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Resumo
Em um mercado onde a concorrência está cada vez mais
acirrada, saber como se destacar dos concorrentes é
fundamental para um bom desempenho de seu negócio.
Pensando nisso o estudo abaixo propõe a análise de 7
empresas Caxienses do segmento alimentício que
Palavras-chave: comercializam o mesmo produto com estratégias de retenção
de público diferentes, sendo assim, através da coleta de dados
Administração estratégica. Vantagem qualitativa é realizado um estudo de caso múltiplo sendo
competitiva. Concorrência. Riscos externos. viabilizado por entrevistas semiestruturadas com os
Diferenciação. responsáveis pela gestão estratégica de cada um dos
estabelecimentos. Posto isto, o objetivo deste estudo pretende
identificar quais estratégias são utilizadas por estes gestores
afim de obter vantagem competitiva perante os concorrentes,
saber como identificam esses concorrentes, como agem ao
deparar-se com riscos externos à sua organização, e como
modelam suas estratégias para atrair seu público alvo. Através
destas entrevistas foi possível identificar como as estratégias
de cada estabelecimento são moduladas para atrair o público,
foi possível identificar também qual das 3 estratégias
genéricas indicadas por Porter é utilizada por cada empresa
para se destacar das demais e como isso influencia o tamanho
de público que é atendido por cada tipo de estabelecimento.
1 INTRODUÇÃO
O mercado está sofrendo mudanças constantes, que pressionam cada vez mais os
empreendedores a elaborar estratégias para se manter competitivo. Neste sentido Ireland
(2014) afirma que esta competição das organizações está mudando ligeiramente, porém o
capital financeiro continua escasso em muito deles, obrigando as organizações a se adaptarem
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Ansoff (1993) as estratégias consistem em uma junção de ações que são
definidas para conduzir a empresa para um determinado objetivo. Estas estratégias podem ser
elaboradas por diversas situações, dentre elas para atrair e satisfazer clientes, orientar o rumo
das operações internas, possibilitar o desenvolvimento e crescimento da organização e atingir
alta performance em seu negócio (GAMBLE, 2012).
Ainda Gamble (2012) afirma que estratégias são ações que demandam bastante
conhecimento do evento no qual vai ser estudado, e, que devem ser definidas e modeladas
constantemente, não podendo ser um trabalho único do início ao fim, mas sim aperfeiçoado
Thompson (2011) diz que os gestores são os grandes responsáveis pelo sucesso da
empresa, sendo assim, é dever deles, principalmente, planejar como irão atrair clientes,
fidelizá-los e destacar-se dos concorrentes, fazendo com que o desempenho geral da
instituição cresça, estando sempre na ativa, caso contrário se torna um alvo fácil para os
concorrentes, ocasionando fracasso da organização. “É responsabilidade do líder que pratica
um jogo duro obrigar sua empresa a defrontar-se com esses temas fundamentais e, depois,
passar a resolvê-los” (THOMPSON, 2011).
As técnicas aplicadas precisam ser sempre criativas, ousadas e inéditas, porém a
realidade atual deve a todo momento ser levado em consideração (OLIVEIRA, 2013).
Segundo Oliveira (2013) genericamente falando, existem quatro situações que podem levar as
Nos atuais mercados, atraentes e voláteis, em que tudo acontece em tempo real,
situações novas surgem a todo instante, obrigando o administrador a tomar decisões
a partir de pedaços móveis da realidade, aceitando que não tem todas as
informações. O concorrente surge de onde ele menos espera, seu cliente pode ser
mais informado do que ele próprio, produtos excepcionais aparecem da noite para o
dia. (AGUILERA, 2009).
Segundo Ireland (2014) as empresas estão interligadas, as ações realizadas por uma
organização iram provocar reações competitivas nas outras também, devido esta interligação.
E estas reações podem se acentuar quando se nota uma oportunidade de mercado, onde seus
concorrentes também pretendem seguir aquela direção.
