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FACULDADE DE DIREITO
Autores:
1- Joni Pereira. Nº 13789
2- Rafael Ndumba. Nº 14278
3- Ruth Luyeye. Nº 13780
Luanda-Novembro- 2019
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não
é senão uma gota de água no mar.
Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”.
- Madre Teresa de Calcutá
Índice
Fase Analítica ................................................................................................................... 5
BIBLIOGRÁFIA ............................................................................................................ 17
Fase Analítica
5
estudo bem como a elaboração da síntese comparativa. Assim são elementos a
comparar6 os seguintes: conceito de compra e venda, elementos essenciais da compra e
venda, compra e venda e transmissão da propriedade, venda de bens alheios, valor
jurídico da venda de bens alheios e, por último, tutela dos interesses.
6
A selecção dos elementos a comparar foi feita tendo em atenção a relação de interdependência entre
eles. A título de exemplo, ao saber-se qual a relação que se estabelece entre contrato e transmissão da
propriedade nos ordenamentos em análise saber-se-á, logo a partida, se é admissível ou não a celebração
de um contrato cujo objecto seja um bem alheio.
6
1.Direito Brasileiro
O código civil brasileiro no art. 481. ̊ não apresenta uma noção de compra e venda
estabelecendo apenas as obrigações resultantes do contrato.
A doutrina, com fundamento no direito positivo7 (Código Civil, art. 481. ̊), define
compra e venda como sendo o contrato em que uma pessoa (vendedor) se obriga a
transferir a outra pessoa (comprador) o domínio de uma coisa corpórea ou incorpórea,
mediante o pagamento de certo preço em dinheiro ou valor fiduciário correspondente.
Regime legal. O art. 481. ̊ do C.C brasileiro, dispõe que: “Pelo contrato de
compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o
outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.”
Outrossim em relação a transmissão de propriedade de bens móveis o art. 1226. ̊
estabelece que “os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.” O mesmo artigo
remete para o art. 1267. ̊ estatuindo que “a propriedade das coisas não se transfere pelos
negócios jurídicos antes da tradição.”
No que respeita a imóveis, o artigo 1227. ̊ estatui que “os direitos reais sobre
imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o
registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1245.̊ a 1247.̊),
salvo os casos expressos neste Código.”
7
CAIO PEREIRA. Instituições do Direito Civil. P. 217. Vol. III. Desta noção fazemos ressaltar, desde
logo, o ponto essencial, que marca a posição do nosso direito: o caráter meramente obrigatório do
contrato. Seguindo, como se vê, a tradição romana, e fiel à nossa determinação histórica, a compra e
venda não opera, segundo o nosso Código, a transmissão do domínio.
8
Ob. Cit. p. 190.
7
Doutrina. A doutrina brasileira quanto essa questão é pacífica, segundo Caio
Pereira 9 “para o direito brasileiro, portanto, o contrato por si só é inábil a gerar a
translação da propriedade, embora seja dela uma causa determinante. É mister a
realização de um daqueles actos a que a lei reconhece o efeito translatício: a tradição da
res vendita, se se tratar de coisa móvel; ou a inscrição do título aquisitivo no registro, se
for imóvel o seu objeto.”
Doutrina. Orlando Gomes14 afirma que: “parece absurda a venda de coisa alheia,
pois, intuitivamente, a coisa vendida deve pertencer ao vendedor. Uma vez, porém, que,
pelo contrato, o vendedor se obriga, tão-só, a transferir a propriedade da coisa, nada
obsta que efetue a venda de bem que ainda lhe não pertence; se consegue adquiri-lo para
9
Caio Pereira, ob cit, p. 217.
10
Orlando Gomes, Contratos, p.270,271.
11
Ob, cit. p. 174.
12
Nos Contratos onerosos, o alienante responde pela evicção
13
Maria Helena. Código Civil anotado. p.886. A tradição consiste na entrega de bem móvel ao
adquirente, com a intenção de lhe transferir o domínio em razão de título translativo de propriedade
14
Orlando Gomes. Ob. cit. p. 274.
8
fazer a entrega prometida, cumprirá especificamente a obrigação; caso contrário, a
venda resolve-se em perdas e danos”.
