Síntese
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do ego em que o indivíduo não consiga lidar com situações que por algum motivo
encontrar uma solução para conflitos não resolvidos no nível da consciência. As bases
são ativados.
b) REPRESSÃO E RECALQUE
defesa contra ideias que sejam incompatíveis com o EU. Freud dividiu a
de representações inconscientes.
ou os sintomas neuróticos.
termo por um outro que "desliza por baixo do balcão", ela seria, segundo
c) SOMATIZAÇÃO
da doença.
Dora era uma moça de 18 anos que foi encaminhada a Freud por seu pai.
Ela vivia com ele, sua mãe e seu irmão, tendo sido sempre muito próxima
responsável por aproximá-los desde cedo, já que o pai encontrou nela uma
distantes.
Quando Dora tinha seis anos, a família se mudou para outra cidade, e lá
aproximou bastante da Sra. K., que muitas vezes cuidou dele quando sua
saúde piorava. A princípio, Dora tinha também grande afeição por ela, mas
depois de certa época passou a não mais suportá-la, afirmando que ela e
seu pai tinham um caso amoroso. A moça, inicialmente, tinha boa relação
também com o Sr. K, mas aos 16 anos acusou-o de lhe fazer uma proposta
enurese noturna, passando, ao longo dos anos, por dispneia, tosse nervosa,
tempo antes.
paixão, embora aceitável pela criança quando ainda é muito jovem e não
culpa, já que começa a perceber que esse relacionamento não seria possível,
nem aceito.
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adormecidos por algum tempo, mas alguns fatos foram responsáveis por
d) IDENTIFICAÇÃO
ela. Por isso, temos a tendência de fazer algo que consideramos perigoso
como exemplo a criança que se identifica com seu herói favorito, a moça
senhora era uma mulher jovem que tinha o amor de seu pai, assim como
situação, passando a odiar a Sra. K, por ter roubado seu posto e a acusar
recalcadas voltam com mais força, provavelmente pelo que será explicado
a seguir.
O afeto que a moça tinha pelo Sr. K., na verdade, acabou se traduzindo
mantinha em nível inconsciente, sendo que ela não podia compreender seus
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sedução).
(ou ainda estar apaixonada) por seu pai ou pelo Sr. K., Dora negou
recalcamento.
queixava quando foi consultar Freud, têm também relação com o recalque
dessa fantasia. Dora acreditava, por certas razões, que a relação sexual
que seu pai e a Sra. K. tinham era basicamente oral. Tendo esta paixão
inconsciente por seu pai, ela se identificava com a amante dele, e desejava
estar em seu lugar. Sua tosse era a forma como essa fantasia do sexo
o pai se sentia atraído pela amante, por qual razão era ela seu objeto de
desejo.
quando lembramos que este teve tuberculose quando ela tinha seis anos,
O caso Dora tem ainda muitas outras questões importantes que podem
e) ATUAÇÃO
A atuação pode ser definida como uma ação impulsiva com o intuito de
faz isso para não pensar, não lembrar, não verbalizar, não simbolizar e não
elaborar.
Em 1905, no caso Dora, Freud usa outro termo, agieren, que, em português,
da área.
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atuação, quando Dora, ao invés de falar sobre seus desejos, suas fantasias,
seus conflitos, ela os atua perante o seu analista. Em seus escritos, diz
Freud que [...] “ela se vingou de mim como queria vingar-se dele, e me
las no tratamento”.
ato neurótico; porém, é digno de nota que nem todo ato neurótico é, em si,
uma atuação. Esse mesmo autor enfatiza que essa substituição da palavra
pelo ato pode ser um meio de se expressar ou não. Isso quer dizer que há
e o narcisismo do paciente.
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f) REGRESSÃO
Caso, por exemplo, de crianças que após algum trauma voltam a chupar o
exemplo, o choro das pessoas em certas situações pode ser uma regressão
à infância, que pode ter tido uma situação em que o choro “resolveu” o
sinaliza-se.
postura de ativa para passiva, a pessoa alivia sua angústia por certa
conduta. Por exemplo, uma pessoa que sente culpa por observar em
está vendo pessoa de sua família para ele se exibir, dele ganhando elogios,
h) INIBIÇÃO
i) DESLOCAMENTO
do chefe e, assim que chegar em casa, chutar algo como se este algo fosse
mecanismo de deslocamento.
eu quero gritar com uma pessoa, mas sinto que eu não posso, então vou
gritar com alguém que eu sei que não vai me jogar um piano, embora isso
j) ISOLAMENTO
k) SUBLIMAÇÃO
cirurgião, para o que necessita cortar tecidos sem hesitação; é uma forma
de socializar a agressividade.
