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SOBRE ESTE MATERIAL
Olá, tudo bem com você? Este é um material exclusivo da Escola do Mazza
(www.escoladomazza.com.br), feito com muito carinho para você.
Este e-book é parte do conteúdo dos meus cursos na Escola.
O objetivo deste material é oferecer uma base sólida em Direito Administrativo para sua
aprovação nos concursos públicos mais concorridos do Brasil.
Estude direitinho porque este e-book esgota completamente o assunto de que ele trata e
você nunca mais vai errar nada nesse tema, seja qual for o concurso que deseja prestar
O Direito Administrativo costuma ser uma das maiores disciplinas dos editais e, por várias
razões, os candidatos temem nossa matéria. Mas não será o seu caso. Vamos trabalhar um
conteúdo bastante completo e profundo, como você nunca viu, mas de forma bastante
didática, resolvendo seu problema com a matéria.
Não são poucos os obstáculos que uma preparação em altíssimo nível em Direito
Administrativo apresenta: falta de um código sistematizando a disciplina, diplomas
normativos caóticos e de má qualidade, divergência doutrinária, jurisprudência confusa.
Isso sem falar que você ainda tem todas as demais matérias para estudar. Não é fácil. Mas
vou te ajudar.
O ponto de partida para construção dos meus materiais é sempre o que tem sido perguntado
recentemente pelas bancas. Meu objetivo é que você passe rapidamente no concurso dos
seus sonhos estudando o essencial e indispensável para atingir esse objetivo. Não precisa
saber tudo, nem aprofundar exageradamente como se fosse uma pós-graduação, mas tem
que saber exatamente o que cai na prova. E quanto a isso não se preocupe porque essa é a
minha parte.
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meus 100% oferecendo um conteúdo incrível e focado na sua aprovação.
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Eu PRECISO QUE VOCÊ PASSE.
Outra coisa: fiz esse material gratuito com muito carinho pra você, ele é seu. Preciso que
você repasse este material aos seus amigos que também precisam ser aprovados. Pode
circular este e-book à vontade, pra mim isso será excelente pra divulgar meu trabalho.
Obrigado
Mazza
Instagram: @professorMazza
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QUEM SOU EU
Eu sou Alexandre Mazza, tenho 44 anos. Sou casado com a Tatiana, que é Procuradora do
Estado/SP, e temos duas filhas, a Duda (12) e a Luísa (8).
Sou bacharel (1998), Mestre (2003) e Doutor (2009) em Direito Administrativo pela PUC/SP,
tendo como orientador no Mestrado e Doutorado o Professor Celso Antônio Bandeira de
Mello. Tive também o privilégio de estudar no exterior fazendo meu Pós-Doutorado em
Coimbra (2018) e Salamanca (em conclusão). No meu Mestrado escrevi sobre o Regime
Jurídico das Agências Reguladoras; no Doutorado defendi a tese sobre a Relação Jurídica de
Administração Pública, ambos trabalhos publicados em livro pelas Editoras Malheiros e
Saraiva, respectivamente.
No Pós-Doutorado em Coimbra/Portugal pesquisei sobre a intersecção entre Direito
Administrativo e a teoria dos Direitos Humanos, sustentando que todas as decisões da
Administração Pública contrárias aos Direitos Humanos são juridicamente inexistentes
autorizando desobediência civil pelos particulares. Em Salamanca/Espanha, minhas
pesquisas são sobre Direito Administrativo na perspectiva dos direitos sociais.
Embora eu tenha me dedicado bastante à formação acadêmica, minha grande paixão sempre
foi dar aula. Logo que me formei em 1998, um mês depois eu já era professor de cursinho.
Todo o restante da minha vida profissional – como livros, palestras, pesquisas,
aperfeiçoamento – surgiu em função das minhas aulas e dos alunos. Meu objetivo central é
ser um professor cada vez melhor, ensinando os temas mais sofisticados de maneira clara e
objetiva.
Tenho cerca de 20 livros publicados, sendo os mais conhecidos o Manual de Direito
Administrativo e o Manual de Direito Tributário, ambos pela Editora Saraiva, feitos para
aprovação em concursos públicos.
É importante te dizer isso: sempre dei aula em cursinho. Há 20 anos essa é minha maior
paixão: ajudar os alunos a conseguir aprovação nos concursos mais concorridos do Brasil. E
quero te ajudar também!
Exerci algumas outras atividades na área jurídica: fui assessor parlamentar do Presidente da
Câmara Municipal de São Paulo; advoguei dando consultoria a um grande escritório na área
de contratos de infraestrutura; já dei centenas de palestras em praticamente todos os
Estados brasileiros (só faltam 3 para fechar o Brasil todo!). Mas eu gosto mesmo é de dar
aula.
Nos últimos anos tenho investido também na utilização de estratégias diferenciadas para
memorização de conteúdo jurídico, como audiolivros, paródias jurídicas, além do uso
intensivo das redes sociais para difundir gratuitamente conteúdo a alunos de todo Brasil.
Conte sempre comigo,
Eu PRECISO QUE VOCÊ PASSE!

