Capítulo 13
1
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Figura 1 - Comportamento reológico dos fluidos: (1) newtoniano; (2) de Bingham; (3) pseudoplástico;
(4) pseudoplástico com tensão de escoamento; (5) dilatante e (6) dilatante com tensão de
escoamento (WATANABE, ISHIKAWA, WAKAMATSU, 1989).
2
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
3
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
4
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Quadro 1 – Principais métodos para caracterização reológica do concreto fresco baseado na classificação do
NIST (Koehler & Fowler, 2003).
Fluxo Livre
O ensaio de abatimento no tronco de cone (Figura 3) é o mais empregado na
tecnologia de concretos, sobretudo devido à sua grande simplicidade de execução. O mesmo
consiste na medição direta do deslocamento vertical do topo do cone de concreto após a
retirada do molde, sendo que quanto maior essa medida, mais fluido é o material.
Usualmente, o valor de abatimento é utilizado na especificação do concreto e esse é o
ensaio utilizado no recebimento do concreto nas obras, conforme norma ABNT NBR NM
67:1998.
(a) (b)
Figura 3 – (a) Fotografia de um dispositivo de ensaio de abatimento no tronco de cone (b) medição do
abatimento após o escoamento de um concreto no ensaio realizado no tronco de cone.
5
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Uma variação deste método é o ensaio modificado no qual se mede a velocidade com
que o concreto escoa. O equipamento modificado, Figura 4, possui um disco que desliza
sobre um eixo vertical acompanhando o escoamento do concreto. O ensaio permite medir o
tempo de escoamento do concreto no estado inicial (molde) até o abatimento de 100 mm,
quando o disco não mais acompanha o escoamento do material, em virtude de uma restrição
no eixo de suporte, e o concreto segue escoando até atingir o abatimento final. A restrição
deste método está no abatimento mínimo de 120 mm para permitir a leitura correspondente
ao abatimento de 100 mm. A medição do tempo permite ter uma idéia da viscosidade do
concreto, enquanto a altura final é relativa à tensão de escoamento do mesmo.
Fluxo Confinado
Concretos fora da faixa de fluidez possível de ser avaliada através de abatimento
requerem a utilização de outras técnicas. No caso de composições com elevada fluidez,
como os concretos auto-nivelantes se utilizam ensaios de fluxo confinado e de habilidade de
enchimento, demonstrados na seqüência.
Nos ensaios de fluxo confinado a viscosidade do concreto determina o tempo
necessário para o esvaziamento de um reservatório. Quanto maior o tempo, maior a
viscosidade. A tensão de escoamento do material deve ser menor que gerada pelo peso
próprio da amostra para que o sistema entre em regime de fluxo.
No ensaio V-funnel test (Figura 5), indicado para concretos auto-nivelantes, ensaia-se
o material duas vezes. Na primeira vez, logo após o enchimento do equipamento, mede-se o
tempo para que o concreto escoe através do funil (normalmente inferior a 10 segundos). No
segundo teste, preenche-se o molde e deixa-se o concreto em repouso durante 5 minutos,
procedendo-se então a liberação do fluxo (Lachemi et al., 2004; Safawi et al., 2004).
6
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
(a) (b)
Figura 6 – (a) Orimet test para ensaio de fluxo em orifício livre; (b) ensaio realizado utilizando o acessório J-ring.
7
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
A ação da gravidade sobre o concreto deve ser suficiente para vencer a tensão de
escoamento do material, porém com o fluxo a massa diminui gradativamente e a tensão de
cisalhamento aplicada também diminui. Assim sendo, o peso do concreto deve ser sempre
superior à tensão de escoamento. No caso de concretos propensos à segregação, o
agregado graúdo pode acumular-se entorno do orifício de saída e assim, diminuir ou até
mesmo impedir o fluxo do material (Sonebi, 2004).
Junto com o ensaio Orimet, pode-se utilizar o acessório J-Ring, de diâmetro 30 cm e
altura das barras de 10 cm, espaçadas de dimensão 3 vezes o diâmetro máximo do
agregado graúdo, para avaliar a capacidade do concreto em contornar as barras – simulando
a armadura – sem segregar, porém não resulta em informações suficientes para sanar
comportamentos atípicos aos esperados.
Existem ensaios destinados a avaliar a capacidade de enchimento das fôrmas de
concretos auto-adensáveis, sem a utilização de adensamento, ou seja, pela potencialidade
do concreto escoar em função do seu peso próprio, sem segregar, transpondo obstáculos
(simulação das armaduras) e preencher adequadamente o molde. Como não há aplicação de
energia de vibração, o escoamento depende exclusivamente do peso próprio do concreto e,
se a consistência – tensão de escoamento – for superior à tensão gerada pela coluna
montante de concreto, o fluxo não ocorrerá.
