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Aula 03
AULA 03
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Su m á r io
1 - Considerações I niciais ................................................................................................ 3
2 - Sist em a Global ......................................................................................................... 3
2.1 – I nt rodução ........................................................................................................ 3
2.2 - Precedent es Hist óricos ......................................................................................... 4
2.3 - O sist em a da Liga das Nações ............................................................................... 4
2.4 - A ONU e a prot eção int ernacional dos Direit os Hum anos ........................................... 6
2.5 - Sist em as convencional e ext raconvencional da ONU ............................................... 10
2.6 - Est rut ura Norm at iva do Sist em a Global de Direit os Hum anos .................................. 14
3 - Cart a das Nações Unidas .......................................................................................... 15
3.1 - Preâm bulo ....................................................................................................... 15
3.2 - Propósit os e Princípios ....................................................................................... 16
3.3 - Mem bros ......................................................................................................... 18
3.4 - Suspensão e expulsão ....................................................................................... 18
3.5 - Órgãos ............................................................................................................ 19
3.6 – Órgãos Gerais da ONU ...................................................................................... 21
3.7 - Disposições Diversas ......................................................................................... 52
3.8 - Disposições Transit órias sobre Segurança ............................................................. 53
3.9 - Em endas ......................................................................................................... 53
3.10 - Rat ificação e Assinat ura ................................................................................... 54
3.11 - Órgãos Específicos de Prot eção aos Direit os Hum anos .......................................... 54
4 – Sínt ese da Cart a para o est udo dos Direit os Hum anos .................................................. 56
5 – Quest ões ............................................................................................................... 58
Farem os um a int rodução sobre o Sist em a Global, que é capit aneado pela ONU e,
em sequência, t rat arem os da Organização das Nações Unidas e seus principais
órgãos.
Ok, pessoal! ? Vam os com eçar os est udos?
2 - Sist e m a Globa l
2 .1 – I n t r odu çã o
Sabem os da exist ência de um Sist em a Global e sist em as regionais de Direit os
Hum anos. O Sist em a Global, obj et o de est udo da present e aula, é capit aneado
pela Or ga niza çã o da s N a çõe s Unida s.
O surgim ent o da ONU, ent ret ant o, é m arcado por um a série de event os hist óricos
im port ant es, os quais são denom inados de precedent es hist óricos, com dest aque
para a Liga das Nações, que foi um a t ent at iva frust rada de criar um organism o
int ernacional capaz de m ant er a paz e segurança.
Assim , ant es de est udarm os propriam ent e ONU vam os dar at enção a esses
aspect os precedent es, que nos sit uarão na m at éria. Lem bre- se, t endo em vist a
a obj et ividade desej ada nos est udos para concurso público, t rarem os as
inform ações cent rais, que com um ent e são exigidas em provas.
2 .2 - Pr e ce de n t e s H ist ór icos
Na part e relat iva à int ernacionalização dos direit os hum anos, est uda- se que a
prim eira fase de int ernacionalização dos Direit os Hum anos é m arcada por t rês
acont ecim ent os principais.
O pr im e ir o deles é a Cr uz Ve r m e lha m ovim ent o hum anit ário organizado por
Henry Dunant que se consolidou com a 1 º Conve nçã o de Ge ne br a de 1 8 6 4 .
Nessa Convenção foi fixado um conj unt o de leis para am enizar o sofrim ent o de
soldados prisioneiro, doent es e feridos em guerra, bem com o para at ent ar às
populações at ingidas por conflit os bélicos.
O se gun do acont ecim ent o relevant e é a lut a cont r a a e scr a vidã o, que se
int ensificou no século XI X, cuj o docum ent o de dest aque é o At o Ge r a l da
Confe r ê n cia de Br ux e la s de 1 8 9 0 .
O t e r ce ir o e últ im o precedent e hist órico é a criação da Or ga niza çã o
I nt e r na ciona l do Tr a ba lho em 1919, logo após o t érm ino da prim eira Guerra
Mundial. A OI T foi criada para ser um m e ca nism o in st it ucion a liza do de
pr ot e çã o a os dir e it os h um a nos na s m a is dive r sa s r e la çõe s de t r a ba lho.
Not e que dois dos precedent es hist óricos est ão relacionados diret am ent e com o
Direit o do Trabalho, ou sej a, foram dois acont ecim ent os na com unidade
int ernacional, que se volt ou cont ra a exploração dos t rabalhadores escravizados
e, em seguida, procurou inst it uir um organism o int ernacional e inst it ucionalizado
para o com bat e à exploração e precarização das relações t rabalhist as.
Organização
m ecanism o inst it ucionalizado de prot eção
I nt ernacional do
aos direit os hum anos
Trabalho
Esses precedent es acim a são m arcos hist óricos fundam ent ais que incit aram
criação da ONU.
I nfluenciou a criação da OI T.
2 .4 - A ON U e a pr ot e çã o in t e r n a cion a l dos D ir e it os H u m a n os
A Organização das Nações Unidas ( ONU) é a ent idade int ernacional responsável
pela coor de na çã o do sist e m a globa l ( ou universal) de Direit os Hum anos.
Cr ia da e m 1 9 4 5 , m eses após o t érm ino da Segunda Guerra Mundial, com a
assinat ura da Ca r t a da s N a çõe s Unida s, obj et ivou a de fe sa dos D ir e it os
H um a nos, o r e spe it o à a ut ode t e r m ina çã o dos povos e a solida r ie da de
na ciona l, at ravés do fom ent o da paz ent re as nações, cooperação com o
desenvolvim ent o sust ent ável, bem com o o m onit oram ent o do cum prim ent o dos
direit os hum anos e das liberdades fundam ent ais.
Fundada por 51 países – ent re eles o Brasil – at ualm ent e a ONU cont a com
prat icam ent e t odas as nações do m undo. Trat a- se de um organism o com plexo
com órgãos especializados, que t em im port ant es pr opósit os. Os propósit os ( ou
obj et ivos) indicam aquilo que se pret ende realizar, vale dizer, quais os obj e t ivos
desej ados pela ONU.
Aqui, m uit a at enção!
O prim eiro deles é a m a nut e nçã o da pa z e se gur a nça int e r na ciona is. Para
t ant o, a ONU propugnará pela t om ada de m edidas com a finalidade de evit ar
am eaças à paz e caso ocorram agressões, adot ará prát icas pacíficas e de acordo
com os princípios de j ust iça e de direit o a fim de reprim ir t ais agressões.
O segundo propósit o da ONU é o desenvolvim ent o de m edidas apropriadas para
a pr om oçã o de r e la çõe s a m igá ve is e nt r e os pa íse s, sem pre observando a
igualdade ent re os países e a aut odet erm inação dos povos.
O t erceiro propósit o consist e em na solução de problem as int ernacionais de
ca r á t e r e conôm ico, socia l, cult u r a l ou hum a nit á r io, bem com o para
pr om ove r e e st im ula r o r e spe it o a os dir e it os hum a nos e à s libe r da de s
funda m e nt a is, sem quaisquer dist inções.
Not e, port ant o, que a ONU não pret ende t ão som ent e at uar na defesa dos direit os
hum anos. Cont udo, a prot eção desses direit os m ais básicos é um dos seus
obj et ivos fundam ent ais.
Finalm ent e, o quart o propósit o t razido na ONU é a busca pe la ha r m oniza çã o
da s a çõe s de nt r o da ON U pa r a a conse cuçã o de obj e t ivos com uns. A ideia
desse propósit o é unificar as ações no sent ido envidar os esforços para os
obj et ivos com uns da com unidade int ernacional e não obj et ivos específicos ou
part iculares de det erm inados países m em bros da ONU.
Prom oção e est ím ulo ao respeit o dos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais.
Busca pela harm onização das ações dent ro da ONU para a consecução de obj et ivos
com uns.
Podem os seguir?!
Dos quat ro obj et ivos acim a, a prom oção dos direit os hum anos é um deles. Logo,
a ONU const it ui- se em organism o int ernacional t am bém volt ado para a prot eção
de t ais direit os. A ONU exerce papel fundam ent al dent ro da nossa disciplina,
t endo em vist a a exist ência de vários procedim ent os int ernacionais de prot eção
aos direit os hum anos. No cont ext o da ONU t erem os norm as e órgãos
int ernacionais específicos de direit os hum anos. Ent re as convenções, dest aca- se
a Declaração Universal de Direit os Hum anos, principal docum ent o int ernacional
da nossa m at éria. Em relação aos órgãos, dest acam - se a Com issã o de D ir e it os
H um a nos e a Cor t e I nt e r n a ciona l de Just iça , que serão analisadas adiant e,
quando t rat arm os dos docum ent os int ernacionais de Direit os Hum anos.
Além dos propósit os da ONU, vam os analisar os princípios que orient am o
organism o. Esses princípios const it uem verdadeiras diret rizes que devem ser
seguidas pelos países m em bros e órgãos que int egram a ONU.
Cuidado para não confundir em prova os propósit os com os obj et ivos.
Os propósit os ( ou obj et ivos) é onde se quer chegar. Os princípios relacionam - se
aos m eios, a com o os países e a ONU devem proceder para at ingir os propósit os.
Do m esm o m odo, vej am os brevem ent e cada dos princípios e, ao final, um
esquem a, para facilit ará a m em orização da m at éria.
O prim eiro deles é o pr incípio da igu a lda de de t odos os seus Mem bros. Todos
os m em bros que int egram a ONU receberão igual t rat am ent o, no que diz respeit o
às exigências form uladas, vale dizer, t odos deverão, por exem plo, observar as
regras definidas pela ONU no que diz respeit o à prot eção dos direit os hum anos.
O segundo pr incípio é o da boa fé , segundo o qual em face das obrigações
assum idas, os Est ados- m em bro devem agir et icam ent e e com lealdade. Devem os
Princípio da igualdade
Princípio da boa fé
( VUN ESP/ PC- CE/ 2 0 1 5 ) Assinale a alt ernat iva corret a no que diz respeit o à Organização das
Nações Unidas.
a) O nom e Nações Unidas foi concebido pelo president e nort e- am ericano Franklin Roosevelt e
ut ilizado pela prim eira vez na Declaração das Nações Unidas em decorrência das discussões que
se seguiram ao t érm ino da prim eira Guerra m undial.
b) Durant e a prim eira reunião da Assem bleia Geral da ONU, que acont eceu na capit al do Reino
Unido, Londres, em 1946, ficou decidido que a sede perm anent e da Organização seria nos Est ados
Unidos, na cidade de São Francisco, local em que at é hoj e est á sediada.
c) É propósit o das Nações Unidas conseguir um a cooperação int ernacional para resolver os
conflit os arm ados e os problem as int ernacionais de carát er econôm ico, social, cult ural,
hum anit ário ou religioso.
d) É propósit o das Nações Unidas m ant er a paz e a segurança int ernacionais e, para esse fim ,
t om ar, colet ivam ent e, m edidas efet ivas para evit ar am eaças à paz sem reprim ir os at os de
agressão j á iniciados.
e) A Organização é baseada no princípio da igualdade de t odos os seus Mem bros.
Com e n t á r ios
Vej am os cada um a das alt ernat ivas.
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. A ONU surge em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, com o
obj et ivo de evit ar out ros conflit os arm ados. De t odo m odo, pode- se afirm ar que Franklin Rosevelt
t eve papel im port ant e na criação da Cart a das Nações Unidades, um a vez o president e am ericano,
durant e a Segunda Guerra, foi responsável por elaborar um a conferência que daria origem à
Cart a.
A a lt e r na t iva B t am bém est á incorret a. A prim eira Assem bleia Geral da ONU ocorreu, de fat o,
no ano de 1946 na I nglat erra e na capit al Londres. O erro est á em afirm ar que a sede da ONU é
em Nova I orque. Além dessa cidade, exist em t rês out ras cidades que são sede da organização:
Genebra, na Suíça; Viena, na Áust ria; e Nairóbi, no Quênia.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a pois se est at ui com o propósit o da ONU: " Realizar a cooperação
int ernacional para resolver os problem as m undiais de carát er econôm ico, social, cult ural e
hum anit ário, prom ovendo o respeit o aos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais" .
Not e que não há referência à cooperação para problem as de carát er religioso.
A a lt e r n a t iva D , do m esm o m odo, est á incorret a, pois para a m anut enção da paz e da segurança
int ernacional, a ONU poderá se valer, prim eiram ent e, de m edidas não beligerant es e, caso essas
m edidas não sej am suficient es, poderá fazer uso da força bélica. Adem ais, não há qualquer
im pedim ent o para que a ONU at ue nos conflit os j á iniciados.
