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Índice
- Objectivos do manual
- Objectivos pedagógicos
- Introdução
- Capítulo 1
1. Ter uma boa ideia de negócio
2. Como ter uma ideia de negócio
3. Passos importantes para a criação de um micro-negócio
4. Preparar uma apresentação do projecto (para a mostrar a possíveis investidores
5. Proteger a ideia (eventual
- Capítulo 2
1. Constituição da empresa
2. A forma jurídica da empresa
3. Formalidades
4. Obrigações de informação contabilística e fi scais a partir do momento em que é constituída
5. Recursos Humanos
6. Financiamento
- Bibliografia
Objectivos do manual
O presente manual de apoio à aprendizagem tem por objectivo constituir um complemento aos conteúdos
programáticos abordados em sala no âmbito da unidade do curso em referência.
Os objectivos pedagógicos, conteúdos programáticos e carga horária da unidade estão de acordo com o
programa de formação do curso.
É proibida a reprodução do manual, no todo ou em parte, sem prévia e expressa autorização da entidade
formadora.
O acesso a este manual por parte do formando constitui um benefício que lhe é atribuído pela inscrição e
frequência do curso.
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Objectivos pedagógicos
Em termos específicos, no âmbito do presente manual, pretende-se apoiar os formandos a atingir os seguintes
objectivos:
Objectivos Gerais:
- Proporcionar aos participantes conhecimentos básicos necessários para fazer um plano de negócios
- Proporcionar aos participantes conhecimentos básicos necessários para fazer a criação de micronegócios
Objectivos específicos:
- Discriminar e descrever os aspectos relevantes para criar um projeto de empresa.
- Descrever e caracterizar o mercado.
- Enumerar e caracterizar as obrigações fiscais e outras contribuições obrigatórias.
- Reconhecer a viabilidade económica/financeira de um projeto.
- Elaborar um projeto para a criação de uma microempresa.
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“As grandes ideias são aquelas nas quais a única coisa que nos surpreende é que
não nos tivessem ocorrido antes.”
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CAPÍTULO 1
O primeiro passo para criar uma empresa é, obviamente, ter uma boa ideia de negócio. Esta será o
embrião a partir do qual se desenvolve o projecto empresarial.
Mas nem todas as ideias são válidas. Esta deve ser realista, viável e ir de encontro às necessidades
do mercado. Vamos ver mais adiante como analisar a sua viabilidade e como converter as ideias
num projecto empresarial.
O que devemos ter sempre presente é que não é necessário inventar algo de novo para se poder criar
um negócio. Na maioria dos casos, basta olhar à nossa volta e descobrir uma necessidade que não
tenha ainda sido satisfeita. Mesmo que o produto ou serviço que queremos implementar já exista,
podemos pensar como oferecê-lo de outra maneira, que vá de encontro a necessidades não satisfeitas
pela oferta actual aos potenciais clientes.
Por outro lado, devemos ter em atenção que a melhor ideia é também aquela que proporciona uma
satisfação plena ao empreendedor que a implementará, porque gosta daquilo que faz ou porque
ambiciona levar “a bom porto” a sua ideia.
Propomos, de seguida, alguns conselhos e sugestões de como transformar uma ideia de negócio num
projecto empresarial.
- Observar o meio envolvente. As ideias de negócio devem corresponder a necessidades do mercado
que, na maioria das situações, são detectadas de uma forma barata mas eficaz: observando,
perguntando e ouvindo. Tão simples quanto isto!
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Os jardins de infância existem porque respondem a uma necessidade: a dos pais que
trabalham e não têm tempo para cuidar dos seus filhos. Para saber isto, bastará observar o quotidiano
e hábitos das pessoas que o rodeiam, conversar com as pessoas que conhece.
- Importar ideias de negócio que tenham tido sucesso noutros locais. Com efeito, ideias
desenvolvidas noutros países e noutras regiões podem ser fonte de inspiração na altura de criar um
negócio. Por exemplo, a introdução da fast-food nos hábitos alimentares dos portugueses
proporcionou o surgimento de diversas empresas franchisadas como Pans&Company e Mc-Donalds.
Mas cuidado, nem todas funcionam. Há que haver a preocupação de se adaptar ao mercado e seus
clientes.
- Ler sobre o tema. Existem revistas e imprensa especializada que, regular- mente, sugerem ideias
nas suas reporta- gens ou artigos. Por exemplo, a revista “Ideias e Negócios”, “Visão”, “Executive
Digest”, entre outras.
Neste ponto é importante ter em conta algumas questões que servirão de suporte à criação do
negócio, das quais se destacam:
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2. Verificar a viabilidade da sua ideia
Começar por testar os produtos/serviços que se pretende oferecer ao mercado:
• Acredita que as pessoas podem achar o produto/serviço interessante?
• Em que medida é único ou diferente?
• Que valor acrescentado traz para os consumidores finais?