Abs,
do seu professor de Direito Administrativo,
Alexandre Mazza

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1. EMPRESAS ESTATAIS

Agora que já estudamos as pessoas jurídicas de direito público e as personificações


contratuais, faltam as entidades de direito privado integrantes da Administração Indireta.
Vamos juntos.
Denominam-se empresas estatais as pessoas jurídicas de direito privado não fundacionais
integrantes da Administração Pública Indireta. São elas:

a) empresas públicas;
b) sociedades de economia mista;
c) subsidiárias.

Desse modo, o nome “empresas estatais” designa um gênero de entidades estatais regidas
predominantemente pelo direito privado.

A prova da Magistratura do Tocantins/2007 considerou INCORRETA a assertiva:


“As empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade
econômica em regime de monopólio submetem-se ao regime jurídico próprio das
empresas privadas”.
COMENTÁRIO: A banca considerou incorreta a assertiva porque empresas públicas
e sociedades de economia mista têm regime predominantemente privado, mas
sujeito a algumas regras de direito público como, por exemplo, dever de licitar,
realização de concurso público e controle pelos tribunais de contas. Não se trata,
desse modo, de um regime igual ao das empresas privadas

Embora possuem diferentes entre si, empresas públicas, sociedades de economia mista e
subsidiárias têm em comum as seguintes características:
a) controle pelos Tribunais de Contas, Poder Legislativo e Judiciário;
b) dever de realizar licitação. Cabe ressaltar, porém, que as empresas estatais
exploradoras de atividade econômica não precisam licitar para a contratação de bens e
serviços vinculados às suas atividades finalísticas, sob pena de inviabilizar a sua força
competitiva;
c) contratação de pessoal via concurso público;
d) proibição de acumulação de cargos, empregos ou funções públicas;

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e) pessoal sujeito a regime celetista de emprego público, com exceção dos dirigentes,
sujeitos ao regime comissionado (empregos “de confiança”);
f) remuneração dos empregados não sujeita ao teto constitucional, exceto se
receberem recursos públicos para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
geral;
g) segundo o STF é inconstitucional a exigência de aprovação prévia, no âmbito do Poder
Legislativo, como requisito para nomeação de seus dirigentes pelo Chefe do Executivo;
h) não se sujeitam ao regime falimentar (art. 2º, I, da Lei n. 11.101/2005).

1.1 Empresas públicas

As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração


Indireta, criadas mediante autorização legislativa, com totalidade de capital público e regime
organizacional livre.
Exemplos: Caixa Econômica Federal (CEF), Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT),
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
(Infraero).
O art. 5º, II, do Decreto-Lei n. 200/67 conceito empresas públicas como: “entidades dotadas
de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da
União, criadas por lei para exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a
exercer por força de contingência, ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se
de quaisquer das formas admitidas em direito”.
Segundo a doutrina, o conceito de empresa pública do Decreto-Lei n. 200 contém três erros
principais:
a) “capital exclusivo da União”: o capital da empresa pública deve ser exclusivamente
público, podendo sua origem ser federal, distrital, estadual ou municipal;

Veja como a prova da Defensoria Pública/BA elaborada pelo Cespe considerou


CORRETA a afirmação corrigindo o equívoco conceitual do DL 200/67: “O capital
das empresas públicas é totalmente público, podendo pertencer a diversos entes
públicos”.

b) “criadas por lei”: nos termos do art. 37, XIX, da CF/88, as empresas públicas e sociedades
de economia mista não são criadas por lei, mas “autorizadas por lei específica”;

Perceba que a prova da Magistratura/GO considerou ERRADA a assertiva que


contempla o conceito do DL/200: “A empresa pública da União é pessoa jurídica

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de Direito Privado, criada por lei específica mediante proposta do Presidente da
República”.

c) “para exploração de atividade econômica”: empresas públicas podem explorar atividade


econômica (como a Caixa Econômica Federal) ou prestar serviço público (como os Correios).
Por todas essas razões, é preciso tomar muito cuidado com o conceito legislativo de empresa
pública do DL 200/67 já que está evidentemente desatualizado.