Por fim , a a lt e r na t iva E é a corret a e gabarit o da quest ão, pois ret rat a o propósit o est abelecido
no art . 1, 2, da Cart a: “ 2. Desenvolver relações am ist osas ent re as nações, baseadas no respeit o
ao princípio de igualdade de direit os e de aut odet erm inação dos povos, e t om ar out ras m edidas
apropriadas ao fort alecim ent o da paz universal” ;
at uação lim it ada aos países signat ários at uação perant e t odo e qualquer pais
t ut ela direit os hum anos expressam ent e aplica- se a t odo e qualquer direit o hum ano
albergado no t rat ado ou convenção violado de form a sist em át ica
Cort e
Conselho de
I nt ernacional de
Segurança
Just iça
M ECAN I SM OS
EXTRACON VEN CI ON AI S
Conselho de Conselho
Direit os Econôm ico e
Hum anos Social
Acredit am os que no concurso não serão exigidos m aiores det alhes relat ivam ent e
aos m ecanism os ext raconvencionais, pois a análise aprofundada desses
m ecanism os envolve o est udo de diversas resoluções da ONU, assunt os não
abrangidos no concurso.
1
BARRETTO, Rafael. D ir e it os H u m a n os. 2ª edição, rev., am pl. e at ual. Bahia: Edit ora
JusPodvim , p. 125.
2
GUERRA, Sidney. Cu r so de D ir e it os H u m a nos, 2ª edição, São Paulo: Edit ora Saraiva, 2014,
p. 100.
3
GUERRA, Sidney. Cu r so de D ir e it os H u m a nos, 2ª edição, São Paulo: Edit ora Saraiva, 2014,
p. 100.
3 - Ca r t a da s N a çõe s Un ida s
Após a Segunda Guerra Mundial houve a criação de diversas organizações
int ernacionais, com dest aque para ONU, que surgiu a part ir da Cart a das Nações
Unidas. Esse período m arcou a pr e ocupa çã o quant o à m anut enção da paz e da
segurança int ernacional; a necessidade de desenvolver relações am ist osas ent re
os países no plano econôm ico, cult ural e social; a exigência de um a nova ordem
econôm ica int ernacional; e um sist e m a de pr ot e çã o dos D ir e it os H um a nos.
Nesse cont ext o, vej am os os ensinam ent os da dout rina 4 :
De fat o, a grande preocupação dos Est ados ao criar a m encionada Organização I nt ernacional
era const it uir um sist em a que pudesse garant ir m aior segurança e paz no cam po
int ernacional, bem com o criar um sist em a de prot eção aos direit os hum anos em razão das
at rocidades que haviam sido prat icadas ao longo da hist ória.
3 .1 - Pr e â m bu lo
No preâm bulo da Cart a das Nações Unidas not a- se as Grandes Guerras Mundiais
t iveram decisivo papel no surgim ent o da ONU.
NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNI DAS, RESOLVI DOS a pr e se r va r a s ge r a çõe s vin dou r a s
do fla ge lo da gue r r a , que por duas vezes, no espaço da nossa vida, t rouxe sofrim ent os
indizíveis à hum anidade, e a reafirm ar a fé nos direit os fundam ent ais do hom em , na
dignidade e no valor do ser hum ano, na igualdade de direit o dos hom ens e das m ulheres,
assim com o das nações grandes e pequenas, e a est abelecer condições sob as quais a j ust iça
e o respeit o às obrigações decorrent es de t rat ados e de out ras font es do direit o int ernacional
possam ser m ant idos, e a prom over o progresso social e m elhores condições de vida dent ro
de um a liberdade am pla.
E PARA TAI S FI NS, prat icar a t olerância e vive r e m pa z, u n s com os ou t r os, com o bons
vizinhos, e unir as nossas forças para m a n t e r a pa z e a se gu r a n ça in t e r na cion a is, e a
garant ir, pela aceit ação de princípios e a inst it uição dos m ét odos, que a força arm ada não
será usada a não ser no int eresse com um , a em pregar um m ecanism o int ernacional para
prom over o progresso econôm ico e social de t odos os povos.
RESOLVEMOS CONJUGAR NOSSOS ESFORÇOS PARA A CONSECUÇÃO DESSES OBJETI VOS.
Em vist a disso, nossos respect ivos Governos, por int erm édio de represent ant es reunidos na
cidade de São Francisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que foram achados em
boa e devida form a, concordaram com a present e Cart a das Nações Unidas e est abelecem ,
por m eio dela, um a organização int ernacional que será conhecida pelo nom e de Nações
Unidas.
4
GUERRA, Sidney. Cu r so de D ir e it os H u m a nos. 2ª edição, São Paulo: Edit ora Saraiva, 2014,
p. 102.
3 .2 - Pr opósit os e Pr in cípios
Os art s. 1º e 2º da Cart a são fundam ent ais para concursos públicos, o prim eiro
deles est abelece os propósit os, o segundo os princípios da ONU.
Mem orize:
Prom oção e est ím ulo ao respeit o dos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais.
Busca pela harm onização das ações dent ro da ONU para a consecução de obj et ivos
com uns.
Sigam os:
Ar t igo 2
A Organização e seus Mem bros, para a realização dos propósit os m encionados no Art igo 1,
agirão de acordo com os seguint es PRI N CÍ PI OS:
1. A Organização é baseada no pr in cípio da igu a lda de de t odos os seus Mem bros.
2. Todos os Mem bros, a fim de assegurarem para t odos em geral os direit os e vant agens
result ant es de sua qualidade de Mem bros, deverão cu m pr ir de boa fé a s obr iga çõe s por
eles assum idas de acordo com a present e Cart a.
3. Todos os Mem bros deverão r e solve r sua s con t r ové r sia s in t e r na cion a is por m e ios
pa cíficos, de m odo que não sej am am eaçadas a paz, a segurança e a j ust iça int ernacionais.
4. Todos os Mem bros deverão e vit a r e m sua s r e la çõe s in t e r na cion a is a a m e a ça ou o
u so da for ça con t r a a in t e gr ida de t e r r it or ia l ou a de pe ndê n cia polít ica de qualquer
Est ado, ou qualquer out ra ação incom pat ível com os Propósit os das Nações Unidas.
5. Todos os Mem bros darão às Nações t oda a ssist ê n cia e m qua lque r a çã o a que elas
recorrerem de acordo com a present e Cart a e se abst erão de dar auxílio a qua lque r Est a do
con t r a o qual as Nações Unidas agirem de m odo prevent ivo ou coercit ivo.
6. A Organização fará com que os Est ados que não são Mem bros das Nações Unidas a j a m
de a cor do com e sse s Pr in cípios e m t u do qu a n t o for n e ce ssá r io à m a nu t e n çã o da
pa z e da se gu r a n ça in t e r na ciona is.
7. N e n h um disposit ivo da pr e se n t e Ca r t a a u t or iza r á a s N a çõe s Un ida s a in t e r vir e m
e m a ssu n t os qu e de pe nda m e sse n cia lm e n t e da j ur isdiçã o de qua lqu e r Est a do ou
obr iga r á os M e m br os a su bm e t e r e m t ais assunt os a um a solução, nos t erm os da
present e Cart a; est e princípio, porém , N ÃO PREJUD I CARÁ a aplicação das m e dida s
coe r cit iva s const ant es do Capit ulo VI I .
Em form a de esquem a:
Princípio da igualdade
Princípio da boa fé
Sigam os!
3 .3 - M e m br os
O art . 3º disciplina quem são os m em bros da ONU. São 5 1 m e m br os or igina is,
ent re eles o Brasil. At ualm ent e, o organism o cont a com 1 9 3 Est a dos- m e m br os.
Para a adm issão de um novo m em bro, é necessária decisão favorável da
Assem bleia Geral da ONU, após recom endação do Conselho de Segurança. Assim :
3 .4 - Su spe n sã o e e x pu lsã o
Na sequência vam os est udar dois disposit ivos específicos da Cart a. O prim eir o
t rat a da suspensão de det erm inado Est ado dos quadros das Nações Unidas. No
segundo t em os a ret irada definit iva do m em bro, pela violação dos princípios que
est udam os no art . 2º .
AD M I SSÃO
SUSPEN SÃO
EXCLUSÃO
3 .5 - Ór gã os
Para que a ONU possa operar de form a regular, exercendo as suas funções, é
preciso form ar um a est rut ura organizada de órgãos. No art . 7º t em os a fixação
dos órgãos que int egram as Nações Unidas, com a dist inção ent re órgãos
principais e subsidiários. Vej a:
Podem part icipar desses órgãos, principais ou subsidiários, hom ens e m ulheres,
que concorrerão em igualdade de condições com o ressalt a o art . 8º , acim a.
Para a prova, m em orize:
2
Assem bleia Geral
ÓRGÃOS GERAI S
Conselho de Segurança
D A ON U
Secret ariado.
ESPECÍ FI COS
Conselho de Direit os Hum anos
ÓRGÃOS
D A ON U
Relat ores Especiais de Direit os Hum anos
Port ant o, por fins didát icos é pert inent e dividir o est udo em dois blocos. Num
prim eiro, est udam os os “ órgãos gerais” , após, verem os os dit os “ órgãos
especiais” .
3 .6 – Ór gã os Ge r a is da ON U
a
Assem bleia Geral
A Assem bleia Geral é o principal ór gã o de libe r a t ivo da ONU. Det ém
com pet ência para discut ir e fa ze r r e com e nda çõe s r e la t iva m e nt e a
qua lque r m a t é r ia t rat ada na Cart a das Nações Unidas, inclusive sobre direit os
hum anos. Essas recom endações podem ser encam inhadas aos m em bros das
Nações Unidas ou ao Conselho de Segurança.
Com posição
A Assem bleia Geral é o órgão deliberat ivo da ONU, com post o pelos Est ados-
m em bros da organização. Port ant o, os 193 países m em bros com põem a
Assem bleia Geral. Cada um deles poderá indicar at é cinco m em bros.
Vej am os:
Ar t igo 9
1. A Assem bleia Geral será const it uída por TOD OS os M e m br os da s N a çõe s Un ida s.
2. Ca da M e m br o N ÃO D EVERÁ TER M AI S D E CI N CO represent ant es na Assem bleia
Geral.
Sigam os!
Funções e At ribuições
Ar t igo 1 0
A Assem bleia Geral poderá discu t ir qu a isque r qu e st õe s ou a ssun t os qu e e st ive r e m
de n t r o da s fina lida de s da pr e se n t e Ca r t a ou qu e se r e la cion a r e m com a s
a t r ibu içõe s e fun çõe s de qua lqu e r dos ór gã os nela previst os e, com e x ce çã o do
est ipulado no Ar t igo 1 2 , poderá fazer recom endações aos Mem bros das Nações Unidas ou
ao Conselho de Segurança ou a est e e àqueles, conj unt am ent e, com referência a qualquer
daquelas quest ões ou assunt os.
A regra é que a Assem bleia Geral da ONU possa discut ir quaisquer assunt os
relat ivos às finalidades, at ribuições e funções est abelecidos na Cart a, EXCETO
se o assunt o est iver em discussão no Conselho de Segurança, hipót ese em que
o Secret ário- Geral com unicará a Assem bleia e m em bros da ONU para que não
haj a recom endação da ONU.
Em frent e!
Ar t igo 1 1
1. A Assem bleia Geral pode r á con side r a r os pr in cípios ge r a is de coope r a çã o n a
m a n u t e n çã o da pa z e da se gu r a n ça in t e r n a ciona is, inclusive os pr in cípios qu e
dispon ha m sobr e o de sa r m a m e n t o e a r e gu la m e n t a çã o dos a r m a m e n t os, e poderá
fa ze r r e com e nda çõe s relat ivas a t ais princípios aos Mem bros ou ao Conselho de
Segurança, ou a est e e àqueles conj unt am ent e.
2. A Assem bleia Geral poderá discu t ir qua isqu e r que st õe s r e la t iva s à m a nu t e n çã o da
pa z e da se gu r a n ça in t e r na ciona is, que a e la for e m su bm e t ida s por qualquer Mem bro
das Nações Unidas, ou pelo Conselho de Segurança, ou por um Est ado que não sej a Mem bro
das Nações unidas, de acordo com o Art igo 35, parágrafo 2, e, com exceção do que fica
est ipulado no Art igo 12, poderá fazer recom 2 endações relat ivas a quaisquer dest as quest ões
ao Est ado ou Est ados int eressados, ou ao Conselho de Segurança ou a am bos. Qualquer
dest as quest ões, para cuj a solução for necessária um a ação, será subm et ida ao Conselho
de Segurança pela Assem bleia Geral, ant es ou depois da discussão.
De acordo com art . 11, 2, a Assem bleia Geral poderá discut ir quest ões relat ivas
à paz/ segurança int ernacionais, quando subm et idas:
1. por um m em bro;
2. pelo Conselho de Segurança; e
3. por Est ado que não sej a m em bro, desde que aceit e, previam ent e, em
relação a essa cont rovérsia, a obrigação de solução pacífica previst a na
Cart a das Nações Unidas.
