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Apologética da Apologética
À Luz da Bíblia
Olinda, PE
2012
Índice
Introdução
O Mal do Silêncio
(8º) Vocês, cheios de pecados e falhos, vem falar de um homem “de Deus”?
(10º) Não é mais fácil orar por quem falhou ao invés de expor os erros?
Agradecimentos
Introduçã o
“Que tempos os nossos! E que costumes!” diria o sábio romano Cícero em sua
época, século I antes de Cristo, como um protesto contra a situação de uma época em
que cada vez mais se aceitava qualquer coisa sem muito questionamento, onde se
imperava a anarquia em Roma. As denúncias e discursos inflamados de Cícero o
conduziram à morte, a mando de um dos triúnviros, Marco Antônio, em 43 a.C.
Hoje estamos vivendo uma época similar, em que todos que se atrevem a
denunciar as faltas e erros grosseiros que existem no meio da igreja e no “mundão”
gospel ganham a repressão e são presenteados com títulos como “recalcado”,
“invejoso”, “caluniador”, além de uma saraivada de versículos fora de contexto, como
“Não julgueis para não serdes julgados” (Mateus 7.1) “Por que reparas no argueiro no
olho do teu irmão, estando uma trave no teu?” (Mateus 7.2) e o versículo inexistente
“Não toqueis no meu ungido” (sério, procurei em diversas Bíblias das mais diferentes
traduções, até na Vulgata procurei e não achei nada parecido com isso).
Que Deus possa abrir nossos olhos para as necessidades atuais de Sua Obra
e que estejamos dispostos a sofrer por amor a Ele, seja diante de ímpios, seja diante
de falsos irmãos.
“No passado profetas botavam dedo na cara dos reis. Há pouco tempo poetas
cantavam tudo que não era lei. E nós no presente o que estamos fazendo? Olhando e
não vendo?” (Banda Louvor, Arte e Cia – Indignado).
O mal do silêncio.
Para manter a venda nos olhos dos cegos, tapa-ouvido nos seus cordeirinhos e
para nos manter com uma mordaça na boca, se utilizam de diversos sofismas,
argumentações falsas, textos fora de contexto e até mesmo dizem de maneira velada
que como “ungidos” pelo Senhor ninguém tem o direito de questioná-los. Nesse
pequeno tratado, nas páginas a seguir, iremos expor alguns desses sofismas e
confrontá-los a luz da Bíblia e de acordo com a iluminação do Espírito Santo, único
capaz de nos revelar com perfeição o que a Palavra quer dizer. E claro, a análise de
texto e contexto, forma extremamente eficaz de combater os ensinos enganosos, pois
como diria um velho ditado “texto fora de contexto é pretexto pra heresia”.
Para os mais leigos, uma dica: não parem de estudar, de realmente se dedicar
a aprender a Palavra de Deus, pois os tempos são difíceis, e se não buscarmos a
fundo a análise do crivo da Sola Scriptura em nossas vidas, nos contentando em “ler a
Bíblia” apenas no culto ou num programa de TV, sem fazer uma reflexão profunda do
que está sendo repassado aos nossos ouvidos, iremos ser levados por qualquer vento
de doutrina.
(1º) O clássico “não julgueis pra não serdes julgados”: Nada me dá mais
dor nos olhos do que ler esse tipo de argumentação infantil, usando um versículo
bíblico COMPLETAMENTE fora de contexto. Vamos juntar o versículo 1 de Mateus 7
com o resto e ai que a coisa desanda de vez, pois aí vem gente dizendo “pare de tirar
cisco dos olhos dos outros com traves nos seus”. Vou aqui utilizar-me de um texto
extraído desse link: http://discernimentocristao.wordpress.com/2011/02/27/saber-julgar-e-
uma-questao-de-sobrevivencia-espiritual/
“Um dos versículos mais mal interpretados na Bíblia é: “Não julgueis, para que não
sejais julgados”. (Mt 7:1). Toda Escritura deve ser tomada em seu contexto, se quisermos
adequadamente entender o seu verdadeiro significado. Nos versículos de 2 a 5 deste mesmo
capítulo é evidente que o versículo 1 está se referindo ao julgamento hipócrita. Um irmão que
tem uma trave em seu próprio olho não deve julgar o irmão que tem um argueiro no seu. A
lição é clara, você não pode julgar outro por seu pecado se você é culpado do mesmo pecado.
