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Estática

A Estática é o ramo da Mecânica que estuda o equilíbrio dos corpos, isto é, na Estática analisamos que condições um corpo,
sujeito à acção de forças, deve obedecer para se manter em equilíbrio.

 Um corpo rígido é aquele cujas dimensões não podem ser desprezadas.

Composição e Decomposição de forças

Já sabe que a resultante de um sistema de forças, é força única capaz de produzir o mesmo efeito que o das suas
componentes. Por isso:

A composição de forças, é o processo de substituição de duas ou mais forças por uma única, capaz de obter o mesmo efeito,
ou seja, é o processo de determnação da resultante de um sistema de forças.

O processo inverso ao da composição de forças, chama-se decomposição de forças.

Vejamos o exemplo do sistema de duas forças concorrentes apresntado na figura abaixo:

F1 FR

A B C
F2

Da figura acima observa-se que:

 A força resultante ( F R ) foi determinada aplicando a regra do paralelogramo.

 A força F 2 foi prolongada e baixou-se a altura em relação a esta força (CD).


 A figura ACD é um triângulo rectângulo.
Aplicando o Teorema de Pitágoras: AD 2=AC 2+ CD2

BC CD BC
Do triângulo BCD, cos α= e sen α = . Também temos: BC=F 1, por isso, , cos α= ⇔ BC=F 1 ∙ cos α e
BD BD F1

CD
sen α = ⇔ BC =F 1 ∙ sen α .
F1

Da figura acima temos: AD=F R e AC=F 2 +BC ⇔ AC =F 2+ F 1 ∙ cos α .


2 2
Substituindo na equação: : AD 2=AC 2+ CD2. Ficamos com: F R =( F2 + F 1 ∙ cos α ) +(F 1 ∙ sen α )²

 F 2R =F22 +2 F2 F 1 cos α + F 21 +co s2 α+ F 21 se n2 α ⇔ F 2R =F 22+2 F 2 F 1 cos α + F 21(co s 2 α + se n2 α )


2 2 2
 Mas como co s2 α + se n2 α=1 , então: F R =F2 +2 F2 F 1 cos α + F 1, logo:

F R =√ F 21 + F22 +2 F1 F2 cos α

A equação acima permite calcular o módulo da resultante de duas forças e denomina-se regra dos co-senos.

Também podemos calcular a resultante de duas forças decompondo-as num referencial cartesiano – Decomposição de forças.

Da figura acima observa-se que:

 A origem do S.C.O coincide com a origem das duas forças e o eixo x coincide com a direcção e o sentido da força F 2;

F1
F1 y

F1 x F2 x

 A força F 1 é decomposta em duas componentes: F 1 x (componente horizontal) e F 1 y (componente vertical);


F1 x
 A componente F 1 x é o cateto adjacente ao ângulo α , por isso, cos α=¿ ⇔ F =F 1 cos α ¿;
F1 1x

F1 y
 A componente F 1 y é o cateto oposto ao ângulo α , por isso, sen α =¿ ⇔ F =F1 sen α ¿;
F1 1y

F Rx =F 2 + F 1 x ⟹ F Rx =F 2 + F1 cos α
Assim:
{ F Ry =F1 y { F Ry =F1 sen α

Finalmente, podemos determinar a resultante do sistema das duas forças. Visto que F Rx e F Ry são forças perpendiculares,
porque os eixos dos xx e yy são perpendiculares entre si, logo:

F R =√ F 2Rx + F 2Ry ⇔ F R =√ ¿ ¿ ⇔ F R =√ F21 + F 22+ 2 F 1 F 2 cos α

Como vemos o resultado é o mesmo que obtido anteriormente.


 Exemplos de aplicação:
Calcule a resultante de cada um dos seguintes sistemas de forças:

a) 3

b)
10

30º

12
c)

45º

30º
9
Resolução:
a) Neste caso as forças são perpendiculares. Por isso aplicamos o Teorema de Pitágoras. Assim,

Dados Fórmula Resolução

F 1=3 N F R =√ F 1 ²+ F22 F R =√ 3²+ 4² ⇔ F R =√ 25=5 N

F 2=4 N

b) O sistema apresentado nesta alínea é contituído por força concorrentes, a expressão para o seu cálculo é:

F R =√ F 21 + F22 +2 F1 F2 cos α

Onde: F 1=10 N ; F 2=12 e α=30 °

Logo: F R =√ 10²+ 12²+2∙ 10 ∙12 ∙ cos 30 ° ⇔ F R =√ 100+144+ 240∙ 0,87 ⇔ F R =√ 452,8 ⇔ F R =21,3 N

c) Neste caso devemos começar por decompor as forças do sistema em componentes sobre os referências “x” e “y”.
Deste modo teremos:
F 1y F1 8
F 2x 45º
F 1x
F2 30º
9 F 2y

Assim:

F Rx =F1 x −F2 x ⇔ F Rx =F 1 cos 45 °−F 1 cos 30°


{ {
F Ry=F 1 y −F 2 x F Ry =F 2 sen 45 °−F 2 sen 30 °

⟺ F Rx=8∙ 0,7−9 ∙ 0,87 ⇔ F Rx =−2,23


{
F Ry=8∙ 0,7−9 ∙ 0,5 {
F Ry=1,1

Agora podemos calcular a resultante do sistema aplicando o Teorema de Pitágoras. Por isso:

F R =√ F Rx ²+ F Ry ²
2
F R =√ (−2,23 ) +(1,1)² ⇔ F R=√ 4,9729+1,21 ⇔ F R =√ 6,1829 ⇔ F R=2,5 N

Forças da natureza

Força: é toda a causa capaz de modificar o estado de repouso e/ou de movimento de um corpo e, ainda de lhe causar
deformações.

Fg)
1. Força da gravidade ( ⃗
É a força de atracção que actua entre dois corpos, como consequência da sua massa. A sua unidade no SI é Newton [N] e a sua
expressão matemática é:
F g=m∙ g

Onde:
F g – Força de gravidade [N]

m – Massa [kg]
g – Aceleração de gravidade [m/s²]

 A força de gravidade é sempre dirigida de cima para baixo


Fg

Fg

(a) (b)
 Têm seu ponto de aplicação no centro geométrico dos corpos.

2. Força de peso (P)


É a força com que um corpo é atraído pelo planeta. Por isso, é sempre vertical, actuando de cima
para baixo, perpendicularmente à superfície horizontal. O seu módulo depende da massa do
corpo e da aceleração da gravidade do local. Sendo assim, na Terra, o peso de um corpo com a
massa m = 10 Kg é de 98 N (P Terra = 10 Kg x 9,8 m/s2 = 98 Kg.m/s2 = 98 N). Na Lua, o peso do
mesmo corpo, uma vez que a massa de um corpo não varia, será de 16 N.

 Peso de um corpo é a força que um corpo exerce sobre a superfície de apoio.


a) Esta força é sempre perpendicular à superfície de apoio, veja nas figuras (a) e (b).
b) Tem o seu ponto de aplicação na superfície de apoio do corpo.

Fg P

y
P

(a) (b)
A sua expressão matemática é:

P=m∙ ⃗g

Onde: P – Força de peso [N]; m – Massa [kg] e g – Aceleração da gravidade

3. Força de reacção Normal ( ⃗ N)


Sempre que um corpo está apoiado sobre uma superfície (horizontal, vertical ou inclinada) e exerce sobre ela uma força, essa
superfície "responde" com uma força da mesma intensidade, mas de sentido oposto, como consequência da 3ª Lei de Newton
(sempre que um corpo A exerça uma força F A sobre um corpo B, este responde sobre aquele corpo com uma força F B, da
mesma intensidade, mas de sentido contrário). A força de reacção normal é sempre perpendicular à superificie de apoio e tem
seu ponto de aplicação na superficie de apoio do corpo.
N
x

N
Fg P

A sua expressão matemática é:


N =m∙ g ou ⃗
⃗ N =P
Onde: N – Força de acção normal [N]; g – Aceleração de gravidade [m/s²] e P – Força de peso [N]

4. Força de tensão (num fio)


Quando supendemos um corpo num fio, este estica-se, Isto deve-se à força que o corpo exerce sobre o fio. E mais uma vez, o
fio deve reagir com uma força igual à exercida pelo corpo mas de sentido contrário. A força exercida pelo fio é chamada força
de tensão.

Força de Tensão ou apenas Tensão (T ) , é a força de reacção de um fio quando está sujeito à acção de uma força externa.
 Tem o seu ponto de aplicação nas extremidades do fio, veja na figura que se segue.

F a)
5. Força de atrito ( ⃗

É a força que tem tendência de impedir o movimento, actuando sempre no sentido contrário ao deslocamento. Se o corpo
estiver em movimento diz-se “atrito dinâmico”.