Sigam os com os dem ais it ens do art . 11:
3. A Asse m ble ia Ge r a l pode r á solicit a r a a t e n çã o do Con se lho de Se gur a n ça para
sit uações que possam const it uir am eaça à paz e à segurança int ernacionais.
O it em 3, acim a cit ado, prevê que a Assem bleia poderá “ solicit ar a at enção” do
Conselho de Segurança quando houver algum a sit uação específica capaz de
am eaçar a paz e a segurança int ernacionais. Not e:
4. As a t r ibu içõe s da Asse m ble ia Ge r a l enum eradas nest e Art igo N ÃO lim it a r ã o a
fina lida de ge r a l do Art igo 10.
Ar t igo 1 2
1. En qua nt o o Con se lh o de Se gu r a n ça e st ive r e x e r ce n do, em relação a qualquer
cont rovérsia ou sit uação, as fun çõe s que lhe são at ribuídas na present e Cart a, a
Asse m ble ia Ge r a l N ÃO fa r á n e nh u m a r e com e nda çã o a respeit o dessa cont rovérsia ou
sit uação, a m enos que o Conselho de Segurança a solicit e.
0
2. O Se cr e t á r io- Ge r a l, com o consent im ent o do Conselho de Segurança, com u n ica r á à
Asse m ble ia Ge r a l, em cada sessão, quaisquer assunt os relat ivos à m anut enção da paz e
da segurança int ernacionais qu e e st ive r e m se n do t r a t a dos pe lo Con se lh o de
Se gu r a n ça , e da m esm a m aneira dará conhecim ent o de t ais assunt os à Assem bleia Geral,
ou aos Mem bros das Nações Unidas se a Assem bleia Geral não est iver em sessão, logo que
o Con se lho de Se gu r a n ça t e r m in a r o e x a m e dos r e fe r idos a ssu n t os.
At é para que não haj a int rom issão indevida da Assem bleia em assunt os j á
t rat ados pelo Conselho, a cada sessão, a Assem bleia será inform adas dos t em as
que são obj et o de análise do Conselho. Do m esm o m odo, quando o assunt o for
encerrado no âm bit o do Conselho de Defesa, com unica- se a Assem bleia para que,
se for o caso, dê cont inuidade aos seus t rabalhos.
O art . 13 dest aca a função de efet uar recom endações aos Est ados- m em bros com
finalidade de prom over a cooperação int ernacional nos seguint es cam pos:
polít ico econôm ico social cult ural educacional sanit ário
A Assem bleia receberá e exam inará relat órios anuais e especiais do Conselho de
Segurança quant o às m edidas t om adas pelo Conselho para dirim ir conflit os.
De acordo com o art . 13, a Assem bleia Geral iniciará est udos e fará
r e com e nda çõe s com o fim de:
prom over cooperação int ernacional no t erreno polít ico;
incent ivar o desenvolvim ent o progressivo do direit o int ernacional e a sua
codificação; e
prom over cooperação int ernacional nos t errenos econôm ico, social,
cult ural, educacional e sanit ário; e
favorecer o pleno gozo dos direit os hum anos e das liberdades
fundam ent ais, por part e de t odos os povos, sem dist inção de raça, sexo,
língua ou religião.
Além das recom endações, a Assem bleia- Geral da ONU possui papel im port ant e
no recebim ent o e exam e de relat órios do Conselho de Segurança da ONU. De
acordo com o art . 15 t rat a exist em dois t ipos de relat órios: o anual e o especial.
Vej a:
Ar t igo 1 5
1. A Assem bleia Geral r e ce be r á e e x a m ina r á os r e la t ór ios AN UAI S e ESPECI AI S do
Con se lh o de Se gu r a n ça . Esses relat órios incluirão um a relação das m edidas que o
Conselho de Segurança t enha adot ado ou aplicado a fim de m ant er a paz e a segurança
int ernacionais.
2. A Assem bleia Geral receberá e exam inará os relat órios dos out ros órgãos das Nações
Unidas.
Vot ação
Com por ã o a Asse m ble ia Ge r a l t odos os m e m br os da s N a çõe s Unida s.
Assim , no que diz respeit o à vot ação, cada est ado m em bro t erá direit o a um vot o
e não poderá t er m ais de cinco represent ant es. De acordo com o art . 18 da Cart a,
as de libe r a çõe s, em regra, são t om adas pela m a ior ia r e la t iva , cont udo,
algum as m at érias, por serem consideradas im port ant es, devem ser t om adas por
decisão da m aioria de 2/ 3 dos m em bros vot ant es e present es à Assem bleia.
Vej am os:
Art igo 18
1. Ca da M e m br o da Assem bleia Geral t erá um vot o.
2. As decisões da Assem bleia Geral, em que st õe s im por t a n t e s, serão t om a da s por
m a ior ia de dois t e r ços dos Mem bros present es e vot ant es. Essas quest ões
com preenderão: recom endações relat ivas à m anut enção da paz e da segurança
int ernacionais; à eleição dos Mem bros não perm anent es do Conselho de Segurança; à
eleição dos Mem bros do Conselho Econôm ico e Social; à eleição dos Mem bros dos Conselho
de Tut ela, de acordo com o parágrafo 1 ( c) do Art igo 86; à adm issão de novos Mem bros das
Nações Unidas; à suspensão dos direit os e privilégios de Mem bros; à expulsão dos
Mem bros; quest ões referent es o funcionam ent o do sist em a de t ut ela e quest ões
orçam ent árias.
3. As decisões sobre out r a s qu e st õe s, inclusive a det erm inação de cat egoria adicionais de
assunt os a serem debat idos por um a m a ior ia dos m e m br os pr e se n t e s e que vot em .
Sigam os!
Exist e dois quóruns. A regra é a t om ada a deliberação por m aioria relat iva dos
m em bros present es com direit o a vot o. Cont udo, relat ivam ent e a “ quest ões
im port ant es” , exige- se o quórum qualificado de 2/ 3 dos m em bros.
Vam os em frent e!
Processo
As sessões da Assem bleia podem ser regulares ou especiais:
É o que se ext rai a part ir da leit ura dos disposit ivos abaixo:
Ar t igo 2 0
A Assem bleia Geral reunir- se- á em se ssõe s a n u a is r e gula r e s e em se ssõe s e spe cia is
e x igida s pe la s cir cu nst â n cia s. As sessões especiais serão convocadas pelo Secret ário-
Geral, a pe dido do Con se lh o de Se gu r a n ça ou da m a ior ia dos M e m br os da s N a çõe s
Un ida s.
Ar t igo 2 1
A Assem bleia Geral adot ará suas regras de processo e elegerá seu president e para cada
sessão.
Ar t igo 2 2
A Assem bléia Geral poderá est abelecer os órgãos subsidiários que j ulgar necessários ao
desem penho de suas funções.
• órgão deliberat ivo, que discut e e faz recom endações sobre as m at érias de
com pet ência da ONU;
• não poderá fazer recom endações relat ivam ent e a assunt os que est ej am sendo
debat idos perant e o Conselho de Segurança;
• poderá fazer recom endações com o fim de buscar o desenvolvim ent o
progressivo do direit o int ernacional e de sua condição, bem com o para
favorecer o gozo dos direit os hum anos e das liberdades fundam ent ais;
• recebim ent o e exam e de relat órios ( anuais e especiais) do Conselho de
Segurança;
• deliberações são t om adas em regra por m aioria relat iva, condut o em quest ões
im port ant es, exige- se 2/ 3 dos m em bros vot ant es;
• não t erá direit o a vot o o Est ado que est iver em at raso equivalent e à som a das
cont ribuições correspondent es aos dois anos ant eriores.
Cert am ent e, a disciplina da Assem bleia- Geral da ONU é um dos pont os cent rais
da Cart a das Nações Unidas. Trat a- se de t em a im port ant e e que, cert am ent e,
t em m aiores probabilidades de cair em provas, razão pela qual t rat am os com
algum det alham ent o sobre os pont os im port ant es. Na sequência falam os de
Conselho de Segurança
Com posição
O órgão é com post o por cin co m e m br os pe r m a ne nt e s ( China, França, Rússia,
I nglat erra e Est ados Unidos) e por 1 0 m e m br os nã o pe r m a ne nt e s, que são
eleit os pela Assem bleia Geral para m andados de dois anos, t endo em vist a
“ cont ribuição dos Mem bros das Nações Unidas para a m anut enção da paz e da
segurança int ernacionais e para os out ros propósit os da Organização e t am bém
a dist ribuição geográfica equit at iva” . Cada m em bro do Conselho de Segurança
t erá um represent ant e.
Confira:
7
China
França
EUA
Funções At ribuições
Dest acam - se, ent re os art s. 24 a 26, quat ro funções:
Vot ação
Cada m em bro int egrant e do Conselho de Segurança possui direit o a um vot o,
sendo que as de libe r a çõe s pr oce ssua is serão t om adas pelo vot o de 9 dos 1 5
m e m br os, ao passo que as que st õe s m a t e r ia is, em que pese sej am
Dos disposit ivos acim a cit ados, m erece dest aque para o fat o de que o regram ent o
acerca do funcionam ent o do Conselho de Segurança fica a cargo de norm a
regulam ent ar, um a vez que são poucas as regras cont idas nos disposit ivos da
Cart a sobre o assunt o.
Qualquer m em bro das Nações Unidas poderá part icipar da discussão das
quest ões subm et idas ao Conselho de Segurança, ainda que não sej a m em bro do
Conselho. Nesse caso, não possuirá direit o a vot o.
Tam bém não t erá direit o a vot o o Est ado que, em bora não sej a m em bro das
Nações Unidas, sej a part e na cont rovérsia subm et ida à discussão no Conselho.
Nesse caso, assegura- se o direit o de part icipação da sessão t ão som ent e.
Lem bre- se:
M EM BRO D A ON U, PORÉM N ÃO
I N TEGRAN TE D O CON SELH O poderá
part icipar da discussão relat ivam ent e às
quest ões subm et idas ao Conselho de
PARTI CI PAÇÃO N O Segurança, m as NÃO t erá direit o à vot o; e
CON SELH O D E
SEGURAN ÇA
N ÃO- M EM BRO da ON U som ent e part icipa da
sessão do Conselho caso sej a part e na
cont rovérsia.
SOLUÇÃO D E
conciliação
arbit ragem
solução j udicial
acordos regionais
Ar t igo 3 3
1. As part es em um a con t r ové r sia , que possa vir a const it uir um a am eaça à paz e à
segurança int ernacionais, procurarão, AN TES D E TUD O, chegar a um a soluçã o por
n e gocia çã o, in qu é r it o, m e dia çã o, con cilia çã o, a r bit r a ge m , soluçã o j u dicia l, r e cu r so
a e n t ida de s ou a cor dos r e giona is, ou a qua lque r ou t r o m e io pa cífico à sua escolha.
2. O Conselho de Segurança convidará, quando j ulgar necessário, as referidas part es a
resolver, por t ais m eios, suas cont rovérsias.
Ar t igo 3 4
O Conselho de Segurança pode r á in ve st iga r sobr e qua lqu e r con t r ové r sia ou sit u a çã o
suscet ível de provocar at rit os ent re as Nações ou dar origem a um a cont rovérsia, a fim de
det erm inar se a cont inuação de t al cont rovérsia ou sit uação pode const it uir am eaça à
m anut enção da paz e da segurança int ernacionais.
No art . 34, acim a cit ado, t em os referência a um a função im port ant e do Conselho,
a invest igat iva. Por m eio dela pret ende- se ident ificar event uais conflit os que
possam abalar a segurança e paz int ernacionais.
Dent ro da m esm a t oada, t em os o art . 35 que t rat a da solicit ação de at enção da
ONU relat ivam ent e a det erm inados assunt os. É um a form a de as Nações Unidas
t om ar conhecim ent o sobre cont rovérsias exist ent es para, se for o caso, adot ar
as m edidas previst as na Cart a.
Essa solicit ação de at enção poderá ser feit a por Est ados m em bros da organização
e inclusive por Est ados não- m em bros.
Assim :
D ESTI N ATÁRI OS D A
SOLI CI TAÇÃO D E ATEN ÇÃO
Not e que em relação a quem não for m em bro das Nações Unidas é necessário
que, prim eiram ent e, um a declaração de aceit e as obrigações previst as na cart a
relat ivam ent e àquela cont rovérsia.
Diant e disso, vej a o disposit ivo int ernacional:
Ar t igo 3 5
1. Qualquer M e m br o da s N a çõe s Un ida s pode r á solicit a r a a t e n çã o do Conse lh o de
Se gu r a n ça ou da Asse m ble ia Ge r a l pa r a qu a lqu e r con t r ové r sia , ou qualquer sit uação,
da nat ureza das que se acham previst as no Art igo 34.
