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Introdução

O fator de potência
O Fator de Potência é um índice de utilização de energia cujo controle adequado em
instalações consumidoras é extremamente importante, não apenas sob o ponto de vista
eletroenergético mas também é fundamental pelo fato de ser monitorado pelos sistemas
de medição das concessionárias, podendo incorrer em ônus (muitas vezes significativos)
nas contas de energia eléctrica.
Portanto, torna-se relevante a análise da aplicação de sistemas de correcção que
possibilitem ajustá-lo e mantê-lo acima do limite mínimo permitido pela normalização
em vigor, principalmente perante a existência de blocos significativos de cargas cujas
características de operação incorram em níveis de consumo de energia reactiva que
provoquem baixo Fp em intervalos de tempo muito curtos e em ciclos repetitivos. Note-
se que tais consumos reactivos são registados pelos medidores das concessionárias e
que, nos casos em que os mesmos ocorrem subitamente, geralmente não há uma
compensação satisfatória pelos sistemas de correcção convencionais em função de sua
resposta dinâmica insuficiente.

O baixo factor de potência pode provocar sobrecarga em cabos e transformadores, bem


como aumento das perdas no sistema, das quedas de tensão e do desgaste em
dispositivos de protecção e manobra.
Como equipamentos responsáveis por um baixo factor de potência de uma instalação
eléctrica, podem ser destacados:
 Motores de indução;
 Transformadores de potência;
 Reactores electromagnéticos de lâmpadas fluorescentes;
 Rectificadores;
 Equipamentos electrónicos.

O método mais difundido para a correcção do factor de potência consiste na instalação


de bancos de capacitores em paralelo com a rede eléctrica, devido ao seu menor custo
de implantação e ao fato de serem equipamentos estáticos de baixo custo de
manutenção. O uso de motores síncronos superexcitados consiste em uma alternativa
para a correcção do factor de potência, porém é necessário que a sua aplicação seja
economicamente viável.

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1. Fundamentos teóricos.

Existem dois tipos de potência em um sistema eléctrico: a potência activa e a potência


reactiva, cuja soma vectorial resulta na potência aparente ou total.
O conceito físico das potências mencionadas pode ser explicado da seguinte maneira:
qualquer equipamento que transforme a energia eléctrica em outra forma de energia útil
(térmica, luminosa, cinética) é um consumidor de energia activa.
Qualquer equipamento que possua enrolamentos (transformadores, motores, reactores
etc.) etc.), e, portanto, necessite de energia magnetizante como intermediária na
utilização de energia activa, é um consumidor de energia reactiva.
Vectorialmente, a potência reactiva (unidade típica: kvar) é representada com um
desfasamento de 90° em relação à potência activa (unidade típica: kW), podendo estar
atrasada (receptor de energia reactiva) ou adiantada (fornecedor de energia reactiva),
conforme ilustrado na fig.1

Fig. 1. Ilustra os ângulos de desfasagem em relação ao receptor e o fornecedor de energia

Como consumidores de potência reactiva, podem ser citados: transformadores de


potência, motores de indução, motores Síncronos subexcitados e reactores
electromagnéticos. Como fornecedores de potência reactiva, podem ser citados:
 Capacitores;
 Motores síncronos superexcitados e
 Compensadores síncronos.

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Fig. 2 Ilustra os diagramas vectoriais de potência para geradores suprindo consumidores e fornecedores de potência
reactiva.

Obs.: O nome e o símbolo da grandeza “potência reactiva” são o var, ambos escritos em
letras minúsculas, sendo definida como: “potência reactiva de um circuito percorrido
por uma corrente alternada senoidal com valor eficaz de 1 Ampére, sob uma tensão
eléctrica com valor eficaz de 1 volt, defasada de π/2 radianos em relação à corrente.

2. Significado do Factor de Potência.


O factor de potência, também conhecido pela designação “cos “, é o número que
expressa, a cada instante, o cosseno do ângulo de defasagem entre a corrente e a tensão.
Se o circuito for indutivo, consumidor de energia reactiva, o factor de potência é dito
em atraso; se o circuito for capacitivo, fornecedor de energia reactiva, o factor de
potência é dito em avanço. Como mostra a figura fig.3.

