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Curso Império Otomano

1923: Istambul deixa de ser a capital do Império otomano/Turquia

1299 – 1683: Ascenção do Império

1683 – 1922: Declínio do Império

Amin Maalouf

Povos turcos são nativos das montanhas urais. A história dos turcos é muito ampla. O povo turco se
espalha da Russia, China, os países -stan, presença no Ira, Iraque e Turquia. Característica importante
dos Turcos é o nomadismo. Não confundir Turco e Otomano.

Império Otomano vem de Ousman, o primeiro lider.

Eles começam como um pequeno povoado na Anatólia (Asia Menor), no fim do século XIII. Império
bizantino decadente. Regiões de cruzadas e templares nessa região também. Bursa é uma cidade
bizantina que será a primeira capital Otomana. Região muito estratégia é a dos estreitos turcos, estreito
de bosforo e estreito de dardanelas. Eles começam a se expandir em Adrianópoli, a segunda capital
Otomana. 9 Maio de 1453 Tomada de Istanbul por Mehmed II (Mohamed em Turco). História que
conhecemos é queda de Constantinopla, para eles é a conquista.

Selim I, Sultao cruel.

Persas: Tinham se convertido ao sunismo, mas no seculo XVI eles se convertem ao xiismo. Ameaça dupla
por lado dos persas. Eles podem se expandir. Selim I chega na região do Curdistão. A maioria dos Curdos
se converteram ao sunismo. Ele toma a região e começa a descer (Libano, Israel) e toma a terceira
cidade sagrada do Isla até chegar a Mecca e Medina, até chegar a Cairo. Quando ele chega a Cairo e
acaba pegando o título de califa, que havia ficado esquecido. Esse sultanato é muito importante porque
a maioria se torna muçulmana. Até então a maioria era cristã. Ele ganha essa legitimidade.
Constantinopla se torma a capital espiritual também. Salim massacra os xiitas.

Suleyman I, o Mgnifico.

O império continua se expandindo na regiaõ de tripoli, e o resto do Iraque e Balcas. A expansão continua
até 1683. Nunca chegaram no Atlantico porque o sultanato do Marrocos bloqueia. Mar negro foi um
lago Otomano. Nessa época eles não estavam tão preocupados com a Europa, mais com Habsburgos. Se
importavam mais com a persia e outras regiões. De um emirado pequeno ele se torna um império
universal.

Turcos, montanhas altais. Se convertem ao isla no século X, no contexto da rota da seda. Eram
nnomades e começam a se expandir na Asia central. Turcos etnicos não são nativos naquela região.
Inicio da história otomana com Osman Bey em 1299. Bursa é a primeira capital, Edirne a segunda
capital.

Prática do Devsirme: Coleta de jovens cristão (famílias tinham que dar os armenios, eslavos). Meninos
eram convertidos ao isla, eram treinados e formavam um corpo militar chamado Janizeros.
Turcos – estado vassalo do terceiro califado Abassida
Origem dos Turcos nas montanhas Altai: Eles tinham uma identidade formada desde aquela
época? Havia um império turco naquela região da Mongolia?
Novela Turun

Aula 2

1299 – 1683: Ascencao

Começa com um emirado. Mas história turca é muito mais ampla. Grupos que fogem de invasões
mongois ou pela rota da seda (nomades?). Região com uma presença bizantina. Presença de grupos que
chegaram com as cruzadas e se estabeleceram. E um império Seljuc com capital é Konya. Shahzade:
enviados do sultao estao atras dele porque ele pode ser uma ameaça. Fratricídio: Sultao mata todos os
outros concorrentes. Bey, líder. Eles vão se expandindo e tomando regiões na anatolia, balcas. Os
primeiros súditos são cristãos e judeus. Mas os persas se convertem ao xiismo, Constantinopla ve isso
como uma ameaça pois os safavidas e Selim toma regiões e expande bastante o território. Século XVI o
império se torna um califado.

Série Rise of Empires: Bursa primeira capital otomana. Tumba de Osman and Orhan (fundadores).
Segunda capital é entre bulgaria, grécia e turquia. Terceira é Constantinopla. Conquest 1453, filme mega
produção. Diretor da série Rise é turco americano. Cristãos templários ocupam a cidade no século 13
durante alguns anos enquanto havia o império bizantino. Fazer o fal: leitura da borra do café. Lado
místico no império otomano.

Fatih Mehmet (Mehmet 2). Visão imperial de converter esse emirado em uma narrativa imperial. Ele
traz uma tradição islamica. Sera a última e definitiva capital ottomana até 1923. Ele tem uma paixao
grande por Alexandre o Grande. Início da idade moderna 1453. Tomada de constantinopla tem um
impacto global porque bloqueia a rota da asia. Século XVI renascimento: Bebe de um conhecimento
oriental. 1451 – 1481 (Mehmet): Papel importante na consolidação desse império. Uma das primeiras
coisas que ele faz é convertir a Hagia Sofia em mesquita. Eles não destruem, mas cobrem os mosaicos.
Até 1923 era a mesquita mais importante. Mehmet constroi um palacio que é muito diferente. Traz uma
tradição islâmica também. Pax otomanica, 30 anos de paz. Ele precisa de pessoas pagando imposto e há
as capitulações para deixar estrangeiros comercializar no império. Janissaries (Janízarosç Yeni Çeri):
Coleta, alguém de Constantinopla e as famílias cristãs levavam seus filhos para Cosntantinopla para
serem treinados militarmente.