2. Um ESTAD O QUE N ÃO FOR M EM BRO das Nações Unidas poderá solicit a r a a t e n çã o
do Con se lho de Se gu r a n ça ou da Asse m ble ia Ge r a l para qualquer cont rovérsia em que
sej a part e, um a vez que a ce it e , pr e via m e nt e , e m r e la çã o a e ssa con t r ové r sia , a s
obr iga çõe s de solu çã o pa cífica pr e vist a s n a pr e se n t e Ca r t a .
3. Os at os da Assem bleia Geral, a respeit o dos assunt os subm et idos à sua at enção, de
acordo com est e Art igo, serão suj eit os aos disposit ivos dos Art igos 11 e 12.
At é esse pont o, a at uação das Nações Unidas é no sent ido de buscar um a solução
am ist osa para a cont rovérsia relat ada. Caso não sej a resolvido o im passe, há
out ras form as não pacífica para resolver o problem a.
Sigam os!
Caso sej am necessárias as ações do art . 42, acim a cit ado, os m em bros das
Nações Unidas deverão prest ar assist ência e facilidades e t am bém franquear o
direit o de passagem pelo t errit ório, caso necessário.
Ar t igo 4 3
1. Todos os Mem bros das Nações Unidas, a fim de cont ribuir para a m anut enção da paz e
da segurança int ernacionais, se com prom et em a proporcionar ao Conselho de Segurança,
a seu pedido e de conform idade com o acordo ou acordos especiais, forças arm adas,
a ssist ê n cia e fa cilida de s, in clu sive dir e it os de pa ssa ge m , ne ce ssá r ios à
m a n u t e n çã o da pa z e da se gu r a n ça in t e r n a ciona is.
Para encerrar o est udo das regras relat ivas ao Conselho de Segurança da ONU,
vam os sint et izar as principais inform ações para a nossa prova de Direit os
Hum anos:
Acordos Regionais
Prevê a Cart a das Nações Unidas a possibilidade de realização de acordos para
t rat ar de assunt os relat ivos à m anut enção da paz e da segurança int ernacionais,
desde que est ej a de acordo com os propósit os e princípios da ONU. Os acordos
não podem levar a efeit o ações coercit ivas, que sem pre dependerão de
aut orização do Conselho de Segurança.
Confira, nesse sent ido, os art s. 52 e 53 da Cart a:
Ar t igo 5 2
1. N AD A na present e Cart a im pe de a e x ist ê n cia de a cor dos ou de e n t ida de s
r e giona is, dest inadas a t rat ar dos assunt os relat ivos à m anut enção da paz e da segurança
int ernacionais que forem suscet íveis de um a ação regional, desde que t ais acordos ou
ent idades regionais e suas at ividades sej am com pat íveis com os Propósit os e Princípios das
Nações Unidas.
2. Os Mem bros das Nações Unidas, que forem part e em t ais acordos ou que const it uírem
t ais ent idades, em pregarão t odo os esforços para chegar a um a solução pacífica das
cont rovérsias locais por m eio desses acordos e ent idades regionais, ant es de as subm et er
ao Conselho de Segurança.
3. O Con se lh o de Se gu r a n ça e st im u la r á o de se n volvim e n t o da solu çã o pa cífica de
con t r ové r sia s loca is m e dia nt e os r e fe r idos a cor dos ou e n t ida de s r e gion a is, por
iniciat iva dos Est ados int eressados ou a inst ância do próprio Conselho de Segurança.
Com posição
Ar t igo 6 1
1. O Conselho Econôm ico e Social será com post o de CI N QUEN TA E QUATRO M e m br os
das Nações Unidas eleit os pela Assem bleia Geral.
2 De acordo com os disposit ivos do parágrafo 3, de zoit o M e m br os do Con se lh o
Econ ôm ico e Socia l se r ã o e le it os ca da a n o pa r a u m pe r íodo de t r ê s a n os, podendo,
ao t erm inar esse prazo, ser reeleit os para o período seguint e.
3. Na prim eira eleição a realizar- se depois de elevado de vint e e set e para cinqüent a e
quat ro o núm ero de Mem bros do Conselho Econôm ico e Social, além dos Mem bros que
forem eleit os para subst it uir os nove Mem bros, cuj o m andat o expira no fim desse ano, serão
eleit os out ros vint e e set e Mem bros. O m andat o de nove dest es vint e e set e Mem bros
suplem ent ares assim eleit os expirará no fim de um ano e o de nove out ros no fim de dois
anos, de acordo com o que for det erm inado pela Assem bleia Geral.
4. Ca da M e m br o do Conselho Econôm ico e social t erá nele u m r e pr e se n t a n t e .
Em sínt ese:
Além disso, o Conselho Econôm ico e Social poderá firm ar acordos, que serão
subm et idos à aprovação pela Assem bleia- Geral da ONU, bem com o poderá
coordenar at ividades por int erm édio de consult as e de recom endações às
ent idades especializadas da ONU e t am bém à Assem bleia- Geral.
Confira:
Ar t igo 6 3
1. O conselho Econôm ico e Social pode r á e st a be le ce r a cor dos com qualquer das
ent idades a que se refere o Art igo 57, a fim de det erm inar as condições em que a ent idade
int eressada será vinculada às Nações Unidas. Tais acordos serão su bm e t idos à a pr ova çã o
da Asse m ble ia Ge r a l.
2. Poderá coor de n a r a s a t ivida de s da s e n t ida de s e spe cia liza da s, por m eio de
con su lt a s e r e com e n da çõe s às m esm as [ à s e n t ida de s] e de r e com e nda çõe s à
Asse m ble ia Ge r a l e a os M e m br os da s N a çõe s Un ida s.
Ar t igo 6 4
Vot ações
As deliberações do Conselho Econôm ico e Social são t om adas de acordo com
regim ent o próprio a ser definido pelo órgão. Não obst ant e, as regras cont idas
ent re os art s. 67 a 72 devem ser observadas, com dest aque para o fat o de que
as decisões são t om adas pela m aioria dos m em bros present es e vot ant es e, além
disso, os m em bros das Nações Unidas e ent idades especializadas podem ser
convidados para part icipar do Conselho, sem possibilidade de vot o.
Ar t igo 6 7
1. Ca da M e m br o do Conselho Econôm ico e Social t erá um vot o.
2. As decisões do Conselho Econôm ico e Social serão t om adas por m a ior ia dos m e m br os
pr e se n t e s e vot a n t e s.
Pr oce sso
Ar t igo 6 8
O Conselho Econôm ico e Social cr ia r á com issõe s pa r a os a ssun t os e conôm icos e
socia is e a pr ot e çã o dos dir e it os h um a n os assim com o out ras com issões que forem
necessárias para o desem penho de suas funções.
Ar t igo 6 9
O Conselho Econôm ico e Social pode r á con vida r qua lque r M e m br o da s N a çõe s Un ida s
a t om a r pa r t e , SEM VOTO, e m su a s de libe r a çõe s sobre qualquer assunt o que int eresse
part icularm ent e a esse Mem bro.
Ar t igo 7 0
Em sínt ese:
est im ular o
fom ent ar o respeit o aos
fom ent ar a favorecer a paz assegurar a
processo de direit os
aut odet erm ina e segurança igualdade de
descolonização hum anos e às
ção dos povos; int ernacionais; t rat am ent o.
; liberdades
fundam ent ais;
Trat a- se de assunt o com m enor relevância no cont ext o do nosso est udo.
Cont udo, para que você t enha a legislação int ernacional com plet a em seu
m at erial, vam os arrolar t odos os disposit ivos.
Ar t igo 7 7
1. O sist em a de t ut ela será aplicado aos t errit órios das cat egorias seguint es, que venham a
ser colocados sob t al sist em a por m eio de acordos de t ut ela:
a) t errit órios at ualm ent e sob m andat o;
b) t errit órios que possam ser separados de Est ados inim igos em conseqüência da Segunda
Guerra Mundial; e
Com posição
Sobre a com posição do Conselho de Tut ela, t em os:
Vej a:
Ar t igo 8 6
1. O Conselho de Tut ela será COM POSTO dos seguint es Mem bros das Nações Unidas:
a) os M e m br os que a dm in ist r e m t e r r it ór ios t u t e la dos;
b) aqueles dent re os Mem bros m encionados nom inalm ent e no Art igo 23 [ m e m br os
pe r m a n e n t e do Con se lh o de Se gu r a n ça ] , que N ÃO est iverem adm inist rando t errit órios
t ut elados; e
c) quant os out ros M e m br os e le it os por u m pe r íodo de t r ê s a n os, pela Assem bleia Geral,
sej am necessários para assegurar que o núm ero t ot al de Mem bros do Conselho de Tut ela
fique igualm ent e dividido ent re os Mem bros das Nações Unidas que adm inist rem t errit órios
t ut elados e aqueles que o não fazem .
2. Ca da M e m br o do Conselho de Tut ela designará um a pessoa especialm ent e qualificada
para represent á- lo perant e o Conselho.
Funções e At ribuições
As at ribuições do Conselho est ão arroladas da seguint e form a:
Ar t igo 8 7
A Assem bleia Geral e, sob a sua aut oridade, o Conselho de Tut ela, no desem penho de suas
FUN ÇÕES, poderão:
a) exam inar os relat órios que lhes t enham sido subm et idos pela aut oridade adm inist radora;
b) Aceit ar pet ições e exam iná- las, em consult a com a aut oridade adm inist radora;
c) providenciar sobrevisit as periódicas aos t errit órios t ut elados em épocas ficadas de acordo
com a aut oridade adm inist radora; e
a) exam inar os relat órios que lhes t enham sido subm et idos pela aut oridade
adm inist radora;
b) Aceit ar pet ições e exam iná- las, em consult a com a aut oridade
adm inist radora;
c) providenciar sobre visit as periódicas aos t errit órios t ut elados em épocas
ficadas de acordo com a aut oridade adm inist radora; e
d) t om ar est as e out ras m edidas de conform idade com os t erm os dos acordos
de t ut ela.
Vot ação
A leit ura do disposit ivo da Cart a é o suficient e para fins de prova:
Ar t igo 8 9
1. Ca da M e m br o do Conselho de Tut ela t erá u m vot o.
2. As decisões do Conselho de Tut ela serão t om adas por um a m a ior ia dos m e m br os
pr e se n t e s e vot a n t e s.
Processo
Do m esm o m odo, leia at ent am ent e:
Ar t igo 9 0
1. O Conselho de Tut ela adot ará seu pr ópr io r e gu la m e nt o que I NCLUI RÁ O MÉTODO DE
ESCOLHA DE SEU PRESI DENTE.
Finalizam os, com isso, o est udo do Conselho de Tut ela de form a obj et iva e t endo
em vist a o que é m ais cobrado em provas de concursos públicos.
Para bem com preender essas com pet ências, vam os nos socorrer de casos
prát icos cit ados por Flávia Piovesan 5 :
5
PI OVESAN, Flávia. D ir e it os H um a nos e o D ir e it o Con st it u ciona l I n t e r na ciona l. 13ª edição,
rev., at ual., São Paulo: Edit ora Saraiva, 2012, p. 193/ 4.
Além disso, a Cort e I nt ernacional de Just iça possui com pe t ê ncia fa cult a t iva ou
volunt arist a, na m edida em que ela som e nt e pode r á a t ua r qua n do o Est a do
r e conhe ce r a com pe t ê ncia da Cor t e .
Vale dizer, a Cort e som ent e poderá condenar um Est ado por violar norm as
int ernacionais, caso esse Est ado t enha reconhecido a com pet ência da Cort e.
Regist re- se que o Brasil, at é o present e m om ent o, não aderiu à cláusula e
j urisdição obrigat ória não reconhecendo a com pet ência da Cort e.
Por fim , a at uação da Cort e I nt ernacional de Just iça r e st r inge - se à s ca usa s
cíve is, pois os j ulgam ent os de crim es são feit os pelo Tribunal Penal
I nt ernacional. A Cort e é responsável pelo j ulgam ent o de acusados de
descum prirem as obrigações int ernacionais, não at uando no j ulgam ent o de
pessoas acusadas de prat icarem crim es cont ra a hum anidade.
• Órgão j udicial da ONU, com post o por 15 m em bros, que exerce função
cont enciosa e consult iva.
• con t e n ciosa : at ua quando há um a violação de Direit os Hum anos;
• con su lt iva : profere- se um parecer oficial a respeit o de det erm inada m at éria;
• com pe t ê n cia fa cu lt a t iva : som ent e poderá at uar quando o Est ado reconhecer
a com pet ência da Cort e; e
• rest ringe- se às causas cíveis.
