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Inquérito
Policial
Carreiras Policiais
Direito Processual
Penal
APRESENTAÇÃO:
Após um levantamento das últimas provas das Polícias Civis do país, bem como da
Polícia Federal, nos diversos cargos destas (com especial atenção aos cargos de
Delegado, Escrivão, Investigador e Perito Criminal), separamos os temas que são
mais cobrados nestes concursos na matéria de direito processual penal, os quais estão
sendo abordados na referida apostila.
Bons estudos!!
Sumário
2. Inquérito Policial
Desse modo, A atividade policial no Brasil pode ser analisada em duas espécies:
● Polícia Administrativa (Ostensiva)
A polícia administrativa, enquanto exerce atividade policial, é aquela que tem
natureza preventiva do ilícito penal e possui uma característica ostensiva,
como a Polícia Militar (PM) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia
Ferroviária Federal (PFF).
● Polícia Judiciária
A polícia judiciária atua quando a polícia administrativa não funciona. A sua
natureza é repressiva, ocorrendo a sua atuação quando o ilícito penal já
ocorreu. A polícia judiciária dos Estados e do Distrito Federal é a Polícia Civil
(PC), e a Polícia Federal (PF) é exclusiva da União. A Polícia Civil e a Polícia
Federal são polícias judiciárias não subordinadas ao Poder Judiciário. A Polícia
Civil é subordinada aos governadores dos Estados e do Distrito Federal, e a
Polícia Federal, ao Presidente da República, ou seja, ambas ao Poder Executivo.
Atividade Policial
→ Polícia Civil
→ Polícia Federal
Não obstante, vale lembrar que a atividade investigatória que antecede uma
ação penal NÃO é exclusiva da Polícia Judiciária. Com efeito, o próprio
Código de Processo Penal, em seu art. 4°, parágrafo único, acentua que a
atribuição para a apuração das infrações penais e de sua autoria não excluirá a
de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.
Ou seja, existem outros instrumentos que investigam infrações penais que
não são policiais (que NÃO são inquéritos policiais), tais quais: Inquérito
Parlamentar, o qual fica a encargo da Comissão Parlamentar de Inquérito;
Investigação Criminal a encargo do Ministério Público (apesar de haver
entendimento doutrinário divergente, o STF reconheceu a legitimidade do
Ministério Público para promover, por autoridade própria, investigações de
natureza penal – info 785 do STF); as investigações de infrações penais
praticadas por magistrados ou por promotores, as quais são presididas pelos
órgãos de cúpula de cada carreira, de acordo com o que dispõe o art. 33,
parágrafo único, da LOMAN, e art. 41, parágrafo único, da LONMP; dentre
outros.
Estabelecidos quais os órgãos que podem instaurar IP, cabe agora estabelecer
quando será a competência de cada um destes para exercer tal função.
A lei a que se refere o dispositivo é a Lei n° 10.446/02, cujo art. 1º preceitua que, quando
houver repercussão interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o
Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem prejuízo da responsabilidade
dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição Federal, em especial
das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação, dentre outras, das
seguintes infrações penais: I - sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro, se
o agente foi impelido por motivação política ou quando praticado em razão da função
pública exercida pela vítima; II - formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4° da
Lei n° 8.137/90); III - relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa
do Brasil se comprometeu a reprimir em decorrência de tratados internacionais de que seja
parte; IV - furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas em
operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha ou
bando (associação criminosa – art. 288, CP) em mais de um Estado da Federação; V -
falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou
medicinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do produto falsificado,
corrompido, adulterado ou alterado (art. 273 do- Código Penal).- este inciso V foi incluído
pela Lei no 12.894/13; VI - furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo
agências bancárias ou caixas eletrônicos, quando houver indícios da atuação de associação
criminosa em mais de um Estado da Federação (Incluído pela Lei no 13.124/15).
Ademais, segundo o art. 1°, parágrafo único, da Lei no 10.446/02, verificada a repercussão
interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, o Departamento de Polícia
Federal procederá à apuração de outros casos, desde que tal providência seja autorizada ou
determinada pelo Ministro de Estado da Justiça.
Importante não perder de vista que, por força do art. 11 da Lei Antiterrorismo (Lei n°
13.260/16), a Polícia Federal também passou a ter atribuições investigatórias para apurar os
delitos previstos no referido diploma normativo: terrorismo propriamente dito (art.
2°),organização terrorista (art. 3°), preparação de terrorismo (art. 5") e financiamento ao
terrorismo (art. 6°).