Morte de Mehmet, espanhois espulsam judeus e mouros. Muios se espalham pelo mundo. Que rei é
esse que expula um grupo tão importante. Bayezid II recebeu esses judeus e mouros. Nesse momento
os persas também se converteram ao xiismo (Seculo XVI). Sultan Selim, o cruel. Expansão em terras
árabes. Toma cidades sagradas de Meca e Medina. Recebe o título de Califa, recebe esse título, que
havia ficado perdido. Ele só recebe o título com a tomada de Meca? Selim, época áurea. Suleiman, o
legislador. Sultanato muito longínio e ele consegue consolidar muitas regras nesse retalho de regiões
(Toma Belgrado, rodes, Bagda, Basra e tenta tomar Viena). Com ele há embates com portugueses e
espanhóis. Eles se aliam as vezes com protestantes para impactar interesses de católicos. Todos sultao
faz uma Tuḡra (assinatura).

Seculo XVI o poder se reestrutura: burocracia mais fortalecida. A primeira parte desse seculo é chamada
de sultanato de mulheres, porque os sultaos eram muito novos e elas tomam conta. O segundo família
coprilu. O império otomano se mantém. Diplomacia ad hoc: eles mandam uma missão quando há um
novo coroamento, mas a diplomacia ou direito só é usado quando eles estão enfraquecido. Nessa época
eles ainda não estão e não usam muito. Tumulos otomanos: há um turbante sobre o túmulo, se não há
nada, é mulher. Turco otomano muito diferente do moderno?

Segunda tentativa de tomar viena em 1683. Eles perdem, e perdem também a imagem de grande
ameaça que eles tinham antes. Westphalia: Batalha de Viena muito importante. Os padeiros teriam feito
um paozinho que eles chamaram de crescente (eles venceram o crescente ou croissant). Café vem do
Yemen e se popularizou no império otomano. Café chega no sultao. Alguns prisioneiros de guerra teriam
tomado e dado aos vienenses e se popularizado na europa também. Essa tentativa de tomar viena nao
da certo. Os grandes inimigos são os Habsburgos, assim em 1699 é o tratado de Karlowits.

Século XVIII temos a mudança da dinastias, os safávidas deixa de ser a dinastia importante na Persia mas
continuam sendo uma ameaça importante aos Otomanos. Na Europa são os venezianos e Habsburgos e
logo começa a ameaça dos Romanovs (Russos). 1718-1730: Era da Tulipa. Sultão Ahmed, um renegado
húngaro (cristao que se converteu muçulmano) publicam diversos livros. Diplomacia ad Hoc, burocrata
otomano como embaixador, foi para a Europa com uma missão para estudar a civilização européia e
reportar o que pode ser aproveitado no império. Há um relatório enorme explicando como tudo
funciona no ocidente. Isso começa a ter um papel importante na mudança de paradigma. Influencia
francesa no Império otomano e vice e versa. Século XVII: Império cada vez mais fraco. Fim do conflito e
o império tem que reconhecer que ele tem que ceder o territorio. Russia é a grande inimiga. Ela sempre
quis dominar o mar negro. Otomanos ganham algumas guerras, mas a Russia vai crescendo cada vez
mais como inimiga. Crimeia: 1744 foi assinado um tratado em que os otomanos reconhecem a
independencia do kanato da Crimeia. Sultão usa o título de califa. E Russos clamam ser os protestantes
dos cristãos. Crimeia se torna independente dos otomanos, depois é anexada pela Russia.

Aula 3

1683 – 1923: Queda do Império

Napoleao e invasão do império otomano. Pano de fundo sobre o que seria essa fase desesperada de
sobrevivencia do império otomano.

Mapa do império otomano em 1800: Império otomano começa a perder territórios. Ainda havia uma
presenca importante nos Balcans, no mar negro, mas já não é um lago otomano, já que a Russia já vinha
se expandindo. Os estreitos, dardanelas, bosforo, zona muito importante. 1869 abre-se o canal de suez.
Golfo pérsico/arabico. Região muito importante. Eles perdem a Argelina nessa fase. Região de Najd:
Império otomano nunca entrou nessa região interior. Uma família local começa a ganhar poder e no
final eles assumem um papel importante. Domínio otomano se estende apenas na região do Hijaz.
Sultaos importante: Osman I, Mehmet II, Sselim I (toma a area do golfo sagrada e torna o império um
califado), Suleyman (era aurea), Selim III.

Selim III: (1789-1807) Ele cria uma assinatura com três marcos (tres continentes do império). Misbaha
(ele segura esse objeto típico da região). Ele está ciente das revoluções que acontecem na Europa. Ele
sabe que o império precisa se modernizar sobretudo em função do exercito. Janisas muito importantes
no passado, mas eles começam a dar muito trabalho e não ser mais tão efetivos em termos militares e
começam a fazer revoltas. Ele cria uma nova ordem. Muitos poloneses viram professores no império
otomano. Percepção da necessidade de se modernizar e da importancia da diplomacia. Criação de
embaixadas em Londres, Viena, Berlim e Paris. Mas na época eles não sabiam se comportar. Havia
também dragomanos, tradutores, jovens secretários. Esses jovems têm uma primeira experiênvia nessas
capitais europeias e quando voltam têm um papel importante no império otomano. Tudo isso sesrve de
base para as transformações que vão ocorrer no império.

