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Aula 03

Direitos Humanos p/ Auditor Fiscal do Trabalho - AFT 2018


Professor: Ricardo Torques

13903959790 - Amanda Lúcia de Santana Gonçalves


DIREITOS HUMANOS PARA AFT 2018 Aula
curso regular em teoria e exercícios 03

AULA 03
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

Su m á r io
1 - Considerações I niciais ................................................................................................ 3
2 - Sist em a Global ......................................................................................................... 3
2.1 – I nt rodução ........................................................................................................ 3
2.2 - Precedent es Hist óricos ......................................................................................... 4
2.3 - O sist em a da Liga das Nações ............................................................................... 4
2.4 - A ONU e a prot eção int ernacional dos Direit os Hum anos ........................................... 6
2.5 - Sist em as convencional e ext raconvencional da ONU ............................................... 10
2.6 - Est rut ura Norm at iva do Sist em a Global de Direit os Hum anos .................................. 14
3 - Cart a das Nações Unidas .......................................................................................... 15
3.1 - Preâm bulo ....................................................................................................... 15
3.2 - Propósit os e Princípios ....................................................................................... 16
3.3 - Mem bros ......................................................................................................... 18
3.4 - Suspensão e expulsão ....................................................................................... 18
3.5 - Órgãos ............................................................................................................ 19
3.6 – Órgãos Gerais da ONU ...................................................................................... 21
3.7 - Disposições Diversas ......................................................................................... 52
3.8 - Disposições Transit órias sobre Segurança ............................................................. 53
3.9 - Em endas ......................................................................................................... 53
3.10 - Rat ificação e Assinat ura ................................................................................... 54
3.11 - Órgãos Específicos de Prot eção aos Direit os Hum anos .......................................... 54
4 – Sínt ese da Cart a para o est udo dos Direit os Hum anos .................................................. 56
5 – Quest ões ............................................................................................................... 58

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5.1 – List a de Quest ões sem Com ent ários .................................................................... 58
5.2 – Gabarit o .......................................................................................................... 67
5.3 – List a de Quest ões com Com ent ários .................................................................... 68
6 - Legislação Dest acada .............................................................................................. 90
7 - Resum o ................................................................................................................. 92
8 - Considerações Finais ............................................................................................... 97

O RGANI ZAÇÃO DAS N AÇÕES U NI DAS


1 - Con side r a çõe s I n icia is
Na aula de hoj e vam os iniciar o Sist em a Global de Direit os Hum anos. Conform e
vim os, o Sist em a Global é capit aneado pela Organização das Nações Unidas
( ONU) . É exat am ent e esse órgão que será o obj et o de est udo da present e aula!
Segundo program ação da Aula 00, dest inam os para a aula de hoj e os seguint es
assunt os:
Sist em a int ernacional de prot eção dos direit os hum anos. Universalism o e relat ivism o
cult ural. Precedent es hist óricos. I nst rum ent os int ernacionais de direit os hum anos. O
sist em a da liga das nações. A prot eção dos direit os hum anos na ONU. Sist em as
convencional e ext raconvencional da ONU. O núcleo de direit o int ernacional dos direit os
hum anos. Cart a das Nações Unidas.

Farem os um a int rodução sobre o Sist em a Global, que é capit aneado pela ONU e,
em sequência, t rat arem os da Organização das Nações Unidas e seus principais
órgãos.
Ok, pessoal! ? Vam os com eçar os est udos?

2 - Sist e m a Globa l

2 .1 – I n t r odu çã o
Sabem os da exist ência de um Sist em a Global e sist em as regionais de Direit os
Hum anos. O Sist em a Global, obj et o de est udo da present e aula, é capit aneado
pela Or ga niza çã o da s N a çõe s Unida s.
O surgim ent o da ONU, ent ret ant o, é m arcado por um a série de event os hist óricos
im port ant es, os quais são denom inados de precedent es hist óricos, com dest aque
para a Liga das Nações, que foi um a t ent at iva frust rada de criar um organism o
int ernacional capaz de m ant er a paz e segurança.
Assim , ant es de est udarm os propriam ent e ONU vam os dar at enção a esses
aspect os precedent es, que nos sit uarão na m at éria. Lem bre- se, t endo em vist a
a obj et ividade desej ada nos est udos para concurso público, t rarem os as
inform ações cent rais, que com um ent e são exigidas em provas.

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2 .2 - Pr e ce de n t e s H ist ór icos
Na part e relat iva à int ernacionalização dos direit os hum anos, est uda- se que a
prim eira fase de int ernacionalização dos Direit os Hum anos é m arcada por t rês
acont ecim ent os principais.
O pr im e ir o deles é a Cr uz Ve r m e lha m ovim ent o hum anit ário organizado por
Henry Dunant que se consolidou com a 1 º Conve nçã o de Ge ne br a de 1 8 6 4 .
Nessa Convenção foi fixado um conj unt o de leis para am enizar o sofrim ent o de
soldados prisioneiro, doent es e feridos em guerra, bem com o para at ent ar às
populações at ingidas por conflit os bélicos.
O se gun do acont ecim ent o relevant e é a lut a cont r a a e scr a vidã o, que se
int ensificou no século XI X, cuj o docum ent o de dest aque é o At o Ge r a l da
Confe r ê n cia de Br ux e la s de 1 8 9 0 .
O t e r ce ir o e últ im o precedent e hist órico é a criação da Or ga niza çã o
I nt e r na ciona l do Tr a ba lho em 1919, logo após o t érm ino da prim eira Guerra
Mundial. A OI T foi criada para ser um m e ca nism o in st it ucion a liza do de
pr ot e çã o a os dir e it os h um a nos na s m a is dive r sa s r e la çõe s de t r a ba lho.
Not e que dois dos precedent es hist óricos est ão relacionados diret am ent e com o
Direit o do Trabalho, ou sej a, foram dois acont ecim ent os na com unidade
int ernacional, que se volt ou cont ra a exploração dos t rabalhadores escravizados
e, em seguida, procurou inst it uir um organism o int ernacional e inst it ucionalizado
para o com bat e à exploração e precarização das relações t rabalhist as.

conj unt o de leis fixadas para am enizar o


Cruz Verm elha sofrim ent o de soldados e populações
envolvidas em conflit os bélicos

PRECED EN TES At o Geral da


H I STÓRI COS Conferência de lut a cont ra a escravidão
D A ON U Bruxelas

Organização
m ecanism o inst it ucionalizado de prot eção
I nt ernacional do
aos direit os hum anos
Trabalho

Esses precedent es acim a são m arcos hist óricos fundam ent ais que incit aram
criação da ONU.

2 .3 - O sist e m a da Liga da s N a çõe s


Desde o final da Prim eira Guerra Mundial, foi cogit ada a criação de um organism o
int ernacional para a m anut enção da paz. Na Conferência de Paris, em 1919, logo
após o t érm ino da Guerra, criou- se a Liga das Nações, para prom over a

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coope r a çã o, a pa z e a se gur a nça int e r na ciona is, conde na ndo a gr e ssõe s
e x t e r na s cont r a a int e gr ida de t e r r it or ia l e a inde pe ndê ncia polít ica de
se us m e m br os. Para at ingir t al fim foram criadas sanções econôm icas e
m ilit ares a quem descum prisse as regras, o que t rouxe à t ona discussões a
respeit o de um a redefinição do conceit o de soberania.
Cont udo, a criação da Liga e a sensibilização da com unidade int ernacional não
fora im port ant e a pont o de evit ar a deflagração da Segunda Guerra Mundial e a
bancarrot a da Liga das Nações.
Não obst ant e, a Convenção da Liga das Nações pugnou pela criação de condições
j ust as e hum anas de t rabalho para hom ens, m ulheres e crianças, prevendo a
criação de um organism o int ernacional, que result ou na criação Organização
I nt ernacional do Trabalho ( OI T) e cont ribuiu de form a significat iva para a
m elhoria das condições de t rabalho.
Not e com o o assunt o foi cobrado em concurso público:

( I D ECAN / Pr e fe it u r a de Rio N ovo do Su l- ES/ 2 0 1 5 ) Sobre a ONU ( Organizações das Nações


Unidas) , j ulgue o it em seguint e.
Surgiu no fim da Segunda Guerra Mundial para subst it uir a Liga das Nações.
Com e n t á r ios
A assert iva est á cor r e t a . Trat a- se de quest ão sim ples, que busca relacionar a Liga das Nações
com o um precedent e da ONU.

Sobre a Liga das Nações...

Foi criada em 1919, após a Prim eira Guerra Mundial.


LI GA D AS N AÇÕES

Obj et ivou a cooperação, a paz e a segurança


int ernacional, condenando agressões ext ernas cont ra a
int egridade t errit orial e a independência polít ica de seus
m em bros cooperação, a paz e a segurança int ernacional.

Não obt eve êxit o, em decorrência da deflagração da


Segunda Guerra Mundial.

I nfluenciou a criação da OI T.

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Finalizam os os aspect os int rodut órios que perm earam o surgim ent o da ONU. Na
sequência, vam os est udar propriam ent e o organism o int ernacional.

2 .4 - A ON U e a pr ot e çã o in t e r n a cion a l dos D ir e it os H u m a n os
A Organização das Nações Unidas ( ONU) é a ent idade int ernacional responsável
pela coor de na çã o do sist e m a globa l ( ou universal) de Direit os Hum anos.
Cr ia da e m 1 9 4 5 , m eses após o t érm ino da Segunda Guerra Mundial, com a
assinat ura da Ca r t a da s N a çõe s Unida s, obj et ivou a de fe sa dos D ir e it os
H um a nos, o r e spe it o à a ut ode t e r m ina çã o dos povos e a solida r ie da de
na ciona l, at ravés do fom ent o da paz ent re as nações, cooperação com o
desenvolvim ent o sust ent ável, bem com o o m onit oram ent o do cum prim ent o dos
direit os hum anos e das liberdades fundam ent ais.
Fundada por 51 países – ent re eles o Brasil – at ualm ent e a ONU cont a com
prat icam ent e t odas as nações do m undo. Trat a- se de um organism o com plexo
com órgãos especializados, que t em im port ant es pr opósit os. Os propósit os ( ou
obj et ivos) indicam aquilo que se pret ende realizar, vale dizer, quais os obj e t ivos
desej ados pela ONU.
Aqui, m uit a at enção!
O prim eiro deles é a m a nut e nçã o da pa z e se gur a nça int e r na ciona is. Para
t ant o, a ONU propugnará pela t om ada de m edidas com a finalidade de evit ar
am eaças à paz e caso ocorram agressões, adot ará prát icas pacíficas e de acordo
com os princípios de j ust iça e de direit o a fim de reprim ir t ais agressões.
O segundo propósit o da ONU é o desenvolvim ent o de m edidas apropriadas para
a pr om oçã o de r e la çõe s a m igá ve is e nt r e os pa íse s, sem pre observando a
igualdade ent re os países e a aut odet erm inação dos povos.
O t erceiro propósit o consist e em na solução de problem as int ernacionais de
ca r á t e r e conôm ico, socia l, cult u r a l ou hum a nit á r io, bem com o para
pr om ove r e e st im ula r o r e spe it o a os dir e it os hum a nos e à s libe r da de s
funda m e nt a is, sem quaisquer dist inções.
Not e, port ant o, que a ONU não pret ende t ão som ent e at uar na defesa dos direit os
hum anos. Cont udo, a prot eção desses direit os m ais básicos é um dos seus
obj et ivos fundam ent ais.
Finalm ent e, o quart o propósit o t razido na ONU é a busca pe la ha r m oniza çã o
da s a çõe s de nt r o da ON U pa r a a conse cuçã o de obj e t ivos com uns. A ideia
desse propósit o é unificar as ações no sent ido envidar os esforços para os
obj et ivos com uns da com unidade int ernacional e não obj et ivos específicos ou
part iculares de det erm inados países m em bros da ONU.

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Esses propósit os são explicit ados no art . 1º da Cart a das Nações Unidas e devem
ser m em orizados!
PROPÓSI TOS D A ON U

Manut enção da paz e segurança int ernacionais.

Prom oção de relações am igáveis ent re os países, observando igualdade ent re os


países e a aut odet erm inação dos povos.

Prom oção e est ím ulo ao respeit o dos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais.

Busca pela harm onização das ações dent ro da ONU para a consecução de obj et ivos
com uns.

Podem os seguir?!
Dos quat ro obj et ivos acim a, a prom oção dos direit os hum anos é um deles. Logo,
a ONU const it ui- se em organism o int ernacional t am bém volt ado para a prot eção
de t ais direit os. A ONU exerce papel fundam ent al dent ro da nossa disciplina,
t endo em vist a a exist ência de vários procedim ent os int ernacionais de prot eção
aos direit os hum anos. No cont ext o da ONU t erem os norm as e órgãos
int ernacionais específicos de direit os hum anos. Ent re as convenções, dest aca- se
a Declaração Universal de Direit os Hum anos, principal docum ent o int ernacional
da nossa m at éria. Em relação aos órgãos, dest acam - se a Com issã o de D ir e it os
H um a nos e a Cor t e I nt e r n a ciona l de Just iça , que serão analisadas adiant e,
quando t rat arm os dos docum ent os int ernacionais de Direit os Hum anos.
Além dos propósit os da ONU, vam os analisar os princípios que orient am o
organism o. Esses princípios const it uem verdadeiras diret rizes que devem ser
seguidas pelos países m em bros e órgãos que int egram a ONU.
Cuidado para não confundir em prova os propósit os com os obj et ivos.
Os propósit os ( ou obj et ivos) é onde se quer chegar. Os princípios relacionam - se
aos m eios, a com o os países e a ONU devem proceder para at ingir os propósit os.
Do m esm o m odo, vej am os brevem ent e cada dos princípios e, ao final, um
esquem a, para facilit ará a m em orização da m at éria.
O prim eiro deles é o pr incípio da igu a lda de de t odos os seus Mem bros. Todos
os m em bros que int egram a ONU receberão igual t rat am ent o, no que diz respeit o
às exigências form uladas, vale dizer, t odos deverão, por exem plo, observar as
regras definidas pela ONU no que diz respeit o à prot eção dos direit os hum anos.
O segundo pr incípio é o da boa fé , segundo o qual em face das obrigações
assum idas, os Est ados- m em bro devem agir et icam ent e e com lealdade. Devem os

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part ir do pressupost o de que a ONU surge da reunião volunt ária de países. Em
razão disso, são firm ados t rat ados e convenções int ernacionais, que vinculam as
part es signat árias. Assinar um t rat ado e descum pri- lo é at o de m á- fé consist ent e
em agir de form a cont radit ória. Além disso, o sucesso da organização e a
efet ividade das regras dependem do respeit o aos com prom issos com pact uados.
Em t erceiro lugar t em os o pr incípio da pa z, a se gur a nça e a j ust iça
int e r na ciona is. Esse princípio t em um conceit o m ais am plo devendo ser
int erpret ado no sent ido de que as relações int ernacionais devem ser conduzidas
de m odo evit ar a am eaça ou uso da força ou a subm issão de um Est ado em
relação ao out ro.
O quart o pr incípio é o da a ssist ê ncia , segundo o qual, os Est ados- m em bros
devem providenciar m eios e inst rum ent os para auxiliar a ONU quando solicit ados
e devem abst er- se de auxiliar Est ados cont ra os quais a ONU age.
Em quint o lugar est á o pr incípio da concor dâ ncia im plícit a , segundo o qual
t odos os Est ados devem agir de acordo com os princípios e dem ais regras
necessárias para se assegurar a paz e segurança int ernacionais, ainda que não
est ej a expressa prescrit a ent re as norm as int ernacionais.
Por últ im o revela- se o pr incípio da n ã o int e r ve nçã o in t e r na , para o qual, a
ONU não int ervirá em assunt os de j urisdição int erna de qualquer Est ado. Esse
princípio, cont udo, segundo explicit a a Cart a das Nações Unidas não elide a
aplicação de m edidas coercit ivas previst as dent ro da est rut ura norm at iva da
ONU.

Podem os sint et izar os princípios do seguint e m odo:

Princípio da igualdade

Princípio da boa fé

Princípio da paz, a segurança e a j ust iça int ernacionais


PRI N CÍ PI OS
Princípio da assist ência

Princípio da concordância im plícit a

Princípio da não int ervenção int erna

Vej am os com o o assunt o foi explorado em provas de concurso público:

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( VUN ESP/ PC- CE/ 2 0 1 5 ) Assinale a alt ernat iva corret a no que diz respeit o à Organização das
Nações Unidas.
a) O nom e Nações Unidas foi concebido pelo president e nort e- am ericano Franklin Roosevelt e
ut ilizado pela prim eira vez na Declaração das Nações Unidas em decorrência das discussões que
se seguiram ao t érm ino da prim eira Guerra m undial.
b) Durant e a prim eira reunião da Assem bleia Geral da ONU, que acont eceu na capit al do Reino
Unido, Londres, em 1946, ficou decidido que a sede perm anent e da Organização seria nos Est ados
Unidos, na cidade de São Francisco, local em que at é hoj e est á sediada.
c) É propósit o das Nações Unidas conseguir um a cooperação int ernacional para resolver os
conflit os arm ados e os problem as int ernacionais de carát er econôm ico, social, cult ural,
hum anit ário ou religioso.
d) É propósit o das Nações Unidas m ant er a paz e a segurança int ernacionais e, para esse fim ,
t om ar, colet ivam ent e, m edidas efet ivas para evit ar am eaças à paz sem reprim ir os at os de
agressão j á iniciados.
e) A Organização é baseada no princípio da igualdade de t odos os seus Mem bros.
Com e n t á r ios
Vej am os cada um a das alt ernat ivas.
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. A ONU surge em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, com o
obj et ivo de evit ar out ros conflit os arm ados. De t odo m odo, pode- se afirm ar que Franklin Rosevelt
t eve papel im port ant e na criação da Cart a das Nações Unidades, um a vez o president e am ericano,
durant e a Segunda Guerra, foi responsável por elaborar um a conferência que daria origem à
Cart a.
A a lt e r na t iva B t am bém est á incorret a. A prim eira Assem bleia Geral da ONU ocorreu, de fat o,
no ano de 1946 na I nglat erra e na capit al Londres. O erro est á em afirm ar que a sede da ONU é
em Nova I orque. Além dessa cidade, exist em t rês out ras cidades que são sede da organização:
Genebra, na Suíça; Viena, na Áust ria; e Nairóbi, no Quênia.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a pois se est at ui com o propósit o da ONU: " Realizar a cooperação
int ernacional para resolver os problem as m undiais de carát er econôm ico, social, cult ural e
hum anit ário, prom ovendo o respeit o aos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais" .
Not e que não há referência à cooperação para problem as de carát er religioso.
A a lt e r n a t iva D , do m esm o m odo, est á incorret a, pois para a m anut enção da paz e da segurança
int ernacional, a ONU poderá se valer, prim eiram ent e, de m edidas não beligerant es e, caso essas
m edidas não sej am suficient es, poderá fazer uso da força bélica. Adem ais, não há qualquer
im pedim ent o para que a ONU at ue nos conflit os j á iniciados.
Por fim , a a lt e r na t iva E é a corret a e gabarit o da quest ão, pois ret rat a o propósit o est abelecido
no art . 1, 2, da Cart a: “ 2. Desenvolver relações am ist osas ent re as nações, baseadas no respeit o
ao princípio de igualdade de direit os e de aut odet erm inação dos povos, e t om ar out ras m edidas
apropriadas ao fort alecim ent o da paz universal” ;

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2 .5 - Sist e m a s con ve n cion a l e e x t r a con ve n cion a l da ON U


Vim os acim a que na defesa dos direit os hum anos t em os órgãos específicos ( por
exem plo, Cort e e Com issão) e t am bém convenções e t rat ados int ernacionais.
Em relação aos t rat ados, eles cr ia m m e ca nism os de im ple m e nt a çã o e de
fisca liza çã o, obj et ivando dar efet ividade àquilo que foi delineado com o
propósit o e princípios da Organização das Nações Unidas.
Os órgãos, por sua vez, at uam segundo regras e finalidade específicas. Por
exem plo, a Cort e I nt ernacional de Just iça t em por finalidade auxiliar na
int erpret ação das norm as de direit os hum anos ( função consult iva) e t am bém na
decisão de processos int ernacionais em que se busca a responsabilização de
Est ado que assum iu a obrigação de respeit ar as regras que livrem ent e assinou.
Nesse cont ext o, a dout rina dist ingue, dent ro do sist em a global, dois grupos de
m ecanism os de prot eção: os m e ca nism os conve nciona is e os m e ca nism os
e x t r a conve nciona is.
Os m e ca nism os conve n ciona is são criados n o â m bit o de t r a t a dos
int e r na ciona is a exem plo do Pact o I nt ernacional de Direit os Civis e Polít icos.
Tais inst rum ent os est abelecem m ecanism os próprios para fiscalizar e m onit orar
o cum prim ent o dos t rat ados. Com o exem plo cit a- se o m ecanism o de relat órios,
as com unicações int erest at ais e o pet icionam ent o à com issão. Esses m ecanism os
serão est udados à m edida que analisarm os cada um dos t rat ados
especificam ent e.
Duas consequências im port ant es em relação aos m ecanism os convencionais:
 esses m ecanism os volt am - se apenas para os t rat ados que os criam . Por exem plo, o
m ecanism o de relat órios previst os na Convenção sobre o Direit o das Crianças, aplica- se
apenas a essa convenção;
 os m ecanism os convencionais aplicam - se apenas aos países signat ários do t rat ado ou
convenção propriam ent e. Países não signat ários não podem ser dem andados por
int erm édio dos m ecanism os convencionais.

Já os m e ca nism os e x t r a conve nciona is são os m ecanism os exist ent es no


â m bit o de or ga niza çõe s int e r na ciona is, com o a ONU. Os m ecanism os
ext raconvencionais t am bém são fundados em organizações, m as não em t rat ado
de m aneira específica.
A dout rina afirm a que a Cart a das Nações Unidas, que cria a ONU, est abelece os
m ecanism os ext raconvencionais do Sist em a Global. Esses m ecanism os possuem
um a caract eríst ica específica: adm it e- se que países independent em ent e de t erem
assinado t rat ados int ernacionais possam ser dem andados por violações
sist em át icas dos m ais variados direit os hum anos.
Nesse cont ext o, por exem plo, adm it e- se a apresent ação de pet ição individual
cont ra t odo e qualquer país que est ej a violando sist em at icam ent e direit os
hum anos. Já em relação aos m ecanism os convencionais, se previst a a
possibilidade de pet icionam ent o individual, ela ocorrerá, com o regra, diret am ent e
ao com it ê do próprio do t rat ado ou convenção int ernacional. Diant e disso, serão

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recebidas as pet ições apenas cont ra países signat ários, diferent em ent e do que
ocorre em relação aos m ecanism os ext raconvencionais.
Out ra diferença relevant e é a declaração de aceit ação do m ecanism o de pet ições
individuais. Em relação aos m ecanism os convencionais, para que sej a adm it ido
pet icionam ent o individual ao com it ê, é necessário que o Est ado signat ário declare
a subm issão a esse m ecanism o. Já em relação aos m ecanism os
ext raconvencionais, t al declaração é desnecessária e a at uação da organização
int ernacional decorre da gravidade da sit uação e em razão de sist em át icas
violações a direit os hum anos.
Por fim , dist anciam - se m ecanism os convencionais de ext raconvencionais pela
abrangência dos direit os prot egidos. No caso de m ecanism os convencionais,
apenas aqueles previst os podem ser dem andados. Por exem plo, perant e a
Convenção sobre a Discrim inação cont ra a Mulher ( CEDAW) , o pet icionam ent o
individual ocorre apenas em relação a direit os hum anos desse grupo vulnerável.
Em relação aos m ecanism os ext raconvencionais, t odos e quaisquer direit os
hum anos podem ser obj et o de t ut ela, um a vez que não est ão circunscrit os aos
direit os previst os em um a norm a de direit os hum anos.

M ECAN I SM OS CON VEN CI ON AI S M ECAN I SM OS EXTRACON VEN CI ON AI S

criados no âm bit o de um t rat ado criados no âm bit o das organizações


int ernacional específico. int ernacionais.

legit im idade: t rat ados int ernacionais,


legit im idade: t rat ado int ernacional
cost um es int ernacionais e princípios gerais
específico.
do direit o.

at uação lim it ada aos países signat ários at uação perant e t odo e qualquer pais

t ut ela direit os hum anos expressam ent e aplica- se a t odo e qualquer direit o hum ano
albergado no t rat ado ou convenção violado de form a sist em át ica

dependem , com o regra, de declaração de independem de declaração para que possam


aceit ação para o pet icionam ent o ao Com it ê ser acionados perant e a Com issão de
Direit os Hum anos por violações sist em át icas
a direit os hum anos

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No âm bit o do sist em a global, são apont ados com o m ecanism os
ext raconvencionais de prot eção dos direit os hum anos a at uação dos seguint es
órgãos da ONU:
• Assem bleia Geral;
• Conselho de Segurança;
• Conselho Econôm ico e Social;
• Secret ário- Geral;
• Conselho de Direit os Hum anos; e
• Cort e I nt ernacional de Just iça.
Esses órgãos serão analisados especificam ent e quando t rat arm os da Cart a das
Nações Unidas. Nesse t ópico devem os apenas saber que esses órgãos agem na
prot eção sist em át ica dos direit os hum anos, com o m ecanism os
ext raconvencionais, por isso t rarem os um a visão geral.
A Asse m ble ia Ge r a l t em com pet ência para discut ir qua lque r que st ã o n o
â m bit o da Or ga niza çã o da s N a çõe s Unida s, inclusive sobre Direit os
Hum anos. Ao longo de sua exist ência a Assem bleia Geral aprovou um a série de
resoluções, cont ribuindo para o desenvolvim ent o de diversos aspect os relat ivos
aos direit os hum anos ( ex. a descolonização, lut a cont ra a Apart heid) .
No m esm o sent ido, a Cart a das Nações Unidas concede ao Conse lho de
Se gur a n ça da ONU diversos poderes para t rat ar de t e m a s r e la t ivos à pa z e
se gur a nça int e r na ciona is, que se relacionam diret am ent e com os direit os
hum anos. Nesse cont ext o, o Conselho de Segurança pode det erm inar sanções
econôm icas a cert os Est ados ou at é m esm o ut ilizar da força em casos de graves
com oções hum anit árias.
O Conse lho Econ ôm ico e Socia l, por lidar com diversas m at érias, t ais com o
pr oble m a s r e la t ivos à sa úde , à e conom ia , a o be m - e st a r socia l, a o
e m pr e go, à cult u r a e à e duca çã o, necessariam ent e produzem im pact os na
quest ão dos Direit os Hum anos.
Na m esm a t oada, o Se cr e t á r io- Ge r a l da ON U, com o órgão de ext rem a
relevância polít ica, t em pode r pa r a influe ncia r de cisiva m e nt e na a ge nda
int e r na ciona l e m t or n o do t e m a . Adem ais, o Secret ário- Geral pode at uar no
sent ido de dir e ciona r a s discussõe s e a t ivida de s de nt r o dos dive r sos
or ga nism os da ON U pa r a a s que st õe s r e la t iva s a os dir e it os hum a n os.
Dest aca- se, t am bém , com o m ecanism o ext raconvencional de prot eção aos
Direit os Hum anos, o Conse lho de D ir e it os H um a nos, com post o por 47
m em bros. O referido Conselho possui com pe t ê ncia s ge r a is, a exem plo da
pr om oçã o dos dir e it os h um a nos, a difusã o da e duca çã o e m m a t é r ia
hum a níst ica e a e la bor a çã o de inst r u m e nt os int e r na ciona is que
obj e t ive m a pr ot e çã o da m a t é r ia . Além disso, o Conselho possui funções de
inve st iga çã o e m onit or a m e nt o. Tais funções consist em na revisão periódica
universal, procedim ent os especiais e procedim ent o de reclam ações.
Vej am os cada um deles:

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 r e visã o pe r iódica : consist e em um relat ório geral, realizado pelo


Conselho de Direit os Hum anos, ret rat ando a prot eção a nível int ernacional;
 pr oce dim e nt os e spe cia is: consist e em um conj unt o de procedim ent os
que podem ser adot ados pelo Conselho no caso de violação de Direit os
Hum anos. São cit ados pela dout rina 1 com o procedim ent os especiais:
( 1) agir com urgência quando houver inform ações sugerindo que violações a
direit os hum anos est ão acont ecendo ou na im inência de ocorrer; ( 2) responder a
alegações sobre violações que j á t enham ocorrido; ( 3) realizar m issões para a
invest igação de fat os quando houver alegações de violações; ( 4) exam inar o
fenôm eno global de um t ipo específico de violação a fim de com preender o
problem a e propor soluções; ( 5) clarificar a est rut ura j urídica int ernacional aplicável
para t rat ar de um a violação em part icular; ( 6) apresent ar pareceres anuais ao
Conselho de Direit os Hum anos, docum ent ando suas at ividades

 pr oce dim e nt o de r e cla m a çõe s: consist e no recebim ent o de reclam ações


que ret rat em a exist ência de graves violações a Direit os Hum anos.
Por fim , a Cor t e I nt e r na ciona l de Just iça é o ór gã o j udicia l da ON U,
r e sponsa biliza ndo- se pe lo j ulga m e nt o de ca usa s cíve is, pode ndo
e nvolve r m a t é r ia s de D ir e it os H um a nos.
Em sínt ese, são m ecanism os ext raconvencionais de prot eção aos Direit os
Hum anos no âm bit o da ONU:

Assem bleia Geral

Cort e
Conselho de
I nt ernacional de
Segurança
Just iça

M ECAN I SM OS
EXTRACON VEN CI ON AI S

Conselho de Conselho
Direit os Econôm ico e
Hum anos Social

Secret ário- Geral


da ONU

Acredit am os que no concurso não serão exigidos m aiores det alhes relat ivam ent e
aos m ecanism os ext raconvencionais, pois a análise aprofundada desses
m ecanism os envolve o est udo de diversas resoluções da ONU, assunt os não
abrangidos no concurso.

1
BARRETTO, Rafael. D ir e it os H u m a n os. 2ª edição, rev., am pl. e at ual. Bahia: Edit ora
JusPodvim , p. 125.

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Na sequência est udarem os a Cart a das Nações Unidas. Ant es, porém , verem os
brevem ent e algum as inform ações relat ivas à est rut ura norm at iva do Sist em a
Global.