De todo modo, ainda que uma investigação tenha sido presidida por autoridade
policial que não detinha atribuições para fazê-lo, quer nos casos de um "crime
federal" investigado pela Polícia Civil, quer nas hipóteses de investigação
presidida por autoridade policial territorialmente sem atribuições, como o
inquérito policial é considerado mera peça informativa de valor probatório
relativo, trata-se de mera irregularidade, que não tem o condão de contaminar
com nulidade o processo penal a que der origem (STJ, 6ª Turma, HC 44.154/SP,
Rei. Min. Hélio Quaglia Barbosa, j. 09/03/2006, DJ 27/03/2006 p. 337).
2.3.1 Escrito
» Inexistência de partes
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2.3.3 Discricionário
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2.3.4 Oficial
2.3.5 Oficioso
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2.3.6 Sigiloso
→ Finalidade do sigilo
→ Classificação do sigilo
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Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Assim sendo, caso o advogado seja impedido de ter acesso aos autos do IP,
ele poderá se valer de duas ferramentas contra essa ilegalidade: o Mandado de
Segurança ou uma Reclamação Constitucional, que é a ferramenta eficaz para
combater o desrespeito a uma súmula vinculante.
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2.3.7 Indisponível
2.3.8 Dispensável
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Importante ressaltar, todavia, que o próprio art. 155 do CPP faz ressalvas em
relação às provas cautelares, não repetíveis e antecipadas, as quais, portanto,
ainda que produzidas durante o inquérito, podem ser utilizadas exclusivamente
para fundamentar uma sentença condenatória.
Provas cautelares,
PODEM, isoladamente, embasar uma
não repetíveis ou
sentença condenatória
antecipadas
Valor Probatório
do IP NÃO podem, isoladamente, embasar uma
sentença condenatória
Elementos de
informação Difere de prova, uma vez que não precisa
observar o contraditório e a ampla defesa
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O artigo traz muitas especificações que fará com que seja aplicado em
determinados casos. Vamos a elas.
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Como regra geral, para os crimes da atribuição da polícia civil estadual, o prazo
para a conclusão do inquérito é de 10 dias, estando o indiciado preso, prazo
1
IMPRORROGÁVEL POR ENQUANTO – com o advento da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime),
foi acrescentado o art. 3-B ao CPP, o qual se encontra no tópico “Juiz das Garantias”, passando a dispor,
dentre as várias competências do “Juiz das Garantias”, a possibilidade de que este possa prorrogar o IP
quando o investigado estiver preso – “Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá,
mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma ÚNICA
VEZ, a duração do INQUÉRITO POR ATÉ 15 (QUINZE) DIAS, após o que, se ainda assim a
investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada” – art. 3-B, §2º. TAIS ARTIGOS
ESTÃO SUSPENSOS – no dia 22/01/20 o Ministro Luiz Fux SUSPENDEU a implementação dos
artigos que tratam do “Juiz das Garantias” (e de alguns outros dispositivos da referida Lei) POR PRAZO
INDETERMINADO (A SUSPENSÃO VALERÁ ATÉ QUE O PLENÁRIO DO STF DECIDA SE AS
NOVAS REGRAS ESTÃO DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO. AINDA NÃO HÁ DATA
MARCADA PARA ANÁLISE).
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frequência e pelo tempo necessários, desde que haja autorização judicial para
tanto. Não se fez previsão quanto à prévia oitiva do MP para que haja ou não
prorrogação.
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Cumpre salientar que só caberá prisão temporária quando se tratar dos crimes
previstos no rol do art. 1º da Lei 7.960/89 e/ou quando se tratar de crimes
hediondos ou equiparados.
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2.7 Vícios
Tem prevalecido tanto nos tribunais como na doutrina que, sendo o inquérito
dispensável, algo que não é essencial ao processo, não tem o condão de, uma
vez viciado, contaminar a ação penal. Em outras palavras, os males ocorridos
no inquérito não têm a força de macular a fase judicial. A irregularidade-
ocorrida durante o inquérito poderá gerar a invalidade ou ineficácia do ato
inquinado, todavia, sem levar à nulidade processual. Ex.: havendo prisão em
flagrante ilegal durante o inquérito, ela deve ser relaxada; todavia, este fato não
leva à nulidade do futuro processo contra o suposto autor do fato. Nesse sentido:
STF- Primeira Turma- HC 111094; STJ- Sexta Turma- HC 216.201.
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Notícia do Crime
Autoridade Policial Inicia as investigações
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2.8.1.3.3 Delação
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2.9.1 Início
→ Envolvidos.
2.9.2 Desenvolvimento
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Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das
coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II – apreender os instrumentos e todos os objetos que tiverem relação com o fato;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do
Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que
Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem
alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos,
indicado pela pessoa presa.