1.1.1 Regime jurídico

O regime jurídico das empresas públicas possui as seguintes características fundamentais:


a) criação autorizada por lei específica: nos termos do art. 37, XIX, da CF a instituição
autorizada por lei específica envolve três fases: 1) promulgação de lei autorizadora; 2)
emanação de decreto regulamentando a lei; 3) registro dos atos institutivos em cartório ou
na Junta Comercial. Isso decorre do art. 45 do Código Civil: “começa a existência legal das
pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro,
precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-
se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo”. Pela mesma razão, a
extinção de empresa pública segue semelhante procedimento: 1) lei autorizando; 2) decreto
regulamentando a extinção; 3) baixa dos atos institutivos no registro competente;
b) totalidade de capital público: nas empresas públicas não existe dinheiro privado
integrando o capital social;
c) forma organizacional livre: nos termos do art. 5º do Decreto-Lei n. 200/67, a estrutura
organizacional das empresas públicas pode adotar qualquer forma societária admitida pelo
Direito Empresarial, tais como sociedade anônima, limitada etc;
d) competência da Justiça Federal: de acordo com o art. 109 da CF/88, compete à Justiça
Federal julgar as causas de interesse da União, entidade autárquica ou empresa pública
federal. No caso das empresas públicas distritais, estaduais ou municipais, em regra, as
demandas são de competência das varas especializadas da Fazenda Pública na justiça comum
estadual.

1.2 Sociedades de economia mista

São pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Indireta, criadas


mediante autorização legislativa, tendo controle societário nas mãos do Estado (maioria do
capital votante) e organizadas obrigatoriamente como sociedades anônimas.
Exemplos: Petrobras, Banco do Brasil, Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô),
Telebras, Eletrobras e Furnas.
O art. 5º, III, do Decreto-Lei 200/67 conceitua sociedade de economia mista como:
“a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com

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direito a voto pertençam em sua maioria à União ou à entidade da Administração
Indireta”.
O conceito de sociedade de economia mista contido no Decreto-Lei 200/67 contém duas
impropriedades: são criadas mediante autorização legislativa (e não por lei); podem prestar
serviços públicos (além da exploração de atividade econômica).
Além disso, quando o DL 200/67 afirma que a maioria do capital votante pertence à União ou
entidade da Administração Indireta, está restringindo o conceito às sociedades de economia
mista federais.
Por óbvio, as sociedades de economia mista estaduais, distritais ou municipais têm maioria
do capital votante pertencendo aos Estados, Distrito Federal e Municípios, respectivamente,
ou às respectivas entidades descentralizadas.

1.2.1 Regime jurídico

As sociedades de economia mista têm as seguintes peculiaridades em seu regime jurídico:


a) criação autorizada por lei: a personalidade nasce somente com o registro dos atos
constitutivos em cartório, assim como ocorre com as empresas públicas, não sendo criadas
diretamente pela lei;
b) controle societário estatal: pelo menos 50% mais uma das ações com direito a voto devem
permanecer com o Estado. Mas não basta isso. Para ser sociedade de economia mista é
obrigatória a presença minoritária de capital votante privado. No que diz respeito às ações
sem direito a voto, a legislação não faz qualquer exigência em relação aos seus detentores,
podendo inclusive todas pertencer à iniciativa privada. Na hipótese de o Estado possuir
minoria do capital votante, estaremos diante de empresa privada com participação estatal,
entidade não pertence à Administração Pública;
c) estrutura organizacional de sociedade anônima: por exigência legal, as sociedades de
economia devem ser estruturadas como S/As;
d) competência da justiça comum estadual: as sociedades de economia mista, mesmo as
federais, têm suas causas decididas pela justiça estadual (art. 109 da CF).