2 .6 - Est r u t u r a N or m a t iva do Sist e m a Globa l de D ir e it os


H u m a n os
A est rut ura norm at iva de Direit os Hum anos com preende um conj unt o de
diplom a s int e r na ciona is que disciplina m a s r e la çõe s int e r na ciona is que
e nvolve m e sse s dir e it os. Segundo Sidney Guerra 2 os direit os hum anos
ganham força sob a égide da Organização das Nações Unidas, onde foram
produzidos vários t rat ados int ernacionais para a prot eção dos referidos direit os.
Acerca est rut uração norm at iva dos direit os hum anos, leciona o dout rinador 3 :
Essa “ codificação” int ernacional em m at éria de direit os hum anos ocorre principalm ent e pelo
fat o de o próprio Est ado ser o m aior violador desses direit os. Assim é que se inicia a
denom inada fase legislat iva dos direit os hum anos, sob a bat ut a das Nações Unidas, com a
elaboração de um quadro norm at ivo ext enso que procura efet ivam ent e vincular a
Organização I nt ernacional e seus propósit os, bem com o cert as disposições cont idas em seu
at o de criação.

Esse conj unt o norm at ivo pode ser divido em dois:


 norm as que criam e est rut uram órgãos int ernacionais ( ex. Cart a das
Nações Unidas) ; e
 norm as int ernacionais que disciplinam assunt os de int eresse da
com unidade int ernacional ( ex. Declaração Universal de Direit o Hum anos) .
Em que pese a dist inção acim a, é im port ant e regist rar que a Declaração Universal
dos Direit os Hum anos ( DUDH) é considerado o docum e nt o ce nt r a l da m a t é r ia ,
em razão do m om ent o hist órico em que foi redigida e aprovada, m om ent o est e
em que a sociedade int ernacional se encont rava fort em ent e sensibilizada com as
at rocidades e barbáries decorrent es das Guerras Mundiais.
Em razão disso, podem os afirm ar que a D e cla r a çã o Unive r sa l de D ir e it os do
H om e m é docum ent o que ir r a dia e influe ncia de m a is t r a t a dos
int e r na ciona is de D ir e it os H um a nos.
Fora esse aspect o hist órico, não exist e hierarquia ent re as norm as do sist em a
norm at ivo, lem brando que, em caso de colisão ent re suas disposições, deve- se
dar prim azia à norm a que m elhor prot eger a dignidade da pessoa.
Na sequência, verem os especificam ent e a Cart a das Nações Unidas, que é um
docum ent o est rut ural. Em aulas fut uras verem os os diplom as int ernacionais de
int eresse da com unidade int ernacional, not adam ent e, aqueles t rat ados e

2
GUERRA, Sidney. Cu r so de D ir e it os H u m a nos, 2ª edição, São Paulo: Edit ora Saraiva, 2014,
p. 100.
3
GUERRA, Sidney. Cu r so de D ir e it os H u m a nos, 2ª edição, São Paulo: Edit ora Saraiva, 2014,
p. 100.

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convenções int ernacionais que se refiram aos Direit os Hum anos, conform e
abrangência para o concurso.

3 - Ca r t a da s N a çõe s Un ida s
Após a Segunda Guerra Mundial houve a criação de diversas organizações
int ernacionais, com dest aque para ONU, que surgiu a part ir da Cart a das Nações
Unidas. Esse período m arcou a pr e ocupa çã o quant o à m anut enção da paz e da
segurança int ernacional; a necessidade de desenvolver relações am ist osas ent re
os países no plano econôm ico, cult ural e social; a exigência de um a nova ordem
econôm ica int ernacional; e um sist e m a de pr ot e çã o dos D ir e it os H um a nos.
Nesse cont ext o, vej am os os ensinam ent os da dout rina 4 :
De fat o, a grande preocupação dos Est ados ao criar a m encionada Organização I nt ernacional
era const it uir um sist em a que pudesse garant ir m aior segurança e paz no cam po
int ernacional, bem com o criar um sist em a de prot eção aos direit os hum anos em razão das
at rocidades que haviam sido prat icadas ao longo da hist ória.

Em razão da form a com o as quest ões de prova se apresent am , vam os analisar


t odos os disposit ivos da Cart a. Evident em ent e que, em algum as part es, devem os
ser m ais obj et ivos, pois a cobrança, quando ocorre, é lit eral. Em out ros pont os,
será necessário dar um pouco m ais de at enção às regras prescrit as.

3 .1 - Pr e â m bu lo
No preâm bulo da Cart a das Nações Unidas not a- se as Grandes Guerras Mundiais
t iveram decisivo papel no surgim ent o da ONU.
NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNI DAS, RESOLVI DOS a pr e se r va r a s ge r a çõe s vin dou r a s
do fla ge lo da gue r r a , que por duas vezes, no espaço da nossa vida, t rouxe sofrim ent os
indizíveis à hum anidade, e a reafirm ar a fé nos direit os fundam ent ais do hom em , na
dignidade e no valor do ser hum ano, na igualdade de direit o dos hom ens e das m ulheres,
assim com o das nações grandes e pequenas, e a est abelecer condições sob as quais a j ust iça
e o respeit o às obrigações decorrent es de t rat ados e de out ras font es do direit o int ernacional
possam ser m ant idos, e a prom over o progresso social e m elhores condições de vida dent ro
de um a liberdade am pla.
E PARA TAI S FI NS, prat icar a t olerância e vive r e m pa z, u n s com os ou t r os, com o bons
vizinhos, e unir as nossas forças para m a n t e r a pa z e a se gu r a n ça in t e r na cion a is, e a
garant ir, pela aceit ação de princípios e a inst it uição dos m ét odos, que a força arm ada não
será usada a não ser no int eresse com um , a em pregar um m ecanism o int ernacional para
prom over o progresso econôm ico e social de t odos os povos.
RESOLVEMOS CONJUGAR NOSSOS ESFORÇOS PARA A CONSECUÇÃO DESSES OBJETI VOS.
Em vist a disso, nossos respect ivos Governos, por int erm édio de represent ant es reunidos na
cidade de São Francisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que foram achados em
boa e devida form a, concordaram com a present e Cart a das Nações Unidas e est abelecem ,
por m eio dela, um a organização int ernacional que será conhecida pelo nom e de Nações
Unidas.

4
GUERRA, Sidney. Cu r so de D ir e it os H u m a nos. 2ª edição, São Paulo: Edit ora Saraiva, 2014,
p. 102.

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Sigam os para análise dos art igos. Perceba que os art s. 1º e 2º j á est udam os.
Agora, é a vez da leit ura at ent a:

3 .2 - Pr opósit os e Pr in cípios
Os art s. 1º e 2º da Cart a são fundam ent ais para concursos públicos, o prim eiro
deles est abelece os propósit os, o segundo os princípios da ONU.

indicam aquilo que se


PROPÓSI TOS pret ende realizar com a
criação da ONU

diret rizes a serem seguidas


PRI N CÍ PI OS pelos Est ados- m em bros e
órgãos que int egram a ONU

Vej am os, inicialm ent e, os princípios:


Ar t igo 1
Os PROPÓSI TOS das Nações unidas são:
1. M a nt e r a pa z e a se gu r a n ça in t e r na ciona is e, para esse fim : t om ar, colet ivam ent e,
m edidas efet ivas para evit ar am eaças à paz e reprim ir os at os de agressão ou out ra qualquer
rupt ura da paz e chegar, por m eios pacíficos e de conform idade com os princípios da j ust iça
e do direit o int ernacional, a um aj ust e ou solução das cont rovérsias ou sit uações que
possam levar a um a pert urbação da paz;
2. D e se n volve r r e la çõe s a m ist osa s e n t r e a s n a çõe s, baseadas no respeit o ao princípio
de igualdade de direit os e de aut odet erm inação dos povos, e t om ar out ras m edidas
apropriadas ao fort alecim ent o da paz universal;
3. Conseguir um a cooperação int ernacional para r e solve r os pr oble m a s in t e r na cion a is
de ca r á t e r e con ôm ico, socia l, cu lt u r a l ou hu m a n it á r io, e para pr om ove r e e st im u la r
o r e spe it o a os dir e it os h u m a nos e à s libe r da de s fun da m e n t a is pa r a t odos, sem
dist inção de raça, sexo, língua ou religião; e
4. Ser um ce n t r o de st in a do a ha r m on iza r a a çã o da s n a çõe s pa r a a con se cu çã o
de sse s obj e t ivos com u n s.

Mem orize:

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PROPÓSI TOS D A ON U curso regular em teoria e exercícios 03

Manut enção da paz e segurança int ernacionais.

Prom oção de relações am igáveis ent re os países, observando igualdade ent re os


países e a aut odet erm inação dos povos.

Prom oção e est ím ulo ao respeit o dos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais.

Busca pela harm onização das ações dent ro da ONU para a consecução de obj et ivos
com uns.

Sigam os:
Ar t igo 2
A Organização e seus Mem bros, para a realização dos propósit os m encionados no Art igo 1,
agirão de acordo com os seguint es PRI N CÍ PI OS:
1. A Organização é baseada no pr in cípio da igu a lda de de t odos os seus Mem bros.
2. Todos os Mem bros, a fim de assegurarem para t odos em geral os direit os e vant agens
result ant es de sua qualidade de Mem bros, deverão cu m pr ir de boa fé a s obr iga çõe s por
eles assum idas de acordo com a present e Cart a.
3. Todos os Mem bros deverão r e solve r sua s con t r ové r sia s in t e r na cion a is por m e ios
pa cíficos, de m odo que não sej am am eaçadas a paz, a segurança e a j ust iça int ernacionais.
4. Todos os Mem bros deverão e vit a r e m sua s r e la çõe s in t e r na cion a is a a m e a ça ou o
u so da for ça con t r a a in t e gr ida de t e r r it or ia l ou a de pe ndê n cia polít ica de qualquer
Est ado, ou qualquer out ra ação incom pat ível com os Propósit os das Nações Unidas.
5. Todos os Mem bros darão às Nações t oda a ssist ê n cia e m qua lque r a çã o a que elas
recorrerem de acordo com a present e Cart a e se abst erão de dar auxílio a qua lque r Est a do
con t r a o qual as Nações Unidas agirem de m odo prevent ivo ou coercit ivo.
6. A Organização fará com que os Est ados que não são Mem bros das Nações Unidas a j a m
de a cor do com e sse s Pr in cípios e m t u do qu a n t o for n e ce ssá r io à m a nu t e n çã o da
pa z e da se gu r a n ça in t e r na ciona is.
7. N e n h um disposit ivo da pr e se n t e Ca r t a a u t or iza r á a s N a çõe s Un ida s a in t e r vir e m
e m a ssu n t os qu e de pe nda m e sse n cia lm e n t e da j ur isdiçã o de qua lqu e r Est a do ou
obr iga r á os M e m br os a su bm e t e r e m t ais assunt os a um a solução, nos t erm os da
present e Cart a; est e princípio, porém , N ÃO PREJUD I CARÁ a aplicação das m e dida s
coe r cit iva s const ant es do Capit ulo VI I .

Em form a de esquem a:

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Princípio da igualdade

Princípio da boa fé

Princípio da paz, a segurança e a j ust iça int ernacionais


PRI N CÍ PI OS
Princípio da assist ência

Princípio da concordância im plícit a

Princípio da não int ervenção int erna

Sigam os!

3 .3 - M e m br os
O art . 3º disciplina quem são os m em bros da ONU. São 5 1 m e m br os or igina is,
ent re eles o Brasil. At ualm ent e, o organism o cont a com 1 9 3 Est a dos- m e m br os.
Para a adm issão de um novo m em bro, é necessária decisão favorável da
Assem bleia Geral da ONU, após recom endação do Conselho de Segurança. Assim :

RECOMENDAÇÃO DECI SÃO

• do Conselho de Segurança da • da Assem bleia Geral


ONU

Vej a o disposit ivo:


Ar t igo 3
Os M EM BROS ORI GI N AI S das Nações Unidas serão os Est a dos qu e , t endo part icipado
da Conferência das Nações Unidas sobre a Organização. I nt ernacional, realizada em São
Francisco, ou, t endo assinado previam ent e a Declaração das Nações Unidas, de 1 de j aneiro
de 1942, a ssin a r e m a pr e se n t e Ca r t a , e a r a t ifica r e m , de acordo com o Art igo 110.
Ar t igo 4
1. A AD M I SSÃO com o Mem bro das Nações Unidas fica a be r t a a t odos os Est a dos
a m a n t e s da pa z que a ce it a r e m a s obr iga çõe s cont idas na present e Cart a e que, a j uízo
da Organização, est iverem apt os e dispost os a cum prir t ais obrigações.
2. A adm issão de qualquer desses Est ados com o Mem bros das Nações Unidas será e fe t ua da
por de cisã o da Asse m ble ia Ge r a l, m ediant e r e com e n da çã o do Con se lh o de
Se gu r a n ça .

3 .4 - Su spe n sã o e e x pu lsã o
Na sequência vam os est udar dois disposit ivos específicos da Cart a. O prim eir o
t rat a da suspensão de det erm inado Est ado dos quadros das Nações Unidas. No
segundo t em os a ret irada definit iva do m em bro, pela violação dos princípios que
est udam os no art . 2º .

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Para a suspensão do m em bro da ONU será necessária recom endação do Conselho
de Segurança da ONU e da decisão da Assem bleia Geral. Not e que é a m esm a
regra para a adm issão. O r e st a be le cim e nt o da condição de m em bro depende
do Conse lho de Se gur a nça .
Ar t igo 5
O Mem bro das Nações Unidas, cont ra o qual for levada a efeit o AÇÃO PREVEN TI VA OU
COERCI TI VA por part e do Conselho de Segurança, poderá ser su spe n so do e x e r cício
dos dir e it os e pr ivilé gios de Mem bro pela Assem bleia Geral, m ediant e r e com e n da çã o
do Con se lh o de Se gu r a n ça . O exercício desses direit os e privilégios poderá ser
r e st a be le cido pelo con se lh o de Se gu r a n ça .

Algo sem elhant e t em os em relação à expulsão:


Art igo 6
Mem bro das Nações Unidas que houver VI OLAD O PERSI STEN TEM EN TE OS PRI N CÍ PI OS
CON TI D OS N A PRESEN TE CARTA, poderá ser e x pu lso da Organização pela Asse m ble ia
Ge r a l m ediant e r e com e n da çã o do Con se lh o de Se gu r a n ça .

A diferença ent re exclusão e suspensão, est á na im possibilidade de


rest abelecim ent o do m em bro expulso. No casos de suspensão adm it e- se o
rest abelecim ent o, a expulsão, por sua vez, é definit iva.
Assim :

AD M I SSÃO

• recom endação do Conselho de Segurança


• decisão da Assem bleia Geral

SUSPEN SÃO

• recom endação do Conselho de Segurança


• decisão da Assem bleia Geral
• * o rest abelecim ent o da condição de m em bro depende do Conselho de
Segurança

EXCLUSÃO

• recom endação do Conselho de Segurança


• decisão da Assem bleia Geral

3 .5 - Ór gã os
Para que a ONU possa operar de form a regular, exercendo as suas funções, é
preciso form ar um a est rut ura organizada de órgãos. No art . 7º t em os a fixação
dos órgãos que int egram as Nações Unidas, com a dist inção ent re órgãos
principais e subsidiários. Vej a:

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Ar t igo 7
1. Ficam est abelecidos com o órgãos pr in cipa is das Nações Unidas: um a Assem bléia Geral,
um Conselho de Segurança, um Conselho Econôm ico e Social, um conselho de Tut ela, um a
Cort e I nt ernacional de Just iça e um Secret ariado. 2. Serão est abelecidos, de acordo com a
present e Cart a, os órgãos subsidiários considerados de necessidade.
Ar t igo 8
As Nações Unidas n ã o farão r e st r içõe s qu a n t o à e le gibilida de de hom e n s e m u lh e r e s
dest inados a part icipar em qualquer carát er e em condições de igualdade em seus órgãos
principais e subsidiários.

Podem part icipar desses órgãos, principais ou subsidiários, hom ens e m ulheres,
que concorrerão em igualdade de condições com o ressalt a o art . 8º , acim a.
Para a prova, m em orize:
2
Assem bleia Geral
ÓRGÃOS GERAI S

Conselho de Segurança
D A ON U

Cort e I nt ernacional de Just iça

Conselho Econôm ico e Social

Conselho de Tut ela

Secret ariado.

Vam os analisar, adiant e, cada um desses órgãos. Além disso, em relação a


Direit os Hum anos, dest acam - se órgãos e spe cia is da ON U, volt a dos
e x clusiva m e nt e pa r a a a t ua çã o na á r e a dos dir e it os h um a nos, que
t am bém devem ser est udados com at enção.

Os órgãos acim a esquem at izados t am bém possuem at uação em relação a


m at érias que envolvam a t em át ica dos direit os da dignidade. Ent ret ant o,
cum ulam out ras diversas funções, as quais serão analisadas adiant e.
Para além desses “ órgãos gerais” por assim dizer, encont ram os um conj unt o de
órgãos específicos, dent ro da est rut ura da ONU, aos quais com pet em t rat ar de
t em as que envolvam a t em át ica dos Direit os Hum anos.
São órgãos específicos, cuj a at uação é volt ados para a prot eção dos direit os
hum anos:

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ESPECÍ FI COS
Conselho de Direit os Hum anos

ÓRGÃOS

D A ON U
Relat ores Especiais de Direit os Hum anos

Alt o Com issariado de Direit os Hum anos.

Port ant o, por fins didát icos é pert inent e dividir o est udo em dois blocos. Num
prim eiro, est udam os os “ órgãos gerais” , após, verem os os dit os “ órgãos
especiais” .

3 .6 – Ór gã os Ge r a is da ON U
a
Assem bleia Geral
A Assem bleia Geral é o principal ór gã o de libe r a t ivo da ONU. Det ém
com pet ência para discut ir e fa ze r r e com e nda çõe s r e la t iva m e nt e a
qua lque r m a t é r ia t rat ada na Cart a das Nações Unidas, inclusive sobre direit os
hum anos. Essas recom endações podem ser encam inhadas aos m em bros das
Nações Unidas ou ao Conselho de Segurança.

Com posição
A Assem bleia Geral é o órgão deliberat ivo da ONU, com post o pelos Est ados-
m em bros da organização. Port ant o, os 193 países m em bros com põem a
Assem bleia Geral. Cada um deles poderá indicar at é cinco m em bros.
Vej am os:
Ar t igo 9
1. A Assem bleia Geral será const it uída por TOD OS os M e m br os da s N a çõe s Un ida s.
2. Ca da M e m br o N ÃO D EVERÁ TER M AI S D E CI N CO represent ant es na Assem bleia
Geral.

Sigam os!

Funções e At ribuições
Ar t igo 1 0
A Assem bleia Geral poderá discu t ir qu a isque r qu e st õe s ou a ssun t os qu e e st ive r e m
de n t r o da s fina lida de s da pr e se n t e Ca r t a ou qu e se r e la cion a r e m com a s
a t r ibu içõe s e fun çõe s de qua lqu e r dos ór gã os nela previst os e, com e x ce çã o do
est ipulado no Ar t igo 1 2 , poderá fazer recom endações aos Mem bros das Nações Unidas ou
ao Conselho de Segurança ou a est e e àqueles, conj unt am ent e, com referência a qualquer
daquelas quest ões ou assunt os.

A regra é que a Assem bleia Geral da ONU possa discut ir quaisquer assunt os
relat ivos às finalidades, at ribuições e funções est abelecidos na Cart a, EXCETO
se o assunt o est iver em discussão no Conselho de Segurança, hipót ese em que

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o Secret ário- Geral com unicará a Assem bleia e m em bros da ONU para que não
haj a recom endação da ONU.
Em frent e!
Ar t igo 1 1
1. A Assem bleia Geral pode r á con side r a r os pr in cípios ge r a is de coope r a çã o n a
m a n u t e n çã o da pa z e da se gu r a n ça in t e r n a ciona is, inclusive os pr in cípios qu e
dispon ha m sobr e o de sa r m a m e n t o e a r e gu la m e n t a çã o dos a r m a m e n t os, e poderá
fa ze r r e com e nda çõe s relat ivas a t ais princípios aos Mem bros ou ao Conselho de
Segurança, ou a est e e àqueles conj unt am ent e.
2. A Assem bleia Geral poderá discu t ir qua isqu e r que st õe s r e la t iva s à m a nu t e n çã o da
pa z e da se gu r a n ça in t e r na ciona is, que a e la for e m su bm e t ida s por qualquer Mem bro
das Nações Unidas, ou pelo Conselho de Segurança, ou por um Est ado que não sej a Mem bro
das Nações unidas, de acordo com o Art igo 35, parágrafo 2, e, com exceção do que fica
est ipulado no Art igo 12, poderá fazer recom 2 endações relat ivas a quaisquer dest as quest ões
ao Est ado ou Est ados int eressados, ou ao Conselho de Segurança ou a am bos. Qualquer
dest as quest ões, para cuj a solução for necessária um a ação, será subm et ida ao Conselho
de Segurança pela Assem bleia Geral, ant es ou depois da discussão.

De acordo com art . 11, 2, a Assem bleia Geral poderá discut ir quest ões relat ivas
à paz/ segurança int ernacionais, quando subm et idas:
1. por um m em bro;
2. pelo Conselho de Segurança; e
3. por Est ado que não sej a m em bro, desde que aceit e, previam ent e, em
relação a essa cont rovérsia, a obrigação de solução pacífica previst a na
Cart a das Nações Unidas.
Sigam os com os dem ais it ens do art . 11:
3. A Asse m ble ia Ge r a l pode r á solicit a r a a t e n çã o do Con se lho de Se gur a n ça para
sit uações que possam const it uir am eaça à paz e à segurança int ernacionais.

O it em 3, acim a cit ado, prevê que a Assem bleia poderá “ solicit ar a at enção” do
Conselho de Segurança quando houver algum a sit uação específica capaz de
am eaçar a paz e a segurança int ernacionais. Not e:
4. As a t r ibu içõe s da Asse m ble ia Ge r a l enum eradas nest e Art igo N ÃO lim it a r ã o a
fina lida de ge r a l do Art igo 10.

Não obst ant e as am plas at ribuições conferidas a esse órgão, a at uação da


Assem bleia Geral é lim it a da e m um ca so, qual sej a, se r á lim it a da a a t ua çã o
da Asse m ble ia e nqua nt o o Conse lho de Se gur a n ça e st ive r e x e r ce ndo
sua s fun çõe s e m r e la çã o a da da cont r ové r sia int e r na ciona l. Nesse caso, a
Assem bleia nã o pode r á e m it ir ne nhum a r e com e nda çã o sobre o assunt o,
excet o em caso de solicit ação do Conselho de Segurança, consoant e prevê o art .
12, 1, da Cart a.
Assim ...

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Quando a m at éria for obj et o de


discussão perant e o Conselho de
Segurança da ONU não poderá ser
obj et o de análise pela Assem bleia Geral.

Ar t igo 1 2
1. En qua nt o o Con se lh o de Se gu r a n ça e st ive r e x e r ce n do, em relação a qualquer
cont rovérsia ou sit uação, as fun çõe s que lhe são at ribuídas na present e Cart a, a
Asse m ble ia Ge r a l N ÃO fa r á n e nh u m a r e com e nda çã o a respeit o dessa cont rovérsia ou
sit uação, a m enos que o Conselho de Segurança a solicit e.
0
2. O Se cr e t á r io- Ge r a l, com o consent im ent o do Conselho de Segurança, com u n ica r á à
Asse m ble ia Ge r a l, em cada sessão, quaisquer assunt os relat ivos à m anut enção da paz e
da segurança int ernacionais qu e e st ive r e m se n do t r a t a dos pe lo Con se lh o de
Se gu r a n ça , e da m esm a m aneira dará conhecim ent o de t ais assunt os à Assem bleia Geral,
ou aos Mem bros das Nações Unidas se a Assem bleia Geral não est iver em sessão, logo que
o Con se lho de Se gu r a n ça t e r m in a r o e x a m e dos r e fe r idos a ssu n t os.

At é para que não haj a int rom issão indevida da Assem bleia em assunt os j á
t rat ados pelo Conselho, a cada sessão, a Assem bleia será inform adas dos t em as
que são obj et o de análise do Conselho. Do m esm o m odo, quando o assunt o for
encerrado no âm bit o do Conselho de Defesa, com unica- se a Assem bleia para que,
se for o caso, dê cont inuidade aos seus t rabalhos.
O art . 13 dest aca a função de efet uar recom endações aos Est ados- m em bros com
finalidade de prom over a cooperação int ernacional nos seguint es cam pos:

polít ico econôm ico social cult ural educacional sanit ário

A Assem bleia receberá e exam inará relat órios anuais e especiais do Conselho de
Segurança quant o às m edidas t om adas pelo Conselho para dirim ir conflit os.
De acordo com o art . 13, a Assem bleia Geral iniciará est udos e fará
r e com e nda çõe s com o fim de:
 prom over cooperação int ernacional no t erreno polít ico;
 incent ivar o desenvolvim ent o progressivo do direit o int ernacional e a sua
codificação; e
 prom over cooperação int ernacional nos t errenos econôm ico, social,
cult ural, educacional e sanit ário; e
 favorecer o pleno gozo dos direit os hum anos e das liberdades
fundam ent ais, por part e de t odos os povos, sem dist inção de raça, sexo,
língua ou religião.

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Vej a o disposit ivo:
Ar t igo 1 3
1. A Assem bleia Geral in icia r á e st u dos e fa r á r e com e nda çõe s, dest inados a:
a) pr om ove r coope r a çã o in t e r n a ciona l n o t e r r e n o polít ico e in ce n t iva r o
de se n volvim e n t o pr ogr e ssivo do dir e it o int e r na cion a l e a su a codifica çã o;
b) pr om ove r coope r a çã o in t e r n a ciona l nos t e r r e n os e con ôm ico, socia l, cu lt u r a l,
e du ca ciona l e sa n it á r io e favorecer o ple n o gozo dos dir e it os h um a n os e da s
libe r da de s fu n da m e n t a is, por part e de t odos os povos, sem dist inção de raça, sexo,
língua ou religião.
2. As dem ais responsabilidades, funções e at ribuições da Assem bleia Geral, em relação aos
assunt os m encionados no parágrafo 1 ( b) acim a, est ão enum eradas nos Capít ulos I X e X
[ capít ulos da “ Cooperação Econôm ica e Social I nt ernacional e Conselho Econôm ico Social] .

Da recom endação poderá const ar orient ação para a a doçã o de m e dida s


b
pa cífica s, na form a do art . 14:
Ar t igo 1 4
A Assem bleia Geral, suj eit a aos disposit ivos do Art igo 12, pode r á r e com e n da r m e dida s
pa r a a solu çã o pa cífica de qua lqu e r sit ua çã o, qualquer que sej a sua origem , que lhe
pareça prej udicial ao bem - est ar geral ou às relações am ist osas ent re as nações, inclusive
em sit uações que result em da violação dos disposit ivos da present e Cart a que est abelecem
os Propósit os e Princípios das Nações Unidas.

Além das recom endações, a Assem bleia- Geral da ONU possui papel im port ant e
no recebim ent o e exam e de relat órios do Conselho de Segurança da ONU. De
acordo com o art . 15 t rat a exist em dois t ipos de relat órios: o anual e o especial.
Vej a:
Ar t igo 1 5
1. A Assem bleia Geral r e ce be r á e e x a m ina r á os r e la t ór ios AN UAI S e ESPECI AI S do
Con se lh o de Se gu r a n ça . Esses relat órios incluirão um a relação das m edidas que o
Conselho de Segurança t enha adot ado ou aplicado a fim de m ant er a paz e a segurança
int ernacionais.
2. A Assem bleia Geral receberá e exam inará os relat órios dos out ros órgãos das Nações
Unidas.

Os art s. 16 e 17 t rat am , respect ivam ent e, do sist em a de t ut ela e do orçam ent o


da organização. Por serem assunt os específicos, sugere- se a leit ura com o form a
de reconhecer as principais regras:
Ar t igo 1 6
A Assem bleia Geral de se m pe n ha r á , com r e la çã o a o sist e m a in t e r n a ciona l de t u t e la ,
a s fun çõe s a e la a t r ibu ída s nos Capít ulos XI I e XI I I [ capít ulos do Regim e I nt ernacional
de Tut ela e Conselho de Tut ela] , inclusive a aprovação de acordos de t ut ela referent es às
zonas não designadas com o est rat égias.
Ar t igo 1 7
1. A Assem bleia Geral con side r a r á e a pr ova r á o or ça m e n t o da or ga n iza çã o.
2. As de spe sa s da Organização serão cu st e a da s pe los M e m br os, segundo cot as fixadas
pela Assem bleia Geral.

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3. A Assem bleia Geral con side r a r á e a pr ova r á qua isqu e r a j u st e s fina n ce ir os e
or ça m e n t á r ios com a s e n t ida de s e spe cia liza da s, a que se refere o Art igo 57 e
exam inará os orçam ent os adm inist rat ivos de t ais inst it uições especializadas com o fim de
lhes fazer recom endações.

No próxim o t ópico falarem os de um t em a de relevância: as deliberações da


Assem bleia- Geral da ONU.

Vot ação
Com por ã o a Asse m ble ia Ge r a l t odos os m e m br os da s N a çõe s Unida s.
Assim , no que diz respeit o à vot ação, cada est ado m em bro t erá direit o a um vot o
e não poderá t er m ais de cinco represent ant es. De acordo com o art . 18 da Cart a,
as de libe r a çõe s, em regra, são t om adas pela m a ior ia r e la t iva , cont udo,
algum as m at érias, por serem consideradas im port ant es, devem ser t om adas por
decisão da m aioria de 2/ 3 dos m em bros vot ant es e present es à Assem bleia.
Vej am os:
Art igo 18
1. Ca da M e m br o da Assem bleia Geral t erá um vot o.
2. As decisões da Assem bleia Geral, em que st õe s im por t a n t e s, serão t om a da s por
m a ior ia de dois t e r ços dos Mem bros present es e vot ant es. Essas quest ões
com preenderão: recom endações relat ivas à m anut enção da paz e da segurança
int ernacionais; à eleição dos Mem bros não perm anent es do Conselho de Segurança; à
eleição dos Mem bros do Conselho Econôm ico e Social; à eleição dos Mem bros dos Conselho
de Tut ela, de acordo com o parágrafo 1 ( c) do Art igo 86; à adm issão de novos Mem bros das
Nações Unidas; à suspensão dos direit os e privilégios de Mem bros; à expulsão dos
Mem bros; quest ões referent es o funcionam ent o do sist em a de t ut ela e quest ões
orçam ent árias.
3. As decisões sobre out r a s qu e st õe s, inclusive a det erm inação de cat egoria adicionais de
assunt os a serem debat idos por um a m a ior ia dos m e m br os pr e se n t e s e que vot em .