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Cumpre ressaltar que NÃO será admitida reprodução simulada do fato que
contrarie a moralidade ou a ordem pública. Imagine uma reprodução
simulada do fato que tentasse reproduzir um crime de estupro; não é possível,
pois estaria contrariando a moralidade. Ou imagine uma reconstituição do delito
que tentasse reproduzir um incêndio; também não é possível, porque estaria
contrariando a ordem pública.
2.9.2.1 Indiciamento
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2.9.2.1.2 Desindiciamento
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● Magistrados
● Assim sendo, para que seja instaurado IP contra autoridades com foro por
prerrogativa de função NO STF, bem como para que a autoridade policial (Delegado
de Polícia) possa indiciar essas autoridades, é necessária a autorização do respectivo
tribunal (especificamente do Ministro Relator responsável).
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Não obstante, cumpre salientar que o STF passou a entender que as normas
da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por
prerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente,
aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o
exercício do cargo e em razão dele.
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Esse entendimento que restringe o foro por prerrogativa de função vale para
todas as hipóteses de foro privilegiado? Até o presente momento, NÃO!
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» O delegado NÃO deve emitir opinião no relatório, ressalva feita à Lei n.º
11.343/2006 (Lei de Drogas), prevendo que, na elaboração do relatório, a
autoridade policial deva justificar as razões que a levaram à classificação do
delito (art. 52).
Aqui há, até o presente momento, uma divergência entre o STJ e o STF
quanto a esta possibilidade:
STJ: Não é ilegal a portaria editada por Juiz Federal que, fundada na
Res. CJF n. 63/2009, estabelece a tramitação direta de inquérito policial
entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. STJ. 5ª Turma.
RMS 46.165-SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 19/11/2015 (Info
574).
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MP promove
arquivamento
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→ Os referidos prazos para o MP são contados a partir da data que este receber o IP, e
no caso de devolução do IP para novas diligências, a partir da data que este receber
novamente os autos (art. 46, CPP).
→ A ação penal privada subsidiária da pública poderá ser intentada dentro do prazo
decadencial de 6 meses, contados do dia em que se esgotar o prazo do MP (art. 38,
CPP).
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Em suma, o arquivamento do IP, com a nova redação dada pela Lei 13.964/19
(Pacote Anticrime), passa a ser EXCLUSIVAMENTE no âmbito do
MINISTÉRIO PÚBLICO, SEM intervenção do JUIZ (NÃO há mais
HOMOLOGAÇÃO JUDICAL do arquivamento do IP – a revisão e
homologação passam a ser competência do órgão de revisão dentro do próprio
MP).
2
Alexandre Morais da Rosa; Aury Lopes Jr. Artigo Conjur: "Como se procede o arquivamento no novo
modelo do CPP" < https://www.conjur.com.br/2020-jan-10/limite-penal-procede-arquivamento-modelo>.
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2.10.3Efeitos do Arquivamento do IP
Arquivado o inquérito policial, não pode a ação penal ser iniciada sem novas
provas (súmula 524 do STF). Assim sendo, o arquivamento do IP veda o
oferecimento de denúncia para promoção da ação penal, mas tal vedação
não é absoluta, pois, se surgirem novas provas, a acusação poderá ser oferecida
e ser iniciada a ação penal.
essa parte da redação continua válida, enquanto durar a suspensão ), por falta de base
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas,
se de outras provas tiver notícia.
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Nas demais razões utilizadas para promover o arquivamento do IP, este não será
definitivo, fazendo somente coisa julgada formal, e podendo haver o a retomada
das investigações quando existirem novas provas.
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2.10.4Arquivamento Implícito
2.10.5Arquivamento Indireto
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O caput do art. 28-A, bem como o seu §2º, trazem os seguintes REQUISITOS
para que se possa celebrar o ANPP:
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ANPP; E
7- NÃO se tratar de crime no âmbito de VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
OU FAMILIAR, ou praticado CONTRA A MULHER POR
RAZÕES DA CONDIÇÃO DE SEXO FEMININO.
AS CONDIÇÕES SÃO:
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O parágrafo primeiro do art. 28-A nos diz que, para aferição da pena mínima de
quatro anos, deverão ser consideradas as causas de aumento e diminuição.
Lembrando que para as causas de aumento, considera-se o grau mínimo3 e para
as causas de diminuição o grau máximo4.
3
Súmula 723 do STF: Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a
soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
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[...] Entretanto, em se tratando de crime tentado, deve ser considerada a menor pena cominada em
abstrato para o delito, reduzida pela fração máxima prevista no art. 14, II, do Código Penal, isto é, de
2/3, o que possibilita a suspensão condicional do processo, na medida em que a pena mínima em
abstrato, com a redução pela tentativa, é inferior a 1 ano. (STJ; HC 505.156; Proc. 2019/0111147-1; SP;
Rel. Min. Rogério Schietti Cruz; DJE 21/10/2019).