Fig.3 Indica o comportamento dos ângulos em função do estado do cct.

em que:
I cos θ = componente activa ou em fase da corrente;
I sen θ = componente reactiva ou em quadratura da corrente.
Em um circuito trifásico, as potências activa e reactiva são:

Pat =√ 3 ×V × I ×cos θ

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Preat=√ 3 ×V × I × sin θ

Fig.4 Referindo se ao triângulo de potências

Podendo ser deduzidas das figuras as seguintes expressões:


kW
FP=cos θ=
kVA
kW =kVA × cos θ
kW
kVA =
cos θ
kVA =√ 3× V × I ×10−3
kW =√ 3× V × I × ¿
kvar =√ 3× V × I ׿
kVA =√ (kW 2+ kvar 2 )
Ou
S=√(P 2+Q 2)

Onde: V = tensão entre fases em volts;


I = corrente de linha em amperes.

O factor de potência pode ser também calculado a partir dos consumos de energia activa
(kWh) e reactiva (kvarh), referentes a determinado período de tempo, por meio das
expressões: FP

kWh
FP=
√ ( ( kWh 2 ) + ( kvar 2) )

kvarh
FP=cos arctg( )
kWh

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Exemplo:
Em uma instalação, medindo com um wattímetro, achamos 8 kW e, com o vármetro, 6
kvar. a) Determine o factor de potência e a potência aparente.

kW
FP=cos θ=
kVA
kVA =√ (kW 2+ kvar 2 )

¿ √ 82 +62=10

8
cos θ= =0.8 Ou 80% .
10

b) Calcule o factor de potência de uma instalação se:


I = 100 amperes
V = 380 volts
kW = 35

kW 35
cos θ= −3 = =0.53
√ 3 ×V × I ×10 √ 3 ×380 ×100 × 10−3

3. Factor de Potência de uma Instalação com Diversas Cargas.

Consideremos três tipos de carga:


 Iluminação de 50 kVA, proveniente de lâmpadas incandescentes (factor de
potência unitário);
 Motor de indução de 180 hp operando com cos ϕ indutivo igual a 0,85 e
rendimento de 90%;
 Motor síncrono com 95 kW operando com cos ϕ capacitivo igual a 0,80 e
rendimento de 95%.
Para a carga de iluminação, tem-se: kW = kVA = 50
Para o motor de indução, tem-se:
hp ×0.746 180× 0.746
kW = = =149.2
ƞ 0.90

5
kW 149.2
kVA = = =175.5
cos θ 0.85
kvar =√ (175.52 +149.22)= 92.4

Para o motor síncrono, tem-se:

potenca activa 95
kW = = =100
rendimento 0.95

100
kVA = =125
0.80

kvar =√ 1252−1002=¿ 75

A representação por meio dos triângulos de potência dessas três cargas será:

Fig 5.Representação das potências lâmpadas, motor de indução e síncrono.

O factor de potência do conjunto de cargas apresentado é obtido determinando-se a


soma das cargas como se segue:
1. Potência activa:
50 + 149,2 + 100 = 299,2 kW
2. Potência reactiva: como o motor síncrono está sobreexcitado e fornecendo,
consequentemente, potência reactiva, deve se subtrair os kvar capacitivos dos indutivos:
Kvar = (0 + 92,4) – (75) = 17,4 kvar, ou seja, 17,4 kvar indutivos

3. Potência aparente: kVA =√ 299.22+ 17.42=299.7 kVA

6
kW 299.2
4. Factor de potência do conjunto: cos ∅= = =0.998 indutivo
kVA 299.7

4. Correcção do Factor de Potência.


A correcção do factor de potência tem por objectivo especificar a potência reactiva
necessária para a elevação do factor de potência, de modo a: (1) evitar a ocorrência de
cobrança pela concessionária dos valores referentes aos excedentes de demanda reactiva
e de consumo reactivo; e (2) obter os benefícios adicionais em termos de redução de
perdas e de melhoria do perfil de tensão da rede eléctrica.

Fig 6. Representação dos ângulos de correcção.

