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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO MANUAL

TERMINOLOGIA ESPECÍFICA UTILIZADA NESTE MANUAL

1 ROTEIRO DE FISCALIZAÇÃO
1.1 Planejamento da Fiscalização
1.2 Envio de Ofício à Concessionária
1.3 Dados e Documentos Solicitados pela ANEEL
1.4 Análise das Informações Recebidas
1.5 Elaboração do Plano de Ação
1.6 Execução da Fiscalização
1.6.1 Apresentação da equipe de fiscalização
1.6.2 Apresentação da concessionária
1.6.3 Detalhamento da agenda
1.6.4 Execução da fiscalização
1.6.5 Encerramento da fiscalização
1.7 Elaboração do Relatório de Fiscalização
1.8 Encaminhamento do Relatório à Concessionária
1.9 Acompanhamento das Manifestações da
Concessionária e Emissão de Pareceres
1.10 Conclusão do Processo de Fiscalização

2. PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO


DE ENERGIA ELÉTRICA
2.1 Atendimento a Pedido de Ligação
2.2 Classificação e Cadastro
2.3 Unidade Consumidora Residencial
Baixa Renda
2.4 Atendimento a Consumidores
2.4.1 Para o atendimento nas agências
2.4.2 Para o teleatendimento
2.4.3 Para o atendimento por meio telefônico
2.5 Leitura de Medidores e Faturamento
2.5.1 Calendário de leitura e de faturamento
2.5.2 Leitura
2.5.3 Faturamento
2.6 Arrecadação
2.7 Faturas de Energia
2.8 Suspensão do Fornecimento e Religação
2.9 Ressarcimento por Danos
2.10 Fraude de Energia
2.11 Revisões de Faturamento (Não Atribuíveis a Fraudes)
2.12 Conselho de Consumidores
2.13 Opções de Faturamento
2.14 Cobrança dos Serviços
2.15 CLigações temporárias e
Fornecimentos Precários
2.16 Contratos de Fornecimento
2.16.1 Contrato de adesão por consumidor do grupo B
2.16.2 Contrato com consumidor do grupo A
2.17 Campanhas de Eficientização do Uso da Energia Elétrica
2.18 Iluminação Pública
2.19 Medição
2.20 Responsabilidade da Concessionária
3 PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DA QUALIDADE
DO FORNECIMENTO
3.1 Configuração do Sistema Elétrico da Distribuição
3.2 Suprimento de Energia Elétrica
3.3 Sistema de Distribuição
3.3.1 Sistema de distribuição (alta tensão-AT)
3.3.1.1 Planejamento da expansão
3.3.1.2 Operação
3.3.1.3 Manutenção de linhas e subestações
3.3.1.4 Proteção
3.3.1.5 Sistemas de supervisão e controle
3.3.1.6 Centros de manutenções e laboratórios
3.3.2 Sistema de distribuição
(média e baixa tensão - MT/BT)
3.3.2.1 Planejamento
3.3.2.2 Operação de distemas de distribuição (MT/BT)
3.3.2.3 Manutenção de sistemas de
distribuição (MT/BT)
3.3.2.4 Qualidade do fornecimento
3.3.2.5 Engenharia de distribuição (MT/BT)

4 PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DOS PROGRAMAS


ESPECIAIS E OUTROS
4.1 Programa Anual de Combate ao
Desperdício de Energia Elétrica - PACDEE
4.2 Programas de Pesquisa e Desenvolvimento
Tecnológico - P&D
4.3 Programa de Eletrificação Rural
4.4 Segurança
4.5 Aspectos Ambientais
4.6 Sistema ANEEL de Monitoração
da Qualidade da Energia Elétrica

5 ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO


DE FISCALIZAÇÃO
5.1 Cadastramento do SIGEFIS
5.2 Encaminhamento do Relatório à Concessionária
5.3 Acompanhamento das Manifestações e Emissão
de Pareceres

LISTA DE ANEXOS

Anexo I - CONDUTA DA EQUIPE DE FISCALIZAÇÃO


Anexo II - MODELOS DE OFÍCIO DE COMUNICAÇÃO À CONCESSIONÁRIA
E DE NOTA TÉCNICA

Anexo III - DADOS E DOCUMENTOS NECESSÁRIOS À FISCALIZAÇÃO

Anexo IV - AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA

Anexo V - TABELA DE AMOSTRAGEM E TERMO DE NOTIFICAÇÃO

Anexo VI - FORMULÁRIOS DIVERSOS

Anexo VII - CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DA RESOLUÇÃO Nº 24


Em 2001, a Agência iniciou a implantação do sistema definitivo, com a instalação de 5 mil unidades
em oito distribuidoras. Até 2003, deverão estar instalados cerca de 24 mil equipamentos em todas as
concessionárias.

As fiscalizações in loco são o objeto deste manual. Ele está dividido em cinco módulos e apresenta a
metodologia a ser utilizada pelos agentes executores da fiscalização, fornece a orientação para a seleção de
amostras e para a coleta de dados e informações e indica os aspectos principais a serem verificados no
processo de fiscalização da prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica, conforme
estabelece a legislação vigente.

O módulo 1, Roteiro de Fiscalização, fornece as orientações a serem seguidas na execução da


fiscalização, envolvendo todas as etapas desde o seu planejamento até a emissão de pareceres.

O módulo 2, Procedimentos de Fiscalização da Comercialização de Energia, indica o processo de


avaliação dos procedimentos comerciais, dos sistemas de atendimento, de faturamento e arrecadação, de
medição e da qualidade do atendimento ao consumidor.

O módulo 3, Procedimentos de Fiscalização da Qualidade do Fornecimento, mostra o processo de


avaliação dos procedimentos nas áreas técnicas, responsáveis pela qualidade do fornecimento da energia
elétrica.

O módulo 4, Procedimentos de Fiscalização de Programas Especiais e Outros, apresenta o


processo de avaliação dos procedimentos em programas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico,
programas de combate ao desperdício de energia elétrica, eletrificação rural, segurança e em aspectos
ambientais.

O Módulo 5, Procedimentos de Elaboração e Encaminhamento de Relatório e Acompanhamento das


Manifestações da Concessionária, orienta a fase de confecção do relatório e o seu encaminhamento até a
conclusão da fiscalização.
TERMINOLOGIA ESPECÍFICA UTILIZADA NESTE MANUAL

Visando uniformizar e facilitar o entendimento do usuário, são apresentadas definições de termos


utilizados neste manual.

Concessionária ou Permissionária

Agente titular de concessão ou permissão federal para explorar a prestação de serviço público de
energia elétrica.

Constatação

Descrição de procedimento(s) ou fato(s) provenientes de ações da concessionária inerentes à


prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica.

Consumidor

Pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, que solicitar à
concessionária o fornecimento de energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas
e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamentos da ANEEL, assim vinculando-se aos contratos
de fornecimento, de compra de energia, de uso e de conexão ou contrato de adesão, conforme cada caso.

Determinação

Corresponde a uma ação emanada da agência reguladora e que deve ser cumprida pela
concessionária, no prazo especificado.

Fiscalização Emergencial

Fiscalização motivada por ocorrência grave que impacte na qualidade, e/ou no atendimento do serviço
de eletricidade aos consumidores.

Fiscalização Eventual

Fiscalização não rotineira, motivada por causas outras que não a emergencial.

Fiscalização Periódica

Fiscalização de rotina, baseada em cronograma previamente eleborado, onde é verificado, de uma


maneira geral, o atendimento ao contrato de concessão e à legislação do setor elétrico.

Não-Conformidade

Refere-se a um procedimento ou fato proveniente de ações da concessionária que se encontrem em


desacordo com os dispositivos legais que regulamentam a concessão, não atendam ao Contrato de
Concessão ou mesmo desobedeçam à legislação do setor elétrico.

Recomendação

Corresponde a uma ação ou procedimento cujo atendimento pela concessionária é desejável do ponto
de vista de melhoria quanto às condições de atendimento técnico ou de segurança de instalações e pessoas,
e que a resguardará de eventuais responsabilidades decorrentes de possível inadequação técnica.
1 – ROTEIRO DE FISCALIZAÇÃO

A seguir, são descritas as etapas que compõem o roteiro da fiscalização.

1.1 - Planejamento da Fiscalização

A ANEEL, através de critérios próprios e com base nos dados e nas informações disponíveis do
universo das concessionárias, identifica aquelas que deverão ser prioritariamente fiscalizadas, bem como os
pontos de destaque e os aspectos relevantes a serem observados na fiscalização.

Para essa identificação, devem ser levados em conta os dados das Ouvidorias da ANEEL e das
Agências Estaduais e os resultados do Sistema de Monitoração da Qualidade da Energia Elétrica, que são
importantes na definição dos pontos de destaque e dos aspectos relevantes.

Define, ainda, o agente executor da fiscalização, a quem encaminha os principais dados da


concessionária, incluindo relatório e pendências de fiscalização anterior.

1.2 - Envio de Ofício à Concessionária

É emitido um ofício pela ANEEL (Anexo II) para a concessionária a ser fiscalizada, informando o
período, os participantes da fiscalização e o respectivo coordenador, a documentação e os recursos que
deverão ser disponibilizados por ocasião da fiscalização. A emissão do ofício é feita com uma antecedência
mínima de 15 dias úteis com relação ao período previsto para início das atividades de fiscalização.

No caso de fiscalização pontual, o processo se inicia pela emissão de uma Nota Técnica conforme
modelo apresentado no Anexo II.

1.3 - Dados e Documentos Solicitados pela ANEEL

Anexa ao ofício, é encaminhada uma relação dos dados e documentos necessários à execução dos
trabalhos de fiscalização.

Uma parte dos documentos listados nessa relação deverá ser encaminhada
previamente à ANEEL ou à agência reguladora estadual conveniada, e a parte restante
deverá ser disponibilizada na concessionária quando da execução da fiscalização.

A relação de dados e documentos necessários à fiscalização é mostrada no Anexo III.


Essa relação poderá ser reduzida ou ampliada, dependendo do porte da concessionária a
ser fiscalizada e dos aspectos relevantes a serem observados.

O tamanho de cada uma das amostras indicadas na relação deverá ser calculado pelo
agente executor, logo após o recebimento das informações previamente enviadas pela
concessionária, e imediatamente comunicado a ela, para o preparo e disponibilização da
documentação.

Para o cálculo do tamanho das amostras, o agente executor poderá utilizar a tabela 1,
apresentada no anexo IV – Amostragem Estatística.

1.4 - Análise das Informações Recebidas

No conjunto das informações sobre a concessionária, a equipe fiscalizadora deve registrar os pontos de
destaque a serem considerados e anotar todos os aspectos relevantes, para a garantia do bom andamento
dos trabalhos durante a fiscalização.

1.5 - Elaboração do Plano de Ação


A equipe fiscalizadora deve estabelecer um plano de ação próprio, que envolva os seguintes pontos
preliminares:

- Os acertos sobre os últimos detalhes da visita;


- contato antecipado, próximo ao início dos trabalhos, com o representante previamente indicado pela
concessionária para o recebimento da equipe de fiscalização;
- A preparação da apresentação da equipe de fiscalização;
- A definição da distribuição dos participantes da equipe para a execução da fiscalização;
- A estratégia de desenvolvimento dos trabalhos (início, duração da jornada etc.);
- O método para elaboração do relatório preliminar;
- A definição do local e da data da reunião de encerramento.

1.6- Execução da Fiscalização

Na fiscalização, procura-se avaliar a organização, métodos e processos, recursos humanos e materiais


das áreas técnica e comercial da concessionária, identificando fatores que estão prejudicando ou possam vir a
prejudicar a qualidade dos serviços de distribuição de energia elétrica e do atendimento ao consumidor, nos
termos da legislação em vigor e do contrato de concessão.

Deve ser verificada a regularização de não-conformidades e acompanhadas as recomendações e


determinações constantes de relatórios de fiscalização anteriores.

Na execução da fiscalização, deve ser observado o seguinte procedimento:

1.6.1 – Apresentação da equipe de fiscalização

A equipe de fiscalização apresenta-se ao destinatário do ofício de comunicação da fiscalização


encaminhado pela ANEEL, ou a quem por ele designado.

1.6.2 – Apresentação da concessionária

A concessionária faz uma breve apresentação com as informações gerais da instituição e das áreas de
comercialização e de qualidade do fornecimento de energia elétrica, destacando seus pontos principais e as
maiores dificuldades ou problemas.

1.6.3 – Detalhamento da agenda

Ainda na sede da concessionária fiscalizada e em conjunto com os seus representantes, faz-se o


detalhamento da agenda de trabalho previamente elaborada, efetuando as adaptações conforme as suas
características específicas.

Em seguida, a equipe de fiscalização verifica se as instalações disponibilizadas estão adequadas e


examina a existência da documentação solicitada.

1.6.4 – Execução da fiscalização

As atividades de fiscalização compreendem entrevistas com as equipes normativas e executoras nas


suas respectivas áreas de trabalho e visitas às instalações da concessionária, com o objetivo de:

- Aferir as informações previamente recebidas através do questionário;


- Conhecer os procedimentos e relacionamentos das áreas normativas e executoras;
- Verificar a adequação e coerência com os procedimentos especificados pelas áreas normativas;
- Verificar o cumprimento da legislação em vigor e do Contrato de Concessão nas áreas de
comercialização e distribuição de energia elétrica.

A execução da fiscalização poderá ser acompanhada por representantes da concessionária.

Como auxílio à fiscalização podem ser utilizados formulários previamente preparados, com a relação
dos itens a verificar, conforme exemplos apresentados no Anexo VII.
1.6.5 – Encerramento da Fiscalização

A equipe de fiscalização apresenta-se à concessionária, para comunicar o encerramento dos trabalhos


e um comentário geral e informal do que foi observado.

1.7 – Elaboração do Relatório de fiscalização

Deverão constar do relatório o objetivo, a metodologia e a abrangência, as constatações, as não-


conformidades, as determinações, as recomendações e a conclusão a serem enviadas para a concessionária
pela ANEEL. Os dados deverão estar devidamente consolidados e refletir a real situação dos itens
fiscalizados a partir das informações coletadas.

Deve ser observado no relatório que o processo de fiscalização empregado se caracteriza pela
avaliação de aspectos julgados de maior relevância, muitos deles selecionados de forma amostral e sempre
que possível com base estatística. Ressalte-se que, para efeito de constatação de não-conformidades na
prestação do serviço público de energia elétrica, a observação de um único item ou de uma única ocorrência
já constitui inobservância às normas e aos regulamentos formais.

Da mesma forma, a existência de temas avaliados para os quais não se constate a ocorrência de não-
conformidades não significa que não haja desvios em relação aos padrões e normas vigentes, não eximindo a
concessionária de monitorá-los e corrigi-los permanentemente.

O relatório deverá ser elaborado através do cadastramento dos dados no Sistema de Gestão da
Fiscalização - SIGEFIS.

1.8 - Encaminhamento do Relatório à Concessionária

A ANEEL envia à concessionária fiscalizada o Relatório de Fiscalização anexado ao respectivo Termo


de Notificação .

1.9 – Acompanhamento das Manifestações da Concessionária e Emissão de Pareceres

A concessionária encaminha suas manifestações sobre o relatório de fiscalização no prazo de quinze


dias, tanto em meio físico quanto por meio magnético.

A ANEEL analisa essas manifestações, decidindo sobre a aceitação ou não dos argumentos da
concessionária.

1.10 – Conclusão do Processo de Fiscalização

Acatada a manifestação da concessionária é emitido o parecer da equipe e encaminhado à mesma


para eventuais providências.