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trazidas no §5º.
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Dispõe o inciso VII, do art. l29, da CF/1988, que caberá ao Ministério Público
exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar, de iniciativa dos respectivos Procuradores-Gerais da União e dos
Estados. Este controle nada tem a ver com subordinação hierárquica, e sim como
forma de fiscalização externa salutar ao desempenho da atividade da polícia
judiciária.
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2.14 Questões
1) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018
- Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal)
Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma
assertiva a ser julgada com relação à competência para requerer o arquivamento
de autos de IP e às consequências da promoção desse tipo de arquivamento.
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antes do advento da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime), que é o procedimento atual, uma vez
que o caput do art. 28 do Código de Processo Penal, na redação dada pela Lei n. 13.964/19
(Alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial) ESTÁ SUSPENSA POR
TEMPO INDETERMINADO PELO STF (Medida Cautelar na Ação Direta de
Inconstitucionalidade 6.299/DF).
No procedimento dado pelo Pacote Anticrime o arquivamento do IP passa a ser
EXCLUSIVAMENTE no âmbito do MINISTÉRIO PÚBLICO, SEM intervenção do JUIZ
(NÃO há mais HOMOLOGAÇÃO JUDICAL do arquivamento do IP – a revisão e homologação
passam a ser competência do órgão de revisão dentro do próprio MP).
2) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE – 2018
- Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal)
Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma
assertiva a ser julgada com relação à competência para requerer o arquivamento
de autos de IP e às consequências da promoção desse tipo de arquivamento.
Relatado o IP, sob a tese de atipicidade penal do fato, o MP requereu o
arquivamento dos autos, o que foi determinado pelo competente juízo, em
acolhimento à tese do MP. Nessa situação, o arquivamento dos autos nos termos
do requerimento do MP impede a reabertura das investigações pela autoridade
policial.
Certo ( )
Errado ( )
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Comentários: A – Incorreta. CPP, art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos
que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito (O qual é remetido ao PODER
JUDICIÁRIO, e não ao MP – art. 10, §1º, do CPP).
B – Correta. CPP, art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à
autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
C – Incorreta. CPP, art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre
que servir de base a uma ou outra.
D – Incorreta. CPP, art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: I - fornecer às autoridades
judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; II - realizar as
diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; IV - representar acerca da prisão
preventiva.
E – Incorreta. CPP, art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão
requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. Art. 13.
Incumbirá ainda à autoridade policial: III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas
autoridades judiciárias (não é necessário o acompanhamento do oficial de justiça). (Gabarito B)
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Comentários: A – Correta. CPP, art. 10º. §1º A autoridade fará minucioso relatório do que
tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
B – Incorreta. CPP, art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos,
desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
C – Incorreta. CPP, art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado,
reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
D – Incorreta. CPP, art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver
sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a
partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver
solto, mediante fiança ou sem ela.
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E – Incorreta. CPP, art. 10º §2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas
que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
§3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade
poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas
no prazo marcado pelo juiz.
Gabarito A
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Comentários: Lei 11.343/06 (Lei de Drogas), art. 51. O inquérito policial será concluído no
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prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz,
ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.
Gabarito E
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Comentários: O indiciamento é ato privativo do Delegado de Polícia (art. 2º, §6º, da Lei
12.830/13). Ou seja, não pode o magistrado, nem o membro do MP, requisitar que o Delegado
de Polícia faça o indiciamento (nesse sentido: STF- Segunda Turma- HC 115015).
Gabarito E
9) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Provas: CESPE – 2018 - PC-
MA - Perito Criminal)
A respeito do inquérito policial, assinale a opção correta.
A) O inquérito policial poderá ser iniciado apenas com base em denúncia
anônima que indique a ocorrência do fato criminoso e a sua provável autoria,
ainda que sem a verificação prévia da procedência das informações.
B) Contra o despacho da autoridade policial que indeferir a instauração do
inquérito policial a requerimento do ofendido caberá reclamação ao Ministério
Público.
C) Sendo o inquérito policial a base da denúncia, o Ministério Público não
poderá alterar a classificação do crime definida pela autoridade policial.
D) O inquérito policial pode ser definido como um procedimento administrativo
pré-processual destinado à apuração das infrações penais e da sua autoria.
E) Por ser instrumento de informação pré-processual, o inquérito policial é
imprescindível ao oferecimento da denúncia.
