. O Estado e não a família, assume a educação das crianças até os 7 – evita a
cobiça e interesses afetivos de relações inadequadas. Estado orienta até o casamento –
educa as crianças em instituições coletivas.

Três Classes: Três funções fundamentais da vida coletiva: classe econômica-


necessidades materiais, militares - guarda e defesa da cidade, governo. Cada classe
corresponde a uma parte da alma (apetitiva ou desejante – [baixo ventre, entranhas,
busca a satisfação dos apetites], irascível ou colérica (peito, defende o corpo contra
agressões) e racional-intelectual – cabeça, dedicada ao conhecimento). O homem é
injusto se a parte apetitiva ou colérica domina. O homem justo domina essas partes –
fazem elas entrar em harmonia com a razão. Os militares devem obedecer aos
legisladores e os produtores garantir a sobrevivência da pólis.

(educação até os 20 anos) (homens e MULHERES) – descobrem-se as Alma de bronze:


agricultura, artesanato, comércio – subsistência da cidade. Virtude: temperança –
controlar os desejos do prazer.

Alma de prata: (até os 30) – descobrem as Almas de Prata – defesa da cidade, virtude e–
coragem, domínio do caráter irascível da alma.

Os mais notáveis (alma de ouro) – são instruídos na arte de pensar a dois – arte de
dialogar, arte dos discursos, filosofia e passam por várias provas – aos 50 anos cabe o
governo da cidade e legislação – por serem os únicos com a ciência política (mais
sábios, mais justos – por conhecer a justiça). Virtude principal: sabedoria, justiça.

Sofocracia: o rei-filósofoler pág. 241

Para Platão a política é arte de Governar as pessoas com seu consentimento (persuasão)
[se não se usa a força, exílio, morte] – e o político é o que conhece essa difícil arte
visando a manutenção e o bem do Estado. Só pode ser chefe quem tem a ciência
política – a democracia é um regime inadequado porque a igualdade só é possível na
repartição dos bens, mas nunca no igual direito ao poder. Os reis devem se tornar
filósofos ou os filósofos reis – modelo ARISTOCRÁTICO de poder – não uma
aristocracia da riqueza, mas a da sabedoria. Culto da virtude: Virtude suprema como
obediência à lei – governo degenerado não respeita às leis nem tem por objetivo a
justiça coletiva, mas apenas o interesse de pessoas e grupos. Governante: temperante,
corajoso, justo-sábio.

Formas de Governo:

Formas degeneradas:

Timocracia( thymós – coragem, cólera, honra) – governo dos guerreiros, impulso


guerreiro substitui o culto da virtude. Guerreiros com alma corajosa podem se tornar
violentos – amantes da honra.

Oligarquia: o exercício do poder é destinado aos mais ricos; a alma dos mais ricos –
acentua a cobiça.

Democracia: poder atribuído aos mais pobres – para Platão prevalece aqui a
DEMAGOGIA – característica do político que manipula e engana – o povo é incapaz de
adquirir a ciência política, pretensão à igualdade é falaciosa pois o valor pessoal é
sempre desigual (uns são melhores que outros). Os pobres – desejosos de liberdade e
igualdade acabam por promover a anarquia.

Tirania: abusos da democracia – guia que assuma todos os poderes – tirano abusa do
poder em proveito próprio – exercida pela força de só um sem ter por objetivo o bem
comum – o tirano é a antítese do filósofo-rei.

Para Platão as formas de governo se baseiam no tipo de alma.


A CRISE DE 1929 E O ENTREGUERRAS:

A crise capitalista de 1929:

EUAse transformam em medidor do capitalismo mundial (pós 1ª guerra – de devedor


(3bilhões) para credor (11 bilhões). EUA produzia mais de um terço da produção
industrial mundial e 1929 (42%). EUA atraia população (imigrantes europeus – de 1900
a 1910 9 milhões). Prosperidade Econômica apresentava contradições – profunda crise
vai se formando e que expande para o resto do mundo. Crises fazem parte do processo
cíclico do capitalismo ?(mas a crise de 29 não teve precedentes – profundas alterações e
proporções mundiais: falências, desemprego, reformulações políticas e econômicas.

Antecedentes:

Os presidentes americanos (republicanos) eram fiéis defensores do isolacionismo (EUA


baixam leis restringindo a migração.) e liberalismo econômico. – Doutrina Monroe: “A
América para os Americanos”, “ A Europa para os Europeus”. – primeira guerra como
sendo culpa de Europeus. Os EUA querendo abdicar de um engajamento total nos
assuntos internacionais não ratificam o tratado de Versalhes e não participam da Liga
das Nações. Gozando de prestígio político e econômico os EUA se ausentam – uma das
razões da falência da Liga das Nações e edificação dos Estados totalitários nazi-
fascistas.