Não havendo manifestação ou se os argumentos e ou providências da concessionária não


forem aceitos, a mesma poderá ser autuada.
Cronograma das Atividades de Fiscalização

Semana
Atividade 1 2 3 4 5 6 7 Responsável
S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S

Planejamento da
xx xx xx xx ANEEL / SFE
Fiscalização

Envio de Ofício à
xx xx ANEEL/ SFE
Concessionária

Dados e Documentação
xx xx xx xx xx xx xx xx xx xx xx xx xx xx xx Concessionária
Solicitados pela ANEEL

Análise das Informações ANEEL / SFE


xx xx xx xx xx xx
Recebidas Agente Executor

Elaboração do Plano
xx xx xx xx xx xx Agente Executor
de Ação

Execução da Fiscalização xx xx xx xx xx Agente Executor

Elaboração do Relatório
xx xx xx xx Agente Executor
de Fiscalização

Encaminhamento do
Relatório de Fiscalização xx xx xx Agente Executor
à ANEEL
Criticas ao Relatório e
Devolução ao Agente xx xx xx ANEEL / SFE
Executor

Revisão Final do Relatório e


xx xx xx Agente Executor
Encaminhamento à ANEEL

Encaminhamento de
xx xx ANEEL
Relatório à Concessionária

Acompanhamento das
Manifestações da
ANEEL / SFE
Concessionária e Emissão
de Pareceres

Conclusão ANEEL / SFE


2 – PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

A equipe de fiscalização deve visar os aspectos principais que envolvem a atividade de comercialização
de energia elétrica na concessionária e a qualidade do atendimento aos consumidores.

Ela deve analisar, inicialmente, no contrato de concessão firmado, os compromissos pactuados, as


metas e os objetivos a atingir.

O contrato de concessão poderá conter, ainda, disposições especiais eventualmente não previstas
neste manual, as quais necessitam a atenção da fiscalização para a avaliação do seu cumprimento.

Ressalte-se o dinamismo das regulamentações do setor, sempre voltadas aos interesses dos
consumidores e comprometidas com o seu código de defesa.

O desenvolvimento, pela concessionária, de novas tecnologias voltadas à melhora do atendimento aos


clientes deve merecer análise e registro pela fiscalização.

2.1 - Atendimento a Pedido de Ligação

Procura-se avaliar a qualidade do atendimento a pedidos de ligações novas ou de religações, o registro


das informações do consumidor e o cumprimento dos prazos legais.

Devem ser extraídas amostras do universo dos pedidos de ligação recebidos nos últimos doze meses,
podendo ser efetuadas entrevistas e solicitados dados e relatórios.

Na avaliação, alguns aspectos principais merecem destaque:

- Os formulários e telas contendo todos os campos necessários para o perfeito cadastramento.


- O correto preenchimento dos campos nos formulários ou telas.
- O registro das datas de solicitação e da execução do serviço, com a conseqüente verificação do
cumprimento dos prazos para ligação.
- A anotação do valor da carga instalada e da tensão de fornecimento.
- A informação do ramo de atividade na unidade consumidora.
- A adequação do sistema comercial nos aspectos de agilidade e facilidade de
interação.
- A observância dos limites de fornecimento para as diversas tensões e se há
atendimento em outras tensões sem observação dos limites definidos.
- A documentação exigida ou registrada para o atendimento.
- O cumprimento de outros prazos estabelecidos, como para vistoria, elaboração de
estudos e comunicação aos consumidores.
- Condicionamento da ligação ao pagamento de débito pendente em nome de
terceiro.
- O fornecimento de todos os materiais dos ramais de ligação.
- Os índices de aprovação e reprovação de instalações de entradas de energia.
- A informação ao consumidor das seis datas de vencimento de faturas.
- A orientação fornecida aos consumidores sobre a modalidade tarifária mais
adequada.
- O atendimento aos procedimentos estabelecidos para a concessionária, quanto à
universalização dos serviços.
- Celebração do contrato de conexão na rede básica, de transmissão e de uso da
energia com consumidores atendidos no Grupo A.
- Aceitação dos termos de contrato de adesão pelo consumidor.
- A comunicação, por escrito, pela concessionária ao consumidor sobre as opções
disponíveis para o faturamento ou mudança de grupo tarifário.
- Esclarecimentos ao consumidor sobre o enquadramento na subclasse residencial
baixa renda.

2.2 – Classificação e Cadastro

Procura-se avaliar a correção da classificação dada aos consumidores, a qualidade do cadastro


existente e o conhecimento dos atendentes quanto ao assunto.

Devem ser extraídas amostras do universo dos cadastros dos consumidores existentes, bem como dos
ligados nos últimos doze meses, e efetuadas entrevistas que possibilitem avaliar a capacitação dos
atendentes e do pessoal envolvido no processo.

É importante a verificação em campo da correta classificação e cadastro.


Os aspectos principais que merecem destaque são:

- A existência de norma sobre classificação e cadastramento.


- O correto enquadramento nas diversas classes e subclasses.
- Verificar se as informações constantes do cadastro contemplam, no mínimo, as informações descritas
na legislação.
- Os históricos de leitura e de faturamento disponíveis para consulta em tempo real e arquivados em
meio magnético.
- O registro das tarifas aplicáveis e das alíquotas de impostos incidentes.
- A utilização da tarifa mais vantajosa a que o consumidor tem direito.

2.3 – Unidade Consumidora Residencial Baixa Renda

Procura-se avaliar o tratamento que vem sendo dado pela concessionária aos consumidores da
subclasse residencial baixa renda.

Devem ser extraídas amostras do universo das unidades consumidoras da classe residencial, atendida
por circuito monofásico ou equivalente bifásico a dois condutores e daquelas unidades ligadas nos últimos
doze meses, para verificação da correta classificação.

Podem ser feitas visitas para confirmação em campo do enquadramento da unidade consumidora e da
divulgação da concessionária.

Na avaliação, os seguintes aspectos principais devem ser verificados:

- A existência de norma sobre o enquadramento do consumidor da classe Residencial Baixa Renda.


- A aplicação correta pela concessionária dos critérios legais de enquadramento.
- A divulgação sistemática e a comunicação/orientação da concessionária a seus consumidores.
- Os valores tarifários e as informações apresentadas na fatura.
- O quantitativo e percentual de consumo da subclasse Baixa Renda em relação ao total da classe
residencial.
- Eventualmente poderão ser verificados os aspectos relativos aos reflexos financeiros destes
benefícios tarifários.

2.4 – Atendimento a Consumidores

Procura-se avaliar as condições de atendimento aos consumidores em todas as áreas da concessão.

Verifica-se o atendimento físico – no balcão ou personalizado – e, onde houver, o atendimento


telefônico, assim como, por meio de agência virtual ou outras modalidades.

Devem ser feitas entrevistas com empregados ou prepostos da concessionária, atendentes, eletricistas
e outros, e acompanhados os atendimentos que estejam sendo realizados.
Sendo necessário, podem ser realizados levantamentos, extraídas amostras e obtidas informações que
permitam a avaliação, observando, entre outros, os aspectos principais a seguir:

2.4.1 - Para o atendimento nas agências

- O horário/periodicidade de atendimento efetuado pelas agências e escritórios e sua adequação às


necessidades dos consumidores.
- A disponibilidade de tabela de tarifas para consulta dos clientes.
- A existência de tabela de serviços cobráveis à disposição dos consumidores.
- A existência de agências ou postos de atendimento em todos os municípios.
- A possibilidade de consulta da legislação pertinente pelos consumidores.
- A existência de livro para manifestações e registro de reclamações dos consumidores, em local de
fácil acesso.
- A capacitação dos atendentes e do pessoal envolvido no processo de atendimento.
- Os aspectos estéticos e funcionais dos postos e agências e a sua localização.
- A quantidade, tipo e qualidade dos equipamentos utilizados.
- O registro ou informe estatístico do atendimento.
- O cumprimento dos prazos legais para informação ao consumidor e sobre as providências para o
atendimento.
- Os tempos de espera e de atendimento (horários, diários, semanais e mensais) aos clientes e sua
forma de apuração.
- Verificação da existência de atendimento prioritário às pessoas com deficiência física, idosos,
gestantes, lactantes, e ainda, pessoas acompanhadas por crianças de colo.
- Aspectos de qualidade operacional do sistema comercial (confiabilidade, rapidez etc).
- Existência de filas, consumidores em pé e outros aspectos relacionados aos tempos de espera e de
atendimento.
- Características das agências ou postos (próprios, terceirizado etc).
- Disponibilização de locais para pagamento de faturas pelos consumidores.
- Condições de conforto e adequação.

2.4.2 - Para o teleatendimento

- O sistema utilizado (praticidade e eficácia).


- Os horários disponibilizados e as áreas abrangidas.
- Os serviços que são oferecidos e sua divulgação aos clientes.
- A disponibilidade de sistema de chamadas gratuitas.
- A possibilidade de acesso diferenciado para atendimento comercial e para emergências.
- A capacitação dos atendentes e do pessoal envolvido no processo de teleatendimento.
- O informe estatístico do teleatendimento.
- O cumprimento das metas de garantia de atendimento.
- O registro e o protocolo do atendimento, e o retorno aos consumidores das providências tomadas.
- Os tempos de espera e de atendimento aos clientes e sua forma de apuração.
- Existência de textos padrão para atendimento (scripts) e sua correta utilização pelos atendentes.
- Simulações de atendimento devem ser realizadas pela equipe de fiscalização, em diversos horários e
dias, para verificação da agilidade e qualidade do atendimento.

2.4.3 – Para o atendimento por meio eletrônico

- A existência de atendimento pela internet e por outros meios complementares e a descrição dos
sistemas.
- Prazos e a forma de resposta ao interessado.
2.5 – Leitura de Medidores e Faturamento

Procura-se avaliar a qualidade dos serviços de leitura e do sistema de faturamento da concessionária.

Podem ser realizadas entrevistas com empregados ou prepostos da concessionária, atendentes,


leituristas e eletricistas e outros.

Devem ser extraídas amostras e podem ser realizados levantamentos e consultadas informações que
permitam a avaliação, observando os aspectos principais a seguir:

2.5.1 - Calendário de leitura e de faturamento

- A existência e consistência do calendário de leitura e de faturamento suspensão de fornecimento,


apresentação da fatura, data de vencimento e sua obediência aos prazos mínimos legais.
- A disponibilidade de seis datas de vencimento de faturas e sua divulgação aos consumidores.
- Forma de comunicação ao consumidor de eventuais alterações no calendário.

Devem ser efetuadas confirmações em campo, junto aos consumidores.

2.5.2 - Leitura

- As formas de execução das leituras e os equipamentos utilizados na sua realização.


- Os percentuais de leituras executadas por equipes próprias e terceirizadas.
- A capacitação dos leituristas, dos eletricistas e do pessoal envolvido no processo.
- Os procedimentos determinados para a consistência das leituras.
- Os indicadores de qualidade e sua forma de apuração.
- A existência de classes ou regiões onde as leituras não são executadas mensalmente e os critérios
utilizados.
- A orientação dada ao consumidor para a realização de autoleitura.
- Os procedimentos especiais para a execução de leitura das unidades consumidoras do Grupo A,
inclusive os com tarifação horosazonal.
- Os procedimentos entre as etapas de leitura e faturamento (envio, recepção, processamento e
emissão).
- Procedimentos para realização de medição/leituras de demanda e energias reativas.

2.5.3 - Faturamento

- O sistema de faturamento utilizado e a sua eficácia.


- A utilização de processamento próprio ou terceirizado.
- O processo de consistência do faturamento.
- Os indicadores de qualidade do faturamento e sua forma de apuração.
- A correta aplicação de tarifas.
- A correta aplicação de multas por atraso de pagamento.
- Os critérios utilizados para o faturamento de energia e demanda reativas.
- O faturamento de unidade consumidora horosazonal, incluindo os casos de fornecimento
- O faturamento de energia para irrigação.
- O tratamento dado à unidade consumidora sem medição, em relação à obrigatoriedade e critérios de
faturamento.
- O faturamento de unidade consumidora que tenha optado por outro grupo tarifário.
- Os procedimentos de faturamento de unidades consumidoras situadas em áreas de veraneio ou
turismo.
- Os procedimentos para o reconhecimento de sazonalidade dos consumidores, inclusive para o
reconhecimento provisório e o acompanhamento anual das condições requeridas.
- Os casos de retroatividade por erro a favor e contra a concessionária.
- O faturamento em cascata da subclasse residencial baixa renda.
- Procedimento de faturamento de unidade do grupo A.
- Aplicação da tarifa de ultrapassagem para unidades do grupo A sem contrato de fornecimento.
- Cumprimento dos requisitos legais para enquadramento na estrutura horosazonal (Azul ou Verde) e
dos horários de ponta e fora de ponta.
- Procedimentos de revisão de demanda contratada para unidades do grupo A.
- Perdas de transformação (aplicação/faturamento).
- Procedimentos de faturamento em caso de retirada da medição.

2.6 – Arrecadação

Procura-se avaliar os métodos de arrecadação, desempenho dos agentes envolvidos e índices de


inadimplência dos consumidores.

Devem ser extraídas amostras, realizadas entrevistas, consultados relatórios e obtidos dados que
permitam a avaliação.

Os seguintes aspectos principais devem ser verificados:

- Os tipos de agentes arrecadadores (bancos, lojas lotéricas, estabelecimentos comerciais, internet e


outros) e os percentuais de arrecadação por tipo.
- A possibilidade de acesso dos consumidores de pequenas localidades a algum tipo de agente
arrecadador.
- A utilização dos débitos em conta corrente e sua divulgação.
- A eficiência do sistema de baixa na arrecadação.
- Os índices de suspensão indevida de fornecimento.
- O ressarcimento ao consumidor cujo fornecimento foi suspenso indevidamente.
- A constatação de pagamentos em duplicidade e sua devolução.
- O comportamento do saldo da conta 211 do Plano de Contas de Energia Elétrica.
- Os índices de inadimplência dos consumidores, particularmente das classes Poderes Públicos e
Serviço Público.

2.7 – Faturas de Energia

Devem ser avaliadas a qualidade das faturas que são enviadas aos consumidores e a eficiência dos
sistemas de entrega, com o exame dos seguintes principais aspectos:

- As informações que obrigatoriamente devem constar da fatura.


- O uso de numeração seqüencial na emissão das faturas.
- Os sistemas utilizados para a entrega de faturas.
- A clara discriminação de todos os valores cobrados nas faturas.
- A forma de lançamento da cobrança de serviços vinculados ao fornecimento.
- A eventual cobrança de outros serviços não vinculados ao fornecimento de energia elétrica.
- A forma utilizada para a inserção de ocorrências no corpo das faturas e sua eficácia.
- A inserção de mensagens institucionais e de utilidade pública.
- A forma de emissão e a entrega de segundas vias de fatura.
- As informações mínimas constantes da segunda via das faturas e como são fornecidos dados
adicionais aos consumidores, quando solicitados.
- Os detalhes especiais inseridos nas faturas do grupo A e sua clareza.
- A existência da informação sobre os números dos telefones da central de teleatendimento e outros
meios de acesso à concessionária, telefone da agência estadual conveniada com a Aneel (quando
houver) e do teleatendimento da ANEEL.

2.8– Suspensão do Fornecimento e Religação

A fiscalização procura avaliar como a concessionária vem procedendo na suspensão do fornecimento


de energia elétrica e na sua religação.

São consideradas, nesse item, as religações de consumidores não descadastrados do sistema de


consumidores da concessionária.

Devem ser extraídas amostras significativas do universo das suspensões de fornecimento de energia
elétrica e das religações havidas nos últimos doze meses.
Devem ser feitas visitas para confirmar em campo a efetiva execução do serviço e a observância de
prazos.

Na avaliação, os seguintes aspectos principais devem ser verificados:

- A existência de norma sobre suspensão do fornecimento.