Embora esses ensaios estejam atrelados indiretamente à viscosidade, a tensão de
escoamento limita os concretos que podem ser ensaiados, ou seja, a tensão de escoamento
apresenta valor máximo, a partir do qual não é mais viável ensaiar os concretos por esta
técnica. No ensaio segundo o modelo francês (Figura 7), o concreto é lançado através de um
funil, com altura de queda de 40 cm, enchendo-se o compartimento principal. Em seguida
libera-se o fluxo e avalia-se o tempo para o enchimento do molde, mensurando-se a altura
final no compartimento principal e a altura final na extremidade oposta do molde. Há,
perpendicularmente ao sentido de fluxo do concreto, malhas de ferro de diâmetro 5 mm com
espaçamento de 5 cm, com o intuito de simular a armadura.
8
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Vibração
Os ensaios de remoldagem envolvem a capacidade do concreto de fluir e assumir a
forma desejada sob vibração. Portanto, a intensidade da vibração deve superar a tensão de
escoamento e aplicar uma tensão de cisalhamento responsável pelo escoamento do
concreto.
O tempo obtido para que a forma cilíndrica seja atingida relaciona-se com a
viscosidade do concreto embora não se tenha uma correlação direta entre os parâmetros.
Esse tipo de ensaio pode ser utilizado para simular a moldagem do concreto sob vibração,
sendo um ensaio dinâmico. É indicado para concretos com baixo valor de abatimento (menor
que 5 cm).
No ensaio proposto por Powers (1932), conforme a Figura 9, o tronco de cone é
moldado dentro de um molde cilíndrico (30 cm de diâmetro e 20 cm de altura), sobre o qual
9
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
insere-se outro cilindro de menor diâmetro (20 cm) que irá restringir a movimentação
horizontal do concreto, induzindo linhas de fluxo para o material, que terá que contornar o
obstáculo para preencher o molde. Sobre o tronco de cone de concreto coloca-se um disco
transparente que, sob queda livre restringida pelo escoamento do concreto, servirá como
parâmetro para a determinação do tempo de remoldagem. Esse tempo será atingido quando
o material sob a placa, que está sendo vibrado, preencher totalmente a área visível do disco.
10
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
ilustrar esse conceito, a Figura 10 apresenta uma representação esquemática de três fluidos
de Bingham distintos. O diagrama superior descreve os perfis de tensão x taxa de
cisalhamento e o inferior as respectivas viscosidades calculadas pela razão entre a tensão e
a taxa de cisalhamento.
Como observado, os sistemas A e B apresentam a mesma tensão de escoamento,
mas os níveis de tensão e de viscosidade do fluido B são superiores aos do sistema A nas
demais taxas de cisalhamento. Por outro lado, a viscosidade do fluido C é inferior às outras
nas menores taxas de cisalhamento, mas acima das taxas de cisalhamento T1 e T2 supera
as viscosidades dos fluidos A e B, respectivamente.
A B C
Tensão de Cisalhamento
C
Taxa de cisalhamento
A B C
Viscosidade
C
B
T1 T2
A
Taxa de cisalhamento
11
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Fluidez (mm)
Fluidez (mm) 100
100
50
50
00
Figura 11 - Relação entre o valor de fluidez e as constantes reológicas: tensão de escoamento (y) e
viscosidade () (WATANABE, ISHIKAWA, WAKAMATSU, 1989).
12
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
atuam em faixas restritas de torque, sendo limitados a sistemas compostos por partículas
menores que 100 m. Adicionalmente, as geometrias de ensaio usualmente empregadas
(cilindros concêntricos, placa-placa, cone-placa, capilar, Vane, etc.) tendem a não serem
adequadas para a avaliação de sistemas concentrados ou com adição de macropartículas.
O primeiro reômetro especificamente desenvolvido para caracterização reológica de
concretos data da década de 1960. O modelo de Powers (POWERS, 1968) baseava-se no
modelo de cilindros concêntricos para aplicação de cisalhamento ao material. Nesta
concepção, o concreto previamente misturado é colocado em um recipiente cilíndrico no qual
um elemento rotativo, também cilíndrico é introduzido no centro da massa, sendo registrados
os esforços para movimentar o cilindro central.