Guerra Franco Turca (1798-1802): Presença francesa. Os Otomanos admiravam os franceses. Penetração
de algumas das ideias da Revolução Francesa no império. Idéias nacionalistas. Com a morte de Selim III,
assume Mahmud II. Ele encara as consequencias dessa virada. A primeira é a guerra de independencia
da Grécia (1821 – 1830). Gregos eram os herdeiros do império bizantino e apesar da independencia
havia gregos ainda fieis ao império otomano. Abolição dos Janizaros: eles começam a dar trabalho e há o
evento auspicioso. Eles teriam sido convidados para uma conversa e eles são mortos (cerca de 3000
mortos) e os que sobrevivem são perseguidos. Criação então de um novo exército com vestimenta
moderna. Por outro lado a França toma a Argélia em 1830. A Persia continua dando trabalho, assim
como a Russia.

Com a morte de Mahmud, há dois sultões: Abdul Mecid I e Abdul Aziz. Período conhecido como
Tanzimat (1839-1876), que significa reordenações. Há tres dos jovems que foram para a europa que
atuam ativamente na política. Como modernizar o estado sem perder a tradição. O exercício dos três é
de lutar pela sobrevivencia otomana. Tanzimat Fermani: frente a pressões europeia, uma série de
modernizações devem ser realizadas. Reformas para melhorar a qualidade de vida dos suditos,
igualdade dos súditos perante a lei. Guerra da Crimeia, mais negociacoes e mais um édito (1853-1856).
Marco importante. Ela começa porque os russos queriam defender os interesses dos ortodoxos em
Jerusalém. Dessa vez, França e Inglaterria se unem ao Império contra a Russia. Ela é importante em
termos d emodernidade. É a primeira em que há fotografia. A Guerra começa em jerusalém, mas
estoura lá na Criméia. Telegrafo com papel importante nas comunicações, sistema de trem também.
Com o fim da guerra, tratado de Paris.

Segunda metade do século XIX ocorre uma série de modificações: bancos, iluminação etc mas sempre
oriundo de capital estrangeiro. Millets (reorganização desse sistema). Missões evangélicas, assim como
católicos e protestantes. Muitos jovens começam a ir para a europa para estudar. Na década de 1860 há
o movemento dos novos otomanos (armenios, cristãos, árabes que se juntam defendendo uma
monarquia constitucional). Em 1876 Abdul Aziz morre. Murad 5 assume e um serial killer, querendo se
vingar, sai matando várias pessoas e Murad testemunha isso. Ele vive os últimos 27 anos reclusos
porque ele não tinha condição. Começa o reinado de Abdul Hamid II, sultão muito importante. 1876:
Monarquia constitucional e parlamento otomano. Dura pouco tempo porque começa um novo conflito
com a russia. Ele governa a partir de Yildiz Palace com espionagem, polícia secreta, telégrafo e
fotografias. Ele mantém algumas medidas do Tanzimat. O poder sai da Sublime Porta, ele chama pra si
esse poder e o sultão é que tem a autoridade. Enfase no caráter muçulmano do Estado. Apesar de ser
um califado, esse título não era muito usado. 1876-1885: início da imigração de otomanos (inclusive
para o Brasil). Cerca de 3 milhões de não muçulmanos que saem do império. Muitos muçulmanos
também vinham para o império fugidos, por exemplo os circassianos que fugiam da Russia. E cada vez
mais fica com maioria muçulmana. Emergencia de muitos nacionalismos. Os armenios usam o capuz,
que lembra o monte Ararat. Eles vêem os armenios como uma minoria que vivia bem mas que começam
a fomentar movimentos nacionalistas com suporte europeu. Primeira leva de massacres ocorre em 1894
e 1896. O número de mortos é incerto. O massacre trata de um movemento para aniquilar os cristãos,
que inclui não apenas armenios, mas também assírios.

O estado começa a se endividar para a construção de infra-estrutura. Diversas instituições são criadas
também. Começa a expansão de um nacionalismo turco.

Início do Seculo XX: 1908 o grupo de jovens ganha tanta força que dá início à revolução dos jovens
turcos. Em um primeiro momento parece que haverá grandes revoluções. Abdul Hamid continua no
poder mas depois é enviado a Salonica em refúgio. Império otomano se torna militarizado. Guerra da
Tripolitania, Italia chega tardiamente e quer colonias também. 1880 há uma revolta de nativos, a
Inglaterra ocupa o Egito e só admite que ocupa na 1ª guerra mundial. Italia toma tripolitania que é a
Libia. Há a guerra dos Balcas: em um primeiro momento contra o império otomano, mas depois grecia
ocupa Salonica. Medo de colapso. Quando os gregos tomam Salonica, há os refugiados muçulmanos que
vao para o Império otomano. Nesse pano de fundo há o nacionalismo turco ganhando força também. O
império era até então multi-etnico, mas aos poucos cria-se um nacionalismo; identidade e papel
importante de historiadores.

Alemanha não tinha fronteira direta com o império otomano. Havia a percepção que uma aliança com
os alemães fosse benigna, mas foi o beijo da morte do império. 1ª Guerra: Batalha de Galípoli, com
tropas da Australia e Nova Zelandia. Armenian Genocide. 24 de Abril de 1915 como a data da
rememoração, porque nessa data a elite intelectual e financeira é aprisionada e morta. Esse contínuo de
guerras, Tripolitania, guerra dos Balcas e WWI transformam a Turquia. Algumas continuidades:
nacionalismo turco com os jovens turcos. Positivismo e cientificismo. Com o fim da guerra, há a guerra
nacional de independencia. Nasce a republica da turquia em 1923. O último Califa é mandado para o
exílio. Fim do califado em 1924.