Para ilustrar como se corrige o factor de potência em um caso simples, consideremos


uma instalação de 80 kW, que tenha um factor de potência médio igual a 80% e se
queira corrigi-lo para 90%. Pede-se a determinação da potência reactiva a ser instalada
para se obter o resultado desejado.
Solução:
Para uma melhor visualização, empregaremos o método de resolução que utiliza o
triângulo de potências:

Com um cos ϕ1 = 0,8, tem-se: kW = 80

80
kVA = =100
0.8
kvar =√ 1002−802 =60

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Com um cos ϕ2 = 0,9, tem-se: kW = 80
80
kVA = =88.9
0.9
kvar =√ 88.92−80 2=38.7

Assim: kvar necessários = 60 – 38,7 = 21,3

Na prática, métodos mais simples, utilizando tabelas que determinam multiplicadores,


permitem a determinação dos kvar necessários a partir do valor em kW pela aplicação
da fórmula:
kvar (necessários) = kW × (tg ϕ1 — tg ϕ2)

Em que os valores de tg ϕ1 — tg ϕ2 correspondem aos apresentados na Tabela 1 abaixo.

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O exercício anterior seria resolvido da seguinte maneira:
Usando a Tabela, obtém se o valor 0,266 para o multiplicador, que deve ser aplicado
sobre a potência activa (kW) da instalação, para que se obtenha a correcção de 0,80 para
0,90.
Kvar necessários = 0,266 × 80 = 21,3

4.1 Dispositivos usados na correcção do facto de potência.


Para obter uma melhoria do factor de potência, podem-se indicar algumas soluções que
devem ser adoptadas, dependendo das condições particulares de cada instalação. Deve-
se entender que a correcção do factor de potência não somente visa à questão do
facturamento de energia reactiva excedente, mas também aos aspectos operacionais
internos à instalação da unidade consumidora, tais como liberação da capacidade de
transformadores e dos cabos, redução das perdas etc.
A correcção do factor de potência deve ser realizada considerando-se as características
de carga da instalação. Se a carga da instalação for constituída de 80% ou mais de
cargas lineares, pode-se corrigir o factor de potência considerando apenas os valores
dessas cargas. No entanto, se na carga da instalação estiverem presentes cargas não
lineares com valor superior a 20% do total da carga conectada, devem-se considerar os
efeitos dos componentes harmónicos na correcção do factor de potência.
O factor de potência deve se manter igual ou superior a 0,92 e igual ou inferior a 1 após
a instalação dos equipamentos de correcção.

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5. Correcção do Factor de Potência para Cargas Lineares.
5.1 Instalação de motores síncronos superexcitados.
Os motores síncronos podem ser instalados exclusivamente para a correcção do factor
de potência ou podem ser acoplados a alguma carga da própria produção, em
substituição, por exemplo, a um motor de indução. Praticamente, nenhuma destas
soluções é adoptada devido a seu alto custo e dificuldades operacionais. Os motores
síncronos, quando utilizados para corrigir o factor de potência, em geral funcionam com
carga constante.
5.1.1 Motor subexcitado.
Corresponde à condição de baixa corrente de excitação, na qual o valor da força
electromotriz induzida nos polos do estator (circuito estatórico) é pequeno, o que
acarreta a absorção de potência reactiva da rede de energia eléctrica necessária à
formação de seu campo magnético. Assim, a corrente estatórica mantém-se atrasada em
relação à tensão.
5.1.2 Motor excitado para a condição de factor de potência unitário
Aumentando-se a corrente de excitação, obtém-se uma elevação da força eletromotriz
no campo estatórico, cuja corrente ficará em fase com a tensão de alimentação. Desta
forma, o factor de potência assume o valor unitário e o motor não necessita absorver
potência reactiva da rede de energia eléctrica para a formação de seu campo magnético.
5.1.3Motor sobre-excitado.
Qualquer elevação de corrente de excitação a partir de então proporciona o adiamento
da corrente estatórica em relação à tensão aplicada, fazendo com que o motor funcione
com o factor de potência capacitivo, fornecendo potência reactiva à rede de energia
eléctrica.
5.1.4 Instalação de capacitores-derivação.
É a solução mais empregada na correcção do factor de potência de instalações
industriais, comerciais e dos sistemas de distribuição e de potência. A determinação da
potência do capacitor por quaisquer dos métodos adiante apresentados não deve
implicar um factor de potência inferior a 0,92 indutivo ou capacitivo, em qualquer ponto
do ciclo de carga da instalação, de acordo com a legislação vigente.
Muitas vezes é necessária a operação dos bancos de capacitores em fracções cuja
potência manobrada não deve permitir um factor de potência capacitivo inferior a 0,92.