Baseados nessa arquitetura, novos modelos foram desenvolvidos: Wallevik e Gjorv
(“Con Tec BML viscometer”); Coussot (“Cemagref-IMG”); Tattersall e Bloomer (“Two-Point
rheometer”) (BROWER, 2001). Além desses, a evolução tecnológica dos reômetros resultou
em equipamentos que utilizam outros conceitos para o cisalhamento do material, como o
sistema placa-placa desenvolvido por Larrard et. al. (“BTRHEOM”) e o planetário proposto
por Beaupré (“IBB rheometer”) (FERRARIS, 1999). Já o reômetro para argamassas e
concretos desenvolvido na Poli-USP permite a utilização de dois conceitos de aplicação de
cisalhamento (rotação concêntrica ou planetária). Os reômetros visualizados na Figura 12
são utilizados somente na caracterização de materiais previamente preparados com
consistência fluida, com exceção do equipamento Poli-USP, o qual permite também a
avaliação do comportamento de mistura de argamassas (CARDOSO, 2009).
13
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
14
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
2500 12 200 16
IBB IBB
10 Cemagref
2000 2 point 160 2 point
Viscosidade (N.m.s)
BML 12
Viscosidade (Pa.s)
8 140 BML
1500 BTRHEOM BTRHEOM 10
120
6 100 8
1000 80 6
4
60 4
500 2 40
20 2
0 0 0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mistura # Mistura #
(a) (b)
Figura 13 -Tensão de escoamento (a) e viscosidade (b) das composições testadas. Obs.: Gráfico reproduzido
do trabalho “Comparison of concrete rheometers: International tests at LCPC (Nantes, France), 2000”
(FERRARIS e BROWER, 2001)
Figura 14 - (a) reômetro portátil que opera a 5 velocidades; (b) reômetro portátil ergonômico que impõe maior
rigidez ao equipamento, diminuindo ( ruídos nas leituras (CULLEN( e WEST, 2004);
a) b)
15
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Figura 15 - Reômetro portátil ICAR (Vane test) utilizado em caminhão betoneira (AMZIANE et al., 2005).
16
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Teor de dispersante
Tensão de escoamento
Teor de água
Teor de Ar incorporado
Sílica ativa
Viscosidade
Figura 16 - Representação esquemática baseada em resultados de reometria rotacional (Viskomat NT) do
impacto de diferentes teores de água, ar, microssílica (partículas ultrafinas) e dispersante sobre a viscosidade e
a tensão de escoamento de argamassas. As setas indicam o aumento do parâmetro (BANFILL, 2005).
17
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
VIBRADO
cisalhamento (Pa)
Tensão de
BOMBEÁVEL
cisalhamento (Pa)
Tensão de
Bingham Pseudoplástico
Taxa de cisalhamento (s -1)
Figura 18 - Representação esquemática dos possíveis comportamentos reológicos de concretos bombeáveis.
Para escoar com facilidade dentro de uma tubulação com volume confinado, o
concreto deve apresentar algumas características:
a) Tensão de escoamento moderada: o fluxo ocorrerá enquanto o nível de tensão de
cisalhamento for maior que a de escoamento do concreto. Sendo assim, quanto
menor for a tensão de escoamento, maior a distância bombeável;
b) Comportamento reológico preferencialmente pseudoplástico, mas com
possibilidades para fluido de Bingham. Nesse cenário a viscosidade aparente do
concreto diminui com o aumento da taxa de cisalhamento, como ilustrado na Figura
1, reduzindo assim a dissipação de energia no processo. Importante destacar que
esse comportamento deve ser mensurado em condição de fluxo confinado;
c) Coesão para evitar separação de fases: sistemas em que a viscosidade seja muito
baixa tendem a permitir a separação da pasta dos agregados durante o transporte,
18
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
uma vez que a densidade dos grãos é geralmente maior que da fase líquida. Tal
desajuste resulta no lançamento heterogêneo do concreto e num maior potencial
de bloqueios e entupimentos da tubulação.
Concretos autoadensáveis são aqueles que escoam sob ação do peso próprio, sendo
a gravidade a força motriz deste fluxo. O material fluirá tanto mais quanto menor for sua
tensão de escoamento. O valor de viscosidade estará associado à velocidade e à dissipação
de energia no fluxo. Quanto menor for a viscosidade, menor a dissipação de energia e mais
rápido o sistema se movimentará, o que resultará em sistemas com melhores características
de moldagem. Contudo, se a viscosidade da pasta for muito reduzida, o concreto poderá
sofrer fenômenos de separação de fases tanto no lançamento, como no interior da fôrma
após moldagem. O valor de viscosidade da pasta deve ter relação direta com a densidade
dos agregados.