Aula 4

Tratado de Lausanne em 1923: turcos conseguem se impor. Armenia nasce mas logo depois é acoplada
à Uniao Soviética. Hatay nao era turca nesse cenário ainda. Contexto da primeira guerra há 3 promessas:
1916 há o tratado Sykes-Picot. Eles se organizam a partir dos interesses das potência nas época e
separam a região em áreas de influência britânica e francesa. 1917 Declaração Balfour: Os britanicos
prometem um lar nacional para judeus na Palestina. Correspondência Marrom-Hussein: se os árabes se
revoltarem eles terão direito a terem uma identidade nacional árabe. Britânicos prometem áreas que
nem são dele. Na prática, com o fim da 1ª Guerra Mundial há uma presença militar das potências nessas
regiões. Quando acaba a guerra é criada a Liga das Naçoes, que chancela os mandatos. Eles criam o
estado chamado Iraque e há um domínio indireto em outras regiões (Egito, Yemen, Oman, Sudan, Qatar,
Emirados Arabes). Oriente Medio, termo cunhado em 1902 por um almirante norte americano. Loucura
de Churchill.
Região da Mesopotamia: Britanicos tinham interesse no petróleo da Mesopotamia. Mudança da matriz
energético, tem que otimizar o acesso à essas fontes. Eles ocupam a região do Iraque e criam esse
Estado em 1922. Colocam um monarca de outra região. Curdistão que é uma região com curdos sunitas,
região de petróleo. Junta curdos sunitas, árabes sunitas, xiitas e uma região misturada. Na época do
império otomano as provincias eram mosul, baghdad e basra. Quem consegue manter essa região é com
pulso forte, há uma monarquia, e depois Saddam Hussein. Estado complicado pela forma que ele foi
criado. Gertrude Bell era historiadora, de uma família de diplomatas e tinha um conhecimento
detalhado das tribos. Em que medida ela usou esse conhecimento para chancelar a presença britanica.

Franceses e Russos: quem era o lider dos cristãos? Os franceses chamavam para si esse papel para os
católicos. Ha um massacre de maronitas por parte de Druzes e os franceses mandaram tropas no século
XIX. Desde 1860 essa região já tinha virado uma região destacada com larga presença cristã. Eles
aumentam a região como Greater Lebanon. Eles criam um estado que desde o começo já seria
complicado porque não é tão organico, há uma presenca importante de grupos confessionais. Desde
1932 não há censo. Cristãos saíram, outros grupos tiveram muitos filhos e os muçulmanos se consolidam
como religião principal. HRW estima que haja 62% muçulmanos e 38% cristãs. Mas há ao menos 19
seitas religiosas.

Siria, região druza, estado alawita, curdos ao norte. Franceses estão querendo se aproximar da Turquia,
e eles pegam um pedaço da região da Siria e dão para os turcos. Antioch e Alexandretta hoje está na
turquia.

UK x France: Quando é república vc sabe que teve passado frances, quando é república, britanica.

Turquia nasce dos escombros do Império Otomano em 1923. Capital também muda para Ankara ou
Angora. Território dos franceses está alí. Gaziantep, região com muitos refugiados sírios. Primeiro
presidente é Mustafa Kemal Ataturk. Ele faz diversas mudanças durante 15 anos. Revoluções kemalistas.
Ele muda o alfabeto. Não se usa mais as letras árabes, por isso não mais o turco otomano para o turco
moderno. Mudança na vestimenta, nos sobrenomes (antes elas não tinham sobrenome, era Bey, Pacha).
Ele cria o sobrenome de Ataturk, pai dos turcos. Calendário, não mais o muçulmano, mas o ocidental.
Ele cria uma república nos moldes europeus, apesar de ter 99% da população muçulmana. Trocas de
populações, gregos vão pra grécia e turcos para a Turquia. Ele cria uma idéia de república turca que não
tem nada a ver com o Império Otomano. A família real otomana é exilada. Essa republica tem a ver com
as civilizações anatolianas, povos turcos, oghuzes. Papel importante na criação de uma narrativa
nacionalista. Transferência da capital para Ankara: centro do território, anatólia é onde houve
resistência e longe de Istambul, onde pessoas manifestavam. Ataturk tem um impacto no mundo
islamico como um todo. Ele mantém o sultao como um Califa em um primeiro momento, mas depois em
1924, ele abole o califado. Não existe mais califa no mundo muçulmano. Organização internacional
islâmica em 69, Al Qaeda, ISIL, narrativa de califado já que o último califa foi instinto por Ataturk. Ele não
abole a religião, mas diz que não pode usar turbante, mulheres com veus. 1927 Turquia se torna um
Estado Laico. Ismet Inonu assume o governo após Ataturk e continue a defender o secularismo do
estado.

Algumas frases famosas de Ataturk: Melhor amigo do turco é outro turco; paz em casa e paz no mundo.
Narrativas que reforçam o nacionalismo. Ataturk morrem em 1938.
2GM: Turquia entra no final da guerra do lado dos aliados. Diferença é que Turquia está do lado da
União Soviética. Turquia entra na OTAN em 1952. Constituição turca bane o uso da religião para fins
políticos. Menderes (pena de morte, muita corrupção) e golpes militares em 1960, 1971, 1980.

Erdogan prefeito de Istanbul. É preso por questão religiosa. Em 2003 ele é PM. Modernizador. Ele não
falava que era islamista, mas conservador democrático. Cria um partido, AK PARTI em 2001. Ele vence as
eleições e assume em 2003. Erdogan está no poder desde então, há mais tempo que Ataturk. Começa a
tirar as leis anti-religião. É chamado de Neo otomanista. Ele se alia ao movimento Gullen, seguidores de
Fetulah Gullen. Romperam com o governo em 2013. Ele usa a legislação para enfraquecer a república.
Ele pode se manter no poder até 2029.