- Os critérios adotados para a suspensão do fornecimento por atraso de pagamento de faturas (corte
seletivo, corte simbólico, outros).
- Os procedimentos adotados para a suspensão do fornecimento por outros motivos.
- A observância dos prazos estabelecidos.
- O cumprimento dos prazos máximos para as religações.
- A entrega na unidade consumidora de aviso da suspensão, discriminando o motivo gerador.
- A antecedência e a forma da emissão e entrega dos avisos de suspensão.
- Pagamento de multa e observância do prazo de religação quando de suspensão indevida do
fornecimento.
- A área de abrangência, o registro de horários do pedido e do restabelecimento e os valores cobrados,
nos caso de religação de urgência.
- Os procedimentos adotados e os valores cobrados, se houver auto-religação em caso de suspensão
decorrente de procedimentos irregulares do consumidor.
- Os procedimentos adotados e os valores cobrados, na hipótese de auto-religação nos demais casos
de suspensão não decorrentes de procedimentos irregulares.
- A comunicação ao Poder Público local ou estadual, no caso de suspensão por falta de pagamento a
consumidor que presta serviço público ou essencial.
- O número de suspensões efetuadas mensalmente e os índices indicativos de corte indevido.

2.9 – Ressarcimento por Danos

Procura-se avaliar o tratamento dado pela concessionária às solicitações dos clientes para
ressarcimento por danos.

Devem ser extraídas amostras do universo das solicitações de ressarcimento por danos nos últimos
doze meses e, se necessário, solicitadas informações adicionais que permitam verificar, principalmente, os
seguintes aspectos:

- A existência de norma sobre ressarcimento por danos.


- Os procedimentos da concessionária para o recebimento, o encaminhamento e a decisão sobre as
solicitações.
- A documentação exigida dos consumidores.
- O percentual de processos que são deferidos e indeferidos.
- A existência de comissão ou grupo técnico designado para decisão quanto à responsabilidade da
concessionária.
- O cumprimento dos prazos de atendimento e pagamento dos valores envolvidos.
- Os critérios da concessionária para considerar ou não como de sua responsabilidade os danos
causados.

2.10– Fraude de Energia

Procura-se verificar os programas da concessionária no combate a fraude e desvio de energia elétrica e


as conseqüentes revisões do faturamento e sua cobrança.
Devem ser extraídas amostras do universo dos processos de irregularidades nos faturamentos
(fraudes) ocorridos nos últimos doze meses e efetuadas entrevistas com empregados da concessionária,
verificando-se os seguintes aspectos principais:

- A existência de norma de apuração e combate a fraudes.


- A capacitação dos inspetores e do pessoal envolvido no processo.
- A existência de programas sistemáticos de combate a fraudes e desvios de energia.
- As informações sobre possíveis irregularidades que possam ser detectadas pelos leituristas.
- Formação adequada de processos administrativos.
- A forma de análise dos procedimentos de vistoria/apuração.
- O correto preenchimento do Termo de Ocorrência de Irregularidade.
- Os critérios utilizados para a suspensão de fornecimento, na hipótese de ocorrência de irregularidade.
- Procedimentos de revisão do faturamento (critérios e memórias de cálculos), período de duração etc.
- As tarifas aplicadas na cobrança.
- O valor e a forma de cobrança de custos administrativos.
- A cobrança de eventuais custos de vistoria.
- Comunicação ao consumidor.
- O tratamento estatístico dos processos de irregularidades.

2.11 – Revisões de Faturamento (Não Atribuíveis a Fraudes)

Deve-se avaliar o tratamento adotado pela concessionária para as revisões de faturamento por
impedimento ao acesso para leitura de medidores ou deficiência em equipamentos de medição, ou por
aumento de carga à revelia.
Na avaliação, os seguintes aspectos principais devem ser verificados:

- A existência de norma sobre revisões de faturamento.


- Os procedimentos adotados na apuração de valores a serem devolvidos ou cobrados dos
consumidores.
- A correção dos valores médios aplicados e períodos utilizados na revisão.
- Os procedimentos utilizados em unidades consumidoras rurais, sazonais ou localizadas em áreas de
veraneio ou turismo.
- Os critérios utilizados para a suspensão de fornecimento.
- O tratamento dado aos casos de devolução ao consumidor.

Devem ser extraídas amostras do universo dos processos de revisões de faturamento por impedimento
ao acesso para leitura dos medidores ou por deficiência em equipamentos de medição ocorridas nos últimos
doze meses.

2.12 – Conselho de Consumidores

Busca-se verificar a existência e avaliar a atuação do Conselho de Consumidores no âmbito da


concessionária.

Devem ser realizadas entrevistas e obtidas informações que permitam a avaliação, principalmente
quanto aos aspectos a seguir:
- A data de criação do Conselho de Consumidores.
- O perfil de seus participantes.
- As últimas atas de reuniões.
- A pertinência dos temas debatidos.
- O encaminhamento de eventuais sugestões às autoridades constituídas.
- As soluções obtidas pelo Conselho.
- O tratamento dado pela concessionária às reivindicações do Conselho.
- A realização periódica de reuniões.
- A estrutura proporcionada pela concessionária.

2.13 – Opções de Faturamento

Objetiva-se avaliar o tratamento dado pela concessionária quanto aos direitos dos consumidores de
optar por mudança de grupo tarifário, verificando os aspectos principais listados a seguir.

Devem ser extraídas amostras do universo dos pedidos de opção feitos pelos consumidores nos
últimos doze meses e, se necessário, efetuadas entrevistas com empregados da concessionária.
- A existência de norma sobre opções de faturamento ou mudança de grupo tarifário.
- Comunicação das opções de faturamento quando do pedido de ligação ou quando solicitado.
- O conhecimento dos atendentes e do pessoal envolvido no processo.
- O tratamento dado às opções em áreas de veraneio ou turismo e nas áreas atendidas por rede
subterrânea.
- A orientação transmitida aos consumidores e a divulgação pela concessionária dos direitos de opção.
- Verificar a existência de consumidores atendidos em alta tensão e faturados com tarifa de baixa
tensão, sem o competente termo de opção assinado pelos mesmos (ligações antigas).

2.14– Cobrança dos Serviços

Procura-se avaliar a forma e correção das cobranças dos serviços colocados à disposição dos
consumidores, com o exame dos aspectos listados a seguir:

Devem ser extraídas amostras do universo das cobranças de serviço efetuadas nos últimos doze
meses e deve ser verificado, ainda, o lançamento das cobranças em faturas mensais.

- A existência de norma sobre serviços cobráveis.


- A forma de cobrança do serviço de vistoria.
- A forma de cobrança do serviço de aferição de medidor e as regras para sua devolução, quando for
o caso.
- A forma de cobrança do serviço de verificação de nível de tensão e as condições para sua
devolução.
- A forma de cobrança do serviço de religação normal.
- A disponibilidade do serviço de religação de urgência e a área de sua implantação.
- A facilidade na prestação do serviço de emissão de segunda via de fatura e sua forma de cobrança.
- A correta aplicação dos valores oficialmente fixados para os serviços cobráveis.
- A prestação dos serviços em toda a área de concessão.
- A execução e cobrança de outros serviços não vinculados à prestação do serviço público.

2.15– Ligações Temporárias e Fornecimentos Precários

Objetiva-se avaliar as condições de atendimento a ligações temporárias e a fornecimentos precários no


âmbito da concessionária, com a verificação dos seguintes aspectos principais:

- A existência de norma sobre ligações temporárias.


- A adequação das atividades exercidas nas unidades consumidoras que solicitam ligações
temporárias.
- Os orçamentos apresentados aos consumidores.
- O lançamento e a cobrança de despesas com instalação e retirada de ramais.
- A prática de cobrança antecipada do consumo e seu período.
- Os eventuais contratos para o atendimento a unidades consumidoras localizadas em outra área de
concessão.

Devem ser extraídas amostras do universo dos pedidos de ligação temporária realizados nos últimos
doze meses.

2.16– Contratos de Fornecimento

Procura-se avaliar se as condições em que são celebrados os contratos entre a concessionária e seus
consumidores estão de acordo com o estabelecido pela legislação.

Devem ser extraídas amostras dos contratos existentes, particularmente os assinados nos últimos doze
meses, e examinados, principalmente, os aspectos abaixo.

2.16.1 - Contrato de adesão por consumidor do grupo B

- O encaminhamento do contrato aos consumidores já ligados.


- As datas de encaminhamento dos contratos de adesão aos novos consumidores, após a ligação da
unidade consumidora.
2.16.2 - Contrato com consumidor do grupo A

Devem ser examinados os contratos de fornecimento existentes e os contratos de Conexão de


Distribuição - CCD ou de Conexão de Transmissão – CCT, os de Uso do Sistema de Distribuição - CUSD ou
de Uso do Sistema de Transmissão - CUST , e os contratos de Compra de Energia - CCE, verificando os
seguintes aspectos:

- O estágio de migração dos contratos de fornecimento para contratos de conexão, de uso dos
sistemas e compra de energia.
- As cláusulas contratuais de todos os tipos de contrato.
- Os critérios utilizados na definição dos montantes de energia e de demanda contratadas e no
estabelecimento de cronogramas, para os consumidores atendidos nas tarifas convencional e
horosazonal.
- As condições de revisão dos montantes contratados.
- Os prazos de vigência estabelecidos.
- A aplicação das tarifas.
- Os critérios de suspensão e religação do fornecimento.
- O tratamento isonômico aos consumidores de mesma classe de consumo e subgrupo tarifário.
- Os critérios estabelecidos para a rescisão dos contratos.
- As condições, formas e prazos para assegurar o ressarcimento dos investimentos da concessionária.
- A existência de garantia para indicadores de qualidade.
- O faturamento para unidades consumidoras do grupo A que se recusaram a assinar o contrato.

A avaliação de contratos de iluminação pública está contida em item especifico (2.18).

2.17 – Campanhas de Eficientização do Uso da Energia Elétrica

Procura-se avaliar as campanhas desenvolvidas pela concessionária para a eficientização do uso de


energia elétrica, não incluídas no Programa de Eficiência Energética (PEE), examinando, principalmente, os
seguintes aspectos:

- A existência de campanhas e projetos para a melhora do fator de carga e correção do fator de


potência das unidades consumidoras.
- A existência de programas e projetos de eficientização do uso de energia elétrica na área industrial e
em outros segmentos.
- O montante de recursos gastos com as campanhas e seu percentual em relação ao faturamento.
- O conhecimento dos atendentes quanto ao conteúdo das campanhas.
- A extensão e as áreas abrangidas pelas campanhas desenvolvidas.

2.18 – Iluminação Pública

Procura-se avaliar o posicionamento da concessionária em relação aos serviços de iluminação pública


e a relação da concessionária com as municipalidades.

Devem ser extraídas amostras das contas e dos contratos de iluminação pública e, se necessário,
realizados levantamentos e consultadas informações e relatórios que permitam a avaliação.

Na avaliação, os seguintes aspectos principais devem ser verificados:

- Os contratos específicos sobre iluminação pública com as prefeituras municipais.


- A propriedade do sistema.
- A correta aplicação das tarifas.
- A responsabilidade pela manutenção do sistema e por suas despesas, conforme contrato.
- Os critérios utilizados para atualização da carga e do número de pontos de luz e a periodicidade de
atualização do cadastro.
- A aplicação de percentual ou valor para perdas em equipamentos auxiliares.
- A administração das inadimplências, se existirem.
- A cobrança de taxas de iluminação pública nas faturas de energia elétrica.
- As formas e a periodicidade de prestação ou encontro de contas com as prefeituras municipais.
- O atendimento e tratamento dado às reclamações referentes ao serviço de iluminação pública.
- A eventual existência de fornecimento e contrato de iluminação pública de responsabilidade de poder
público ou órgão estadual ou federal.

2.19 – Medição

Procura-se avaliar a qualidade do sistema de medição das unidades consumidoras existentes, as


condições dos laboratórios e o controle de aferições.

Devem ser extraídas amostras das aferições de medidores efetuadas nos últimos doze meses, para
auxiliar na avaliação.

Os seguintes aspectos principais devem ser verificados:

- A existência de norma sobre medição e medidores.


- A existência de laboratório, sua capacidade e as condições dos equipamentos utilizados.
- Critérios de aferição/calibração de medidores novos/usados.
- Condições de transporte dos equipamentos de medição.
- A eventual descentralização dos laboratórios.
- A possibilidade de aferições no campo.
- A periodicidade de aferição e as certificações de padrões por laboratório oficial.
- As formas de execução e de controle das aferições.
- A aquisição de medidores pré-aferidos e os procedimentos de controle.
- A comunicação prévia ao consumidor da data fixada para a aferição objetivando o acompanhamento
do mesmo.
- A comunicação de resultados de aferições à área de atendimento e a forma pela qual é dada ciência
aos consumidores.
- Os procedimentos adotados para a substituição de medidores.
- O número de unidades consumidoras sem medição.
- O estoque de medidores e equipamentos para a medição e as condições de sua armazenagem.
- Procedimentos de aferição/retirada de medidores e demais equipamentos de medição.

2.20 – Responsabilidade da Concessionária

- Disponibilização das normas e instruções; assim como de exemplares da Resolução Aneel 456 aos
consumidores.
- Disponibilizar livro para registro das manifestação dos consumidores.
- Resposta, em até 30 dias, das solicitações e reclamações dos consumidores.
- Desenvolvimento de campanhas permanentes e de maneira adequada quanto aos cuidados na
utilização da energia elétrica, direitos e deveres do consumidor e utilização racional da energia elétrica.
3 – PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DA QUALIDADE DO FORNECIMENTO

A ênfase da fiscalização deve estar na qualidade e continuidade do produto energia elétrica e na


adequação dos serviços técnicos prestados pela concessionária.

A fiscalização analisa a observância, pela concessionária, dos padrões de qualidade e continuidade


contidos no contrato de concessão e na legislação em vigor. Analisa, também, os recursos humanos e
materiais, os métodos e os processos das áreas técnicas da concessionária.

A observância da prestação de um serviço público adequado e de qualidade está contida na lei nº 8987
e deve ser perseguida pelos diversos agentes do setor com o permanente aprimoramento dos dispositivos
legais, como as recentes regulamentações sobre os indicadores de qualidade, os níveis de tensão e a
apuração de ocorrências emergenciais.

Os recursos humanos da área de operação e manutenção devem ser compatíveis com as


necessidades da empresa visando a prestação de um serviço adequado.

As novas tecnologias desenvolvidas e utilizadas pela concessionária nos sistemas de transmissão e


distribuição devem ser objeto de observação e registro pela fiscalização.

3.1 – Configuração do Sistema Elétrico da Distribuidora

A equipe de fiscalização deve familiarizar-se com a configuração do sistema elétrico de distribuição em


Alta Tensão - AT, pela análise dos dados previamente preparados e pela exposição sobre o sistema por parte
da concessionária.

Para isso, deve conhecer a configuração do sistema de distribuição em AT da concessionária não


pertencente à rede básica, nas tensões inferiores a 230 kV e iguais ou maiores do que 69 kV e seus principais
componentes, por meio da análise dos seguintes dados:

- O diagrama unifilar geral do sistema com a indicação dos pontos de suprimento.


- A extensão (km) dos circuitos de linhas por nível de tensão.
- A quantidade de subestações.
- A quantidade de transformadores de potência, classificados por nível de tensão e potência instalada.
- A quantidade de reatores shunt, classificados por nível de tensão e por potência instalada.
- A quantidade de bancos de capacitores, classificados por nível de tensão e por potência instalada.
- Outros equipamentos.

Deve também conhecer a configuração do sistema de distribuição em MT/BT da concessionária, por


meio da análise dos seguintes dados:

- O diagrama unifilar geral do sistema de distribuição.