Os três perfis reológicos apresentados na Figura 19 são possíveis em concretos auto-
nivelantes, sendo o comportamento pseudoplástico o mais indicado para concretos
autoadensáveis que devam ser transportados por bombeamento. O perfil dilatante não é
indicado para lançamento com bomba, mas tem a vantagem conceitual de minimizar eventos
de segregação, pois a viscosidade da pasta se eleva quando um agregado tentar se acelerar
no sistema.
AUTO-NIVELANTE
cisalhamento (Pa)
Tensão de
1
Para mais detalhes sobre este tipo de concreto consultar o Capítulo 48
2
Para maiores detalhes sobre este tipo de concreto consultar o Capítulo 38
19
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
cisalhamento (Pa)
PROJEÇÃO
Tensão de
20
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
21
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
partículas
fluido
D
(a) (b)
Figura 22 - Representação esquemática do conceito de distância média de separação entre partículas (D): (a)
partículas em contato sem nenhum fluido, ou com o mesmo preenchendo exatamente o vazio entre estas e (b)
partículas separadas pelo fluido (OLIVEIRA et al., 2000).
13.6.1.1 Matriz
22
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
13.6.1.2 Agregados
23
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
24
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
25
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
26
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
27
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Por sua vez, misturadores forçados, como os de eixo vertical (Figura 25), são mais
eficientes uma vez que a movimentação de seus elementos de cisalhamento força a mistura
e desaglomeração das partículas em seu interior, sendo mais efetivos que betoneiras. Este
tipo de equipamento é, portanto, menos sensível à energia de mistura dos concretos.
Contudo, materiais que apresentem curvas de mistura mais longas sempre demandarão
maior tempo dentro do misturador.
28
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
29
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
melamina sulfonada
lignosulfonato
sem aditivo
(a)
(b)
COM SP SEM SP
Figura 27 - (a) Efeito do tipo de dispersante na fluidez de concretos e na potencial redução da quantidade de
água para manutenção da consistência; (b) exemplos de concretos com diferentes níveis de fluidez, obtidos
com a utilização ou não de aditivos dispersantes (superplastificantes).
30
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
10
0
0,05%
8
Viscosidade (Pa.s)
0,15%
0,25%
6 0,35%
0
600 0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tensão de cisalhamento (Pa)
400
300
200
100
0
40 60 080 20 100 120 140 160
Taxa de cisalhamento (s -1)
Figura 28 - Efeito da variação do teor de dispersante na viscosidade (acima) e na tensão de cisalhamento
(abaixo) de pastas cimentícias misturadas com a mesma relação água cimento.
31
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
0,005
Variação do teor de policarboxilato 0.00
0.15%
0,004
0,001
0,000
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (h)
Calor total
Teor de Tempo de início Final do período Tempo no período
acumulado após
policarboxilato da indução de indução de indução
48 horas
(%-p) (h:min) (h:min) (h:min) (J/g)
0,00 2:10 1:10 281
0,15 4:00 3:00 278
0,35 7:05 6:05 272
1:00
0,45 8:40 7:40 268
0,65 11:00 10:00 259
1,00 12:30 11:30 246
Figura 29 - Acompanhamento da reação de hidratação de pastas de cimento CPIIE aditivadas com diferentes
teores de dispersante (LYRA, 2010).
13.7.3 Incorporação de ar
A incorporação de ar em concretos foi inicialmente utilizada em meados de 1930 e
desde então o conceito tornou-se regra para aplicação em locais onde a temperatura é muito
baixa, devido ao aumento da resistência a ciclos de gelo-degelo (KOSMATKA, 1994). A
saturação de água nos poros e o seu posterior congelamento submetem o concreto a
tensões de fadiga, levando à sua ruptura, mas a inclusão de vazios faz com que, no
momento do congelamento, a água encontre espaço livre para se expandir, reduzindo as
tensões sobre o concreto (MARTIN, 2005).
Normalmente, concretos convencionais apresentam densidades entre 2200 e
2600 kg/m³, enquanto os concretos aerados podem ser obtidos com densidades entre 300 e
1850 kg/m³ (NEVILLE, 1982). Em obra, seu peso próprio representa uma carga muito grande
atuante sobre a estrutura e, por isso, a redução da massa específica é de grande interesse
32
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
prático, pois permite reduzir a dimensão das fundações, as formas podem suportar menores
pressões, facilita o manuseio, aumenta a produtividade e pode tornar o concreto mais eco-
eficiente devido a desmaterialização da obra.