Regime Legal. O código civil brasileiro não faz menção ao valor jurídico da
venda de bem alheio, não obstante o art. 1268. ̊ estabelece a ineficácia da tradição de
coisa alheia, no seu §1 admite a possibilidade de convalidação desde que o alienante em
momento posterior adquira a propriedade da coisa.
15
Apud Caio Pereira, Instituições de Direito Civil. p. 217. Vol. III, p. 194.
16
Supra. 1.6.
17
Maria Helena. ob. Cit. p. 887.
18
Maria Helena. Ob. Cit. p. 887. Mas se o adquirente estava de boa fé e se o alienante vier a adquirir,
posteriormente, a propriedade da coisa, considera-se realizada a transferência desde o momento em que se
deu a tradição, operado estará, portanto, o efeito ex tunc da tradição.
19
Orlando Gomes. Ob. Cit. p. 274
20
RE 37330/ GO. Órgão Julgador: 2ª Turma. Relator: Min. Ribeiro da Costa. Julgamento: 12.09.1958,
Publicação: ement. V. 00363-01, p. 00640, DJ data: 30.10.58. Apud. AZEVEDO, Ana Carolina Garcez
de. Venda de coisa alheia. Revista Jus Navigandi.
21
RE 68001/PR.Órgão Julgador: 2ª Turma. Relator: Min. Adaucto Cardoso. Julgamento: 23.10.1970.
Publicação: RTJ V.00055-03, P.00577, DJ data: 04.12.70, p. 0638. Apud. . AZEVEDO, Ana Carolina
Garcez de. Venda de coisa alheia. Revista Jus Navigandi.
9
1.6 TUTELA DOS INTERESSES
2.Direito Peruano
Regime legal. O art. 1532. ̊ 23 do código civil peruano estabelece que para que
sejam objeto da venda os bens devem possuir as seguintes características: existência ou
possibilidade de virem a existir, determinação ou determinabilidade, que a sua alienação
não esteja proibida por lei.
Doutrina. Mario Freyre acrescenta que “o código civil peruano não estabelece
como requisito que um bem seja próprio (do vendedor) para que seja objecto da
prestação de dar”.24
Jurisprudência. A jurisprudência peruama acrescenta a capacidade e a
legitimidade como elementos essenciais da compra e venda (imóveis).
22
Mario Freyre, Los Contratos Sobre Bienes Ajenos, p. 155.
23
Pueden venderse los bienes existentes o que puedan existir, siempre que sean determinados o
susceptibles de determinación y cuya enajenación no esté prohibida por la ley.
24
Mario Freyre, ob. cit, p. 156.
10
2.3 COMPRA E VENDA E TRASMISSÃO DA PROPRIEDADE
Regime Legal. Pelo preceituado no art. 1529.̊ conjugado ao art. 1549.̊, o contrato
de compra e venda apenas gera a obrigação do vendedor transferir a propriedade ao
comprador ao passo que a transmissão da propriedade efectiva-se com a tradição (no
caso de coisas moveis) e quanto aos imóveis o art. 949.̊, estabelece que a obrigação de
transferir a propriedade faz do comprador proprietário da coisa25.
Doutrina. A doutrina peruana não é unanime, a discussão tem girado em torno de
três correntes: a realista, defendida fundamentalmente por Bigio e Guilhermo Lohmann,
para qual o contrato pode transferir directamente a propriedade; a obrigacionista,
defendida por Miguel Torres e Manuel de la Puente, para os quais o contrato não pode
transferir directante a propriedade uma vez que unicamente cria, regula, modifica ou
extingue obrigações; e, por último, a corrente mista, defendida por Ugo Forno,
Osterlingue e Mário Freyre, para os quais há, no ordenamento jurídico peruano, uma
convivência do princípio solo consensus, com a teoria do título e do modo no sentido de
que o contrato transfere directamente a propriedade imóvel (art. 949.º), o que não ocorre
com a propriedade móvel nos termos do artigo 947.º.26
Regime Legal. O código civil peruano, não possui nenhuma norma que consagre
de forma expressa a venda de bens alheios, estabelecendo apenas no nº 2 do art 1409. ̊ 27
que as prestações nas relações jurídico-contratuais podem versar sobre bens alheios, no
artigo 1537. ̊ o compromisso de venda de bem alheio no art 1539. ̊ a rescisão do
compromisso da venda de bens alheios.