Sigam os!
Exist e dois quóruns. A regra é a t om ada a deliberação por m aioria relat iva dos
m em bros present es com direit o a vot o. Cont udo, relat ivam ent e a “ quest ões
im port ant es” , exige- se o quórum qualificado de 2/ 3 dos m em bros.

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regra m aioria dos m em bros present es e vot ant es

recom endações relat ivas à m anut enção da paz e da


D ELI BERAÇÕES

segurança int ernacionais;

eleição dos Mem bros não perm anent es do Conselho de


Segurança;

eleição dos Mem bros do Conselho Econôm ico e Social;

eleição dos Mem bros do Conselho de Tut ela;


2/ 3 dos vot os
adm issão de novos Mem bros das Nações Unidas;

suspensão dos direit os e privilégios de Mem bros;

expulsão dos Mem bros;

quest ões referent es o funcionam ent o do sist em a de t ut ela e


quest ões orçam ent árias.

Cont role financeiro


Com pet e a Assem bleia Geral o zelo financeiro das Nações Unidas por int erm édio
da aprovação do orçam ent o da organização, cuj as despesas serão cust eadas
pelos m em bros, segundo cot as fixadas pelo próprio órgão. Tendo em vist a esse
sist em a de cust eio, é im port ant e observar que o m em bro das Nações Unidas que
est iver em at raso com o pagam ent o de sua cont ribuição não t erá direit o a vot o.
Ar t igo 1 9
O M e m br o das Nações Unidas que est iver em ATRASO N O PAGAM EN TO D E SUA
CON TRI BUI ÇÃO financeira à Organização N ÃO t e r á vot o n a Asse m ble ia Ge r a l, SE o
t ot a l de sua s con t r ibu içõe s a t r a sa da s igua la r ou e x ce de r a som a da s con t r ibu içõe s
cor r e sponde n t e s a os dois a n os a n t e r ior e s com ple t os. A Assem bleia Geral poderá
ent ret ant o, perm it ir que o referido Mem bro vot e, se ficar provado que a falt a de pagam ent o
é devida a condições independent es de sua vont ade.

Vam os em frent e!

Processo
As sessões da Assem bleia podem ser regulares ou especiais:

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SESSÕES REGULARES SESSÕES ESPECI AI S

convocadas pelo Secret ário Geral da ONU a


pedido do Conselho de Segurança ou pela
ocorrem anualm ent e
m aioria dos Est ados- m em bros da
organização

É o que se ext rai a part ir da leit ura dos disposit ivos abaixo:
Ar t igo 2 0
A Assem bleia Geral reunir- se- á em se ssõe s a n u a is r e gula r e s e em se ssõe s e spe cia is
e x igida s pe la s cir cu nst â n cia s. As sessões especiais serão convocadas pelo Secret ário-
Geral, a pe dido do Con se lh o de Se gu r a n ça ou da m a ior ia dos M e m br os da s N a çõe s
Un ida s.
Ar t igo 2 1
A Assem bleia Geral adot ará suas regras de processo e elegerá seu president e para cada
sessão.
Ar t igo 2 2
A Assem bléia Geral poderá est abelecer os órgãos subsidiários que j ulgar necessários ao
desem penho de suas funções.

Para finalizar, vej am os um esquem a:

ASSEM BLEI A GERAL

• órgão deliberat ivo, que discut e e faz recom endações sobre as m at érias de
com pet ência da ONU;
• não poderá fazer recom endações relat ivam ent e a assunt os que est ej am sendo
debat idos perant e o Conselho de Segurança;
• poderá fazer recom endações com o fim de buscar o desenvolvim ent o
progressivo do direit o int ernacional e de sua condição, bem com o para
favorecer o gozo dos direit os hum anos e das liberdades fundam ent ais;
• recebim ent o e exam e de relat órios ( anuais e especiais) do Conselho de
Segurança;
• deliberações são t om adas em regra por m aioria relat iva, condut o em quest ões
im port ant es, exige- se 2/ 3 dos m em bros vot ant es;
• não t erá direit o a vot o o Est ado que est iver em at raso equivalent e à som a das
cont ribuições correspondent es aos dois anos ant eriores.

Cert am ent e, a disciplina da Assem bleia- Geral da ONU é um dos pont os cent rais
da Cart a das Nações Unidas. Trat a- se de t em a im port ant e e que, cert am ent e,
t em m aiores probabilidades de cair em provas, razão pela qual t rat am os com
algum det alham ent o sobre os pont os im port ant es. Na sequência falam os de

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out ro órgão fundam ent al na est rut ura das Nações Unidas: o Conselho de
Segurança.

Conselho de Segurança

Com posição
O órgão é com post o por cin co m e m br os pe r m a ne nt e s ( China, França, Rússia,
I nglat erra e Est ados Unidos) e por 1 0 m e m br os nã o pe r m a ne nt e s, que são
eleit os pela Assem bleia Geral para m andados de dois anos, t endo em vist a
“ cont ribuição dos Mem bros das Nações Unidas para a m anut enção da paz e da
segurança int ernacionais e para os out ros propósit os da Organização e t am bém
a dist ribuição geográfica equit at iva” . Cada m em bro do Conselho de Segurança
t erá um represent ant e.
Confira:
7

China

França

perm anent es: Reino Unido

EUA

Mem bros Rússia

são eleit os pela


Assem bleia Geral
não perm anent es:
m andat o de e 2 anos

Funções At ribuições
Dest acam - se, ent re os art s. 24 a 26, quat ro funções:

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Responsável pela m anut enção da paz e da


segurança int ernacional.

Deve agir de acordo com os propósit os ( art .


1º ) e princípios ( art . 2º ) da Cart a das
Nações.
FUN ÇÕES E ATRI BUI ÇÕES
D O CON SELH O D E
SEGURAN ÇA
Deve subm et er relat órios ( anuais e quando
solicit ado) à Assem bleia Geral.

Pode form ular planos para adoção de


sist em a de regulam ent ação de arm am ent os.

O Conselho de Segurança da ONU, de acordo com o art . 24 da Cart a, t em por


responsabilidade a m anut enção da pa z e se gur a nça int e r na ciona l e at ua,
essencialm ent e, nas funções acim a descrit as. Vej am os:
Art igo 24
1. A fim de assegurar pront a e eficaz ação por part e das Nações Unidas, seus Mem bros
conferem ao Conselho de Segurança a pr in cipa l r e sponsa bilida de n a m a n u t e n çã o da
pa z e da se gu r a n ça in t e r na ciona is e concordam em que no cum prim ent o dos deveres
im post os por essa responsabilidade o Conselho de Segurança aj a em nom e deles.
2. No cum prim ent o desses deveres, o Conselho de Segurança agirá de acordo com os
Propósit os e Princípios das Nações Unidas. As at ribuições específicas do Conselho de
Segurança para o cum prim ent o desses deveres est ão enum eradas nos Capít ulos VI , VI I ,
VI I I e XI I .
3. O Conselho de Segurança subm et erá relat órios anuais e, quando necessário, especiais à
Assem bléia Geral para sua consideração.
Ar t igo 2 5
Os Mem bros das Nações Unidas concordam em aceit ar e execut ar as decisões do Conselho
de Segurança, de acordo com a present e Cart a.
Ar t igo 2 6
A fim de prom over o est abelecim ent o e a m anut enção da paz e da segurança int ernacionais,
desviando para arm am ent os o m enos possível dos recursos hum anos e econôm icos do
m undo, o Conselho de Segurança t erá o encargo de form ular, com a assist ência da
Com issão de Est ado- Maior, a que se refere o Art igo 47, os planos a serem subm et idos aos
Mem bros das Nações Unidas, para o est abelecim ent o de um sist em a de regulam ent ação
dos arm am ent os.

Vot ação
Cada m em bro int egrant e do Conselho de Segurança possui direit o a um vot o,
sendo que as de libe r a çõe s pr oce ssua is serão t om adas pelo vot o de 9 dos 1 5
m e m br os, ao passo que as que st õe s m a t e r ia is, em que pese sej am

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necessários 9 vot os, t odos os int e gr a nt e s do bloco pe r m a ne nt e de ve m se
m a nife st a r fa vor a ve lm e nt e , conform e prevê o art . 27. Essa regrat iva t rat a do
exercício do dir e it o de ve t o dos m em bros perm anent es em qualquer quest ão
m at erial subm et ida ao Conselho. Hist oricam ent e, cit a- se com o exem plo a Guerra
do Viet nã, na qual a quest ão foi subm et ida ao Conselho de Segurança da ONU.
Na ocasião, t odos os m em bros vot aram pela não int ervenção, a exceção dos EUA
que vet ou a propost a e int erveio m ilit arm ent e no Viet nã, o que deflagrou a
guerra.
Vej am os o disposit ivo:
Art igo 27
1. Ca da m e m br o do Conselho de Segurança t erá u m vot o.
2. As decisões do conselho de Segurança, em quest ões processuais, serão t om adas pelo
vot o a fir m a t ivo de nove M e m br os.
3. As decisões do Conselho de Segurança, em t odos os out ros assunt os, serão t om adas pelo
vot o a fir m a t ivo de nove m e m br os, in clu sive os vot os a fir m a t ivos de t odos os
m e m br os pe r m a n e n t e s, ficando est abelecido que, nas decisões previst as no Capít ulo VI
e no parágrafo 3 do Art igo 52, aquele que for part e em um a cont rovérsia se abst erá de
vot ar.

Pa r a fins de pr ova ...

Q UESTÕES 9 vot os dent re os


P ROCESSUAI S 15 m em bros

5 dos 5 vot os dos ... 4 dos 10 vot os


Q UESTÕES
m em bros dos m em bros não
M ATERI AI S
perm anent es + ... perm anent es

Sessões e funcionam ent o


As sessões do Conselho de Segurança são cont ínuas e periódicas, adm it indo- se
a reunião fora das sedes da ONU.
Ar t igo 2 8
1. O Conselho de Segurança será organizado de m aneira que possa fu n ciona r
con t in u a m e n t e . Cada m em bro do Conselho de Segurança será, para t al fim , em t odos os
m om ent os, represent ado na sede da Organização.
2. O Conselho de Segurança t erá r e un iõe s pe r iódica s, nas quais cada um de seus
m em bros poderá, se assim o desej ar, ser represent ado por um m em bro do governo ou por
out ro represent ant e especialm ent e designado.
3. O Conselho de Segurança pode r á r e un ir - se e m ou t r os lu ga r e s, for a da se de da
Or ga n iza çã o, e que, a seu j uízo, possam facilit ar o seu t rabalho.

Pr of. Rica r do Tor qu e s 30


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Ar t igo 2 9
O Conselho de Segurança pode r á e st a be le ce r ór gã os su bsidiá r ios que j ulgar
necessários para o desem penho de suas funções.
Ar t igo 3 0
O Conselho de Segurança a dot a r á se u pr ópr io r e gu la m e n t o in t e r n o, que I N CLUI RÁ O
M ÉTOD O D E ESCOLH A D E SEU PRESI D EN TE.

Dos disposit ivos acim a cit ados, m erece dest aque para o fat o de que o regram ent o
acerca do funcionam ent o do Conselho de Segurança fica a cargo de norm a
regulam ent ar, um a vez que são poucas as regras cont idas nos disposit ivos da
Cart a sobre o assunt o.
Qualquer m em bro das Nações Unidas poderá part icipar da discussão das
quest ões subm et idas ao Conselho de Segurança, ainda que não sej a m em bro do
Conselho. Nesse caso, não possuirá direit o a vot o.
Tam bém não t erá direit o a vot o o Est ado que, em bora não sej a m em bro das
Nações Unidas, sej a part e na cont rovérsia subm et ida à discussão no Conselho.
Nesse caso, assegura- se o direit o de part icipação da sessão t ão som ent e.
Lem bre- se:
M EM BRO D A ON U, PORÉM N ÃO
I N TEGRAN TE D O CON SELH O poderá
part icipar da discussão relat ivam ent e às
quest ões subm et idas ao Conselho de
PARTI CI PAÇÃO N O Segurança, m as NÃO t erá direit o à vot o; e
CON SELH O D E
SEGURAN ÇA
N ÃO- M EM BRO da ON U som ent e part icipa da
sessão do Conselho caso sej a part e na
cont rovérsia.

Vej am os os art s. 31 e 32:


Ar t igo 3 1
Qualquer m e m br o da s N a çõe s Un ida s, que N ÃO for m e m br o do Conse lh o de
Se gu r a n ça , poderá pa r t icipa r , SEM D I REI TO A VOTO, na discu ssã o de qualquer
quest ão subm et ida ao Conselho de Segurança, sem pre que est e considere que os int eresses
do referido Mem bro est ão especialm ent e em j ogo.
Ar t igo 3 2
Qualquer M e m br o da s N a çõe s Un ida s qu e nã o for M e m br o do Conse lh o de
Se gu r a n ça , ou qualquer Est a do que nã o for M e m br o da s N a çõe s Un ida s SERÁ
CONVI DADO, D ESD E QUE sej a pa r t e e m um a con t r ové r sia subm e t ida ao Conselho de
Segurança, A PARTI CI PAR, SEM VOTO, na discussão dessa cont rovérsia. O Conselho de
Segurança det erm inará as condições que lhe parecerem j ust as para a part icipação de um
Est ado que não for Mem bro das Nações Unidas.

Solução Pacífica de Cont rovérsias


Um dos propósit os da ONU é a prom oção de relações am igáveis ent re os países,
observando igualdade ent re os países e a aut odet erm inação dos povos.

Pr of. Rica r do Tor qu e s 31


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Em vist a dest e obj et ivo a Cart a das Nações Unidas, de m odo exem plificat ivo,
arrola diversos inst rum ent os pacíficos que podem ser ut ilizados para a solução
de cont rovérsias que possam am eaçar a paz e segurança int ernacionais.
inquérit o

CON TROVÉRSI AS ( rol


PACÍ FI COS PARA A
m ediação

exem plificat ivo)


M ECAN I SM OS

SOLUÇÃO D E
conciliação

arbit ragem

solução j udicial

recurso a ent idades

acordos regionais

Ar t igo 3 3
1. As part es em um a con t r ové r sia , que possa vir a const it uir um a am eaça à paz e à
segurança int ernacionais, procurarão, AN TES D E TUD O, chegar a um a soluçã o por
n e gocia çã o, in qu é r it o, m e dia çã o, con cilia çã o, a r bit r a ge m , soluçã o j u dicia l, r e cu r so
a e n t ida de s ou a cor dos r e giona is, ou a qua lque r ou t r o m e io pa cífico à sua escolha.
2. O Conselho de Segurança convidará, quando j ulgar necessário, as referidas part es a
resolver, por t ais m eios, suas cont rovérsias.
Ar t igo 3 4
O Conselho de Segurança pode r á in ve st iga r sobr e qua lqu e r con t r ové r sia ou sit u a çã o
suscet ível de provocar at rit os ent re as Nações ou dar origem a um a cont rovérsia, a fim de
det erm inar se a cont inuação de t al cont rovérsia ou sit uação pode const it uir am eaça à
m anut enção da paz e da segurança int ernacionais.

No art . 34, acim a cit ado, t em os referência a um a função im port ant e do Conselho,
a invest igat iva. Por m eio dela pret ende- se ident ificar event uais conflit os que
possam abalar a segurança e paz int ernacionais.
Dent ro da m esm a t oada, t em os o art . 35 que t rat a da solicit ação de at enção da
ONU relat ivam ent e a det erm inados assunt os. É um a form a de as Nações Unidas
t om ar conhecim ent o sobre cont rovérsias exist ent es para, se for o caso, adot ar
as m edidas previst as na Cart a.
Essa solicit ação de at enção poderá ser feit a por Est ados m em bros da organização
e inclusive por Est ados não- m em bros.
Assim :

LEGI TI M AD OS ATI VO PARA


SOLI TAÇÃO D E ATEN ÇÃO

Est ados- m em bros da ONU Est ados não- m em bros da ONU

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Além disso, im port ant e que você m em orize que a solicit ação se at enção será
dest inada à Assem bleia- Geral da ONU ou ao Conselho de Segurança.
Assim :

D ESTI N ATÁRI OS D A
SOLI CI TAÇÃO D E ATEN ÇÃO

Assem bleia- Geral da ONU Conselho de Segurança

Reunindo t udo, t em os:

SOLI CI TAÇÃO D E ATEN ÇÃO

m em bros não- m em bros

podem solicit ar at enção do Conselho ou da


podem solicit ar at enção do Conselho ou da Assem bleia para cont rovérsia desde que
Assem bleia para qualquer cont rovérsia aceit em as obrigações pacíficas im post as,
de acordo com o que est á previst o na Cart a

Not e que em relação a quem não for m em bro das Nações Unidas é necessário
que, prim eiram ent e, um a declaração de aceit e as obrigações previst as na cart a
relat ivam ent e àquela cont rovérsia.
Diant e disso, vej a o disposit ivo int ernacional:
Ar t igo 3 5
1. Qualquer M e m br o da s N a çõe s Un ida s pode r á solicit a r a a t e n çã o do Conse lh o de
Se gu r a n ça ou da Asse m ble ia Ge r a l pa r a qu a lqu e r con t r ové r sia , ou qualquer sit uação,
da nat ureza das que se acham previst as no Art igo 34.
2. Um ESTAD O QUE N ÃO FOR M EM BRO das Nações Unidas poderá solicit a r a a t e n çã o
do Con se lho de Se gu r a n ça ou da Asse m ble ia Ge r a l para qualquer cont rovérsia em que
sej a part e, um a vez que a ce it e , pr e via m e nt e , e m r e la çã o a e ssa con t r ové r sia , a s
obr iga çõe s de solu çã o pa cífica pr e vist a s n a pr e se n t e Ca r t a .
3. Os at os da Assem bleia Geral, a respeit o dos assunt os subm et idos à sua at enção, de
acordo com est e Art igo, serão suj eit os aos disposit ivos dos Art igos 11 e 12.

A part ir da solicit ação de at enção o Conselho de Segurança da ONU poderá propor


procedim ent o e m ét odos pacíficos de solução de conflit os, na form a prescrit a no
art . 36 da Cart a da ONU:
Ar t igo 3 6
1. O Conselho de Segurança pode r á , e m qu a lqu e r fa se de u m a con t r ové r sia da
nat ureza a que se refere o Art igo 33, ou de u m a sit ua çã o de na t u r e za se m e lh a n t e ,
r e com e nda r pr oce dim e n t os ou m é t odos de solu çã o a pr opr ia dos.

Pr of. Rica r do Tor qu e s 33


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2. O Conselho de Segurança deverá t om ar em consideração quaisquer procedim ent os para
a solução de um a cont rovérsia que j á t enham sido adot ados pelas part es.
3. Ao fazer recom endações, de acordo com est e Art igo, o Con se lh o de Se gu r a n ça de ve r á
t om a r e m con side r a çã o qu e a s con t r ové r sia s de ca r á t e r j u r ídico de ve m , e m r e gr a
ge r a l, se r su bm e t ida s pe la s pa r t e s à Cor t e I n t e r n a cion a l de Just iça , de acordo com
os disposit ivos do Est at ut o da Cort e.

Evident em ent e que, se a quest ão envolver aspect os j urídicos, a m at éria será


subm et ida à Cort e I nt ernacional de Just iça, que é o órgão responsável por j ulgar
ações de responsabilidade int ernacional e por proferir pareceres quant o à
int erpret ação das norm as int ernacionais no âm bit o do sist em a global de direit os
hum anos.
Em bora a solicit ação de at enção se às Nações Unidas, pret ende- se ut ilizá- la com o
m eio para auxiliar as part es à aut ocom posição, vale dizer, pret ende- se que as
part es, às luz dos diversos m ecanism os previst os, chegue, por si só, a um a
solução. Se isso não for possível o Conselho de Segurança adot ará as m edidas
necessárias. É isso que t em os descrit o nos art s. 37 e 38 da Cart a:
Ar t igo 3 7
1. No caso em que as pa r t e s em cont rovérsia da nat ureza a que se refere o Art igo 33 N ÃO
CON SEGUI REM RESOLVÊ- LA PELOS M EI OS I N D I CAD OS no m esm o Art igo, de ve r ã o
su bm e t ê - la a o Con se lh o de Se gu r a n ça .
2. O Conselho de Segurança, caso j ulgue que a cont inuação dessa cont rovérsia poderá
realm ent e const it uir um a am eaça à m anut enção da paz e da segurança int ernacionais,
decidirá sobre a conveniência de agir de acordo com o Art igo 36 ou recom endar as condições
que lhe parecerem apropriadas à sua solução.
Ar t igo 3 8
Sem prej uízo dos disposit ivos dos Art igos 33 a 37, o Conselho de Segurança pode r á , se
t odas as part es em um a cont rovérsia assim o solicit arem , fa ze r r e com e nda çõe s à s
pa r t e s, t endo em vist a um a solução pacífica da cont rovérsia.

At é esse pont o, a at uação das Nações Unidas é no sent ido de buscar um a solução
am ist osa para a cont rovérsia relat ada. Caso não sej a resolvido o im passe, há
out ras form as não pacífica para resolver o problem a.
Sigam os!

Ação relat iva a am eaças a paz, rupt ura da paz e at os de agressão


Se const ada qualquer am eaça à paz, o Conselho de Segurança fará
r e com e nda çõe s ou adot ará dent re um a série de m e dida s pr e vist a s. Ent re as
m edidas que podem ser t om adas pelo Conselho de Segurança dest acam - se a
int e r r upçã o da s r e la çõe s e conôm ica s, dos m e ios de com unica çã o
( ferroviário, m arít im o, aéreo, post al, t elegráfico) e da s r e la çõe s diplom á t ica s.
Se as t rês m edidas acim a forem inadequadas será possível, ainda, a t om ada de
ações m ais drást icas, com ut ilização das forças aéreas, navais ou t errest res para
o fim de rest abelecer a paz e a segurança int ernacionais.

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1 º - m edidas não 2º - uso da força aérea,


beligerant es naval ou t errest e

Confira o t eor da Cart a:


Ar t igo 3 9
O Conselho de Segurança det erm inará a exist ência de qualquer am eaça à paz, rupt ura da
paz ou at o de agressão, e fará recom endações ou decidirá que m edidas deverão ser
t om adas de acordo com os Art igos 41 e 42, a fim de m ant er ou rest abelecer a paz e a
segurança int ernacionais.
Art igo 40
A fim de e vit a r qu e a sit ua çã o se a gr a ve , o Conselho de Segurança poderá, ant es de
fazer as recom endações ou decidir a respeit o das m edidas previst as no Art igo 39, con vida r
a s pa r t e s in t e r e ssa da s a qu e a ce it e m a s m e dida s pr ovisór ia s qu e lh e pa r e ça m
n e ce ssá r ia s ou a con se lh á ve is. Tais m edidas provisórias não prej udicarão os direit os ou
pret ensões, nem a sit uação das part es int eressadas. O Conselho de Segurança t om ará
devida not a do não cum prim ent o dessas m edidas.
Ar t igo 4 1
O Con se lho de Se gu r a n ça de cidir á sobr e a s m e dida s que, sem envolver o em prego de
forças arm adas, deverão ser t om adas para t ornar efet ivas suas decisões e poderá convidar
os Mem bros das Nações Unidas a aplicarem t ais m edidas. Est as pode r ã o in clu ir a
int errupção com plet a ou parcial das relações econôm icas, dos m eios de com unicação
ferroviários, m arít im os, aéreos , post ais, t elegráficos, radiofônicos, ou de out ra qualquer
espécie e o rom pim ent o das relações diplom át icas.
Ar t igo 4 2
No caso de o Conselho de Segurança considerar que as m edidas previst as no Art igo 41
seriam ou dem onst raram que são inadequadas, pode r á le va r e e fe it o, por m e io de
for ça s a é r e a s, na va is ou t e r r e st r e s, a a çã o qu e j u lga r ne ce ssá r ia pa r a m a n t e r ou
r e st a be le ce r a pa z e a se gu r a n ça in t e r n a ciona is. Tal ação poderá com preender
dem onst rações, bloqueios e out ras operações, por part e das forças aéreas, navais ou
t errest res dos Mem bros das Nações Unidas.

Caso sej am necessárias as ações do art . 42, acim a cit ado, os m em bros das
Nações Unidas deverão prest ar assist ência e facilidades e t am bém franquear o
direit o de passagem pelo t errit ório, caso necessário.
Ar t igo 4 3
1. Todos os Mem bros das Nações Unidas, a fim de cont ribuir para a m anut enção da paz e
da segurança int ernacionais, se com prom et em a proporcionar ao Conselho de Segurança,
a seu pedido e de conform idade com o acordo ou acordos especiais, forças arm adas,
a ssist ê n cia e fa cilida de s, in clu sive dir e it os de pa ssa ge m , ne ce ssá r ios à
m a n u t e n çã o da pa z e da se gu r a n ça in t e r n a ciona is.

Pr of. Rica r do Tor qu e s 35


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2. Tal acordo ou t ais acordos det erm inarão o núm ero e t ipo das forças, seu grau de
preparação e sua localização geral, bem com o a nat ureza das facilidades e da assist ência a
serem proporcionadas.
3. O acordo ou acordos serão negociados o m ais cedo possível, por iniciat iva do Conselho
de Segurança. Serão concluídos ent re o Conselho de Segurança e Mem bros da Organização
ou ent re o Conselho de Segurança e grupos de Mem bros e subm et idos à rat ificação, pelos
Est ados signat ários, de conform idade com seus respect ivos processos const it ucionais.

Na sequência, confira os dem ais disposit ivos referent e à at uação beligerant e do


Conselho de Segurança que, na t em át ica de Direit os Hum anos, possui m enor
relevância para fins da nossa prova.
Vam os à leit ura?!
Ar t igo 4 4
Qu a n do o Con se lh o de Se gu r a n ça de cidir o e m pr e go de for ça , deverá, ant es de
solicit ar a um Mem bro nele não represent ado o fornecim ent o de forças arm adas em
cum prim ent o das obrigações assum idas em virt ude do Art igo 43, convidar o referido
Mem bro, se est e assim o desej ar, a pa r t icipa r da s de cisõe s do Con se lh o de Se gu r a n ça
relat ivas ao em prego de cont ingent es das forças arm adas do dit o Mem bro.
Ar t igo 4 5
A fim de habilit ar as Nações Unidas a t om arem m e dida s m ilit a r e s ur ge n t e s, os Mem bros
das Nações Unidas deverão m a nt e r , im e dia t a m e n t e u t ilizá ve is, con t in ge n t e s da s
for ça s a é r e a s na cion a is pa r a a e x e cu çã o com bina da de um a a çã o coe r cit iva
in t e r na cion a l. A pot ência e o grau de preparação desses cont ingent es, com o os planos de
ação com binada, serão det erm inados pelo Conselho de Segurança com a assist ência da
Com issão de Est ado- Maior, dent ro dos lim it es est abelecidos no acordo ou acordos especiais
a que se refere o Art igo 43.
Ar t igo 4 6
O Conselho de Segurança, com a assist ência da Com issão de Est ado- m aior, fará planos para
a aplicação das forças arm adas.
Ar t igo 4 8
1. A a çã o n e ce ssá r ia ao cum prim ent o das decisões do Conselho de Segurança para
m anut enção da paz e da segurança int ernacionais será le va da a e fe it o por t odos os
M e m br os da s N a çõe s Un ida s ou por a lgun s de le s, conform e sej a det erm inado pelo
Conselho de Segurança.
2. Essas decisões serão execut as pelos Mem bros das Nações Unidas diret am ent e e, por seu
int erm édio, nos organism os int ernacionais apropriados de que façam part e.
Ar t igo 4 9
Os Mem bros das Nações Unidas prest ar- se- ão a ssist ê n cia m ú t ua pa r a a e x e cu çã o da s
m e dida s det erm inadas pelo Conselho de Segurança.
Ar t igo 5 0
No caso de serem t om adas m e dida s pr e ve n t iva s ou coercit ivas cont ra um Est ado pelo
Conselho de Segurança, qualquer ou t r o Est a do, M e m br o ou nã o da s N a çõe s u n ida s,
que se sint a em presença de problem as especiais de nat ureza econôm ica, result ant es da
execução daquelas m edidas, t erá o dir e it o de con su lt a r o Con se lh o de Se gu r a n ça a
r e spe it o da solu çã o de t a is pr oble m a s.
Ar t igo 5 1

Pr of. Rica r do Tor qu e s 36


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N AD A na present e Cart a PREJUD I CARÁ O D I REI TO I N EREN TE D E LEGÍ TI M A D EFESA
I N D I VI D UAL OU COLETI VA no caso de ocorrer um a t a qu e a r m a do con t r a um M e m br o
da s N a çõe s Un ida s, ATÉ QUE O CONSELHO DE SEGURANÇA TENHA TOMADO AS MEDI DAS
NECESSÁRI AS para a m anut enção da paz e da segurança int ernacionais. As m edidas
t om adas pelos Mem bros no exercício desse direit o de legít im a defesa serão com u n ica da s
im e dia t a m e n t e a o Con se lh o de Se gu r a nça e não deverão, de m odo algum , at ingir a
aut oridade e a responsabilidade que a present e Cart a at ribui ao Conselho para levar a efeit o,
em qualquer t em po, a ação que j ulgar necessária à m anut enção ou ao rest abelecim ent o da
paz e da segurança int ernacionais.

Para encerrar o est udo das regras relat ivas ao Conselho de Segurança da ONU,
vam os sint et izar as principais inform ações para a nossa prova de Direit os
Hum anos:

CON SELH O D E SEGURAN ÇA

• Órgão responsável por m ant er a paz e segurança int ernacional.


• Com post o por 15 m em bros, dent re os quais cinco perm anent es ( China,
França, Rússia, I nglat erra e EUA) e 10 eleit os para m andat os de dois anos.
• As deliberações processuais são t om adas por 9 dos 15 m em bros. As
quest ões m at eriais, em bora sej am vot adas por 9 m em bros, adm it e- se o
exercício do vet o por part e de m em bro perm anent e.
• Todos os Est ados- m em bros da ONU podem part icipar das discussões do
Conselho de Segurança, m as apenas os 15 m em bros do Conselho possuem
direit o a vot o.
• Em relação às m edidas, dá- se preferência a m edidas não beligerant es. O uso
da força aérea, naval ou t errest re ocorrerá apenas se as m edidas não- bélicas
forem insuficient es.