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l) NEGAÇÃO
ao ser acusado de roubo (e realmente é culpado), diz: "Eu não tenho nada
l) DENEGAÇÃO
conscientemente.
tempo não ver, ouvir, mas não escutar, entender, mas não compreender.
com o id, caso a repressão falhe ou os impulsos sejam intensos demais. Para
a) REGRESSÃO
seguro quando está sob tensão. Ele se sente seguro quando agarra seu
b) REPRESSÃO
reprimidos.
c) FORMAÇÃO REATIVA
excesso, sua rigidez e sua extravagância. O impulso, sendo negado, tem que
O esposo pleno de raiva contra sua esposa pode manifestar sua Formação
d) ISOLAMENTO
e) ANULAÇÃO
Quando a pessoa tem uma ação que visa apagar o rastro do impulso ou ação
anterior, como num ato mágico. Ex: bater na madeira quando se tem um
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ruim. Tem pessoas que acham que o pedido de desculpa deveria anular
f) PROJEÇÃO
Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou
mesma.
Alguém que afirma textualmente que "todos nós somos algo desonestos"
apenas uma coisa, sexo", pode refletir uma Projeção nos demais de estar
g) INTROJEÇÃO
masoquistas e depressivos.
Clítia, ninfa aquática, se apaixona por Apolo e este não lhe corresponde. Ela
senta-se no chão frio e fica a olhar para o sol, desde que ele se erguia na
i) REVERSÃO
a passividade e uma inversão dos papéis entre aquele que ministra e que
experimenta os sofrimentos.
Ou quando uma pessoa não assume que pode ter sentimentos afetivo-
dois mecanismos de defesa não descritos por Freud. Para Anna Freud, a
Clínica
agressor, registra-se.
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l) AUTRUÍSMO
(1937 -1963)
a) IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA
relacionamento humano nas etapas iniciais da vida e foi uma das precursoras
desejos de uma pessoa, e por ela rejeitados, são projetados para o interior de
Clínica
Por ser um mecanismo primitivo, seu uso denota uma regressão mais intensa e
maior incapacidade da pessoa lidar com sua realidade interna. Seu uso
egóico.
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(cisão egoica)
das atividades mais primitivas do ego, que a meu ver opera a partir do
externo, seu impacto, as situações que a criancinha vive, e os objetos que ela
encontra, são experimentados não só como externos mas são recebidos dentro
do eu e se tornam parte da vida interna dela. A vida interna não pode ser
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Klein entendeu que além de desviar o ego do instinto de morte (tanátos), este
todas as suas emoções sobre ela, tornando-a assim tanto um objeto bom como
toda, mas, tal como todos os outros processos, também estão sujeitas a
funções do ego. Seu principal propósito, isto é, obter prazer e evitar a dor,
permanece inalterado, mas o que constitui prazer ou dor muda de acordo com
início sob o predomínio dos instintos orais, mas, a partir do propósito corporal
concreta ou abstrata.
psicossexuais.
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d) POSIÇÃO DEPRESSIVA
reconhece que sua mãe tanto gratifica como frustra e ele se torna
e) TEORIA DO SUPEREGO
posteriormente introjetados.
idealizados).
desejo por dependência oral da mãe é deslocado para o pai. Ansiar pelo seio
bom torna-se um desejo pelo pênis do pai. O seio mau é também deslocado
para o pênis mau. A predominância nos meninos de uma boa imagem do pênis
um pai bom e dotar a mãe com um pênis bom inicia um complexo de Édipo
feminina.
o superego.
g) REPARAÇÃO
h) FIXAÇÃO
i) DEFESAS MANÍACAS
deus.
TÉCNICA:
da sua mãe).
defensivas nos níveis mais primitivos da mente. A técnica foi usada até
minutos cinco dias por semana. Para Klein, o brinquedo livre de uma
transferência não pode ser efetuada devido à atividade dos pais na vida
negativas (você quer se ver livre de mim) e verificou que fazer isso
• Potencia - Onipotência
• Criatividade
• Concernimento
diferentes níveis de cisão entre verdadeiro e falso self. Para isso ele parte do
estado essencial inerente a todo ser humano saudável. O que vai determinar a
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Para Winnicott, na saúde essa cisão ocorre num grau de normalidade onde o
indivíduo se relaciona com a realidade mas mantém uma ligação com o mundo
de forma também absoluta, tendo de formar um falso self cindido para lidar
Então, esse falso self, na função de escudo protetor, mantém o self verdadeiro
quando não são satisfeitos pelo ambiente num tempo adequado. Isolado dessa
Por outro lado, o falso self – tornado a ponte de ligação com o mundo, quando
irrealidade e futilidade
Personalidade
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primitiva.