A prova da Magistratura/PR considerou ERRADA a assertiva: “É competente a


Justiça Federal para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista
cujo acionista controlador seja a União Federal”.
COMENTÁRIO: A afirmação está errada porque a CF/88 atribuiu à Justiça Comum
Estadual a competência para decidir causas das sociedades de economia mista
federais. Na verdade, são as únicas entidades que integram a Administração
Pública Federal que foram subtraídas da competência da Justiça Federal

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Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Conceito: art. 5º, II, do DL 200/67 Conceito: art. 5º, III, do DL 200/67

PJ de direito privado PJ de direito privado

Integra a Administração Indireta Integra a Administração Indireta

Todo capital estatal Controle societário estatal

Forma livre Sociedade Anônima

As federais têm causas julgadas perante a Justiça


Competência da Justiça Comum Estadual
Federal

As estaduais, distritais e municipais têm causas As estaduais, distritais e municipais têm causas
julgadas, como regra, em Varas da Fazenda Pública julgadas em Varas Cíveis

1.3 Demais características das estatais

As outras características das empresas públicas e sociedades de economia mista dependem


da atividade preponderante da entidade:
1) prestadoras de serviço público: imunes a impostos; seus bens são públicos
(impenhoráveis, inalienáveis, imprescritíveis e não-oneráveis); responsabilidade objetiva
(sem culpa ou dolo); execução por precatórios; a entidade federativa é responsável
subsidiária pelas condenações indenizatórias; sujeitas à impetração de mandado de
segurança; maior influência do Direito Administrativo. Exemplos: Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos – ECT e Metrô/SP.

A prova da Procuradoria da República considerou INCORRETA a assertiva: “Os bens


das empresas públicas prestadoras de serviços públicos estão sempre sujeitos a
penhora”.
COMENTÁRIO: Está incorreta porque os bens das estatais prestadoras de serviços
públicos são impenhoráveis, como no caso da ECT e do Metrô/SP.

2) exploradoras de atividade econômica: sem imunidade tributária; bens privados;


responsabilidade subjetiva (exige prova de culpa ou dolo); execução comum (sem
precatório); o Ente Federativo não é responsável por garantir o pagamento da indenização;
não se sujeitam à impetração de mandado de segurança contra atos relacionados à sua
atividade-fim; menor influência do Direito Administrativo. Exemplos: Banco do Brasil e
Petrobras.

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As estatais de direito privado (empresas públicas, sociedades de economia mista
e subsidiárias) nunca são titulares de serviço público. Ao contrário do que ocorre
com as PJs de direito públicos, as PJs de direito privado prestadoras de serviço
público recebem da lei delegação da prestação, e não do serviço público em si.
Assim, por exemplo, os Correios têm titularidade da prestação do serviço postal,
mas a titularidade do serviço postal pertence à União.

Prestadoras de Serviços Exploradoras de Atividade Econômica

Imunes a impostos Sem imunidade

Bens públicos Bens privados

Responsabilidade objetiva Responsabilidade subjetiva

Execução por precatório Execução comum

Ente Federativo não tem responsabilidade pelos


Ente Federativo responde subsidiariamente
danos causados

Sujeitam-se à impetração de Mandado Não se sujeitam à impetração de Mandado de


Segurança contra atos relacionados à sua atividade-
de Segurança fim

Maior influência do Direito Administrativo Menor influência do Direito Administrativo

Obrigadas a licitar, exceto para bens e serviços


Obrigadas a licitar
relacionados com suas atividades finalísticas

1.4 Subsidiárias e controladas

As subsidiárias são pessoas jurídicas estatais de direito privado criadas para integrar um
grupo empresarial encabeçado por outra estatal (holding ou empresa-matriz). Um excelente
exemplo é a Petrobras. Atualmente, a Petrobras possui dezenas de empresas subsidiárias a
ela vinculadas, com destaque para:
a) Transpetro;
b) Petrobras Distribuidora;
c) Petroquisa;
d) Petrobras Biocombustível;
e) Gaspetro.

