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televisão, rádio, geladeira, iluminação artificial, trens, elevadores e a maioria dos itens
que fazem parte da nossa vida cotidiana.
Se o homem não tivesse descoberto como utilizar a energia elétrica de forma
relativamente segura, ficaria até difícil de imaginar como seria a nossa sociedade, hoje,
extremamente dependente das facilidades proporcionadas pela eletricidade.
A eletricidade está presente na natureza (raios, eletricidade estática), e também
no nosso corpo, pois os neurônios do nosso cérebro funcionam através dos impulsos
elétricos. O funcionamento do coração e dos outros músculos no nosso organismo,
também é regulado por meio de impulsos elétricos.
A eletricidade está presente no cerne da matéria, pois os átomos são constituídos
por elétrons (carga negativa), prótons (carga positiva) e por nêutrons (sem carga
elétrica). Os prótons e nêutrons constituem o núcleo de átomo.
Qualquer material que permita que a carga elétrica se desloque através dele é
denominado condutor de eletricidade.
Podemos definir corrente elétrica, como o movimento ordenado de elétrons. A
sua unidade de medida é o Ampére (A).
A oposição que a corrente encontra para a sua circulação é chamada de
resistência elétrica, e sua unidade é o Ohm.
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Correntes de choques de baixa intensidade, provenientes de acidentes
com baixa tensão, sendo o efeito mais grave a considerar as paradas cardíacas e
respiratórias;
Correntes de choques de alta intensidade, provenientes de acidentes com
alta-tensão, sendo o efeito térmico o mais grave, isto é, queimaduras externas e internas
no corpo humano.
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relativamente pequeno, normalmente por alguns minutos. Daí a necessidade de uma
ação rápida, no sentido de interromper a passagem da corrente elétrica pelo corpo.
A morte por asfixia advém do fato do diafragma da respiração se contrair
tetanicamente, cessando assim, a respiração. Se não for aplicada a respiração artificial
dentro de um intervalo de tempo inferior a três minutos, ocorrerá sérias lesões cerebrais
e possível morte.
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Figura 4: Exemplo de desfibrilador.
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- percurso da corrente elétrica pelo corpo humano;
- intensidade da corrente elétrica;
- tempo de duração;
- área de contato;
- freqüência da corrente elétrica;
- tensão elétrica;
- condições da pele do indivíduo;
- constituição física do indivíduo;
- estado de saúde do indivíduo.
A figura abaixo demonstra os caminhos que podem ser percorridos pela corrente
no corpo humano.
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Figura 7: Exemplo de queimadura com arco elétrico.
Além disso, os efeitos do arco elétrico são ainda mais amplos, pois, na sua
ocorrência, são gerados vapores metálicos tóxicos, projeção de metal fundido, luz
extremamente intensa e uma onda de pressão devido à expansão do ar.
Estatísticas do setor elétrico revelam que a ocorrência de acidentes com arco
elétrico vem diminuindo nos últimos anos. Contudo, todos os anos ainda ocorrem uma
quantidade significativa de acidentes envolvendo esse fenômeno.
A natureza do arco elétrico:
Um arco elétrico caracteriza-se pela passagem significativa de corrente elétrica
por um material normalmente não condutivo, como o ar, movimentando-se a altas
velocidades (aproximadamente 100 m/s).
As falhas que originam um arco elétrico estão associadas, em geral, a curtos-
circuitos (entre fases e fase-terra), sendo que a maioria dessas faltas é iniciada por meio
de um curto-circuito fase-terra, evoluindo rapidamente para um curto-circuito trifásico.
Os arcos elétricos produzem calor intenso, causam explosões, ondas de pressão,
entre outros efeitos, representando riscos aos trabalhadores expostos a esse fenômeno.
A junção de todos esses efeitos ocorridos durante um arco elétrico apresenta,
entre outros, os seguintes riscos para os seres humanos:
• Queimaduras;
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Figura 8: Exemplo de queimadura por eletricidade.
• Traumatismos cranianos;
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• Morte.
Alguns procedimentos que podem ajudar a nos protegermos dos arcos elétricos
são:
Os dispositivos e equipamentos que podem gerar arcos durante a
operação devem ser inspecionados e instalados de forma a garantir a
segurança do trabalhador;
O trabalhador deverá usar vestimentas que protejam do arco elétrico;
Não deverá utilizar roupas de nylon, pois podem queimar e ficar
agarradas na pele do trabalhador;
Sistemas de intertravamento;
Fechaduras com chave não intercambiáveis;
Coberturas sólidas ou barreiras ao invés de coberturas ou telas;
Equipamentos ensaiados para resistir aos arcos internos;
Emprego de dispositivos limitadores de corrente;
Usar EPIS (equipamentos de proteção individual) e roupa de proteção
adequada.
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Ao falarmos ao telefone, ao utilizarmos o micro-ondas, ficamos expostos ao
campo eletromagnético dos aparelhos elétricos. Existem estudos que dizem que os
efeitos colaterais do campo eletromagnético afetam o corpo humano. Os campos
eletromagnéticos podem causar nos seres humanos: alterações em válvulas cardíacas,
em marca-passo, derrame, queimaduras, catarata.
Os cientistas ainda estão estudando outras possibilidades de doenças como:
perda de memória, cansaço, mudanças genéticas, Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson,
cânceres, leucemia, redução de fertilidade e impotência. Os trabalhadores que tiverem
próteses metálicas, pinos, encaixes, articulações metálicas, devem ter uma atenção
especial com o campo eletromagnético, pois a radiação emitida promove aquecimento
intenso nos elementos metálicos, podendo provocar necroses ósseas. Já àqueles que têm
marca-passo ou aparelhos auditivos, poderão ter um mau funcionamento dos mesmos.
A radiação eletromagnética é transmitida através das diversas fontes abaixo:
Linhas de transmissão
As estações de rádio e de TV,
O sistema de telecomunicações à base de micro-ondas,
Lâmpadas artificiais,
Corpos aquecedores.
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