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A correcção do factor de potência de motores, aplicando-se banco de capacitores em
seus terminais, deve ser feita com bastante critério para evitar a queima do
equipamento.
Nessas condições, o sistema de suprimento ficará sujeito a sobretensões indesejáveis.
Entretanto, como toda a carga composta de bobinas necessita energia reactiva indutiva
para manter activo o seu campo magnético, a companhia responsável pela geração,
transmissão e distribuição de energia eléctrica se compromete, de acordo com a
legislação vigente, a fornecer a seus consumidores parte da energia reactiva indutiva
requerida pela carga até o limite dado pelo factor de potência igual a 0,92.

Os bancos de capacitores podem ser dimensionados para operação fixa e controlada.

5.1.5 Banco de capacitores fixos.


Os capacitores fixos são utilizados quando a carga da indústria praticamente não varia
ao longo de uma curva de carga diária. Também são empregados como uma potência
capacitiva de base correspondente à demanda mínima da instalação.
A potência capacitiva necessária para corrigir o factor de potência pode ser determinada
a partir dos seguintes métodos:
 Banco de capacitores automáticos.
O método de cálculo utilizado para correcção do factor de potência empregando banco
de capacitores automáticos é o mesmo utilizado anteriormente para banco de
capacitores fixos. No entanto, há grande diferença na avaliação da capacidade do banco
em função das fracções inseridas durante o ciclo de carga da instalação.
Os bancos de capacitores automáticos são utilizados em instalações onde existe uma
razoável variação da curva de carga reactiva diária ou há necessidade de manutenção do
factor de potência numa faixa muito estreita de variação.
Algumas recomendações devem ser seguidas para a utilização de bancos de capacitores
automáticos.

a) A potência máxima capacitiva recomendada a ser chaveada, por estágio do


controlador, deve ser de 15 kVAr para bancos trifásicos de 220 V e 25 kVAr
para bancos de 380/440 V.

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A limitação da potência capacitiva chaveada tem como objectivo reduzir as correntes de
surto que ocorrem durante a energização de cada célula capacitiva cujos valores podem
superar a 100 vezes a corrente nominal do capacitor, acarretando alguns fatos
indesejáveis, tais como a queima de fusíveis, danos nos contactos dos contactores, entre
outros.
A utilização das potências mencionadas por estágio de potência de manobra implica a
utilização de contactores convencionais dispensando-se o uso de indutores antissurto
construídos com os próprios condutores que alimentam os capacitores. No caso de
manobra de nódulos capacitivos com potências superiores àquelas anteriormente
definidas, devem ser utilizados indutores antissurto em série com os contactores
convencionais ou também podem ser utilizados contactores convencionais instalando-se
em paralelo resistores de pré-carga.
A Figura 7 mostra em detalhes um exemplo de diagrama trifilar de um banco de
capacitores automático de 350 kVAr, constituído de unidades capacitivas de 50 kVAr
por estágio de manobra. Observa-se que foi instalada uma bobina antissurto em série em
cada fase do banco de capacitores para reduzir a corrente de surto, já que cada estágio
manobrado é de 50 kVAr. Neste caso, o contactor pode ser do tipo convencional. Se
forem utilizados resistores de pré-carga pode-se adoptar o esquema básico mostrado na
Figura 8, adoptando os valores dos resistores de acordo com a Tabela 2. Inicialmente,
deve-se avaliar a corrente de surto na energização do capacitor manobrado, ou seja:
Isurn=100 × Inc

√ 2 ×Vff
Isurn=
√ 3 × √ Xl × Xc

Onde:
Isurn – corrente de surto nominal para o capacitor com corrente nominal In, em A;
Isurr – corrente de surto real, considerando as reactâncias existentes, em A;
F – frequência do sistema, em Hz;
Vff – tensão de linha da rede, em V;
Xc – reactância capacitiva do capacitor, em Ω.
Xl – reactância do condutor, em Ω; tem valor de:Xl=2 × π × F × Lc

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Lc – indutância do condutor utilizado na alimentação do capacitor manobrado, em μH,
tem valor de:
Lco
[
Lc=0.20 × Lco × 2.303× log 4 × ( Dco )
−0.75 em μH
]
Lco – comprimento do condutor, em m;
Dco – diâmetro do condutor, em m.