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Assim, as subsidiárias são especializações dentro das especializações na medida em que
exercem atividades especializadas na área de atuação de uma controladora estatal (também
especialista em determinado setor).
A Transpetro, por exemplo, é especializada em transportes no grupo Petrobras (especialista
na indústria do petróleo).
Evidenciando que as subsidiárias também integram a Administração Pública, o art. 37, XX, da
CF/88 disciplina a sua forma de criação:
“depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas
em empresa privada”.
De acordo com entendimento do STF é dispensável autorização legislativa específica para a
criação de empresa subsidiária, bastando previsão geral na lei da estatal primária (matriz)
autorizando que sejam criadas novas subsidiárias (ADIn 1.649/DF).

A prova de Advogado da Casan elaborada pela AOCP considerou CORRETA a


afirmação: “A criação de subsidiárias pelas empresas públicas e sociedades de
economia mista, bem como sua participação em empresas privadas, depende de
autorização legislativa, exceto se já houver previsão para esse fim na própria lei
que instituiu a empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei
criadora é a própria medida autorizadora”.

As empresas subsidiárias integram a Administração Pública indireta com a qualidade de


empresas públicas ou sociedades de economia mista, conforme estabelecido em seus atos
institutivos.

A prova de Defensor Público/PR elaborada pela FCC considerou ERRADA a


afirmação: “São entes da Administração Indireta as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista, e as subsidiárias
destas duas últimas. As subsidiárias não dependem de autorização legislativa
justamente por integrarem a Administração Pública Indireta”.
COMENTÁRIO: A afirmativa está errada porque é necessária autorização legislativa
para criar subsidiárias, mas basta autorização geral da lei da estatal primária.
Havendo a autorização geral, está dispensada uma nova autorização por lei
específica para cada nova entidade

Subsidiárias não devem ser confundidas com as controladas.


Empresas controladas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas fora da estrutura
estatal, mas adquiridas integralmente ou com parcela de seu capital social assumido por
empresa estatal. Como são criadas por particulares, sem qualquer necessidade de
autorização legal, as controladas não integram a Administração Pública.

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Exemplo: a Agip do Brasil hoje é empresa controlada pela Petrobras.
Segue abaixo interessante quadro ilustrando o número e o tipo de empresas estatais
atualmente existentes em âmbito federal1:

As 88 subsidiárias acima indicadas são vinculadas e controladas por seis estatais (Petrobras,
Eletrobras, Banco do Brasil, BNDES, CEF e ECT). As outras 46 são empresas estatais (empresas
públicas e sociedades de economia mista) diretamente vinculadas à União (não são
subsidiárias). Dessas, 18 são estatais dependentes do Tesouro (não podem remunerar seus

1
Fonte: site Migalhas no endereço https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI303892,81042-
STF+Governo+pode+privatizar+subsidiarias+de+estatais+sem+licitacao+e

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dirigentes acima do teto constitucional: art. 37, § 9o, da CF) 2. Enquanto que 28 estatais
federais são “não-dependentes” do Tesouro Nacional, ou seja, sustentam-se com o próprio
negócio (não se sujeitam ao teto constitucional previsto no art. 37, § 9o, da CF).

1.5 Autorização legislativa e licitação para alienação do controle societário das


estatais

Em 6/6/2019, no julgamento conjunto das ADIs ADIns 5.624, 5.846, 5.924, e 6.029, o STF
firmou a orientação no sentido que a alienação do controle societário das empresas públicas
e sociedades de economia mista exige autorização legislativa e licitação.
Quanto à alienação do controle de subsidiárias e controladas, porém, a operação pode ser
realizada sem necessidade de autorização legislativa e sem licitação, desde que siga
procedimento que observe os princípios da administração pública, respeitada, sempre, a
exigência de necessária competitividade.

1.6 Fundações governamentais de direito privado

Agora nós vamos tratar de um assunto controvertido: as fundações criadas pelo Estado mas
com regime de direito privado. Vamos juntos.
Existe uma polêmica doutrinária sobre a possibilidade de o Estado criar fundações com
personalidade jurídica de direito privado.
Celso Antônio Bandeira de Mello rejeita não aceita a instituição de fundações estatais
submetidas ao direito privado, pois a instituição delas seria uma manobra inconstitucional
para fugir dos controles impostos pelas regras de Direito Público. Segundo Bandeira de Mello,
as fundações estatais constituem espécie de autarquia, caracterizando-se, portanto, sempre
como pessoas jurídicas de direito público.
A corrente majoritária adotada em provas e concursos públicos, todavia, admite a
coexistência de fundações estatais tanto de direito público quanto de direito privado.
Nesse sentido, o art. 5º, IV, do DL 200/67 aceita as fundações governamentais de direito
privado ao conceituar fundação público como “a entidade dotada de personalidade jurídica
de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos
de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes”.
Além do conceito do DL 200/67, o art. 37, XIX, da Constituição Federal, também trata de
fundações estatais de direito privado:

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Art. 37, § 9º, da CF: “O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de
despesas de pessoal ou de custeio em geral”.

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“somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”.

Boa parte da controvérsia sobre as fundações estatais envolve problemas


terminológicos. É preciso tomar um cuidado redobrado com os nomes que usamos
para fazer referência às fundações criadas pelo Estado. Para o gênero fundacional
convém falar “fundações governamentais” ou “fundações estatais”, terminologias
que indicam a origem estatal mas não falam do regime aplicável. Os qualificativos
“públicas” ou “privadas” devem ser reservados para designar as espécies pois
indicam o regime jurídico. Fundações “públicas” só podem ser as de direito
público, enquanto que as fundações “privadas” são as regidas pelo direito privado.
Ainda assim, o nome “fundações privadas” causa confusão com as fundações
instituídas por particulares. Sempre melhor se referir às espécies como fundações
“de direito público” (ou “públicas”) e fundações “governamentais/estatais de
direito privado”. Perceba a imprecisão contida no DL 200/67 ao conceituar
fundação “pública” como pessoa jurídica de direito privado. Portanto, as
fundações podem ser particulares ou estatais. As fundações estatais são um
gênero que se divide em fundações públicas (de direito público) e fundações
governamentais de direito privado.

Fundações Particulares Fundações Estatais

1- Fundações públicas;
➢ Ex.: Procon
1- Fundação Roberto Marinho;
2- Fundações governamentais de direito privado;
➢ Ex.: Rede Globo.
➢ Ex.: Fundação Padre Anchieta – TV e
Rádio Cultura.

Perceba que a fundação de que fala o art. 37, XIX, da CF/88 não é a fundação de direito
público, espécie do gênero autarquia. A norma posiciona a fundação ao lado das empresas
públicas e sociedades de economia mista, isto é, entre as pessoas jurídicas de direito privado,
cuja criação cabe à lei específica somente autorizar.
Desse modo, o ordenamento brasileiro reconhece a possibilidade de o Estado, ao criar uma
fundação, escolher livremente entre a instituição de fundação pública, espécie do gênero
autarquia, dotada de personalidade jurídica de direito público, ou optar pela criação de
fundação governamental com regime de direito privado.
As fundações governamentais de direito privado são pessoas jurídicas de direito privado,
criadas via autorização legislativa, por meio de escritura pública, tendo estatuto próprio, e
instituídas mediante a afetação de um acervo de bens a determinada finalidade pública.

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Exemplo: Fundação Padre Anchieta, fundação governamental do Estado de São Paulo
mantenedora da Rádio e TV Cultura.
Um maior detalhamento normativo sobre as formas de atuação das fundações
governamentais de direito privado tornou-se imprescindível para esclarecimento das
incertezas em torno do polêmico instituto. Nesse sentido, a própria redação do art. 37, XIX,
da Constituição Federal faz referência à necessidade de promulgação de lei complementar
para definir as áreas de sua atuação.
Pra te ajudar, vou esquematizar as diferenças existentes entre fundações públicas e
fundações governamentais de direito privado.

Fundações Públicas Fundações Governamentais

Pessoas jurídicas de direito público Pessoas jurídicas de direito privado

Pertencem à Administração Pública Indireta Pertencem à Administração Pública Indireta

Criadas por lei específica Criadas por autorização legislativa

A personalidade jurídica surge com o registro dos


A personalidade jurídica surge com a entrada em atos constitutivos em cartório, após publicação de
vigor da lei instituidora lei autorizando e do decreto regulamentando a
instituição

São extintas por lei específica São extintas com a baixa em cartório

Espécie do gênero autarquia Categoria autônoma

Podem titularizar serviços públicos Não podem titularizar serviços públicos

1.7 Fundações de apoio

Denominam-se fundações de apoio as pessoas jurídicas de direito privado, instituídas sob a


forma de fundações privadas para auxiliar instituições federais de ensino superior e de
pesquisa científica e tecnológica. Sua atuação dá suporte a projetos de pesquisa, ensino,
extensão e desenvolvimento institucional, científico e tecnológico (art. 1º da Lei n. 8.958/94).
Como todas as entidades fundacionais, as fundações de apoio sujeitam-se à fiscalização do
Ministério Público. O regime de pessoal é trabalhista e seu funcionamento exige prévio
registro e credenciamento no Ministério da Educação e do Desporto e no Ministério da
Ciência e Tecnologia, renováveis bienalmente.
Nos termos do art. 24, XIII, da Lei n. 8.666/93), as fundações de apoio podem ser contratadas
por dispensa de licitação pelas instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica
e tecnológica.