Para os presidentes dos EUA os problemas econômicos seriam superados naturalmente


(mão invisível do mercado – racionalidade do mercado), não cabendo ao Estado atuar
na ordem econômica. Entretanto a desigualdade acentua-se: o salário da população fica
estável para a maioria da população – impede o consumo – sem compatibilidade com o
crescimento da produtividade. 600 milhões (salários)  10 bilhões (produtividade).
Apenas uma elite de 5% tinha mais de 33% da renda do país.

A produção não conseguia ser consumida  estoques. Grande atividade econômica


gera muita especulação financeira – compra e venda de ações na Bolsa de Valores de
Nova York – Wall Street. o valor das ações aumenta e a espiral da especulação é
crescente. Contudo esse aumento do número de investidores tem um limite físico – o
mercado interno está limitado e o externo arrasado pela 1ª guerra. – Superprodução
acompanhada de um subconsumo levou a especulação a um limite – O presidente
Hoover recusa-se a uma intervenção estatal.

Lei Seca ( no espírito isolacionista e nacionalista da política


conservadora foi feita uma emenda (VolsteadAct 1919) –
proibindo a venda de bebidas. – boom econômico dos Gangsters
pós guerra – AL Capone (Chicago) – desmoralizada pela
corrupção – 1933 revogada por Roosevelt.
Explosão da Crise:

Uma grande venda de ações não encontra compradores (24 de outubro de 29) – Os
investidores com medo tentam livrar-se dos papéis originando uma avalanche de ofertas
– derrubando velozmente os preços, arruinando a todos. Mais de 12 milhões de ações
mudaram de mãos nesse dia – com preços irrisórios.

Do dia para noite: prósperos empresários passaram a meros possuidores de papéis sem
valor. Desordem econômica – 85 mil empresas falindo, 4 mil bancos fecham, demissões
de trabalhadores alcançam 12 milhões – disseminando a fome.

A crise abala todo o mundo (que depende dos EUA – agitações sociais e políticas).
Exceto a URSS (fechada em si e aplicando os planos quinquenais de Stalin – que
reduziu as importações norte americanas e repatriou capitais). Maioria dos países no
caos social e com medo da revolução russa – medo dos governos europeus – soluções
peculiares (nazi-fascistas).

O New Deal (1933-39)

Devido a crise os novos presidentes (Roosevelt) propõe acabar com o liberalismo


econômico, intervindo na economia: plano elaborado por renomados economistas (John
Maynard Keynes 1884-1946).

Cria uma demanda apropriada (salários de desemprego – as pessoas devem obter meios
para gastar), Encoraja novos investimentos, abaixa as tarifas de juros (dinheiro barato),
cria um extenso programa de obras públicas para gerar emprego e gerar uma demanda
maior de produtos industriais. Grandes emissões monetárias (inflação deliberada),
investimentos estatais de monta como hidroelétricas, estimula a política de empregos:
tudo para ativar o consumo e possibilitar a progressiva recuperação da economia.
Depois disso foi seguida a instalação de sistemas previdenciários – políticas de bem
estar social.

10 anos depois os EUA chegaram no patamar que tinham deixado em 1929.

New Deal: neocapitalismo – planejamento econômico baseado na intervenção do


estado.

Próximos capítulos : os totalitarismos nazi-fascistas e 2ª guerra mundial.


Aula Ética 1 (3d): Introdução à Moral “ A verdadeira moral zomba da moral” -
PASCAL

Os valores

a) Diante de pessoas e coisas fazemos juízos de valor (essa caneta é ruim, esta moça é
atraente, esse vaso não é bonito mas quem me deu é importante então vale muito para
mim. Gosto de dia chuvoso. Acho que fulano agiu mal não te ajudando.

b) (repulsa ou atração – ), valores de utilidade, beleza, bondade.

c) O que são valores(Éticos – não lógicos, ou estéticos ou religiosos) (axiologia séc.


XIX) – não se ocupa com seres mas com relações entre os seres e o sujeito que os
aprecia. Diante dos seres (coisas, seres vivos, ideias) somos afetados , nos atraem ou
repelem. Algo possui valor quando não permite que permaneçamos indiferentes. –
Garcia Morente: (fundamentos da filosofia): “Os valores não são, mas valem.” – quando
dizemos que algo vale não dizemos algo do seu ser mas que é indiferente. – a não-
indiferença é a essência do valer.

d) Os valores são herdados mundo cultural( sistema de significados estabelecido por


outros) – educação desde a infância. ( como falar, se comportar, cobrir o corpo, direitos
e deveres, etc)

c) conforme transgredimos ou atendemos aos valores padrão – os comportamentos são


avaliados em bons ou maus. – as pessoas nos recriminam por algo, nos elogiam, nos
advertem por não ter falado a verdade. Nós próprios nos alegramos ou arrependemos
dependendo de nossas ações praticadas. O resultado de nossas ações está sujeito à
avaliações e sanções – elogio ou reprimenda, recompensa ou punição – até a repressão
pelo uso da força.