Entretanto, apesar de ser importante para diversos fins, a presença de vazios na
estrutura pode também, gerar vários problemas, como dificuldade de controle do volume, da
homogeneidade e da estabilidade das bolhas no estado fresco (POWERS, 1954), separação
de fases (finos/agregados), fissuração, redução da resistência mecânica e do módulo de
elasticidade e aumento da permeabilidade no estado endurecido, tornando o concreto menos
resistente e durável. Isso ocorre porque uma série de variáveis práticas pode interferir no
processamento, como temperatura, tipo de cimento ou adições, tipo e teor de incorporador
de ar, presença de outros aditivos, forma de geração de porosidade, entre outras (DU e
FOLLIARD, 2005).
Várias técnicas para obtenção de concretos porosos são reportadas em literatura, mas
na grande maioria das vezes os materiais leves são obtidos a partir de duas rotas: adição
direta de incorporador de ar na formulação ou injeção de espuma aquosa.
A primeira delas, mais simples, consiste na adição de incorporadores de ar
diretamente na formulação, sendo os poros gerados durante a mistura. A segunda rota
consiste no processamento separado de um concreto convencional e uma espuma aquosa,
gerada em equipamentos apropriados, a partir da mistura de incorporador de ar e água. Na
Figura 30 são apresentados os esquemas ilustrativos salientando a diferença entre ambas as
rotas de processamento dos concretos porosos.
brita
areia
Adição de incorporador de ar
cimento + H2O
cal
adições
Injeção de espuma
+ H2O
Figura 30 - Ilustração de duas rotas de processamento de concretos porosos. Rota I: utilização de incorporador
de ar na formulação e, Rota II: adição de espuma aquosa gerada separadamente do concreto convencional.
Independente da técnica, a geração dos poros nos concretos ocorre basicamente pela
ação dos incorporadores de ar, substâncias que apresentam na mesma molécula uma
porção hidrofóbica (apolar) e uma porção hidrofílica (polar) sendo, portanto, conhecidas
como anfifílicas (ROMANO, 2005). A parte apolar da molécula é, freqüentemente, uma
cadeia hidrocarbônica enquanto que a porção polar pode ser iônica (catiônica ou aniônica),
33
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
H3C
CH3 O OH
O n
N+
H3C NH3+
H
Catiônico - Sal de Diamina
SO3-
H3C O
Aniônico - Lauril sulfato
H2N O
C CH3
N+
CH2COO-
H3C
Anfótero - Amidobetaína
Figura 31 - Exemplos de moléculas de incorporadores de ar de acordo com o caráter dissociativo.
34
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Ar incorporado
(a)
comp A
comp B
comp C
comp D
Concentração de AIA
2,0g/L
(
b)
Rotação
Módulo de elasticidade
( R² = 0.81
c)
Ar incorporado
Figura 32 - Ilustração das tendências observadas com a variação da concentração de aditivo incorporador de ar
no volume de ar incorporado (a), nas propriedades reológicas (b) e, do teor de ar incorporado (no estado fresco)
no módulo de elasticidade de concretos.
35
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
3
Uma fase pode ser definida como uma porção de matéria que é química e fisicamente uniforme em toda sua
extensão.
36
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Baixa trabalhabilidade
Segregação
Zona de auto-adensamento
Reologia ótima para
auto-adensáveis
Dr
Figura 33 – Ilustração esquemática de regiões de comportamento reológico de pastas com diferentes
desempenhos em composições autoadensáveis (SHAH, 2008).
37
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Figura 34 – (a) Coluna para teste de segregação estática; (b) Concreto sem segregação de acordo com índice
visual de estabilidade; (c) Concreto com elevada segregação; (d) Detalhes do dispositivo e (e) execução do
teste de penetração; (f) Teste de capacidade de passante (“passing ability”) Anel J (DACZKO, 2002; EL-
CHABIB & NEHDI, 2006; FANG & LABI, 2007; SHAH, 2008; SHEN et al., 2007).
Teste visual de estabilidade após o “slump flow” - Figura 34b/c - (ASTM C1611):
consiste na avaliação visual do concreto fresco após o fluxo e utiliza como critério
um índice de estabilidade subjetivo. A avaliação visual pode ser similarmente
aplicada em argamassas submetidas ao ensaio de mesa de consistência.
Análise visual de corpos-de-prova cilíndricos endurecidos (
Figura 35): através da avaliação visual da seção transversal pode se realizar 2
análises. A primeira é a medida entre topo e primeira brita e, a outra, é a utilização
de um índice visual de estabilidade no estado endurecido, efetuando uma
avaliação subjetiva baseada em padrões pré-definidos.
38
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Imagem
Figura 35 – Exemplos de padrões de estabilidade utilizados durante a análise visual da seção transversal de
cilindros de concreto endurecidos (FANG & LABI, 2007).