Comentários: A – Incorreta. STF e STJ têm admitido a denúncia anônima para embasar
um IP apenas quando precedida de diligências preliminares que atestem a verossimilhança
dos fatos noticiados (STJ- Sexta Turma, HC 237.164; STF- Segunda Turma- HC 105484.), ou
seja, a denúncia anônima não pode, por si só, autorizar meios invasivos de investigação,
constituindo como fonte de informação.
B – Incorreta. Por força do art. 5º, §2º, do CPP. Do despacho que indeferir o requerimento de
abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
C – Incorreta. O Parquet (titular da ação penal) possui independência funcional entre vários de
seus princípios norteadores. Tal princípio se caracteriza como o próprio nome elucida pela total
independência de seus membros, tanto em relação uns dos outros e seus entendimentos ao fato
concreto, como em relação a outros órgãos como, por exemplo, o Poder Judiciário.
D – Correta. De fato o IP é um procedimento administrativo pré-processual destinado à
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10) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE – 2018 - PC-
MA - Escrivão de Polícia Civil)
Texto associado
Texto 1A2AAA
Em determinada comarca de um estado da Federação, em razão de uma
denúncia anônima e após a realização de diligências, a polícia civil prendeu
Maria, de dezoito anos de idade, que supostamente traficava maconha em uma
praça nas proximidades da escola pública onde ela estudava. Levada à delegacia
de polícia local, Maria foi autuada e indiciada. Depois de reunidos elementos
informativos suficientes, o delegado elaborou um relatório com a descrição dos
fatos, apontando os indícios de autoria. Com o encerramento das investigações,
o inquérito policial foi encaminhado à autoridade competente.
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11) (Ano: 2018 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: UEG - 2018 - PC-GO -
Delegado de Polícia)
Quando o inquérito policial é instaurado a partir de um auto de prisão em
flagrante delito, diz-se haver:
A) notitia criminis inqualificada.
B) delatio criminis postulatória.
C) notitia criminis de cognição imediata.
D) notitia criminis de cognição mediata.
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12) (Ano: 2018 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: UEG - 2018 – PC-GO -
Delegado de Polícia)
Sobre o inquérito policial, segundo o Código de Processo Penal, tem-se o
seguinte:
A) A representação, no caso de ação penal pública condicionada, pode ser
apresentada por procurador.
B) Em regra, irregularidade em ato praticado no inquérito policial gera a
nulidade do processo penal dele decorrente.
C) A representação do ofendido é irretratável depois de recebida a denúncia.
D) Da decisão que indefere o requerimento de abertura de inquérito policial
formulado pelo ofendido cabe recurso ao Ministério Público.
E) Se o investigado estiver preso em flagrante, o extrapolamento do prazo de
conclusão gera nulidade da investigação.
Comentários: A – Correta. CPP, art. 39: O direito de representação poderá ser exercido,
pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral,
feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
B – Incorreta. Segundo o STF e o STJ, os vícios do IP NÃO contaminam o processo, afinal, a
investigação é dispensável. Os vícios do IP são ENDOPROCEDIMENTAIS (dentro do próprio
inquérito ).
C – Incorreta. CPP, art. 25: A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Lembrando que se a questão tivesse abordado a Lei Maria da Penha, a questão estaria correta,
haja vista que lá a "A representação da ofendida é irretratável depois de recebida a denúncia."
D – Incorreta. CPP, art. 5º §2º: Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de
inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
E – Incorreta. Se o investigado estiver preso em flagrante, o extrapolamento do prazo de
conclusão NÃO tem o condão de gerar a nulidade da investigação. O que irá acarretar é a
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13) (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 -
PC-SP - Delegado de Polícia)
A respeito do inquérito policial, assinale a alternativa correta.
A) Para saber qual é a autoridade policial competente para um certo inquérito
policial, utiliza-se o critério ratione loci ou ratione materiae.
B) A autoridade policial poderá arquivar autos de inquérito policial se
convencida da inexistência da materialidade delitiva.
C) Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, autoridade policial
poderá apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados
pelos peritos criminais.
D) Como peça obrigatória para o oferecimento da denúncia, os autos de
inquérito policial acompanharão a denúncia ou queixa.
E) O inquérito policial é um procedimento administrativo, de natureza
acusatória, escrito e sigiloso.
Comentários: A – Correta. Utiliza-se o critério ratione loci (em razão do lugar) e ratione
materiae (em razão da matéria).
Em razão da matéria: critério segundo o qual o inquérito poderá ser “tocado” pela PF, PC ou
ainda Polícia judiciária Militar.
Em razão do Lugar: segundo os critérios de fixação de competência do art. 70 do CPP (teoria do
resultado, em regra).