- O diagrama unifilar simplificado das subestações a serem fiscalizadas.
- A quantidade de alimentadores por nível de tensão.
- A extensão de redes de distribuição por nível de tensão.
- A quantidade de subestações de distribuição por nível de tensão.
- A quantidade de transformadores de distribuição.
- A quantidade de consumidores por grupo e subgrupo.
- O mercado atual e previsto.

3.2 - Suprimento de Energia Elétrica

Por ocasião da fiscalização, procura-se observar os contratos de suprimento de energia elétrica e o


balanço energético, devendo ser verificados, entre outros:

- A percentagem da energia contratada;


- A percentagem de energia comprada no mercado livre;
- A aquisição de energia em leilões e por licitações;
- O montante de aquisição por autocontratação.
3.3 – Sistema de Distribuição

3.3.1 – Sistema de distribuição (alta tensão-AT)

A ênfase da fiscalização no sistema de distribuição (AT) é nas áreas de planejamento, operação e


manutenção de linhas e subestações, proteção e sistemas de supervisão e controle.

3.3.1.1 - Planejamento da expansão

Na fiscalização do planejamento da expansão do sistema de distribuição (AT) devem-se verificar,


principalmente, as condições de atendimento às cargas atual e prevista.

Na área de estudos de planejamento da expansão, procura-se verificar os critérios de planejamento


adotados pela concessionária e os padrões de arranjos de equipamentos e barras para linhas e subestações.

Deve-se avaliar a coerência do plano de obras do sistema de distribuição (AT) em relação ao


atendimento ao seu mercado atual e futuro, bem como solicitar informações sobre eventuais atrasos ou
inadimplência de obras próprias ou de sistemas vizinhos.

3.3.1.2 - Operação

Na fiscalização da operação procura-se observar o seu desempenho, os recursos disponíveis para a


operação do sistema e o carregamento de linhas de transmissão e transformadores de potência.

No desempenho da operação verifica-se o cumprimento das disposições estabelecidas no contrato de


concessão e na legislação em vigor, relativas aos indicadores de continuidade do sistema de transmissão,
examinado-se, principalmente, os seguintes itens:

- O processo de coleta das informações referentes às interrupções.


- A forma de registro das interrupções para cálculo dos indicadores de continuidade.
- Os procedimentos para a apuração dos indicadores de continuidade.
- Os padrões de indicadores de continuidade, por tipo de interrupção, a serem observados pela
concessionária.
- Os procedimentos adotados no aviso e registro das interrupções programadas.

Procura-se verificar o conjunto dos recursos disponíveis para a operação do sistema, pelo exame dos
seguintes itens:

- A existência de instruções e manuais de procedimentos de operação do sistema.


- O sistema de supervisão do Centro de Operação do Sistema - COS.
- A existência de automação em subestações e os planos de implantação.
- Os recursos computacionais para os estudos e análises do sistema de transmissão.

Procura-se avaliar o carregamento do sistema de transmissão examinando, principalmente, os


seguintes itens:

- Os níveis de tensão de operação nas barras principais das subestações.


- As condições críticas de operação do sistema, com possibilidade de comprometimento da sua
confiabilidade e estabilidade.
- As causas das situações críticas observadas e as providências para a regularização.
- A identificação de equipamentos com problemas de confiabilidade.
- O carregamento atual das linhas de transmissão e dos transformadores de potência, e as
providências que a concessionária está tomando para sanar os eventuais problemas.

3.3.1.3 - Manutenção de linhas e subestações

A inspeção da manutenção de linhas e subestações compreende visitas a instalações previamente


selecionadas, associadas a entrevistas com as equipes responsáveis por elas. Nessa ocasião, procura-se
observar a adequação e a coerência da execução da manutenção de linhas e subestações com os
procedimentos da concessionária. Deve-se fazer registro fotográfico, sempre que for necessário.

Na entrevista com as equipes responsáveis pela manutenção de linhas de transmissão e na inspeção


de campo procura-se observar, entre outros, os seguintes aspectos:
- A existência de instruções e manuais de procedimentos de manutenção.
- O programa de manutenção preventiva para linhas de transmissão.
- O percentual de cumprimento do programa de manutenção preventiva.
- A política de reserva para estruturas e componentes de linhas de transmissão, adotada pela
concessionária.
- As ocorrências de queda de estruturas de linhas de transmissão nos últimos cinco anos e o respectivo
plano de atendimento de emergência.
- O desempenho de linhas de transmissão, por nível de tensão, através dos seguintes indicadores: taxa
de falhas, indisponibilidade e tempo médio de reparo.
- Os procedimentos de coleta e cálculo dos indicadores de desempenho de linhas de transmissão.
- O estado do aterramento das estruturas metálicas.
- A política da concessionária para o problema de invasão de faixas de servidão de linhas de
transmissão.
- O estado das estruturas das linhas com relação à corrosão.
- A existência de condutores com distância em relação ao solo inferior à mínima de segurança.
- A existência de isoladores quebrados.
- A existência de sinalização em travessias de rodovias, ferrovias, águas e proximidades de aeroportos.
- Os trechos de linhas em áreas de risco de deslizamentos.

Por ocasião da inspeção em subestações procura-se observar, principalmente, os seguintes itens:

- A existência de instruções e manuais de procedimentos de manutenção.


- O programa de manutenção preventiva para subestações e o percentual de seu cumprimento.
- A política de reserva da concessionária para os equipamentos principais de subestações.
- A existência de plano de atendimento de emergências em subestações.
- O desempenho dos transformadores de potência e disjuntores das subestações, pelos seguintes
indicadores: taxa de falhas e disponibilidade.
- Os procedimentos de coleta e cálculo dos indicadores de desempenho das subestações.
- A periodicidade de controle e ensaios das malhas de terra.
- O estado das conexões de aterramento dos equipamentos, estruturas e cercas metálicas.
- O estado de conservação das instalações civis.
- A limpeza e a organização das subestações.
- Os recursos de telecomunicações nos aspectos de facilidade e agilidade nas comunicações.
- As condições de segurança das instalações.
- A confiabilidade das informações.
- As fontes alternativas de alimentação para os equipamentos auxiliares e o sistema de alimentação
para situações de emergência.
- O estado dos equipamentos no pátio da subestação.

3.3.1.4 - Proteção

Na fiscalização, devem-se examinar o desempenho da proteção, os estudos e os ajustes da proteção, a


análise de perturbações e a manutenção da proteção.

Procura-se examinar os índices (quais são estes índices? Não seria interessante estar em anexo ou
onde encontrá-los) de desempenho estabelecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS. Quando
for detectado desempenho não satisfatório da proteção, devem-se avaliar as causas e verificar as
providências de regularização pela concessionária.

Na área de estudos e ajustes da proteção, devem-se conhecer essas atividades no tocante a recursos
disponíveis, procedimentos, métodos e processos adotados pela concessionária. Procura-se, também,
conhecer a sua filosofia de proteção.
Na fiscalização da área de análise de perturbações do sistema de transmissão devem-se observar,
principalmente, os seguintes itens:

- A realização de análise sistemática para todas as perturbações que afetam o sistema de transmissão.
- A existência de procedimentos pós-distúrbios, implantados e sistematizados, para acionamento de
providências decorrentes das análises.

Na área de manutenção da proteção procura-se verificar, principalmente, os itens seguintes:

- As instruções e manuais para ensaios e aferições de dispositivos de proteção.


- A realização de manutenção preventiva nas proteções e sua periodicidade.

3.3.1.5 - Sistemas de supervisão e controle

Na fiscalização, devem-se examinar os sistemas de comando e controle e os sistemas de supervisão


para o COS.

Na área de sistemas de comando e controle, a fiscalização deve observar, principalmente, o


funcionamento e a disponibilidade das funcionalidades de comando e controle da subestação,
independentemente da tecnologia empregada. Procura-se verificar, entre outros, os seguintes itens:

- O comando de equipamentos manobráveis e o controle local do sistema de transmissão de energia


elétrica.
- As instruções e manuais para ensaios e aferições em comandos e controles, automação e supervisão
local.
- A realização de manutenção preventiva em equipamentos e sua periodicidade.
- A existência de quantidade e abrangência de peças e unidades de reserva para manutenção.

Na fiscalização do sistema de supervisão para o COS observam-se, principalmente, os seguintes itens:

- Os critérios adotados para avaliação de desempenho do sistema de supervisão.


- As providências em andamento, no caso de índices de desempenho não satisfatórios do sistema de
supervisão.
- O desempenho e a quantidade das unidades terminais remotas existentes.
- Os planos de modernização e substituição das unidades terminais remotas.
- As instruções e manuais para manutenção do sistema de supervisão para o COS.

Por ocasião da visita às instalações do COS procura-se verificar, entre outros, os seguintes itens:

- O sistema de supervisão e controle da transmissão.


- A existência de manuais e instruções de operação à disposição dos despachantes.
- Os recursos de telecomunicação nos aspectos de facilidade e agilidade nas comunicações.
- As condições de segurança física das instalações.
- As condições de segurança das informações nos aspectos de acessibilidade à pessoas qualificadas e
autorizadas.
- As fontes alternativas de energia.

3.3.1.6 – Centros de manutenções e laboratórios

A fiscalização constitui-se basicamente de visita a cada uma das instalações previamente selecionadas
pela equipe de fiscalização, associada a entrevistas com as equipes responsáveis por elas. Deve-se fazer
registro fotográfico, sempre que for necessário. Procura-se verificar, entre outros, os seguintes itens:

- Os equipamentos, instrumentos e ferramentas de precisão para as diversas atividades especializadas.


- A existência de manuais e instruções para cada grupo de atividades específicas.
- As condições de segurança das instalações e os aspectos de limpeza e organização.
3.3.2. – Sistema de distribuição (média e baixa tensão – MT/BT)

No sistema de distribuição (MT/BT) são inspecionadas as áreas de planejamento, operação,


manutenção e qualidade do fornecimento de energia elétrica. Procura-se, também, identificar possíveis
fatores que possam prejudicar a qualidade dos serviços aos consumidores bem como os aspectos de
segurança das pessoas e das instalações.

3.3.2.1 - Planejamento

No planejamento de sistemas de distribuição (MT/BT) procura-se verificar, principalmente, a adequação


do sistema às futuras solicitações do mercado consumidor e o programa de obras e investimentos da
concessionária. Examinam-se, entre outros, os seguintes itens:

- Os critérios de planejamento adotados pela concessionária.


- Os eventuais atrasos de obras próprias.
- Os procedimentos, critérios e recursos utilizados para análise da situação atual do sistema de
distribuição.
- Os procedimentos e técnicas utilizados para a análise da evolução da carga.
- Os procedimentos e os recursos utilizados na elaboração do plano de expansão do sistema de
distribuição
(MT/BT).
- Os procedimentos e critérios para a definição das áreas que necessitam de ampliação do sistema de
distribuição.
- Os critérios adotados para a definição das áreas que necessitam de reformas gerais da rede elétrica.
- Os critérios adotados para a definição das áreas cujos sistemas devam ser convertidos em
subterrâneos.
- Os procedimentos e critérios utilizados para o estabelecimento de prioridades e seleção de obras de
melhoria, reforma e ampliação na eventual necessidade de adequação do programa de obras aos
recursos disponíveis.
- O plano de obras e investimentos executados nos anos anteriores e atual, e o programado para o
próximo.

3.3.2.2– Operação de sistemas de distribuição (MT/BT)

A ênfase da fiscalização na área de operação de sistemas de distribuição recai no Centro de Operação


da Distribuição - COD -, no sistema de comunicação, no controle do sistema de distribuição e no
planejamento e análise das interrupções. Verifica-se, também, o cumprimento da legislação em vigor sobre os
indicadores de ocorrências emergenciais.

No COD são fiscalizadas as áreas de supervisão de operação, de engenharia e planejamento


operacional e as equipes de emergência.
Quando as equipes de emergência estão localizadas em áreas descentralizadas, deve-se dar ênfase na
inspeção para os meios de comunicação disponíveis.

Verificam-se, também, os seguintes itens:

- Os procedimentos e critérios adotados para o diagnóstico das condições de operação do sistema


existente.
- As rotinas de supervisão e controles operacionais de redes subterrâneas.
- Os recursos computacionais para estudos e análises do sistema de distribuição (MT/BT).
- A adequação dos recursos de telecomunicações nos aspectos de facilidade e agilidade.
- Os registros e análises dos dados relativos à carga do sistema de distribuição (MT/BT).
- As análises das interrupções ocorridas no sistema.
- A existência dos diagramas e quadros atualizados de operação do sistema.
- A existência de pontos críticos no sistema e as providências de regularização.
- Os recursos humanos e materiais disponíveis para as equipes de emergência.
- Os aspectos de segurança no trabalho das equipes de emergência.
- A capacitação e a jornada de trabalho das equipes.
Na área de controle do sistema de distribuição (MT/BT) examinam-se, principalmente, os seguintes
itens:

- Os critérios de definição de prioridades para o restabelecimento do sistema.


- Os recursos utilizados para identificação do local de ocorrência.
- Os recursos disponíveis para análise do sistema e de seus componentes.
- A existência de dados sobre o sistema de distribuição, com as características e ajustes dos
dispositivos de regulação de tensão e de proteção instalados.

A fiscalização deve verificar, também, o cumprimento das disposições estabelecidas no contrato de


concessão e pela legislação em vigor relativas aos indicadores de ocorrência emergenciais, examinando os
seguintes aspectos:
- Os processos e critérios de coleta das informações necessárias para a apuração dos indicadores
legais vigentes de ocorrências emergenciais.
- Os procedimentos de registro e armazenamento dos dados relativos às ocorrências emergenciais.
- Os tipos de atendimento realizados pelas equipes de emergência, que não são considerados na
apuração dos indicadores legais vigentes de ocorrências emergenciais.

3.3.2.3 – Manutenção de sistemas de distribuição (MT/BT)

A fiscalização na área de manutenção de sistemas de distribuição (MT/BT) inclui inspeções em redes


aéreas e subterrâneas previamente selecionadas, associadas a entrevistas com os responsáveis por elas.

Deve-se fazer o registro fotográfico, sempre que for necessário.

Redes e Linhas Aéreas

A fiscalização da manutenção de redes e linhas aéreas procura verificar, principalmente, os seguintes


itens:
- Os procedimentos e critérios de inspeção de redes e linhas de distribuição.
- Os métodos adotados para executar a inspeção de redes e linhas de distribuição.
- A manutenção preventiva executada nos anos anterior e atual, e a programada para o próximo.
- Os programas de manutenção com linha viva.
- A política de reserva para postes, transformadores e componentes de linhas de distribuição.
- O desempenho de linhas de distribuição, por nível de tensão, indisponibilidade e tempo médio de
reparo.
- Os procedimentos de coleta e cálculo dos indicadores operativos de linhas de distribuição.
- Os recursos computacionais para as atividades de controle, gerenciamento e engenharia de
manutenção.
- A existência de sistema de programação e controle informatizado da manutenção.

Redes Subterrâneas

A fiscalização da manutenção de redes subterrâneas procura verificar, principalmente, os seguintes


itens:

- Os procedimentos e critérios de inspeção de redes subterrâneas.


- A manutenção preventiva executada nos anos anterior e atual, e a programada para o próximo.
- A política de reserva para transformadores e componentes de redes subterrâneas.
- Os recursos computacionais para as atividades de controle, gerenciamento e engenharia de
manutenção.
- A existência de sistema de programação e controle informatizado da manutenção.
- As condições das câmaras de transformação, das caixas de alta tensão, das caixas de baixa tensão e
das caixas de inspeção no tocante à conservação, limpeza, estado das bombas de esgotamento de
água e aspectos de segurança.
- O estado do aterramento dos equipamentos e estruturas metálicas.
- A periodicidade de controle e ensaios das malhas de terra nas câmaras transformadoras.
- A existência de corrosão, a existência de vazamento de óleo, a situação do sílica-gel e o nível do óleo
nos transformadores das câmaras.
Nos casos de redes subterrâneas com secundário reticulado, generalizado ou exclusivo (spot-network),
procura-se verificar, além dos itens acima, mais os seguintes:
- Os procedimentos e critérios de inspeção dos protetores de reticulado (ou protetores de rede ou
protetores de malha).
- A existência de sistema de programação e controle da manutenção preventiva dos protetores de
reticulado.

3.3.2.4 - Qualidade do fornecimento

Procura-se verificar, na fiscalização da qualidade do fornecimento, se os indicadores estão de acordo


com as normas estabelecidas pela legislação em vigor.

Níveis de Tensão

Verifica-se o cumprimento das disposições estabelecidas no contrato de concessão e na legislação em


vigor relativas aos níveis de tensão de energia elétrica pelo exame, principalmente, dos seguintes itens:

- Os registros dos dados referentes a medições amostrais de tensão determinadas pela legislação em
vigor.
- Os procedimentos utilizados para apuração dos indicadores individuais.
- Os critérios adotados e informações prestadas no caso de medição do nível de tensão por
reclamação de consumidores.
- Os registros dos dados referentes a medições de tensão motivadas por reclamações de
consumidores.
- O cumprimento do prazo legal de resposta ao consumidor.
- A comunicação da regularização ao consumidor, por escrito.
- O ressarcimento de valor por serviço inadequado, conforme a legislação em vigor.
- O cumprimento do prazo vigente para regularização do nível de tensão.
- A comprovação de regularização do nível de tensão por nova medição.
- As características dos equipamentos de medição de nível de tensão.

Continuidade da Distribuição de Energia Elétrica

Procura-se verificar o cumprimento das disposições estabelecidas no contrato de concessão e pela


legislação em vigor relativas à continuidade da distribuição, examinando-se, entre outros, os seguintes
aspectos:

- O cumprimento das metas estabelecidas nos contratos de concessão ou pela legislação em vigor,
relativas aos indicadores de continuidade.
- O processo de coleta e armazenamento dos dados de interrupções.
- O registro e a análise das causas das interrupções, com vistas a reduzir as causas desconhecidas.
- Os critérios e procedimentos adotados pela concessionária para a apuração e registro dos
indicadores de continuidade de conjunto.
- O pagamento de multa por serviço inadequado, conforme a legislação em vigor.
- Os procedimentos adotados para coleta e apuração dos indicadores de continuidade individuais.
- Os padrões de indicadores de continuidade individuais, por consumidor, observados pela
concessionária.
- Os registros, formas de apuração e de pagamento dos ressarcimentos referentes às penalidades por
violação das metas de continuidade individual.
- O cumprimento do prazo legal de apuração dos indicadores de continuidade por solicitação do
consumidor.
- O processo de apuração e registro dos tempos médios de atendimento.
- Os procedimentos adotados no aviso e registro das interrupções programadas.

3.3.2.5 – Engenharia de distribuição (MT/BT)

Na área de engenharia de distribuição procura-se verificar, principalmente, a existência de normas e


padrões específicos para sistemas de distribuição, as diretrizes e critérios de proteção, a existência de
automação na distribuição, a análise do desempenho dos equipamentos de distribuição e a avaliação das
perdas técnicas da concessionária.

Normas e Padrões

Visando conhecer os documentos técnicos da concessionária que facilitem consultas e possibilitem o


desenvolvimento dos assuntos tratados na engenharia de distribuição, procura-se verificar a existência de
normas, padrões, especificações e orientações técnicas, tais como:

- As normas de conexões elétricas para redes aéreas e subterrâneas.


- Os padrões de estruturas para redes e linhas aéreas.
- Os padrões de materiais e equipamentos aplicados na distribuição.
- As normas de construção de redes aéreas e subterrâneas.
- Os procedimentos referentes ao cadastramento de linhas, redes e equipamentos de distribuição.
- As instruções de operação do sistema de distribuição.
- As normas e instruções referentes à manutenção de linhas e redes, manutenção de iluminação
pública, e inspeção e manutenção de equipamentos.
- As normas e instruções de manutenção de redes subterrâneas.
- Os padrões e especificações de ferramentas e equipamentos de trabalho.
- As instruções para estudos e instalação de equipamentos de regulação de tensão e de compensação
de reativos.
- Os procedimentos referentes à proteção, à manobra e ao aterramento das redes e linhas de
distribuição.
- Os procedimentos de ensaios e aferições de equipamentos de proteção.

Aterramento na Distribuição

O aterramento na distribuição visa à proteção de pessoas e do próprio equipamento contra descargas


atmosféricas e fugas de corrente do sistema elétrico.

Nessa área, procura-se verificar os seguintes aspectos:

- A filosofia de aterramento adotada pela concessionária.


- A existência do neutro contínuo e aterrado em redes localizadas em área urbana.
- A existência de aterramento nos transformadores de distribuiçãos.
- A existência de aterramento e seccionamento nas cercas de propriedades rurais em travessias de
linhas de distribuição.

Proteção

Na área de proteção do sistema de distribuição, procura-se examinar os seguintes aspectos:


- A filosofia de proteção adotada pela concessionária.
- Os critérios para a localização, seleção e coordenação de equipamentos de proteção.
- Os critérios e procedimentos adotados para a proteção geral de unidades consumidoras ligadas em
tensão primária de distribuição.
- Os critérios e procedimentos para a proteção de bancos de capacitores das redes de distribuição.
- Os procedimentos e métodos adotados nos estudos e ajustes da proteção.
- O programa de manutenção preventiva nas proteções e sua periodicidade.
- A política de reserva para componentes dos equipamentos de proteção.

Automação na Distribuição

A automação na distribuição tornou-se possível com o crescimento da microeletrônica, o que contribuiu


para melhorar as condições operativas das subestações e das redes elétricas.

O sistema de automação na distribuição é composto de uma estação central e de estações remotas de


rede e de subestação.
A estação remota de rede encontra-se instalada junto à chave motorizada, supervisionando o estado da
chave e diversas grandezas elétricas, tais como corrente e tensão.

A estação remota de subestação pode telecontrolar e supervisionar os disjuntores dos alimentadores,


verificando o estado desses disjuntores e os valores de grandezas elétricas, tais como tensão do barramento
e corrente por alimentador.

A estação central encontra-se instalada no Centro de Operação da Distribuição - COD. Através do COD
são telecomandadas as ações de abertura e fechamento das chaves motorizadas.

Para a operação da distribuição, os benefícios da automação podem ser observados pela otimização de
recursos e mão-de-obra, na rapidez da recomposição do sistema e na maior segurança nas operações das
redes.
Para a manutenção, outros benefícios podem ser constatados, como a facilidade de localização de
defeitos e a obtenção de dados para os estudos de proteção do sistema de distribuição.

A fiscalização deve observar a existência de automação no sistema de distribuição da concessionária e


obter informações sobre sua eficácia.

Desempenho de Materiais e Equipamentos

Analisa-se o desempenho de materiais e equipamentos de distribuição, pela observação dos seguintes


tópicos:

- Os procedimentos, orientações e índices referentes a aplicação, controle e avaliação de desempenho


de materiais e equipamentos de distribuição.
- O desempenho dos transformadores de distribuição nos últimos três anos e as taxas de falha.
- O desempenho dos equipamentos especiais (seccionalizadores, religadores, reguladores de tensão,
banco de capacitores, chaves a óleo e outros) verificado nos últimos três anos.

Perdas

As perdas nos vários segmentos do sistema elétrico devem ser acompanhadas sistematicamente,
visando à adoção de ações corretivas.

As perdas técnicas ocorrem, principalmente, nos seguintes segmentos de um sistema elétrico: no


sistema de transmissão, nas subestações, na rede primária de distribuição, nos capacitores e reguladores de
tensão, nos transformadores de distribuição, na rede secundária de distribuição, no ramal de ligação e nos
equipamentos de medição.

As perdas comerciais são decorrentes, principalmente, da existência de ligações clandestinas, fraudes,


falta de medidores e defeitos em equipamento de medição e na iluminação pública.

Na fiscalização, procura-se analisar as perdas da concessionária pela verificação dos seguintes itens:

- O processo de apuração das perdas globais.


- Os critérios utilizados para a estimativa das perdas técnicas e comerciais.
- O valor das perdas técnicas e o das perdas comerciais.
- As providências adotadas para a redução das perdas.
4 – PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DOS PROGRAMAS ESPECIAIS E OUTROS

A equipe de fiscalização deve avaliar a execução desses programas especiais em desenvolvimento


pela concessionária, especialmente aqueles que representem compromissos firmados no contrato de
concessão.

Além dos programas abaixo listados, poderão ser verificados outros que visem à melhora do
atendimento ao consumidor ou da qualidade do fornecimento de energia, incluindo-se o desenvolvimento e a
aplicação pela concessionária de novas tecnologias.

4.1 – Programa de Eficiência Energética - PEE

Procura-se avaliar a execução dos programas aprovados pela ANEEL e desenvolvidos pela
concessionária para o combate ao desperdício de energia elétrica, examinando principalmente os seguintes
aspectos:

- O cumprimento das metas físicas de cada projeto.


- O montante de recursos financeiros despendidos e o percentual do faturamento.
- Os resultados obtidos em cada projeto, em termos de energia economizada.

4.2 – Programas de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - P&D

Na avaliação da execução desses programas, devem ser verificados os seguintes aspectos:

- O cumprimento das metas físicas do programa de pesquisa e desenvolvimento tecnológico aprovado


pela ANEEL.
- Os recursos financeiros destinados ao programa e o percentual do faturamento.
- Os resultados obtidos em cada projeto.

4.3 - Programa de Eletrificação Rural

Deve ser avaliado como a concessionária vem atuando na eletrificação rural, na busca de soluções
para a universalização dos serviços, pela verificação dos seguintes aspectos:
- A existência, no contrato de concessão, de cláusula determinando a execução de programa de
atendimento à área rural.
- A adesão da concessionária a programas oficiais do setor elétrico.
- O planejamento da expansão do sistema elétrico da área rural.
- Os critérios de participação financeira do consumidor.
- As metas e os resultados obtidos pela concessionária.

4.4 – Segurança

Procura-se avaliar as informações prestadas pela concessionária com vistas à segurança dos
consumidores, das pessoas e das instalações em relação à energia elétrica, e verificados os aspectos de
segurança do trabalho.

Devem ser ressaltadas as iniciativas de parceria que são estabelecidas para o melhor gerenciamento
da segurança em todos os seus aspectos. Cita-se o Termo de Cooperação Técnica firmado entre a ANEEL e
o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE -, para o desenvolvimento de ações conjuntas nos campos das
legislações trabalhista e de segurança e saúde no trabalho.

Iniciativas como essas certamente contribuem para a melhoria das condições de segurança dos cerca
de 100 mil empregados do setor elétrico brasileiro, que ainda contabiliza um elevado número de acidentes.

Quanto à segurança dos consumidores e a de terceiros, devem ser feitas entrevistas com empregados
da concessionária e podem ser realizados levantamentos e consultadas informações que permitam a
avaliação, observando os aspectos principais abaixo:

- A existência de orientações sobre segurança nas normas e padrões de entradas de serviço e sua
disponibilidade aos consumidores.
- As campanhas sistemáticas de divulgação aos consumidores das precauções com a energia elétrica
com relação, entre outros, aos seguintes tópicos:

- Os cuidados na instalação e manutenção de antenas de televisão.


- O seccionamento e o aterramento de cerca em travessia de redes e linhas elétricas.
- Os cuidados na pulverização ou irrigação rural.
- Os cuidados com condutor energizado no solo.
- Os riscos de empinar pipa próximo a rede elétrica.
- Os cuidados da condução de obras civis nas proximidades de redes energizadas.

A figura a seguir mostra a estatística da Fundação COGE sobre as causas de acidentes com terceiros,
no ano de 2001.

Figura 02 (acima) – Principais Causas de Acidentes com Terceiros

Quanto à segurança do trabalho, verificam-se os seguintes aspectos:

- Os indicadores de desempenho para acidentes de trabalho nos dois anos anteriores ao da


fiscalização.
- As causas principais de eventual agravamento dos indicadores.
- O número de acidentes fatais com pessoal próprio e contratado envolvendo o sistema elétrico.
- O número de acidentes fatais com terceiros envolvendo a rede elétrica.
- As campanhas de prevenção de acidentes e de primeiros socorros.
- Os programas de treinamento de empregados nas atividades em redes elétricas energizadas e
desenergizadas.
- A existência e o funcionamento das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes-CIPA.
- A utilização dos EPI’s e EPC’s (inspeção em campo).

4.5 – Aspectos Ambientais

Verificam-se os seguintes tópicos:

- Os procedimentos de implantação e convivência das instalações físicas da concessionária no tocante


à preservação, à conservação e à recuperação do meio ambiente.
- O cumprimento da legislação ambiental vigente.
- A existência, no contrato de concessão, de cláusula específica sobre aspectos ambientais.
- A existência de equipamentos com material tóxico na concessionária. Em caso positivo, examinar os
seguintes aspectos:
- Identificação no corpo do equipamento.
- Existência de instruções para manuseio, armazenagem, incineração e transporte.
- Existência de procedimentos para casos de ocorrência de vazamentos.

4.6 – Sistema ANEEL de Monitoração da Qualidade da Energia Elétrica

Procura-se avaliar o estágio em que se encontram a instalação e o funcionamento dos equipamentos


de monitoração da qualidade no âmbito da concessionária, pela verificação dos seguintes aspectos principais:

- A quantidade de equipamentos já instalados e a instalar.


- A instalação nos pontos predefinidos (endereço do consumidor e fase de ligação).
- Os resultados obtidos com o acompanhamento das interrupções e das variações de tensão.
- A confirmação do recebimento dos dados pela Estação Central de Monitoramento.
5 – ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

No relatório final deverão constar as determinações e recomendações a serem enviadas pela ANEEL à
concessionária. Os dados deverão estar devidamente consolidados e refletir a real situação dos itens
fiscalizados, a partir das informações coletadas. A avaliação terá que evidenciar as constatações, eventuais
não-conformidades e conseqüentes determinações e recomendações, segundo a legislação vigente.

5.1 – Cadastramento no SIGEFIS

O Manual de Operação do Sistema de Gestão da Fiscalização – SIGEFIS tem por objetivo a


centralização das informações a respeito das fiscalizações das concessionárias de energia elétrica e do ONS,
com a finalidade de controle estatístico e acesso rápido às informações pertinentes aos processos de
fiscalização.

O SIGEFIS, como ferramenta de gestão, possibilita o planejamento, o registro, o controle e o


acompanhamento de fiscalizações, nas quais os enfoques são os aspectos de natureza comercial, técnica e
econômico-financeira, de pesquisa e desenvolvimento, de eficiência energética, de empreendimentos de
geração e transmissão, prestados por agentes do setor de energia elétrica.

O agente executor, quando da fiscalização, deverá cadastrar os dados no SIGEFIS para a elaboração
do relatório. Os passos principais para o cadastramento são:

- A identificação do usuário.
- O Planejamento da fiscalização.
- A Programação da fiscalização.
- O preenchimento dos campos de dados da fiscalização.
- A seleção da concessionária a ser fiscalizada.
- O preenchimento de dados do fiscalizador.
- O preenchimento de dados das parcerias.
- O Planejamento e a programação do relatório.
- O registro das constatações.
- O registro das não-conformidades.
- O registro das determinações e recomendações.
- A redação das conclusões.