Da prática sabe que é fácil escorregar numa superfície lisa do que numa rugosa. Isto deve-se à força de atrito.

 Esta força é sempre paralela à superfície onde o corpo se move, e tem sempre sentido contrário ao sentido do
movimento do corpo, veja nas figuras (a) e (b).
 Tem o seu ponto de aplicação na superfície de apoio do corpo.

A sua expressão matemática é:

F a=μ ∙ ⃗
⃗ N

Onde:

F a – Força de atrito [N]


μ – Coeficiente de atrito [é uma grandeza sem unidades – adimensional)


N – Força de reacção normal [N]

N
Sentido do movimento x

N Fa

Fg P
Fa

(a) (b)

Condição de equilíbrio de translação


Um corpo está em equilibrio de translação quando seu centro de massa está em MRU em relação a um dado referencial ou
quando está em repouso. A condição para o equilíbrio de translação estabelece que a resultante das forças que actuam sobre
um corpo é nula ou a sua soma é nula. Isto é:

F Rx =0 ∧ F Ry =0 ou ∑ F Rx =0 ∧ ∑ F Ry=0
NB: Na resolução de exercícios concretos, devemos dar o mesmo sinal às forças com o mesmo sentido, e sinal negativo às
forças de sentidos contrários.

Exemplo: Observe a figura (a) do exercício. Pretende-se calcular a tensão à que está sujeito cada fio devido a acção da massa
de 80 kg.

Na resolução deste tipo de exercícios, o procedimento é o seguinte:

1. Representrar todas as forças que actuam apenas sobre o corpo.


2. Decompor as forças que não coicidem com os eixos X e Y;
3. Aplicar a condição de equilíbrio de translação.

{ F Rx =0
F Ry=0 {
T −T 2=0
⟺ 1x
T 1 y −F g=0

T 1 ∙ cos 60 °−T 2=0
{ T =600 √3 N
⇔ 2
{
T 1 ∙ sen 60 °−m ∙ g=0 T 1=1200 √ 3 N
Condição de equilíbrio de rotação
Um corpo está em equilíbrio de rotação quando se move em torno de um eixo fixo. O produto entre a força e o braço da força
chama-se Momento de uma força (M). Esta grandeza física vectorial é importante na aplicação da condição de equilibrio de
rotação.
O braço de uma força, é a distância entre a linha de acção da força e o eixo de rotação do corpo, veja a figura que se
segue.

eixo F

A expressão matemática do momento de uma força é:


M =F ∙ b
Da figura acima temos:
b
 sen ( 180° −α )= ⟹ b=r ∙ sen(180 °−α ), como sen ( 180° −α )=sen α , então: b=r ∙ sen α , logo:
r

M =F ∙ r ∙ sen α
Onde:
M – Momento de uma força [N.m]
b – Braço da força [m]
r – Distância entre o braço e o ponto de aplicação da força [m]

Exemplo: A barra do exercício que se segue é homogénea e tem uma massa de 200 kg. A força que a barra exerce sobre o
ponto “A” é de 1200 N e sobre o ponto “B” é de 1600 N, Determine o momento de todas as forças em relação ao ponto “A”
sabendo que AC = 8 m e BC = 2 m.

80 kg

B
A
C

Resolução: Vamos começar por representar as forças que actuam sobre a barra. Não nos devemos esquecer, que a força de
gravidade actua no centro da barra e que a força que a barra exerce sobre os pontos “A” e “B”, são as reacçãoes normais
nesses pontos. Também devemos ter em conta que a força que a massa de 80 kg exerce sobre a barra é o seu peso. Assim
obtemos as seguintes forças:

NA = 1200 N 80 kg NB = 1600 N
B
A
C
P= N

Fg = 2000 N
Antes de calcularmos o momento de todas as forças do sistema é necessário saber que:
 NB = 1600 N; r = 10 m (distância BA) e α = 90 o

 P = 800 N; r = 8 m (distância CA) e α = 90 o


 Fg = 2000 N; r = 5 m (metade do comprimento da barra) e α = 90 o
 NA = 1200 N; r = 0 m (distância AA) e α = 90 o

Como o momento de uma força é dado pela expressão


M = F. r.sen α , então podemos agora calcular.

MNB = 1600.10 .sen90 o ⇒ MNB = 16000 .1


⇒ MNB = 16000 N.m

MP = 800.8.sen90o ⇒ MP = 6400.1
⇒ MP = 6400 N.m

MFg = 2000.5.sen90o ⇒ MFg = 10000.1


⇒ MFg = 10.000 N.m

MNA = 1200.0 .sen90o ⇒ MNA = 0.1


⇒ MNA = 0 N .m
Resposta: O momento da força no ponto “B” é de 16.000 N.m.