Aqueles que se prendem ao “Não julgueis, para que não sejais julgados”,para
condenar aqueles que expõem o erro devem ler o capítulo inteiro. Jesus disse: “Acautelai-vos,
porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas…” (vers. 15). Como
podemos conhecer os falsos profetas se não os julgarmos pela Palavra de Deus? Se
conhecermos os falsos profetas, como podemos falhar em alertar o rebanho a respeito
desses “lobos devoradores”? Por toda a Bíblia encontramos provas de que devemos os
identificar e os expor.
“Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos
dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos
maus”. (vers. 16,17). Será que o Senhor Jesus quis dizer que não podemos julgar a árvore
(pessoa), mas somente o fruto de sua vida e doutrina? Certamente não, pois você não pode
conhecer sem julgar. Todo julgamento deve ser baseado no ensino bíblico e não de acordo
com caprichos ou preconceitos [PESSOAIS].
“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”(João 7:24). Aqui
nosso Senhor ordena que devemos “julgar segundo a reta justiça”, que é o julgamento
baseado na Palavra de Deus. Se o julgamento é feito sobre qualquer outra base que não a
Palavra de Deus, é uma violação a Mateus 7:1. O dicionário Webster diz que um juiz é “alguém
que declara a lei”. O cristão fiel deve discernir (isto é, julgar) na base da inspirada lei de Deus, a
Bíblia.”
Esse texto será base do que todo o manual passará a expor daqui por diante.
(2°) “Não toqueis no meu ungido!”: Poucos argumentos foram tão errados
como esse. Pra começar, muitos o colocam como um versículo bíblico, o que não o é
(e você ainda duvida disso que eu acabei de falar? Consulte a Bíblia Online então:
http://www.bibliaonline.com.br/acf/s/*/1/n%C3%A3o%20toqueis%20no%20meu%20ungido).
E ainda que validássemos isso como argumento do tipo “isso é uma verdade bíblica
de que não podemos falar dos ‘homens de Deus’”, eu tenho que discordar de maneira
pesada isso. Em um texto que eu escrevi recentemente no blog Webevangelista
(http://www.webevangelista.com/2012/06/os-supermans-televangelistas.html) eu expus o
seguinte argumento:
Em terceiro lugar, essa de "não toqueis no meu ungido" não cola. Primeiro porque
quem garante que a unção do dito-cujo realmente veio de Deus? E mesmo que tenha vindo de
Deus, ninguém aqui vai enfiar a espada no bucho desses homens pra vocês usarem o exemplo
de Davi e Saul (I Samuel 24: 6). Pois bem, Davi não feriu Saul em nenhum momento, mas ISSO
NÃO IMPEDIU DAVI DE DENUNCIAR A FALHA DE SAUL. Vejam os versículos seguintes,
garotinhos:
"E disse Davi a Saul: Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Eis
que Davi procura o teu mal? Eis que este dia os teus olhos viram, que o SENHOR hoje te pôs
em minhas mãos nesta caverna, e alguns disseram que te matasse; porém a minha mão te
poupou; porque disse: Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, pois é o ungido do
SENHOR. Olha, pois, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão; porque cortando-te
eu a orla do manto, não te matei. Sabe, pois, e vê que não há na minha mão nem mal nem
rebeldia alguma, e não pequei contra ti; porém tu andas à caça da minha vida, para ma
tirares. Julgue o SENHOR entre mim e ti, e vingue-me o SENHOR de ti; porém a minha
mão não será contra ti. Como diz o provérbio dos antigos: Dos ímpios procede a impiedade;
porém a minha mão não será contra ti. Após quem saiu o rei de Israel? A quem persegues? A
um cão morto? A uma pulga? O SENHOR, porém, será juiz, e julgará entre mim e ti, e verá,
e advogará a minha causa, e me defenderá da tua mão. "
1 Samuel 24 :9 -15).
Frisem as frases em negrito e vocês verão que Davi fez MUITA QUESTÃO de denunciar
a Saul e a todos os que ali estavam com eles qual era o erro do mesmo. Davi falou sem medo
algum o quanto o rei Saul estava errado, sem feri-lo nem matá-lo. Nós não fazemos em nada
diferente desse homem chamado Davi. Não queremos notoriedade entre os homens, pois
sabemos que na verdade falar mal dos "poderosos" nos traz é o ódio geral de quem morrerá
seguindo esses enganadores como cordeiros mudos e cegos. Na verdade queremos mesmo é
ser conhecido nos céus, quando estivermos diante do Senhor e ouvirmos um "bem está, servo
bom e fiel, sobre o POUCO foste fiel e sobre muito te colocarei, entrai no gozo do teu Senhor".