Curso de Curdos
Aula 2 – Curdos na Turquia

Tratado de Lausanne de 1923: Não se fala mais em Curdistão. República da Turquia cria uma narrativa
Turca. Banimento da língua Curda, folklore curdo, nomes curdos também. Eles não foram reconhecidos
como grupo separado, porque isso seria uma ameaça à segurança nacional. Narrativa securitizadora é
muito forte. Curdos já se revoltavam no final do século XIX, mas principalmente após o fim do império
otomano. Secularização com Ataturk, revolta também dos curdos que não são seculares. Presença de
curdos nas grandes cidades. Eles falam Turco bem? Trabalhadores sazonais. 1938: Grande massacre
(Girls at war). Dersim era uma cidade curda alevi, massacre gigantesco. Essa questão ganha força na
década de 70. 1978-1984: Partido dos trabalhadores do Curdistão, PKK. Nasce com estudantes curdos.
Socialismo revolucionário com nacionalismo curdo. PKK nunca foi mainstream. Ataques contra
instalações militares, sequestro e assassinatos, ataques suicidas. São 14 ataques entre 96 e 99. Expertise
dos curdos nas áreas montanhosas. Como eles conseguiam recursos para se manter? Publicações,
negócios próprios na Turquia e Europa e acusações de tráfico de drogas. Os curdos do PKK estavam na
cidade? Como o Governo turco reage? Primeira insurgencia (1978-1984), e 1984-1999 são ações
violentes e políticas contra o PKK. Sistema de guardas de aldeias (próprios curdos agindo como guardas).
Muitas críticas do PKK nessa época. 1999-2004: Em 1999 Ocalan é preso. Ele está em uma ilha no mar de
Marmara. Em um primeiro momento foi condenado à pena de morte. A partir da prisão ele repensa a
narrativa nacionalista socialista do PKK. PKK começa como uma milícia lenilista, um curdistão
independente para povos oprimidos. Com a queda da União Soviética eles percebem que essa luta
talvez leve o curdistão ao fracasso. Reorganização do partido na década de 90, inclusive das mulheres. É
desse processo da década de 90 que o partido é reorganizado. O discurso muda para autonomia e não
independencia. Entrada na União Européia : norteia o discurso para o fim da pena de morte. Você tem
agora no partido uma narrativa também não violenta. PKK em grande medida é Ocalan. 2004-2012:
segunda insurgencia, bombas em resorts, começando a impactar a economia. Filme: Nefes.

Muitos curdos votaram em Erdogan. Ele entra com uma agenda de negociação de paz. IS chega na
Turquia. Os Curdos faziam frente ao IS. HDP, partido é criado, agenda democrática e ambiental
importante. Desde 2015, momento da 3ª insurgência (AKP x HDP). Opinião pública turca é contra o PKK.

O Dostoyevski da Turquia é Yashar Kemal, com origens caucasianas e assírias. É um escritor curdo.
Aula 3 – Mulheres curdas

Samantha Power – Problem from hell

Turtles can fly – Filme sobre os curdos

Filhas do sol: 2018 (mary Colven)

Helly Luv – Risk it all and Revolution

Upon the shadow

Aflamuna

Lua de mel em Kobane

Olhares brasileiros sobre a questão curda

Women with gunpowder

Questões de genero: crimes de honra, mutilação genital, tráfico humano, casamentos forçados,
casamentos com estupradores, testes de virgindade, violência sexual, violência doméstica

- Mona Eltahawy: Ela se posiciona sobre a questão de gênero na região. Necessidade de uma revolução
dupla no Oriente Médio, social e sexual.

- Joumana Haddad: Além da força religiosa, há as próprias mulheres árabes que oprimem. Elas
perpetuam um patriarcalismo.

- Dilar Dirik: Trata da questão das mulheres curdas. Autonomia democrática.

O Oriente Medio está pensando a questão de gênero.

Figura muito importante é Sakine Cansiz. Ela nasceu na Turquia e além de curda é também Alevi (um
ramo dos xiitas shamanistas). É uma das fundadoras da PKK. Desde os anos 80 ela passa por uma série
de torturas. Ao sair nos anos 90, ela participa na primeira conferencia para mulheres curdas. Ela sempre
tem o sonho de um exército de mulheres. Assassinada em 2013 em Paris.

Primeiro julgamento contra membros do EI por genocídio contra Yazidis.

Movimento chamado Mussawa.