Fig. 7 Diagrama trifilar de bancos de capacitores automáticos.

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Fig.8 Ligações dos resistores de pré carga.

TABELA 2
Dimensionamento dos resistores de pré-carga

Se a corrente de surto nominal Isurn for igual ou superior à corrente de surto real do
sistema Isurr o capacitor manobrado está suficientemente protegido. Já se ocorrer que

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Isurn < Isurr é necessário inserir um indutor em série com o capacitor manobrado, cuja
indutância pode ser determinada pela Equação:
√ 2× Vff 2
ind =( )
√ 3 × Isur
×C

Onde:
C – capacitância do capacitor manobrado, em μH, cujo valor é dado pela Equação;
Vnc – tensão nominal do capacitor, em V
Pac
C=
2× 10 × π × F ×Vnc 2
−9

Para construir a bobina antissurto (bobina sem ferro) deve-se determinar o número de
voltas do condutor, ou seja:

N ≅ 1.000 × (√ LindDb× Hb )voltas


Onde:
Db – diâmetro da bobina, em m;
Hb – altura da bobina, em m.
Por questões práticas, o diâmetro interno da bobina deve estar próximo de 10 cm.
a) Dimensionar um capacitor com a potência igual à metade da potência máxima a
ser manobrada para permitir o ajuste fino do factor de potência.
b) Utilizar controladores de factor de potência que realizem a varredura das
unidades chaveadas permitindo a melhor combinação de inserção.

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Determinar o número de espiras que deve ser dado no condutor que liga o contactor ao
capacitor de 40 kVAr, parte manobrada máxima de um banco de capacitores automático
de 200 kVAr/440 V. O comprimento do condutor entre o contactor e o capacitor vale 1
m. A altura da bobina é de 20 cm, e o seu diâmetro interno vale 10 cm.

 Corrente nominal do condutor que liga o contactor ao capacitor de 40


kVAr.
Pcap 40
Inc= = =52.4 A
√ 3 × Vnc √ 3 ×0.44

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 Determinação da seção do condutor.
Para Inc = 52,4 A → Sco = 16 mm2
 Dados do condutor de 16 mm2
Dext = 6,9 mm = 0,0069 m
Dco = 4,71 mm = 0,00471 m
 Determinação do surto de corrente durante a energização do capacitor
manobrado.
A corrente de surto nominal vale:
Isurn = 100 × Inc = 100 × 52,4 = 5.240 A
A corrente de surto real vale:
√ 2 ×Vff √ 2 × 440
Isurn= = =7.680 A
√ 3 × √ Xl × Xc √ 3 × √(452× 4.84 × 10−6 )
Xl=2 × π × f × Lc=2× π × 60 ×1.20=452Ω
1
Xc= =4.84 ×10−6 Ω
2× π × 60 ×548

Pcap 40
C= = =548 μF
2× 10 × π × F ×Vca 2× 10 × π ×60 ×0.440 2
−9 2 −9

Lco
[
Lc=0.20 × Lco × 2.303× log 4 × ( Dco )
−0.75
]
Lco = 1 m (valor atribuído)
1
[
Lc=0.20 ×1 × 2.303 × log 4 ×( 0.00471 ) ]
−0.75 =1.20 μF

Como a corrente de surto real é superior à corrente de surto nominal, é necessário inserir
um indutor série com o capacitor manobrado.
 Determinação da indutância para restringir a corrente de
energização para o valor de surto nominal.
√ 2 ×Vff 2 √ 2× 440 2
Lind= ( )
√ 3 × Isur
× C= (
√ 3 ×5.240 )
×548=2.57 μF

 Determinação da corrente de surto real com a indutância restritora.


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√ 2 ×Vff √ 2 × 440
Isurn= = =5.246 A
√ 3 × √ Xl × Xc √ 3 × √(968.8× 4.84 × 10−6 )

Xl=2 × π × f × Lc=2× π × 60 ×2.57=968.8 Ω

Logo, constata-se que a corrente de surto real calculada com a indutância restritora
(5.246 A) é praticamente igual à corrente de surto nominal (5.240 A).
 Determinação do número de espiras do indutor.

=1.000 × √
Lind × Hb 2.54 ×10−6 × 0.20
N ≅ 1.000 ×
√( Db ) 0.10
=7.1voltas

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