O Est at ut o da Cort e int ernacional de Just iça é com post o por t odos os
m e m br os da ON U e poderá ser com post o, t am bém , por um Est ado que não sej a
m em bro segundo condições fixadas pela Assem bleia Geral, m ediant e
recom endação do Conselho de Segurança ( art . 93) .
Vej am os os dem ais disposit ivos:
Ar t igo 9 3
1. Todos os M e m br os das Nações Unidas são ipso fact o pa r t e s do Est a t u t o da Cor t e
I n t e r na cion a l de Ju st iça .
( CESPE/ I nst it u t o Rio Br a n co/ 2 0 1 3 ) Julgue ( C ou E) os it ens seguint es, a respeit o da form a,
do alcance e da abrangência das decisões t om adas pela Organização das Nações Unidas ( ONU) e
de sua inst ância j urídica, a Cort e I nt ernacional de Just iça.
Ao t ornar- se signat ário da Cart a de São Francisco, o Est ado coobriga- se, t am bém , à j urisdição
da Cort e I nt ernacional de Just iça.
Com e n t á r ios
Prim eiro aspect o:
Cart a das Nações Unidas = Cart a de São Francisco
Seguindo, a Cort e I nt ernacional de Just iça foi criada pela própria Cart a. Para t ornar- se m em bro
da ONU é necessário aderir à Cart a é, port ant o, adere- se t am bém à Cort e, ou sej a, t odo m em bro
da ONU é part e na Cort e I nt ernacional de Just iça.
Est á corret a a assert iva, port ant o?
N ÃO! Est á incorret a! A quest ão é bem int eressant e, pois t odos os m em bros da ONU são t am bém
part es do Est at ut o da Cort e I nt ernacional de Just iça, conform e dispõe o art . 93. 1:
“ 1. Todos os Mem bros das Nações Unidas são ipso fact o part es do Est at ut o da Cort e I nt ernacional
de Just iça” .
Cont udo, para aceit ar a j urisdição da Cort e é necessário m anifest ação expressa do Est ado não
aceit ando- a. Logo, a subm issão à j urisdição da Cort e é volunt ária, podendo o Est ado- m em bro
Secret ariado
O Secret ariado é che fia do pe lo Se cr e t á r io- Ge r a l, considerado o pr incipa l
funcioná r io a dm inist r a t ivo da ONU, que é e scolhido pela Asse m ble ia Ge r a l,
a part ir de r e com e nda çã o do Conse lho de Se gur a nça , conform e o art igo 97
da Cart a.
Art igo 97
O Secret ariado será com post o de um Secret ário- Geral e do pessoal exigido pela
Organização. o Secret ário- Geral será indicado pela Assem bleia Geral m ediant e a
recom endação do Conselho de Segurança. Será o principal funcionário adm inist rat ivo da
organização.
Finalizam os, assim , os órgãos gerais que com põem a ONU. Em relação aos
dem ais disposit ivos, cit arem os para que você t enha m at erial de est udo e consult a
com plet os.
3 .7 - D isposiçõe s D ive r sa s
Ar t igo 1 0 2
1. TOD O t r a t a do e t odo a cor do in t e r na cion a l, concluídos por qualquer Mem bro das
Nações Unidas depois da ent rada em vigor da present e Cart a, deverão, dent ro do m ais
breve prazo possível, ser r e gist r a dos e publica dos pe lo Se cr e t a r ia do.
2. Nenhum a part e em qualquer t rat ado ou acordo int ernacional que não t enha sido
regist rado de conform idade com as disposições do parágrafo 1º dest e Art igo poderá invocar
t al t rat ado ou acordo perant e qualquer órgão das Nações Unidas.
Ar t igo 1 0 3
No caso de conflit o ent re as obrigações dos Mem bros das Nações Unidas, em virt ude da
present e Cart a e as obrigações result ant es de qualquer out ro acordo int ernacional,
prevalecerão as obrigações assum idas em virt ude da present e Cart a.
Ar t igo 1 0 4
Organização gozará, no t errit ório de cada um de seus Mem bros, da capacidade j urídica
necessária ao exercício de suas funções e à realização de seus propósit os.
Ar t igo 1 0 5
1. A Or ga niza çã o goza r á , no t errit ório de cada um de seus Mem bros, dos pr ivilé gios e
im u n ida de s n e ce ssá r ios à r e a liza çã o de se u s pr opósit os.
2. Os r e pr e se n t a n t e s dos M e m br os das Nações Unidas e os fu n cioná r ios da
Or ga n iza çã o goza r ã o, igualm ent e, dos privilégios e im unidades necessários ao exercício
independent e de suas funções relacionadas com a Organização.
3. A Assem bleia Geral poderá fazer recom endações com o fim de det erm inar os porm enores
da aplicação dos parágrafos 1 e 2 dest e Art igo ou poderá propor aos Mem bros das Nações
Unidas convenções nesse sent ido.
3 .9 - Em e n da s
O procedim ent o para alt eração da Cart a da ONU é com plexo e adot a um quórum
peculiar. Para que sej am adot adas as em endas são necessários 2/ 3 dos vot os
dos m em bros da Assem bleia Geral da ONU e post eriorm ent e rat ificada por 2/ 3
dos m em bros das Nações Unidas e de t odos os m em bros perm anent es do
Conselho de Segurança.
Vej a:
Ar t igo 1 0 8
As em endas à present e Cart a ent rarão em vigor para t odos os Mem bros das Nações Unidas,
quando forem a dot a da s pe los vot os de dois t e r ços dos m e m br os da Assem bleia Geral
e r a t ifica da de acordo com os seus respect ivos m ét odos const it ucionais por dois t e r ços
dos M e m br os da s N a çõe s Un ida s, in clu sive t odos os m e m br os pe r m a ne n t e s do
Con se lh o de Se gur a n ça .
Ar t igo 1 0 9
1. Um a Confe r ê n cia Ge r a l dos Mem bros das Nações Unidas, dest inada a r e ve r a pr e se n t e
Ca r t a , poderá reunir- se em dat a e lugar a serem fixados pelo vot o de D OI S TERÇOS D OS
M EM BROS D A ASSEM BLEI A GERAL E D E N OVE M EM BROS QUAI SQUER D O
CON SELH O D E SEGURAN ÇA. Cada Mem bro das Nações Unidas t erá vot o nessa
Conferência.
2. Qualquer m odifica çã o à pr e se n t e Ca r t a , que for recom endada por D OI S TERÇOS
D OS VOTOS D A CON FERÊN CI A, t erá efeit o depois de rat ificada, de acordo com os
respect ivos m ét odos const it ucionais, por dois t erços dos Mem bros das Nações Unidas,
inclusive t odos os m em bros perm anent es do Conselho de Segurança.
3. Se essa Conferência não for celebrada ant es da décim a sessão anual da Assem bleia Geral
que se seguir à ent rada em vigor da present e Cart a, a propost a de sua convocação deverá
3 .1 0 - Ra t ifica çã o e Assin a t u r a
Ar t igo 1 1 0
1. A present e Cart a deverá ser rat ificada pelos Est ados signat ários, de acordo com os
respect ivos m ét odos const it ucionais.
2. As rat ificações serão deposit adas j unt o ao Governo dos Est ados Unidos da Am érica, que
not ificará de cada depósit o t odos os Est ados signat ários, assim com o o Secret ário- Geral da
Organização depois que est e for escolhido.
3. A present e Cart a ent rará em vigor depois do depósit o de rat ificações pela República da
China, França, união das Repúblicas Socialist as Soviét icas, Reino Unido da Grã Bret anha e
I rlanda do Nort e e Est ados Unidos da Am érica e ela m aioria dos out ros Est ados signat ários.
O Governo dos Est ados Unidos da Am érica organizará, em seguida, um prot ocolo das
rat ificações deposit adas, o qual será com unicado, por m eio de cópias, aos Est ados
signat ários.
4. Os Est ados signat ários da present e Cart a, que a rat ificarem depois de sua ent rada em
vigor t ornar- se- ão m em bros fundadores das Nações Unidas, na dat a do depósit o de suas
respect ivas rat ificações.
Art igo 111
3. A present e Cart a, cuj os t ext os em chinês, francês, russo, inglês, e espanhol fazem
igualm ent e fé, ficará deposit ada nos arquivos do Governo dos Est ados Unidos da Am érica.
Cópias da m esm a, devidam ent e aut ent icadas, serão t ransm it idas por est e últ im o Governo
aos dos out ros Est ados signat ários.
EM FÉ DO QUE, os represent ant es dos Governos das Nações Unidas assinaram a present e
Cart a.
FEI TA na cidade de São Francisco, aos vint e e seis dias do m ês de j unho de m il novecent os
e quarent a e cinco.
3 .1 1 - Ór gã os Espe cíficos de Pr ot e çã o a os D ir e it os H u m a n os
Conform e dissem os são t rês os órgãos específicos da ONU, encarregados do t em a
direit os hum anos: o Conselho de Direit os Hum anos; os Relat ores Especiais de
Direit os Hum anos; e o Alt o Com issariado de Direit os Hum anos.
Na sequência analisarem os cada um desses órgãos, dest acando as principais
inform ações para a prova.
6
RAMOS, André de Carvalho. Cu r so de D ir e it os H um a nos. São Paulo: Edit ora Saraiva, 2014
( versão digit al) .
Acredit am os que essas inform ações sej am suficient es para a nossa prova. Na
realidade, t rat a- se de verdadeiro aprofundam ent o da m at éria, que t em por
finalidade cobrir quaisquer possibilidades de cobrança em prova.
Além desses órgãos, que possuem nat ureza cível, t am bém é considerado
fundam ent al na prot eção dos direit os hum anos, o Tr ibuna l Pe na l
I nt e r na ciona l ( TPI ) . Esse órgão, em bora não t enha sido criado de form a
específica para t ut elar direit os hum anos e não est ej a regrado no boj o da Cart a
das Nações Unidas t em papel fundam ent al para dar respost a às violações de
direit os hum anos por condut as ilícit as graves.
Para finalizar o nosso est udo, vam os dest acar as principais inform ações da Cart a
das Nações Unidas.
4 – Sín t e se da Ca r t a pa r a o e st u do dos D ir e it os
H um a n os
É possível perceber da leit ura da Cart a das Nações Unidas que t odo o t ext o é
perm eado pela preocupação com as Grandes Guerras Mundiais, de form a que,
num prim eiro m om ent o, a ONU est ava preocupada com a paz e segurança
int ernacionais. At ualm ent e, para além dessas preocupações, o organism o
int ernacional possui, conform e leciona Flávia Piovesan 7 , t r ê s gr a nde s
obj e t ivos:
7
PI OVESAN, Flávia. D ir e it os H um a nos e o D ir e it o Con st it u ciona l I n t e r na cion a l, p. 197.
O art igo 13, com binado com o art igo 62, t raz a possibilidade do Conselho
Econôm ico e Social pr om ove r o r e spe it o e obse r vâ ncia dos D ir e it os
H um a nos e da s libe r da de s funda m e nt a is, bem com o, elaborar pr oj e t os
docum e nt os int e r na ciona is de D ir e it os H u m a nos.
O art igo 55 e o art igo 56 reforçam a prom oção dos Direit os Hum anos ao prever
o de ve r de t odos os m e m br os e m busca r a pr ot e çã o dos D ir e it os
H um a nos.
Pa r a fins de pr ova pode m os de st a ca r ...
Sobre a Cart a das Nações Unidas, esses são os principais aspect os para a sua
prova.
5 – Que st õe s
Q4 . CESPE/ PM - AL/ 2 0 1 2 / a da pt a da
A respeit o do sist em a de prot eção dos direit os hum anos e dos inst rum ent os
de garant ia desse sist em a, j ulgue o it em abaixo:
Com o docum ent o que elevou a prom oção dos direit os hum anos a propósit o
e finalidade dos países da Organização dos Direit os Hum anos, a Cart a das
Nações Unidas, de 1948, det erm ina a im port ância de defender e respeit ar
os direit os hum anos e as liberdades fundam ent ais.
Q5 . CESPE/ D PE- PI / 2 0 0 9 / a da pt a da
Com relação aos m ecanism os int ernacionais de prot eção e m onit oram ent o
dos direit os hum anos, j ulgue o it em abaixo.
A ONU nasceu com diversos obj et ivos, com o a m anut enção da paz e
segurança int ernacionais, bem com o a prot eção aos Direit os Hum anos.
Q6 . CESPE/ D PE- PI / 2 0 0 9 / a da pt a da
Q7 . CESPE/ D PU/ 2 0 1 0
Julgue o it em abaixo.
Segundo det erm inação das Nações Unidas acerca do uso da força, os
governos devem garant ir que a ut ilização arbit rária ou abusiva da força ou
de arm as de fogo pelos policiais sej a punida com o infração penal, nos t erm os
da legislação nacional.