Temos todo o direito de criticar os atos dos homens, se claro, essa crítica tiver
como objetivo levá-lo ao arrependimento e a mudança de atitude, levando a
construção e edificação do Corpo de Cristo, isso não é tocar na unção de ninguém, e
sim aperfeiçoar as pessoas na unção. Paulo e Pedro receberam o mesmo Espírito
Santo, mas no momento em que o último tentou dissimular sua fé entre os gentios, ao
se afastar dos mesmos, Paulo o repreendeu sem medo nenhum (Gálatas 2.11-21). Eu
tenho o mesmo Espírito Santo que qualquer um desses pastores e líderes tem dentro
deles (pelo menos eu acho, já que alguns desses líderes eu tenho minhas dúvidas de
onde vem está vindo esse “espírito” que neles opera), e a mesma autoridade de
repreendê-los, com sabedoria e controle do Espírito Santo e com a Palavra de Deus
como guia).
Jotão contra seu irmão, o pretenso rei Abimeleque, filho de Gideão (Juízes
9.7-21);
Um profeta não nomeado contra Eli e sua família (I Samuel 2.27-36);
Samuel, contra Eli e sua família (I Samuel 3);
Samuel novamente, contra Saul, por DUAS VEZES (I Samuel 13.10-14 e
15.10-29);
Jônatas, contra Saul, seu pai (I Samuel 20)
Natã, contra Davi (II Samuel 12.1-14);
Gade, contra Davi (II Samuel 24.1-17 e II Crônicas 21);
O “homem de Deus que veio de Judá”, contra o rei Jeroboão I (I Reis 13.1-
10);
Aías, contra Jeroboão I (I Reis 14.1-16);
Hanani, contra Asa (II Crônicas 16.7-10);
Jeú, filho de Hanani, contra Baasa e sua descendência (I Reis 16.1-4);
Elias, contra Acabe e sua esposa Jezabel (aí é de I Reis 17 até o fim do
livro, rsrsrs);
Micaías, contra Acabe (I Reis 22.1-28);
Elias, contra Acazias, filho de Acabe (II Reis 1.1-18) (eita que esse Elias
não deixava a família do Acabe em paz, rapaz, kkkkkkk);
Eliseu, contra Jorão, filho de Acabe (de II Reis 3 até a morte de Jorão, em II
Reis 9);
Jeú, filho de Hanani, contra Josafá (II Crônicas 19.1-3);
Zacarias filho do sacerdote Joiada, contra Joás (II Crônicas 24.20-22);
O sacerdote Azarias e outros sacerdotes, contra o rei Urias (ou também
chamado Azarias) (II Crônicas 26.16-20);
Isaías, contra Acaz (Isaias 7 e 8);
Isaías, contra Ezequias (II Reis 20.12-19);
Todos os livros dos profetas em geral (Isaias, Jeremias, Ezequiel, Daniel,
Oséias, Joel, Amós, Miquéias, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias, não vou mais dar dicas de versículos, vão ler, seus crentes!)
estão CHEIOS de críticas, repreensões e conselhos de arrependimento aos
reis, sacerdotes, falsos profetas e o seu povo em geral;
Jesus e os discípulos, contra os sacerdotes de Israel (os quatro Evangelhos
e Atos dos Apóstolos);
Vários pais da igreja e bispos se opuseram a desmandos dos reis e
também contra alguns dos “líderes cristãos”, como Policarpo, bispo de
Esmirna, se opondo ao bispo de Roma Aniceto, que se julgava chefe de
toda cristandade, entre 154 e 168 d.C.;
Lutero e TODOS os reformadores, ao se oporem ao chefe de Roma;
Os fundamentalistas cristãos históricos (ou teólogos dialéticos), ao se
oporem ao maldito liberalismo teológico no início do século XX e que
dominava até mesmo os seminários).
Hoje em dia vivemos uma nova onda de oposição a essas novas formas de
teologia, que incluem a “teologia” da prosperidade, o movimento da fé, o
fundamentalismo xiita denominacional (que apregoa muito mais teorias da conspiração
e leis humanas falsas), o liberalismo gospel, o neoliberalismo teológico (que agora,
com Caio Fábio e outros, nega a inerrância das escrituras), o “desigrejamento” e o
teísmo aberto (aquele em que Deus “abriu mão de seu soberanismo”). Todo cristão
verdadeiro que está ciente da perniciosidade desses movimentos e se cala está
deixando o diabo cirandar na Igreja Cristã. Não podemos permitir tamanhos erros
grosseiros como esses permanecerem ativos sem nenhuma resposta. Somos ou não
“sal da terra e luz do mundo”? Pois se somos, temos que mostrar a Palavra de Deus
pura e verdadeira.