B – Incorreta. CPP. Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de
inquérito.
C – Incorreta. CPP. Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
D – Incorreta. CPP. Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que
servir de base a uma ou outra.
CPP. Art. 39. § 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a
representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste
caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. Ou seja, o IP é peça dispensável.
E – Incorreta. O inquérito policial é um procedimento administrativo, de natureza inquisitiva,
escrito e sigiloso. (Gabarito A)
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14) (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 -
PC-SP - Escrivão de Polícia Civil)
A respeito do Inquérito Policial, tendo em conta o Código de Processo Penal, é
correto afirmar:
A) o arquivamento do inquérito policial somente se dará por decisão da
autoridade judiciária.
B) por se tratar de peça meramente informativa, inexistindo contraditório, o
investigado e o ofendido não poderão solicitar a realização de diligências.
C) o inquérito policial poderá ser iniciado, de ofício, pela autoridade policial,
nos crimes de ação penal pública incondicionada e condicionada à
representação. Já nos crimes de ação penal privada, só se instaurará inquérito
policial se houver requerimento.
D) o prazo para a autoridade policial finalizar o inquérito é de 10 (dez) dias, se o
investigado estiver preso, e de 30 (trinta) dias, se estiver solto, não sendo
possível a concessão de mais tempo, para a realização de diligências ulteriores.
E) o inquérito policial é imprescindível à propositura da ação penal, exceto nos
crimes de ação penal privada, em que a queixa-crime poderá ser apresentada
diretamente à autoridade judiciária.
Comentários: A – Correta. Quem arquiva o IP é o juiz, mas desde que provocado pelo MP,
ou seja, o juiz não pode arquivar o IP de ofício.
Importante ressaltar que a alternativa se baseia no procedimento para o arquivamento do IP
adotado antes do advento da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime), que é o procedimento atual,
uma vez que o caput do art. 28 do Código de Processo Penal, na redação dada pela Lei n.
13.964/19 (Alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial) ESTÁ
SUSPENSA POR TEMPO INDETERMINADO PELO STF (Medida Cautelar na Ação Direta
de Inconstitucionalidade 6.299/DF).
No procedimento dado pelo Pacote Anticrime o arquivamento do IP passa a ser
EXCLUSIVAMENTE no âmbito do MINISTÉRIO PÚBLICO, SEM intervenção do JUIZ
(NÃO há mais HOMOLOGAÇÃO JUDICAL do arquivamento do IP – a revisão e homologação
passam a ser competência do órgão de revisão dentro do próprio MP). Ou seja, no procedimento
para o arquivamento do IP pela redação dada pelo Pacote Anticrime, a alternativa estaria
incorreta.
B – Incorreta. CPP, art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão
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15) (Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: FUMARC - 2018 -
PC-MG - Delegado de Polícia Substituto)
Sobre o ato de indiciamento realizado no âmbito de investigação criminal
conduzida por delegado de polícia, é CORRETO afirmar:
A) É realizado mediante o mesmo grau de certeza de autoria que a situação de
suspeito.
B) Não é ato exclusivo do delegado de polícia que conduz a investigação.
C) Não poderá o delegado de polícia retratar sua posição e “desindiciar” o
investigado.
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16) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE - 2018 - PC-
MA - Delegado de Polícia Civil)
De acordo com as legislações especiais pertinentes, o inquérito policial deve ser
concluído no
A) prazo comum de quinze dias, estando o indiciado solto ou preso, nos casos de
crimes de tortura.
B) mesmo prazo estipulado para a apreciação das medidas protetivas, nos
casos de crimes previstos na Lei Maria da Penha.
C) prazo comum de dez dias, estando o indiciado solto ou preso, nos casos de
crimes contra a economia popular.
D) prazo de trinta dias, se o indiciado estiver solto, e de quinze dias, se ele
estiver preso, de acordo com a Lei de Drogas.
E) prazo de quinze dias, se o crime for de porte ilegal de arma de fogo de uso
restrito, conforme o Estatuto do Desarmamento.
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Comentários: A – Incorreta. A Lei de Tortura (Lei 9.455/97) não prevê prazo especial para o
término do inquérito policial. De Igual modo, a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) também
não prevê prazo especial para o término do IP para os crimes hediondos ou equiparados (tortura
é crime equiparado a hediondo), salvo no caso de prisão temporária.