Moral x Ética

a)Conceitos são usados com frequência como sinônimos – moral – mos, moris, -
“maneira de se comportar regulada pelo uso”, “costume”: moralis, morale : relativo aos
costumes. Ethos – ‘costume’ – comportamento’ ‘hábito’.

b)moral: conjunto de regras de conduta admitidas em determinada época por um grupo


de homens

c) Ética ou filosofia moral: parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das
noções e princípios que fundamentam a moral.

d) o que é o bem e o mal? – depende do fundamento da moral em questão – se é de


ordem cósmica, vontade de Deus, consciência humana, do discurso, da virtude.

e) O que é o bem supremo? A felicidade? O prazer? A utilidade? – os valores tem


hierarquia, são universais – válidos em todos os tempos? Ou são relativos ?
Caráter Histórico e Social da Moral

a)A fim de garantir sobrevivência – trabalho com a natureza – ação coletiva – moral
(organização da relação entre indivíduos)

b) É impossível imaginar um povo sem qualquer conjunto de regras morais. – O homem


é um ser capaz de produzir interdições (proibições). – Levi Strauss – lei. (moral
constituída – moral anterior e exterior ao indivíduo) – adequação ou não a essas regras:
moral ou imoral.

c) Comportamento moral varia de lugar para lugar e de tempo para tempo – estruturas e
organização da sociedade. Normas ficam caducas e obsoletas e mudam.

Caráter Pessoal da Moral

a)Moral não se reduz à herança dos valores da tradição – a medida que a criança cresce
( faze pré-convencional, convencional, pós-convencional) ela coloca em questão os
valores – grau de consciência e liberdade e portanto de responsabilidade pessoal no
comportamento moral: A moral ao mesmo tempo é um conjunto de regras coletivas e
uma livre e consciente aceitação das normas. Exterioridade x Interioridade da moral
(adesão e deliberação íntimas do sujeito)

b) o Homem é herdeiro e criador de cultura – criador de valores... moral constituída e


moral constituinte ( feita dolorosamente pelas experiências vividas).

c) a vida moral reflete nossa liberdade situada – projeto de ação e criação que se lança
do passado para o futuro. (situações originais, situações limite que só o indivíduo livre
pode decidir – não há receitas).

Caráter Social e Pessoal

a) Se sucumbimos unicamente ao caráter social – dogmatismo e legalismo –


privilegiamos os valores dados e regulamentos sem discutir. Educação moral –
inculcar regras e medo das consequências por não observá-las.
b) Se priorizarmos o indivíduo questionante, podemos destruir a moral – recaindo
no individualismo ou tirania da intimidade. – Mas o homem não é um ser
solitário.
c) Relação dialética: determinismo e liberdade, aceitação e recusa.
d) Intersubjetividade da moral (não fazemos valores só para nós mas para viver
com outros)
e) Nossas sociedades hoje: vários tipos de conduta – evitar o moralismo (impor sua
conduta) conviver. Moralidade do bandido? – repreensíveis pois não respeitam a
moralidade pública, a tolerância e os direitos humanos fundamentais (condições
mínimas de exercício da moralidade).

Próximos capítulos: o ato moral, voluntário, responsável – dever e liberdade,


heteronomia e a autonomia. – virtude ( uma andorinha só não faz verão)
Teoria do Conhecimento Idade Média:
Patrística
a)Decadência do Império Romano – cristianismo se expande – a partir do séc. II.
Esforço de converter pagãos, combater heresias, justificar a fé  padres da
igreja apologética. Aliança entre fé e razão. – razão é considerada auxiliar da fé
e a ela subordinada. “creio para que possa entender”.
b) Síntese entre Platão e doutrina cristã – adaptações necessárias com a teologia.
c) Santo Agostinho (354-430) bispo de Hipona (norte da África): dicotomia
entre mundo sensível e das ideias (substituído por ideias divinas): o homem
recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas: tal como o sol, Deus
ilumina a razão e torna possível o pensar correto.
Escolástica
a) Séc IX – XIII, XIV. Continua a aliança entre fé e razão. Razão como serva
da teologia. As disputas muitas vezes recorrem ao ‘princípio de autoridade’ –
consultar os intérpretes autorizados da Igreja.
b) Com renascimento urbano surgem debates e contestações – ameaças de
ruptura com a Igreja: razão busca sua autonomia. Criação de inúmeras
universidades.
c) Influência da filosofia de Platão e Aristóteles (Santo Tomás – séc XIII) –
filosofia aristotélico-tomista: influência nos jesuítas.
d) No período final da escolástica essa filosofia torna-se um entrave para o
desenvolvimento da ciência (principalmente a física) – Luta de Galileu
(heliocentrismo) contra o saber petrificado da escolástica decadente.