(4º) “Quem critica não faz nada”: Famosa por ter aparecido na boca de um
dos mais críticos hipócritas da igreja atual, o senhor Silas Malafaia, é uma das críticas
mais tolas aos críticos (que ironia, uma crítica aos críticos, ou seja, quem critica os
críticos também não faz nada, se pensarmos desse modo, né? – leiam mais sobre isso
em http://www.pulpitocristao.com/2009/05/julgando-os-criticos-ou-criticando-os-juizes/),
que muitas vezes vem acompanhada de outra frase muito tola (mas que até que às
vezes é verdadeira) “Críticos! Quantas almas vocês já conquistaram?” Eu já falei sobre
essa falácia no blog que sou responsável por escrever, o Destruíndo a Mentira
(http://grindlie.blogspot.com.br/2011/08/ganhar-ou-enganar-vidas.html) e vou expor parte
desse mesmo post aqui:
Uma das maiores defesas dos seguidores desses ladrões disfarçados de pastores e
anjos da igreja é soltar a clássica "QUANTAS VIDAS VOCÊ GANHOU?" Parece uma acusação
que até às vezes me machucava. Eu parava e pensava "pois é eu mal consegui em minha vida
como cristão levar mais que 10 pessoas pra Cristo, enquanto esses “caras” (teoricamente)
levam multidões". Ai eu parei e percebi meu erro e o de todos esses pobres cegos: Ganhar vidas
não é ENGANAR VIDAS!
(5º) Todo crítico é um recalcado e invejoso: Essa parece até piada. Mais
uma obra de Silas Malafaia e de outros pastores da prosperidade, como Valdemiro
Santiago. Também vi muito isso em comentários de fãs de artistas gospel e
freqüentadores de certas igrejas ai que foram criticadas pela música “É Proibido
Pensar”, de João Alexandre. Quando João compôs e lançou essa música no disco
homônimo de 2007, vi um monte de crente rachando a lenha na letra:
Meras repetições
É proibido pensar
(6º) Quem somos nós pra repreendermos esses homens “sábios”? A essa
pergunta nem vou me estender muito, pois é de simples resposta. Se você acha que
porque Edir Macedo tem doutorado em teologia e em divindade ele é “inatingível” e
que ele com certeza ensinam coisas certas porque sabem muito, você não deve ter
ouvido falar em escribas e fariseus, muito menos em Pedro e João.
(7º) A obra deles está prosperando, então é de Deus: E lá vem uso errado
da Bíblia de novo! Agora é a vez de Atos 5.34-39, o conselho de Gamaliel, sacerdote
fariseu e defensor – pelo menos aparentemente – do cristianismo. Uma frase inspirada
em Gamaliel é sempre usada por Valdemiro Santiago: “Se essa obra não for de Deus,
vai acabar; mas se ela for de Deus, ninguém vai nos parar”.
Tomemos como exemplo o budismo. A seita fundada por Sidharta Gautama mais
de 500 anos antes do nacimento de Cristo perdura até hoje, tendo milhares de adeptos ao
redor do mundo. Ora, se o argumento de Gamaliel estiver correto, então serei forçado a
crer que o budismo, religião que ensina a reencarnação, animismo e tantas outras
abstrações, também é de Deus! Lembre-se que passaram mais de dois milênios e a
religião contina crescendo em número de adeptos, inclusive no Brasil. O mesmo pode ser
dito do Confucionismo, Jainísmo e Taoísmo, todas com mais de quatro séculos antes do
cristianismo! Numa tradição mais recente está o maometismo (islamismo), com cerca de
quinze séculos de história, o que segundo o conselho de Gamaliel, é mais do que
suficiente para justificar a fé terrorista que se impõe por meio da espada.
Eu usaria muitos outros exemplos, como o crescimento de movimentos LGBT,
pró-aborto, ateísmo, materialismo, Wicca, até coisas mais maléficas, como o aumento
de corrupção em Brasília e no resto do país no campo político, ou o aumento no tráfico
de drogas por todo o país, esses “movimentos” crescem e aparecem, sem dar o menor
sinal de cansaço. Seriam, portanto, usando a premissa de Gamaliel, movimentos
guiados por Deus?