• A que público-alvo acha que se destina?
• Qual a dimensão de mercado que existe para o mesmo?
• Quanto vai gastar na produção?
• Considera que as pessoas estão dispostas a pagar um preço que cubra esses custos, mais uma
margem que lhe permita a sustentabilidade do negócio?
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• A abordagem comercial escolhida: Marketing e Vendas:
• Concorrência no mercado;
• Equipa envolvida no projecto (experiência, competências e responsabilidades);
• Projecções e metas previstas;
• Situação actual e calendário;
• Sumário e incentivo à mobilização.
Procure que a apresentação não dure mais que 20 minutos para ter tempo para responder a perguntas
e prestar os esclarecimentos necessários. Utilize um tipo de letra grande para o texto da
apresentação, de forma a poder ser lida com facilidade. Sempre que possível mostre um protótipo do
produto. Poderá ser útil incluir na sua apresentação informação estatística.
A internet é um meio privilegiado de acesso à informação, onde estão disponíveis as bases de dados,
não só nacionais, como internacionais
CAPÍTULO 2
1. CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA
Uma vez verificada a viabilidade da ideia e construído o plano de negócio, poder-se-á avançar de
imediato para a constituição da empresa, antes ou depois da procura da melhor solução de
financiamento.
De acordo com o “Guia Prático do Empreendedor”12, desenvolvido pelo Programa Estratégico para
o Empreendedorismo e a Inovação, para a constituição da empresa deve ter-se sempre em conta:
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A forma jurídica da empresa depende do propósito para o qual é constituída e,
também, se esta é constituída por uma pessoa ou por um conjunto de pessoas. No caso de um
negócio desenvolvido por uma pessoa, as formas existentes são:
• Empresário em Nome Individual;
• Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada;
• Sociedade Unipessoal por Quotas.
Caso um negócio seja desenvolvido por um conjunto de pessoas, as formas jurídicas mais
importantes/comuns são:
• Sociedade por Quotas;
• Sociedade Anónima;
• Sociedade em Comandita;
• Cooperativa.
Consulte o Código das Sociedades Comerciais para obter mais detalhes sobre o tipo de sociedade
que se adequa ao seu projecto.
3. FORMALIDADES
A criação de uma empresa era normalmente feita por Escritura Pública ou por Documento Particular
mas hoje, com a Empresa Online13, pode constituir uma sociedade por quotas, unipessoal ou
anónima através da Internet e, com a Empresa na Hora14, pode efectuar o processo em menos de
uma hora, num dos balcões de atendimento existentes no país, nos Espaços Empresa ou nas
Conservatórias de Registo Comercial.
Há ainda a possibilidade de constituir a sua empresa com a aprovação imediata da respectiva
denominação, sem quaisquer custos acrescidos, e de obter, simultânea ou separadamente, a
propriedade sobre uma marca registada, escolhida de entre um conjunto de denominações
previamente aprovadas e constantes da bolsa única de firmas e marcas.
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• IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado nas operações de compra e venda;
• IRS – Imposto de Rendimento sobre Pessoas Singulares, retido sobre os salários dos funcionários e
gerência;
• TSU – Taxa Social Única, referente às deduções para a Segurança Social que incide sobre as
remunerações dos trabalhadores: parte da conta da empresa e o restante da conta dos trabalhadores e
Gerência.
Contudo, e desde que existam actividades a que eles dêem origem, existem ainda o Imposto de Selo
(IS), o Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) e o Imposto sobre Veículos (ISV).
5. RECURSOS HUMANOS
Existe uma variedade de tipos de contrato que superintendem o vínculo contratual empregador-
empregado, sempre em função do modelo de negócio da empresa, a saber:
• Contrato de trabalho a termo certo;
• Contrato de trabalho a termo incerto;
• Contrato sem termo.
Importa referir que é possível encontrar outros tipos de contrato no Portal da Empresa.
É fundamental verificar os benefícios em vigor para a contratação de colaboradores,
designadamente:
• Apoio financeiro a estágios profissionais;
• Dispensa do pagamento das contribuições para a Segurança Social, no caso de jovens e
desempregados de longa duração;
• Apoio ao pagamento de uma percentagem do salário.
6. FINANCIAMENTO
É muito importante começar o quanto antes a procurar soluções para fi nanciar o projecto. No caso
de não se dispor de capital inicial nem do apoio de familiares ou amigos, podem estudar-se as
possibilidades de encontrar
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"As Ideias são muitas vezes como bebés, nascem pequenas, imaturas e sem forma definida. São mais
uma promessa do que um resultado. Nas empresas inovadoras, os executivos não dizem "esta é uma
ideia tola"! Pelo contrário, perguntam: - "O que precisaríamos para transformar esta ideia
embrionária, semipronta e tola em algo que faça sentido, que seja uma oportunidade para nós?"
Bibliografia
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