A questão dos Universais:

a) Séc VI: Boécio traduz uma obra de lógica de Aristóteles e coloca um


comentário a respeito da existência ou não dos universais.
b) O universal é o conceito, a idéia, a essência comum: por exemplo o conceito
de homem – perguntava-se se os gêneros e espécies tinham existência
separada dos objetos sensíveis: as espécies (como o cão) e os gêneros (como
os animais, mamífero (que tem mamas) ) teriam existência real? Seriam
realidades, ideias ou apenas palavras?
c) Questão retomada nos séc XI XII – polêmica entre realismo, conceptualismo
e nominalismo.
d) Realistas: Santo Anselmo e Guilherme de Champeaux – o universal tem
realidade objetiva (são coisa) – evidente influência platônica (mundo das
ideias).
e) Séc XIII – Santo Tomás – realismo moderado : os universais só existem
formalmente no espírito mas tem fundamento nas coisas.
f) Para os nominalistas: Roscelino e Guilherme de Okam( XIV) – o universal é
apenas um conteúdo da nossa mente expresso em um nome – são apenas
palavras em nenhuma realidade específica correspondente.
g) Abelardo – conceptualista : intermediária entre nominalismo e realismo : os
universais são conceitos – entidades mentais.
h) O significado dessas oposições refleteas contradições e fissuras na
compreensão mística do mundo medieval. Os realistas são partidários da
tradição – valorizam o universal, a autoridade a verdade eterna – a fé.
i) Os nominalistas consideram o individual é mais real, deslocamento do
critério de verdade: da fépara a razão/experiência humana – emergência do
racionalismo burguês em oposição às formas feudais.
1) A Revolução Russa aconteceu no penúltimo ano da Primeira Guerra Mundial. O partido
social-democrata, baseado no socialismo marxista, dividira-se, por volta de 1903, em duas
facções: a primeira delas, liderada por Lênin, e a segunda por Martov. Responda abaixo:
a) Como se chamavam essas facções?
b) O que a facção liderada por Lênin propunha, especificamente, para o problema da
propriedade e da participação da Rússiana guerra? Se preferir, coloque a ‘frase de efeito’
que sintetizava as Teses de Abril, plataforma da revolução de 1917.

2) “A estrutura rural da sociedade fazia dela uma grande aldeia serva. Contavam-se, em
1861, quando da emancipação por Alexandre II, quarenta e sete milhões de servos miseráveis
e místicos, contra cem mil famílias nobres, de uma nobreza de funcionários, proprietários de
imensos domínios”. O texto acima refere-se:
a) à França pós-revolucionária.
b) à Inglaterra quando da Revolução Industrial.
c) Ao Império Austro-Húngaro
d) à Alemanha do século XIX
e) à Rússia czarista.

3) A disputa pelo poder na União Soviética entre Trótski e Stálin, após a morte de Lênin,
em 1924, teve como eixo a discussão sobre:
a) a expansão ou não da revolução socialista mundial como forma de consolidar
internamente o regime.
b) A questão da autonomia das nacionalidades da Rússia Branca.
c) As propostas de priorizar os investimentos sociais sobre as necessidades da
industrialização.
d) A extinção dos planos quinquenais, sobretudo os relativos à coletivização.
e) O poder dos sovietes de soldados e camponeses na administração provincial.
4) Em março de 1921, Lênin afirma: “É necessário abandonar a construção imediata do
socialismo para se voltar, em muitos setores econômicos, na direção de um capitalismo de
Estado”. Tendo em vista as etapas da Revolução Russa, podemos interpretar essa declaração
no sentido de:
a) Representar o abandono do comunismo de guerra e o início da Guerra Civil.
b) Traduzir o insucesso dos planos quinquenais e o retorno a uma economia capitalista.
c) Indicar a impossibilidade do socialismo num só país, daí a volta ao capitalismo
monopolista.
d) Introduzir a Nova Política Econômica, caracterizada por algumas concessões ao
capitalismo, a fim de possibilitar o avanço do socialismo.
e) Aceitar a introdução de métodos capitalistas na produção e o retorno à iniciativa
privada.
5) A crise de 1929, iniciada nos EUA, deve ser entendida como:
a) Decorrente da dependência da economia norte-americana em relação ao resto do
mundo.
b) Consequência do mau planejamento dos economistas adeptos do liberalismo.
c) Uma crise do sistema capitalista, que, produzindo para o lucro, sem que os
consumidores tivesses condições de consumir, provocou uma crise de superprodução.
d) Um erro da tentativa de recuperação econômica idealizada por Roosevelt e seus
assessores.

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