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SOBRE ESTE MATERIAL
Olá, tudo bem com você? Este é um material exclusivo da Escola do Mazza
(www.escoladomazza.com.br), feito com muito carinho para você.
Este e-book é parte do conteúdo dos meus cursos na Escola.
O objetivo deste material é oferecer uma base sólida em Direito Administrativo para sua
aprovação nos concursos públicos mais concorridos do Brasil.
Estude direitinho porque este e-book esgota completamente o assunto de que ele trata e
você nunca mais vai errar nada nesse tema, seja qual for o concurso que deseja prestar
O Direito Administrativo costuma ser uma das maiores disciplinas dos editais e, por várias
razões, os candidatos temem nossa matéria. Mas não será o seu caso. Vamos trabalhar um
conteúdo bastante completo e profundo, como você nunca viu, mas de forma bastante
didática, resolvendo seu problema com a matéria.
Não são poucos os obstáculos que uma preparação em altíssimo nível em Direito
Administrativo apresenta: falta de um código sistematizando a disciplina, diplomas
normativos caóticos e de má qualidade, divergência doutrinária, jurisprudência confusa.
Isso sem falar que você ainda tem todas as demais matérias para estudar. Não é fácil. Mas
vou te ajudar.
O ponto de partida para construção dos meus materiais é sempre o que tem sido perguntado
recentemente pelas bancas. Meu objetivo é que você passe rapidamente no concurso dos
seus sonhos estudando o essencial e indispensável para atingir esse objetivo. Não precisa
saber tudo, nem aprofundar exageradamente como se fosse uma pós-graduação, mas tem
que saber exatamente o que cai na prova. E quanto a isso não se preocupe porque essa é a
minha parte.
Vamos combinar assim: você faz a sua parte dando 100% ao estudar e a minha parte é dar
meus 100% oferecendo um conteúdo incrível e focado na sua aprovação.
Combinado?
Eu PRECISO QUE VOCÊ PASSE.
Outra coisa: fiz esse material gratuito com muito carinho pra você, ele é seu. Preciso que
você repasse este material aos seus amigos que também precisam ser aprovados. Pode
circular este e-book à vontade, pra mim isso será excelente pra divulgar meu trabalho.
Obrigado
Mazza
Instagram: @professorMazza
Youtube: Canal do Mazza
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QUEM SOU EU
Eu sou Alexandre Mazza, tenho 44 anos. Sou casado com a Tatiana, que é Procuradora do
Estado/SP, e temos duas filhas, a Duda (12) e a Luísa (8).
Sou bacharel (1998), Mestre (2003) e Doutor (2009) em Direito Administrativo pela PUC/SP,
tendo como orientador no Mestrado e Doutorado o Professor Celso Antônio Bandeira de
Mello. Tive também o privilégio de estudar no exterior fazendo meu Pós-Doutorado em
Coimbra (2018) e Salamanca (em conclusão). No meu Mestrado escrevi sobre o Regime
Jurídico das Agências Reguladoras; no Doutorado defendi a tese sobre a Relação Jurídica de
Administração Pública, ambos trabalhos publicados em livro pelas Editoras Malheiros e
Saraiva, respectivamente.
No Pós-Doutorado em Coimbra/Portugal pesquisei sobre a intersecção entre Direito
Administrativo e a teoria dos Direitos Humanos, sustentando que todas as decisões da
Administração Pública contrárias aos Direitos Humanos são juridicamente inexistentes
autorizando desobediência civil pelos particulares. Em Salamanca/Espanha, minhas
pesquisas são sobre Direito Administrativo na perspectiva dos direitos sociais.
Embora eu tenha me dedicado bastante à formação acadêmica, minha grande paixão sempre
foi dar aula. Logo que me formei em 1998, um mês depois eu já era professor de cursinho.
Todo o restante da minha vida profissional – como livros, palestras, pesquisas,
aperfeiçoamento – surgiu em função das minhas aulas e dos alunos. Meu objetivo central é
ser um professor cada vez melhor, ensinando os temas mais sofisticados de maneira clara e
objetiva.
Tenho cerca de 20 livros publicados, sendo os mais conhecidos o Manual de Direito
Administrativo e o Manual de Direito Tributário, ambos pela Editora Saraiva, feitos para
aprovação em concursos públicos.
É importante te dizer isso: sempre dei aula em cursinho. Há 20 anos essa é minha maior
paixão: ajudar os alunos a conseguir aprovação nos concursos mais concorridos do Brasil. E
quero te ajudar também!
Exerci algumas outras atividades na área jurídica: fui assessor parlamentar do Presidente da
Câmara Municipal de São Paulo; advoguei dando consultoria a um grande escritório na área
de contratos de infraestrutura; já dei centenas de palestras em praticamente todos os
Estados brasileiros (só faltam 3 para fechar o Brasil todo!). Mas eu gosto mesmo é de dar
aula.