Assim sendo, aplica-se aos crimes de tortura o prazo geral previsto no CPP, qual seja, 10 dias
(improrrogável - IMPRORROGÁVEL POR ENQUANTO – com o advento da Lei 13.964/19
(Pacote Anticrime), foi acrescentado o art. 3-B ao CPP, o qual se encontra no tópico “Juiz das
Garantias”, passando a dispor, dentre as várias competências do “Juiz das Garantias”, a
possibilidade de que este possa prorrogar o IP quando o investigado estiver preso – “Se o
investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade
policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma ÚNICA VEZ, a duração do INQUÉRITO
POR ATÉ 15 (QUINZE) DIAS, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a
prisão será imediatamente relaxada” – art. 3-B, §2º. TAIS ARTIGOS ESTÃO SUSPENSOS –
no dia 22/01/20 o Ministro Luiz Fux SUSPENDEU a implementação dos artigos que tratam do
“Juiz das Garantias” (e de alguns outros dispositivos da referida Lei) POR PRAZO
INDETERMINADO (A SUSPENSÃO VALERÁ ATÉ QUE O PLENÁRIO DO STF DECIDA
SE AS NOVAS REGRAS ESTÃO DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO. AINDA NÃO
HÁ DATA MARCADA PARA ANÁLISE)), se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias (prorrogável), quando estiver solto,
mediante fiança ou sem ela (CPP, art. 10, caput). Caso o agente esteja preso temporariamente,
este prazo será de 30 dias prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade (Lei 8.072/90, art. 2º, §4º).
B – Incorreta. Não há previsão de prazo especial na Lei Maria de Penha (Lei 11.340/06), razão
pela qual se aplica a regra geral prevista no CPP, qual seja, 10 dias (improrrogável -
IMPRORROGÁVEL POR ENQUANTO – com o advento da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime),
foi acrescentado o art. 3-B ao CPP, o qual se encontra no tópico “Juiz das Garantias”, passando a
dispor, dentre as várias competências do “Juiz das Garantias”, a possibilidade de que este possa
prorrogar o IP quando o investigado estiver preso – “Se o investigado estiver preso, o juiz das
garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público,
prorrogar, uma ÚNICA VEZ, a duração do INQUÉRITO POR ATÉ 15 (QUINZE) DIAS, após o
que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada” –
art. 3-B, §2º. TAIS ARTIGOS ESTÃO SUSPENSOS – no dia 22/01/20 o Ministro Luiz Fux
SUSPENDEU a implementação dos artigos que tratam do “Juiz das Garantias” (e de alguns
outros dispositivos da referida Lei) POR PRAZO INDETERMINADO (A SUSPENSÃO
VALERÁ ATÉ QUE O PLENÁRIO DO STF DECIDA SE AS NOVAS REGRAS ESTÃO DE
ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO. AINDA NÃO HÁ DATA MARCADA PARA
ANÁLISE)), se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente,
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contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no
prazo de 30 dias (prorrogável), quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela (CPP, art. 10,
caput).
C – Correta. É o que prevê o §lº do art.10 da Lei n.º 1.521/1951. Importante ressaltar que os
referidos prazos são IMPRORROGÁVEIS.
D – Incorreta. Na Lei de Drogas (Lei 11.343/06), o prazo para o término do IP está regulado no
art. 51, vejamos: Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o
indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o
Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.
E – Incorreta. O Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/13) não prevê prazo especial para o
término do IP. Desse modo, aplica-se a regra geral prevista no CPP, qual seja, 10 dias
(improrrogável - IMPRORROGÁVEL POR ENQUANTO – com o advento da Lei 13.964/19
(Pacote Anticrime), foi acrescentado o art. 3-B ao CPP, o qual se encontra no tópico “Juiz das
Garantias”, passando a dispor, dentre as várias competências do “Juiz das Garantias”, a
possibilidade de que este possa prorrogar o IP quando o investigado estiver preso – “Se o
investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade
policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma ÚNICA VEZ, a duração do INQUÉRITO
POR ATÉ 15 (QUINZE) DIAS, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a
prisão será imediatamente relaxada” – art. 3-B, §2º. TAIS ARTIGOS ESTÃO SUSPENSOS –
no dia 22/01/20 o Ministro Luiz Fux SUSPENDEU a implementação dos artigos que tratam do
“Juiz das Garantias” (e de alguns outros dispositivos da referida Lei) POR PRAZO
INDETERMINADO (A SUSPENSÃO VALERÁ ATÉ QUE O PLENÁRIO DO STF DECIDA
SE AS NOVAS REGRAS ESTÃO DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO. AINDA NÃO
HÁ DATA MARCADA PARA ANÁLISE)), se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias (prorrogável), quando estiver solto,
mediante fiança ou sem ela (CPP, art. 10, caput).
Cumpre ressaltar, entretanto, que o crime de porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso restrito
é crime hediondo, de modo que, se o agente estiver preso temporariamente, o referido prazo
será de 30 dias prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade
(Lei 8.072/90, art. 2º, §4º).
