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ELETRÔNICO
Introdução
O e-commerce deixou de ser uma onda e passou a ser um negócio de
grande potencial, um canal de vendas e distribuição com possibilidades
que transcendem o limite geográfico dos países: é uma forma de realizar
negócios globais. Esse modelo de negócio é rápido de se iniciar, exige
baixo investimento e pode acessar consumidores pelo mundo. E essas são
apenas algumas das vantagens que garantem o seu sucesso. Entretanto,
demanda um bom planejamento e a identificação correta do formato
de negócio no qual se quer investir.
Neste capítulo, você estudará como esse modelo pode alavancar
negócios pelo mundo. Além disso, vai conhecer formatos possíveis de
lojas virtuais e algumas das suas inúmeras vantagens.
O e-commerce no mundo
O e-commerce, segundo Turchi (2019, p. 15), “[...] começou a deslanchar nos
EUA por volta de 1995, com o surgimento da Amazon.com e de outras em-
presas pioneiras que decidiram apostar nesse novo modo de fazer negócios”.
Naquela época, muito se imaginava sobre como seria o mundo nos próximos
anos. Diversas empresas nasceram e se tornaram gigantes do dia para a noite.
No entanto, no ano 2000 a bolha estourou, com a queda da bolsa de tecnologia
Nasdaq, e muitas promessas de grandes negócios simplesmente fecharam as
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portas. Esse estouro da bolha serviu para ajustar o que era sonho e o que era
realidade — como a Amazon.com, que se fortaleceu e serviu de exemplo para
outras tantas empresas.
https://goo.gl/ecYwA1
1º Amazon
■ 107 bilhões de dólares
■ Pioneiro no e-commerce, com sede em Seattle, nos Estados Unidos.
2º Alibaba
■ 12,3 bilhões de dólares
■ Grupo chinês de e-commerce com foco no varejo, em pagamentos
on-line, entre outras empresas do grupo.
3º eBay
■ 8,6 bilhões de dólares
■ Empresa norte-americana de comércio eletrônico (na realidade,
trata-se de um grande shopping na internet).
4º Rakuten
■ 6,3 bilhões de dólares
■ Empresa de tecnologia japonesa que atua como plataforma de exibição
de vídeos on-line, e-commerce, entre outros negócios.
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5º Zalando
■ 3,3 bilhões de dólares
■ Empresa europeia de e-commerce com foco em moda e beleza, cuja
sede é em Berlim
6º Groupon
■ 3,1 bilhões de dólares
■ Empresa fundada nos Estados Unidos, que busca aproximar clientes
de empresas em troca de descontos
7º Flipkart
■ 1,5 bilhões de dólares
■ Com sede em Bangalore, na Índia, é uma das maiores lojas de e-
-commerce do seu país de origem
8º ASOS.com
■ 1,4 bilhões de dólares
■ Loja britânica de roupas e artigos de beleza
95% dos consumidores globais com acesso à internet fizeram pelo menos uma
compra online, apresentando um aumento de 1% em relação a 2017 e 2% em
relação a 2016. O relatório também revelou que 26% dos consumidores digitais
compraram alimentos frescos online, um incremento de 15% entre 2016 e 2018,
o que contribui para o crescimento geral do comércio eletrônico de FMCG
(sigla do Inglês Fast-moving consumer goods ou bens de grande consumo),
que a Nielsen estima ter crescido cerca de US$ 70 bilhões, globalmente, nos
últimos dois anos (NIELSEN COMPANY, 2018, documento on-line).
moda — 61%;
viagem — 59%;
livros e música — 49%;
tecnologia — 47%;
ingressos para eventos — 45%.
Figura 2. Aumento das compras on-line de categorias por região: percentual de consumi-
dores globais que declararam comprar 2017 versus variação em 2018.
Fonte: Nielsen (2018, documento on-line).
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[...] a loja pode ser inserida de forma rápida e econômica, passando a ofertar
uma gama menor de produtos, juntamente com outros lojistas. Nesse modelo
não há muitas possibilidades de customização, ou seja, a loja deverá se en-
quadrar em um padrão preexistente, comum aos outros lojistas. Em alguns
casos poderá ter um domínio (endereço na web) independente e também
ser acessado apenas pelo portal do shopping. Em outros casos, não há essa
possibilidade — a loja é acessada unicamente pelo endereço do shopping.