Nos últimos anos tenho investido também na utilização de estratégias diferenciadas para
memorização de conteúdo jurídico, como audiolivros, paródias jurídicas, além do uso
intensivo das redes sociais para difundir gratuitamente conteúdo a alunos de todo Brasil.
Conte sempre comigo,
Eu PRECISO QUE VOCÊ PASSE!
Abs,
do seu professor de Direito Administrativo,
Alexandre Mazza
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Instagram: @professorMazza
Youtube: Canal do Mazza
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1. EMPRESAS ESTATAIS
a) empresas públicas;
b) sociedades de economia mista;
c) subsidiárias.
Desse modo, o nome “empresas estatais” designa um gênero de entidades estatais regidas
predominantemente pelo direito privado.
Embora possuem diferentes entre si, empresas públicas, sociedades de economia mista e
subsidiárias têm em comum as seguintes características:
a) controle pelos Tribunais de Contas, Poder Legislativo e Judiciário;
b) dever de realizar licitação. Cabe ressaltar, porém, que as empresas estatais
exploradoras de atividade econômica não precisam licitar para a contratação de bens e
serviços vinculados às suas atividades finalísticas, sob pena de inviabilizar a sua força
competitiva;
c) contratação de pessoal via concurso público;
d) proibição de acumulação de cargos, empregos ou funções públicas;
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e) pessoal sujeito a regime celetista de emprego público, com exceção dos dirigentes,
sujeitos ao regime comissionado (empregos “de confiança”);
f) remuneração dos empregados não sujeita ao teto constitucional, exceto se
receberem recursos públicos para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
geral;
g) segundo o STF é inconstitucional a exigência de aprovação prévia, no âmbito do Poder
Legislativo, como requisito para nomeação de seus dirigentes pelo Chefe do Executivo;
h) não se sujeitam ao regime falimentar (art. 2º, I, da Lei n. 11.101/2005).
b) “criadas por lei”: nos termos do art. 37, XIX, da CF/88, as empresas públicas e sociedades
de economia mista não são criadas por lei, mas “autorizadas por lei específica”;
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de Direito Privado, criada por lei específica mediante proposta do Presidente da
República”.
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direito a voto pertençam em sua maioria à União ou à entidade da Administração
Indireta”.
O conceito de sociedade de economia mista contido no Decreto-Lei 200/67 contém duas
impropriedades: são criadas mediante autorização legislativa (e não por lei); podem prestar
serviços públicos (além da exploração de atividade econômica).
Além disso, quando o DL 200/67 afirma que a maioria do capital votante pertence à União ou
entidade da Administração Indireta, está restringindo o conceito às sociedades de economia
mista federais.
Por óbvio, as sociedades de economia mista estaduais, distritais ou municipais têm maioria
do capital votante pertencendo aos Estados, Distrito Federal e Municípios, respectivamente,
ou às respectivas entidades descentralizadas.
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Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
Conceito: art. 5º, II, do DL 200/67 Conceito: art. 5º, III, do DL 200/67
As estaduais, distritais e municipais têm causas As estaduais, distritais e municipais têm causas
julgadas, como regra, em Varas da Fazenda Pública julgadas em Varas Cíveis
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As estatais de direito privado (empresas públicas, sociedades de economia mista
e subsidiárias) nunca são titulares de serviço público. Ao contrário do que ocorre
com as PJs de direito públicos, as PJs de direito privado prestadoras de serviço
público recebem da lei delegação da prestação, e não do serviço público em si.
Assim, por exemplo, os Correios têm titularidade da prestação do serviço postal,
mas a titularidade do serviço postal pertence à União.
As subsidiárias são pessoas jurídicas estatais de direito privado criadas para integrar um
grupo empresarial encabeçado por outra estatal (holding ou empresa-matriz). Um excelente
exemplo é a Petrobras. Atualmente, a Petrobras possui dezenas de empresas subsidiárias a
ela vinculadas, com destaque para:
a) Transpetro;
b) Petrobras Distribuidora;
c) Petroquisa;
d) Petrobras Biocombustível;
e) Gaspetro.
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Assim, as subsidiárias são especializações dentro das especializações na medida em que
exercem atividades especializadas na área de atuação de uma controladora estatal (também
especialista em determinado setor).
A Transpetro, por exemplo, é especializada em transportes no grupo Petrobras (especialista
na indústria do petróleo).
Evidenciando que as subsidiárias também integram a Administração Pública, o art. 37, XX, da
CF/88 disciplina a sua forma de criação:
“depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas
em empresa privada”.
