vou começar dizendo que não existe meio de o Brasil na presidência de

Haddad se tornar uma Venezuela. Todas as ditaduras, todas, as mais

sangrentas e trágicas, foram chefiadas por militares ou ex-militares.
Mussolini, Hitler, Stalin e, sim, Maduro na Venezuela é um militar.
Haddad reconhece isso e não tem nenhuma foto com o dito cujo.
Bolsonaro não apenas é militar, mas também considerou Hugo Chavez
"uma esperança para a América Latina". E lógico que ele falou isso num
momento em que ele era um grande fã do estatismo. Agora ele usa a
roupa de liberal, mas não parece compreender nada de economia... Sei
que ele se esconde na figura do Paulo Guedes, mas se ele só confia
numa figura sem saber como ela está agindo, isso abre portas para um
grande esquema de corrupção passar de baixo do nariz dele, como
supostamente aconteceu enquanto ele estava no PP, um dos mais
investigados da lava-jato no qual ele passou 11 anos e lavou dinheiro da
propina da JBS (e ainda admitiu).
E eu diria até que o tanto de dinheiro que ele recebeu não é essas
coisas todas, 200 000 reais, certo? Mas ele parece ter gostado. Toda
propina tem seu destino, e por algum motivo ele agora parece
extremamente interessado em acabar com reservas indígenas e
ambientais pra torná-las produtivas, especialmente para o agronegócio,
o negócio da JBS. Sabe, a responsável por um dos maiores escândalos
de corrupção.

Sabe, tem outras questões que eu entendo sua preocupação.

Erotização das crianças. Então, problema gravíssimo. Vou supor que
isso tem a ver com o kit-gay, que diga-se de passagem, não existe. O
livro que ele mostrou em rede nacional nunca passou nas escolas
públicas e isso foi desmentido lá na hora mesmo. Existe essa
conspiração (porque é uma conspiração, se todas as mídias com algum
crédito desmentem, é porque é), mas se ela fosse real, como fariam
para se certificar que os livros estão sendo entregues? Não faz sentido,
mas eu entendo porque as pessoas sintam medo. Educação sexual é
um nome assustador, mas ela busca combater justamente o que acham
que ela vai proporcionar. "Erotização das crianças" não acontece, pelo
contrário. De uma educadora sexual Caroline Arcari: "Saber estabelecer
os limites sobre o que são partes íntimas, que partes não devem ser
tocadas por outras crianças ou adultos que não sejam responsáveis
pela sua higiene e cuidados diários, são conhecimentos não só
saudáveis, mas protetivos no que se refere à prevenção da violência
sexual." Um dos principais pontos é combater a pedofilia.