Lutero teve suas falhas, Calvino e John Wesley também tiveram, não vou nem
falar do rei Henry VIII da Inglaterra. Charles Spurgeon, David Wilkerson e Francis
Schaeffer também falharam algumas vezes na vida, Martin Luther King, Billy Graham,
C. S. Lewis, Larry Norman e Keith Green também, tal como hoje em dia pessoas como
John Piper, Paul Washer, Bono Vox, Augustus Nicodemus, Renato Vargens, Danilo
Fernandes, Sérgio Pavarini, Leonardo Gonçalves, Hermes Fernandes, Wagner Lemos,
eu (João Dias “Johnnÿ”), você, qualquer cristão tem falhas, tem discordâncias de
ensino, até os que batalham em nome da fé pura e simples nem sempre estão certos
sobre tudo. Eu no meu blog (Destruindo a Mentira) já postei várias coisas erradas, é
natural, mesmo homens inspirados pelo Espírito Santo não são o tempo todo santos.
E nem por isso foram indignos de falar. Moisés e Isaias se consideravam “pesados de
lábios”, mas Deus ainda assim os preparou e os usou pra Sua Honra e Glória. Que
nos movamos pra essa realidade.
(9º) Por que você não cuida da sua vida? Ué, nos cuidamos das nossas
vidas sim, mas mais que simplesmente cuidar das próprias vidas, o cristão deveria
seguir a lição do Nosso Senhor “o zelo pela Tua casa me consumirá” (João 2.17).
Outra música bem pesada que fala desse assunto é a “Mercenary Pastor” do
Krig, que ironiza o “cristo” das igrejas da prosperidade. Vejam a letra abaixo:
"Saudações a Jesus Cristo, o Filho de Deus
Filho de banqueiro, ele veio para que eu possa me tornar rico
Ele veio para que eu possa pegar o seu dinheiro
Ele veio para que eu possa vender sua igreja
Vender a igreja
Vender a igreja
Vender a igreja, pois eu sou um pastor mercenário
Um verdadeiro cristão tem que se preocupar sim com o que estão fazendo com
a Casa de Deus, com a Igreja do Senhor. Todo cristão que não toma essa posição
está fugindo de suas responsabilidades.
(10º) Não é mais fácil orar por quem falhou ao invés de expor os erros?
Seria muito mais fácil, se fosse isso que Jesus tivesse ordenado. Ou você acha que
estamos na igreja romana, onde você faz confissão pro padre e acha que vai expurgar
os erros rezando o Pai Nosso e Ave Maria, ou pior, pagando missa e indulgência?
Essa de “voto de silêncio” só existe na igreja romana e olhe lá.
A Bíblia relata que Cristo Jesus ordenou claramente “Se teu irmão pecar, vai
argüí-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te
ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas
ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à
igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”
(Mateus 18.15-17). Há quem diga que isso só é válido para questões entre irmãos,
mas em diversos manuscritos isso não procede. Se virmos o irmão pecar, temos que
exortá-lo SIM. A parte do "Se alguém vir pecar seu irmão pecado que não é para
morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte.” (I João 5.16)
também é válida, mas somente orar não adianta. E em alguns casos é necessário
denunciar as obras erradas de muitos. Já respondendo outra falácia, a do “dizer
nomes de quem errou é errado” Paulo e João não só delataram a falha de muitos,
como Demas, Himineu, Alexandre, Fileto e Diótrefes, como pediram que todos
rejeitassem seus ensinamentos e fugissem de seus ensinos. Lutero, nas suas 95
teses, denunciou claramente Johannes Tetzel e sua fábrica de indulgências. Orígenes
fez um livro chamado “Contra Celso”, combatendo um falso mestre e inimigo do
cristianismo. Pedro foi enfático contra Simão o Mago e contra Ananias e Safira. Nós
temos o DEVER de denunciar o erro!
Esses foram alguns dos sofismas mais conhecidos. E eis a resposta para eles.
Que Deus nos prepare mais e mais pra enfrentar esses erros crassos.
Vai parecer ironia extrema, mas vou usar basicamente o que o inimigo dos
críticos Silas Malafaia ensinou como guia básico: DUVIDAR, CRITICAR E
DETERMINAR (OBS: essa técnica é velha conhecida dos psicólogos e filósofos,
chamada também de D.C.D., ou seja, não é nada de novo que o Silas trouxe hehe).