Doutrina. A doutrina Peruana, é consensual quanto a possibilidade da venda de
bens alheios em relação a móveis, havendo divergência de opiniões em relação a venda
de bens imóveis por força do efeito translativo atribuído ao contrato pelo art. 949.̊.28
Mário Freyre na sua obra intitulada Los Contratos sobre Bienes Ajenos, afirma
que o código civil peruano de 1984 consagrou a venda de bens alheios em sentido
restrito, e recorrendo ao disposto ao artigo 1409.̊ e 1539.̊, apresenta os seguintes
elementos da venda de bem alheios: consciência da celebração da compra e venda;
consciência de que o objecto da prestação de dar contida no contrato e a cargo do
vendedor é um bem que não faz parte do seu património no momento da celebração do
contrato (nem do comprador); em razão disso as partes estão convictas de que estão a
contratar no sentido de que o vendedor se está a obrigar a transferir a propriedade desse
bem alheio e o comprador a pagar o preço. O autor acrescenta que pelo facto da compra
25
O código civil peruano adopta um duplo regime: um em que há transmissão da propriedade com a
compra e venda (imóveis) e outro em que não há transmissão da propriedade (móveis).
26
Freddy Escobar Rozas, El contrato y los efectos reales (Análisis del sistema de transferência de
propiedad adoptado por el Código Civil peruano).
27
La prestación materia de la obligación creada por el contrato puede versar sobre: 2. - Bienes ajenos
o afectados en garantía os embargados o sujetos a litígio por cualquier otra causa.
28
La sola obligación de enajenar un inmueble determinado hace al acreedor propietario de él, salvo
disposición legal diferente o pacto en contrario.
11
e venda ter efeito meramente obrigacional, não haverá em princípio nenhuma razão
válida para recusar a regulação de um contrato com essas características na legislação
civil.29
No que concerne a bens imóveis, o autor defende a admissibilidade da venda de
bens alheios, argumentando que o artigo 949.̊ só será aplicável quando o vendedor tiver
a propriedade do imóvel (disposição indicada em sede de direitos reais), e recorrendo ao
artigo 1529.̊ o autor afirma que não há inconveniente algum à admissibilidade da venda
de bem imóvel alheio, já que pode vender-se um bem com essas características à luz do
referido artigo. O que não se pode fazer é transferir a propriedade desse bem, pois o
vendedor carece de faculdade para fazer. Para os que negam tal possibilidade
argumentam com a impossibilidade de compatibilização com o artigo 949.̊, todavia o
autor entende que isso é possível por força das excepções contidas no artigo ante citado,
na medida em que o disposto no artigo 1539.̊ é disposição legal em contrário, e o facto
das partes celebrarem contrato nesse sentido é convenção em contrário.30
Jurisprudência. No caso nº 748-2009-CUZCO, a Sala do Cível Transitória da
Corte Suprema pronunciou-se em relação a venda de bens alheios no sentido do
reconhecimento de uma existência relativa deste contrato nos casos do art. 1539.̊,
sempre que o comprador desconheça da alienidade do bem, sem prejuízo do verdadeiro
proprietário poder exercer as ações que visam tutelar o seu direito sobre a coisa.31 Não
obstante, os tribunais superiores peruanos têm desincentivado a celebração de contratos
cujo objecto seja um bem alheio.
Regime Legal. O código civil peruano no art. 1539. ̊ faz referência a possibilidade
de rescisão do compromisso de venda de bem alheio sempre que o comprador
desconheça a alienidade do bem. Ressalvando a possibilidade de convalidação do
contrato, no caso em que o vendedor adquira a propriedade antes de ser citado na acção
de rescisão. O referido artigo apenas reserva a possibilidade de intentar a acção de
rescisão ao comprador, pois o regime do código civil peruano não prevê a possibilidade
de o vendedor estar de boa fé.32
Doutrina. Neste sentido a doutrina peruana, tem interpretado este artigo como
sendo referente a verdadeira venda de bens alheios ou a venda de bens alheios em
sentido restrito e não ao compromisso de venda de bem alheio. Assim, para autores
como Manuel de la Puente 33 , a venda de bens alheios, por ter como pressuposto o
desconhecimento de tal qualidade pelo comprador, seria rescindível por força do art.