O Manual do SIGEFIS aborda detalhadamente todos estes passos e outros aspectos importantes para
a adequada elaboração do relatório.

5.2 - Encaminhamento do Relatório à Concessionária

Concluído o relatório, ele será encaminhado pela ANEEL à concessionária fiscalizada, anexado ao
Termo de Notificação por meio de ofício, conforme modelos constantes do Anexo V.

5.3 – Acompanhamento das Manifestações da Concessionária e Emissão de Pareceres

A concessionária fiscalizada faz a sua análise, realiza os ajustes em seus procedimentos, apresenta
justificativas e, conforme os prazos estabelecidos, encaminha essas manifestações à ANEEL.

As manifestações são cadastradas no SIGEFIS e merecem uma análise pelo agente executor e
posterior apreciação e acompanhamento pela Agência.

Esse acompanhamento e pareceres podem ser considerados na aplicação de eventuais penalidades e


em futuras fiscalizações.
Lista de Anexos

Anexo I – Conduta da Equipe de Fiscalização.

Anexo II – Modelos de Ofício de Comunicação à Concessionária e de Nota Técnica.

Anexo III – Relação dos Dados a serem Solicitados à Concessionária.

Anexo IV – Amostragem Estatística.

Anexo V – Tabela de Amostragem e Termo de Notificação.

Anexo VI – Modelos de Formulários para Utilização na Fiscalização.

Anexo VII – Modelos de Apresentação dos Dados Referentes à Segurança.

Anexo VIII – Cronograma de Implantação de Resoluções da ANEEL.

Anexo I - Conduta da Equipe de Fiscalização.

Na execução dos trabalhos na concessionária, é recomendável que a equipe de fiscalização siga as


instruções descritas na seqüência:

- Observar as regras de procedimento estabelecidas no Código de Ética da ANEEL, relativas ao


exercício das atividades de fiscalização.
- Manter uma postura discreta, mas independente, em relação à concessionária em fiscalização.
- Na reunião de abertura, deve ser observado o seguinte procedimento:
- Colocar os presentes à vontade.
- Explicar o objetivo da reunião.
- Apresentar a equipe de trabalho.
- Durante a execução dos trabalhos de fiscalização, deve ser observado o seguinte comportamento:
- Conduzir os questionamentos necessários de forma profissional.
- Propiciar condições favoráveis para ouvir manifestações da concessionária fiscalizada.
- Evitar emitir juízo de valor, sempre que possível, durante a execução da fiscalização.
- Registrar, de forma discreta, as não-conformidades e os pontos notáveis.
- Registrar (inclusive através de fotografias) fatos significativos.
- Executar, sempre que possível, a fiscalização de campo em companhia de representantes da
concessionária.
- Na reunião de encerramento da fiscalização, deve ser observado o seguinte procedimento:
- Colocar os presentes à vontade.
- Explicar o objetivo da reunião.
- Apresentar um resumo das atividades executadas
- Apresentar um parecer discreto e informal sobre a fiscalização executada na concessionária.
- Agradecer a acolhida e os recursos disponibilizados para o apoio à fiscalização.
- Em todas as etapas da fiscalização:
- Evitar, sempre que possível, a utilização de veículos da concessionária.
- Não aceitar o pagamento, pela concessionária, de refeições ou quaisquer outras despesas.
Anexo II.I – Modelo de Ofício

Ofício nº .../2003-SFE/ANEEL
Brasília, ... de ... de 2003
enter

enter
A Sua Senhoria o Senhor
Nome
Cargo
Empresa
Cidade/Estado
enter

Assunto: Informa Fiscalização no período de ... a ... de ... de 2003.

enter
enter
enter Senhor Diretor-Presidente,

Informamos a V. Sª que estaremos realizando fiscalização nessa concessionária nas áreas de qualidade do
fornecimento e de comercialização de energia elétrica, no período de ... a ... de ... de 2003.

2. Para tanto, solicita mos a colaboração de V. Sª no sentido de que sejam disponibilizadas aos técnicos desta
Agência, quando do início da fiscalização, as seguintes condições:

- sala privativa dotada de telefone/fax, computador/impressora e terminal de acesso à Internet e aos


sistemas da área comercial;

- livre acesso às dependências dessa empresa, além de liberdade para contato com as pessoas
representantes das áreas a serem fiscalizadas;

- fornecimento de todas as informações e documentos solicitados pelos técnicos, durante a ação


fiscalizadora, de acordo com o prescrito no art. 31, inciso V, da Lei nº 8.987, de 13/02/95.

3. Objetivando dar agilidade às atividades de nossa equipe, torna - se imprescindível que essa concessionária
prepare e disponibilize, até a data de início dos trabalhos, os dados e informações relacionados em anexo, que serão essenciais à
realização da fiscalização.

4. Solicitamos informar os nomes dos representantes dessa concessionária para os co ntatos e apoios requeridos,
bem como o local para a reunião de abertura dos trabalhos, a ser realizada no dia ... de ..., às 09:00 horas, quando será
apresentada a nossa equipe de fiscalização, a ser coordenada pelo Eng. ......, fone nº (61) 426-... e o detalhamento das atividades a
serem executadas.

5. Colocamo-nos à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários.

Atenciosamente,

Superintendente de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade


Anexo II.2 – Modelo de Nota Técnica

Nota Técnica no ... /2003–SFE/ANEEL

Em ... de ... de 2003.

Assunto: Não envio dos índices de


continuidade DEC e FEC relativo ao mês de
... de 2003 da Concessionária ...

I. DO OBJETIVO

Apurar os motivos da inadimplência no envio dos índices de continuidade DEC e


FEC relativo ao mês de ... de 2003 dos conjuntos da Concessionária ...

II. DOS FATOS

A concessionária não encaminhou os indicadores de continuidade DEC e FEC


referentes ao mês de ... de 2003, cujo prazo venceu em .../.../2003, conforme estabelece o artigo 10º
da Resolução ANEEL nº 024, de 27 de janeiro de 2000.

III. DA ANÁLISE

Faz-se necessário conhecer os motivos causadores do não envio dos índices de


continuidade, de forma a avaliar a necessidade de abertura de processo punitivo.

IV. DA CONCLUSÃO

Em razão da necessidade de apurar os fatos, estamos solicitando a abertura de


Processo Administrativo objetivando emissão de Termo de Notificação e Relatório Técnico
circunstanciado.

Técnico

De acordo:

Superintendente de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade


NEXO III - Dados e Documentos Necessários para a Fiscalização
(Anexo ao Ofício de Comunicação à Concessionária)

1- Dados e Documentos a Serem Previamente Encaminhados pela Concessionária

Organograma da empresa com indicação dos nomes dos diretores.

Diagramas

1. Diagrama unifilar geral, simplificado, do sistema de transmissão, com a indicação dos pontos de
suprimento;
2. Diagrama unifilar geral, simplificado, do sistema de distribuição.

Área de Comercialização

1. Quantidade de consumidores por grupo e subgrupo.


2. Mercado atual e previsto.
3. Número de agências de atendimento.
4. Número de municípios atendidos.
5. Dados do faturamento global e da arrecadação.
6. Informação da quantidade ocorrida nos últimos doze meses de:
- Processos de devolução de valor em duplicidade.
- Consumidores novos ligados de cada classe.
- Faturas de consumidores novos com cobrança de serviço.
- Faturas com cobrança de multas.
- Faturas de consumidores de cada classe e subclasse, incluindo Residencial Baixa Renda, e dos
Grupos A e B.
- Processos de cobrança de retroatividade por erro.
- Processos de fraude ou desvio de energia.
- Processos de cobrança de participação financeira.
- Processos de revisão de faturamento
- Processos de opção de faturamento.

Área da Qualidade do Fornecimento

1. Extensão de circuitos de linhas de transmissão, por nível de tensão.


2. Quantidade de alimentadores, por nível de tensão.
2. Extensão de redes de distribuição, por nível de tensão.
3. Quantidade de subestações, por nível de tensão.
4. Quantidade de transformadores de potência classificados por nível de tensão, com a potência
instalada.
5. Quantidade de transformadores de distribuição.
6. Quantidade de reatores shunt classificados por nível de tensão, com a potência instalada.
7. Quantidade de bancos de capacitores classificados por nível de tensão, com a potência instalada.
8. Informação da quantidade ocorrida nos últimos doze meses de:
- Processos de regularização de nível de tensão, por regional.
- Pedidos de medição de tensão efetuados por consumidores, por regional.

2 - Dados e Documentos a Serem Disponibilizados pela Empresa para a Equipe de Fiscalização

Relatórios Rotineiramente Emitidos na Empresa

1. Relatórios periódicos existentes, da transmissão e da distribuição dos últimos 3 meses.


2. Relatórios estatísticos existentes, de avaliação do desempenho da transmissão e da distribuição.
3. Relatórios estatísticos existentes, de avaliação do desempenho de equipamentos (taxa de falhas,
disponibilidade de equipamentos, tempos de reparo).
4. Relatórios estatísticos existentes, de avaliação do atendimento aos consumidores, dos sistemas
de leitura e de medição etc, dos últimos 3 meses.
5. Outros relatórios existentes, específicos de avaliação de desligamentos, perturbações etc., que
possam auxiliar nas atividades de fiscalização.

Manuais e rotinas

1. Exemplares típicos de manuais e instruções de operação (supervisão e controle da operação,


comando e execução da operação, interrupção da operação para a execução dos serviços,
execução da manutenção e serviços, delimitação de áreas de segurança);
2. Exemplares típicos de manuais e instruções para uso na manutenção (linhas de transmissão,
linhas de distribuição, subestações, proteção, comando e controle, medição de faturamento,
sistema de supervisão).

Área de Comercialização

1. Relacionar os municípios da área de concessão, informando quais possuem agências e ou postos


de atendimento a consumidores e ou arrecadação (destacar atendimento comercial e
arrecadação) e indicando os municípios onde foram fechadas agências nos últimos dois anos.
2. Apresentar dados de atendimento referentes aos últimos três meses, indicando o quantitativo de
atendimentos por modalidade, respectivos tempos de atendimento e de espera, nas agências da
concessionária.
3. Apresentar a estrutura atual e as informações de atendimento telefônico aos consumidores, em
condições normais e de emergência, o número de atendentes e turnos.
4. Apresentar os relatórios mensais de atendimento telefônico relativos aos últimos 12 meses, com
apuração dos índices e das metas de garantia.
5. Apresentar o resumo da aplicação de ramais de ligação fornecidos nos últimos seis meses, por
tipo, tensão e por área regional.
6. Apresentar estatísticas de aprovação e reprovação de entradas de serviço nos últimos doze
meses.
7. Apresentar dados anuais referentes à arrecadação por tipo de agente arrecadador.
8. Fornecer os índices de adesão a débito em conta corrente bancária.
9. Indicar os índices de suspensão de fornecimento indevida.
10. Disponibilizar X1 processos de devolução de valor recebido em duplicidade.
11. Apresentar demonstrativo do saldo da conta n° 211.71.1, do Plano de Contas do Serviço Público
de Energia Elétrica, destacando os valores de devolução dos pagamentos em duplicidade.
12. Relacionar os X2 últimos consumidores novos ligados de cada classe, disponibilizando suas
informações cadastrais.
13. Disponibilizar cópias de X3 faturas de consumidores novos em que tenha havido cobrança de
serviços.
14. Relacionar as áreas em que estejam disponíveis os serviços de religação de urgência.
15. Disponibilizar cópias de X4 faturas em que tenha havido cobrança de multas e sua base de
referência.
16. Apresentar dados de ressarcimento de danos aos consumidores durante os últimos doze meses,
com quantitativo de solicitações, valores envolvidos, quantitativo de processos deferidos e
indeferidos.
17. Relacionar o quantitativo de unidades consumidoras ligadas, sem medição, por tipo de ligação
(monofásica, bifásica, trifásica, AT).
18. Disponibilizar faturas de unidades consumidoras, do último ciclo de faturamento, sendo X5 cópias
de cada classe e subclasse, incluindo Residencial Baixa Renda, e dos Grupos A e B (frente e
verso).
19. Relacionar as regiões, classes ou Grupos de consumidores para os quais as leituras não são
executadas mensalmente.
20. Apresentar estatísticas da qualidade do faturamento, com índices de refaturamento dos últimos
doze meses.
21. Disponibilizar X6 processos de cobrança de retroatividade por erro a favor e contra a
concessionária.
22. Disponibilizar cópias de dois Contratos de Fornecimento estabelecidos com consumidores do
Grupo A convencional.
23. Disponibilizar cópias de dois Contratos de Fornecimento estabelecidos com consumidores do
Grupo A horossazonal.
24. Disponibilizar cópias de dois Contratos de Compra de Energia estabelecidos com consumidores do
Grupo A;
25. Disponibilizar cópias de dois Contratos de Conexão e de Uso do Sistema de Transmissão e
Distribuição, estabelecidos com consumidores do Grupo A.
26. Disponibilizar cópias de dois Contratos de Fornecimento estabelecidos com consumidores da
classe Iluminação Pública.
27. Apresentar dados de cobrança da taxa de iluminação pública através das faturas nos últimos doze
meses.
28. Disponibilizar material informativo relacionado a campanhas de orientação ao consumidor,
atualmente desenvolvidas pela concessionária.
29. Apresentar planilha e ou gráfico atualizado com a estratificação (número de consumidores e
respectivo consumo) por classe de consumidores.
30. Apresentar informações de processos de fraude e desvio de energia elétrica ocorridos nos últimos
doze meses, com quantitativo de processos e os respectivos valores envolvidos, disponibilizando
X7 processos para exame.
31. Disponibilizar relatório demonstrando o quantitativo de municípios com contrato de fornecimento
para iluminação pública.
32. Disponibilizar calendário de faturamento relativo aos meses dos dois próximos ciclos de
faturamento.
33. Apresentar o relatório das unidades consumidoras atendidas em alta tensão (Grupo A), contendo
número de cadastro e nome do consumidor.
34. Disponibilizar X8 processos com a ocorrência de participação financeira de consumidores e de
investimento obrigatório da concessionária, em obras de extensão de rede de distribuição.
35. Disponibilizar pelo menos dois processos de participação financeira, referentes a ligações
temporárias.
36. Disponibilizar X9 processos em que tenha havido revisão de faturamento por impedimento ao
acesso para a leitura ou por deficiência de equipamentos de medição.
37. Disponibilizar X10 processos de opção de faturamento, devendo pelo menos um processo ser de
área de turismo e veraneio e um de área servida por rede subterrânea, se houver.
38. Apresentar dados dos reavisos e suspensões de fornecimento e sua religação nos últimos seis
meses.
39. Relacionar os membros do Conselho de Consumidores e seus telefones, e disponibilizar as três
últimas atas de reunião do Conselho.
40. Apresentar histórico relativo aos consumidores da classe Residencial Baixa Renda.
41. Disponibilizar cópia da divulgação e orientação para enquadramento dos consumidores de baixa
renda.
42. Fornecer material informativo relacionado com campanhas desenvolvidas pela concessionária
sobre o combate ao desperdício de energia elétrica.
43. Apresentar histórico de medidores, aferições e estoque referido aos últimos doze meses.
44. Disponibilizar certificados de aferição dos padrões de laboratórios por órgão oficial.