https://lume.ufrgs.br/handle/10183/193052

Sheryl WuDunn e Nicholas Kristof

Curso Escritores do Oriente Medio


Aula 1 – Orhan Pamuk

Escritor profundamente ligado à Turquia. A mae escolheu o nome de Orhan porque ele era um sultao
modesto. Nasceu em 1952. A família dele é de Gordes, perto de Manisa (e Izmir). Os antepassados de
Orhan são circassianos. Eles são do norte do mar negro. Os Circassianos começam a chegar no século
XIX com os conflitos com a Russia. Ele diz que o sobrenome dele Pamuk significa algodão porque as
família dele era bem branquinha e de cabelos claros. Quando a república da Turquia nasceu, eles não
tinham sobrenome. Os sobrenomes são variações de algo com o qual a família tinha relação. A família
do Pamuk acabou ficando com esse sobrenome com a criação do estado da turquia. Ele queria ser
pintor, mas começou a escrever profissionalmente em 1974. Ele começou a publicar em revistas, mas o
primeiro livro foi Cevdet Bey ve Ogullari, em 1982. A Família dele se mudou para Istanbul na década de
30 e o avo dele enriqueceu porque trabalhou como engenheiro na construção das estradas de ferro.
Acusações de que ele vem de uma elite. Em 1995 ele teve um julgamento por ter apoiado a causa curda.
Nos anos 90 continuou escrevendo. O livro que o consagrou é o “Meu nome é vermelho”, de 1998. O
livro estourou e começou a ser traduzido largamente. Em 2005 ele teria falado com a imprensa de uma
maneira discreta sobre o “assim chamado” genocídio armenio. Ele sofreu um segundo processo por
atentar contra a “turkishness”. Em 2006 ele ganha o premio Nobel de literatura. Yaşar Kemal um
escritor curdo havia sido cotado, mas é Pamuk que acaba recebendo o premio representando a turquia.
Ele funde um museu, o “Museu da Inocência” em 2012. Ele está atualmente escrevendo um livro
chamado “Nights of Plague” que fala sobre a epidemia de Istambul em 1901.

Istambul cidade e memória, o museu da inocencia e uma sensação estranha. É como se fosse uma
trilogia.

Kismet = destino em turco.

Istambul é um tema muito importante para entender Pamuk. Ele é de uma família muçulmana mas ele é
muito sofisticado. Ele quer ser um romancista. Onde ele vai buscar a autenticidade? Essa cidade, que é a
musa e sua inspiração. Ele reflete muito sobre a essencia desta cidade.

Istambul é uma cidade que fica entre dois continentes. Essa cidade que hoje é uma megalópole se
espalhou por todo o braço Europeu, mas também um braço adriatico. Djihandig é uma regiao muito
elitista desta área européia de Istambul.

Ele não é muito queridinho de muitos turcos: Turco não é bom, ele fala sobre o genocídio armenio, ele é
elitista (trata muito da elite).

Quando ele criou o museu da inocência. Ele reflete muito sobre história, antropologia e nas suas
reflexões os romances e os museus têm uma característica em comum, quando vc lê um romance, você
tem quase um frame histórico do que está sendo tratado alí. Quando ele escreveu o museu da
inocência, ele foi, pegou uma casa e fez o museu (inaugurado em 2012). Se você tem o livro não precisa
pagar a entrada. O museu é a história do livro. O personagem colecionava as bitucas de cigarro e elas
estão no museu. Você anda pelo museu e é uma capsula do tempo, quase museu sobre a cidade de
istambul, mas a partir do livro. No sótao você tem as canetas vazias usadas pelo escritor para escrever o
livro. A literatura não fica contida no livro, mas dialoga.

Uma figura muito importante para Pamuk é o fotógrafo Ara Guler, armênio, conhecido como eye of
istambul. Obituario que Pamuk publicou em 2018 (18 de Outubro na Folha). Eles tiveram uma relação
muito próxima. Ele mostra o elemento humano e a essencia da cidade. Ara se proclamava a visual
storyteller. Quando Pamuk estava escrevendo o strangeness in my mind, ele começou um movimento
interessante de tirar fotos da janela dele. Inverno de 2012 e 2013. Ele tirou mais de mil fotos. Ele
escrevia a mão (meia página por dia). Ele começa a tirar fotos sobre esse ponto onde o chifre de ouro se
junta com o Bósforo (parte histórica). Virou um livro chamado Balcon. Influencia de Ara. Diferente de
Guler, ele nao se interessa por pessoas, não há gente na foto.

O romancista ingênuo e o sentimental: O que nossa mente faz quando lemos um romance. Ele reflete
sobre o romance, essa arte que é ocidental e como é o desafio de alguém do oriente escrever sobre ela.
“Cada romance que eu lia, sentado em minha sala em Instambul, proporcionava-me um universo tão
rico em detalhes quanto qualquer enciclopédia ou museu....”

Lendo Lolita em Tehran – livro muito lindo!

Maleta do meu pai: discurso quando recebeu o nobel. É como se ele tivesse agradecendo ter vindo de
uma família que tinha uma biblioteca, e o apoiou.

Para finalizar: Istambul como uma grande musa. Os demais livros fazem referência sobre Istambul. A
arte sempre ficou nas cores. Ele tem uma relação forte com cores. Quase todos os livros têm um
personagem chamado Orhan. Número 19, 586 fotos (somando dá 19, um número sufi). Ele teve um
papel importante na revalorização do passado otomano. Hoje cada vez mais esse movimento. Essas
séries (AKP), uso político exacerbado da arte para revaloriar o otomanismo. Ele trata de vários temas
importantes sem cita-los (questão do terrorismo etc).

Google Classroom:

Aula 2 – Amin Maalouf

Muna Omran

Eleito para a academia francesa de letras. Em 83 ele ganha um premio pelo livro cruzadas vista pelos
arabes. Ele é o primeiro libanes que assume essa função. Antes dele, outro membro era uma mulher de
origem magrebina (argélia). Nossa academia brasileira de letras é uma cópia da francesa. A frança se
atualizou mas o Brasil não. O estatuto só aceita brasileiro nato. O que faz deste escritor ser da
academia? Ele nasceu em Beirute de uma família híbrida. Pai libanes do norte do Líbano. Assim como o
Pamuk, ele é um estrangeiro dentro de seu próprio país. Seu pai era libanês cristão. Sua mae nasce no
Egito de família libanesa. Cristã maronita. A família dele não era muito ligada a essas questões religiosas.
Para que ele possa crescer em um ambiente misto, ele estuda em uma escola mista francesa. Ele cresce
falando frances mas não em casa. Pai de Maalouf, nome Homenagem ao filósofo. Seu pai era um
scholar, professor de literatura e era escritor. Seu pai é um grande incentivador de sua produção
literária. Seus avós constroem uma escola mista para meninos e meninas, então ele já possui essa
questão de pertencimento, romper com barreiras culturais. Sua casa: destruída. “Esta casa não me
pertence mais”. Eu passava as minhas férias no Cairo, na casa de meus avós maternos. Eu me sentia
muito mais parte desse vilarejo do que em Beirute. A identidade resulta da soma de todos os
pertencimentos.