Acordos Regionais
Prevê a Cart a das Nações Unidas a possibilidade de realização de acordos para
t rat ar de assunt os relat ivos à m anut enção da paz e da segurança int ernacionais,
desde que est ej a de acordo com os propósit os e princípios da ONU. Os acordos
não podem levar a efeit o ações coercit ivas, que sem pre dependerão de
aut orização do Conselho de Segurança.
Confira, nesse sent ido, os art s. 52 e 53 da Cart a:
Ar t igo 5 2
1. N AD A na present e Cart a im pe de a e x ist ê n cia de a cor dos ou de e n t ida de s
r e giona is, dest inadas a t rat ar dos assunt os relat ivos à m anut enção da paz e da segurança
int ernacionais que forem suscet íveis de um a ação regional, desde que t ais acordos ou
ent idades regionais e suas at ividades sej am com pat íveis com os Propósit os e Princípios das
Nações Unidas.
2. Os Mem bros das Nações Unidas, que forem part e em t ais acordos ou que const it uírem
t ais ent idades, em pregarão t odo os esforços para chegar a um a solução pacífica das
cont rovérsias locais por m eio desses acordos e ent idades regionais, ant es de as subm et er
ao Conselho de Segurança.
3. O Con se lh o de Se gu r a n ça e st im u la r á o de se n volvim e n t o da solu çã o pa cífica de
con t r ové r sia s loca is m e dia nt e os r e fe r idos a cor dos ou e n t ida de s r e gion a is, por
iniciat iva dos Est ados int eressados ou a inst ância do próprio Conselho de Segurança.

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4. Est e Art igo não prej udica, de m odo algum , a aplicação dos Art igos 34 e 35.
Ar t igo 5 3
1. O Con se lh o de Se gu r a n ça u t iliza r á , quando for o caso, t a is a cor dos e e nt ida de s
r e giona is pa r a um a a çã o coe r cit iva sob a su a pr ópr ia a u t or ida de . N EN H UM A AÇÃO
COERCI TI VA será, no ent ant o, le va da a e fe it o de conform idade com acordos ou
ent idades regionais se m a u t or iza çã o do Con se lh o de Se gu r a nça , com exceção das
m edidas cont ra um Est ado inim igo com o est á definido no parágrafo 2 dest e Art igo, que
forem det erm inadas em consequência do Art igo 107 ou em acordos regionais dest inados a
im pedir a renovação de um a polít ica agressiva por part e de qualquer desses Est ados, at é o
m om ent o em que a Organização possa, a pedido dos Governos int eressados, ser incum bida
de im pedir t oda nova agressão por part e de t al Est ado.
2. O t erm o Est a do in im igo, usado no parágrafo 1 dest e Art igo, aplica- se a qualquer Est a do
qu e , du r a n t e a Se gu n da Gu e r r a M un dia l, foi in im igo de qua lqu e r signa t á r io da
pr e se n t e Ca r t a .
Ar t igo 5 4
O Conselho de Segurança será sem pre inform ado de t oda ação em preendida ou proj et ada
de conform idade com os acordos ou ent idades regionais para m anut enção da paz e da
segurança int ernacionais.

Cooperação I nt ernacional Econôm ica e Social


Quant o à cooperação int ernacional econôm ica e social as regras est ão arroladas
ent re os art s. 55 a 60. Esses disposit ivos evidenciam a preocupação da ONU não
apenas com a quest ão da paz e segurança int ernacionais. Há evident e propósit o
do órgão na defesa dos direit os hum anos e, inclusive, dos direit os hum anos
prest acionais, t ais com o os direit os sociais, com preendido na segunda dim ensão
de direit os.
Ar t igo 5 5
Com o fim de criar condições de est abilidade e bem est ar, necessárias às relações pacíficas
e am ist osas ent re as Nações, baseadas no respeit o ao princípio da igualdade de direit os e
da aut odet erm inação dos povos, as N a çõe s Un ida s fa vor e ce r ã o:
a) níveis m ais alt os de vida, t rabalho efet ivo e condições de progresso e desenvolvim ent o
econôm ico e social;
b) a solução dos problem as int ernacionais econôm icos, sociais, sanit ários e conexos; a
cooperação int ernacional, de carát er cult ural e educacional; e
c) o respeit o universal e efet ivo raça, sexo, língua ou religião.
Ar t igo 5 6
Para a realização dos propósit os enum erados no Art igo 55, t odos os M e m br os da
Or ga n iza çã o se com pr om e t e m a a gir e m coope r a çã o com est a, em conj unt o ou
separadam ent e.
Ar t igo 5 7
1. As várias ent idades especializadas, criadas por acordos int ergovernam ent ais e com
am plas responsabilidades int ernacionais, definidas em seus inst rum ent os básicos, nos
cam pos econôm ico, social, cult ural, educacional, sanit ário e conexos, serão vinculadas às
Nações Unidas, de conform idade com as disposições do Art igo 63.
2. Tais ent idades assim vinculadas às Nações Unidas serão designadas, daqui por diant e,
com o ent idades especializadas.

Pr of. Rica r do Tor qu e s 38


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Ar t igo 5 8
A Or ga n iza çã o fa r á r e com e nda çã o para coordenação dos program as e at ividades das
ent idades especializadas.
Ar t igo 5 9
A Organização, quando j ulgar convenient e, in icia r á ne gocia çõe s e n t r e os Est a dos
in t e r e ssa dos para a criação de novas ent idades especializadas que forem necessárias ao
cum prim ent o dos propósit os enum erados no Art igo 55.
Ar t igo 6 0
A Assem bleia Geral e, sob sua aut oridade, o Conselho Econôm ico e Social, que dispões,
para esse efeit o, da com pet ência que lhe é at ribuída no Capít ulo X, são incum bidos de
exercer as funções da Organização est ipuladas no present e Capít ulo.

Ent re os ideais propugnados pelas Nações Unidas em t em a de direit os


econôm icos e cult urais, dest aca- se:
 buscar m elhores condições de vida, t rabalho e desenvolvim ent o
econôm ico e social;
 solucionar problem as int ernacionais no cam po dos direit os de segunda
dim ensão ( direit os sociais, econôm icos e cult urais) por int erm édio da
cooperação int ernacional;
 respeit o à diversidade de raça, sexo, língua ou religião.
Sigam os!

Conselho Econôm ico e Social


O Conselho Econôm ico e Social é com post o por 5 4 m e m br os, eleit os em grupos
de 18 m em bros t odos os anos para m andat os de t rês anos. Desse m odo, a cada
ano t em os a subst it uição de 18 m em bros. O Conselho t em por finalidade
pr om ove r a coope r a çã o com que st õe s de or de m e conôm ica , socia l ou
cult ur a is.

Com posição
Ar t igo 6 1
1. O Conselho Econôm ico e Social será com post o de CI N QUEN TA E QUATRO M e m br os
das Nações Unidas eleit os pela Assem bleia Geral.
2 De acordo com os disposit ivos do parágrafo 3, de zoit o M e m br os do Con se lh o
Econ ôm ico e Socia l se r ã o e le it os ca da a n o pa r a u m pe r íodo de t r ê s a n os, podendo,
ao t erm inar esse prazo, ser reeleit os para o período seguint e.
3. Na prim eira eleição a realizar- se depois de elevado de vint e e set e para cinqüent a e
quat ro o núm ero de Mem bros do Conselho Econôm ico e Social, além dos Mem bros que
forem eleit os para subst it uir os nove Mem bros, cuj o m andat o expira no fim desse ano, serão
eleit os out ros vint e e set e Mem bros. O m andat o de nove dest es vint e e set e Mem bros
suplem ent ares assim eleit os expirará no fim de um ano e o de nove out ros no fim de dois
anos, de acordo com o que for det erm inado pela Assem bleia Geral.
4. Ca da M e m br o do Conselho Econôm ico e social t erá nele u m r e pr e se n t a n t e .

Pr of. Rica r do Tor qu e s 39


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Funções At ribuições
O Conselho t em , de acordo com a Cart a das Nações Unidas as seguint es
at ribuições:
 est udos e relat órios sobre quest ões int ernacionais que envolvam direit os
de segunda dim ensão;
 recom endações para prom oção dos direit os hum anos;
 preparação de proj et os de convenções, que serão encam inhados à
Assem bleia- Geral da ONU; e
 convocação de conferências int ernacionais sobre assunt os de sua
com pet ência.
É isso que est á descrit o no art . 62:
Ar t igo 6 2
1. O Conselho Econôm ico e Social fará ou in icia r á e st u dos e r e la t ór ios a r e spe it o de
a ssu nt os in t e r na cion a is de ca r á t e r e con ôm ico, socia l, cu lt u r a l, e duca cion a l,
sa n it á r io e con e x os e pode r á fa ze r r e com e n da çõe s a respeit o de t ais assunt os à
Assem bleia Geral, aos Mem bros das Nações Unidas e às ent idades especializadas
int eressadas.
2. Poderá, igualm ent e, fazer r e com e nda çõe s de st ina da s a pr om ove r o r e spe it o e a
obse r vâ n cia dos dir e it os h u m a nos e da s libe r da de s fu n da m e n t a is pa r a t odos.
3. Poderá pr e pa r a r pr oj e t os de con ve n çõe s a serem subm et idos à Assem bleia Geral,
sobre assunt os de sua com pet ência.
4. Poderá con voca r , de acordo com as regras est ipuladas pelas Nações Unidas,
con fe r ê n cia s in t e r na cion a is sobre assunt os de sua com pet ência.

Em sínt ese:

COM PETÊN CI A D O • est udos e relat órios;


CON SELH O • recom endações;
ECON ÔM I CO E • proj et os de convenções; e
SOCI AL • convocação de conferências int ernacionais.

Além disso, o Conselho Econôm ico e Social poderá firm ar acordos, que serão
subm et idos à aprovação pela Assem bleia- Geral da ONU, bem com o poderá
coordenar at ividades por int erm édio de consult as e de recom endações às
ent idades especializadas da ONU e t am bém à Assem bleia- Geral.
Confira:
Ar t igo 6 3
1. O conselho Econôm ico e Social pode r á e st a be le ce r a cor dos com qualquer das
ent idades a que se refere o Art igo 57, a fim de det erm inar as condições em que a ent idade
int eressada será vinculada às Nações Unidas. Tais acordos serão su bm e t idos à a pr ova çã o
da Asse m ble ia Ge r a l.
2. Poderá coor de n a r a s a t ivida de s da s e n t ida de s e spe cia liza da s, por m eio de
con su lt a s e r e com e n da çõe s às m esm as [ à s e n t ida de s] e de r e com e nda çõe s à
Asse m ble ia Ge r a l e a os M e m br os da s N a çõe s Un ida s.
Ar t igo 6 4

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1. O Conselho Econôm ico e Social pode r á t om a r a s m e dida s a de qu a da s a fim de obt e r
r e la t ór ios r e gu la r e s da s e n t ida de s e spe cia liza da s. Poderá ent rar em ent endim ent os
com os Mem bros das Nações Unidas e com as ent idades especializadas, a fim de obt er
relat órios sobre as m edidas t om adas para cum prim ent o de suas próprias recom endações e
das que forem feit as pelas Assem bleia Geral sobre assunt os da com pet ência do Conselho.
2. Poderá com unicar à Assem bleia Geral suas observações a respeit o desses relat órios.
Ar t igo 6 5
O Conselho Econôm ico e Social pode r á for n e ce r in for m a çõe s a o Conse lh o de
Se gu r a n ça e, a pedido dest e, prest ar- lhe assist ência.
Ar t igo 6 6
1. O Conselho Econôm ico e Social desem penhará as funções que forem de sua com pet ência
em relação ao cum prim ent o das recom endações da Assem bleia Geral.
2. Poderá m ediant e aprovação da Assem bleia Geral, prest ar os serviços que lhe forem
solicit ados pelos Mem bros das Nações unidas e pelas ent idades especializadas.
3. Desem penhará as dem ais funções específicas em out ras part es da present e Cart a ou as
que forem at ribuídas pela Assem bleia Geral.

Do Conselho dest aca- se, ainda, pela possibilida de de cr ia çã o de Com issõe s.


Dent re as várias com issões criadas dest aca- se a Com issão de Direit os Hum anos,
at ualm ent e, denom inada de Conse lho de D ir e it os H um a nos, criada em 2006,
que será obj et o de est udo det alhado no t ópico seguint e.
Sigam os!

Vot ações
As deliberações do Conselho Econôm ico e Social são t om adas de acordo com
regim ent o próprio a ser definido pelo órgão. Não obst ant e, as regras cont idas
ent re os art s. 67 a 72 devem ser observadas, com dest aque para o fat o de que
as decisões são t om adas pela m aioria dos m em bros present es e vot ant es e, além
disso, os m em bros das Nações Unidas e ent idades especializadas podem ser
convidados para part icipar do Conselho, sem possibilidade de vot o.
Ar t igo 6 7
1. Ca da M e m br o do Conselho Econôm ico e Social t erá um vot o.
2. As decisões do Conselho Econôm ico e Social serão t om adas por m a ior ia dos m e m br os
pr e se n t e s e vot a n t e s.
Pr oce sso
Ar t igo 6 8
O Conselho Econôm ico e Social cr ia r á com issõe s pa r a os a ssun t os e conôm icos e
socia is e a pr ot e çã o dos dir e it os h um a n os assim com o out ras com issões que forem
necessárias para o desem penho de suas funções.
Ar t igo 6 9
O Conselho Econôm ico e Social pode r á con vida r qua lque r M e m br o da s N a çõe s Un ida s
a t om a r pa r t e , SEM VOTO, e m su a s de libe r a çõe s sobre qualquer assunt o que int eresse
part icularm ent e a esse Mem bro.
Ar t igo 7 0

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O Conselho Econôm ico e Social pode r á e n t r a r e m e n t e n dim e n t os pa r a que
r e pr e se n t a n t e s da s e n t ida de s e spe cia liza da s t om e m pa r t e , SEM VOTO, em suas
de libe r a çõe s e na s da s com issõe s por e le cr ia da s, e para que os seus pr ópr ios
r e pr e se n t a n t e s t om e m pa r t e n a s de libe r a çõe s da s e nt ida de s e spe cia liza da s.
Ar t igo 7 1
O Conselho Econôm ico e Social poderá e n t r a r n os e n t e ndim e n t os con ve n ie n t e s pa r a a
con su lt a com or ga n iza çõe s n ã o gove r n a m e n t a is, encarregadas de quest ões que
est iverem dent ro da sua própria com pet ência. Tais ent endim ent os poderão ser feit os com
organizações int ernacionais e, quando for o caso, com organizações nacionais, depois de
efet uadas consult as com o Mem bro das Nações Unidas no caso.
Ar t igo 7 2
1. O Conselho Econôm ico e Social adot ará seu pr ópr io r e gu la m e n t o, que incluirá o
MÉTODO DE ESCOLHA DE SEU PRESI DENTE.
2. O Conselho Econôm ico e Social r e u n ir - se - á qu a n do for n e ce ssá r io, de acordo com o
seu regulam ent o, o qual deverá incluir disposições referent es à convocação de reuniões a
pedido da m aioria dos Mem bros.

Em sínt e se , sobr e o Conse lho Econôm ico e Socia l...

CON SELH O ECON ÔM I CO E S OCI AL

• Com post o por 54 m em bros, t em por responsabilidade a prom oção da


cooperaçãocom quest ões de ordem econôm ica, social ou cult ural.
• Poderá realizar est udos e relat órios a respeit o de assunt os int ernacionais de
carát er econôm ico, social, cult ural, educacional, sanit ário e conexos;
• Poderá fazer recom endações a respeit o de t ais assunt os à Assem bleia Geral;
• Poderá criar proj et os de convenções;
• Poderá const it uir com issões, a exem plo do at ual Conselho de Direit os
Hum anos;
• Poderá convocar conferências int ernacionais sobre os assunt os de sua
com pet ência;
• Poderá fornecer inform ações e prest ar assist ência ao Conselho de Segurança,
quando solicit ado.

Declaração Relat iva a Territ órios sem Governo Próprio


O present e capít ulo t rat a da possibilidade de m em bros da ONU assum irem a
adm inist ração de t errit órios cuj os povos nã o t enham at ingido a capacidade de
aut o governança.
Durant e esse período de int ervenção const it ui obrigação o respeit o à cult ura do
povo local, bem com o ao progresso polít ico, econôm ico, social e educacional.
Adem ais, deve- se buscar o t rat am ent o equit at ivo a prot eção cont ra form as de
abuso.

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Det erm ina, ainda, a Cart a da ONU que os m em bros da ONU que assum irem a
adm inist ração do t errit ório agirão no sent ido de desenvolver a capacidade de
governo próprio e de consolidar a paz e a segurança int ernacional.
Para t ant o os Est ados m em bros poderão adot ar m edidas const rut ivas ao
desenvolvim ent o do t errit ório local, devendo inform ar regularm ent e inform ações
relat ivas ao progresso das ações ao Secret ário- Geral da ONU.
Vej a as disposições da Cart a das Nações Unidas sobre o assunt o:
Art igo 73
Os Mem bros das Nações Unidas, que a ssum ir a m ou a ssu m a m r e spon sa bilida de s pe la
a dm in ist r a çã o de t e r r it ór ios cu j os povos n ã o t e n ha m a t in gido a ple n a ca pa cida de
de se gove r n a r e m a si m e sm os, reconhecem o princípio de que os int eresses dos
habit ant es desses t errit órios são da m ais alt a im port ância, e aceit am , com o m issão sagrada,
a obrigação de prom over no m ais alt o grau, dent ro do sist em a de paz e segurança
int ernacionais est abelecido na present e Cart a, o bem - est ar dos habit ant es desses t errit órios
e, para t al fim , se obrigam a:
a) assegurar, com o devido respeit o à cult ura dos povos int eressados, o seu progresso
polít ico, econôm ico, social e educacional, o seu t rat am ent o eqüit at ivo e a sua prot eção
cont ra t odo abuso;
b) desenvolver sua capacidade de governo próprio, t om ar devida not a das aspirações
polít icas dos povos e auxiliá- los no desenvolvim ent o progressivo de suas inst it uições
polít icas livres, de acordo com as circunst âncias peculiares a cada t errit ório e seus
habit ant es e os diferent es graus de seu adiant am ent o;
c) consolidar a paz e a segurança int ernacionais;
d) prom over m edidas const rut ivas de desenvolvim ent o, est im ular pesquisas, cooperar uns
com os out ros e, quando for o caso, com ent idades int ernacionais especializadas, com vist as
à realização prát ica dos propósit os de ordem social, econôm ica ou cient ífica enum erados
nest e Art igo; e
e) t ransm it ir regularm ent e ao Secret ário- Geral, para fins de inform ação, suj eit as às
reservas im post as por considerações de segurança e de ordem const it ucional, inform ações
est at íst icas ou de out ro carát er t écnico, relat ivas às condições econôm icas, sociais e
educacionais dos t errit órios pelos quais são respect ivam ent e responsáveis e que não
est ej am com preendidos ent re aqueles a que se referem os Capít ulos XI I e XI I I da Cart a.
Art igo 74
Os Mem bros das Nações Unidas concordam t am bém em que a sua polít ica com relação aos
t errit órios a que se aplica o present e Capít ulo deve ser baseada, do m esm o m odo que a
polít ica seguida nos respect ivos t errit órios m et ropolit anos, no princípio geral de boa
vizinhança, t endo na devida cont a os int eresses e o bem - est ar do rest o do m undo no que
se refere às quest ões sociais, econôm icas e com erciais.

Finalizado, assim , m ais um t ópico.

Conselho de Tut ela

Sist em a I nt ernacional de Tut ela


O Sist em a I nt ernacional de Tut ela t em por finalidade fom e nt a r o pr oce sso
de scoloniza çã o e de a ut ode t e r m ina çã o dos povos, viabilizando que esses
povos, progressivam ent e, const it uam um governo próprio. Tem por obj et ivo,

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ainda, fa vor e ce r a pa z e se gur a nça int e r n a ciona is, e st im ula r o r e spe it o
a os dir e it os h u m a nos e à s libe r da de s fu nda m e nt a is e a sse gur a r a
igua lda de de t r a t a m e nt o.
Ar t igo 7 5
As nações Unidas est abelecerão sob sua aut oridade um sist em a int ernacional de t ut ela para
a adm inist ração e fiscalização dos t errit órios que possam ser colocados sob t al sist em a em
consequência de fut uros acordos individuais. Esses t errit órios serão, daqui em diant e,
m encionados com o t errit órios t ut elados.
Ar t igo 7 6
Os OBJETI VOS BÁSI COS do sist em a de t ut ela, de acordo com os Propósit os das Nações
Unidas enum erados no Art igo 1 da present e Cart a serão:
a) favorecer a paz e a segurança int ernacionais;
b) fom ent ar o progresso polít ico, econôm ico, social e educacional dos habit ant es dos
t errit órios t ut elados e o seu desenvolvim ent o progressivo para alcançar governo próprio ou
independência, com o m ais convenha às circunst âncias part iculares de cada t errit ório e de
seus habit ant es e aos desej os livrem ent e expressos dos povos int eressados e com o for
previst o nos t erm os de cada acordo de t ut ela;
c) est im ular o respeit o aos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais para t odos, sem
dist inção de raça, sexo língua ou religião e favorecer o reconhecim ent o da int erdependência
de t odos os povos; e
d) assegurar igualdade de t rat am ent o nos dom ínios social, econôm ico e com ercial para
t odos os Mem bros das nações Unidas e seus nacionais e, para est es últ im os, igual
t rat am ent o na adm inist ração da j ust iça, sem prej uízo dos obj et ivos acim a expost os e sob
reserva das disposições do Art igo 80.

Em sínt ese:

OBJETI VOS D O CON SELH O D E TUTELA

est im ular o
fom ent ar o respeit o aos
fom ent ar a favorecer a paz assegurar a
processo de direit os
aut odet erm ina e segurança igualdade de
descolonização hum anos e às
ção dos povos; int ernacionais; t rat am ent o.
; liberdades
fundam ent ais;

Trat a- se de assunt o com m enor relevância no cont ext o do nosso est udo.
Cont udo, para que você t enha a legislação int ernacional com plet a em seu
m at erial, vam os arrolar t odos os disposit ivos.
Ar t igo 7 7
1. O sist em a de t ut ela será aplicado aos t errit órios das cat egorias seguint es, que venham a
ser colocados sob t al sist em a por m eio de acordos de t ut ela:
a) t errit órios at ualm ent e sob m andat o;
b) t errit órios que possam ser separados de Est ados inim igos em conseqüência da Segunda
Guerra Mundial; e

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c) t errit órios volunt ariam ent e colocados sob t al sist em a por Est ados responsáveis pela sua
adm inist ração.
2. Será obj et o de acordo ult erior a det erm inação dos t errit órios das cat egorias acim a
m encionadas a serem colocados sob o sist em a de t ut ela e das condições em que o serão.
Ar t igo 7 8
O sist em a de t ut ela N ÃO se r á a plica do a t errit órios que se t enham t ornado M EM BROS
D AS N AÇÕES UN I D AS, cuj as relações m út uas deverão basear- se no respeit o ao princípio
da igualdade soberana.
Ar t igo 7 9
As con diçõe s de t u t e la em que cada t errit ório será colocado sob est e sist em a, bem com o
qualquer alt eração ou em enda, serão de t e r m ina da s por a cor do e n t r e os Est a dos
dir e t a m e nt e in t e r e ssa dos, inclusive a pot ência m andat ária no caso de t errit ório sob
m andat o de um Mem bro das Nações Unidas e serão aprovadas de conform idade com as
disposições dos Art igos 83 e 85.
Ar t igo 8 0
1. Salvo o que for est abelecido em acordos individuais de t ut ela, feit os de conform idade
com os Art igos 77, 79 e 81, pelos quais se coloque cada t errit ório sob est e sist em a e at é
que t ais acordos t enham sido concluídos, nada nest e Capít ulo será int erpret ado com o
alt eração de qualquer espécie nos direit os de qualquer Est ado ou povo ou dos t erm os dos
at os int ernacionais vigent es em que os Mem bros das Nações Unidas forem part es.
2. O parágrafo 1 dest e Art igo não será int erpret ado com o m ot ivo para dem ora ou adiam ent o
da negociação e conclusão de acordos dest inados a colocar t errit órios dent ro do sist em a de
t ut ela, conform e as disposições do Art igo 77.
Ar t igo 8 1
O acordo de t ut ela de ve r á , em cada caso, in clu ir a s con diçõe s sob a s qua is o t e r r it ór io
t u t e la do se r á a dm in ist r a do e de signa r a a ut or ida de que e x e r ce r á e ssa
a dm in ist r a çã o. Tal aut oridade, daqui por diant e cham ada a aut oridade adm inist radora,
poderá ser um ou m ais Est ados ou a própria Organização.
Ar t igo 8 2
Poderão designar- se, em qualquer acordo de t ut ela, um a ou várias zonas est rat égicas, que
com preendam part e ou a t ot alidade do t errit ório t ut elado a que o m esm o se aplique, sem
prej uízo de qualquer acordo ou acordos especiais feit os de conform idade com o Art igo 43.
Ar t igo 8 3
1. Todas as funções at ribuídas às Nações Unidas relat ivam ent e às zonas est rat égicas,
inclusive a aprovação das condições dos acordos de t ut ela, assim com o de sua alt eração ou
em endas, serão exercidas pelo Conselho de Segurança.
2. Os obj et ivos básicos enum erados no Art igo 76 serão aplicáveis aos habit ant es de cada
zona est rat égica.
3. O Conselho de Segurança, ressalvadas as disposições dos acordos de t ut ela e sem
prej uízo das exigências de segurança, poderá valer- se da assist ência do Conselho de Tut ela
para desem penhar as funções que cabem às Nações Unidas pelo sist em a de t ut ela,
relat ivam ent e a m at érias polít icas, econôm icas, sociais ou educacionais dent ro das zonas
est rat égicas.
Ar t igo 8 4
A a ut or ida de a dm in ist r a dor a t e r á o de ve r de a sse gu r a r que o t e r r it ór io t u t e la do
pr e st e sua cola bor a çã o à m a nut e n çã o da pa z e da se gu r a n ça in t e r na ciona is. para

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t al fim , a aut oridade adm inist radora poderá fazer uso de forças volunt árias, de facilidades
e da aj uda do t errit ório t ut elado para o desem penho das obrigações por ele assum idas a
est e respeit o perant e o Conselho de Segurança, assim com o para a defesa local e para a
m anut enção da lei e da ordem dent ro do t errit ório t ut elado.
Ar t igo 8 5
1. As funções das Nações Unidas relat ivas a acordos de t ut ela para t odas as zonas não
designadas com o est rat égias, inclusive a aprovação das condições dos acordos de t ut ela e
de sua alt eração ou em enda, serão exercidas pela Assem bleia Geral.
2. O Conselho de Tut ela, que funcionará sob a aut oridade da Assem bleia Geral, auxiliará
est a no desem penho dessas at ribuições.

Com posição
Sobre a com posição do Conselho de Tut ela, t em os:

COM POSI ÇÃO

m em bros que est ej am


m em bros perm anent es do m em bros eleições para
adm inist rando t errit órios
Conselho de Segurança m andat os de 3 anos
t ut elados

Vej a:
Ar t igo 8 6
1. O Conselho de Tut ela será COM POSTO dos seguint es Mem bros das Nações Unidas:
a) os M e m br os que a dm in ist r e m t e r r it ór ios t u t e la dos;
b) aqueles dent re os Mem bros m encionados nom inalm ent e no Art igo 23 [ m e m br os
pe r m a n e n t e do Con se lh o de Se gu r a n ça ] , que N ÃO est iverem adm inist rando t errit órios
t ut elados; e
c) quant os out ros M e m br os e le it os por u m pe r íodo de t r ê s a n os, pela Assem bleia Geral,
sej am necessários para assegurar que o núm ero t ot al de Mem bros do Conselho de Tut ela
fique igualm ent e dividido ent re os Mem bros das Nações Unidas que adm inist rem t errit órios
t ut elados e aqueles que o não fazem .
2. Ca da M e m br o do Conselho de Tut ela designará um a pessoa especialm ent e qualificada
para represent á- lo perant e o Conselho.

Funções e At ribuições
As at ribuições do Conselho est ão arroladas da seguint e form a:
Ar t igo 8 7
A Assem bleia Geral e, sob a sua aut oridade, o Conselho de Tut ela, no desem penho de suas
FUN ÇÕES, poderão:
a) exam inar os relat órios que lhes t enham sido subm et idos pela aut oridade adm inist radora;
b) Aceit ar pet ições e exam iná- las, em consult a com a aut oridade adm inist radora;
c) providenciar sobrevisit as periódicas aos t errit órios t ut elados em épocas ficadas de acordo
com a aut oridade adm inist radora; e

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d) t om ar est as e out ras m edidas de conform idade com os t erm os dos acordos de t ut ela.
Ar t igo 8 8
O Conselho de Tut ela form ulará um quest ionário sobre o adiant am ent o polít ico, econôm ico,
social e educacional dos habit ant es de cada t errit ório t ut elado e a aut oridade adm inist radora
de cada um dest es t errit órios, dent ro da com pet ência da Assem bleia Geral, fará um relat ório
anual à Assem bleia, baseado no referido quest ionário.

Com o obj et ivo de fom e nt a r o pr oce sso de scoloniza çã o e de


a ut ode t e r m ina çã o dos povos, viabilizando que esses povos,
progressivam ent e, const it uam um governo próprio, o Conselho de Tut ela poderá
desem penhar as seguint es funçõe s:

a) exam inar os relat órios que lhes t enham sido subm et idos pela aut oridade
adm inist radora;
b) Aceit ar pet ições e exam iná- las, em consult a com a aut oridade
adm inist radora;
c) providenciar sobre visit as periódicas aos t errit órios t ut elados em épocas
ficadas de acordo com a aut oridade adm inist radora; e
d) t om ar est as e out ras m edidas de conform idade com os t erm os dos acordos
de t ut ela.

Em sum a, são funções do Conselho de Tut ela:

• exam e dos relat órios;


FUN ÇÕES D O • exam e das pet ições encam inhadas;
CON SELH O D E
TUTELA • efet uar visit as periódicas aos t errit órios do Est ados; e
• t om ar m edidas.

Vot ação
A leit ura do disposit ivo da Cart a é o suficient e para fins de prova:
Ar t igo 8 9
1. Ca da M e m br o do Conselho de Tut ela t erá u m vot o.
2. As decisões do Conselho de Tut ela serão t om adas por um a m a ior ia dos m e m br os
pr e se n t e s e vot a n t e s.