Q8 . I né dit a / 2 0 1 7
Sobre a Liga das Nações assinale a alt ernat iva corret a:
a) foi criada em 1945, após a Segunda Guerra Mundial.
b) aprovou a Declaração Universal dos Direit os Hum anos.
c) obj et ivou a cooperação, a paz e a segurança int ernacional, condenando
agressões ext ernas cont ra a int egridade t errit orial e a independência polít ica
de seus m em bros cooperação, a paz e a segurança int ernacional.
d) foi um a criação de sucesso no âm bit o int ernacional;
e) influenciou a criação da OEA.
Q9 . I né dit a / 2 0 1 7
São considerados obj et ivos da ONU, excet o:
a) m anut enção da paz m undial;
b) m anut enção da segurança no cenário int ernacional;
c) a igualdade ent re os m em bros;
d) o desenvolvim ent o das nações;
e) a prom oção dos Direit os Hum anos.
Q1 1 . I né dit a / 2 0 1 7
Julgue o it em a seguir:
De um lado, os m ecanism os convencionais são criados no âm bit o de t rat ados
int ernacionais específicos, além disso, esses inst rum ent os est abelecem
órgãos para fiscalizar e m onit orar o cum prim ent o dos t rat ados. Por out ro
lado, os m ecanism os ext raconvencionais são os m ecanism os exist ent es no
âm bit o de organizações int ernacionais, t am bém são fundados em t rat ados,
m as não em um deles de m aneira específica.
Q1 2 . I né dit a / 2 0 1 7
São órgão que com põe a ONU, excet o:
a) Assem bleia Geral;
b) Conselho de segurança;
c) Secret ariado;
d) Conselho Fiscal;
e) Conselho de Tut ela.
Q1 3 . I né dit a / 2 0 1 7
Julgue o it em a seguir.
Com porão a Assem bleia Geral t odos os m em bros das Nações Unidas. Cada
est ado m em bro t erá direit o a um vot o e não poderá t er m ais de 02
represent ant es. As deliberações da assem bleia, em regra, são t om adas pela
m aioria absolut a, cont udo, algum as m at érias, por serem consideradas
im port ant es, devem ser t om adas por decisão da m aioria de 2/ 3 dos
m em bros vot ant es e present es à Assem bleia.
Q1 4 . I né dit a / 2 0 1 7
Julgue o it em a seguir.
O Conselho Econôm ico e Social é com post o por 54 m em bros e t em por
finalidade o cont role financeiro da ONU.
Q1 6 . I né dit a / 2 0 1 7
Tendo em vist a a Cart a da ONU, j ugue o it em a seguir.
A Cart a da ONU est á est rut urada t endo em vist a t rês grandes obj et ivos,
quais sej a, a paz e a segurança int ernacional, quest ões sociais e econôm icas
e a prot eção dos direit os hum anos.
Q1 9 . PC- M G/ PC- M G/ 2 0 1 1
A criação das Nações Unidas, com suas agências especializadas, dem arca o
surgim ent o de um a nova ordem int ernacional, inclusive a prot eção
int ernacional dos direit os hum anos. Associe abaixo cada órgão enum erado
da ONU à sua com pet ência:
ÓRGÃO
I. Assem bléia Geral.
I I . Cort e I nt ernacional de Just iça.
I I I . Conselho Econôm ico e Social.
I V. Conselho de Tut ela.
COMPETÊNCI A
( a) Fom ent ar o processo de descolonização e aut odet erm inação dos povos,
a fm de que pudessem alcançar, por m eio de desenvolvim ent o progressivo,
governo próprio.
( b) Prom over a cooperação em quest ões econôm icas, sociais e cult urais e
fazer recom endações dest inadas a prom over o respeit o e a observância dos
direit os hum anos.
( c) Discut ir e fazer recom endações relat ivas a qualquer m at éria obj et o da
Cart a das Nações Unidas.
( d) Decidir acerca das quest ões cont enciosas e consult ivas, t odavia som ent e
nas quest ões em que os Est ados são part es perant e ela.
Marque a CORRETA relação:
a) I ( c) ; I I ( d) ; I I I ( b) ; I V ( a) .
b) I ( a) ; I I ( d) ; I I I ( b) ; I V ( c) .
c) I ( c) ; I I ( d) ; I I I ( a) ; I V ( b) .
d) I ( d) ; I I ( c) ; I I I ( b) ; I V ( a) .
Q2 1 . CESPE/ D PE- D F/ 2 0 1 3
Julgue o it em abaixo com base no que dispõe a Cart a das Nações Unidas.
Os m em bros não perm anent es do Conselho de Segurança da Organização
das Nações Unidas, em núm ero de dez, devem ser eleit os pela Assem bleia
Geral com base, ent re out ros crit érios, na dist ribuição geográfica equit at iva.
Q2 3 . CESPE/ D PU/ 2 0 1 0
Julgue o it em seguint e:
Ent re os diversos órgãos especializados que t rat am da prot eção dos direit os
hum anos, inclui- se a Cort e I nt ernacional de Just iça, órgão das Nações
Unidas cuj a com pet ência alcança não só os Est ados, m as t am bém quaisquer
pessoas físicas e j urídicas, as quais podem encam inhar suas dem andas
diret am ent e à Cort e.
Q2 6 . N D / PC- TO/ 2 0 1 4
É um princípio cont ido na Cart a das Nações Unidas:
a) a paz e a segurança int ernacionais.
b) a igualdade de t odos os seus m em bros.
c) as relações am ist osas ent re as nações.
d) a cooperação int ernacional para resolver os problem as int ernacionais de
carát er social.
Q3 0 . PGR/ PGR/ 2 0 1 1
O direit o à legít im a defesa, de acordo com o art . 51 da cart a da ONU,
a) pode ser exercido prevent ivam ent e;
b) só pode ser exercido quando o Est ado é at acado;
c) não com port a lim it ação pelo Conselho de Segurança, pois é um direit o
" inerent e" ;
d) é obj et o do direit o int ernacional hum anit ário.
5 .2 – Ga ba r it o
Q1. E Q5. CORRETA Q9. C
Q2. D Q6. CORRETA Q10. C
Q3. B Q7. CORRETA Q11. CORRETA
Q4. I NCORRETA Q8. C Q12. D
Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Realm ent e, a Cart a das Nações Unidas foi
assinada em São Francisco, em 26 de j unho de 1945. Porém , o Conselho de
Direit os Hum anos surgiu apenas em 15 de m arço de 2006.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O Conselho de Segurança das Nações Unidas é
com post o por 15 m em bros, sendo 5 m em bros perm anent es: os Est ados Unidos,
a França, o Reino Unido, a Rússia e a República Popular da China. A Alem anha
não é um m em bro perm anent e do Conselho, logo incorret a.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. De acordo com o art . 4, 2, da Cart a das Nações
Unidas, a adm issão de qualquer Est ado com o Mem bro das Nações Unidas será
efet uada por decisão da Assem bleia Geral, m ediant e recom endação do Conselho
de Segurança. A recom endação do Conselho de Segurança é exigível para a
adm issão com o para suspensão ou expulsão.
Com e nt á r ios
Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O sist em a de prot eção
aos direit os hum anos da ONU inclui norm as int ernacionais por m eio de sua Cart a,
t rat ados legais com pulsórios, declarações não- com pulsórias, acordos e
docum ent os; Relat ores Especiais ou grupos de t rabalho, com it ês e órgãos de
t rat ados, para t rabalhar de diferent es m odos para a prom oção e prot eção dos
direit os hum anos; assist ência t écnica por int erm édio do Fundo de Cont ribuições
Volunt árias para a Cooperação Técnica em Mat éria de Direit os Hum anos.
Lem bre- se:
O Trat ado de Rom a previu a criação do Tribunal Penal I nt ernacional,
vinculado à ONU.
A Cort e I nt ernacional de Just iça não faz part e do Sist em a ONU de prot eção
dos direit os hum anos, porque som ent e os Est ados podem ser part es
perant e ela, e porque a com pet ência da Cort e abrange t odas as quest ões
que as part es lhe subm et am .
Q4 . CESPE/ PM - AL/ 2 0 1 2 / a da pt a da
A respeit o do sist em a de prot eção dos direit os hum anos e dos inst rum ent os
de garant ia desse sist em a, j ulgue o it em abaixo:
Com o docum ent o que elevou a prom oção dos direit os hum anos a propósit o
e finalidade dos países da Organização dos Direit os Hum anos, a Cart a das
Nações Unidas, de 1948, det erm ina a im port ância de defender e respeit ar
os direit os hum anos e as liberdades fundam ent ais.
Com e nt á r ios
É exat am ent e essa um a das finalidades da ONU, criada pela Cart a das Nações
Unidas, qual sej a: a prot eção dos direit os hum anos e das liberdades
fundam ent ais. É o que se ext rai, inclusive, do preâm bulo da Cart a das Nações
Unidas.
NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNI DAS, RESOLVI DOS a preservar as gerações vindouras do
flagelo da guerra, que por duas vezes, no espaço da nossa vida, t rouxe sofrim ent os
indizíveis à hum anidade, e a reafirm ar a fé nos direit os fundam ent ais do hom em , na
dignidade e no valor do ser hum ano, na igualdade de direit o dos hom ens e das m ulheres,
assim com o das nações grandes e pequenas, e a est abelecer condições sob as quais a j ust iça
e o respeit o às obrigações decorrent es de t rat ados e de out ras font es do direit o int ernacional
possam ser m ant idos, e a prom over o progresso social e m elhores condições de vida dent ro
de um a liberdade am pla.
Cont udo, a Cart a das Nações Unidas foi assinada e prom ulgada em 1945, o que
t orna a assert iva in cor r e t a . Maldade!
Q5 . CESPE/ D PE- PI / 2 0 0 9 / a da pt a da
Com relação aos m ecanism os int ernacionais de prot eção e m onit oram ent o
dos direit os hum anos, j ulgue o it em abaixo.
A ONU nasceu com diversos obj et ivos, com o a m anut enção da paz e
segurança int ernacionais, bem com o a prot eção aos Direit os Hum anos.
Com e nt á r ios
É exat am ent e esse um dos obj et ivos da ONU conform e se depreende do
pream bulo do docum ent o int ernacional:
Considerando que o reconhecim ent o da dignidade inerent e a t odos os m em bros da fam ília
hum ana e de seus direit os iguais e inalienáveis é o fundam ent o da liberdade, da j ust iça e
da paz no m undo.
Q6 . CESPE/ D PE- PI / 2 0 0 9 / a da pt a da
Com e nt á r ios
A ONU é o principal organism o do sist em a global de prot eção dos direit os
hum anos.
Fácil não?
Logo, est á cor r e t a a assert iva.
Q7 . CESPE/ D PU/ 2 0 1 0
Julgue o it em abaixo.
Segundo det erm inação das Nações Unidas acerca do uso da força, os
governos devem garant ir que a ut ilização arbit rária ou abusiva da força ou
de arm as de fogo pelos policiais sej a punida com o infração penal, nos t erm os
da legislação nacional.
Com e nt á r ios
Est á corret a assert iva, um a vez que a at uação est at al deve ser aut orizada nos
est rit os lim it es legais, ainda m ais quando se t rat a de at os que at ent am cont ra a
vida.
Logo, a assert iva est á cor r e t a .
Q8 . I né dit a / 2 0 1 8
Sobre a Liga das Nações assinale a alt ernat iva corret a:
a) foi criada em 1945, após a Segunda Guerra Mundial.
b) aprovou a Declaração Universal dos Direit os Hum anos.
c) obj et ivou a cooperação, a paz e a segurança int ernacional, condenando
agressões ext ernas cont ra a int egridade t errit orial e a independência polít ica
de seus m em bros cooperação, a paz e a segurança int ernacional.
d) foi um a criação de sucesso no âm bit o int ernacional;
e) influenciou a criação da OEA.
Com e nt á r ios
Q9 . I né dit a / 2 0 1 8
São considerados obj et ivos da ONU, excet o:
a) m anut enção da paz m undial;
b) m anut enção da segurança no cenário int ernacional;
c) a igualdade ent re os m em bros;
d) o desenvolvim ent o das nações;
e) a prom oção dos Direit os Hum anos.
Com e nt á r ios
Todos represent am obj et ivos da ONU, excet o a alt ernat iva C, que represent a um
dos princípios que regem a ONU. Muit a t enção em relação à dist inção ent re
princípios e propósit os.
Port ant o a a lt e r na t iva C é a incorret a e o gabarit o da quest ão.