O momento de uma força permite-nos formular a condição de equilíbrio de rotação, ou seja, a condição para que um corpo
não possa girar em volta de um determinado ponto.

Para que um corpo observe equilíbrio de rotação, o somatório dos momentos das forças que actuam sobre ele deve ser
nulo.
∑ M =0
Aplicação da Condição de Equilíbrio de Rotação

A figura deste exercício, apresenta uma barra rígida de 100 kg, fixa numa das extremidades num fio e apoiada num ponto B. Na
extremidade C da barra encontra-se um bloco de 50 kg. A distância AB é de 3 metros e a BC é de 2 metros.
Nesta condições quer-se saber qual é a força à que está sujeito o fio e força que a barra exerce sobre o apoio em B.

A C

Figura (a)
Na resolução deste tipo de exercícios, convém obedecer aos seguintes passos:

1. Representar todas as forças que actuam apenas sobre a barra.

NB
T

A
FgB C
P

Figura (b)

Onde:

T ... é a tensão no fio

FgB... é a força de gravidade da barra

NB ... é a força que a barra exerce sobre o apoio em B (que corresponde à força normal)

P ... é o peso do bloco.

2. Escolher um ponto qualquer da barra, que passa a ser considerado o seu centro de rotação.

Convém escolher um ponto em que se encontra uma das grandezas a ser ccalculada. Por isso, neste caso, convém escolher o
ponto A ou B. Vamos então considerar que o eixo da barra se encontra no ponto B.

3. Calcular o momento de todas as forças que actuam sobre a barra em relação ao eixo escolhido.

Neste caso vamos calcular o momento de todas as forças que actuam sobre a barra em relação ao ponto B (que é o eixo
escolhido).

M T =T ∙ AB ∙ sen 90 °=T ∙ 3 ∙1=3 T

M Fgb =F b ∙ ( AC2 −2 ) ∙ sen 90 °=m ∙ g ∙( 52 −2)=100 ∙10 ∙ 0,5=500 N . m


b

M N =N B ∙ BB ∙ sen 90° =N B ∙ 0∙ 1=0


B

M P =P∙ BC ∙ sen 90 °=m ∙ g ∙ 2∙ 1=50 ∙ 10∙ 2 ∙1=1000 N . m

Onde: MT é o momento da tensão e AB é a distância do ponto de aplicação da tensão ao eixo A.

AB
M F é o momento da força de gravidade e é a distância do ponto aplicação da força de gravidade da barra ao
gb
2
eixo B (metade do comprimento da barra).
MNB é o momento da normal em B e BB é a distância do ponto de aplicação da normal em B até ao eixo B (que é nula).
MP é o momento do peso e BC é a distância do ponto de aplicação do peso ao eixo A.

Repare que em todos casos temos seno de 90 o , porque todas as forças formam um ângulo de 90 o com a barra.

4. Escolher o sentido de rotação positivo da barra sobre o eixo escolhido.

O sentido de rotação pode ser o horário ou ati-horário. Na Figura (b) foi escolhido o sentido horário como o sentido de
rotação positivo.

Regra dos sinais dos momento


 As forças cuja acção (sózinha) sobre a barra iriam provocar uma rotação da barra no sentido horário,em torno do ponto B,
têm um momento positivo.

 As forças cuja acção (sózinha) sobre a barra iriam provocar uma rotação da barra no sentido anti-horário,em torno do ponto
B, têm um momento negativo.

Se tivessemos escolhido o sentido anti-horário como o sentido de rotação positivo, a regra dos sinais iria se inverter.

5. Aplicar a condição de equilíbrio de rotação, tendo em conta a regra dos sinais dos momentos de cada força,
explicada no 4o passo.

Assim:

ΣM = 0
⇒ MT - MNB + NB + MP = 0 ⇒ 3T - 500 + 0 + 1000 = 0 ⇒ 3T = 500⇒ T= 500/3 ⇒ T = 166,7 N

6. Aplicar a condição de equilíbrio de translação.

Regra dos sinais das forças

 Se considerarmos positivas as forças que actuam para cima, então as forças que actuam para baixo são negativas, ou
vice versa.