Gabarito C
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17) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE – 2018 –
PC-MA - Delegado de Polícia Civil)
Uma autoridade policial determinou a instauração de inquérito policial para
apurar a prática de suposto crime de homicídio. Entretanto, realizadas as
necessárias diligências, constatou-se que a punibilidade estava extinta em razão
da prescrição.
Nessa situação,
A) é cabível recurso em sentido estrito com o objetivo de trancar o inquérito
policial, mas somente após a decisão que recebe a denúncia.
B) não há instrumento processual capaz de trancar o inquérito policial.
C) poderá ser impetrado habeas corpus com o objetivo de trancar o inquérito
policial.
D) poderá ser impetrado mandado de segurança contra o ato da autoridade
policial para trancar o inquérito policial.
E) é cabível recurso de apelação com o objetivo de trancar o inquérito policial,
mas somente em caso de sentença penal condenatória.
18) (Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2017 – DPU -
Defensor Público Federal)
A respeito de coisa julgada e inquérito policial, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Lino foi indiciado por tentativa de homicídio. Após remessa
dos autos ao órgão do MP, o promotor de justiça requereu o arquivamento do
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19) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE – 2018 - PC-
MA - Delegado de Polícia Civil)
Em inquérito policial para apurar a prática de crime de furto, a autoridade
policial reuniu provas suficientes de que o indiciado teria adquirido imóveis e
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20) (Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: PJC-MT Prova: CESPE - 2017 -
PJC-MT - Delegado de Polícia Substituto)
O requerimento de arquivamento do inquérito policial formulado pelo MP
A) está sujeito, exclusivamente, a controle interno do próprio MP, de ofício ou
por provocação do ofendido.
B) não poderá ser indeferido, em respeito aos princípios da independência
funcional e do promotor natural.
C) não está sujeito a controle jurisdicional nos casos de competência originária
do STF ou do STJ.
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Comentários: A – Incorreta. De fato está sujeito ao controle interno do próprio MP, porém,
isso acontece por provocação do juiz, conforme preconiza o art. 28 do CPP (ou seja, há controle
jurisdicional).
Importante ressaltar que a alternativa se baseia no procedimento para o arquivamento do IP
adotado antes do advento da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime), que é o procedimento atual,
uma vez que o caput do art. 28 do Código de Processo Penal, na redação dada pela Lei n.
13.964/19 (Alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial) ESTÁ
SUSPENSA POR TEMPO INDETERMINADO PELO STF (Medida Cautelar na Ação Direta
de Inconstitucionalidade 6.299/DF).
No procedimento dado pelo Pacote Anticrime o arquivamento do IP passa a ser
EXCLUSIVAMENTE no âmbito do MINISTÉRIO PÚBLICO, SEM intervenção do JUIZ
(NÃO há mais HOMOLOGAÇÃO JUDICAL do arquivamento do IP – a revisão e homologação
passam a ser competência do órgão de revisão dentro do próprio MP). Ou seja, no procedimento
para o arquivamento do IP pela redação dada pelo Pacote Anticrime, a alternativa estaria correta.
B – Incorreta. De fato o juiz não pode simplesmente indeferir o pedido, porém, este encaminhará
ao Procurador-Geral caso discorde (ou seja, há controle jurisdicional), e este poderá, caso
concorde com o juiz, oferecer a denúncia ou designar outro membro do MP para que a ofereça
(art. 28, CPP).
Importante ressaltar que a alternativa se baseia no procedimento para o arquivamento do IP
adotado antes do advento da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime), que é o procedimento atual,
uma vez que o caput do art. 28 do Código de Processo Penal, na redação dada pela Lei n.
13.964/19 (Alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial) ESTÁ
SUSPENSA POR TEMPO INDETERMINADO PELO STF (Medida Cautelar na Ação Direta
de Inconstitucionalidade 6.299/DF).
No procedimento dado pelo Pacote Anticrime o arquivamento do IP passa a ser
EXCLUSIVAMENTE no âmbito do MINISTÉRIO PÚBLICO, SEM intervenção do JUIZ
(NÃO há mais HOMOLOGAÇÃO JUDICAL do arquivamento do IP – a revisão e homologação
passam a ser competência do órgão de revisão dentro do próprio MP). Ou seja, no procedimento
para o arquivamento do IP pela redação dada pelo Pacote Anticrime, a alternativa estaria correta.
C – Correta. Inaplicabilidade do art. 28 do CPP nos procedimentos investigativos que tramitem
originariamente no STJ - Um Subprocurador-Geral da República, após autorização do STJ,
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