Q1 1 . I né dit a / 2 0 1 8
Julgue o it em a seguir:
De um lado, os m ecanism os convencionais são criados no âm bit o de t rat ados
int ernacionais específicos, além disso, esses inst rum ent os est abelecem
órgãos para fiscalizar e m onit orar o cum prim ent o dos t rat ados. Por out ro
lado, os m ecanism os ext raconvencionais são os m ecanism os exist ent es no
âm bit o de organizações int ernacionais, t am bém são fundados em t rat ados,
m as não em um deles de m aneira específica.
Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a . Sobre a dist inção ent re os m ecanism os, lem bre- se:
• M ECAN I SM OS CON VEN CI ON AI S
• criados no âm bit o de um t rat ado int ernacional específico.
• legit im idade: t rat ado int ernacional específico.
• M ECAN I SM OS EXTRACON VEN CI ON AI S
• criados no âm bit o das organizações int ernacionais.
• legit im idade: t rat ados int ernacionais, cost um es int ernacionais e
princípios gerais do direit o.
Q1 2 . I né dit a / 2 0 1 8
São órgão que com põe a ONU, excet o:
a) Assem bleia Geral;
b) Conselho de segurança;
c) Secret ariado;
d) Conselho Fiscal;
e) Conselho de Tut ela.
Q1 3 . I né dit a / 2 0 1 8
Julgue o it em a seguir.
Com porão a Assem bleia Geral t odos os m em bros das Nações Unidas. Cada
est ado m em bro t erá direit o a um vot o e não poderá t er m ais de 02
represent ant es. As deliberações da assem bleia, em regra, são t om adas pela
m aioria absolut a, cont udo, algum as m at érias, por serem consideradas
im port ant es, devem ser t om adas por decisão da m aioria de 2/ 3 dos
m em bros vot ant es e present es à Assem bleia.
Com e nt á r ios
A quest ão est á incor r e t a por dois det alhes.
Prim eiro, cada Est ado Mem bro não poderá t er m ais que 05 represent ant es e não
dois com o diz a quest ão.
Segundo, as deliberações da Assem bleia Geral são t om adas, em regra t endo em
vist a a m aioria relat iva e não por m aioria absolut a.
Q1 4 . I né dit a / 2 0 1 8
Julgue o it em a seguir.
O Conselho Econôm ico e Social é com post o por 54 m em bros e t em por
finalidade o cont role financeiro da ONU.
Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a ao inform ar equivocadam ent e a finalidade do
Conselho Econôm ico e Social da ONU.
O Conselho Econôm ico e Social é com post o por 54 m em bros ( eleit os em grupos
de 18 m em bros t odos os anos para m andat os de t rês anos) , conform e diz a
assert iva, t odavia, t em por finalidade prom over a cooperação com quest ões de
ordem econôm ica, social ou cult urais, incluindo, assim , os Direit os Hum anos,
conform e art igo 62, da Cart a das Nações Unidas.
Q1 5 . I né dit a / 2 0 1 8
Tendo em vist a os órgãos da ONU e seus respect ivos obj et ivos assinale a
alt ernat iva incorret a.
a) O Conselho de Tut ela t em com o obj et ivo fom ent ar o processo de
descolonização e a aut odet erm inação dos povos;
b) O Conselho de Segurança t em por responsabilidade a m anut enção da paz
e segurança int ernacional.
Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva C é a incorret a e, port ant o, o gabarit o da quest ão.
O cont role financeiro da ONU é realizado pela Assem bleia Geral. Com pet e a
Assem bleia Geral o zelo financeiro das Nações Unidas at ravés da aprovação do
orçam ent o da organização, cuj as despesas serão cust eadas pelos m em bros,
segundo cot as fixadas pelo próprio órgão ( art igo 17) .
Já o Secret ariado é o principal funcionário adm inist rat ivo da ONU.
Q1 6 . I né dit a / 2 0 1 8
Tendo em vist a a Cart a da ONU, j ugue o it em a seguir.
A Cart a da ONU est á est rut urada t endo em vist a t rês grandes obj et ivos,
quais sej a, a paz e a segurança int ernacional, quest ões sociais e econôm icas
e a prot eção dos direit os hum anos.
Com e nt á r ios
A quest ão est á cor r e t a , t endo em vist a a dout rina de Flávia Piovesan e o previst o
no Art igo 1, que expõe os propósit os da Cart a da ONU.
Vej am os:
Art igo 1
Os propósit os das Nações unidas são:
1. Mant er a paz e a segurança int ernacionais e, para esse fim : t om ar,
colet ivam ent e, m edidas efet ivas para evit ar am eaças à paz e reprim ir os
at os de agressão ou out ra qualquer rupt ura da paz e chegar, por m eios
pacíficos e de conform idade com os princípios da j ust iça e do direit o
int ernacional, a um aj ust e ou solução das cont rovérsias ou sit uações que
possam levar a um a pert urbação da paz;
2. Desenvolver relações am ist osas ent re as nações, baseadas no respeit o ao
princípio de igualdade de direit os e de aut odet erm inação dos povos, e t om ar
out ras m edidas apropriadas ao fort alecim ent o da paz universal;
3. Conseguir um a cooperação int ernacional para resolver os problem as
int ernacionais de carát er econôm ico, social, cult ural ou hum anit ário, e para
prom over e est im ular o respeit o aos direit os hum anos e às liberdades
fundam ent ais para t odos, sem dist inção de raça, sexo, língua ou religião; e
4. Ser um cent ro dest inado a harm onizar a ação das nações para a
consecução desses obj et ivos com uns.
Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . Trat a- se de quest ão que envolve o conhecim ent o do
hist órico da Liga das Nações. Afirm a- se que a inst it uição foi criada com o obj et ivo
de solucionar conflit os int ernacionais. Em bora possam os afirm ar que isso sej a
verdadeiro, não houve renúncia ao direit o de guerra com a Liga das Nações.
Tant o é que anos depois da criação do órgão, foi deflagrada a Segunda Grande
Guerra Mundial.
Na realidade, a Liga das Nações t eve por obj et ivo efet uar um acordo de paz, com
base na propost a de paz conhecida com o Quat orze Pont os, feit a pelo president e
dos EUA, Woodrow Wilson. I nfelizm ent e, t al acordo não at ingiu os obj et ivos
esperados.
Com e nt á r ios
Q1 9 . PC- M G/ PC- M G/ 2 0 1 1
A criação das Nações Unidas, com suas agências especializadas, dem arca o
surgim ent o de um a nova ordem int ernacional, inclusive a prot eção
int ernacional dos direit os hum anos. Associe abaixo cada órgão enum erado
da ONU à sua com pet ência:
ÓRGÃO
I. Assem bléia Geral.
I I . Cort e I nt ernacional de Just iça.
I I I . Conselho Econôm ico e Social.
I V. Conselho de Tut ela.
COMPETÊNCI A
( a) Fom ent ar o processo de descolonização e aut odet erm inação dos povos,
a fim de que pudessem alcançar, por m eio de desenvolvim ent o progressivo,
governo próprio.
Com e nt á r ios
Nessa quest ão devem os relacionar o órgão à sua principal at ribuição. Diant e
disso, vej am os:
Assem bléia Geral
• Órgão deliberat ivo, que discut e e faz recom endações sobre as m at érias de
com pet ência da ONU.
• Não poderá fazer recom endações relat ivam ent e a assunt os que est ej am sendo
debat idos perant e o Conselho de Segurança.
• Poder fazer recom endações com o fim de buscar o desenvolvim ent o
progressivo do direit o int ernacional e de sua condição, bem com o para
favorecer o gozo dos direit os hum anos e das liberdades fundam ent ais.
• As deliberações são t om adas em regra por m aioria relat iva, condut o em
quest ões im port ant es, exige- se 2/ 3 dos m em bros vot ant es.
• Órgão j udicial da ONU, com post o por 15 m em bros, que exerce função
cont enciosa e consult iva.
• con t e n ciosa : at ua quando há um a violação de Direit os Hum anos;
• con su lt iva : profere- se um parecer oficial a respeit o de det erm inada m at éria;
• com pe t ê n cia fa cu lt a t iva : som ent e poderá at uar quando o Est ado reconhecer
a com pet ência da Cort e; e
• rest ringe- se às causas cíveis.
Com e nt á r ios
A Organização I nt ernacional do Trabalho ( OI T) é um a das agências especializadas
das Nações Unidas que t em por m issão prom over oport unidades para que
hom ens e m ulheres possam t er acesso a um t rabalho decent e e produt ivo, em
condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade.
Port ant o, a a lt e r na t iva E é a corret a e gabarit o da quest ão.
Apenas a t ít ulo de inform ação, vej am os as dem ais alt ernat ivas:
Com it ê I nt ernacional da Cruz Verm elha é um a organização hum anit ária,
independent e e neut ra, que se esforça em proporcionar prot eção e assist ência às vít im as
da guerra e de out ras sit uações de violência.
Organização Mundial do Com ércio é um a organização aut ônom a criada com o obj et ivo
de supervisionar e liberalizar o com ércio int ernacional, criada em subst it uição ao GATT no
ano de 1995.
Q2 1 . CESPE/ D PE- D F/ 2 0 1 3
Julgue o it em abaixo com base no que dispõe a Cart a das Nações Unidas.
Os m em bros não perm anent es do Conselho de Segurança da Organização
das Nações Unidas, em núm ero de dez, devem ser eleit os pela Assem bleia
Geral com base, ent re out ros crit érios, na dist ribuição geográfica equit at iva.
Com e nt á r ios
O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável pela m anut enção da paz
m undial. É um dos órgãos com m aior poder dent ro da est rut ura das Nações
Unidas, t endo em vist a a prerrogat iva de aut orizar int ervenção m ilit ares nos
Est ados.
Esse conselho é com post o de 5 países perm anent es ( China, França, Reino Unido,
EUA e Rússia) e 10 países eleit os, a fim de exercer m andat o de 2 anos. A eleição
dos m em bros não perm anent es é realizada at ravés de Assem bleia Geral. Os
crit érios ut ilizados para indicar os países para int egrar o Conselho de Segurança
são, conform e o art . 23 da Cart a da ONU:
Cont ribuição dos m em bros das Nações Unidas para a m anut enção da paz e da segurança
int ernacionais e para os out ros propósit os da Organização e t am bém a dist ribuição
geográfica equit at iva.
Com e nt á r ios
O núcleo do direit o int ernacional dos Direit os Hum anos ( Sist em a Global dos
Direit os Hum anos) possui quat ro docum ent os:
1) Cart a das Nações Unidas;
2) Declaração Universal dos Direit os Hum anos;
3) Pact o I nt ernacional sobre os Direit os Civis e Polít icos;
4) Pact o I nt ernacional sobre Direit os Econôm icos, Sociais e Cult urais.
Assim , a quest ão est á incor r e t a na m edida em que afirm a que a Cart a das
Nações Unidas não com põe o núcleo do sist em a int ernacional de direit os
hum anos. A Cart a da ONU é considerada um docum ent o im port ant íssim o na
Q2 3 . CESPE/ D PU/ 2 0 1 0
Julgue o it em seguint e:
Ent re os diversos órgãos especializados que t rat am da prot eção dos direit os
hum anos, inclui- se a Cort e I nt ernacional de Just iça, órgão das Nações
Unidas cuj a com pet ência alcança não só os Est ados, m as t am bém quaisquer
pessoas físicas e j urídicas, as quais podem encam inhar suas dem andas
diret am ent e à Cort e.
Com e nt á r ios
A Cort e I nt ernacional de j ust iça é o ór gã o j udicia l da ONU, que possui
com pet ência cont enciosa e consult iva.
A Cort e possui com pe t ê ncia fa cult a t iva , o que quer dizer que som ent e poderá
at uar quando o Est ado reconhecer a com pet ência da Cort e.
Além disso, a com pet ência da Cort e se resum e a causas cíveis, t endo em vist a
que as causas crim inais são j ulgadas pelo Tribunal Penal I nt ernacional.
Por fim , conform e o art . 34, 1, do Est at ut o da Cort e Perm anent e de Just iça prevê
que
1. Só os Est ados poderão ser part e em causas perant e o Tribunal.
Dest a form a, a Cort e não é responsável por j ulgar pessoas físicas e j urídicas.
Acredit am os que a banca não irá aprofundar a pont o de cobrar os Est at ut os
específicos dos órgãos. De t odo m odo, com o assert iva foi elaborada pelo CESPE
não cust a analisarm os a assert iva.
Port ant o, est á incor r e t a a assert iva.
a) prom over cooperação int ernacional no t erreno polít ico e incent ivar o
desenvolvim ent o progressivo do direit o int ernacional e a sua codificação;
b) prom over cooperação int ernacional nos t errenos econôm ico, social,
cult ural, educacional e sanit ário e favorecer o pleno gozo dos direit os
hum anos e das liberdades fundam ent ais, por part e de t odos os povos, sem
dist inção de raça, sexo, língua ou religião .