Processo
Do m esm o m odo, leia at ent am ent e:
Ar t igo 9 0
1. O Conselho de Tut ela adot ará seu pr ópr io r e gu la m e nt o que I NCLUI RÁ O MÉTODO DE
ESCOLHA DE SEU PRESI DENTE.

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2. O Conselho de Tut ela reunir- se- á quando for necessário, de acordo com o seu
regulam ent o, que incluirá um a disposição referent e à convocação de reuniões a pedido da
m aioria dos seus m em bros.
Ar t igo 9 1
O Conselho de Tut ela valer- se- á, quando for necessário, da colaboração do Conselho
Econôm ico e Social e das ent idades especializadas, a respeit o das m at érias em que est as e
aquele sej am respect ivam ent e int eressados.

Finalizam os, com isso, o est udo do Conselho de Tut ela de form a obj et iva e t endo
em vist a o que é m ais cobrado em provas de concursos públicos.

Cort e I nt ernacional de Just iça


A Cort e I nt ernacional de Just iça, disciplinada no art . 92 da Cart a, é o ór gã o
j udicia l das Nações Unidas, com post o por 15 j uízes, com com pet ência
cont enciosa e consult iva.
A com pet ência cont enciosa refere- se à prerrogat iva de j ulgar ações de
responsabilidade int ernacional. A com pet ência consult iva refere- se à prerrogat iva
at ribuída à Cort e de unificar a int erpret ação das norm as do sist em a global de
direit os hum anos.
Vej a o que nos diz o art . 92 da Cart a:
Art igo 92
A Cort e I nt ernacional de Just iça será o pr in cipa l ór gã o j u diciá r io da s N a çõe s Un ida s.
Funcionará de acordo com o Est at ut o anexo, que é baseado no Est at ut o da Cort e
Perm anent e de Just iça I nt ernacional e faz part e int egrant e da present e Cart a.

Para bem com preender essas com pet ências, vam os nos socorrer de casos
prát icos cit ados por Flávia Piovesan 5 :

 exem plo de at uação cont enciosa: em abril de 1999, a I ugoslávia ingressou


cont ra Bélgica, Canadá, França, Alem anha, I t ália, Holanda, Port ugal,
Espanha, I nglat erra e EUA acusando- os de bom bardear o t errit ório
iugoslavo, violando, dest a form a, os preceit os da Cart a das Nações.
 exem plo de at uação consult iva: em abril de 1999, a Cort e I nt ernacional de
Just iça, proferiu o que se denom ina de “ Opinião Consult iva” relat ivam ent e
à im unidade processual dos Relat ores Especiais de Direit os Hum anos.
Não precisam os com preender bem a que se refere cada um a das ilust rações
acim a, cont udo, é necessário que sej a percebida a diferença ent re a at uação
cont e nciosa , na qual há um a viola çã o de dir e it os, da at uação consult iva , na
qual se pret ende obt e r um posiciona m e nt o oficia l a r e spe it o de
de t e r m ina da m a t é r ia .

5
PI OVESAN, Flávia. D ir e it os H um a nos e o D ir e it o Con st it u ciona l I n t e r na ciona l. 13ª edição,
rev., at ual., São Paulo: Edit ora Saraiva, 2012, p. 193/ 4.

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parecer oficial a respeit o de


consult iva
det erm inada m at éria
COM PETÊN CI A
D A CORTE
resolução de lit ígios, quando há
cont enciosa
violação de direit os hum anos

Além disso, a Cort e I nt ernacional de Just iça possui com pe t ê ncia fa cult a t iva ou
volunt arist a, na m edida em que ela som e nt e pode r á a t ua r qua n do o Est a do
r e conhe ce r a com pe t ê ncia da Cor t e .
Vale dizer, a Cort e som ent e poderá condenar um Est ado por violar norm as
int ernacionais, caso esse Est ado t enha reconhecido a com pet ência da Cort e.
Regist re- se que o Brasil, at é o present e m om ent o, não aderiu à cláusula e
j urisdição obrigat ória não reconhecendo a com pet ência da Cort e.
Por fim , a at uação da Cort e I nt ernacional de Just iça r e st r inge - se à s ca usa s
cíve is, pois os j ulgam ent os de crim es são feit os pelo Tribunal Penal
I nt ernacional. A Cort e é responsável pelo j ulgam ent o de acusados de
descum prirem as obrigações int ernacionais, não at uando no j ulgam ent o de
pessoas acusadas de prat icarem crim es cont ra a hum anidade.

CORTE I N TERN ACI ON AL DE JUSTI ÇA

• Órgão j udicial da ONU, com post o por 15 m em bros, que exerce função
cont enciosa e consult iva.
• con t e n ciosa : at ua quando há um a violação de Direit os Hum anos;
• con su lt iva : profere- se um parecer oficial a respeit o de det erm inada m at éria;
• com pe t ê n cia fa cu lt a t iva : som ent e poderá at uar quando o Est ado reconhecer
a com pet ência da Cort e; e
• rest ringe- se às causas cíveis.

O Est at ut o da Cort e int ernacional de Just iça é com post o por t odos os
m e m br os da ON U e poderá ser com post o, t am bém , por um Est ado que não sej a
m em bro segundo condições fixadas pela Assem bleia Geral, m ediant e
recom endação do Conselho de Segurança ( art . 93) .
Vej am os os dem ais disposit ivos:
Ar t igo 9 3
1. Todos os M e m br os das Nações Unidas são ipso fact o pa r t e s do Est a t u t o da Cor t e
I n t e r na cion a l de Ju st iça .

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2. Um Est ado que N ÃO for M e m br o da s N a çõe s Unida s poderá t ornar- se pa r t e n o
Est a t u t o da Cor t e I n t e r n a ciona l de Just iça , em condições que serão det erm inadas, em
cada caso, pela Assem bleia Geral, m ediant e recom endação do Conselho de Segurança.
Ar t igo 9 4
1. Cada Mem bro das Nações Unidas se com pr om e t e a con for m a r - se com a de cisã o da
Cort e I nt ernacional de Just iça em qualquer caso em que for part e.
2. Se um a das part es num caso de ix a r de cu m pr ir as obrigações que lhe incum bem em
virt ude de sent ença proferida pela Cort e, a out ra t erá direit o de r e cor r e r a o Conse lh o de
Se gu r a n ça que poderá, se j ulgar necessário, fazer recom endações ou decidir sobre
m edidas a serem t om adas para o cum prim ent o da sent ença.
Ar t igo 9 5
Nada na present e Cart a im pedirá os Mem bros das Nações Unidas de confiarem a solução
de suas divergências a out ros t ribunais, em virt ude de acordos j á vigent es ou que possam
ser concluídos no fut uro.
Ar t igo 9 6
1. A Assem bleia Geral ou o Conselho de Segurança poderá solicit ar pa r e ce r consu lt ivo da
Cort e I nt ernacional de Just iça, sobr e qua lqu e r qu e st ã o de or de m j u r ídica .
2. Out ros órgãos das Nações Unidas e ent idades especializadas, que forem em qualquer
época devidam ent e aut orizados pela Assem bleia Geral, poderão t am bém solicit ar pareceres
consult ivos da Cort e sobre quest ões j urídicas surgidas dent ro da esfera de suas at ividades.

Vej am os um a quest ão bast ant e int eressant e que envolve a Cort e:

( CESPE/ I nst it u t o Rio Br a n co/ 2 0 1 3 ) Julgue ( C ou E) os it ens seguint es, a respeit o da form a,
do alcance e da abrangência das decisões t om adas pela Organização das Nações Unidas ( ONU) e
de sua inst ância j urídica, a Cort e I nt ernacional de Just iça.
Ao t ornar- se signat ário da Cart a de São Francisco, o Est ado coobriga- se, t am bém , à j urisdição
da Cort e I nt ernacional de Just iça.
Com e n t á r ios
Prim eiro aspect o:
Cart a das Nações Unidas = Cart a de São Francisco
Seguindo, a Cort e I nt ernacional de Just iça foi criada pela própria Cart a. Para t ornar- se m em bro
da ONU é necessário aderir à Cart a é, port ant o, adere- se t am bém à Cort e, ou sej a, t odo m em bro
da ONU é part e na Cort e I nt ernacional de Just iça.
Est á corret a a assert iva, port ant o?
N ÃO! Est á incorret a! A quest ão é bem int eressant e, pois t odos os m em bros da ONU são t am bém
part es do Est at ut o da Cort e I nt ernacional de Just iça, conform e dispõe o art . 93. 1:
“ 1. Todos os Mem bros das Nações Unidas são ipso fact o part es do Est at ut o da Cort e I nt ernacional
de Just iça” .
Cont udo, para aceit ar a j urisdição da Cort e é necessário m anifest ação expressa do Est ado não
aceit ando- a. Logo, a subm issão à j urisdição da Cort e é volunt ária, podendo o Est ado- m em bro

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m anifest ar- se no sent ido de não se subm et er à Cort e, conform e prevê o art . 36.2 do Est at ut o da
Cort e I nt ernacional de Just iça.
Em razão disso, podem os dist inguir “ fazer part e da Cort e” e “ subm et er- se à j urisdição do órgão” .
De t odo m odo, est á in cor r e t a a assert iva, ao m encionar ao ser signat ário da Cart a, o país
subm et e- se à j urisdição da Cort e.
Nesse cont ext o, o Br a sil fa z pa r t e da Cor t e , m a s n ã o se su bm e t e à j u r isdiçã o do ór gã o.

Secret ariado
O Secret ariado é che fia do pe lo Se cr e t á r io- Ge r a l, considerado o pr incipa l
funcioná r io a dm inist r a t ivo da ONU, que é e scolhido pela Asse m ble ia Ge r a l,
a part ir de r e com e nda çã o do Conse lho de Se gur a nça , conform e o art igo 97
da Cart a.
Art igo 97
O Secret ariado será com post o de um Secret ário- Geral e do pessoal exigido pela
Organização. o Secret ário- Geral será indicado pela Assem bleia Geral m ediant e a
recom endação do Conselho de Segurança. Será o principal funcionário adm inist rat ivo da
organização.

Lem bre- se:


O SECRETÁRI O- GERAL

é o principal funcionário adm inist rat ivo da ONU

escolhido recom endado

pela Assem bleia Geral pelo Conselho de Segurança

O Secret ário at uará em t odas as reuniões da Assem bleia Geral, do Conselho de


Segurança, do Conselho Econôm ico e Social e do Conselho de Tut ela e fará um
relat ório anual de t odos os t rabalhos da Organização para a Assem bleia geral
( art . 98) .
Vej am os os dem ais disposit ivos sobre o Secret ariado, cuj a leit ura é o suficient e.
Ar t igo 9 8
O Secret ário- Geral a t ua r á nest e carát er e m t oda s a s r e u n iõe s da Asse m ble ia Ge r a l,
do Con se lh o de Se gu r a n ça , do Con se lho Econ ôm ico e Socia l e do Con se lh o de
Tu t e la e desem penhará out ras funções que lhe forem at ribuídas por est es órgãos. O
Secret ário- Geral fa r á u m r e la t ór io a n u a l à Asse m ble ia Ge r a l sobr e os t r a ba lh os da
Or ga n iza çã o.
Ar t igo 9 9
O Secret ário- Geral pode r á cha m a r a a t e n çã o do Con se lh o de Se gu r a n ça para qualquer
assunt o que em sua opinião possa am eaçar a m anut enção da paz e da segurança
int ernacionais.
Ar t igo 1 0 0
1. No desem penho de seus deveres, o Se cr e t á r io- Ge r a l e o pe ssoa l do Se cr e t a r ia do
N ÃO solicit a r ã o n e m r e ce be r ã o in st r u çõe s de qua lqu e r gove r n o ou de qu a lque r

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a u t or ida de e st r a n ha à or ga niza çã o. Abst er- se- ão de qualquer ação que sej a
incom pat ível com a sua posição de funcionários int ernacionais responsáveis som ent e
perant e a Organização.
2. Cada Mem bro das Nações Unidas se com prom et e a respeit ar o carát er exclusivam ent e
int ernacional das at ribuições do Secret ário- Geral e do pessoal do Secret ariado e não
procurará exercer qualquer influência sobre eles, no desem penho de suas funções.
Ar t igo 1 0 1
1. O pessoal do Secret ariado será nom eado pelo Secret ário Geral, de acordo com regras
est abelecidas pela Assem bleia Geral.
2. Será t am bém n om e a do, e m ca r á t e r pe r m a ne n t e , o pe ssoa l a de qu a do pa r a o
Con se lh o Econ ôm ico e Socia l, o con se lh o de Tu t e la e , qu a n do for n e ce ssá r io, pa r a
ou t r os ór gã os da s N a çõe s Un ida s. Esses funcionários farão part e do Secret ariado.
3. A consideração principal que prevalecerá na escolha do pessoal e na det erm inação das
condições de serviço será a da necessidade de assegurar o m ais alt o grau de eficiência,
com pet ência e int egridade. Deverá ser levada na devida cont a a im port ância de ser a
escolha do pessoal feit a dent ro do m ais am plo crit ério geográfico possível.

Finalizam os, assim , os órgãos gerais que com põem a ONU. Em relação aos
dem ais disposit ivos, cit arem os para que você t enha m at erial de est udo e consult a
com plet os.

3 .7 - D isposiçõe s D ive r sa s
Ar t igo 1 0 2
1. TOD O t r a t a do e t odo a cor do in t e r na cion a l, concluídos por qualquer Mem bro das
Nações Unidas depois da ent rada em vigor da present e Cart a, deverão, dent ro do m ais
breve prazo possível, ser r e gist r a dos e publica dos pe lo Se cr e t a r ia do.
2. Nenhum a part e em qualquer t rat ado ou acordo int ernacional que não t enha sido
regist rado de conform idade com as disposições do parágrafo 1º dest e Art igo poderá invocar
t al t rat ado ou acordo perant e qualquer órgão das Nações Unidas.
Ar t igo 1 0 3
No caso de conflit o ent re as obrigações dos Mem bros das Nações Unidas, em virt ude da
present e Cart a e as obrigações result ant es de qualquer out ro acordo int ernacional,
prevalecerão as obrigações assum idas em virt ude da present e Cart a.
Ar t igo 1 0 4
Organização gozará, no t errit ório de cada um de seus Mem bros, da capacidade j urídica
necessária ao exercício de suas funções e à realização de seus propósit os.
Ar t igo 1 0 5
1. A Or ga niza çã o goza r á , no t errit ório de cada um de seus Mem bros, dos pr ivilé gios e
im u n ida de s n e ce ssá r ios à r e a liza çã o de se u s pr opósit os.
2. Os r e pr e se n t a n t e s dos M e m br os das Nações Unidas e os fu n cioná r ios da
Or ga n iza çã o goza r ã o, igualm ent e, dos privilégios e im unidades necessários ao exercício
independent e de suas funções relacionadas com a Organização.
3. A Assem bleia Geral poderá fazer recom endações com o fim de det erm inar os porm enores
da aplicação dos parágrafos 1 e 2 dest e Art igo ou poderá propor aos Mem bros das Nações
Unidas convenções nesse sent ido.

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3 .8 - D isposiçõe s Tr a n sit ór ia s sobr e Se gu r a n ça


Ar t igo 1 0 6
Ant es da ent rada em vigor dos acordos especiais a que se refere o Art igo 43, que, a j uízo
do Conselho de Segurança, o habilit em ao exercício de suas funções previst as no Art igo 42,
as part es na Declaração das Quat ro Nações, assinada em Moscou, a 30 de out ubro de 1943,
e a França, deverão, de acordo com as disposições do parágrafo 5 daquela Declaração,
consult ar- se ent re si e, sem pre que a ocasião o exij a, com out ros Mem bros das Nações
Unidas a fim de ser levada a efeit o, em nom e da Organização, qualquer ação conj unt a que
se t orne necessária à m anut enção da paz e da segurança int ernacionais.
Ar t igo 1 0 7
Nada na present e Cart a invalidará ou im pedirá qualquer ação que, em relação a um Est ado
inim igo de qualquer dos signat ários da present e Cart a durant e a Segunda Guerra Mundial,
for levada a efeit o ou aut orizada em consequência da dit a guerra, pelos governos
responsáveis por t al ação.

3 .9 - Em e n da s
O procedim ent o para alt eração da Cart a da ONU é com plexo e adot a um quórum
peculiar. Para que sej am adot adas as em endas são necessários 2/ 3 dos vot os
dos m em bros da Assem bleia Geral da ONU e post eriorm ent e rat ificada por 2/ 3
dos m em bros das Nações Unidas e de t odos os m em bros perm anent es do
Conselho de Segurança.

rat ificada por 2/ 3 dos


m em bros das Nações
adot adas por 2/ 3 dos
Unidas e t odos os
EM EN D AS m em bros da
m em bros perm anet es
Assem bleia Geral
do Conselho de
Seguranças

Vej a:
Ar t igo 1 0 8
As em endas à present e Cart a ent rarão em vigor para t odos os Mem bros das Nações Unidas,
quando forem a dot a da s pe los vot os de dois t e r ços dos m e m br os da Assem bleia Geral
e r a t ifica da de acordo com os seus respect ivos m ét odos const it ucionais por dois t e r ços
dos M e m br os da s N a çõe s Un ida s, in clu sive t odos os m e m br os pe r m a ne n t e s do
Con se lh o de Se gur a n ça .
Ar t igo 1 0 9
1. Um a Confe r ê n cia Ge r a l dos Mem bros das Nações Unidas, dest inada a r e ve r a pr e se n t e
Ca r t a , poderá reunir- se em dat a e lugar a serem fixados pelo vot o de D OI S TERÇOS D OS
M EM BROS D A ASSEM BLEI A GERAL E D E N OVE M EM BROS QUAI SQUER D O
CON SELH O D E SEGURAN ÇA. Cada Mem bro das Nações Unidas t erá vot o nessa
Conferência.
2. Qualquer m odifica çã o à pr e se n t e Ca r t a , que for recom endada por D OI S TERÇOS
D OS VOTOS D A CON FERÊN CI A, t erá efeit o depois de rat ificada, de acordo com os
respect ivos m ét odos const it ucionais, por dois t erços dos Mem bros das Nações Unidas,
inclusive t odos os m em bros perm anent es do Conselho de Segurança.
3. Se essa Conferência não for celebrada ant es da décim a sessão anual da Assem bleia Geral
que se seguir à ent rada em vigor da present e Cart a, a propost a de sua convocação deverá

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figurar na agenda da referida sessão da Assem bleia Geral, e a Conferência será realizada,
se assim for decidido por m aioria de vot os dos m em bros da Assem bleia Geral, e pelo vot o
de set e m em bros quaisquer do Conselho de Segurança.

3 .1 0 - Ra t ifica çã o e Assin a t u r a
Ar t igo 1 1 0
1. A present e Cart a deverá ser rat ificada pelos Est ados signat ários, de acordo com os
respect ivos m ét odos const it ucionais.
2. As rat ificações serão deposit adas j unt o ao Governo dos Est ados Unidos da Am érica, que
not ificará de cada depósit o t odos os Est ados signat ários, assim com o o Secret ário- Geral da
Organização depois que est e for escolhido.
3. A present e Cart a ent rará em vigor depois do depósit o de rat ificações pela República da
China, França, união das Repúblicas Socialist as Soviét icas, Reino Unido da Grã Bret anha e
I rlanda do Nort e e Est ados Unidos da Am érica e ela m aioria dos out ros Est ados signat ários.
O Governo dos Est ados Unidos da Am érica organizará, em seguida, um prot ocolo das
rat ificações deposit adas, o qual será com unicado, por m eio de cópias, aos Est ados
signat ários.
4. Os Est ados signat ários da present e Cart a, que a rat ificarem depois de sua ent rada em
vigor t ornar- se- ão m em bros fundadores das Nações Unidas, na dat a do depósit o de suas
respect ivas rat ificações.
Art igo 111
3. A present e Cart a, cuj os t ext os em chinês, francês, russo, inglês, e espanhol fazem
igualm ent e fé, ficará deposit ada nos arquivos do Governo dos Est ados Unidos da Am érica.
Cópias da m esm a, devidam ent e aut ent icadas, serão t ransm it idas por est e últ im o Governo
aos dos out ros Est ados signat ários.
EM FÉ DO QUE, os represent ant es dos Governos das Nações Unidas assinaram a present e
Cart a.
FEI TA na cidade de São Francisco, aos vint e e seis dias do m ês de j unho de m il novecent os
e quarent a e cinco.

3 .1 1 - Ór gã os Espe cíficos de Pr ot e çã o a os D ir e it os H u m a n os
Conform e dissem os são t rês os órgãos específicos da ONU, encarregados do t em a
direit os hum anos: o Conselho de Direit os Hum anos; os Relat ores Especiais de
Direit os Hum anos; e o Alt o Com issariado de Direit os Hum anos.
Na sequência analisarem os cada um desses órgãos, dest acando as principais
inform ações para a prova.

Conselho de Direit os Hum anos


O Conselho de Direit os Hum anos é com post o por 4 7 Est a dos M e m br os e est á
vincula do à Asse m ble ia Ge r a l da ON U. Criado em 2006, pela Resolução
60/ 251, para ser m em bro exige- se o com prom et im ent o com a prot eção dos
direit os hum anos, aceit ando se subm et er à revisão periódica.
Adem ais, est á previst o que se o Est ado m em bro prat icar algum a violação grave
ou sist em át ica de Direit os Hum anos poderá ser suspe nso, desde que sej a o
ent endim ent o de 2/ 3 da Assem bleia Geral da ONU.

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Conform e ensina André de Carvalho Ram os 6 , a referida suspensão foi operada


pela prim eira vez em m arço de 2001, quando houve a suspensão da Líbia do
Conselho de Direit os Hum anos, em razão da repressão sangrent a aos oposit ores
da dit adura de Kadafi, que const it uiu grave violação aos Direit os Hum anos.
Para a perm anência de det erm inado m em bro no Conselho de Direit os Hum anos,
exige- se o envio de relat órios periódicos os quais são analisados pelos relat ores
especiais de Direit os Hum anos.

O Conselho de Direit os Hum anos é órgão especial encarregado de


averiguar o cum prim ent o das norm as de Direit os Hum anos em
relação aos Est ados Mem bros.

Relat ores Especiais de Direit os Hum anos


Os relat ores especiais de Direit os Hum anos são e scolhidos pe lo pr ópr io
Conse lh o em razão das qualidades pessoais no t rat o e ent endim ent o dos Direit os
Hum anos. I sso significa que o relat or não será escolhido pelos Est ados m em bros,
não est ando, port ant o vinculados ao país da nacionalidade.
Port ant o, a at uação do relat or independe do país da nacionalidade e aut ônom a.
O t rabalho dos relat ores consist e na r e a liza çã o de visit a s a os pa íse s pa r a
cole t a r infor m a çõe s, bem com o, para, se necessário, solicit a r a o Est a do
viola dor de dir e it os hum a nos que dê a t e nçã o à sit u a çã o no se nt ido de
e vit a - la e r e pa r á - la . Após a visit a, os relat ores subscrevem um relat ório que
recom enda a t om ada de providências e o encam inha ao Conselho de Direit os
Hum anos e à Assem bleia Geral da ONU.

6
RAMOS, André de Carvalho. Cu r so de D ir e it os H um a nos. São Paulo: Edit ora Saraiva, 2014
( versão digit al) .

Pr of. Rica r do Tor qu e s 55


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Os relat óres especiais t em por finalidade efet uar revisões periódicas


nos países m em bros inform ando a sit uação do país em relação ao
at endim ent o das norm as de Direit os Hum anos ao Conselho de
Direit os Hum anos e à Assem bleia- Geral da ONU.

Alt o Com issariado de Direit os Hum anos


Por fim , quant o ao Alt o Com issariado das Nações Unidas, que const it ui um órgão
com sede na cidade de Genebra, t em por finalidade ofe r e ce r supor t e
a dm inist r a t ivo e t é cnico a os pr oce dim e nt os e spe cia is do Conse lh o de
D ir e it os H um a nos.

O Alt o Com issariado de Direit os Hum anos oferece suport e


adm inist rat ivo e t écnico aos procedim ent os especiais do Conselho de
Direit os Hum anos.

Acredit am os que essas inform ações sej am suficient es para a nossa prova. Na
realidade, t rat a- se de verdadeiro aprofundam ent o da m at éria, que t em por
finalidade cobrir quaisquer possibilidades de cobrança em prova.
Além desses órgãos, que possuem nat ureza cível, t am bém é considerado
fundam ent al na prot eção dos direit os hum anos, o Tr ibuna l Pe na l
I nt e r na ciona l ( TPI ) . Esse órgão, em bora não t enha sido criado de form a
específica para t ut elar direit os hum anos e não est ej a regrado no boj o da Cart a
das Nações Unidas t em papel fundam ent al para dar respost a às violações de
direit os hum anos por condut as ilícit as graves.
Para finalizar o nosso est udo, vam os dest acar as principais inform ações da Cart a
das Nações Unidas.

4 – Sín t e se da Ca r t a pa r a o e st u do dos D ir e it os
H um a n os
É possível perceber da leit ura da Cart a das Nações Unidas que t odo o t ext o é
perm eado pela preocupação com as Grandes Guerras Mundiais, de form a que,
num prim eiro m om ent o, a ONU est ava preocupada com a paz e segurança
int ernacionais. At ualm ent e, para além dessas preocupações, o organism o
int ernacional possui, conform e leciona Flávia Piovesan 7 , t r ê s gr a nde s
obj e t ivos:

7
PI OVESAN, Flávia. D ir e it os H um a nos e o D ir e it o Con st it u ciona l I n t e r na cion a l, p. 197.

Pr of. Rica r do Tor qu e s 56


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• paz segurança nacional;


• quest ões sociais e econôm icas; e
• dir e it os hum a nos.
Essa nova orient ação assum ida pela ONU, em relação aos Direit os Hum anos, ficou
evident e com a criação do Conselho de Direit os Hum anos em 2006, que alçou a
problem át ica da dignidade ao nível int ernacional.
A dout rina cit a com o exem plo de disposit ivos da Cart a das Nações Unidas, que
dem onst ram a preocupação dos Direit os Hum anos: art igo 1º , 3; art igo 13, art igo
55, art igo 56; e art igo 62, 2 e 3.
Pelo art igo 1º , fica evident e o pr opósit o de coope r a çã o int e r na ciona l pa r a a
soluçã o de pr oble m a s que e nvolva m D ir e it os H um a nos.
Assim ...

GRAN D ES OBJETI VOS D A ON U


( Flávia Piovesan)

paz e segurança quest ões sociais e


direit os hum anos
nacional econôm icas

O art igo 13, com binado com o art igo 62, t raz a possibilidade do Conselho
Econôm ico e Social pr om ove r o r e spe it o e obse r vâ ncia dos D ir e it os
H um a nos e da s libe r da de s funda m e nt a is, bem com o, elaborar pr oj e t os
docum e nt os int e r na ciona is de D ir e it os H u m a nos.
O art igo 55 e o art igo 56 reforçam a prom oção dos Direit os Hum anos ao prever
o de ve r de t odos os m e m br os e m busca r a pr ot e çã o dos D ir e it os
H um a nos.
Pa r a fins de pr ova pode m os de st a ca r ...

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curso regular em teoria e exercícios 03

CARTA D AS N AÇÕES U N I D AS E D I REI TOS H UM AN OS

• Propósit o de cooperação int ernacional para a solução de problem as que


envolvam Direit os Hum anos.
• Prom oção do respeit o e da observância dos Direit os Hum anos e das liberdades
fundam ent ais.
• Previsão para criação proj et os docum ent os int ernacionais de Direit os Hum anos.
• Fixação com o dever de t odos os m em bros buscar a prot eção dos Direit os
Hum anos.

Sobre a Cart a das Nações Unidas, esses são os principais aspect os para a sua
prova.

5 – Que st õe s

5 .1 – List a de Qu e st õe s se m Com e n t á r ios


Q1 . VUN ESP/ D PE- RO/ 2 0 1 7
Sobre a Cart a das Nações Unidas, é corret o afirm ar:
a) assinada em São Francisco, em 26 de j unho de 1945, criou o Conselho de
Direit os Hum anos, endossando a visão de que os direit os fundam ent ais são
essenciais para a paz e o desenvolvim ent o das nações.
b) o Conselho de Segurança é com post o de quinze m em bros das Nações
Unidas. São m em bros perm anent es: China, Alem anha, Rússia, Reino Unido
e Est ados Unidos. Os dem ais são eleit os pela Assem bleia Geral.
c) a adm issão de qualquer Est ado com o Mem bro das Nações Unidas será
efet uada por decisão da Assem bleia Geral, sem qualquer int erferência do
Conselho de Segurança.
d) a Cort e I nt ernacional de Just iça foi criada com o o principal órgão j udicial
das Nações Unidas, sendo com post o por nove j uízes.
e) seus propósit os cent rais são: ( i) m ant er a paz e a segurança
int ernacional; ( ii) fom ent ar a cooperação int ernacional nos cam pos social e
econôm ico; ( iii) prom over os direit os hum anos no âm bit o universal.

Q2 . UECE- CEV/ SEAS- CE/ 2 0 1 7


A Cart a das Nações Unidas é
a) um a m era resolução da Assem bleia Geral das Nações Unidas, com carát er
de recom endação, j uridicam ent e não vinculant e. Com isso, os preceit os
cont idos na Declaração não seriam , em princípio, obrigat órios, ao m enos à
luz de um ent endim ent o calcado em noções m ais ant igas do Direit o, de
carát er m ais form alist a e m enos ligadas a valores, dent ro das quais, a
propósit o, a prot eção da dignidade hum ana não t inha o dest aque de que
hoj e se revest e.

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b) um t rat ado, cuj os preceit os são j uridicam ent e vinculant es e cuj o obj et ivo
principal é det alhar direit os est abelecidos na Declaração Universal dos
Direit os Hum anos e cont ribuir para sua aplicação.
c) o pact o que visa prom over e prot eger os direit os econôm icos, sociais e
cult urais, que t am bém deverão ser obj et o da at enção dos Est ados, os quais
deverão progressivam ent e assegurar seu gozo por esforços próprios ou pela
cooperação int ernacional, com o auxílio de t odos os m eios apropriados nos
planos econôm ico e t écnico e at é o m áxim o de seus recursos disponíveis.
d) o t rat ado que criou a Organização das Nações Unidas — ONU —, razão
pela qual t am bém é conhecida com o “ Cart a da ONU” , t endo sido firm ada em
1945, em São Francisco.

Q3 . FCC/ D PE- SP/ 2 0 0 9


O denom inado " Sist em a ONU" de prot eção dos direit os hum anos inclui
a) o Conselho de Direit os Hum anos e o Tribunal Penal I nt ernacional.
b) o Conselho de Direit os Hum anos, os alt os com issários, os relat ores
especiais, os com it ês criados pelos t rat ados int ernacionais e o Tribunal Penal
I nt ernacional.
c) a Cort e I nt eram ericana de Direit os Hum anos, a Cort e Européia de Direit os
Hum anos e a Cort e Africana de Direit os Hum anos.
d) o Conselho de Direit os Hum anos, os alt os com issários, os relat ores
especiais, os com it ês criados pelos t rat ados int ernacionais e a Cort e
I nt ernacional de Just iça.
e) o Conselho de Direit os Hum anos, Cort e I nt ernacional de Just iça e o
Tribunal Penal I nt ernacional.

Q4 . CESPE/ PM - AL/ 2 0 1 2 / a da pt a da
A respeit o do sist em a de prot eção dos direit os hum anos e dos inst rum ent os
de garant ia desse sist em a, j ulgue o it em abaixo:
Com o docum ent o que elevou a prom oção dos direit os hum anos a propósit o
e finalidade dos países da Organização dos Direit os Hum anos, a Cart a das
Nações Unidas, de 1948, det erm ina a im port ância de defender e respeit ar
os direit os hum anos e as liberdades fundam ent ais.

Q5 . CESPE/ D PE- PI / 2 0 0 9 / a da pt a da
Com relação aos m ecanism os int ernacionais de prot eção e m onit oram ent o
dos direit os hum anos, j ulgue o it em abaixo.
A ONU nasceu com diversos obj et ivos, com o a m anut enção da paz e
segurança int ernacionais, bem com o a prot eção aos Direit os Hum anos.

Q6 . CESPE/ D PE- PI / 2 0 0 9 / a da pt a da

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At ualm ent e, os direit os e garant ias fundam ent ais est ão inseridos em
dist int os t ext os const it ucionais de diferent es países. Tal presença é um a
conquist a hist órica ocorrida por ações concret as realizadas no passado. A
Cart a das Nações Unidas de 1945, exem plo de um a dessas ações concret as,
consolidou, j unt o com a UDHR, o m ovim ent o de int ernacionalização dos
direit os hum anos. Tendo em vist a essa inst it ucionalização, j ulgue o it em
abaixo.
A est rut ura do Sist em a Global de prot eção é cent rada na ONU.

Q7 . CESPE/ D PU/ 2 0 1 0
Julgue o it em abaixo.
Segundo det erm inação das Nações Unidas acerca do uso da força, os
governos devem garant ir que a ut ilização arbit rária ou abusiva da força ou
de arm as de fogo pelos policiais sej a punida com o infração penal, nos t erm os
da legislação nacional.

Q8 . I né dit a / 2 0 1 7
Sobre a Liga das Nações assinale a alt ernat iva corret a:
a) foi criada em 1945, após a Segunda Guerra Mundial.
b) aprovou a Declaração Universal dos Direit os Hum anos.
c) obj et ivou a cooperação, a paz e a segurança int ernacional, condenando
agressões ext ernas cont ra a int egridade t errit orial e a independência polít ica
de seus m em bros cooperação, a paz e a segurança int ernacional.
d) foi um a criação de sucesso no âm bit o int ernacional;
e) influenciou a criação da OEA.

Q9 . I né dit a / 2 0 1 7
São considerados obj et ivos da ONU, excet o:
a) m anut enção da paz m undial;
b) m anut enção da segurança no cenário int ernacional;
c) a igualdade ent re os m em bros;
d) o desenvolvim ent o das nações;
e) a prom oção dos Direit os Hum anos.

Q1 0 . FUM ARC/ PC- M G/ 2 0 1 3


Sobre a ONU, NÃO é corret o afirm ar:
a) O Conselho de Segurança é com post o por cinco m em bros perm anent es
( China, França, Reino Unido, EUA e Rússia) e dez não perm anent es.

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b) A Cort e I nt ernacional de Just iça é com post a por quinze j uízes, t em
com pet ência j urisdicional e consult iva e é o principal órgão j udicial das
Nações Unidas.
c) A Com issão de Direit os Hum anos da ONU, criada pelo Conselho Econôm ico
e Social, foi subst it uída pelo Conselho de Direit os Hum anos, cuj a com posição
m ant eve- se em cinquent a e t rês m em bros.
d) O poder de vet o dos m em bros perm anent es do Conselho de Segurança
decorre da necessidade de que, em relação às quest ões m at eriais sob seu
exam e, as deliberações sej am t om adas por nove vot os afirm at ivos,
incluindo, t odavia, os vot os dos cinco m em bros perm anent es.

Q1 1 . I né dit a / 2 0 1 7
Julgue o it em a seguir:
De um lado, os m ecanism os convencionais são criados no âm bit o de t rat ados
int ernacionais específicos, além disso, esses inst rum ent os est abelecem
órgãos para fiscalizar e m onit orar o cum prim ent o dos t rat ados. Por out ro
lado, os m ecanism os ext raconvencionais são os m ecanism os exist ent es no
âm bit o de organizações int ernacionais, t am bém são fundados em t rat ados,
m as não em um deles de m aneira específica.

Q1 2 . I né dit a / 2 0 1 7
São órgão que com põe a ONU, excet o:
a) Assem bleia Geral;
b) Conselho de segurança;
c) Secret ariado;
d) Conselho Fiscal;
e) Conselho de Tut ela.

Q1 3 . I né dit a / 2 0 1 7
Julgue o it em a seguir.
Com porão a Assem bleia Geral t odos os m em bros das Nações Unidas. Cada
est ado m em bro t erá direit o a um vot o e não poderá t er m ais de 02
represent ant es. As deliberações da assem bleia, em regra, são t om adas pela
m aioria absolut a, cont udo, algum as m at érias, por serem consideradas
im port ant es, devem ser t om adas por decisão da m aioria de 2/ 3 dos
m em bros vot ant es e present es à Assem bleia.

Q1 4 . I né dit a / 2 0 1 7
Julgue o it em a seguir.
O Conselho Econôm ico e Social é com post o por 54 m em bros e t em por
finalidade o cont role financeiro da ONU.

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Q1 5 . I né dit a / 2 0 1 7
Tendo em vist a os órgãos da ONU e seus respect ivos obj et ivos assinale a
alt ernat iva incorret a.
a) O Conselho de Tut ela t em com o obj et ivo fom ent ar o processo de
descolonização e a aut odet erm inação dos povos;
b) O Conselho de Segurança t em por responsabilidade a m anut enção da paz
e segurança int ernacional.
c) O Secret ariado é responsável pelo cont role financeiro da ONU.
d) O Conselho Econôm ico e Social pode prest ar inform ações e assist ência ao
Conselho de segurança.

Q1 6 . I né dit a / 2 0 1 7
Tendo em vist a a Cart a da ONU, j ugue o it em a seguir.
A Cart a da ONU est á est rut urada t endo em vist a t rês grandes obj et ivos,
quais sej a, a paz e a segurança int ernacional, quest ões sociais e econôm icas
e a prot eção dos direit os hum anos.

Q1 7 . CESPE/ Câ m a r a dos D e put a dos/ 2 0 1 4


Julgue o próxim o it em , acerca do direit o de guerra e de neut ralidade.
Com o Pact o da Liga das Nações, concluído em 1919, os Est ados declararam -
se solenem ent e cont ra a guerra com o m eio de solucionar conflit os
int ernacionais e renunciaram a essa com o inst rum ent o de polít ica nacional
nas suas relações m út uas.

Q1 8 . FEPESE/ D PE- SC/ 2 0 1 2


Em relação ao sist em a int ernacional de prot eção dos direit os hum anos, é
corret o afirm ar:
a) A Cart a das Nações Unidas, docum ent o lançado em 1919, ao final da 1ª
Guerra Mundial, serviu de elem ent o para a consolidação do m ovim ent o de
int ernacionalização dos direit os hum anos e criação da Organização das
Nações Unidas ( ONU) .
b) A Cart a das Nações Unidas de 1945 foi um a t ent at iva fracassada de
criação de um sist em a int ernacional de prot eção aos direit os hum anos, o
que som ent e ocorreu com o final da guerra fria na década de 80.
c) A Cart a das Nações Unidas de 1945, apresent ada ao m undo ao final da
cham ada “ Crise dos Mísseis” , serviu de elem ent o para a consolidação do
m ovim ent o de int ernacionalização dos direit os hum anos e criação da
Organização das Nações Unidas ( ONU) e da Liga das Nações.
d) A Cart a das Nações Unidas de 1945 serviu de elem ent o para a
consolidação do m ovim ent o de int ernacionalização dos direit os hum anos,

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elevando a prom oção de t ais direit os a propósit o e finalidade da Organização
das Nações Unidas ( ONU) .
e) A Liga das Nações foi criada em 1945 ao final da 2ª Guerra Mundial. Anos
depois, foi subst it uída pela Organização das Nações Unidas, responsável pelo
sist em a de prot eção aos direit os hum anos em t odos os países signat ários da
Organização do Trat ado do At lânt ico Nort e ( OTAN)

Q1 9 . PC- M G/ PC- M G/ 2 0 1 1
A criação das Nações Unidas, com suas agências especializadas, dem arca o
surgim ent o de um a nova ordem int ernacional, inclusive a prot eção
int ernacional dos direit os hum anos. Associe abaixo cada órgão enum erado
da ONU à sua com pet ência:
ÓRGÃO
I. Assem bléia Geral.
I I . Cort e I nt ernacional de Just iça.
I I I . Conselho Econôm ico e Social.
I V. Conselho de Tut ela.
COMPETÊNCI A
( a) Fom ent ar o processo de descolonização e aut odet erm inação dos povos,
a fm de que pudessem alcançar, por m eio de desenvolvim ent o progressivo,
governo próprio.
( b) Prom over a cooperação em quest ões econôm icas, sociais e cult urais e
fazer recom endações dest inadas a prom over o respeit o e a observância dos
direit os hum anos.
( c) Discut ir e fazer recom endações relat ivas a qualquer m at éria obj et o da
Cart a das Nações Unidas.
( d) Decidir acerca das quest ões cont enciosas e consult ivas, t odavia som ent e
nas quest ões em que os Est ados são part es perant e ela.
Marque a CORRETA relação:
a) I ( c) ; I I ( d) ; I I I ( b) ; I V ( a) .
b) I ( a) ; I I ( d) ; I I I ( b) ; I V ( c) .
c) I ( c) ; I I ( d) ; I I I ( a) ; I V ( b) .
d) I ( d) ; I I ( c) ; I I I ( b) ; I V ( a) .

Q2 0 . CESPE/ I nst it ut o Rio Br a n co/ 2 0 1 3


É agência especializada da ONU.
a) o Com it ê I nt ernacional da Cruz Verm elha.
b) a Organização Mundial do Com ércio.

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c) o Tribunal Penal I nt ernacional.
d) a Organização para a Cooperação e Desenvolvim ent o Econôm ico.
e) a Organização I nt ernacional do Trabalho

Q2 1 . CESPE/ D PE- D F/ 2 0 1 3
Julgue o it em abaixo com base no que dispõe a Cart a das Nações Unidas.
Os m em bros não perm anent es do Conselho de Segurança da Organização
das Nações Unidas, em núm ero de dez, devem ser eleit os pela Assem bleia
Geral com base, ent re out ros crit érios, na dist ribuição geográfica equit at iva.

Q2 2 . CESPE/ D PE- ES/ 2 0 1 2


Julgue o it em subsecut ivo
A Cart a das Nações Unidas não int egra o núcleo de direit o int ernacional dos
direit os hum anos, pois apenas inst it ui um organism o int ernacional.

Q2 3 . CESPE/ D PU/ 2 0 1 0
Julgue o it em seguint e:
Ent re os diversos órgãos especializados que t rat am da prot eção dos direit os
hum anos, inclui- se a Cort e I nt ernacional de Just iça, órgão das Nações
Unidas cuj a com pet ência alcança não só os Est ados, m as t am bém quaisquer
pessoas físicas e j urídicas, as quais podem encam inhar suas dem andas
diret am ent e à Cort e.

Q2 4 . VUN ESP/ D PE- M S/ 2 0 1 4


A Cart a das Nações Unidas preconiza, em seu art . 13, que a Assem bleia
Geral iniciará est udos e fará recom endações dest inados a
a) det erm inar a exist ência de qualquer am eaça à paz, rupt ura da paz ou at o
de agressão, e decidirá que m edidas deverão ser t om adas, a fim de m ant er
ou rest abelecer a paz e a segurança int ernacionais.
b) prom over cooperação int ernacional no t erreno polít ico e incent ivar o
desenvolvim ent o progressivo do direit o int ernacional e a sua codificação.
c) levar a efeit o, por m eio de forças aéreas, navais ou t errest res, a ação que
j ulgar necessária para m ant er ou rest abelecer a paz e a segurança
int ernacionais.
d) det erm inar as condições pelas quais a Cort e I nt ernacional de Just iça
est ará abert a a out ros Est ados.

Q2 5 . UFPR/ D PE- PR/ 2 0 1 4


Dent re as funções do Conselho de Direit os Hum anos das Nações Unidas não
se inclui a de:
a) conduzir a Revisão Periódica Universal.

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b) encam inhar denúncias de violação dos direit os hum anos à Cort e
I nt ernacional de Just iça.
c) est abelecer Procedim ent os Especiais e indicar as pessoas que ocuparão
os respect ivos m andat os.
d) prom over a educação sobre direit os hum anos.
e) fazer recom endações à Assem bleia Geral t endo em vist a o
desenvolvim ent o do Direit o I nt ernacional dos Direit os Hum anos.

Q2 6 . N D / PC- TO/ 2 0 1 4
É um princípio cont ido na Cart a das Nações Unidas:
a) a paz e a segurança int ernacionais.
b) a igualdade de t odos os seus m em bros.
c) as relações am ist osas ent re as nações.
d) a cooperação int ernacional para resolver os problem as int ernacionais de
carát er social.

Q2 7 . AROEI RA/ PC- TO/ 2 0 1 4


A respeit o dos órgãos e m ecanism os de m onit oram ent o e prot eção
int ernacional dos direit os hum anos da Organização das Nações Unidas,
a) a Cort e I nt ernacional de Just iça, com sede em Genebra, é o principal
órgão j udiciário das Nações Unidas.
b) a criação foi cercada de grande expect at iva, em especial quant o à sua
at uação no cam po da prom oção e defesa dos direit os hum anos, em vist a dos
vários espet áculos de violação de direit os hum anos proporcionados pela
Segunda Guerra Mundial.
c) as cham adas " cláusulas de com pat ibilização" dos disposit ivos
convencionais ( int ernacionais) e de direit o int erno deixaram de ser
ut ilizadas, t endo em vist o o carát er subsidiário da j urisdição int ernacional.
d) o Conselho de Segurança é o órgão da ONU form ado por 17 m em bros,
sendo cinco perm anent es, que possuem o direit o a vet o, e doze m em bros
não perm anent es, sem direit o a vet o, eleit os pela Assem beia Geral por
quat ro anos.

Q2 8 . TRF4 ª / TRF4 ª Re giã o/ 2 0 1 2 / a da pt a da


Julgue:
No âm bit o da Organização das Nações Unidas, as decisões da Assem bleia
Geral, em quest ões im port ant es, serão t om adas por m aioria de t rês quint os
dos m em bros present es e vot ant es.

Q2 9 . CESPE/ TRF- 2 ª Re giã o/ 2 0 1 1

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Com relação à est rut ura, ao funcionam ent o e aos princípios da ONU,
est abelecidos na Cart a das Nações Unidas, assinale a opção corret a.
a) Os m em bros da ONU, em regra, podem ut ilizar força m ilit ar para a
resolução dos conflit os int ernacionais.
b) Não há dever de solidariedade ent re os m em bros da ONU.
c) O princípio da não int ervenção não prej udica a aplicação de m edidas
coercit ivas nos casos previst os na Cart a.
d) Os Est ados que não são m em bros da ONU não t êm obrigações na
prom oção da paz e da segurança int ernacionais
e) A ONU é em basada no princípio da igualdade orçam ent ária dos seus
m em bros, de m odo que t odos devem cust eá- la na m esm a proporção.

Q3 0 . PGR/ PGR/ 2 0 1 1
O direit o à legít im a defesa, de acordo com o art . 51 da cart a da ONU,
a) pode ser exercido prevent ivam ent e;
b) só pode ser exercido quando o Est ado é at acado;
c) não com port a lim it ação pelo Conselho de Segurança, pois é um direit o
" inerent e" ;
d) é obj et o do direit o int ernacional hum anit ário.

Q3 1 . FEPESE/ SJC- SC/ 2 0 1 6


O sist em a int ernacional de prot eção dos direit os hum anos pode apresent ar
diferent es âm bit os de aplicação. Daí falar nos sist em as global e regional de
prot eção aos direit os hum anos.
O sist em a global é o sist em a da.....( 1) .....Junt o com o sist em a global,
surgem os sist em as regionais de prot eção que buscam int ernacionalizar os
direit os hum anos no plano regional. No plano regional o Brasil faz part e
da.....( 2) ...... .
Assinale a alt ernat iva que com plet a corret am ent e as lacunas num eradas do
t ext o.
a) ( 1) Organização dos Est ados Am ericanos
( 2) Organização das Nações Unidas
b) ( 1) Organização das Nações Unidas
( 2) Organização dos Est ados Am ericanos
c) ( 1) Organização das Nações Unidas
( 2) União Europeia
d) ( 1) Organização dos Est ados Am ericanos
( 2) União Europeia

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e) ( 1) União Europeia
( 2) Organização dos Est ados Am ericanos

Q3 2 . FUN CAB/ SEGEP- M A/ 2 0 1 6


De acordo com o m ecanism o de Revisão Periódica Universal ( RPU) , assinale
a assert iva corret a.
a) O RPU prevê que t odos os Est ados da ONU ) serão avaliados em períodos
de t rês a quat ro anos.
b) Os Mem bros do Conselho de Direit os Hum anos avaliam os Est ados da
ONU, que devem passar pela RPU a cada dois/ t rês anos.
c) A essência do RPU é o peer review - m onit oram ent o pelos pares - pelo
qual um Est ado t em a sua sit uação de direit os hum anos analisada pelos
dem ais Est ados da ONU.
d) Foi criado por um a Resolução do Conselho de Direit os Hum anos de 2001.
e) Os com prom issos da RPU são im post os aos Est ados.

Q3 3 . VUN ESP/ PC- CE/ 2 0 1 5


Assinale a alt ernat iva corret a no que diz respeit o à Organização das Nações
Unidas.
a) O nom e Nações Unidas foi concebido pelo president e nort e- am ericano
Franklin Roosevelt e ut ilizado pela prim eira vez na Declaração das Nações
Unidas em decorrência das discussões que se seguiram ao t érm ino da
prim eira Guerra m undial.
b) Durant e a prim eira reunião da Assem bleia Geral da ONU, que acont eceu
na capit al do Reino Unido, Londres, em 1946, ficou decidido que a sede
perm anent e da Organização seria nos Est ados Unidos, na cidade de São
Francisco, local em que at é hoj e est á sediada.
c) É propósit o das Nações Unidas conseguir um a cooperação int ernacional
para resolver os conflit os arm ados e os problem as int ernacionais de carát er
econôm ico, social, cult ural, hum anit ário ou religioso.
d) É propósit o das Nações Unidas m ant er a paz e a segurança int ernacionais
e, para esse fim , t om ar, colet ivam ent e, m edidas efet ivas para evit ar
am eaças à paz sem reprim ir os at os de agressão j á iniciados.
e) A Organização é baseada no princípio da igualdade de t odos os seus
Mem bros.

5 .2 – Ga ba r it o
Q1. E Q5. CORRETA Q9. C
Q2. D Q6. CORRETA Q10. C
Q3. B Q7. CORRETA Q11. CORRETA
Q4. I NCORRETA Q8. C Q12. D

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Q13. I NCORRETA Q20. E Q27. B
Q14. I NCORRETA Q21. CORRETA Q28. I NCORRETA
Q15. C Q22. I NCORRETA Q29. C
Q16. CORRETA Q23. I NCORRETA Q30. B
Q17. I NCORRETA Q24. B Q31. B
Q18. D Q25. B Q32. C
Q19. A Q26. B Q33. E

5 .3 – List a de Qu e st õe s com Com e n t á r ios


Q1 . VUN ESP/ D PE- RO/ 2 0 1 7
Sobre a Cart a das Nações Unidas, é corret o afirm ar:
a) assinada em São Francisco, em 26 de j unho de 1945, criou o Conselho de
Direit os Hum anos, endossando a visão de que os direit os fundam ent ais são
essenciais para a paz e o desenvolvim ent o das nações.
b) o Conselho de Segurança é com post o de quinze m em bros das Nações
Unidas. São m em bros perm anent es: China, Alem anha, Rússia, Reino Unido
e Est ados Unidos. Os dem ais são eleit os pela Assem bleia Geral.
c) a adm issão de qualquer Est ado com o Mem bro das Nações Unidas será
efet uada por decisão da Assem bleia Geral, sem qualquer int erferência do
Conselho de Segurança.
d) a Cort e I nt ernacional de Just iça foi criada com o o principal órgão j udicial
das Nações Unidas, sendo com post o por nove j uízes.
e) seus propósit os cent rais são: ( i) m ant er a paz e a segurança
int ernacional; ( ii) fom ent ar a cooperação int ernacional nos cam pos social e
econôm ico; ( iii) prom over os direit os hum anos no âm bit o universal.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Realm ent e, a Cart a das Nações Unidas foi
assinada em São Francisco, em 26 de j unho de 1945. Porém , o Conselho de
Direit os Hum anos surgiu apenas em 15 de m arço de 2006.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O Conselho de Segurança das Nações Unidas é
com post o por 15 m em bros, sendo 5 m em bros perm anent es: os Est ados Unidos,
a França, o Reino Unido, a Rússia e a República Popular da China. A Alem anha
não é um m em bro perm anent e do Conselho, logo incorret a.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. De acordo com o art . 4, 2, da Cart a das Nações
Unidas, a adm issão de qualquer Est ado com o Mem bro das Nações Unidas será
efet uada por decisão da Assem bleia Geral, m ediant e recom endação do Conselho
de Segurança. A recom endação do Conselho de Segurança é exigível para a
adm issão com o para suspensão ou expulsão.

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A a lt e r n a t iva D est á incorret a. De fat o, a Cort e I nt ernacional de Just iça é o
principal órgão j udiciário da Organização das Nações Unidas. Ent ret ant o, a Cort e
é com post a de 15 j uízes, e não 9.
Por fim , a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê
o art . 1, da Cart a das Nações Unidas:
Art igo 1. Os propósit os das Nações unidas são:
1. Mant er a paz e a segurança int ernacionais e, para esse fim : t om ar, colet ivam ent e,
m edidas efet ivas para evit ar am eaças à paz e reprim ir os at os de agressão ou out ra qualquer
rupt ura da paz e chegar, por m eios pacíficos e de conform idade com os princípios da j ust iça
e do direit o int ernacional, a um aj ust e ou solução das cont rovérsias ou sit uações que
possam levar a um a pert urbação da paz;
2. Desenvolver relações am ist osas ent re as nações, baseadas no respeit o ao princípio de
igualdade de direit os e de aut odet erm inação dos povos, e t om ar out ras m edidas apropriadas
ao fort alecim ent o da paz universal;
3. Conseguir um a cooperação int ernacional para resolver os problem as int ernacionais de
carát er econôm ico, social, cult ural ou hum anit ário, e para prom over e est im ular o respeit o
aos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais para t odos, sem dist inção de raça, sexo,
língua ou religião; e
4. Ser um cent ro dest inado a harm onizar a ação das nações para a consecução desses
obj et ivos com uns.

Q2 . UECE- CEV/ SEAS- CE/ 2 0 1 7


A Cart a das Nações Unidas é
a) um a m era resolução da Assem bleia Geral das Nações Unidas, com carát er
de recom endação, j uridicam ent e não vinculant e. Com isso, os preceit os
cont idos na Declaração não seriam , em princípio, obrigat órios, ao m enos à
luz de um ent endim ent o calcado em noções m ais ant igas do Direit o, de
carát er m ais form alist a e m enos ligadas a valores, dent ro das quais, a
propósit o, a prot eção da dignidade hum ana não t inha o dest aque de que
hoj e se revest e.
b) um t rat ado, cuj os preceit os são j uridicam ent e vinculant es e cuj o obj et ivo
principal é det alhar direit os est abelecidos na Declaração Universal dos
Direit os Hum anos e cont ribuir para sua aplicação.
c) o pact o que visa prom over e prot eger os direit os econôm icos, sociais e
cult urais, que t am bém deverão ser obj et o da at enção dos Est ados, os quais
deverão progressivam ent e assegurar seu gozo por esforços próprios ou pela
cooperação int ernacional, com o auxílio de t odos os m eios apropriados nos
planos econôm ico e t écnico e at é o m áxim o de seus recursos disponíveis.
d) o t rat ado que criou a Organização das Nações Unidas — ONU —, razão
pela qual t am bém é conhecida com o “ Cart a da ONU” , t endo sido firm ada em
1945, em São Francisco.

Com e nt á r ios

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A a lt e r n a t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A Cart a das Nações
Unidas foi assinada em São Francisco, a 26 de j unho de 1945, após o t érm ino da
Conferência das Nações Unidas sobre Organização I nt ernacional, ent rando em
vigor a 24 de out ubro daquele m esm o ano.
A a lt e r na t iva A peca ao falar que a Cart a é um a “ m era resolução da Assem bleia” .
A a lt e r na t iva B est á incorret a, pois a Cart a das Nações Unidas é de 1945. Surgiu
ant es da Declaração Universal de Direit os Hum anos que é de 1948.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a pois o docum ent o int ernacional volt ado para a
prot eção dos direit os de segunda dim ensão é o Pact o I nt ernacional dos Direit os
Sociais, Econôm icos e Cult urais, conhecido com o PI DSEC.

Q3 . FCC/ D PE- SP/ 2 0 0 9


O denom inado " Sist em a ONU" de prot eção dos direit os hum anos inclui
a) o Conselho de Direit os Hum anos e o Tribunal Penal I nt ernacional.
b) o Conselho de Direit os Hum anos, os alt os com issários, os relat ores
especiais, os com it ês criados pelos t rat ados int ernacionais e o Tribunal Penal
I nt ernacional.
c) a Cort e I nt eram ericana de Direit os Hum anos, a Cort e Européia de Direit os
Hum anos e a Cort e Africana de Direit os Hum anos.
d) o Conselho de Direit os Hum anos, os alt os com issários, os relat ores
especiais, os com it ês criados pelos t rat ados int ernacionais e a Cort e
I nt ernacional de Just iça.
e) o Conselho de Direit os Hum anos, Cort e I nt ernacional de Just iça e o
Tribunal Penal I nt ernacional.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O sist em a de prot eção
aos direit os hum anos da ONU inclui norm as int ernacionais por m eio de sua Cart a,
t rat ados legais com pulsórios, declarações não- com pulsórias, acordos e
docum ent os; Relat ores Especiais ou grupos de t rabalho, com it ês e órgãos de
t rat ados, para t rabalhar de diferent es m odos para a prom oção e prot eção dos
direit os hum anos; assist ência t écnica por int erm édio do Fundo de Cont ribuições
Volunt árias para a Cooperação Técnica em Mat éria de Direit os Hum anos.
Lem bre- se:
 O Trat ado de Rom a previu a criação do Tribunal Penal I nt ernacional,
vinculado à ONU.
 A Cort e I nt ernacional de Just iça não faz part e do Sist em a ONU de prot eção
dos direit os hum anos, porque som ent e os Est ados podem ser part es
perant e ela, e porque a com pet ência da Cort e abrange t odas as quest ões
que as part es lhe subm et am .

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Desse m odo, not e que você não poderia m arcar as a lt e r n a t iva s A, D e E porque
incom plet as. Além disso, a a lt e r na t iva C est á equivocada por fazer referência à
órgãos do sist em a regional.

Q4 . CESPE/ PM - AL/ 2 0 1 2 / a da pt a da
A respeit o do sist em a de prot eção dos direit os hum anos e dos inst rum ent os
de garant ia desse sist em a, j ulgue o it em abaixo:
Com o docum ent o que elevou a prom oção dos direit os hum anos a propósit o
e finalidade dos países da Organização dos Direit os Hum anos, a Cart a das
Nações Unidas, de 1948, det erm ina a im port ância de defender e respeit ar
os direit os hum anos e as liberdades fundam ent ais.

Com e nt á r ios
É exat am ent e essa um a das finalidades da ONU, criada pela Cart a das Nações
Unidas, qual sej a: a prot eção dos direit os hum anos e das liberdades
fundam ent ais. É o que se ext rai, inclusive, do preâm bulo da Cart a das Nações
Unidas.
NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNI DAS, RESOLVI DOS a preservar as gerações vindouras do
flagelo da guerra, que por duas vezes, no espaço da nossa vida, t rouxe sofrim ent os
indizíveis à hum anidade, e a reafirm ar a fé nos direit os fundam ent ais do hom em , na
dignidade e no valor do ser hum ano, na igualdade de direit o dos hom ens e das m ulheres,
assim com o das nações grandes e pequenas, e a est abelecer condições sob as quais a j ust iça
e o respeit o às obrigações decorrent es de t rat ados e de out ras font es do direit o int ernacional
possam ser m ant idos, e a prom over o progresso social e m elhores condições de vida dent ro
de um a liberdade am pla.

Cont udo, a Cart a das Nações Unidas foi assinada e prom ulgada em 1945, o que
t orna a assert iva in cor r e t a . Maldade!

Q5 . CESPE/ D PE- PI / 2 0 0 9 / a da pt a da
Com relação aos m ecanism os int ernacionais de prot eção e m onit oram ent o
dos direit os hum anos, j ulgue o it em abaixo.
A ONU nasceu com diversos obj et ivos, com o a m anut enção da paz e
segurança int ernacionais, bem com o a prot eção aos Direit os Hum anos.

Com e nt á r ios
É exat am ent e esse um dos obj et ivos da ONU conform e se depreende do
pream bulo do docum ent o int ernacional:
Considerando que o reconhecim ent o da dignidade inerent e a t odos os m em bros da fam ília
hum ana e de seus direit os iguais e inalienáveis é o fundam ent o da liberdade, da j ust iça e
da paz no m undo.