Obra desorientados

Libretos para óperas

Filme De volta (Go Home)

Samba (imigração da Europa)


Ele constroi essa ponte entre a história com a literatura. Cruzada contemporanea, lutar contra esses
fervores identitários que afastam o ser humano. Ele tem acima de tudo a função de conciliar com um
olhar humanista. Leao africano é o primeiro romance de Maalouf.

Cruzadas vista pelos arabes: Cinco anos depois do Orientalismo. Uma mudança na visão do oriente.
Olhar crítico. 2 séculos do relato de viagem que é feito por Chateaubriand. Chateau diz que as cruzadas
é uma responsta à chegada dos muçulmanos, mas também dos judeus. Ele defende o movimento das
cruzadas, para definir quem venceria (isla como inimigo da civilização) e coloca que o Isla é favorável ao
nepotismo, à ignorancia e à escravidão. Já Maalouf traz uma nova visão pois ele está na Europa (não era
como Said que é um americano). Ele mostra que não é mais uma imagem orientalizada de Sayd que se
tem.

Edgar Morin – Salonica

Importancia do tema da viagem: Sempre há alguem viajando. Viagem surge como um impulso vital,
mesmo que não seja definido. Isso remete aos filmes de Charles Chaplin, ele chegando e ele indo
embora. Necessidade de se deslocar.

Aflamuna – plataforma de filmes libaneses.

Filme : The Insult

Filme: Incendies

Filme: Erased: Ascent of the Invisible

Milton Hatoum (brasileiro)

Aula 3 – Amos Oz

Livro: Como curar um fanático

The tale of love and darkness

Ele tem grandes temas, um deles sendo o papel da literatura. Pamuk usava muito as cores (resquício da
época de artista), para Amos são as palavras. Uma luta engajada contra o fanatismo.

Ele nasceu como Amos Klausner. Judeus mudam seus nomes para se livrar da ligação à diáspora, uma
ligação zionista. Ben Gurion também etc. Mudança dos nomes. Oz quer dizer coragem, força. Z”L é
colocado depois do nome quando a pessoa falece. Ele nasce em Jerusalem em 1939, durante o mandato
britânico. Ele viveu em Jerusalém até a guerra da indepencia de 1948. A família da mãe é da Ucrania, e a
do pai de Lituânia. Quando ele tem 12 anos sua mae se suicida e ele sai da casa da família com 14 anos e
se muda para Kibutz Hulda. É nessa época que ele muda de sobrenome. O nome da família era muito
conhecido. O new Jew, que não é o judeu da diáspora, mas que trabalha na terra etc. É em Kibuts que
ele se casa e ele é conscrito para servir o exército de Israel. Kibutz é uma comunidade agrícola, onde as
pessoas trabalham e ganham conforme a sua necessidade. 2 guerras importantes em 1967 e 1973, ele
luga nas duas. No período dele como soldado, ele começa a publicar os primeiros textos em uma revista.
Mas ele morava no Kibutz e lá todos são tratados de maneira igual. Uma narrativa agrária.
Em 1968 ele continua publicando, incluindo “Meu Michel”, que é o primeiro livro a ser traduzido
amplamente. Nos anos 70 ele é um dos fundadores do movimento Paz Agora.

Em 1986 ele começa a lecionar na Universidade Ben Gurion e decide sair do Kibutz e vai morar em Arad
(no deserto). Ele falece em 2018.

Sindrome de Jerusalem: Pessoas que vão pra la e se consideram profetas. É uma cidade muito pesada.
Zionismo vem de Sion, que é um monte de Jerusalém. A cidade está no centro do movimento. Meu
Michel e Pantera no porão são livros que se passam em Jerusalém. Amor e Trevas é o livro para se ler de
Amos. Istambul de Pamuk, e Jerusalém de Amos Oz. Ele fala muito de Kerem Avraham, o bairro onde ele
cresceu. São bairros que não existem mais. A cidade foi reconstruída diversas vezes durante a história.

Igreja Santo Sepulcro. Antigamente a igreja estava fora da muralha (antes, cemitérios ficavam fora da
cidade). Hoje está no coração. A cidade foi reconstruída várias vezes. As muralhas atuais foram
construídas por Suleyman o Magnífico. Jerusalém de Amos Oz não é Jerusalém política, religiosa, do
muro das lamentações, mas é uma Jerusalém multifacetada. São esses imigrantes que vêm da Europa e
se reconstituem alí.

Ele se repete muito nos livros “ Eu também fui um pequeno fanático”. Essa Jerusalém que ele cresceu,
eles estão lutando contra a ocupação britânica e os árabes. Esse é o grande mérito dele. Apesar do seu
background ele se torna uma consciência para o país. O que é viver na periferia do mundo? Como
Pamuk. Ele vem de uma família que falava vários idiomas, apaixonados pela europa. Mas essa paixão
não foi correspondida. Zionismo: Várias razões que fizeram com que eles tivessem esse nacionalismo.
Muitos não tinham outro lugar para ir. Não era para deslojar os judeus.