1539.̊, ao passo que para autores como Mario Freyre34, que acolhe a concepção restrita
que exige o conhecimento por parte do comprador da alienidade do bem, a venda de
29
Mario Freyre, Los Contratos Sobre Bienes Ajenos. p. 55.
30
Mario Freyre, ob. cit, p.p. 155, 156, 158, 166,169.
31
Apud José Díaz, NULIDAD DE LA COMPRAVENTA DE BIEN INMUEBLE AJENO EN EL CÓDIGO
CIVIL PERUANO DE 1984, p.98.
32
Outro aspecto que muchas veces no se contempla en el tratamento de este tema, es el caso del
vendedor de buena fe, para el cual la mayoría de código no otorgan expressamente acción alguna. Este
es caso del código civil peruano. Mario Freyre, ob. cit, p. 172.
33
Manuel de la Puente, ob. cit., p. 83.
34
Mario Freyre, ob. cit., p. 172.
12
bem alheio seria desprovida de vícios não sendo assim rescindível nos termos do art.
1539.̊ (contrario sensu).
Em decorrência desses regimes, para os autores que defendem a validade do
contrato, o cumprimento do contrato fica dependente da transmissão da titularidade do
bem pelo alienante ao comprador dentro do prazo convencionado, sob pena de o
vendedor responder por perdas e danos e o comprador exigir a resolução do contrato
(arts. 1371.̊ e 1428.̊), não podendo o vendedor invocar que o cumprimento não lhe é
imputável, uma vez que, como salienta Mario Freyre “ao ter assumido expressamente a
obrigação de transferir a propriedade de um bem que sabia que era alheio, assumiu o
risco derivado de uma hipotética impossibilidade de execução da obrigação”.35
Jurisprudência. A jurisprudência tem-se pronunciado quanto a venda de bens
imóveis alheios, no sentido da nulidade do contrato de compra e venda, como verifica-
se no caso N° 3041-2008-PUNO em que a Sala do Cível Permanente da Corte Suprema
estabeleceu que “ é impossível vender um bem sobre o qual não se tenha capacidade
nem legitimidade para dispor, sendo o acto ilícito e contrário à ordem pública em
consequência disso nulo por violar o disposto nos nº 3 e 4 do art. 219.̊.36
3. Direito Angolano
Regime legal. O código civil angolano, apresenta no seu art. 874º a noção legal
de compra e venda, determinando que “compra e venda é o contrato pelo qual se
transmite a propriedade de uma coisa, ou outro direito, mediante um preço”.
3.2 ELEMENTOS ESSENCIAS
35
Ob. cit., p. 196.
36
Apud José Díaz, ob. cit., p. 97.
13
Doutrina. O professor Carlos Alberto B. Burity da Silva37, com base no art.
874º, identifica os seguintes elementos: a transmissão da propriedade da coisa ou a
titularidade do direito, a obrigação de entregar a coisa e a obrigação de pagar o preço.
Jurisprudência. O Tribunal Supremo angolano estabelece como elementos
essenciais da compra e venda: a legitimidade, a coisa e o preço.
Regime legal. O código civil angolano, na al. a) do art. 879.̊ apresenta como um
dos efeitos da compra e venda a “transmissão da propriedade da coisa”, que se opera por
mero efeito do contrato (1ª Parte, nº 1, art. 408.̊), sendo este um modo de aquisição da
propriedade (art. 1316.̊ conjugado à al. a) do art. 1317.̊).
