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Até o início da década de 1930, a mulher não era considerada cidadã, pois não tinha direito ao voto,

poucas frequentavam escola e as profissões que lhes eram permitidas pelo decoro eram a
enfermagem e o magistério, sendo, mesmo este último, repleto de proibições e cerceamentos. O
professor William Apple, da Universidade de Wisconsin, em Madison, transcreveu em uma de suas
obras as cláusulas do contrato entre uma instituição de ensino e uma professora, em 1923, nos
Estados Unidos. O documento exigia à professora contratada, sob pena de anulação do contrato
profissional, desde um comportamento moralista impecável e exemplar até pesados serviços de
faxina. O documento está disponível pela internet e o site salienta que, na Espanha, nem contrato
elas poderiam assinar por não terem uma personalidade jurídica. Eis as cláusulas contratuais:

1. Não se casar. 2. Não andar na companhia de homens. 3. Ficar em casa entre as 8h da noite e
as 6 da manhã, a não ser que seja para atender a uma função escolar. 4. Não passear pelas
sorveterias do centro da cidade. 5. Não abandonar a cidade sob nenhum pretexto, nem
permissão do presidente do Conselho de Delegados. 6. Não fumar cigarros. 7. Não beber
cerveja, vinho ou uísque. 8. Não viajar em carruagem ou automóvel com qualquer homem,
exceto seu irmão ou seu pai. 9. Não vestir roupa de cores brilhantes. 10. Não prender os
cabelos. 11. Usar, pelo menos, duas anáguas. 12. Não usar vestidos que fiquem a mais de cinco
centímetros acima dos tornozelos. 13. Manter a sala limpa: a. varrer o chão da sala de aula pelo
menos uma vez por dia; b. lavar o chão da sala de aula, pelo menos, uma vez por semana, com
água quente e sabão; c. limpar o quadro-negro, pelo menos, uma vez por dia; d. acender o
aquecimento às 7h, de maneira que o cômodo esteja quente às 8h, quando as crianças chegam.
14. Não usar pó de arroz, não se maquilar e nem pintar os lábios (Apple: 1989, cap. 3, s/p).

Extraído de http://www.iltc.br/poesia/pdf/Leila_Miccolis.pdf

Até o início da década de 1930, a mulher não era considerada cidadã, pois não tinha direito ao voto,
poucas frequentavam escola e as profissões que lhes eram permitidas pelo decoro eram a
enfermagem e o magistério, sendo, mesmo este último, repleto de proibições e cerceamentos. O
professor William Apple, da Universidade de Wisconsin, em Madison, transcreveu em uma de suas
obras as cláusulas do contrato entre uma instituição de ensino e uma professora, em 1923, nos
Estados Unidos. O documento exigia à professora contratada, sob pena de anulação do contrato
profissional, desde um comportamento moralista impecável e exemplar até pesados serviços de
faxina. O documento está disponível pela internet e o site salienta que, na Espanha, nem contrato
elas poderiam assinar por não terem uma personalidade jurídica. Eis as cláusulas contratuais:

1. Não se casar. 2. Não andar na companhia de homens. 3. Ficar em casa entre as 8h da noite e
as 6 da manhã, a não ser que seja para atender a uma função escolar. 4. Não passear pelas
sorveterias do centro da cidade. 5. Não abandonar a cidade sob nenhum pretexto, nem
permissão do presidente do Conselho de Delegados. 6. Não fumar cigarros. 7. Não beber
cerveja, vinho ou uísque. 8. Não viajar em carruagem ou automóvel com qualquer homem,
exceto seu irmão ou seu pai. 9. Não vestir roupa de cores brilhantes. 10. Não prender os
cabelos. 11. Usar, pelo menos, duas anáguas. 12. Não usar vestidos que fiquem a mais de cinco
centímetros acima dos tornozelos. 13. Manter a sala limpa: a. varrer o chão da sala de aula pelo
menos uma vez por dia; b. lavar o chão da sala de aula, pelo menos, uma vez por semana, com
água quente e sabão; c. limpar o quadro-negro, pelo menos, uma vez por dia; d. acender o
aquecimento às 7h, de maneira que o cômodo esteja quente às 8h, quando as crianças chegam.
14. Não usar pó de arroz, não se maquilar e nem pintar os lábios (Apple: 1989, cap. 3, s/p).

Extraído de http://www.iltc.br/poesia/pdf/Leila_Miccolis.pdf

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