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1.8 Estatuto Jurídico das Empresa Estatais (Lei n. 13.303/2016)

Muito bem. Agora nós vamos conhecer a nova lei federal que rege as empresas públicas,
sociedades de economia mista e subsidiárias, a Lei 13.303/16, conhecida com Estatuto das
Empresas Estatais. O Estatuto foi aprovado para regulamentar o art. 173, § 1º, da CF/88,
segundo o qual:

“§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de


economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os
princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a
participação de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores”

O Estatuto é aplicável a toda empresa pública, sociedade de economia mista e subsidiária da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, “ainda que a atividade econômica
esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços públicos”
(art. 1º).
Embora o art. 173, § 1º, da CF mencionasse o dever de criar um estatuto somente para as
empresas estatais exploradoras de atividade econômica, a Lei n. 13.303/2016 estendeu sua
abrangência e também para as prestadoras de serviços públicos, de todos os níveis
federativos.
Interessante que o Estatuto define empresa pública e sociedade de economia mista, de modo
muito mais rigoroso do que o antigo DL 200/67.
Para o Estatuto, empresa pública é “entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é
integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios”
(art. 3º).
Considera sociedade de economia mista “a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal,
aos Municípios ou a entidade da administração indireta” (art. 4º).

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Outro avanço importante consta do art. 8º, que define requisitos mínimos de transparência
para empresas públicas e sociedades de economia mista:
I – elaboração de carta anual, subscrita pelos membros do Conselho de Administração,
com a explicitação dos compromissos de consecução de objetivos de políticas públicas
pela empresa pública, pela sociedade de economia mista e por suas subsidiárias, em
atendimento ao interesse coletivo ou ao imperativo de segurança nacional que
justificou a autorização para suas respectivas criações, com definição clara dos recursos
a serem empregados para esse fim, bem como dos impactos econômico-financeiros da
consecução desses objetivos, mensuráveis por meio de indicadores objetivos;
II – adequação de seu estatuto social à autorização legislativa de sua criação;
III – divulgação tempestiva e atualizada de informações relevantes, em especial as
relativas a atividades desenvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados
econômico-financeiros, comentários dos administradores sobre o desempenho,
políticas e práticas de governança corporativa e descrição da composição e da
remuneração da administração;
IV – elaboração e divulgação de política de divulgação de informações, em
conformidade com a legislação em vigor e com as melhores práticas;
V – elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz do interesse público que
justificou a criação da empresa pública ou da sociedade de economia mista;
VI – divulgação, em nota explicativa às demonstrações financeiras, dos dados
operacionais e financeiros das atividades relacionadas à consecução dos fins de
interesse coletivo ou de segurança nacional;
VII – elaboração e divulgação da política de transações com partes relacionadas, em
conformidade com os requisitos de competitividade, conformidade, transparência,
equidade e comutatividade, que deverá ser revista, no mínimo, anualmente e aprovada
pelo Conselho de Administração;
VIII – ampla divulgação, ao público em geral, de carta anual de governança corporativa,
que consolide em um único documento escrito, em linguagem clara e direta, as
informações de que trata o inciso III;
IX – divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade.

Preste muita atenção nessa dica: A mais importante novidade trazida pela Lei
13303/16 reside nos requisitos fixados para nomeação de dirigentes nas empresas
estatais, inovação constante do art. 17 do Estatuto. Conforme explico logo abaixo,
agora para ser nomeado dirigente de estatal são necessárias experiência
comprovada no setor e formação superior compatível com o cargo. Com isso, o
legislador promove uma muito bem-vinda redução na discricionariedade nessas

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nomeações, que passam (em tese, rs) a ser pautadas mais por critérios técnicos
do que por interesses político-partidários.