Assim , em bora a alt ernat iva não t raga t odas as finalidades das recom endações
da assem bleia Geral, a única opção corret a é a a lt e r na t iva B, que é o gabarit o
da quest ão.
Com e nt á r ios
O Conselho de Direit os Hum anos subst it uiu, em 2006, a Com issão de Direit os
Hum anos e passou a int egrar a Assem bleia das Nações Unidas.
Esse Conselho se reúne em Genebra e sua principal finalidade é aconselhar a
Assem bleia Geral sobre sit uações em que os direit os hum anos são violados. Suas
pr incipa is fu nçõe s são: analisar as violações graves e sist em át icas de direit os
hum anos e desenvolver o direit o int ernacional dos direit os hum anos.
O Conselho será responsável por agenciar o respeit o universal e a prot eção dos
direit os hum anos e liberdades fundam ent ais. I rá analisar as violações de direit os,
a fim de prom over a assist ência e educação no dom ínio dos direit os hum anos.
Além disso, irá analisar a at uação dos Est ados- m em bros no cam po dos direit os
hum anos, para evit ar abusos, e responder a sit uações de em ergência. Por fim ,
at uará com o fórum int ernacional para o diálogo sobre quest ões de direit os
hum anos.
Q2 6 . N D / PC- TO/ 2 0 1 4
É um princípio cont ido na Cart a das Nações Unidas:
a) a paz e a segurança int ernacionais.
b) a igualdade de t odos os seus m em bros.
c) as relações am ist osas ent re as nações.
d) a cooperação int ernacional para resolver os problem as int ernacionais de
carát er social.
Com e nt á r ios
A present e quest ão é bast ant e sim ples e exige o conhecim ent o do art . 2º da
Cart a das Nações Unidas enum era os princípios da ONU. São princípios da ONU,
resum idam ent e:
•
I gua lda de de t odos os seus m em bros;
•
Os Mem bros deverão cum prir de boa fé as obrigações por eles assum idas;
•
Resolução de cont rovérsias int ernacionais por m e ios pa cíficos;
•
Os m em bros deverão e vit a r em suas relações int ernacionais a a m e a ça ou
o uso da for ça cont ra a int egridade t errit orial ou a dependência polít ica
de qualquer Est ado;
• Os Mem bros deverão dar à ONU t oda a assist ência necessária e se abst er
de dar apoio a qualquer Est ado cont ra a ONU;
• Não int ervenção da ONU em assunt os int ernos de cada Mem bro.
Dest e m odo,
As a lt e r n a t iva s A, C e D cont em plam propósit o da ONU.
Já a a lt e r na t iva B, cont em pla corret am ent e um princípio, e é, port ant o, o
gabarit o da quest ão.
Com e nt á r ios
Vej am os cada um a das alt ernat ivas.
A a lt e r na t iva A est á incorret a, pois a sede da Cort e I nt ernacional de Just iça é
em Haia, na Holanda, e não em Genebra. Consideram os um absurdo esse t ipo de
quest ionam ent o, t odavia, a colocam os no m at erial, um a vez que aparece, com
frequência, em prova.
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A ONU foi criada logo
após o fim da Segunda Guerra Mundial, t endo em vist a as inúm eras violações
aos direit os hum anos com et idos durant e o conflit o. A criação da ONU gerou
grande expect at iva por ser o prim eiro órgão criado com o obj et ivo de prom over
a defesa dos direit os hum anos.
A a lt e r na t iva C est á incorret a, t endo em vist a que a harm onização ent re as
convenções e as norm as de direit o int erno ocorre por m eio das “ cláusulas de
com pat ibilização” cont idas nos t rat ados, essas cláusulas fazem referência aos
disposit ivos const it ucionais e leis ordinárias, assim , os t rat ados assum em carát er
subsidiário, t endo em vist a que os órgãos e procedim ent os de direit o público
nacional possuem com pet ência para conhecer da violação em prim eiro lugar.
Assim , est á incorret o dizer que as cláusulas de com pat ibilização deixaram de ser
ut ilizadas.
A a lt e r na t iva D est á incorret a, um a vez que é expost a a com posição incorret a
do Conselho de Segurança. Esse órgão é com post o de 05 m em bros perm anent es
e 10 m em bros eleit os para m andat os de 02 anos, t al com o vim os ao longo da
aula de hoj e.
Com e nt á r ios
Com e nt á r ios
Vej am os cada um a das alt ernat ivas.
A a lt e r na t iva A est á incorret a, em razão do que prevê o art . 2, 3, da Cart a das
Nações Unidas:
3. Todos os Mem bros deverão resolver suas cont rovérsias int ernacionais por m eios
pacíficos, de m odo que não sej am am eaçadas a paz, a segurança e a j ust iça int ernacionais.
A a lt e r na t iva D est á incorret a, pois conform e o art . 2, 6, t odos os Est ados, ainda
que não- m em bro da ONU, deve agir conform e os princípios est abelecidos n ONU:
6. A Organização fará com que os Est ados que não são Mem bros das Nações Unidas aj am
de acordo com esses Princípios em t udo quant o for necessário à m anut enção da paz e da
segurança int ernacionais. Vale dizer que t em a obrigação de prom oção da paz e da
segurança int ernacional.
Por fim , a a lt e r na t iva E est á incorret a, pois de acordo com o art . 2, 1, da Cart a
o princípio da igualdade não pressupõe a igualdade orçam ent ária. Vej am os:
1. A Organização é baseada no princípio da igualdade de t odos os seus Mem bros. Não é
pressupost o a igualdade orçam ent ária.
Q3 0 . PGR/ PGR/ 2 0 1 1
O direit o à legít im a defesa, de acordo com o art . 51 da cart a da ONU,
a) pode ser exercido prevent ivam ent e;
b) só pode ser exercido quando o Est ado é at acado;
c) não com port a lim it ação pelo Conselho de Segurança, pois é um direit o
" inerent e" ;
d) é obj et o do direit o int ernacional hum anit ário.
Com e nt á r ios
Vej am os o que disciplina o art . 51 da Cart a:
Art igo 51º
Nada na present e Cart a prej udicará o direit o inerent e de legít im a defesa individual ou
colet iva, no ca so de ocor r e r u m a t a que a r m a do con t r a um m e m br o da s N a çõe s
Un ida s, at é que o Conselho de Segurança t enha t om ado as m edidas necessárias para a
m anut enção da paz e da segurança int ernacionais. As m edidas t om adas pelos m em bros no
exercício desse direit o de legít im a defesa serão com unicadas im ediat am ent e ao Conselho
de Segurança e não deverão, de m odo algum , at ingir a aut oridade e a responsabilidade que
a present e Cart a at ribui ao Conselho para levar a efeit o, em qualquer m om ent o, a ação que
j ulgar necessária à m anut enção ou ao rest abelecim ent o da paz e da segurança
int ernacionais.
Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O sist em a global é o
sist em a da Organização das Nações Unidas. Junt o com o sist em a global, surgem
os sist em as regionais de prot eção que buscam int ernacionalizar os direit os
hum anos no plano regional. No plano regional o Brasil faz part e da Organização
dos Est ados Am ericanos.
Com e nt á r ios
Quest ão diferent e! Nest a quest ão t em os a cobrança de um t em a específico.
Trouxem os ao m at erial com o form a de você agregar ainda m ais conhecim ent o.
O RPU é um a avaliação por int erm édio do qual os Est ados se avaliam
Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De fat o, o nom e Nações Unidas foi concebido
pelo president e nort e- am ericano Franklin Roosevelt . Porém , foi ut ilizado pela
prim eira vez na Declaração das Nações Unidas de 12 de Janeiro de 1942, quando
os represent ant es de 26 países assum iram o com prom isso de que seus governos
cont inuariam a lut ar cont ra as pot ências do Eixo.
6 - Le gisla çã o D e st a ca da
art . 1º da Cart a das Nações Unidas: propósit os
Ar t igo 1
Os PROPÓSI TOS das Nações unidas são:
1. M a nt e r a pa z e a se gu r a n ça in t e r na ciona is e, para esse fim : t om ar, colet ivam ent e,
m edidas efet ivas para evit ar am eaças à paz e reprim ir os at os de agressão ou out ra qualquer
rupt ura da paz e chegar, por m eios pacíficos e de conform idade com os princípios da j ust iça
e do direit o int ernacional, a um aj ust e ou solução das cont rovérsias ou sit uações que
possam levar a um a pert urbação da paz;
2. D e se n volve r r e la çõe s a m ist osa s e n t r e a s n a çõe s, baseadas no respeit o ao princípio
de igualdade de direit os e de aut odet erm inação dos povos, e t om ar out ras m edidas
apropriadas ao fort alecim ent o da paz universal;
3. Conseguir um a cooperação int ernacional para r e solve r os pr oble m a s in t e r na cion a is
de ca r á t e r e con ôm ico, socia l, cu lt u r a l ou hu m a n it á r io, e para pr om ove r e e st im u la r
o r e spe it o a os dir e it os h u m a nos e à s libe r da de s fun da m e n t a is pa r a t odos, sem
dist inção de raça, sexo, língua ou religião; e
4. Ser um ce n t r o de st in a do a ha r m on iza r a a çã o da s n a çõe s pa r a a con se cu çã o
de sse s obj e t ivos com u n s.
art . 2º da Cart a das Nações Unidas: propósit os
Ar t igo 2
A Organização e seus Mem bros, para a realização dos propósit os m encionados no Art igo 1,
agirão de acordo com os seguint es PRI N CÍ PI OS:
7 - Re su m o
Sist e m a Globa l
Cruz Verm elha: conj unt o de leis fixadas para am enizar o sofrim ent o de soldados e
populações envolvidas em conflit os bélicos.
LI GA DAS NAÇÕES
I nfluenciou a criação da OI T.
PRI NCÍ PI OS: diret rizes a serem seguidas pelos Est ados- m em bros e órgãos que int egram
a ONU
Prom oção de relações am igáveis ent re os países, observando igualdade ent re os países
e a aut odet erm inação dos povos.
Prom oção e est ím ulo ao respeit o dos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais.
Busca pela harm onização das ações dent ro da ONU para a consecução de obj et ivos
com uns.
PRI NCÍ PI OS
Princípio da igualdade
Princípio da boa fé
m ecanism os convencionais
Ca r t a da s N a çõe s Unida s
ADMI SSÃO
SUSPENSÃO
EXCLUSÃO
ASSEMBLEI A GERAL
órgão deliberat ivo, que discut e e faz recom endações sobre as m at érias de com pet ência
da ONU;
não poderá fazer recom endações relat ivam ent e a assunt os que est ej am sendo debat idos
perant e o Conselho de Segurança;
poderá fazer recom endações com o fim de buscar o desenvolvim ent o progressivo do
direit o int ernacional e de sua condição, bem com o para favorecer o gozo dos direit os
hum anos e das liberdades fundam ent ais;
deliberações são t om adas em regra por m aioria relat iva, condut o em quest ões
im port ant es, exige- se 2/ 3 dos m em bros vot ant es;
CONSELHO DE SEGURANÇA
Com post o por 15 m em bros, dent re os quais cinco perm anent es ( China, França, Rússia,
I nglat erra e EUA) e 10 eleit os para m andat os de dois anos.
As deliberações processuais são t om adas por 9 dos 15 m em bros. As quest ões m at eriais,
em bora sej am vot adas por 9 m em bros, adm it e- se o exercício do vet o por part e de m em bro
perm anent e.
Todos os Est ados- m em bros da ONU podem part icipar das discussões do Conselho de
Segurança, m as apenas os 15 m em bros do Conselho possuem direit o a vot o.
Em relação às m edidas, dá- se preferência a m edidas não beligerant es. O uso da força
aérea, naval ou t errest re ocorrerá apenas se as m edidas não- bélicas forem insuficient es.
Com post o por 54 m em bros, t em por responsabilidade a prom oção da cooperação com
quest ões de ordem econôm ica, social ou cult ural.
Poderá realizar est udos e relat órios a respeit o de assunt os int ernacionais de carát er
econôm ico, social, cult ural, educacional, sanit ário e conexos;
Poderá fazer recom endações a respeit o de t ais assunt os à Assem bleia Geral;
Poderá const it uir com issões, a exem plo do at ual Conselho de Direit os Hum anos;
Poderá convocar conferências int ernacionais sobre os assunt os de sua com pet ência;
Poderá fornecer inform ações e prest ar assist ência ao Conselho de Segurança, quando
solicit ado.
CONSELHO DE TUTELA
Órgão j udicial da ONU, com post o por 15 m em bros, que exerce função cont enciosa e
consult iva.
consult iva: profere- se um parecer oficial a respeit o de det erm inada m at éria;
com pet ência facult at iva: som ent e poderá at uar quando o Est ado reconhecer a
com pet ência da Cort e; e