13.7.5.4 Exsudação
39
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
1.5
1.0
0.5
0.0
0
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Rotação (rpm)
Figura 36 – Ilustração do efeito do tempo no comportamento reológico de concretos aditivados com dispersante
[DAMINELLI et al, 2010].
40
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
G' (x104Pa) 10
1
0.1
0.00
0.01
0,45%
0.001 0,65%
Variação do teor de dispersante
0.0001
10000 0 30 60 90 120
(b) Tempo (min)
1000
100
G' (x103 Pa)
10
41
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Componente física
Módulo de armazenamento de
SUPERPLASTIFICANTE
0,15%
Calor acumulado
25 C SEM incorporador
Módulo de armazenamento de
de ar
INCORPORADOR DE AR
40 C
enrgia elástica - G' (Pa)
42
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
13.9 Retração
Mesmo sendo o enfoque principal deste capítulo o comportamento reológico dos
concretos no estado fresco, um assunto também associado a este estágio da vida dos
concretos é a retração que o material pode apresentar devido a diferentes fatores, como
evaporação de água e hidratação dos compostos do cimento.
O primeiro tipo de retração, plástica, ocorre devido à rápida perda de água de
amassamento, seja por absorção pelas fôrmas, pelos agregados, ou pela evaporação para o
ambiente. Assim, logo após o adensamento e acabamento do concreto, pode-se observar o
aparecimento de fissuras na sua superfície, as quais podem ser facilmente eliminadas pela
passagem da colher de pedreiro ou por revibração.
Como a retração é oriunda da movimentação da água, que pode sair por evaporação
ou entrar por capilaridade, quanto maior for o fator água/cimento maior será, evidentemente,
a retração plástica.
Nos concretos moldados com grande área exposta, tais como pisos, pavimentos ou
lajes, a perda de água para o ambiente ocorre de maneira muito rápida, resultando em uma
estrutura mais vulnerável e suscetível à retração plástica.
Da mesma forma, a condição climática também pode afetar esse tipo de a retração,
visto que altera a taxa de perda d’água e a velocidade de formação dos compostos
hidratados do cimento. Os principais fatores climáticos que seqüestram a água do concreto
são a alta temperatura, a baixa umidade relativa do ar e a velocidade do vento que incide
sobre a estrutura. Por exemplo, um concreto moldado em um dia com temperatura do ar em
25ºC, umidade relativa do ar de 40%, e velocidade de vento de 15 km/h pode perder até
1litro/m²/hora de água por evaporação, o que é suficiente para provocar considerável grau de
retração plástica (Portland Cement Association, 1995).
Já a retração gerada pela hidratação dos compostos do cimento, conhecida como
retração química, ocorre porque após a mistura com água o volume de produtos da
hidratação é menor que o volume dos reagentes iniciais.
No entanto, esse tipo de retração é menos intensa e se restringe basicamente ao
período de cura do concreto. Em curas submersas, por exemplo, ocorre a expansão da peça,
(fenômeno contrário à retração) decorrente do fluxo de água do interior para o exterior da
peça, em direção aos poros formados pela retração química.
Dentre os fatores que mais influenciam na retração podem ser citados:
Composição química do cimento: cimentos mais resistentes e/ou de endurecimento mais
rápido geram maior retração.
Teor de cimento na composição: a retração é proporcional a quantidade de cimento
Quantidade de água de amassamento: quanto maior a relação água/cimento, maior a
retração;
Condição climática:
o O aumento a umidade ambiente dificulta a evaporação e, conseqüentemente, reduz a
retração;
o O aumento da temperatura aumenta a retração;
Espessura do corpo-de-prova: a retração aumenta com a diminuição da espessura do
corpo-de-prova. Quanto maior a superfície de contato com o ambiente em relação ao
volume da peça, possibilitando maior evaporação.
43
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
As explicações sobre retração aqui apresentadas são bastante superficiais, mas fica a
mensagem que este assunto é crítico para a tecnologia dos concretos, pois fissurações
resultantes de retrações excessivas afetarão o desempenho no estado endurecido.
44
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DAMINELLI, B. L., ROMANO, R. C. O., MASSUCATO, C., JOHN, V. M., PILEGGI, R. G. Análise do Perfil
Reológico de Concretos Dosados em Central Através de Reometria Aplicada em Campo. Congreso
Internacional de tecnologia Del Hormigon. Mar Del Plata – Argentina, 2010.
DACZKO, J.A. Stability of Self-Consolidating Concrete, Assumed or Ensured? Proceedings of the First North
American Conference on the Design and Use of Self-Consolidating Concrete, 2002.
DIAMOND, S. The patch microstructure in concrete: effect of mixing time. Cement and Concrete Research 35
(2005) 1014– 1016.
DU, L; FOLLIARD, K. J. Mechanisms of air entrainment in concrete. Cement and Concrete Research, v. 35,
p. 1463–1471, 2005.
EL-CHABIB, H.; NEHDI, M. Effect of Mixture Design Parameters on Segregation of Self-Consolidating
Concrete. ACI Materials Journal, 103, 2006.
FANG, C.; LABI, S. Evaluating the Static Segregation Resistance of Hardened Self-Consolidating Concrete
using Image Processing Technology. 86th Annual Meeting of the Transportation Research Board.
Washington, D.C. (USA), 2007.
FARRIS, R.J. Prediction of the viscosity of multimodal suspensions from unimodal viscosity data.
Transactions of the Society of Rheology, v. 12, n. 2, p. 281-301, 1968.
FERRARIS, C.F.. Measurement of the rheological properties of high-performance concrete: state of the art
report. Journal of Research of the National Institute of Standards and Technology, 1999.
FERRARIS, C.F.; BROWER, L.E.. Comparison of concrete rheometers: International tests at LCPC (Nantes,
France) in October, 2000 – NISTIR 6819. National Institute of Standards and Technology, 2001.
HOPPE FILHO, J.; CINCOTTO, M. A.; PILEGGI, R. G. Técnicas de caracterização reológica de concretos.
Concreto e Contrução, v. 47, p. 108-124, 2007
HU, C.; LARRARD, F.. Rheological testing and modelling of fresh high performance concrete. Materials and
Structures, v. 28, 1995. p. 1-7.
HULSHIZER, A. J. Air-entrainment control or consequences, Concrete International, American Concrete
Institute, v. 19. n. 7, p. 38-40, 1997
KOSMATKA, S. H.; PANARESE, W. C. Design and Control of Concrete Mixtures. Portland Cement
Association, 13th ed., Skokie, Illinois, 1994.
LYRA, J. S. Estudo da influência de policarboxilato comercial na hidratação, reologia e físico-química
de superfície do cimento. Dissertação (Mestrado). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São
Paulo 2010.
MARTIN, J. F. M. Aditivos para Concreto. IN: ISAIA, G. C. (Ed.) Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações.
– São Paulo: IBRACON, 2005. 2v. 1600p.
MEETEN, G.H. Yield stress of structured fluids measured by squeeze flow. Rheologica Acta, v. 39, 2000, p.
399-408.
MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concrete - Microstructure, Properties and Materials. Third Edition.
McGraw-Hill. 2001.
MYHRE, B. The effect of particle size distribution on flow of refractory castables. In: Annual Refractories
Symposium, 30. 1994, St. Louis - Missouri.
NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto. Editora Pini. 1982. São Paulo.
OLIVEIRA, I. R. et al. Dispersão e empacotamento de partículas: princípios básicos e aplicações em
processamento cerâmico. São Paulo, Fazendo Arte Editorial, 2000. 224 p.
PETROU, M.F.; WAN, B.; GADALA-MARIA, F.; KOLLI, V.G.; HARRIES, K.A. Influence of Mortar Rheology on
Aggregate Settlement. ACI Materials Journal, 97, 2000.
PILEGGI, R. G. Efeito da distribuição granulométrica sobre o comportamento reológico de concretos
refratários. 1996. 210 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Materiais) - Programa de Pós-
Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.
PILEGGI, R. G., PANDOLFELLI, V. C. Reflexões sobre distribuição granulométrica e sua correlação com a
reologia de concretos refratários. Ceramic News: Special South America, v. 3, 1999, p. 6-13.
PILEGGI, R.G.; PAIVA, A.E.; GALLO, J.; PANDOLFELLI, V.C.. Novel rheometer for refractory castables.
American Ceramic Society Bulletin, 2000.
PILEGGI, R.G.; STUDART, A.R.; PANDOLFELLI, V.C. How mixing affects the rheology of refractory castables,
Parts 1 and 2. American Ceramic Society Bulletin, Estados Unidos, v. 80, n. 6, p. 27-42, 2001.
PILEGGI, R.G. Ferramentas para o estudo e desenvolvimento de concretos refratários. São Carlos,
2001. 187p Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais,
Universidade Federal de São Carlos.
45
Instituto Brasileiro do Concreto – Livro CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PILEGGI, R. G.; MARQUES, Y. A.; VASQUES FILHO, D.; PANDOLFELLI, V.C. Shotcrete Performance of
Refractory Castables. Refractories Applications and News, v. 8, n. 3, may/june, 2003.