Assim

FRX = 0 e FRY = 0
⇒ T - FgB + NB - P = 0 ⇒ T- mB .g + NB - m.g = 0
⇒ 166,7 - 100.10 + NB - 50.10 = 0 ⇒ NB = 1333,3N

Dinâmica
Dinâmica é a parte da Mecânica que estuda o movimento dos corpos em estreita relação com as forças que produzem esse
movimento (causas do movimento). O estudo da Dinâmica é resumido pelas três Leis de Newton.

1ª Lei de Newton ou Princípio da inércia


Todos nós já vivenciamos situações em que somos "atirados para a frente" quando, estando
em movimento, uma força tende a parar-nos. Por exemplo, o ciclista em movimento foi
"cuspido da bicicleta" ao embater num obstáculo que obrigou a bicicleta a parar, mas como
ele estava em movimento (com a bicicleta) a sua tendência é manter esse movimento.

Da mesma forma, se estivermos parados no interior de um carro e, este acelerar de repente, nós iremos nos inclinar para trás,
pois a tendência de um corpo parado é permanecer onde estava.

Estes dois exemplos caracterizam uma propriedade fundamental da matéria que diz: qualquer corpo em movimento tende a
permanecer em movimento e, qualquer corpo em repouso tende a permanecer em repouso, a menos que uma força
provoque a mudança do seu estado mecânico. Esta propriedade é conhecida por INÉRCIA e é explicada pela...

Primeira lei de Newton, também conhecida como princípio da inércia, afirma que todo corpo permanece em seu estado de
repouso ou em movimento retilíneo e uniforme caso as forças que actuem sobre ele se anulem . A lei da inércia foi concebida
pelo físico inglês Isaac Newton e foi baseada nas observações feitas pelo italiano Galileu Galilei.

A inércia é uma propriedade inerente da matéria, isto é, todos os corpos que possuem alguma quantidade de massa possuem
inércia, isto é, a massa é a medida quantitativa da inércia de um corpo.
A inércia indica a tendência que um corpo tem de permanecer em seu
estado de movimento ou de repouso, quer dizer, um corpo com muita
inércia opõe-se fortemente às mudanças de velocidade (é mais difícil
colocar em movimento um corpo com muita massa, mas também,
quando ele está em movimento é mais difícil fazê-lo parar.
Ficha de apoio de Física 11ª Classe Unidade 1: Mecânica. Cinemática, Estática e Dinâmica

2ª Lei de Newton ou Lei Fundamental da Dinâmica


Do seu dia a dia sabe que quanto maior é a força que aplica ao chutar uma bola, esta sai com maior velocidade e
consequente mente com uma maior aceleração. Isto significa que a aceleração imprimida a um corpo é tanto maior
quanto maior for o valor da força aplicada sobre ele. Por isso:
 A 2a Lei de Newton estabelece que, a resultante das forças que actuam sobre um corpo é directamente
proporcional à aceleração que o mesmo corpo adquire. (FR ~ a).

F R =m∙ a

Onde:
FR – Força resultante [N];
m – Massa [kg];
a – Aceleração [m/s²]

Os gráficos da figura que se segue, estão de acordo com a 2 a Lei de Newton, porque quando duas grandezas são
directamente proporcinais, o gráfico deve ser uma linha recta. Como vê, quanto maior é a inclinação da recta, maior é
a massa do corpo envolvido.

m m m
m1 1 2 3 m2

m3

3ª Lei de Newton ou Lei do Par Acção-Reacção


Certamente que já chutou uma bola contra uma parede e verificou que a bola após chocar com a parede volta. Isto
acontece porque quando a bola choca com a parede, exerce uma força contra esta. Mas por sua vez, a parede
também aplica sobre a bola uma força com o mesmo valor mas de sentido contrário. Este é o conhecido Princípio do
par acção e reacção. Assim:

 A 3a Lei de Newton estabelece que para cada acção há sempre uma reacção igual mas directamente
oposta.

O voo dos aviões baseia-se nesta lei, porque quando as hélices ou as turbinas do avião expelem o ar para trás, o
avião vai para frente devido como a reacção igual e directamente oposta. O mesmo acontece com a hélice dum
helicópetero, que expele o ar para baixo e com reacção o aparelho sobe.

13 Elaborado pelo Docente Benedito dos santos


Ficha de apoio de Física 11ª Classe Unidade 1: Mecânica. Cinemática, Estática e Dinâmica

O Conhecimento não é natural


conquista-se1

14 Elaborado pelo Docente Benedito dos santos

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