Logo, est á cor r e t a a assert iva.

Q6 . CESPE/ D PE- PI / 2 0 0 9 / a da pt a da

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At ualm ent e, os direit os e garant ias fundam ent ais est ão inseridos em
dist int os t ext os const it ucionais de diferent es países. Tal presença é um a
conquist a hist órica ocorrida por ações concret as realizadas no passado. A
Cart a das Nações Unidas de 1945, exem plo de um a dessas ações concret as,
consolidou, j unt o com a UDHR, o m ovim ent o de int ernacionalização dos
direit os hum anos. Tendo em vist a essa inst it ucionalização, j ulgue o it em
abaixo.
A est rut ura do Sist em a Global de prot eção é cent rada na ONU.

Com e nt á r ios
A ONU é o principal organism o do sist em a global de prot eção dos direit os
hum anos.
Fácil não?
Logo, est á cor r e t a a assert iva.

Q7 . CESPE/ D PU/ 2 0 1 0
Julgue o it em abaixo.
Segundo det erm inação das Nações Unidas acerca do uso da força, os
governos devem garant ir que a ut ilização arbit rária ou abusiva da força ou
de arm as de fogo pelos policiais sej a punida com o infração penal, nos t erm os
da legislação nacional.

Com e nt á r ios
Est á corret a assert iva, um a vez que a at uação est at al deve ser aut orizada nos
est rit os lim it es legais, ainda m ais quando se t rat a de at os que at ent am cont ra a
vida.
Logo, a assert iva est á cor r e t a .

Q8 . I né dit a / 2 0 1 8
Sobre a Liga das Nações assinale a alt ernat iva corret a:
a) foi criada em 1945, após a Segunda Guerra Mundial.
b) aprovou a Declaração Universal dos Direit os Hum anos.
c) obj et ivou a cooperação, a paz e a segurança int ernacional, condenando
agressões ext ernas cont ra a int egridade t errit orial e a independência polít ica
de seus m em bros cooperação, a paz e a segurança int ernacional.
d) foi um a criação de sucesso no âm bit o int ernacional;
e) influenciou a criação da OEA.

Com e nt á r ios

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A a lt e r na t iva A est á incorret a, pois a Liga das Nações e Organização das Nações
Unidas não são o m esm o órgão. A Liga das Nações foi criada em 1919, após a
Prim eira Guerra Mundial. A ONU foi criada em 1945.
A a lt e r na t iva B est á incorret a, post o que a DUDH foi aprovada pela Assem bleia
Geral da ONU, com o verem os na próxim a aula.
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
A a lt e r na t iva D est á incorret a não obt eve êxit o, em decorrência da deflagração
da Segunda Guerra Mundial.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a, um a vez que a Liga das Nações influenciou a
criação da OI T e não da OEA.

Q9 . I né dit a / 2 0 1 8
São considerados obj et ivos da ONU, excet o:
a) m anut enção da paz m undial;
b) m anut enção da segurança no cenário int ernacional;
c) a igualdade ent re os m em bros;
d) o desenvolvim ent o das nações;
e) a prom oção dos Direit os Hum anos.

Com e nt á r ios
Todos represent am obj et ivos da ONU, excet o a alt ernat iva C, que represent a um
dos princípios que regem a ONU. Muit a t enção em relação à dist inção ent re
princípios e propósit os.
Port ant o a a lt e r na t iva C é a incorret a e o gabarit o da quest ão.

Q1 0 . FUM ARC/ PC- M G/ 2 0 1 3


Sobre a ONU, NÃO é corret o afirm ar:
a) O Conselho de Segurança é com post o por cinco m em bros perm anent es
( China, França, Reino Unido, EUA e Rússia) e dez não perm anent es.
b) A Cort e I nt ernacional de Just iça é com post a por quinze j uízes, t em
com pet ência j urisdicional e consult iva e é o principal órgão j udicial das
Nações Unidas.
c) A Com issão de Direit os Hum anos da ONU, criada pelo Conselho Econôm ico
e Social, foi subst it uída pelo Conselho de Direit os Hum anos, cuj a com posição
m ant eve- se em cinquent a e t rês m em bros.
d) O poder de vet o dos m em bros perm anent es do Conselho de Segurança
decorre da necessidade de que, em relação às quest ões m at eriais sob seu
exam e, as deliberações sej am t om adas por nove vot os afirm at ivos,
incluindo, t odavia, os vot os dos cinco m em bros perm anent es.

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Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a, t endo em vist a que é essa a com posição do
Conselho de Segurança. Observe- se que os 10 m em bros não perm anent es são
eleit os em assem bleia para m andat os de dois anos.
A a lt e r na t iva B est á corret a, pois a Cort e I nt ernacional de Just iça é considerada
um dos principais órgãos da ONU e possui 15 m em bros em sua com posição.
A a lt e r na t iva C est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. O erro da alt ernat iva
est á em afirm ar que o Conselho de Direit os Hum anos m ant eve a com posição de
53 m em bros, na verdade, a com posição do conselho é de 47 m em bros.
A a lt e r n a t iva D est á corret a, pois esboça exat am ent e o obj et ivo do poder de
vet o dos m em bros perm anent es do Conselho de Segurança.

Q1 1 . I né dit a / 2 0 1 8
Julgue o it em a seguir:
De um lado, os m ecanism os convencionais são criados no âm bit o de t rat ados
int ernacionais específicos, além disso, esses inst rum ent os est abelecem
órgãos para fiscalizar e m onit orar o cum prim ent o dos t rat ados. Por out ro
lado, os m ecanism os ext raconvencionais são os m ecanism os exist ent es no
âm bit o de organizações int ernacionais, t am bém são fundados em t rat ados,
m as não em um deles de m aneira específica.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a . Sobre a dist inção ent re os m ecanism os, lem bre- se:
• M ECAN I SM OS CON VEN CI ON AI S
• criados no âm bit o de um t rat ado int ernacional específico.
• legit im idade: t rat ado int ernacional específico.
• M ECAN I SM OS EXTRACON VEN CI ON AI S
• criados no âm bit o das organizações int ernacionais.
• legit im idade: t rat ados int ernacionais, cost um es int ernacionais e
princípios gerais do direit o.

Q1 2 . I né dit a / 2 0 1 8
São órgão que com põe a ONU, excet o:
a) Assem bleia Geral;
b) Conselho de segurança;
c) Secret ariado;
d) Conselho Fiscal;
e) Conselho de Tut ela.

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Com e nt á r ios
Dent re as hipót eses cit adas apenas a a lt e r n a t iva D não com põe a ONU. O
Conselho fiscal não é m encionado com o órgão da ONU, pela Cart a das Nações
Unidas.

Q1 3 . I né dit a / 2 0 1 8
Julgue o it em a seguir.
Com porão a Assem bleia Geral t odos os m em bros das Nações Unidas. Cada
est ado m em bro t erá direit o a um vot o e não poderá t er m ais de 02
represent ant es. As deliberações da assem bleia, em regra, são t om adas pela
m aioria absolut a, cont udo, algum as m at érias, por serem consideradas
im port ant es, devem ser t om adas por decisão da m aioria de 2/ 3 dos
m em bros vot ant es e present es à Assem bleia.

Com e nt á r ios
A quest ão est á incor r e t a por dois det alhes.
Prim eiro, cada Est ado Mem bro não poderá t er m ais que 05 represent ant es e não
dois com o diz a quest ão.
Segundo, as deliberações da Assem bleia Geral são t om adas, em regra t endo em
vist a a m aioria relat iva e não por m aioria absolut a.

Q1 4 . I né dit a / 2 0 1 8
Julgue o it em a seguir.
O Conselho Econôm ico e Social é com post o por 54 m em bros e t em por
finalidade o cont role financeiro da ONU.

Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a ao inform ar equivocadam ent e a finalidade do
Conselho Econôm ico e Social da ONU.
O Conselho Econôm ico e Social é com post o por 54 m em bros ( eleit os em grupos
de 18 m em bros t odos os anos para m andat os de t rês anos) , conform e diz a
assert iva, t odavia, t em por finalidade prom over a cooperação com quest ões de
ordem econôm ica, social ou cult urais, incluindo, assim , os Direit os Hum anos,
conform e art igo 62, da Cart a das Nações Unidas.

Q1 5 . I né dit a / 2 0 1 8
Tendo em vist a os órgãos da ONU e seus respect ivos obj et ivos assinale a
alt ernat iva incorret a.
a) O Conselho de Tut ela t em com o obj et ivo fom ent ar o processo de
descolonização e a aut odet erm inação dos povos;
b) O Conselho de Segurança t em por responsabilidade a m anut enção da paz
e segurança int ernacional.

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c) O Secret ariado é responsável pelo cont role financeiro da ONU.
d) O Conselho Econôm ico e Social pode prest ar inform ações e assist ência ao
Conselho de segurança.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva C é a incorret a e, port ant o, o gabarit o da quest ão.
O cont role financeiro da ONU é realizado pela Assem bleia Geral. Com pet e a
Assem bleia Geral o zelo financeiro das Nações Unidas at ravés da aprovação do
orçam ent o da organização, cuj as despesas serão cust eadas pelos m em bros,
segundo cot as fixadas pelo próprio órgão ( art igo 17) .
Já o Secret ariado é o principal funcionário adm inist rat ivo da ONU.

Q1 6 . I né dit a / 2 0 1 8
Tendo em vist a a Cart a da ONU, j ugue o it em a seguir.
A Cart a da ONU est á est rut urada t endo em vist a t rês grandes obj et ivos,
quais sej a, a paz e a segurança int ernacional, quest ões sociais e econôm icas
e a prot eção dos direit os hum anos.

Com e nt á r ios
A quest ão est á cor r e t a , t endo em vist a a dout rina de Flávia Piovesan e o previst o
no Art igo 1, que expõe os propósit os da Cart a da ONU.
Vej am os:
Art igo 1
Os propósit os das Nações unidas são:
1. Mant er a paz e a segurança int ernacionais e, para esse fim : t om ar,
colet ivam ent e, m edidas efet ivas para evit ar am eaças à paz e reprim ir os
at os de agressão ou out ra qualquer rupt ura da paz e chegar, por m eios
pacíficos e de conform idade com os princípios da j ust iça e do direit o
int ernacional, a um aj ust e ou solução das cont rovérsias ou sit uações que
possam levar a um a pert urbação da paz;
2. Desenvolver relações am ist osas ent re as nações, baseadas no respeit o ao
princípio de igualdade de direit os e de aut odet erm inação dos povos, e t om ar
out ras m edidas apropriadas ao fort alecim ent o da paz universal;
3. Conseguir um a cooperação int ernacional para resolver os problem as
int ernacionais de carát er econôm ico, social, cult ural ou hum anit ário, e para
prom over e est im ular o respeit o aos direit os hum anos e às liberdades
fundam ent ais para t odos, sem dist inção de raça, sexo, língua ou religião; e
4. Ser um cent ro dest inado a harm onizar a ação das nações para a
consecução desses obj et ivos com uns.

Q1 7 . CESPE/ Câ m a r a dos D e put a dos/ 2 0 1 4

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Julgue o próxim o it em , acerca do direit o de guerra e de neut ralidade.
Com o Pact o da Liga das Nações, concluído em 1919, os Est ados declararam -
se solenem ent e cont ra a guerra com o m eio de solucionar conflit os
int ernacionais e renunciaram a essa com o inst rum ent o de polít ica nacional
nas suas relações m út uas.

Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . Trat a- se de quest ão que envolve o conhecim ent o do
hist órico da Liga das Nações. Afirm a- se que a inst it uição foi criada com o obj et ivo
de solucionar conflit os int ernacionais. Em bora possam os afirm ar que isso sej a
verdadeiro, não houve renúncia ao direit o de guerra com a Liga das Nações.
Tant o é que anos depois da criação do órgão, foi deflagrada a Segunda Grande
Guerra Mundial.
Na realidade, a Liga das Nações t eve por obj et ivo efet uar um acordo de paz, com
base na propost a de paz conhecida com o Quat orze Pont os, feit a pelo president e
dos EUA, Woodrow Wilson. I nfelizm ent e, t al acordo não at ingiu os obj et ivos
esperados.

Q1 8 . FEPESE/ D PE- SC/ 2 0 1 2


Em relação ao sist em a int ernacional de prot eção dos direit os hum anos, é
corret o afirm ar:
a) A Cart a das Nações Unidas, docum ent o lançado em 1919, ao final da 1ª
Guerra Mundial, serviu de elem ent o para a consolidação do m ovim ent o de
int ernacionalização dos direit os hum anos e criação da Organização das
Nações Unidas ( ONU) .
b) A Cart a das Nações Unidas de 1945 foi um a t ent at iva fracassada de
criação de um sist em a int ernacional de prot eção aos direit os hum anos, o
que som ent e ocorreu com o final da guerra fria na década de 80.
c) A Cart a das Nações Unidas de 1945, apresent ada ao m undo ao final da
cham ada “ Crise dos Mísseis” , serviu de elem ent o para a consolidação do
m ovim ent o de int ernacionalização dos direit os hum anos e criação da
Organização das Nações Unidas ( ONU) e da Liga das Nações.
d) A Cart a das Nações Unidas de 1945 serviu de elem ent o para a
consolidação do m ovim ent o de int ernacionalização dos direit os hum anos,
elevando a prom oção de t ais direit os a propósit o e finalidade da Organização
das Nações Unidas ( ONU) .
e) A Liga das Nações foi criada em 1945 ao final da 2ª Guerra Mundial. Anos
depois, foi subst it uída pela Organização das Nações Unidas, responsável pelo
sist em a de prot eção aos direit os hum anos em t odos os países signat ários da
Organização do Trat ado do At lânt ico Nort e ( OTAN)

Com e nt á r ios

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Para responder à quest ão, vej am os cada um a das alt ernat ivas.
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. I dent ificam os o erro dessa alt ernat iva na
referência de que a Liga const it ui elem ent o para a criação da ONU. A ONU surge
som ent e em 1945, m ais de 20 anos após a const it uição da Liga das Nações ( que
é de 1919) . Afirm a- se apenas que a Liga const it ui em brião da ONU.
A a lt e r na t iva B t am bém est á incorret a, pois a Cart a das Nações Unidas, que deu
origem à ONU, foi um a t ent at iva bem - sucedida de criar um sist em a global de
prot eção de direit os hum anos.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Prim eiro, a “ Crise dos Míssseis” é m arco da
Guerra Fria e ocorreu em out ubro de 1962, um dos m om ent os m ais t ensos do
confront o ent re EUA e URSS. Port ant o, o referido fat o hist órico é post erior à Cart a
das Nações Unidas. Além disso, poderíam os facilm ent e ident ificar o segundo erro
da alt ernat iva, que refere que a Cart a foi responsável pela criação da Liga das
Nações. I sso est á incorret o! Com o sabem os, a Liga das Nações é ant erior a 1945,
dat ando de 1919 e const it ui um acordo de paz, após o t érm ino da Prim eira Guerra
Mundial.
A a lt e r n a t iva D é a corret a e gabarit o da quest ão, pois a Cart a das Nações
Unidas de 1945 é o m arco hist órico para a consolidação da int ernacionalização
dos direit os hum anos, com a criação da ONU, responsável pela condução do
Sist em a Global de prot eção aos direit os hum anos.
Por fim , a a lt e r na t iva E est á incorret a, pois a Liga foi criada em 1919, ao final
da Prim eira Guerra Mundial e não em 1945 ao final da 2ª Guerra Mundial. Além
disso, não t eve por finalidade criar um sist em a de prot eção aos direit os hum anos,
m as celebrar um acordo de paz, com o t érm ino da Prim eira Guerra.

Q1 9 . PC- M G/ PC- M G/ 2 0 1 1
A criação das Nações Unidas, com suas agências especializadas, dem arca o
surgim ent o de um a nova ordem int ernacional, inclusive a prot eção
int ernacional dos direit os hum anos. Associe abaixo cada órgão enum erado
da ONU à sua com pet ência:
ÓRGÃO
I. Assem bléia Geral.
I I . Cort e I nt ernacional de Just iça.
I I I . Conselho Econôm ico e Social.
I V. Conselho de Tut ela.
COMPETÊNCI A
( a) Fom ent ar o processo de descolonização e aut odet erm inação dos povos,
a fim de que pudessem alcançar, por m eio de desenvolvim ent o progressivo,
governo próprio.

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( b) Prom over a cooperação em quest ões econôm icas, sociais e cult urais e
fazer recom endações dest inadas a prom over o respeit o e a observância dos
direit os hum anos.
( c) Discut ir e fazer recom endações relat ivas a qualquer m at éria obj et o da
Cart a das Nações Unidas.
( d) Decidir acerca das quest ões cont enciosas e consult ivas, t odavia som ent e
nas quest ões em que os Est ados são part es perant e ela.
Marque a CORRETA relação:
a) I ( c) ; I I ( d) ; I I I ( b) ; I V ( a) .
b) I ( a) ; I I ( d) ; I I I ( b) ; I V ( c) .
c) I ( c) ; I I ( d) ; I I I ( a) ; I V ( b) .
d) I ( d) ; I I ( c) ; I I I ( b) ; I V ( a) .

Com e nt á r ios
Nessa quest ão devem os relacionar o órgão à sua principal at ribuição. Diant e
disso, vej am os:
 Assem bléia Geral

ASSEM BLEI A GERAL

• Órgão deliberat ivo, que discut e e faz recom endações sobre as m at érias de
com pet ência da ONU.
• Não poderá fazer recom endações relat ivam ent e a assunt os que est ej am sendo
debat idos perant e o Conselho de Segurança.
• Poder fazer recom endações com o fim de buscar o desenvolvim ent o
progressivo do direit o int ernacional e de sua condição, bem com o para
favorecer o gozo dos direit os hum anos e das liberdades fundam ent ais.
• As deliberações são t om adas em regra por m aioria relat iva, condut o em
quest ões im port ant es, exige- se 2/ 3 dos m em bros vot ant es.

 Cort e I nt ernacional de Just iça

CORTE I N TERN ACI ON AL DE JUSTI ÇA

• Órgão j udicial da ONU, com post o por 15 m em bros, que exerce função
cont enciosa e consult iva.
• con t e n ciosa : at ua quando há um a violação de Direit os Hum anos;
• con su lt iva : profere- se um parecer oficial a respeit o de det erm inada m at éria;
• com pe t ê n cia fa cu lt a t iva : som ent e poderá at uar quando o Est ado reconhecer
a com pet ência da Cort e; e
• rest ringe- se às causas cíveis.

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 Conselho Econôm ico e Social  t em por finalidade pr om ove r a coope r a çã o
com que st õe s de or de m e conôm ica , socia l ou cult ur a is, incluindo, assim ,
os Direit os Hum anos.
 Conselho de Tut ela  obj et iva fom e nt a r o pr oce sso de scoloniza çã o e de
a ut ode t e r m ina çã o dos povos, viabilizando que esses povos,
progressivam ent e, const it uam um governo próprio.
Diant e disso, t em os:
• Assem bléia Geral  Discut ir e fazer recom endações relat ivas a qualquer
m at éria obj et o da Cart a das Nações Unidas.
• Cort e I nt ernacional de Just iça  Decidir acerca das quest ões cont enciosas
e consult ivas, t odavia som ent e nas quest ões em que os Est ados são part es
perant e ela.
• Conselho Econôm ico e Social  Prom over a cooperação em quest ões
econôm icas, sociais e cult urais e fazer recom endações dest inadas a
prom over o respeit o e a observância dos direit os hum anos.
• Conselho de Tut ela  Fom ent ar o processo de descolonização e
aut odet erm inação dos povos, a fim de que pudessem alcançar, por m eio
de desenvolvim ent o progressivo, governo próprio.
Port ant o, a a lt e r na t iva A é a corret a e gabarit o da quest ão.

Q2 0 . CESPE/ I nst it ut o Rio Br a n co/ 2 0 1 3


É agência especializada da ONU.
a) o Com it ê I nt ernacional da Cruz Verm elha.
b) a Organização Mundial do Com ércio.
c) o Tribunal Penal I nt ernacional.
d) a Organização para a Cooperação e Desenvolvim ent o Econôm ico.
e) a Organização I nt ernacional do Trabalho

Com e nt á r ios
A Organização I nt ernacional do Trabalho ( OI T) é um a das agências especializadas
das Nações Unidas que t em por m issão prom over oport unidades para que
hom ens e m ulheres possam t er acesso a um t rabalho decent e e produt ivo, em
condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade.
Port ant o, a a lt e r na t iva E é a corret a e gabarit o da quest ão.
Apenas a t ít ulo de inform ação, vej am os as dem ais alt ernat ivas:
 Com it ê I nt ernacional da Cruz Verm elha  é um a organização hum anit ária,
independent e e neut ra, que se esforça em proporcionar prot eção e assist ência às vít im as
da guerra e de out ras sit uações de violência.
 Organização Mundial do Com ércio  é um a organização aut ônom a criada com o obj et ivo
de supervisionar e liberalizar o com ércio int ernacional, criada em subst it uição ao GATT no
ano de 1995.

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 Tribunal Penal I nt ernacional  const it ui o prim eiro t ribunal penal int ernacional
perm anent e, est abelecido em 2002 na Haia, Países Baixos, pelo Est at ut o de Rom a.
 Organização para a Cooperação e Desenvolvim ent o Econôm ico - um a organização
int ernacional, que t em por princípio a dem ocracia represent at iva e a econom ia de livre
m ercado. A OCDE procura fornecer um a plat aform a para com parar polít icas económ icas,
solucionar problem as com uns e coordenar polít icas dom ést icas e int ernacionais.

Q2 1 . CESPE/ D PE- D F/ 2 0 1 3
Julgue o it em abaixo com base no que dispõe a Cart a das Nações Unidas.
Os m em bros não perm anent es do Conselho de Segurança da Organização
das Nações Unidas, em núm ero de dez, devem ser eleit os pela Assem bleia
Geral com base, ent re out ros crit érios, na dist ribuição geográfica equit at iva.

Com e nt á r ios
O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável pela m anut enção da paz
m undial. É um dos órgãos com m aior poder dent ro da est rut ura das Nações
Unidas, t endo em vist a a prerrogat iva de aut orizar int ervenção m ilit ares nos
Est ados.
Esse conselho é com post o de 5 países perm anent es ( China, França, Reino Unido,
EUA e Rússia) e 10 países eleit os, a fim de exercer m andat o de 2 anos. A eleição
dos m em bros não perm anent es é realizada at ravés de Assem bleia Geral. Os
crit érios ut ilizados para indicar os países para int egrar o Conselho de Segurança
são, conform e o art . 23 da Cart a da ONU:
Cont ribuição dos m em bros das Nações Unidas para a m anut enção da paz e da segurança
int ernacionais e para os out ros propósit os da Organização e t am bém a dist ribuição
geográfica equit at iva.

Port ant o, est á cor r e t a a assert iva.

Q2 2 . CESPE/ D PE- ES/ 2 0 1 2


Julgue o it em subsecut ivo
A Cart a das Nações Unidas não int egra o núcleo de direit o int ernacional dos
direit os hum anos, pois apenas inst it ui um organism o int ernacional.

Com e nt á r ios
O núcleo do direit o int ernacional dos Direit os Hum anos ( Sist em a Global dos
Direit os Hum anos) possui quat ro docum ent os:
1) Cart a das Nações Unidas;
2) Declaração Universal dos Direit os Hum anos;
3) Pact o I nt ernacional sobre os Direit os Civis e Polít icos;
4) Pact o I nt ernacional sobre Direit os Econôm icos, Sociais e Cult urais.
Assim , a quest ão est á incor r e t a na m edida em que afirm a que a Cart a das
Nações Unidas não com põe o núcleo do sist em a int ernacional de direit os
hum anos. A Cart a da ONU é considerada um docum ent o im port ant íssim o na

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esfera de prot eção dos direit os hum anos e na organização int ernacional desses
direit os.

Q2 3 . CESPE/ D PU/ 2 0 1 0
Julgue o it em seguint e:
Ent re os diversos órgãos especializados que t rat am da prot eção dos direit os
hum anos, inclui- se a Cort e I nt ernacional de Just iça, órgão das Nações
Unidas cuj a com pet ência alcança não só os Est ados, m as t am bém quaisquer
pessoas físicas e j urídicas, as quais podem encam inhar suas dem andas
diret am ent e à Cort e.

Com e nt á r ios
A Cort e I nt ernacional de j ust iça é o ór gã o j udicia l da ONU, que possui
com pet ência cont enciosa e consult iva.
A Cort e possui com pe t ê ncia fa cult a t iva , o que quer dizer que som ent e poderá
at uar quando o Est ado reconhecer a com pet ência da Cort e.
Além disso, a com pet ência da Cort e se resum e a causas cíveis, t endo em vist a
que as causas crim inais são j ulgadas pelo Tribunal Penal I nt ernacional.
Por fim , conform e o art . 34, 1, do Est at ut o da Cort e Perm anent e de Just iça prevê
que
1. Só os Est ados poderão ser part e em causas perant e o Tribunal.

Dest a form a, a Cort e não é responsável por j ulgar pessoas físicas e j urídicas.
Acredit am os que a banca não irá aprofundar a pont o de cobrar os Est at ut os
específicos dos órgãos. De t odo m odo, com o assert iva foi elaborada pelo CESPE
não cust a analisarm os a assert iva.
Port ant o, est á incor r e t a a assert iva.

Q2 4 . VUN ESP/ D PE- M S/ 2 0 1 4


A Cart a das Nações Unidas preconiza, em seu art . 13, que a Assem bleia
Geral iniciará est udos e fará recom endações dest inados a
a) det erm inar a exist ência de qualquer am eaça à paz, rupt ura da paz ou at o
de agressão, e decidirá que m edidas deverão ser t om adas, a fim de m ant er
ou rest abelecer a paz e a segurança int ernacionais.
b) prom over cooperação int ernacional no t erreno polít ico e incent ivar o
desenvolvim ent o progressivo do direit o int ernacional e a sua codificação.
c) levar a efeit o, por m eio de forças aéreas, navais ou t errest res, a ação que
j ulgar necessária para m ant er ou rest abelecer a paz e a segurança
int ernacionais.
d) det erm inar as condições pelas quais a Cort e I nt ernacional de Just iça
est ará abert a a out ros Est ados.

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Com e nt á r ios
Conform e m encionado em aula o art igo 13 da Cart a da ONU dispõe que a
Assem bleia Geral iniciará est udos e fará r e com e nda çõe s com o fim de:

a) prom over cooperação int ernacional no t erreno polít ico e incent ivar o
desenvolvim ent o progressivo do direit o int ernacional e a sua codificação;
b) prom over cooperação int ernacional nos t errenos econôm ico, social,
cult ural, educacional e sanit ário e favorecer o pleno gozo dos direit os
hum anos e das liberdades fundam ent ais, por part e de t odos os povos, sem
dist inção de raça, sexo, língua ou religião .
Assim , em bora a alt ernat iva não t raga t odas as finalidades das recom endações
da assem bleia Geral, a única opção corret a é a a lt e r na t iva B, que é o gabarit o
da quest ão.

Q2 5 . UFPR/ D PE- PR/ 2 0 1 4


Dent re as funções do Conselho de Direit os Hum anos das Nações Unidas não
se inclui a de:
a) conduzir a Revisão Periódica Universal.
b) encam inhar denúncias de violação dos direit os hum anos à Cort e
I nt ernacional de Just iça.
c) est abelecer Procedim ent os Especiais e indicar as pessoas que ocuparão
os respect ivos m andat os.
d) prom over a educação sobre direit os hum anos.
e) fazer recom endações à Assem bleia Geral t endo em vist a o
desenvolvim ent o do Direit o I nt ernacional dos Direit os Hum anos.

Com e nt á r ios
O Conselho de Direit os Hum anos subst it uiu, em 2006, a Com issão de Direit os
Hum anos e passou a int egrar a Assem bleia das Nações Unidas.
Esse Conselho se reúne em Genebra e sua principal finalidade é aconselhar a
Assem bleia Geral sobre sit uações em que os direit os hum anos são violados. Suas
pr incipa is fu nçõe s são: analisar as violações graves e sist em át icas de direit os
hum anos e desenvolver o direit o int ernacional dos direit os hum anos.
O Conselho será responsável por agenciar o respeit o universal e a prot eção dos
direit os hum anos e liberdades fundam ent ais. I rá analisar as violações de direit os,
a fim de prom over a assist ência e educação no dom ínio dos direit os hum anos.
Além disso, irá analisar a at uação dos Est ados- m em bros no cam po dos direit os
hum anos, para evit ar abusos, e responder a sit uações de em ergência. Por fim ,
at uará com o fórum int ernacional para o diálogo sobre quest ões de direit os
hum anos.

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O Conselho criou, ainda, a revisão periódica universal que represent a um a revisão
periódica da sit uação dos direit os hum anos em cada Est ado.
Dessa form a, a única função que não se inclui nos deveres do Conselho de
Direit os hum anos é encam inhar denúncias de violações à Cort e I nt ernacional de
Just iça.
Logo, a a lt e r na t iva B é a incorret a e o gabarit o da quest ão.

Q2 6 . N D / PC- TO/ 2 0 1 4
É um princípio cont ido na Cart a das Nações Unidas:
a) a paz e a segurança int ernacionais.
b) a igualdade de t odos os seus m em bros.
c) as relações am ist osas ent re as nações.
d) a cooperação int ernacional para resolver os problem as int ernacionais de
carát er social.

Com e nt á r ios
A present e quest ão é bast ant e sim ples e exige o conhecim ent o do art . 2º da
Cart a das Nações Unidas enum era os princípios da ONU. São princípios da ONU,
resum idam ent e:

I gua lda de de t odos os seus m em bros;

Os Mem bros deverão cum prir de boa fé as obrigações por eles assum idas;

Resolução de cont rovérsias int ernacionais por m e ios pa cíficos;

Os m em bros deverão e vit a r em suas relações int ernacionais a a m e a ça ou
o uso da for ça cont ra a int egridade t errit orial ou a dependência polít ica
de qualquer Est ado;
• Os Mem bros deverão dar à ONU t oda a assist ência necessária e se abst er
de dar apoio a qualquer Est ado cont ra a ONU;
• Não int ervenção da ONU em assunt os int ernos de cada Mem bro.
Dest e m odo,
As a lt e r n a t iva s A, C e D cont em plam propósit o da ONU.
Já a a lt e r na t iva B, cont em pla corret am ent e um princípio, e é, port ant o, o
gabarit o da quest ão.

Q2 7 . AROEI RA/ PC- TO/ 2 0 1 4


A respeit o dos órgãos e m ecanism os de m onit oram ent o e prot eção
int ernacional dos direit os hum anos da Organização das Nações Unidas,
a) a Cort e I nt ernacional de Just iça, com sede em Genebra, é o principal
órgão j udiciário das Nações Unidas.
b) a criação foi cercada de grande expect at iva, em especial quant o à sua
at uação no cam po da prom oção e defesa dos direit os hum anos, em vist a dos

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vários espet áculos de violação de direit os hum anos proporcionados pela
Segunda Guerra Mundial.
c) as cham adas " cláusulas de com pat ibilização" dos disposit ivos
convencionais ( int ernacionais) e de direit o int erno deixaram de ser
ut ilizadas, t endo em vist o o carát er subsidiário da j urisdição int ernacional.
d) o Conselho de Segurança é o órgão da ONU form ado por 17 m em bros,
sendo cinco perm anent es, que possuem o direit o a vet o, e doze m em bros
não perm anent es, sem direit o a vet o, eleit os pela Assem beia Geral por
quat ro anos.

Com e nt á r ios
Vej am os cada um a das alt ernat ivas.
A a lt e r na t iva A est á incorret a, pois a sede da Cort e I nt ernacional de Just iça é
em Haia, na Holanda, e não em Genebra. Consideram os um absurdo esse t ipo de
quest ionam ent o, t odavia, a colocam os no m at erial, um a vez que aparece, com
frequência, em prova.
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A ONU foi criada logo
após o fim da Segunda Guerra Mundial, t endo em vist a as inúm eras violações
aos direit os hum anos com et idos durant e o conflit o. A criação da ONU gerou
grande expect at iva por ser o prim eiro órgão criado com o obj et ivo de prom over
a defesa dos direit os hum anos.
A a lt e r na t iva C est á incorret a, t endo em vist a que a harm onização ent re as
convenções e as norm as de direit o int erno ocorre por m eio das “ cláusulas de
com pat ibilização” cont idas nos t rat ados, essas cláusulas fazem referência aos
disposit ivos const it ucionais e leis ordinárias, assim , os t rat ados assum em carát er
subsidiário, t endo em vist a que os órgãos e procedim ent os de direit o público
nacional possuem com pet ência para conhecer da violação em prim eiro lugar.
Assim , est á incorret o dizer que as cláusulas de com pat ibilização deixaram de ser
ut ilizadas.
A a lt e r na t iva D est á incorret a, um a vez que é expost a a com posição incorret a
do Conselho de Segurança. Esse órgão é com post o de 05 m em bros perm anent es
e 10 m em bros eleit os para m andat os de 02 anos, t al com o vim os ao longo da
aula de hoj e.

Q2 8 . TRF4 ª / TRF4 ª Re giã o/ 2 0 1 2 / a da pt a da


Julgue:
No âm bit o da Organização das Nações Unidas, as decisões da Assem bleia
Geral, em quest ões im port ant es, serão t om adas por m aioria de t rês quint os
dos m em bros present es e vot ant es.

Com e nt á r ios

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A assert iva est á incor r e t a , pois as decisões da Assem bleia em quest ões
im port ant es serão t om adas por 2/ 3 dos m em bros present es e vot ant e, conform e
o art . 18, 3, da Cart a.
2. As decisões da Assem bleia Geral, em que st õe s im por t a n t e s, serão t om ada s por
m a ior ia de dois t e r ços dos Mem bros present es e vot ant es. Essas quest ões
com preenderão: recom endações relat ivas à m anut enção da paz e da segurança
int ernacionais; à eleição dos Mem bros não perm anent es do Conselho de Segurança; à
eleição dos Mem bros do Conselho Econôm ico e Social; à eleição dos Mem bros dos Conselho
de Tut ela, de acordo com o parágrafo 1 ( c) do Art igo 86; à adm issão de novos Mem bros das
Nações Unidas; à suspensão dos direit os e privilégios de Mem bros; à expulsão dos
Mem bros; quest ões referent es o funcionam ent o do sist em a de t ut ela e quest ões
orçam ent árias.

Q2 9 . CESPE/ TRF- 2 ª Re giã o/ 2 0 1 1


Com relação à est rut ura, ao funcionam ent o e aos princípios da ONU,
est abelecidos na Cart a das Nações Unidas, assinale a opção corret a.
a) Os m em bros da ONU, em regra, podem ut ilizar força m ilit ar para a
resolução dos conflit os int ernacionais.
b) Não há dever de solidariedade ent re os m em bros da ONU.
c) O princípio da não int ervenção não prej udica a aplicação de m edidas
coercit ivas nos casos previst os na Cart a.
d) Os Est ados que não são m em bros da ONU não t êm obrigações na
prom oção da paz e da segurança int ernacionais
e) A ONU é em basada no princípio da igualdade orçam ent ária dos seus
m em bros, de m odo que t odos devem cust eá- la na m esm a proporção.

Com e nt á r ios
Vej am os cada um a das alt ernat ivas.
A a lt e r na t iva A est á incorret a, em razão do que prevê o art . 2, 3, da Cart a das
Nações Unidas:
3. Todos os Mem bros deverão resolver suas cont rovérsias int ernacionais por m eios
pacíficos, de m odo que não sej am am eaçadas a paz, a segurança e a j ust iça int ernacionais.

A ut ilização da força não é a regra.


A a lt e r na t iva B est á incorret a em face do art . 2, 5, da Cart a das Nações Unidas,
que est abelece o dever de solidariedade ent re os m em bros:
5. Todos os Mem bros darão às Nações t oda assist ência em qualquer ação a que elas
recorrerem de acordo com a present e Cart a e se abst erão de dar auxílio a qual Est ado
cont ra o qual as Nações Unidas agirem de m odo prevent ivo ou coercit ivo.

A a lt e r n a t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O art . 2, 7, da Cart a


est at ui o princípio da não int ervenção nos seguint es t erm os:
7. Nenhum disposit ivo da present e Cart a aut orizará as Nações Unidas a int ervirem em
assunt os que dependam essencialm ent e da j urisdição de qualquer Est ado ou obrigará os
Mem bros a subm et erem t ais assunt os a um a solução, nos t erm os da present e Cart a; est e

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princípio, porém , não prej udicará a aplicação das m edidas coercit ivas const ant es do Capit ulo
VI I ( AÇÃO RELATI VA A AMEAÇAS À PAZ, RUPTURA DA PAZ E ATOS DE AGRESSÃO) .

A a lt e r na t iva D est á incorret a, pois conform e o art . 2, 6, t odos os Est ados, ainda
que não- m em bro da ONU, deve agir conform e os princípios est abelecidos n ONU:
6. A Organização fará com que os Est ados que não são Mem bros das Nações Unidas aj am
de acordo com esses Princípios em t udo quant o for necessário à m anut enção da paz e da
segurança int ernacionais. Vale dizer que t em a obrigação de prom oção da paz e da
segurança int ernacional.

Por fim , a a lt e r na t iva E est á incorret a, pois de acordo com o art . 2, 1, da Cart a
o princípio da igualdade não pressupõe a igualdade orçam ent ária. Vej am os:
1. A Organização é baseada no princípio da igualdade de t odos os seus Mem bros. Não é
pressupost o a igualdade orçam ent ária.

Q3 0 . PGR/ PGR/ 2 0 1 1
O direit o à legít im a defesa, de acordo com o art . 51 da cart a da ONU,
a) pode ser exercido prevent ivam ent e;
b) só pode ser exercido quando o Est ado é at acado;
c) não com port a lim it ação pelo Conselho de Segurança, pois é um direit o
" inerent e" ;
d) é obj et o do direit o int ernacional hum anit ário.

Com e nt á r ios
Vej am os o que disciplina o art . 51 da Cart a:
Art igo 51º
Nada na present e Cart a prej udicará o direit o inerent e de legít im a defesa individual ou
colet iva, no ca so de ocor r e r u m a t a que a r m a do con t r a um m e m br o da s N a çõe s
Un ida s, at é que o Conselho de Segurança t enha t om ado as m edidas necessárias para a
m anut enção da paz e da segurança int ernacionais. As m edidas t om adas pelos m em bros no
exercício desse direit o de legít im a defesa serão com unicadas im ediat am ent e ao Conselho
de Segurança e não deverão, de m odo algum , at ingir a aut oridade e a responsabilidade que
a present e Cart a at ribui ao Conselho para levar a efeit o, em qualquer m om ent o, a ação que
j ulgar necessária à m anut enção ou ao rest abelecim ent o da paz e da segurança
int ernacionais.

Logo, a a lt e r na t iva B é a corret a e gabarit o da quest ão, um a vez que a legít im a


defesa som ent e poderá ser exercido pelo Est ado m ediant e at aque de out rem .

Q3 1 . FEPESE/ SJC- SC/ 2 0 1 6


O sist em a int ernacional de prot eção dos direit os hum anos pode apresent ar
diferent es âm bit os de aplicação. Daí falar nos sist em as global e regional de
prot eção aos direit os hum anos.
O sist em a global é o sist em a da.....( 1) .....Junt o com o sist em a global,
surgem os sist em as regionais de prot eção que buscam int ernacionalizar os

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direit os hum anos no plano regional. No plano regional o Brasil faz part e
da.....( 2) ...... .
Assinale a alt ernat iva que com plet a corret am ent e as lacunas num eradas do
t ext o.
a) ( 1) Organização dos Est ados Am ericanos
( 2) Organização das Nações Unidas
b) ( 1) Organização das Nações Unidas
( 2) Organização dos Est ados Am ericanos
c) ( 1) Organização das Nações Unidas
( 2) União Europeia
d) ( 1) Organização dos Est ados Am ericanos
( 2) União Europeia
e) ( 1) União Europeia
( 2) Organização dos Est ados Am ericanos

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O sist em a global é o
sist em a da Organização das Nações Unidas. Junt o com o sist em a global, surgem
os sist em as regionais de prot eção que buscam int ernacionalizar os direit os
hum anos no plano regional. No plano regional o Brasil faz part e da Organização
dos Est ados Am ericanos.

Q3 2 . FUN CAB/ SEGEP- M A/ 2 0 1 6


De acordo com o m ecanism o de Revisão Periódica Universal ( RPU) , assinale
a assert iva corret a.
a) O RPU prevê que t odos os Est ados da ONU ) serão avaliados em períodos
de t rês a quat ro anos.
b) Os Mem bros do Conselho de Direit os Hum anos avaliam os Est ados da
ONU, que devem passar pela RPU a cada dois/ t rês anos.
c) A essência do RPU é o peer review - m onit oram ent o pelos pares - pelo
qual um Est ado t em a sua sit uação de direit os hum anos analisada pelos
dem ais Est ados da ONU.
d) Foi criado por um a Resolução do Conselho de Direit os Hum anos de 2001.
e) Os com prom issos da RPU são im post os aos Est ados.

Com e nt á r ios
Quest ão diferent e! Nest a quest ão t em os a cobrança de um t em a específico.
Trouxem os ao m at erial com o form a de você agregar ainda m ais conhecim ent o.
O RPU é um a avaliação por int erm édio do qual os Est ados se avaliam

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m ut uam ent e para avaliar o cum prim ent o das norm as de direit os hum anos do
Sist em a Global. A RPU é desenvolvida no âm bit o do Conselho de Direit os
Hum anos.
A a lt e r na t iva A est á incorret a. O RPU prevê que t odos os est ados da ONU sej am
avaliados em períodos de quat ro a cinco anos.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Os m em bros do Conselho de Direit os Hum anos
avaliam os est ados da ONU, que devem passar pelo RPU de quat ro a cinco anos.
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. De fat o, a essência do
RPU é o peer review, pelo qual um Est ado t em a sua sit uação de direit os hum anos
analisada pelos dem ais Est ados da ONU.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Foi criado por um a Resolução do Conselho de
Direit os Hum anos em 2007.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Os com prom issos do RPU são im post os aos
volunt ários, e não aos Est ados.

Q3 3 . VUN ESP/ PC- CE/ 2 0 1 5


Assinale a alt ernat iva corret a no que diz respeit o à Organização das Nações
Unidas.
a) O nom e Nações Unidas foi concebido pelo president e nort e- am ericano
Franklin Roosevelt e ut ilizado pela prim eira vez na Declaração das Nações
Unidas em decorrência das discussões que se seguiram ao t érm ino da
prim eira Guerra m undial.
b) Durant e a prim eira reunião da Assem bleia Geral da ONU, que acont eceu
na capit al do Reino Unido, Londres, em 1946, ficou decidido que a sede
perm anent e da Organização seria nos Est ados Unidos, na cidade de São
Francisco, local em que at é hoj e est á sediada.
c) É propósit o das Nações Unidas conseguir um a cooperação int ernacional
para resolver os conflit os arm ados e os problem as int ernacionais de carát er
econôm ico, social, cult ural, hum anit ário ou religioso.
d) É propósit o das Nações Unidas m ant er a paz e a segurança int ernacionais
e, para esse fim , t om ar, colet ivam ent e, m edidas efet ivas para evit ar
am eaças à paz sem reprim ir os at os de agressão j á iniciados.
e) A Organização é baseada no princípio da igualdade de t odos os seus
Mem bros.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De fat o, o nom e Nações Unidas foi concebido
pelo president e nort e- am ericano Franklin Roosevelt . Porém , foi ut ilizado pela
prim eira vez na Declaração das Nações Unidas de 12 de Janeiro de 1942, quando
os represent ant es de 26 países assum iram o com prom isso de que seus governos
cont inuariam a lut ar cont ra as pot ências do Eixo.

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A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Est á corret o afirm ar que durant e a prim eira
reunião da Assem bleia Geral da ONU, que acont eceu na capit al do Reino Unido,
Londres, em 1946, ficou decidido que a sede perm anent e da Organização seria
nos Est ados Unidos. Mas, hoj e em dia, a ONU possui, além da sede cent ral em
Nova York, sedes em Genebra, Viena, Nairóbi e escrit órios espalhados em grande
part e dos países do planet a.
As a lt e r na t iva s C e D est ão incorret as, pois não se fala em religião e nem excluiu
de sua aplicação conflit os j á exist ent es.
Os propósit os das Nações Unidas são:
1) Mant er a paz e a segurança int ernacionais;
2) Desenvolver relações am ist osas ent re as nações;
==2a20b==

3) Realizar a cooperação int ernacional para resolver os problem as m undiais


de carát er econôm ico, social, cult ural e hum anit ário, prom ovendo o
respeit o aos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais;
4) Ser um cent ro dest inado a harm onizar a ação dos povos para a
consecução desses obj et ivos com uns.
A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Um dos princípios que
paut am as ações das Nações Unidas é a Organização se baseia no principio da
igualdade soberana de t odos seus m em bros.

6 - Le gisla çã o D e st a ca da
 art . 1º da Cart a das Nações Unidas: propósit os
Ar t igo 1
Os PROPÓSI TOS das Nações unidas são:
1. M a nt e r a pa z e a se gu r a n ça in t e r na ciona is e, para esse fim : t om ar, colet ivam ent e,
m edidas efet ivas para evit ar am eaças à paz e reprim ir os at os de agressão ou out ra qualquer
rupt ura da paz e chegar, por m eios pacíficos e de conform idade com os princípios da j ust iça
e do direit o int ernacional, a um aj ust e ou solução das cont rovérsias ou sit uações que
possam levar a um a pert urbação da paz;
2. D e se n volve r r e la çõe s a m ist osa s e n t r e a s n a çõe s, baseadas no respeit o ao princípio
de igualdade de direit os e de aut odet erm inação dos povos, e t om ar out ras m edidas
apropriadas ao fort alecim ent o da paz universal;
3. Conseguir um a cooperação int ernacional para r e solve r os pr oble m a s in t e r na cion a is
de ca r á t e r e con ôm ico, socia l, cu lt u r a l ou hu m a n it á r io, e para pr om ove r e e st im u la r
o r e spe it o a os dir e it os h u m a nos e à s libe r da de s fun da m e n t a is pa r a t odos, sem
dist inção de raça, sexo, língua ou religião; e
4. Ser um ce n t r o de st in a do a ha r m on iza r a a çã o da s n a çõe s pa r a a con se cu çã o
de sse s obj e t ivos com u n s.
 art . 2º da Cart a das Nações Unidas: propósit os
Ar t igo 2
A Organização e seus Mem bros, para a realização dos propósit os m encionados no Art igo 1,
agirão de acordo com os seguint es PRI N CÍ PI OS:

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1. A Organização é baseada no pr in cípio da igu a lda de de t odos os seus Mem bros.
2. Todos os Mem bros, a fim de assegurarem para t odos em geral os direit os e vant agens
result ant es de sua qualidade de Mem bros, deverão cu m pr ir de boa fé a s obr iga çõe s por
eles assum idas de acordo com a present e Cart a.
3. Todos os Mem bros deverão r e solve r sua s con t r ové r sia s in t e r na cion a is por m e ios
pa cíficos, de m odo que não sej am am eaçadas a paz, a segurança e a j ust iça int ernacionais.
4. Todos os Mem bros deverão e vit a r e m sua s r e la çõe s in t e r na cion a is a a m e a ça ou o
u so da for ça con t r a a in t e gr ida de t e r r it or ia l ou a de pe ndê n cia polít ica de qualquer
Est ado, ou qualquer out ra ação incom pat ível com os Propósit os das Nações Unidas.
5. Todos os Mem bros darão às Nações t oda a ssist ê n cia e m qua lque r a çã o a que elas
recorrerem de acordo com a present e Cart a e se abst erão de dar auxílio a qua lque r Est a do
con t r a o qual as Nações Unidas agirem de m odo prevent ivo ou coercit ivo.
6. A Organização fará com que os Est ados que não são Mem bros das Nações Unidas a j a m
de a cor do com e sse s Pr in cípios e m t u do qu a n t o for n e ce ssá r io à m a nu t e n çã o da
pa z e da se gu r a n ça in t e r na ciona is.
7. N e n h um disposit ivo da pr e se n t e Ca r t a a u t or iza r á a s N a çõe s Un ida s a in t e r vir e m
e m a ssu n t os qu e de pe nda m e sse n cia lm e n t e da j ur isdiçã o de qua lqu e r Est a do ou
obr iga r á os M e m br os a su bm e t e r e m t ais assunt os a um a solução, nos t erm os da
present e Cart a; est e princípio, porém , N ÃO PREJUD I CARÁ a aplicação das m e dida s
coe r cit iva s const ant es do Capit ulo VI I .
 art . 4º , 2, da Cart a das Nações Unidas: adm issão de novos m em bros
2. A adm issão de qualquer desses Est ados com o Mem bros das Nações Unidas será e fe t ua da
por de cisã o da Asse m ble ia Ge r a l, m ediant e r e com e n da çã o do Con se lh o de
Se gu r a n ça .
 art . 5º e 6º , da Cart a das Nações Unidas: suspensão e expulsão da ONU
Ar t igo 5
O Mem bro das Nações Unidas, cont ra o qual for levada a efeit o AÇÃO PREVEN TI VA OU
COERCI TI VA por part e do Conselho de Segurança, poderá ser su spe n so do e x e r cício
dos dir e it os e pr ivilé gios de Mem bro pela Assem bleia Geral, m ediant e r e com e n da çã o
do Con se lh o de Se gu r a n ça . O exercício desses direit os e privilégios poderá ser
r e st a be le cido pelo con se lh o de Se gu r a n ça .
Ar t igo 6
Mem bro das Nações Unidas que houver VI OLAD O PERSI STEN TEM EN TE OS PRI N CÍ PI OS
CON TI D OS N A PRESEN TE CARTA, poderá ser e x pu lso da Organização pela Asse m ble ia
Ge r a l m ediant e r e com e n da çã o do Con se lh o de Se gu r a n ça .
 art . 7º , da Cart a das Nações Unidas: órgãos da ONU
Ar t igo 7
1. Ficam est abelecidos com o órgãos pr in cipa is das Nações Unidas: um a Assem bléia Geral,
um Conselho de Segurança, um Conselho Econôm ico e Social, um conselho de Tut ela, um a
Cort e I nt ernacional de Just iça e um Secret ariado. 2. Serão est abelecidos, de acordo com a
present e Cart a, os órgãos subsidiários considerados de necessidade.
 art . 23, da Cart a das Nações Unidas: com posição do Conselho de Segurança
Art igo 23
1. O Conselho de Segurança será com post o de qu in ze M e m br os das Nações Unidas. A
República da Ch ina , a Fr a n ça , a Un iã o da s Re pú blica s Socia list a s Sovié t ica s, o Re in o
Un ido da Gr ã - Br e t a n h a e I r la n da do N or t e e os Est a dos Un idos da Am é r ica serão

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m e m br os pe r m a n e n t e s do Conselho de Segurança. A Assem bléia Geral e le ge r á de z
ou t r os M e m br os das Nações Unidas para Mem bros nã o pe r m a n e n t e s do Conselho de
Segurança, t endo especialm ent e em vist a, em prim eiro lugar, a cont ribuição dos Mem bros
das Nações Unidas para a m anut enção da paz e da segurança int ernacionais e para os
out ros propósit os da Organização e t am bém a dist ribuição geográfica eqüit at iva.
2. Os m e m br os nã o pe r m a ne n t e s do Conselho de Segurança serão e le it os por u m
pe r íodo de dois a n os. Na prim eira eleição dos Mem bros não perm anent es do Conselho de
Segurança, que se celebre depois de haver- se aum ent ado de onze para quinze o núm ero
de m em bros do Conselho de Segurança, dois dos quat ro m em bros novos serão eleit os por
um período de um ano. Nenhum m em bro que t erm ine seu m andat o poderá ser reeleit o para
o período im ediat o.
3. Cada Mem bro do Conselho de Segurança t erá um represent ant e.
 art . 62, 2, da Cart a das Nações Unidas: possibilidade de o Conselho Econôm ico e Social fazer
recom endações para prom oção dos direit os hum anos
2. Poderá, igualm ent e, fazer r e com e nda çõe s de st ina da s a pr om ove r o r e spe it o e a
obse r vâ n cia dos dir e it os h u m a nos e da s libe r da de s fu n da m e n t a is pa r a t odos.
 art . 90, da Cart a das Nações Unidas: Cort e I nt ernacional com o órgão j udiciário da ONU
Art igo 92
A Cort e I nt ernacional de Just iça será o pr in cipa l ór gã o j u diciá r io da s N a çõe s Un ida s.
Funcionará de acordo com o Est at ut o anexo, que é baseado no Est at ut o da Cort e
Perm anent e de Just iça I nt ernacional e faz part e int egrant e da present e Cart a.

7 - Re su m o
Sist e m a Globa l

 PRECEDENTES HI STÓRI COS

 Cruz Verm elha: conj unt o de leis fixadas para am enizar o sofrim ent o de soldados e
populações envolvidas em conflit os bélicos.

 At o Geral da Conferência de Bruxelas: lut a cont ra a escravidão.

 Organização I nt ernacional do Trabalho: m ecanism o inst it ucionalizado de prot eção aos


direit os hum anos.

 LI GA DAS NAÇÕES

 Foi criada em 1919, após a Prim eira Guerra Mundial.

 Obj et ivou a cooperação, a paz e a segurança int ernacional, condenando agressões


ext ernas cont ra a int egridade t errit orial e a independência polít ica de seus m em bros
cooperação, a paz e a segurança int ernacional.

 Não obt eve êxit o, em decorrência da deflagração da Segunda Guerra Mundial.

 I nfluenciou a criação da OI T.

 PROPÓSI TOS x PRI NCÍ PI OS:

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 PROPÓSI TOS: indicam aquilo que se pret ende realizar com a criação da ONU

 PRI NCÍ PI OS: diret rizes a serem seguidas pelos Est ados- m em bros e órgãos que int egram
a ONU

 PROPÓSI TOS DA ONU

 Manut enção da paz e segurança int ernacionais.

 Prom oção de relações am igáveis ent re os países, observando igualdade ent re os países
e a aut odet erm inação dos povos.

 Prom oção e est ím ulo ao respeit o dos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais.

 Busca pela harm onização das ações dent ro da ONU para a consecução de obj et ivos
com uns.

 PRI NCÍ PI OS

 Princípio da igualdade

 Princípio da boa fé

 Princípio da paz, a segurança e a j ust iça int ernacionais

 Princípio da assist ência

 Princípio da concordância im plícit a

 Princípio da não int ervenção int erna

 MECANI SMOS CONVENCI ONAI S/ EXTRACONVENCI OANAI S

 m ecanism os convencionais

• criados no âm bit o de um t rat ado int ernacional específico.


• legit im idade: t rat ado int ernacional específico.
• at uação lim it ada aos países signat ários
• t ut ela direit os hum anos expressam ent e albergado no t rat ado ou convenção
• dependem , com o regra, de declaração de aceit ação para o pet icionam ent o ao
Com it ê

 m ecanism os ext raconvencionais

• criados no âm bit o das organizações int ernacionais.


• legit im idade: t rat ados int ernacionais, cost um es int ernacionais e princípios gerais
do direit o.
• at uação perant e t odo e qualquer pais
• aplica- se a t odo e qualquer direit o hum ano violado de form a sist em át ica

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• independem de declaração para que possam ser acionados perant e a Com issão de
Direit os Hum anos por violações sist em át icas a direit os hum anos

 Mecanism os Ext raconvencionais na ONU:

• Assem bleia Geral


• Conselho de Segurança
• Conselho Econôm ico e Social
• Secret ário- Geral da ONU
• Conselho de Direit os Hum anos
• Cort e I nt ernacional de Just iça

Ca r t a da s N a çõe s Unida s

 ADMI SSÃO

 recom endação do Conselho de Segurança

 decisão da Assem bleia Geral

 SUSPENSÃO

 recom endação do Conselho de Segurança

 decisão da Assem bleia Geral

* o rest abelecim ent o da condição de m em bro depende do Conselho de Segurança

 EXCLUSÃO

 recom endação do Conselho de Segurança

 decisão da Assem bleia Geral

 ASSEMBLEI A GERAL

 órgão deliberat ivo, que discut e e faz recom endações sobre as m at érias de com pet ência
da ONU;

 não poderá fazer recom endações relat ivam ent e a assunt os que est ej am sendo debat idos
perant e o Conselho de Segurança;

 poderá fazer recom endações com o fim de buscar o desenvolvim ent o progressivo do
direit o int ernacional e de sua condição, bem com o para favorecer o gozo dos direit os
hum anos e das liberdades fundam ent ais;

 recebim ent o e exam e de relat órios ( anuais e especiais) do Conselho de Segurança;

 deliberações são t om adas em regra por m aioria relat iva, condut o em quest ões
im port ant es, exige- se 2/ 3 dos m em bros vot ant es;

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 não t erá direit o a vot o o Est ado que est iver em at raso equivalent e à som a das
cont ribuições correspondent es aos dois anos ant eriores.

 CONSELHO DE SEGURANÇA

 Órgão responsável por m ant er a paz e segurança int ernacional.

 Com post o por 15 m em bros, dent re os quais cinco perm anent es ( China, França, Rússia,
I nglat erra e EUA) e 10 eleit os para m andat os de dois anos.

 As deliberações processuais são t om adas por 9 dos 15 m em bros. As quest ões m at eriais,
em bora sej am vot adas por 9 m em bros, adm it e- se o exercício do vet o por part e de m em bro
perm anent e.

 Todos os Est ados- m em bros da ONU podem part icipar das discussões do Conselho de
Segurança, m as apenas os 15 m em bros do Conselho possuem direit o a vot o.

 Em relação às m edidas, dá- se preferência a m edidas não beligerant es. O uso da força
aérea, naval ou t errest re ocorrerá apenas se as m edidas não- bélicas forem insuficient es.

 CONSELHO ECONÔMI CO E SOCI AL

 Com post o por 54 m em bros, t em por responsabilidade a prom oção da cooperação com
quest ões de ordem econôm ica, social ou cult ural.

 Poderá realizar est udos e relat órios a respeit o de assunt os int ernacionais de carát er
econôm ico, social, cult ural, educacional, sanit ário e conexos;

 Poderá fazer recom endações a respeit o de t ais assunt os à Assem bleia Geral;

 Poderá criar proj et os de convenções;

 Poderá const it uir com issões, a exem plo do at ual Conselho de Direit os Hum anos;

 Poderá convocar conferências int ernacionais sobre os assunt os de sua com pet ência;

 Poderá fornecer inform ações e prest ar assist ência ao Conselho de Segurança, quando
solicit ado.

 CONSELHO DE TUTELA

 obj et ivos do conselho de t ut ela

• fom ent ar o processo de descolonização;


• fom ent ar a aut odet erm inação dos povos;
• favorecer a paz e segurança int ernacionais;
• est im ular o respeit o aos direit os hum anos e às liberdades fundam ent ais;
• assegurar a igualdade de t rat am ent o.

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 com posição

• m em bros que est ej am adm inist rando t errit órios t ut elados


• m em bros perm anent es do Conselho de Segurança
• m em bros eleições para m andat os de 3 anos

 funções do conselho de t ut ela

• exam e dos relat órios;


• exam e das pet ições encam inhadas;
• efet uar visit as periódicas aos t errit órios do Est ados; e
• t om ar m edidas.

 CORTE I NTERNACI ONAL DE JUSTI ÇA

 Órgão j udicial da ONU, com post o por 15 m em bros, que exerce função cont enciosa e
consult iva.

 cont enciosa: at ua quando há um a violação de Direit os Hum anos;

 consult iva: profere- se um parecer oficial a respeit o de det erm inada m at éria;

 com pet ência facult at iva: som ent e poderá at uar quando o Est ado reconhecer a
com pet ência da Cort e; e

 rest ringe- se às causas cíveis.

 SECRETÁRI O- GERAL é o principal funcionário adm inist rat ivo da ONU

 escolhido pela Assem bleia Geral

 recom endado pelo Conselho de Segurança

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8 - Con side r a çõe s Fin a is


Chegam os ao final da quart a aula do Curso de Direit os Hum anos.
I niciam os o Sist em a Global e nos debruçam os sobre o est udo da ONU.
Sugiro veem ent em ent e a vocês que leiam a Cart a das Nações Unidas, que est á
disponível no seguint e link:
ht t p: / / www.est rat egiaconcursos.com .br/ blog/ cart a- das- nacoes- unidas-
esquem at izada- para- concursos/
Bons est udos a t odos e at é a próxim a aula!
Ricardo Torques
rst .est rat egia@gm ail.com
ht t ps: / / www.facebook.com / direit oshum anosparaconcursos

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