De acordo com entendimento do STF é dispensável autorização legislativa específica para a
criação de empresa subsidiária, bastando previsão geral na lei da estatal primária (matriz)
autorizando que sejam criadas novas subsidiárias (ADIn 1.649/DF).
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Exemplo: a Agip do Brasil hoje é empresa controlada pela Petrobras.
Segue abaixo interessante quadro ilustrando o número e o tipo de empresas estatais
atualmente existentes em âmbito federal1:
As 88 subsidiárias acima indicadas são vinculadas e controladas por seis estatais (Petrobras,
Eletrobras, Banco do Brasil, BNDES, CEF e ECT). As outras 46 são empresas estatais (empresas
públicas e sociedades de economia mista) diretamente vinculadas à União (não são
subsidiárias). Dessas, 18 são estatais dependentes do Tesouro (não podem remunerar seus
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Fonte: site Migalhas no endereço https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI303892,81042-
STF+Governo+pode+privatizar+subsidiarias+de+estatais+sem+licitacao+e
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dirigentes acima do teto constitucional: art. 37, § 9o, da CF) 2. Enquanto que 28 estatais
federais são “não-dependentes” do Tesouro Nacional, ou seja, sustentam-se com o próprio
negócio (não se sujeitam ao teto constitucional previsto no art. 37, § 9o, da CF).
Em 6/6/2019, no julgamento conjunto das ADIs ADIns 5.624, 5.846, 5.924, e 6.029, o STF
firmou a orientação no sentido que a alienação do controle societário das empresas públicas
e sociedades de economia mista exige autorização legislativa e licitação.
Quanto à alienação do controle de subsidiárias e controladas, porém, a operação pode ser
realizada sem necessidade de autorização legislativa e sem licitação, desde que siga
procedimento que observe os princípios da administração pública, respeitada, sempre, a
exigência de necessária competitividade.
Agora nós vamos tratar de um assunto controvertido: as fundações criadas pelo Estado mas
com regime de direito privado. Vamos juntos.
Existe uma polêmica doutrinária sobre a possibilidade de o Estado criar fundações com
personalidade jurídica de direito privado.
Celso Antônio Bandeira de Mello rejeita não aceita a instituição de fundações estatais
submetidas ao direito privado, pois a instituição delas seria uma manobra inconstitucional
para fugir dos controles impostos pelas regras de Direito Público. Segundo Bandeira de Mello,
as fundações estatais constituem espécie de autarquia, caracterizando-se, portanto, sempre
como pessoas jurídicas de direito público.
A corrente majoritária adotada em provas e concursos públicos, todavia, admite a
coexistência de fundações estatais tanto de direito público quanto de direito privado.
Nesse sentido, o art. 5º, IV, do DL 200/67 aceita as fundações governamentais de direito
privado ao conceituar fundação público como “a entidade dotada de personalidade jurídica
de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos
de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes”.
Além do conceito do DL 200/67, o art. 37, XIX, da Constituição Federal, também trata de
fundações estatais de direito privado:
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Art. 37, § 9º, da CF: “O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de
despesas de pessoal ou de custeio em geral”.
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“somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”.
1- Fundações públicas;
➢ Ex.: Procon
1- Fundação Roberto Marinho;
2- Fundações governamentais de direito privado;
➢ Ex.: Rede Globo.
➢ Ex.: Fundação Padre Anchieta – TV e
Rádio Cultura.
Perceba que a fundação de que fala o art. 37, XIX, da CF/88 não é a fundação de direito
público, espécie do gênero autarquia. A norma posiciona a fundação ao lado das empresas
públicas e sociedades de economia mista, isto é, entre as pessoas jurídicas de direito privado,
cuja criação cabe à lei específica somente autorizar.
Desse modo, o ordenamento brasileiro reconhece a possibilidade de o Estado, ao criar uma
fundação, escolher livremente entre a instituição de fundação pública, espécie do gênero
autarquia, dotada de personalidade jurídica de direito público, ou optar pela criação de
fundação governamental com regime de direito privado.
As fundações governamentais de direito privado são pessoas jurídicas de direito privado,
criadas via autorização legislativa, por meio de escritura pública, tendo estatuto próprio, e
instituídas mediante a afetação de um acervo de bens a determinada finalidade pública.
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Exemplo: Fundação Padre Anchieta, fundação governamental do Estado de São Paulo
mantenedora da Rádio e TV Cultura.
Um maior detalhamento normativo sobre as formas de atuação das fundações
governamentais de direito privado tornou-se imprescindível para esclarecimento das
incertezas em torno do polêmico instituto. Nesse sentido, a própria redação do art. 37, XIX,
da Constituição Federal faz referência à necessidade de promulgação de lei complementar
para definir as áreas de sua atuação.
Pra te ajudar, vou esquematizar as diferenças existentes entre fundações públicas e
fundações governamentais de direito privado.