1º - Duvidar: A dúvida é a dádiva dos homens que Deus deu. René Descartes
(1596-1650) já dizia em seu livro “Discurso do Método” “se duvido penso, e se penso,
logo existo”. Precisamos em tudo duvidar, não aceitar de primeira mão. Se aceitarmos
tudo em primeira mão sem nenhuma dúvida, seremos levados por todo vento de
doutrina (Efésios 4.14).
“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas,
mas são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se
uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons
frutos, e toda a árvore má produz frutos maus” (Mateus 7.15-17).
“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”(João 7:24).
“E, vendo ele (João Batista) muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu
batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi,
pois, frutos dignos de arrependimento” (Mateus 3:7-8).
“Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração?
Mas vós a tendes feito covil de ladrões” (Marcos 11:17).
“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus,
porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1 João 4:1).
“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há
luz neles” (Isaías 8:20).
“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso,
tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os
contradizentes” (Tito 1:9).
“Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos
aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que
de nós recebeu” (2 Tessalonicenses 3:6).
“se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos
mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo,
mas admoestai-o como irmão” (2 Tessalonicenses 3:14-15).
“Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de
nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade,
É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das
quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas... Mas tu, ó homem de
Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a
mansidão” (1 Timóteo 6:3-4, 11).
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” (2
Timóteo 3:1-5)
“Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa,
nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras” (2
João 10,11).
“Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se
recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes
com razão o sofrereis... Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos,
transfigurando-se em apóstolos de Cristo” (2 Coríntios 11:4-13).
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do
que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de
novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já
recebestes, seja anátema.” (Gálatas 1:8-9).
“Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada
imundo, E eu vos receberei” (2 Coríntios 6:17).
Citando nomes:
“Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não
nos recebe. Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo
contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e
impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja. Amado, não sigas o mal,
mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus.”
(III João 9-11).
“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos
doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor
que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as
suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza
farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será
tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.” (2 Pedro 2:1-3).
Agradecimentos
Ao Senhor Deus, por me dar a salvação através de Seu filho Jesus, além de
inteligência, oportunidade e desejo de crescimento e de lutar em nome da fé pura e
simples, guiado pelo Santo Espírito.
Aos vários companheiros meus na luta pelo Evangelho Puro e Simples, que me
ajudaram todos esses anos com textos e com exortações. Em especial cito Renato
Vargens, Leonardo Gonçalves, Wagner Lemos, Alan Castro, Daniel Cardial, Ruy
Cavalcante Oliveira, Lennon Oliveira, Ronivaldo Brandão, Danielle Oliveira, Loren
Bittencourt, Marcos Dornel, Márcia Gizella, @Soberanismo, Thiago “Madguitar”, Tiago
Souza “HxBx”, Gabriel Pedroso, Cesare Turazzi, Vinícius Pimentel, Juliana Cristina,
Hermes Fernandes, Danilo Fernandes, Augustus Nicodemus, Dayane Arena, Carlos
Alberto @_estressado, Filipe “Paulo Christian” do Nascimento, Jefferson Guilherme,
Fernando Fernandes (“FFGN”), Alesson Góis (“Baruque”) e todo pessoal do V.E.R.
(Vidas em Revolução), Diogo Ventura Lovato, Rubens Silva, Gustavo Hoft, Janise
(Com ou Sem Crise), Garota Cristã e Garoto Cristão, Geremias Couto, Lioness, André
Sanchez, “O Patriarca”, Dolores Fernandez, Gabriel Carramenha, Zé Luís Jr., Sérgio
Pavarini, Sandro Baggio, Thiago Matso, Paulo Gustavo, @ThePescador, Patrícia
Geiger, Roberto Aguiar, @Crentassos, Rafael Mesquita (@ProfetadaGospel), Leleke
Visita, o pessoal do @gospelmais, Lorrayne Oliveira, comunidades “Evangelho Puro e
Simples – o $how Tem que Parar”, “Cante as Escrituras” e “Puritans” no Facebook e
todos que lêem os blogs Webevangelista, Jesus nas Linhas e o meu blog Destruindo a
Mentira.
Esse tratado é de livre distribuição gratuita e para todos que querem conhecer
mais da Palavra de Deus e do Evangelho Puro e Simples. Toda e qualquer forma de
venda dele é proibida! “De graça recebestes, de graça daí” (Mateus 10.8)