Doutrina. Segundo Joaquim Marques de Oliveira38 “o sistema jurídico angolano
acolheu, tal como o português o princípio da consensualidade dos direitos reais. Este
princípio postula que o direito real constitui-se ou transmite-se, solo consensu, no
momento da celebração do contrato, de forma instantânea e automática sem necessidade
de se proceder a entrega da coisa ou do registo no caso de coisas imoveis sujeitos ao
registo, e sem que dependa do cumprimento da obrigação estabelecida nesse contrato
como contrapartida, por exemplo o pagamento do preço no contrato de compra e
venda”. O autor conclui dizendo que o princípio da consensualidade vale tanto para
coisas móveis, quanto para as coisas imoveis. José Alberto Vieira 39 entende que “o
contrato é, assim, a um tempo real e obrigacional, produzindo simultaneamente os dois
tipos de efeitos, sem que, todavia, haja uma interferência recíproca entre eles”.
Jurisprudência. A jurisprudência angolana tem-se pronunciado no mesmo
sentido, verifica-se no acórdão nº 414/2016 do Tribunal Constitucional angolano, onde
se refere que “ao abrigo do art. 879.̊ do código civil a transferência da titularidade do
direito de propriedade sobre o imóvel objecto da presente contenda operou-se, deste
modo, por mero efeito do contrato de compra e venda”.40
3.4. VENDA DE BENS ALHEIOS
Regime Legal. O código civil angolano, mais do que uma mera referência
explícita apresenta um regime aplicável à venda de coisa alheia como própria, constante
do art. 892. ̊ a 904.̊. O legislador angolano concebe a venda bem alheio como um
contrato de compra e venda em que falta um dos seus elementos essenciais ˗ a
legitimidade. Por força disso considera inadmissível a celebração de um contrato com
estas características, não obstante estabelece alguns mecanismos de protecção41.
37
Teoria Geral do Direito Civil, p. 438.
38
Manual de Direitos Reais de Angola (Lições de Direitos Reais e Legislação Fundiária Angolana), pp.
88, 89.
39
Direitos Reais de Angola, p. 189.
40
ACÓRDAO N.° 414/ 2016, p.7.
41
Sobre esta questão debruçar-nos-emos com maior detalhe aquando da exposição do valor jurídico e da
tutela dos interesses.
14
Jurisprudência. O Tribunal Supremo angolano tem-se pronunciado no sentido
da inadmissibilidade do contrato de compra e venda cujo objecto seja um bem alheio
por considerar ser “negócio celebrado contra a lei”42.
3.5 VALOR JURÍDICO DA VENDA DE BENS ALHEIOS
42
Processo nº 2033/13 da Camara do Cível e Administrativo, p. 10.
43
Não obstante o legislador não ter definido a boa fé para efeitos da venda de bens alheios, ela pode ser
entendida como o “desconhecimento da alienidade da coisa ao tempo da celebração do contrato” fazendo
recurso a norma do nº 3 do art. 291.̊ do código civil angolano.
44
Sobre a questão, o Tribunal Constitucional no ACORDÃO N. ° 414/ 2016 “releva, deste logo, a
re1acionada com a proteção que resulta da designada aquisição tabular, prevista nos artigos 7.0 do CRP e
291.0 do Cc. Aquisição esta que, como se sabe, tem que ver com 0 efeito atributivo do registo predial e da
qual decorre a protecção de um terceiro que, com fundamento na fé publica do registo, adquire um direito
real, p.6
45
Processo nº2033/13 da Camara do Cível e Administrativo, p.10
15
Síntese comparativa
16
BIBLIOGRÁFIA
Direito brasileiro
Livros:
PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições do Direito Civil. São Paulo. Forense,
Vol. III. 22ª ed. 2018.
DINIZ, Maria Helena, Código Civil Anotado.São Paulo. Saraiva.14ª ed.2009.
GOMES, Orlando. Contratos. Rio de janeiro. Forense. 26ª ed. 2007.
Revistas:
Legislação:
Direito peruano
Livros:
Legislação:
Direito angolano
Livros:
Legislação:
ANGOLA. CÓDIGO CIVIL.
17
Jurisprudência:
Tribunal Constitucional: ACORDÃO N. ° 414/ 2016;
Tribunal Supremo: Processo nº2033/13 da Camara do Cível e Administrativo.
Direito Comparado
18