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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL

PREVIDENCIÁRIO DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE (CIDADE), SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE


(ESPECIFICAR)

AUTOS Nº
PARTE AUTORA:
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS

A PARTE AUTORA, já devidamente qualificada nos autos da ação de concessão de


aposentadoria especial em epígrafe, por seus procuradores firmatários, em não se
conformando com a respeitável sentença prolatada nos autos, vem, perante Vossa Excelência,
interpor RECURSO INOMINADO contra sentença de (fls. ou evento), na forma prevista pelo art.
41 da Lei n.º 9.099/95 c/c art. 1º da Lei n.º 10.259/01 e art. 4º da Resolução n.º 061/09 do
Conselho da Justiça Federal, requerendo que, cumpridas as formalidades legais e percebendo o
presente recurso, sejam os autos remetidos à Turma Recursal.

Pede deferimento.

Data.

Advogado
EGRÉGIA TURMA RECURSAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE (ESPECIFICAR)

COLENDA TURMA DE RECURSOS

EMÉRITOS JULGADORES

RAZÕES DO RECURSO INOMINADO

1. BREVE RELATO DO PROCESSO

A parte autora, ora recorrente, postulou com a presente Ação Previdenciária que o
INSS fosse condenado a conceder aposentadoria especial pela exposição aos agentes
prejudicais a saúde no período de (especificar) nas empresas (especificar).

Citado, o INSS apresentou contestação (fls. ou evento).

Sobreveio o julgamento do feito (fls. ou evento).

2 - PRESTAÇÃO JURISDICIONAL DE 1ª INSTÂNCIA

A sentença monocrática não reconheceu o direito a aposentadoria especial


(especificar o motivo).

Ousando discordar da sentença quanto à não concessão do benefício de


aposentadoria especial, o mesmo recorre a esta Colenda Turma Recursal buscando a reforma
da decisão, pelas razões que vão adiante expostas:

3 - RAZÕES DE REFORMA DA SENTENÇA MONOCRÁTICA

1. DIREITO DO RECORRENTE À CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ

A sentença monocrática não reconheceu o direito do recorrente o período de


(especificar) laborado na função de (especificar) na empresa (especificar), sob a alegação de
que (descrever a fundamentação da sentença).

Com a devida vênia, não merece provimento a r. sentença.

Explico:
A atividade do aeroviário, ao tempo da prestação dos serviços, estava
regulamentada pelo Decreto nº 1.232, de 22.06.1962 que regulamentou a profissão de
Aeroviário, definindo-o no art. 1º como “o trabalhador que, não sendo aeronauta, exerce
função remunerada nos serviços terrestres de empresa de transportes aéreos”.

No laudo técnico (Evento 1 – PPP7), está descrito que as atividades da autora


compreendiam:

Caso real:
3. ATIVIDADE QUE EXECUTAVA
Balconista (de 22.01.81) a 31.03.81), agente controle espaço (01.04.81 a 31.03.83), agente de
reservas (de 01.04.83 a 31.05.85), agente de serviço de passagens (01.06.85 a 28.07.93) –
trabalhava prestando serviços ao público, bem como recepcionando e/ou conduzindo
passageiros dos portões de embarque e desembarque do aeroporto até as aeronaves
estacionadas no pátio de manobras/pista, emitindo e encaminhando mensagem operacionais
de tráfego, tais como partida, trânsito e chegada de aeronaves; controlava o encerramento de
voos nacionais e internacionais.
4. AGENTES NOCIVOS
De 22.01.81 a 28.07.93 – Decreto 53.831/64 – Anexo III – Cód 2.4.1”. grifei

O parágrafo primeiro do aludido art. 1º considera também como aeroviário “o


titular de licença (...) bem como o titular ou não, de licença e certificado, que preste serviço de
natureza permanente na conservação, manutenção e despacho de aeronaves”.

O art. 4º dispõe que:

Art 4º Qualquer outra denominação dada aos trabalhadores enquadrados no art. 1º e seu
parágrafo único, não lhes retirará a classificação de aeroviário, exceção única para aquelas
atividades diferenciadas, expressamente previstas em lei e que dispuserem, nessa conformidade de
Estatuto próprio.

Nos termos do art. 5º

Art 5º A profissão de aeroviário compreende os que trabalham nos serviços:


a) de manutenção
b) de operações
c) auxiliares de
d) gerais. Grifei

O art. 7º estabelece que:

Art 7º Nos serviços de Operações estão incluídas geralmente, as funções relacionadas como o
tráfego, às telecomunicações e a meteorologia, compreendendo despachantes e controladores de
vôo, gerentes, balconistas recepcionistas, rádiotelegrafistas, rádiotelefonistas, rádioteletipistas,
meteorologistas e outros aeroviários que exerçam funções relacionadas com as operações.
Grifei

O art. 8º estabelece que:

Art 8º Nos serviços Auxiliares, estão incluídas as atividades compreendidas pelas profissões
liberais, instrução, escrituração contabilidade e outras relacionadas com a organização
técnica e comercial da empresa. Grifei
Por sua vez, o art. 9º estabelece que:

Art 9º Nos serviços gerais, estão incluídas as atividades compreendidas pela limpeza e vigilância
de edifícios, hangares. Pistas, Rampas aeronaves e outras relacionadas com a conservação do
Patrimônio Empresarial.

A atividade do aeroviário está descrita no código 2.4.1 do Quadro Anexo ao


Decreto 53.831/64, que relaciona como serviços e atividades profissionais perigosas, com
direito a aposentadoria especial, as atividades desenvolvidas no transporte aéreo, incluindo os
aeroviários de serviços de operações e auxiliares – atividade efetivamente exercida pela
autora, conforme laudo técnico em anexo.

Registre-se que o próprio empregador enquadrou a autora no código 2.4.1 do


Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64, conforme laudo técnico em anexo.

Destarte, divergindo com a r. sentença, entende-se que o enquadramento não está


restrito ao “aeroviário de serviços de pista e de oficina”. Ao contrário, este enquadramento
também alcança as atividades de “operação e auxiliares” desempenhadas pela autora, uma vez
que a autora trabalhava “recepcionando e/ou conduzindo passageiros dos portões de
embarque e desembarque do aeroporto até as aeronaves estacionadas no pátio de
manobras/pista” – nítida atividade especial.

Portanto, ante o exposto, merece reforma a r. sentença recorrida, determinando-se


o reconhecimento da atividade especial pela exposição aos agentes prejudicais a saúde no
período de (especificar) nas empresas (especificar) e, por consequência, deferido o pedido de
aposentadoria especial.

4 – REQUERIMENTO

Diante do exposto, requer-se:

1. O reconhecimento da atividade especial laborada pela parte autora pela


exposição aos agentes prejudicais a saúde no período de (especificar) nas empresas
(especificar) e, por consequência, deferido o pedido de aposentadoria especial.

2. Condenar o INSS ao pagamento das custas processuais, despesas e honorários


advocatícios devidamente atualizados, na base de 30% (trinta por cento) sobre o valor da
condenação, conforme dispõe o art. 55 da Lei n.º 9.099/95 e art. 85, § 2º do novo Código de
Processo Civil;

Tendo em vista que a decisão a ser proferida por essa Turma não está sujeita, em
princípio, a recurso com efeito suspensivo, requer-se a determinação para o cumprimento
imediato do acórdão no tocante à implantação do benefício ao recorrente, a ser efetivado em
até 45 dias, sob pena de multa diária de R$ 100,00 (cem reais).

Pede deferimento.

Data.

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