O ponto de partida para Porter (2004), foi implantar para as empresas uma posição
sustentável e defensiva três estratégias genérica competitivas, aonde descreve ações ofensivas
e defensivas para ter um ótimo posicionamento na empresa ou seja não dependem da
organização e nem do setor, sendo assim consegue enfrentar as cinco forças obtendo um
retorno maior no lucro da organização, estas estratégias genéricas se dividem em três
abordagens potencialmente bem sucedidas e de grande importância para superar seus
desafios e atingir seus objetivos e sendo que as mesmas podem ser usadas isoladamente ou em
forma combinada na organização.
As três estratégias competitivas podem ser categorizadas, segundo Porter (2004, p.
37), nos itens descritos abaixo:
a) Liderança no custo total: Exige a construção agressiva de instalações em escala
eficiente ou seja uma perseguição vigorosa de redução de custos pela experiência, tendo um
controle mais especifico dos custos e das despesas gerais, avaliar os custos mas sem deixar de
cair o nível de qualidade. (PORTER, 2004)
45
42
40
27
20
6 1
4.2 Desempenho
Gráfico 2: Desempenho do negócio com base no número médio de clientes atendidos por mês
45000 R$ 35,00
40000
R$ 30,00
40000
R$ 30,00
35000
30000 R$ 25,00
30000 R$ 21,00
25000 R$ 20,00
R$ 16,00
R$ 15,00
R$ 20,00
20000 R$ 13,00 R$ 15,00
15000
9000 R$ 10,00
10000 7000
6000
9000 R$ 5,00
5000
0 R$ 0,00
Empresa 1 Empresa 2 Empresa 4 Empresa 5 Empresa 6 Empresa 7
No gráfico exposto acima é possível verificar que, a empresa 1 e 4, cujo tem maiores
números de clientes atendidos ao mês, possuem valor de ticket médio próximo, apostando na
quantidade de vendas para o bom desempenho do empreendimento. A empresa 2 e 7 tem o
menor ticket dentre as empresas estudadas, e, são as com menos tempo de mercado,
visivelmente buscam se tornar conhecido no mercado baixando o valor do produto.
As empresas 5 e 6 apostam em qualidade, o que acarreta um aumento do valor do
ticket médio e diminuição das vendas, embora e empresa 5 tenha o ticket médio muito
Para Porter (2004) uma empresa que aposta na estratégia em liderança por custo total
necessita de uma estrutura adequada para tal, pois sucesso de seu negócio está diretamente
ligado a quantidade de clientes atendidos por mês. Sendo assim, relacionando o pensamento
de Porter com as duas empresas cujo foram identificadas como utilizar esta estratégia,
observamos que ambas apostam em promoções para atrair o público, a divulgação dos
estabelecimentos é realizada constantemente, ocasionando nas duas empresas cujo possuem
maior número de clientes atendidos mensalmente. Ainda, possuem uma política de giro de
cardápio, fazendo com que os seus clientes não substituam o estabelecimento tão facilmente,
pois há sempre algo novo incentivando os clientes a comparecer.
Já as empresas que optam por diferenciação, a forma de abordagem ao cliente é
diferente, conforme afirma Gamble (2012) que a diferenciação de um negócio ou produto é
basicamente o valor agregado que ele possui, onde supera os concorrentes. Observamos na
tabela acima, que cada estabelecimento utiliza sua forma de diferenciação, sendo pelo
produto, ambiente ou localização, cada uma delas é válida desde que seu cliente perceba este
valor, ou seja, que o cliente esteja disposto a optar pelo seu produto, mesmo que o preço seja
maior, para satisfazer uma necessidade.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De um modo geral, quando se fala nas três estratégias genéricas de Porter, pode-se
identificá-las como uma ferramenta essencial na administração estratégica, visto que são
métodos viáveis para se trabalhar em prol do sucesso das organizações, sendo vista como um
conjunto de ações que a alta administração deve se atentar afim de guiar seu empreendimento,
tendo uma visão ampla da concorrência e do posicionamento da empresa, enriquecendo as
habilidades nos processos e tornando eficaz as estratégias designadas.
6 REFERÊNCIAS
BULGAVOC, Sergio. Administração estratégica: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2007.
FLICK, Uwe. Introdução à Pesquisa Qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo; BECKER, Grace Vieira; MELLO, Maria Ivone. Projetos
de estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3.ed. São Paulo: Atlas,
2007.