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O risco marca a modernidade tardia e, sua aferição é algo característico desse período por
meio da colonização do futuro e esse tipo de comportamento, o colonizar algo que está por
vir, manifesta o controle que o homem possui no meio natural e social. Dessa forma, toda a
ação do homem passa por um calculo em relação ao risco e todos são influenciados por esse
tipo de comportamento pela disseminação dos sistemas abstratos.
O risco relaciona-se aos momentos decisivos, que são aqueles em que o sujeito precisa tomar
certas decisões que podem proporcionar consequências a ele - Giddens denomina- os riscos de
alta consequência. A maioria dos acontecimentos cotidianos é isento dessa característica,
outros o são, mas são manejados pelos sujeito de forma rotinizada.
Nesses momentos em que as decisões significam importantes etapas da vida do sujeito, ele
poderia “convocar”, em contextos tradicionais, ordens divinas ou sobrenaturais. Na
modernidade tardia, o conhecimento oriundo dos sistemas abstratos são de suma importância
no calculo do risco. Os momentos decisivos podem ameaçar o casulo protetor que protege a
segurança ontológica do sujeito, pela sensação de risco que causa.
TÓPICO III. Cortejar ativamente o risco.
Os riscos estão presentes nas ações dos indivíduos na modernidade tardia e, mesmo que se
queira, não é possível escapar deles. Algumas pessoas buscam o risco pela sensação que eles
causam, como a adrenalina e são característicos do que Giddens chama de “risco cultivado”.
A aceitação dos perigos, de acordo com o autor, seria influenciada pelo planejamento e estilo
de vida dos sujeitos, pois os riscos são aceitos como toleráveis dentro daquilo que foi
planejado.
Na modernidade tardia, o ato de aferir o risco é constante e ocorre, pois, o casulo protetor
filtra todos os perigos potenciais com a finalidade de manter integra a segurança ontológica
do individuo.
Entretanto, os sistemas abstratos não carregam consigo nenhuma recompensa moral, outrora
possibilitado pelos períodos tradicionais e criam, ainda, os riscos de alta consequência. Como
esses sistemas são globalmente conectados, os riscos locais podem afetar o sistema como um
todo. Em contextos pré-modernos, não era possível ter um controle e previsibilidade em
relação à natureza, mas a modernidade tardia trouxe novos riscos que já não podem ser
controlados de forma efetiva, como o aquecimento global.