Judeus e as palavras. Uma conversa do Amos com a filha dele. Fania é o nome da filha, que é o nome da
mãe. É uma conversa entre os dois.

Chutzpah: Tradição judaica da “cara de pau”. A tradição incentiva o pupilo se colocar contra o professor
e provar que ele está errado. Tradição judaica é que tenha debate. A questão é aprender. O judeus
responde uma pergunta com uma pergunta. Rabino Nilton Bolder.

Um livro que deveria ser obrigatório nas escolas é “Como curar um fanático”. Você tem que ser curioso
e imaginação, assim como empatia. A literatura é o melhor antídoto contra o fanatismo.

Livro: A guerra não tem cheiro de mulher (Svetlana).

Edgar Keret: Grande escritor de Israel. Amos passa o bastão para ele como sucesso.

Aula 4 – Edward Said

Primo de Najad Khoury

Ele nasce na Palestina, mas passa bastante tempo no Egito. É possível uma convivência entre judeus e
palestinos. Como Amin Maalouf. Edward, sua mae conta que era por cause do príncipe de Gales. Said
era o nome dos primos. Eles foi pianista. Formacao academica híbrida. Começa a estudar em jerusalém,
passa algumas temporadas no Cairo. Antes de 1948, percebendo o que estava para chegar, a família se
muda para o Cairo. Foto dele jogando uma pedra contra o exército israelense. Enquanto Israel tem um
exército, os palestinos têm pedras. Essa foto causou um mal-estar. Quando atacaram a sala dele em
Columbia, por um movimento ‘alleged’ judeu, ele diz que não houve a mesma comoção. É nesse
contexto de contestar que ele elabora as suas obras. Livros: reflexões sobre o exílio, cultura e o
imperialismo, a questão da Palestina, orientalismo, a pena e a espada, cultura e política, fora do lugar, e
freud e os não europeus (apenas alguns de seus livros).

Hobsbaum: A era dos Impérios – a Lingua é um artefato simbólico da identidade. Essas colocações não
cabem no Said. Ele nunca soube qual lingua ele falou primeiro. Ao mesmo tempo que ele sabia que
ambas as linguas eram suas, elas tb não eram (inglês e árabe).

Sua mãe nasce em Nazaré (mandato britanico). Sua avó é do Líbano, norte e sua mae passava as férias
no Líbano. Ele também foi muitas vezes ao Líbano. Ele era de uma família protestante, a minoria da
minoria. Ele também tem a nacionalidade americana (seu pai tem nacionalidade e é veterano da
primeira guerra mundial). Ele estuda em uma escola americana, também nos EUA. Mas apesar de tudo
isso, ele nunca se sente 100% a vontade nos EUA. Ele sabia que ele era olhado de uma maneira
diferente. Ele cresce com todas essas questões. Ele era considerado um homem de cor. Essas perguntas
estão presentes na formação de sua identidade. Em seus estudos ele responde a todas elas. Ele tenta
responder isso nos seus livros. Ele tenta preencher esse gap, essa falta de informação ou identidade, e
ele constroi isso através de sua obra acadêmica.

Ele passa sua infancia entre o Cairo e a Palestina, mas sua família se muda definitivamente em 1947. Na
escola ele sofria bullying (Omar Sharif). Ele sofre isso e não consegue se integrar, tem problema com
professores e acaba sendo expulso da escola. Ele não era um aluno brilhante. Depois vai para os EUA e
se torna um scholar. Em 1978 ele publica o livro orientalismo. Ele anuncia uma agenda diferente. Ele se
forma em literatura e é professor de literatura. Ele discute em orientalismo como o ocidente ve o
oriente a partir das obras literárias (euro centrista). Como o ocidente transforma os não europeus em
bárbaros e não civilizados.

Said mostra como a literatura tem esse papel importante. O que faz com que ele escreva o
Orientalismo? Quando acontece a guerra dos 6 dias. Eles está no metro, indo para a universidade,
quando ele tem um click. Ele ve uma comoção americana na maneira como a mídia e a opinião pública
interpreta a guerra dos 6 dias. Quando ele termina o Orientalismo, ninguém quer publicar o livro. Ele
escreve o livro em 74 e só consegue publicar em 78. A idéia de falar de poder não é 100%. Há outro
autor que questiona essas relações. A partir desse artigo que Said lê que ele começa a trabalhar as
questões desse discurso. Said expõe diversas questões em cima de textos literários. Há o discurso e a
disciplina.

Reflexoes sobre o exílio: Mesmo antes dos atentados de 11 de Setembro, ele já sentia uma tensão entre
os imigrantes e exilados que viviam en NY. Ele afirmava a existencia de uma nova guerra fria. A força
dessa tensão. Ele mostra que essa luta é quase como uma nova guerra fria, que continua insistir em um
choque de civilizações. Complexidade dessa dor de ser exilado. O intelectual tem um papel importante.

Filmografia: até a década de 70, o grande inimigo era a uniao soviética, as questões de espionagem. A
partir da revolução iraniana há uma mudança. O grande inimigo passa a ser não mais a uniao soviética.
Começa a haver um distanciamento desse vilão em relação ao árabe, muçulmano. Aquela identidade
entre muçulmano e terrorismo. Ele morre em 2003 e não acompanha as pautas seguintes. Raiva
muçulmana. Americanos nas artes colocam os muçulmanos supostamente ressentidos à modernidade
ocidental. Ressurgimento do nacionalismo palestino. Nesses ensaios (reflexões) ele retoma vários
autores. Isolamento moderno da música das outras artes pois ele não conseguia conceber as demais
artes sem a música.

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