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Programa Hospitais de Excelência a Serviço do SUS

Capacitação dos Profissionais de APH Móvel


(SAMU 192) e APH Fixo
Módulo : ORGANIZAÇÃO PARA O ATENDIMENTO A INCIDENTES COM
MULTIPLAS VÍTIMAS e DESASTRES

ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV:


TRIAGEM

Responsável: Enf. Marisa Amaro Malvestio


ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

PROGRAMA
Tema Aula Prática Atividade
Definição, classificação e identificação
1 - 1e2
de IMV
Organização da cena: Análise e
2 - 1e2
controle dos riscos
Organização da cena: Triagem 3 - 1e2
Organização da cena: Atendimento às
4 - 1
vítimas
Organização da cena: Regulação,
5 - 1e2
evacuação e transporte de vítimas
Aspectos especiais em IMV envolvendo
6 - -
PP
ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

OBJETIVOS
Ao final desta aula, o participante deverá ser capaz de:

• Conceituar o termo triagem quando aplicado a um IMV;

• Caracterizar os tipos de triagem em um IMV;

• Realizar a técnica de triagem de foco pelo método “START”.


ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

Organização da cena no IMV

É um desafio para as equipes de APH:


• Há muitos riscos inerentes;
• Múltiplas vítimas simultâneas;
• Múltiplos serviços envolvidos, e ;
• Recursos de resposta escassos.
É preciso otimizar
esses recursos!
Fonte: Google imagens
ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

Fonte:Arquivo pessoal.
Atender a múltiplas vítimas é muito diferente
de atender a 1 vítima apenas.
ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

Fonte: Google imagens


Se há recursos suficientes, Fonte: Google imagens

a vítima mais grave tem prioridade e


receberá intervenções conforme a necessidade.
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Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens

Se os recursos são insuficientes


é preciso considerar as necessidades de cuidado e as
possibilidades de tratamento e transporte no local.
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Fonte: Google imagens

Princípio-chave na resposta ao IMV:


Fazer o melhor para o maior número de vítimas !
...e com isso reduzir a morbidade e a mortalidade no IMV.
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Incidentes com Múltiplas Vítimas

Se os recursos são insuficientes,


é preciso priorizar as vítimas
mais graves e que se
beneficiarão do cuidado
possível.

Como determinar quais serão


as vítimas prioritárias ?

Fonte: Arquivo pessoal


ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

Triagem

Classificar

Selecionar

Separar

É uma tática que determina prioridades de ação.


ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

Triagem no IMV
Conceito

Fonte: Google imagens - SIMULAÇÃO

Classificação de vítimas conforme a gravidade


das lesões para atribuir as
prioridades de atendimento médico e de
transporte para o hospital.
NAEMT – PHTLS, 2007
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Triagem no IMV
Conceito

Fonte: Universidade Federal de São Paulo - SIMULAÇÃO

Avaliação rápida das condições clínicas das vítimas


para estabelecer prioridades de atendimento
médico.
Ministério da Saúde, 2006
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Triagem no IMV
Avaliação rápida

Classificar as vítimas

Selecionar por gravidade

Determinação de prioridades de atendimento e


transporte para o hospital (evacuação).
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Triagem no IMV
Modalidades

1. Triagem de Foco
2. Triagem no PMA
3. Triagem de Evacuação
4. Triagem no Hospital

Fonte: Google imagens


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TRIAGEM DE FOCO

Simulação IMV – Ônibus , São Paulo, 2008.


Fonte: Arquivo pessoal -
ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

Triagem de Foco
Quando realizar ?

Quando houver mais


vítimas que socorristas
disponíveis !

Fonte: Universidade Federal de São Paulo - SIMULAÇÃO

“Acima de 5 vítimas.”
Ministério da Saúde,2006
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Triagem de Foco
Para que realizar ?

Para estabelecer as
prioridades de:
 Retirada da zona
quente e;
 Posicionamento e
atendimento no
Posto Médico.
Fonte: Arquivo pessoal
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Triagem de Foco
Onde realizar ?

1a. Equipe no IMV deve:

• Organizar rápidas ações de


segurança e proteção;

• Organizar a cena em zonas ou


áreas de segurança.
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Triagem de Foco
Onde realizar ?

Zona Zona Zona


Quente Morna Fria
ZONA QUENTE
Triagem de foco ZONA FRIA
•Posto Médico
•Coordenação
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Exercício
IMV:
Desabamento do
telhado de igreja
São Paulo, 2008
Fonte: Google imagens
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Triagem de Foco
Quem ?
Zona Quente
• Cena insegura:
Somente equipes
treinadas e com EPI
devem entrar.
Ex.: Bombeiros.
• Cena segura:
Outros profissionais Fonte: Google imagens
treinados podem entrar
para realizar a triagem.
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Triagem de Foco
Quem ? Vítima presa à ferragens

Zona Quente
Cena insegura: Exceção
SAV entra o atendimento se :
• Equipes suficientes
(no PMA e transporte);
• Treinadas para o ambiente;
• EPI adequado;
• Autorizadas e solicitadas pelos
Bombeiros (controle da cena). Fonte: Universidade Federal de São Paulo - SIMULAÇÃO
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Triagem de Foco
Quando não realizar ?