Área de Qualidade do Fornecimento

1. Indicar os principais pontos críticos do sistema de transmissão, com relação à regulação de tensão
em subestações e carregamento dos transformadores, indicando o plano de obras previstas.
2. Apresentar detalhamento das interrupções de suprimento de energia, indicando local, dia, horário
de início e término, causas e conseqüências nos últimos seis meses.
3. Apresentar a estrutura dos CODs, indicando as suas tecnologias de operação, comunicação e
conexão com as centrais de atendimento aos consumidores.
4. Apresentar, por alimentador primário, as seguintes indicações referentes ao ano anterior:
- Nome ou código do alimentador e da respectiva subestação.
- Comprimento.
- Tensão e corrente nominais.
- Queda de tensão máxima em relação à carga mínima e à carga máxima.
- Carregamento máximo verificado no ano em referência.
- Conjunto(s) atendido(s) pelo alimentador.
5. Disponibilizar o relatório mensal de operação da distribuição mais recente, por COD.
6. Disponibilizar o conjunto dos registros dos dados das medições de tensão realizadas nos últimos
doze meses, inclusive com o cálculo dos indicadores individuais.
7. Disponibilizar cópias de X11 processos de regularização de nível de tensão por regional de
distribuição, indicando as providências para regularização e respectivo cronograma de
implantação.
8. Disponibilizar cópias de X12 documentos de informação ao consumidor sobre resultado de
medição de tensão, por regional de distribuição.
9. Disponibilizar a sistemática adotada e cópia dos modelos de avisos de interrupção programada
para as diversas classes de consumidores.
10. Relacionar as principais causas de interrupção de energia aos consumidores e seus percentuais.
11. Disponibilizar o controle da taxa de falha de transformadores de distribuição referente aos últimos
doze meses.
12. Disponibilizar o programa de manutenção previsto e executado no ano anterior, por atividade,
indicando os percentuais de realização.
13. Disponibilizar o programa de manutenção previsto para o ano corrente, por atividade e o
executado até o momento;
14. Relacionar as principais dificuldades para o cumprimento do programa de manutenção.
15. Descrever sucintamente os processos de manutenção utilizados pela empresa.
16. Disponibilizar as normas e instruções de manutenção.
17. Apresentar o programa de obras e investimentos da distribuição, previsto e realizado no ano
anterior, indicando a justificativa da obra, características técnicas e o conjunto beneficiado; essas
informações devem ser agrupadas por natureza de obra (ampliação, melhoria e reforma) e nível de
tensão, destacando-se os alimentadores.
18. Apresentar o programa de obras e investimentos previsto para o ano corrente, indicando a
justificativa de cada obra, características técnicas e o conjunto beneficiado, destacando-se os
alimentadores.
19. Apresentar o plano de atualização tecnológica e o de substituição de redes cujo desempenho
esteja comprometendo a operação adequada do sistema de distribuição.

Outros

1. Disponibilizar a documentação comprobatória de compra de materiais e equipamentos, ordens de


serviço, contratos e convênios celebrados, relatórios de progresso interno envolvidos em cada
projeto do Programa de Eficiência Energética (PEE) e do Programa de Pesquisa e
Desenvolvimento Tecnológico (P&D).
2. Apresentar o programa de eletrificação rural e os principais resultados obtidos.
3. Apresentar estatísticas de acidentes de trabalho, referentes ao pessoal próprio e contratado,
ocorridos nos últimos dois anos, contendo as seguintes indicações:
- Número médio de empregados.
- Homens-hora de exposição ao risco.
- Acidentes de trabalho com afastamento.
- Acidentes de trabalho sem afastamento.
- Dias perdidos.
- Taxa de gravidade.
- Taxa de freqüência.
- Número de vítimas em acidentes fatais.
4. Apresentar estatísticas de acidentes com terceiros, envolvendo a rede elétrica, ocorridos nos
últimos dois anos.
5. Apresentar a relação de processos em andamento relativos ao meio ambiente.
6. Apresentar dados da instalação e do funcionamento dos equipamentos de monitoração da
qualidade da energia elétrica e os resultados obtidos.

Observações

1. As quantidades X1 , X2 .... X12 serão comunicadas a essa Concessionária logo após o


recebimento, pela Agência, das informações constantes do item 1 deste anexo.
2. Os dados, as informações e os documentos constantes do item 2 deste anexo deverão ser
rubricados e estar disponíveis na sala reservada para a equipe de fiscalização.
3. Deverão ser relacionados o nome e o telefone dos profissionais responsáveis pelas informações.
4. Sempre que possível, as informações deverão ser disponibilizadas também em meio magnético.
Anexo IV - Amostragem Estatística

No processo de fiscalização de várias atividades em concessionárias é possível utilizar critérios


estatísticos que permitam, a partir de uma amostra, inferir sobre o desempenho do universo.

Assim, de maneira prática e objetiva, apresentam-se subsídios para a determinação do tamanho da


amostra para um determinado intervalo de confiança e um fixado erro padrão da estimativa.

Em seguida, orienta-se como deve ser realizada a extração da amostra e como inferir sobre o desempenho do
universo através do resultado da sua análise. Finalmente, mostram-se exemplos de aplicação do modelo de
amostragem estatística.

Tamanho da Amostra

O tamanho da amostra deve ser definido pela seguinte equação:

⎡ 2
⎛⎜ z ⎞⎟ . pˆ qˆ.N ⎤
⎢ α
⎝ 2⎠ ⎥
n=⎢ 2 ⎥
⎢ pˆ qˆ ⎡ z ⎤ + (N − 1).E 2 ⎥
⎣⎢ ⎢⎣ 2 ⎥⎦ ⎦⎥
α

Onde:
n - tamanho da amostra a ser analisada.

zα - valor crítico da distribuição normal padrão.


2
- proporção de itens defeituosos.

q̂ - proporção de itens não defeituosos.

N - tamanho do universo ou população a ser avaliada.


E - erro padrão da estimativa.

α - nível de significância.

Erro padrão da estimativa ou erro amostral admissível é o erro entre as informações obtidas por
amostragem e os dados reais da população.

A Tabela 1, pág. 78, fornece os tamanhos das amostras para diferentes erros amostrais e tamanhos de
universos.

Foram adotadas, para a confecção dessa tabela, as seguintes hipóteses:

p̂ = 0,5

q̂ = 0,5

zα = 1,96, que equivale a um intervalo de confiança de 95%.


2

Extração das Amostras

Os universos a serem analisados pela fiscalização podem ser diversos e muitas vezes heterogêneos.
Por isso, adota-se para a extração das amostras o modelo da amostragem aleatória simples.

Este modelo consiste na seleção de um certo número de unidades amostrais, de tal forma que cada
amostra tenha a mesma chance de ser escolhida.
A seleção deve ser realizada sempre sem reposição. Quando o universo for heterogêneo, deve-se
tratar cada estrato (subpopulação homogênea) como um universo independente.

Inferência sobre o Desempenho do Universo

A partir do resultado da análise das unidades amostrais pela fiscalização, os limites do intervalo de confiança
referente à quantidade de defeitos do universo são definidos pelas seguintes equações:
Extração das Amostras

Os universos a serem analisados pela fiscalização podem ser diversos e muitas vezes heterogêneos.
Por isso, adota-se para a extração das amostras o modelo da amostragem aleatória simples.

Este modelo consiste na seleção de um certo número de unidades amostrais, de tal forma que cada
amostra tenha a mesma chance de ser escolhida.

A seleção deve ser realizada sempre sem reposição. Quando o universo for heterogêneo, deve-se
tratar cada estrato (subpopulação homogênea) como um universo independente.

Inferência sobre o Desempenho do Universo

A partir do resultado da análise das unidades amostrais pela fiscalização, os limites do intervalo de
confiança referente à quantidade de defeitos do universo são definidos pelas seguintes equações:

⎛x ⎛ ⎛ x.(n − x ) ⎞
0,5
⎛ N − n ⎞
0,5
⎞⎞
⎜ − ⎜ z .⎜ ⎟ ⎜ . ⎟ ⎟ ⎟.N
LIC =
⎜ n ⎜ α 2 ⎝ n3 ⎠ ⎝ N − 1 ⎠ ⎟ ⎟
⎝ ⎝ ⎠⎠

⎛x ⎛ ⎞⎞
⎜ + ⎜ z .⎛⎜ x.(n − x ) ⎞⎟ .⎛⎜ N − n ⎞⎟ ⎟ ⎟.N
0, 5 0, 5

LSC = ⎜ n ⎜ 2 ⎝ n3 ⎠ ⎝ N − 1 ⎠ ⎟⎟
α
⎝ ⎝ ⎠⎠
Sendo:

LIC - limite inferior do intervalo de confiança.

LSC - limite superior do intervalo de confiança.

N - tamanho do universo.

n - tamanho da amostra.

zα - 1,96, que equivale a um intervalo de confiança de 95%.


2
X - número de amostras analisadas com defeito.

Exemplos de Aplicação

Participação Financeira

1 - Determinação do Tamanho da Amostra

Com a informação prestada pela concessionária da quantidade de processos de cobrança de


participação financeira (X8 processos) ocorrida nos últimos doze meses, pode-se determinar o tamanho da
amostra a ser analisada .
Para compreensão do processo de cálculo, supõem-se as seguintes hipóteses:

N = 500, ou seja, X8 = 500 processos nos últimos doze meses e,

E = 0,2 (erro padrão da estimativa de 20%)

Com esses dados e com a aplicação da equação a seguir, já apresentada anteriormente, consegue-se
o tamanho da amostra a ser extraída do universo para análise pela fiscalização.

⎡ 2
⎛⎜ z ⎞⎟ . pˆ .qˆ.N ⎤
⎢ α
⎝ 2⎠ ⎥
n=⎢ 2 ⎥
⎢ pˆ .qˆ.⎡ z ⎤ + ( N − 1).E 2 ⎥
⎢⎣ ⎢⎣ α 2 ⎥⎦ ⎥⎦

Lembrando que:

pˆ = qˆ =0,5

zα = 1,96 (equivalente a um intervalo de confiança de 95%).


2

O tamanho da amostra será então:


n=⎢
(1,96) .0,5.0,5.500
2

2⎥
= 22,95
⎣ 0,5.0,5.[1,96] + (500 − 1).0,2 ⎦
2

Adota-se n = 23 amostras

O tamanho da amostra pode ser obtido consultando-se diretamente a Tabela 1, anexa. Deve-se extrair
a amostra (23 processos) de forma aleatória e sem reposição.

2 - Inferência sobre o Desempenho do Universo

Para possibilitar a inferência sobre o desempenho do universo (N=500 processos) a partir da análise da
amostra (n=23 processos), estabelecem-se as seguintes hipóteses:

x = 5 (processos encontrados com defeito após análise da amostra)

zα = 1,96 (equivalente a um intervalo de confiança desejado de 95%).


2

Aplicando-se os respectivos valores nas equações abaixo, já apresentadas anteriormente, referentes


aos limites do intervalo de confiança LIC e LSC, obtém-se:

⎛x ⎛ ⎞⎞
⎜ − ⎜ z .⎛⎜ x.(n − x ) ⎞⎟ .⎛⎜ N − n ⎞⎟ ⎟ ⎟.N
0 ,5 0 ,5

⎜ n ⎜ α 2 ⎝ n3 ⎠ ⎝ N − 1 ⎠ ⎟⎟
LIC = (limite inferior)
⎝ ⎝ ⎠⎠
⎛x ⎛ ⎞⎞
⎜ + ⎜ z .⎛⎜ x.(n − x ) ⎞⎟ .⎛⎜ N − n ⎞⎟ ⎟ ⎟.N
0,5 0,5

LSD =
⎜ n ⎜ α 2 ⎝ n3 ⎠ ⎝ N − 1 ⎠ ⎟⎟ (limite superior)
⎝ ⎝ ⎠⎠
⎛5 ⎛ ⎛ 5.(23 − 5 ) ⎞
0, 5
⎛ 500 − 23 ⎞
0, 5
⎞⎞
LIC = ⎜ − ⎜1,96.⎜ ⎟ ⎜ . ⎟ ⎟⎟ ⎟.500 26,3 processos
⎜ 23 ⎜ ⎝ 23
3
⎠ ⎝ 500 − 1 ⎠ ⎠ ⎟⎠
⎝ ⎝

⎛5 ⎛ ⎞⎞
⎜ + ⎜1,96.⎛⎜ 5.(23 − 5) ⎞⎟ .⎛⎜ 500 − 23 ⎞⎟ ⎟ ⎟.500
0,5 0,5

LSC = ⎜ 23 ⎜ ⎝ 23
3
⎠ ⎝ 500 − 1 ⎠ ⎟⎠ ⎟⎠
191,1 processos
⎝ ⎝
Adotam-se os seguintes valores para os limites inferior e superior do intervalo de confiança:

LIC = 26 processos (limite inferior)

LSC = 192 processos (limite superior).


3 - Conclusão

Pode-se admitir, para as premissas adotadas, que a quantidade de processos de participação


financeira defeituosos, existente no universo de 500 processos, está contida no intervalo cujo limite inferior é
26 e o superior é 192 processos.

Regularização de Nível de Tensão

1 - Determinação do Tamanho da Amostra

Com a informação prestada pela concessionária da quantidade (X11 processos) ocorrida nos últimos
doze meses de processos de regularização de nível de tensão, por regional, pode-se determinar o tamanho
das amostras por estrato (ou por regional) a serem analisadas. Deve-se tratar cada regional como um
universo independente.

Para compreensão do processo de cálculo, supõem-se as seguintes hipóteses:

Regional 1: N = 50, ou seja, X11= 50 processos nos últimos doze meses.

Regional 2: N = 70, ou seja, X11= 70 processos nos últimos doze meses.

Regional 3: N = 100, ou seja, X11= 100 processos nos últimos doze meses.

E = 0,2 (erro padrão da estimativa desejado de 20%).

Aplicando-se os respectivos valores na equação abaixo, já apresentada anteriormente, consegue-se o


tamanho das amostras a serem extraídas dos universos das regionais para análise pela fiscalização.

⎡ 2
⎛⎜ z ⎞⎟ . pˆ .qˆ.N ⎤
⎢ α
⎝ 2⎠ ⎥
n=⎢ 2 ⎥
⎢ pˆ .qˆ.⎡ z ⎤ + (N − 1).E 2 ⎥
⎣⎢ ⎢⎣ α 2 ⎥⎦ ⎦⎥

Lembrando-se que

pˆ = qˆ =0,5

2 = 1,96 (equivalente a um intervalo de confiança de 95%).
O tamanho da amostra, por regional, calculado pela equação acima resulta em:


n=⎢
(1,96)2 .0,5.0,5.50 ⎤
2⎥
⎣ 0,5.0,5.[1,96] + (50 − 1).0,2 ⎦
2 = 16,44 Regional 1


n=⎢
(1,96)2 .0,5.0,5.70 ⎤
2⎥
⎣ 0,5.0,5.[1,96] + (70 − 1).0,2 ⎦
2 = 18,07 Regional 2


n=⎢
(1,96) .0,5.0,5.100
2

2⎥
⎣ 0,5 . 0,5 .[1,96 ]2
+ (100 − 1). 0, 2 ⎦
= 19,52 Regional 3

Adotam-se para o tamanho da amostra os seguintes valores:

Regional 1: n=17 amostras

Regional 2: n=19 amostras

Regional 3: n=20 amostras

Os valores acima podem ser obtidos pela consulta direta na Tabela 1 anexa.

As amostras devem ser extraídas de forma aleatória e sem reposição.

2 - Inferência sobre o Desempenho do Universo

Para possibilitar a inferência sobre o desempenho do universo a partir da análise da amostra,


estabelecem-se as seguintes hipóteses:

Regional 1:
x = 1 (processo encontrado com defeito entre os 17 processos analisados)

Regional 2:
x = 3 (processos encontrados com defeito entre os 19 processos analisados)

Regional 3:
x = 4 (processos encontrados com defeito entre os 20 processos analisados)

zα = 1,96 (equivalente a um intervalo de confiança desejado de 95%).