O valor dessa primeira relação objetal está no fato de auxiliar na criação dos
O início das relações objetais é complexo. Não pode ocorrer se o meio não
bebê, de modo que o bebê começa a se sentir confiante em ser capaz de criar
entre pais e filhos, principalmente a questão do bebê e sua mãe, buscando uma
prática winnicottiana.
Bem, mas uma mãe que exerce na sua relação com o filho (a) qualidades
de Winnicott.
São três as características que devem estar presente na figura materna para
classifica - lá como
Winnicott afirmou, várias vezes, que pouco ou nada havia contribuído para a
depressivas.
estágio que ele chama concernimento (concern), em que a criança pode, ou não,
o que nos leva à responsabilidade pelos possíveis danos que possamos provocar
de Sigmund Freud e Melanie Klein de modo inovador, sem se deixar levar pelas
Embora ainda seja relativamente pouco conhecido por quem não pertence
emocionais.
relevantes ainda nos dias atuais, como Experiências com grupos (1961), O
• Reconhecimento
- desvalorização
- negação
- bajulação
- projeção
- idealização
a.) Vinculo uma estrutura relacional emocional entre duas ou mais pessoas
• Amor Erótico
• Amor Platônico
• Amor à Verdade
• Verdade em Paradoxos
• Respeitado
Ego)
Tal como Winnicott, Bion tem uma visão positiva destes mecanismos.
Zimerman nos traz que, para Bion, os mecanismos de defesa do ego são
Assim como em Melanie Klein, Bion acredita que se a criança possui uma
culpa.
bebê, havendo desde cedo uma empatia entre eles, tornando possível uma
comunicação não-verbal.
entre elas.
dos grupos e das dinâmicas dos grupos, em que cada um conquista seu espaço
Dependência
Acasalamento
Luta e fuga
Trabalho
71), quando escreve que “a inveja é uma paixão tímida e vergonhosa, que nunca
inferioridade”. Para este autor, o ser humano tem uma tendência a esconder a
sua inveja, pois tem vergonha dela, e para tal utiliza-se de uma mistura
idealização e retirada.
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tem inveja.
destrutivas.
afirmando que não é possível para ele ser ou ter aquilo tudo. O invejoso
ou seja, não busca seu crescimento para não ser vítima da inveja.
sentimentos de inveja, mas não os aceita e não consegue lidar com eles,
“inconsciente doente”.
do desenvolvimento
Defesas Primitivas
REPRESSÃO
dificuldade básica é que ela não consegue resolver as exigências que conduzem
a seu uso, porque não ocorre nenhuma gratificação. Pior ainda, pode requerer
PROJEÇÃO
A projeção faz parte da dinâmica relacional, pois para ela existir tem que
de roubar frutas do vizinho sem, entretanto, ter coragem para tanto, e diz
que soube que um menino, na mesma rua, esteve tentando pular o muro do
DISSOCIAÇÃO
NEGAÇÃO
REGRESSÃO
dá, de acordo com Freud, ao longo de uma sucessão de sistemas psíquicos que
diferenciação.
estruturação do comportamento.
(memória).
base, são apenas uma, e na maioria dos casos coincidem, porque o que é
IDENTIFICAÇÃO
DESLOCAMENTO
o todo é representado por uma parte ou vice-versa. Também pode ser uma
Esse mecanismo não tem qualquer compromisso com a lógica. É o caso de alguém
É muito corrente nos sonhos, onde uma coisa representa outra. Também se
FORMAÇÃO REATIVA
como perigosos; ou seja, que o indivíduo perderia seu controle caso cedesse a
RACIONALIZAÇÃO
sexual.
Quando ocorre um conflito que causa ameaça à psiqué, surge este mecanismo
(ALMEIDA, 1996).
(ALMEIDA, 1996).
SEXUALIZAÇÃO
ASCETISMO
conflitos internos produzidos por tal prazer. Este mecanismo pode estar a
ANTECIPAÇÃO
futuras.
RENÚNCIA ALTRUÍSTICA
SUBLIMAÇÃO
HUMOR
Freud discute pela primeira vez a respeito das formas de comicidade em 1905,
novamente à tona mais de vinte anos depois, no texto O humor (1927), produzido
ocorre em Innsbruck.
O chiste é construído por uma ideia recalcada no Inconsciente, que sob certa
enobrecedor.
e é bem verdade que o estudo do humor tem suas raízes nos chistes.
grandes autores.
Intelectualização: "Eu sei, eu já li tudo isso! Não é bem assim, tem muita
discussão nova!". É quando se lida de modo intelectual com o problema,
afastando os afetos; assemelha-se ao isolamento e à racionalização.
Outros pontos que devemos levar em conta sobre os mecanismos de defesa são: