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br/print/9780
A primeira questão formulada a esta seção diz respeito ao hífen, "campeão das
dúvidas": pára-lamas ou paralamas?, pára-quedas ou paraquedas?
Começamos por dizer que os primeiros ortógrafos das línguas modernas (as antigas
que lhes serviram de modelo não conheciam este diacrítico e as palavras se sucediam
na escrita sem espaço entre si) foram responsáveis pelas dificuldades com que hoje
lutamos. Em geral, a cada diacrítico se atribuiu uma função específica: o acento agudo
marca a vogal aberta da sílaba tônica (fé, avó, contará); o circunflexo assinala a vogal
fechada da sílaba tônica (vê, avô, câmara); o acento grave, a crase (vou à cidade),
fenômeno que era neste caso marcado na escrita com acento agudo (vou á cidade),
porque pela fusão de dois fonemas iguais resultava um só de timbre aberto.
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Empregos do hífen após o acordo ortográfico http://www.academia.org.br/print/9780
E após a nota: "Obs. Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa
medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva,
mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedismo, etc."
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Se não foram assinalados no rol das exceções, continuam hifenados, dentro do que
dispõe a Base XV: para-choque, para-brisa, para-chuva, para-lama, manda-lua,
manda-tudo, ao lado de muitíssimos outros compostos evidentes.
Links
[1] http://www.academia.org.br/academicos/evanildo-bechara
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