POWERS, T. C., Void spacing as a basic for producing air-entrained concrete, Journal of American Concrete
Institute. v. 25, n. 9, p. 741–760, 1954.
POWERS, T.C.. The properties of fresh concrete. New York: John Wiley, 1968. p. 437-532.
REJEB, S. K. Improving compressive strength of concrete by a two-step mixing method. Cement and
Concrete Research, v. 26, p. 585 – 592, 1996.
RIXON, R., MAILVAGANAN, M. Chemical admixtures for concrete. 3rd Edition. E & FN Spon. London. 1999.
ROMANO, R. C. O. Produção e caracterização de materiais porosos obtidos pelo método de
incorporação de espumas, 2005, Dissertação. Universidade Federal de São Carlos – São Carlos, 171
páginas.
ROMANO, R.C.O.; CARDOSO, F.A.; MENDES, T.M.; JOHN, V.M.; PILEGGI, R.G. Impacto do uso de
incorporador de ar na propriedades reológicas de argamassas. In: Anais do VII Simpósio Brasileiro de
Tecnologia de Argamassas (VII SBTA), 2007.
ROMANO, R. C. O.; SCHREURS, H.; SILVA, F. B.; CARDOSO, F.A.; BARROS, M. M. S. B.; PILEGGI, R. G.;
JOHN, V. M. Impacto do tipo de misturador e do tempo de mistura nas propriedades de argamassas
industrializadas. Ambiente Construído (Online), v. 9, p. 109-118, 2009.
ROMANO, R. C. O., TAKAHASHI, M. M., LIBERATO, C. C., PILEGGI, R. G. Viscosidade cinemática de pastas
com incorporadores de ar em diferentes temperaturas. Cerâmica, Aceito para publicação em 24-05-2011 a.
ROMANO, R. C. O., SOUZA, R. B., CAMPORA, F. L., SEABRA, M. A., JOHN, V. M., PILEGGI, R. G. Efeito da
utilização de cales e filitos nas propriedades de pastas cimentícias. Anais do IX Simpósio Brasileiro de
Tecnologia das Argamassas. Belo Horizonte – MG, 2011 b.
SALAGER, J. L. El mundo de los surfactantes. Cuaderno FIRP, S311-A, p. 3 – 4, Universidad de los Andes.
Merida-Venezuela, 1992.
SHAH, P.S. Recent advances in concrete technology and application of nanotechnology. 50° Congresso
Brasileiro do Concreto, Salvador, 2008.
SHEN, L.; STRUBLE, L.; LANGE, D. New Method for Measuring Static Segregation of Self-Consolidating
Concrete, Journal of Testing and Evaluation, 35, 2007.
SILVA, R. P.; BARROS, M. M. S. B.; PILEGGI, R. G.; JOHN, V. M. Avaliação do comportamento da
argamassa no estado fresco através dos métodos de mesa de consistência, dropping ball e squeeze flow.
Anais, Florianópolis, VI SBTA, 2005, p. 106-120.
SMITH, P. A.; HAERLE, A. G. Particle crowding analysis of slip castings. Journal of the American Ceramic
Society, v. 78, n. 3, p. 809-812, 1995.
STEIN, H.N.. Rheological behavior of suspensions. In: CHEREMISINOFF, N.P. (Ed.) Encyclopedia of fluid
mechanics: slurry flow technology. Houston: Gulf Publishing, 1986.
TAMIMI, A. K. The Effects of a new mixing technique on the properties of the cement paste-aggregate
interface. Cement and Concrete Research, v. 24, p. 1299 – 1304, 1994.
TOPCU, I. B.; KOCATASIN, F. A two-phase composite material approach to the workability of concrete.
Cement & Concrete Composites, v. 17, p. 319-325, 1995.
TOUMBAKARI, E.E.; VAN GEMERT, D.;TASSIOS, T.P.; TENOUTASSE, N. Effect of mixing procedure on
injectability of cementitious grouts. Cement and Concrete Research 29 (1999) 867–872.
YANG, M.; JENNINGS, H. M. Influences of Mixing Methods on the Microstructure and Rheological Behavior of
Cement Paste. Advn Cem Bas Mat, v. 2, p. 70-78, 1995.
WATANABE, K.; ISHIKAWA, M.; WAKAMATSU, M.. Rheology of castable refractories. Taikabutsu Overseas,
v. 9, n. 1, 1989. p. 41-53.
WILLIAMS, D.A.; SAAK, A.W.; JENNINGS, H.M. The Influence of Mixing on the Rheology of Fresh Cement
Paste. Cement and Concrete Research. v. 29, p 1491-96, 1999.
46