2

Substituindo os respectivos valores nas equações abaixo, já apresentadas anteriormente, referentes


aos limites do intervalo de confiança LIC e LSC, obtém-se:

⎛x ⎛ ⎞⎞
⎜ − ⎜ z .⎛⎜ x.(n − x ) ⎞⎟ .⎛⎜ N − n ⎞⎟ ⎟ ⎟.N
0 ,5 0 ,5
LIC = (limite inferior)
⎜ n ⎜ α 2 ⎝ n3 ⎠ ⎝ N − 1 ⎠ ⎟ ⎟
⎝ ⎝ ⎠⎠
⎛x ⎛ ⎞⎞
⎜ + ⎜ z .⎛⎜ x.(n − x ) ⎞⎟ .⎛⎜ N − n ⎞⎟ ⎟ ⎟.N
0,5 0,5

LSC = (limite superior)


⎜ n ⎜ α 2 ⎝ n3 ⎠ ⎝ N − 1 ⎠ ⎟⎟
⎝ ⎝ ⎠⎠

Para a Regional 1: LIC = -1,97 (adota-se LIC = 0)

LSC= 7,53 (adota-se LSC= 8)

Para a Regional 2: LIC = 1,18 (adota-se LIC = 1)

LSC= 20,92 (adota-se LSC= 21)

Para a Regional 3: LIC = 4,24 (adota-se LIC = 4)

LSC= 35,76 (adota-se LSC= 36)

Os exemplos na página anterior mostram que, para um mesmo universo, a escolha de um erro padrão
menor, com o conseqüente exame de uma amostra maior, resulta numa redução significativa do intervalo de
confiança, dentro do qual está o real número de itens defeituosos.

Assim, na fiscalização de um determinado item, havendo disponibilidade de tempo da equipe e a


necessidade de um maior rigor ou de elucidar uma dúvida, pode-se escolher uma amostra maior, com menor
margem de erro e melhor confiança no resultado.
Tabela para determinação do tamanho da amostra

Tabela 1
Margem de Erro "E" (erro padrão da estimativa)
1% 2% 3% 4% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 40% 50%
10 10 10 10 10 10 10 9 8 7 6 5 3
20 20 20 20 20 20 17 14 12 9 8 5 4
30 30 30 30 29 28 24 18 14 11 9 6 4
40 40 40 39 38 37 29 21 16 12 9 6 4
50 50 49 48 47 45 34 24 17 12 9 6 4
60 60 59 57 55 53 38 26 18 13 10 6 4
70 70 69 66 63 60 41 27 19 13 10 6 4
80 80 78 75 71 67 44 29 19 14 10 6 4
90 90 87 84 79 74 47 30 20 14 10 6 4
100 99 97 92 86 80 50 31 20 14 10 6 4
200 196 185 169 151 132 66 36 22 15 11 6 4
300 291 267 235 201 169 73 38 23 15 11 6 4
400 385 343 292 241 197 78 39 23 15 11 6 4
500 476 414 341 274 218 81 40 23 15 11 6 4
600 565 481 385 301 235 83 40 24 16 11 6 4
Tamanho da População N

700 653 543 423 324 249 85 41 24 16 11 6 4


800 739 601 458 344 260 86 41 24 16 11 6 4
900 823 655 489 361 270 87 41 24 16 11 6 4
1.000 906 707 517 376 278 88 41 24 16 11 6 4
2.000 1.656 1.092 697 462 323 92 42 24 16 11 6 4
3.000 2.287 1.334 788 501 341 94 43 24 16 11 6 4
4.000 2.825 1.501 843 523 351 94 43 24 16 11 6 4
5.000 3.289 1.623 880 536 357 95 43 24 16 11 6 4
6.000 3.694 1.715 907 546 362 95 43 24 16 11 6 4
7.000 4.050 1.788 927 553 365 95 43 24 16 11 6 4
8.000 4.365 1.847 942 559 367 95 43 24 16 11 6 4
9.000 4.647 1.896 955 563 369 96 43 24 16 11 6 4
10.000 4.900 1.937 965 567 370 96 43 24 16 11 6 4
20.000 6.489 2.144 1.014 583 377 96 43 24 16 11 7 4
30.000 7.275 2.224 1.031 589 380 96 43 24 16 11 7 4
40.000 7.745 2.266 1.040 592 381 96 43 24 16 11 7 4
50.000 8.057 2.291 1.045 594 382 96 43 24 16 11 7 4
60.000 8.279 2.309 1.049 595 382 96 43 24 16 11 7 4
70.000 8.446 2.322 1.052 596 383 96 43 25 16 11 7 4
80.000 8.575 2.331 1.054 596 383 96 43 25 16 11 7 4
90.000 8.678 2.339 1.055 597 383 96 43 25 16 11 7 4
100.000 8.763 2.345 1.056 597 383 96 43 25 16 11 7 4
Infinito 9.603 2.401 1.068 601 385 97 98 25 26 11 7 4
z α/2 = 1,96 p̂ 0,5 q̂ 0,5 α 0,05
TERMO DE NOTIFICAÇÃO - TN
ARTIGO 17 DA RESOLUÇÃO ANEEL nº 318, 06/10/1998

1. ÓRGÃO FISCALIZADOR TN nº ____/____-SFE

NOME: Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade - SFE

ENDEREÇO: SGAN Quadra 603 - Módulo J - 2º Andar - Brasília-DF - CEP: 70830-030

TELEFONE: (61) 426-

2. AGENTE NOTIFICADO

NOME: Nome da Concessionária

ENDEREÇO:

QUALIFICAÇÃO: Concessionária de Serviço Público de Energia Elétrica

3. DESCRIÇÃO DOS FATOS APURADOS

Na fiscalização realizada nessa concessionária, no período __ /__ a__/__/____, foram constatados procedimentos que
não estão em conformidade com a legislação do Setor Elétrico. Os fatos apurados pela equipe de fiscalização da
ANEEL, através da Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade - SFE, estão detalhados no
Relatório de Fiscalização RF -____________-____/_____-SFE, anexo, que passa a ser parte integrante do presente
Termo de Notificação.

4. AÇÕES A SEREM EMPREENDIDAS PELA NOTIFICADA

Sem prejuízo da eventual instauração de processo administrativo punitivo, regularizar as não -conformidades apuradas,
conforme exposto no Relatório de Fiscalização RF-____________-___/_____-SFE.

5. REPRESENTANTE DO ÓRGÃO FISCALIZADOR

NOME: Nome do Técnico

CARGO/FUNÇÃO: MATRÍCULA nº:

Brasília-DF, __/__/____ ASSINATURA:

RECEBI EM: ____/____/_____ _______________________________________ __ª Via


ASSINATURA/CARIMBO
A NOTIFICADA TERÁ O PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS, CONTADO DA DATA DO RECEBIMENTO DESTE TN, PARA MANIFESTAR -SE SOBRE
O SEU OBJETO, INCLUSIVE JUNTANDO OS COMPROVANTES QUE JULGAR CONVENIENTES.
VI - 1- Requisição de Documentos

Data: ___________________ Horário:__________________ RD n°: __________________

De: Equipe de Fiscalização da ANEEL

Ao: ___________________________________ Concessionária: ______________________________

Requisitamos para entrega no prazo máximo de __________ horas, os comprovantes e relatórios


abaixo relacionados, que serão analisados pela equipe de fiscalização da ANEEL durante a visita
de inspeção nessa Concessionária:

________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________

_____________________________ _______________________________
Coordenador da Equipe de Fiscalização Concessionária

RD Atendida em: __________ Horário: _________________ Visto: ___________________


VI.2 - Relação de Pessoas Entrevistadas

Concessionária:_____________________________________________ Data: ___/___/_____

Nome Área Assunto Tel/fax/ Rubrica


e-mail
Anexo VI.3 - Exemplo de Roteiro de Pontos de Verificação em Subestação

SUBESTAÇÃO

Concessionária
Nome da SE
Operador
Equipe de Fiscalização
Data da Visita Chegada: Saída:

ITEM
PONTOS A OBSERVAR

O estado de conservação da cerca e do portão


As condições dos pontos de aterramento da cerca e do portão
A adequação dos equipamentos contra incêndio
Instalações
O estado de conservação das tampas de canaletas
A existência de placas de advertência nas laterais da cerca
A adequação e as condições da iluminação do pátio
O estado de conservação das instalações civis e limpeza do pátio

A existência de sinais de corrosão.


A existência de vazamento de óleo
A situação do sílica-gel
Transformador
O estado dos aterramentos
O estado das conexões e buchas
As condições dos dispositivos do sistema de arrefecimento

A existência de sinais de corrosão


Demais O estado dos aterramentos
Equipamentos O estado dos equipamentos no pátio da subestação
A existência de pára-raios nos barramentos de chegada e saída

A existência de equipamentos de proteção EPI e EPC em condições de uso


A existência e adequação da codificação nos equipamentos e barramentos
Outros
As condições das fontes de alimentação dos equipamentos auxiliares
O sistema de alimentação para situações de emergência
A existência de diagramas unifilares operacionais

Legenda: Bom

Regular

Insuficiente

Observação: Todas as situações anormais devem ter registro fotográfico.


Anexo VI.4 - Exemplo de Roteiro de Pontos de Verificação em Agência

AGÊNCIA
Concessionária:
Nome da Agência:
Equipe de Fiscalização:
Data da Visita: Chegada: Saída:

ITEM PONTOS A OBSERVAR

1 Horário de atendimento adequado


2 Conservação das instalações prediais
3 Organização e limpeza das depedências
4 Organização do espaço físico
5 Condição de iluminação e ventilação
6 Zelo no uso de materiais, ferramentas e equipamentos
7 Organização e limpeza de móveis e utensílios
8 Organização e limpeza no armanezamento de materiais
9 Conservação e limpeza dos equipamentos de informática
10 Bom relacionamento com colaboradores e equipe
11 Bom relacionamento com clientes e pessoas externas
12 Recarga e identificação de extintores
13 Conservação de cercas e muros
14 Estado de conservação dos veículos

Legenda:
Bom

Regular

Insuficiente

Observação: Todas as situações anormais devem ter registro fotográfico.


Anexo VI.5- Alocação de Horas no Total das Atividades de Fiscalização

Fiscal: Ano: Mês:


Horas por Dia Sub
Etapa Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Total

-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Total - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Total de dias trabalhados: - Média de horas trabalhadas por dia: -


Etapa Atividade

1 Planejamento da Fiscalização

2 Envio de Ofício à Concessionária

3 Dados e Documentos Solicitados pela ANEEL

4 Análise das Informações Recebidas

5 Elaboração do Plano de Ação

6 Execução da Fiscalização

7 Elaboração do Relatório de Fiscalização

8 Encaminhamento do Relatório de Fiscalização à ANEEL

9 Criticas da ANEEL ao Relatório de Fiscalização e Devolução ao Agente Executor

10 Revisão Final do Relatório e Encaminhamento à ANEEL

11 Encaminhamento de Relatório à Concessionária

12 Acompanhamento das Manifestações da Concessionária e Emissão de Pareceres

13 Conclusão
Anexo VI.6 - Alocação de Horas e de Deslocamentos na Execução da Fiscalização

Equipe/Técnico: Ano: Mês: Dias Úteis =


Horas /Dia
Descrição da Atividade Subtotal
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Subtotal
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
- -
Subtotal ------>> - - - - - - - - - - - - - - - - -
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Horas /Dia
Deslocamento Subtotal
82

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Subtotal
- -
- -
- -
- -
- -
- -
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- -
- -
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- -
- -
- -
- -
- -
- -
Subtotal--->> - - - - - - - - - - - - - - - - -
Total do Período--->> - - - - - - - - - - - - - - - - -
0 - Dia(s) trabalhado(s) Média de - Hora(s) por dia(s) trabalhado(s)
Anexo VII.1 - Cronograma de Implantação da Resolução nº 24

Período
Artigos / Etapas 2000 2001 2002 2003 2004 2005 em diante
Jan Jun Jul Dez Jan Jan Dez Jan Dez Jan Dez Jan

Art.4º - Apuração dos indicadores de continuidade por procedimentos auditáveis XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX

Art.4º - Pár.4º - Indicadores disponíveis em meio magnético ou ótico e com de código identificação de unidade consumidora XXX XXX XXX

Art.5º - Pár.3º - Indicadores de continuidade contemplando todas interrupções >=1 minuto devem ser enviados a ANEEL XXX

Art.8º - Pár.1º - Validação conjunta ANEEL e Concessionárias dos conjuntos de unidades consumidoras XXX XXX XXX XXX

Art.10 - Envio dos indicadores DEC e FEC, apurados mensalmente, de todos os conjuntos atuais, até último dia do mês
XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX
subsequente ao período de apuração

Art.11 - Possibilidade de proposição a ANEEL de novos critérios para o agrupamento das unidades consumidoras XXX XXX XXX XXX XXX

Art.12 - Informar por escrito ao consumidor em até 30 dias os indicadores individuais DIC, FIC e DMIC XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX

Art. 14 - Aviso das interrupções programadas XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX

Art.15 - Inclusão nas faturas dos usuários: nome do conjunto, metas mensais DIC / FIC e valores DEC / FEC apurados XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX
no último período

Art.15 - Para unidades consumidoras atendidas em tensão > 1kV e <= 230kV, informar ao consumidor valores de DIC e FIC,
XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX
apurados no último período

Art.15 - Para unidades consumidoras atendidas em tensão <= 1kV, informar na fatura do consumidor sobre seu direito
XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX
de solicitar a apuração do DIC e FIC a qualquer tempo.

Art.15 - Informar na fatura o padrão e sobre o direito do consumidor solicitar a apuração de DMIC a qualquer tempo Julho XXX XXX

Art.15 - Para unidades consumidoras atendidas em tensão <= 1kV, incluir os valores de DIC, FIC e DMIC apurados no
XXX
último período

Art.16 - Implantação de sistema de atendimento telefônico emergencial 24 hs, gratuito XXX XXX XXX XXX

Art.17 - Definição de metas mensais, trimestrais e anuais dos indicadores de continuidade, por conjunto XXX XXX

Art.17 - Entrada em vigor das metas mensais, trimes-trais e anuais dos indicadores de continuidade, por conjunto XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX

Art. 17 - Entrada em vigor das metas mensais, trimestrais e anuais de indicadores individuais DIC e FIC vinculadas ao
XXX XXX XXX
DEC e FEC por conjunto - Tabelas 1 a 5

Art.18 - Possibilidade de proposição de novos padrões para os indicadores individuais de unidades consumidoras XXX XXX XXX XXX

Art.19 - Disponibilização pelas concessionárias da distribuição de freqüência acumulada dos indicadores individuais XXX XXX XXX XXX

Art.26 - Obedecer às metas anuais de continuidade individuais DIC, FIC e DMIC cujos valores estão estabelecidos nas Tabela 6 e 7 XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX

Art.27 - Possibilidade de apuração de indicadores de continuidade de conjuntos DEC e FEC utilizando o critério de correlação
XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX
(unidade consumidora/potência instalada)
Anexo VII.2 - Cronograma de Implantação da Resolução no. 520, de 17 de setembro de 2002

Período
Artigos / Etapas 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Art. 5º - § 2º - As informações de cada ocorrência emergencial deverão ser armazenadas em meio magnético ou ótico.

Art. 6º - A concessionária deverá apurar, para todos os seus conjuntos de unidades consumidoras, os seguintes
TMM e PNIE. indicadores: TMP, TMD,

Art. 8º - A concessionária, cujo contrato de concessão estabeleça outros indicadores relativos a atendimento de
emergência, deverá também apurá-los até dezembro de 2003, prevalecendo, a partir desta data, a obrigatoriedade da
apuração apenas dos indicadores estabelecidos na Resolução.

Art. 9º - Especificamente para o ano de 2003, a concessionária deverá enviar à ANEEL os valores apurados dos
indicadores a partir do mês de julho, inclusive.

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