Situações de extremo risco


que exijam retirada rápida
das vítimas para outro local
(seguro) onde serão triadas.

Ex.: Explosão, inundação, etc

Fonte: Google imagens


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Triagem de Foco
Como realizar ?

Precisamos de uma técnica-padrão !

•Simples e rápida
•Parâmetros clínicos
•Várias técnicas

•+ usada: FLUXOGRAMA START


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Triagem de Foco
Método START
Vítima Vermelha
• Método americano;
• Começa com a busca pelas Vítima Amarela
vítimas na cena;
• Aplicado a cada vítima; Vítima Verde
• Até 30 segundos/vitima;
• Classifica as vítimas em 4 Vítima Cinza ou
prioridades de atendimento Inviável
diferenciadas por cores.
Consegue andar ? Sim Verde
Método START
Não

Respira ?
Não Sim

FR <30 mrm FR >30 mrm


Respira após abertura de
vias aéreas ?
RC>2 seg ou RC<2 seg ou Vermelha
pulso radial pulso radial
ausente presente
Não Sim

Inviável Vermelha Vermelha Cumpre ordens simples ?


ou
Cinza Não Sim

Vermelha Amarela
ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

Vítima Vermelha
Apresenta :
• Alteração do nível de consciência e/ou;
• Respiração após abertura de vias aéreas ou;
• Dificuldade para respirar (taquipnéia) ou;
• Perfusão tecidual prejudicada ou ausência de pulso
radial;
• Alto risco para o óbito.
1ª prioridade no 1ª prioridade na
atendimento evacuação
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Vítima Amarela
Apresenta :
• Incapacidade para andar;
• Frequência ventilatória dentro da normalidade;
• Enchimento capilar normal e/ou pulso radial presente;
• Capacidade para cumprir ordens simples;
• Baixo risco para o óbito imediato.

2ª prioridade no 2ª prioridade na
atendimento evacuação
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Vítima Verde

Apresenta :
• Capacidade para andar;
• Ausência de sinais de risco de morte imediato;
• Baixo risco para o óbito imediato, mas não são
isentas de lesão.

3ª prioridade no 3ª prioridade na
atendimento evacuação
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Vítima Cinza ou
Inviável
Apresenta :
• Ausência de respiração apesar da abertura de vias
aéreas;
• Sinais de morte óbvia;
• Baixas chances de sobrevivência;
• Serão abordadas quando o número de profissionais
for suficiente para o atendimento às vítimas.
Última prioridade no Última prioridade na
atendimento evacuação
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Triagem de Foco
Método START

• Parâmetros fisiológicos:
 Via aérea e Respiração
 Circulação
 Nível de Consciência
• Permite rápida avaliação
clínica para a classificação
da prioridade.
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Triagem de Foco
Método START

As intervenções limitadas :
 Breve orientação
 Compressão de
hemorragias
 Abertura de VAS.
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Método START

Como identificar as
Vítimas por cores ?

Qualquer referência
visual rápida:

• Cartões;
• Pulseiras;
• Fitas;
• o possível !
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ASPECTOS ESSENCIAIS

• A importância da aplicação da triagem nas diferentes fases


de em um IMV, principalmente a triagem de foco;

• Detalhamento do fluxograma START para triagem de foco;


ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

Referências Bibliográficas

- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Especializada. Regulação Médica das Urgências. Brasília. Editora do
Ministério da Saúde, 2006.

- Brasil. Ministério da Integração Social. Secretaria Nacional de Defesa Civil.


Departamento de Atenção Especializada. Manual de Medicina de Desastres.
Vol. 1. Brasília. 2007.

- Comitê do PHTLS da National Association of Emergency Medical Technicians


(NAEMT) em cooperação com o Comitê de Trauma do Colégio Americano de
Cirurgiões. Atendimento Pré-hospitalar ao Traumatizado : básico e avançado.
Rio de Janeiro (RJ) : 2007.
ORGANIZAÇÃO DA CENA NO IMV: TRIAGEM

Referências Bibliográficas

- Souza, RMC, Calil AM, Paranhos WY, Malvestio MAA. Atuação no Trauma-
Uma abordagem para enfermagem. 1ª ed. São Paulo: Editora Atheneu; 2009.

- Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Divisão Técnica de


Fiscalização, Comunicação e Informação. SAMU 192. Protocolos de
Atendimento Pré-hospitalar em Suporte Básico de Vida. 6a.Revisão. 2008.

- Mantovani, M. Suporte Básico e Avançado de vida no trauma. 1ª ed. São


Paulo: Editora Atheneu; 2005.
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