São extintas por lei específica São extintas com a baixa em cartório
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1.8 Estatuto Jurídico das Empresa Estatais (Lei n. 13.303/2016)
Muito bem. Agora nós vamos conhecer a nova lei federal que rege as empresas públicas,
sociedades de economia mista e subsidiárias, a Lei 13.303/16, conhecida com Estatuto das
Empresas Estatais. O Estatuto foi aprovado para regulamentar o art. 173, § 1º, da CF/88,
segundo o qual:
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Outro avanço importante consta do art. 8º, que define requisitos mínimos de transparência
para empresas públicas e sociedades de economia mista:
I – elaboração de carta anual, subscrita pelos membros do Conselho de Administração,
com a explicitação dos compromissos de consecução de objetivos de políticas públicas
pela empresa pública, pela sociedade de economia mista e por suas subsidiárias, em
atendimento ao interesse coletivo ou ao imperativo de segurança nacional que
justificou a autorização para suas respectivas criações, com definição clara dos recursos
a serem empregados para esse fim, bem como dos impactos econômico-financeiros da
consecução desses objetivos, mensuráveis por meio de indicadores objetivos;
II – adequação de seu estatuto social à autorização legislativa de sua criação;
III – divulgação tempestiva e atualizada de informações relevantes, em especial as
relativas a atividades desenvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados
econômico-financeiros, comentários dos administradores sobre o desempenho,
políticas e práticas de governança corporativa e descrição da composição e da
remuneração da administração;
IV – elaboração e divulgação de política de divulgação de informações, em
conformidade com a legislação em vigor e com as melhores práticas;
V – elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz do interesse público que
justificou a criação da empresa pública ou da sociedade de economia mista;
VI – divulgação, em nota explicativa às demonstrações financeiras, dos dados
operacionais e financeiros das atividades relacionadas à consecução dos fins de
interesse coletivo ou de segurança nacional;
VII – elaboração e divulgação da política de transações com partes relacionadas, em
conformidade com os requisitos de competitividade, conformidade, transparência,
equidade e comutatividade, que deverá ser revista, no mínimo, anualmente e aprovada
pelo Conselho de Administração;
VIII – ampla divulgação, ao público em geral, de carta anual de governança corporativa,
que consolide em um único documento escrito, em linguagem clara e direta, as
informações de que trata o inciso III;
IX – divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade.
Preste muita atenção nessa dica: A mais importante novidade trazida pela Lei
13303/16 reside nos requisitos fixados para nomeação de dirigentes nas empresas
estatais, inovação constante do art. 17 do Estatuto. Conforme explico logo abaixo,
agora para ser nomeado dirigente de estatal são necessárias experiência
comprovada no setor e formação superior compatível com o cargo. Com isso, o
legislador promove uma muito bem-vinda redução na discricionariedade nessas
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nomeações, que passam (em tese, rs) a ser pautadas mais por critérios técnicos
do que por interesses político-partidários.
Mas as novidades do Estatuto não se resumem à nomeação dos dirigentes. Houve também
expressivas mudanças em matéria de licitação e contratos.
A Lei 13.303/2016 criou um sistema especial para as empresas públicas e sociedades de
economia mista, inspirado no Regime Diferenciado de Contratação – o RDC (Lei
12.462/2011).
Merecem destaque as seguintes inovações, derrogatórias do regime geral previsto na Lei n.
8.666/93:
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a) expressiva ampliação dos limites para contratação direta por dispensa de licitação: agora
os patamares de dispensa passam a ser de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para obras e serviços
de engenharia e R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para os demais objetos (art. 29, I e II). A
título de comparação, os limites normais previstos na Lei 8666/93 são de até R$ 33.000,00
(trinta e três mil reais) para obras e serviços de engenharia e até R$ 17.600,00 (dezessete mil
e seiscentos reais) para os demais objetos (art. 24, I e II, da Lei 8666/93);
Os novos patamares fixados pela Lei 13303/11 para a contratação direta nas
empresas estatais por dispensa de licitação promoveram um aumento de mais de
três vezes nos limites gerais previstos no art. 24, I e II, da Lei 8666/93. Vale a pena
reforçar então os novos valores: até R$ 100.000,00 (cem mil reais) para obras e
serviços de engenharia e até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para os demais
objetos.
A Lei 13.303/2016 revogou expressamente o art. 67 da Lei Geral do Petróleo (Lei n. 9.478/97),
que previa um procedimento licitatório simplificado aplicável somente à Petrobras. Pela
mesma razão, o Decreto n. 2.745/98, que regulamentou o referido procedimento, perdeu o
objeto. Com isso, a Petrobras está sujeita ao regime da Lei n. 13.303/2016, juntamente com
todas as demais empresas estatais federais, estaduais, distritais e municipais.
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