A maior inovação trazida pelo Estatuto reside no estabelecimento de requisitos mais


rigorosos para nomeação dos dirigentes nas empresas estatais. Nos termos do art. 17, os
membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor, inclusive
presidente, diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação
ilibada e de notório conhecimento, devendo ser atendidos, alternativamente, um dos
requisitos das alíneas a, b e c do inciso I e, cumulativamente, os requisitos dos incisos II e III:
“I – ter experiência profissional de, no mínimo:
a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área de atuação da empresa pública ou
da sociedade de economia mista ou em área conexa àquela para a qual forem indicados
em função de direção superior; ou
b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos:
1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa de porte ou objeto social
semelhante ao da empresa pública ou da sociedade de economia mista, entendendo-se
como cargo de chefia superior aquele situado nos 2 (dois) níveis hierárquicos não
estatutários mais altos da empresa;
2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou superior, no setor
público;
3. cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação da empresa pública ou da
sociedade de economia mista;
c) 4 (quatro) anos de experiência como profissional liberal em atividade direta ou
indiretamente vinculada à área de atuação da empresa pública ou sociedade de
economia mista;
II – ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual foi indicado; e
III – não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas nas alíneas do inciso I
do caput do art. 1º da Lei Complementar n. 64, de 18 de maio de 1990”.

Mas as novidades do Estatuto não se resumem à nomeação dos dirigentes. Houve também
expressivas mudanças em matéria de licitação e contratos.
A Lei 13.303/2016 criou um sistema especial para as empresas públicas e sociedades de
economia mista, inspirado no Regime Diferenciado de Contratação – o RDC (Lei
12.462/2011).
Merecem destaque as seguintes inovações, derrogatórias do regime geral previsto na Lei n.
8.666/93:

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a) expressiva ampliação dos limites para contratação direta por dispensa de licitação: agora
os patamares de dispensa passam a ser de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para obras e serviços
de engenharia e R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para os demais objetos (art. 29, I e II). A
título de comparação, os limites normais previstos na Lei 8666/93 são de até R$ 33.000,00
(trinta e três mil reais) para obras e serviços de engenharia e até R$ 17.600,00 (dezessete mil
e seiscentos reais) para os demais objetos (art. 24, I e II, da Lei 8666/93);

Os novos patamares fixados pela Lei 13303/11 para a contratação direta nas
empresas estatais por dispensa de licitação promoveram um aumento de mais de
três vezes nos limites gerais previstos no art. 24, I e II, da Lei 8666/93. Vale a pena
reforçar então os novos valores: até R$ 100.000,00 (cem mil reais) para obras e
serviços de engenharia e até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para os demais
objetos.

b) procedimento licitatório divido em dez fases: I – preparação; II – divulgação; III –


apresentação de lances ou propostas, conforme o modo de disputa adotado; IV – julgamento;
V – verificação de efetividade dos lances ou propostas; VI – negociação; VII – habilitação; VIII
– interposição de recursos; IX – adjudicação do objeto; X – homologação do resultado ou
revogação do procedimento (art. 51);
c) inversão das fases naturais do certame, de modo que o julgamento das propostas sempre
antecede a habilitação;
d) ampliação dos critérios de julgamento do certame: I – menor preço; II – maior desconto;
III – melhor combinação de técnica e preço; IV – melhor técnica; V – melhor conteúdo
artístico; VI – maior oferta de preço; VII – maior retorno econômico; VIII – melhor destinação
de bens alienados (art. 54);
e) criação de quatro procedimentos auxiliares da licitação: I – pré-qualificação permanente;
II – cadastramento; III – sistema de registro de preços; IV – catálogo eletrônico de
padronização (art. 63).

1.9 Extinção do procedimento licitatório simplificado no âmbito da Petrobras

A Lei 13.303/2016 revogou expressamente o art. 67 da Lei Geral do Petróleo (Lei n. 9.478/97),
que previa um procedimento licitatório simplificado aplicável somente à Petrobras. Pela
mesma razão, o Decreto n. 2.745/98, que regulamentou o referido procedimento, perdeu o
objeto. Com isso, a Petrobras está sujeita ao regime da Lei n. 13.303/2016, juntamente com
todas as demais empresas estatais federais, estaduais, distritais e municipais.

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