Esse é um formato no qual o lojista não tem autonomia para desenvolver o leiaute
da sua loja: como em um shopping físico, fica refém de decisões tomadas pela
administradora. O marketplace define os padrões a serem seguidos pelos lojistas.
Essa é justamente uma das vantagens desse formato de negócio. No modelo
apresentado pela administradora (tido como de sucesso), o lojista deverá se
adequar ao padrão preestabelecido. A principal vantagem é o modelo de pla-
taforma altamente testado e preparado para receber muitos visitantes, ficando
responsável pelo recebimento e pela segurança.
O ponto negativo é que o lojista que adere ao marketplace não tem qualquer
autonomia para desenvolver a marca que aparecerá para o cliente/consumidor
— o que é feito pela administradora da plataforma. Além disso, esse modelo
exige do lojista o pagamento de uma comissão sobre as vendas realizadas.
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Esse é um bom formato para pequenos lojistas, que são fabricantes e não
teriam tempo e recurso financeiro para desenvolverem as suas marcas. Nesse
formato de loja, o pequeno já começa grande. Para pequenos distribuidores,
que não têm como objetivo desenvolver marca própria, esse é o melhor for-
mato existente, uma vez que a empresa já possui os fornecedores e estoque,
e precisam apenas de uma plataforma para realizar as vendas.
Porém, esse modelo de negócios não atende apenas às PMEs (pequenas
e médias empresas); as grandes indústrias também têm se beneficiado desse
modelo. Em geral, a sua estratégia de vendas física é direcionada para dis-
tribuidores, grandes redes de lojas e atacadistas, não tendo contato com os
consumidores. Assim, o marketplace é o melhor formato para começar a lidar
com vendas diretas para o consumidor final.
https://goo.gl/dqYDjb
[...] em que o consumidor deve se cadastrar para ter acesso a diversos produtos
de grifes com até 90% de desconto. Entre os exemplos podemos citar o Priva-
lia, West Wing e Coquelux, cada um deles com milhares de participantes que
esperam ansiosamente por ofertas apresentadas em quantidades limitadas.
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Essas vantagens são características diretas de uma loja virtual, que amplia
o alcance de qualquer negócio, estreita o relacionamento entre empresa e forne-
cedores, melhora a assertividade da empresa (que pode testar as suas ofertas),
reduz consideravelmente o custo e fica aberta todos os dias em todos os horários.
Outra grande vantagem é a não obrigatoriedade de se ter uma loja física, o
que facilita a gestão e ainda reduz o custo. A loja virtual pode ainda ser con-
siderada como outro canal de vendas, e a empresa pode usá-la para fortalecer
a marca existente como loja física ou lançar uma nova marca, sem que ambas
concorram entre si, pois terão mercados de atuação distintos.
Deresky (2008) define que o e-commerce é um conjunto de processos de
marketing e de vendas utilizado para construir novas formas de relacionamento
das empresas com os seus clientes em nível global, e é responsável pelas
seguintes vantagens:
A autora traz uma nova perspectiva para as vantagens da loja virtual, levando-a
para o espectro da globalização. Além disso, ela mostra como o e-commerce pode
aumentar a eficiência dos processos comerciais interagindo interna e externamente.
Outra grande vantagem é a facilidade de criar estratégias baseadas em preços, os
quais podem ser direcionados de forma estratégica para mercados distintos e ser
trabalhados de forma rápida, de acordo com os objetivos da empresa.
Mazeto (2016) refere-se ao e-commerce como uma verdadeira revolução,
que hoje não atrai apenas os jovens, mas também os mais experientes. Esse
sucesso tem atraído investimento de empresas de todos os portes e tamanhos.
O Quadro 1 traz 17 das vantagens elencadas pelo autor e que, segundo ele,
encantam os empreendedores.
(Continua)
12 Potencial de mercado do comércio eletrônico
(Continuação)
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Leitura recomendada
E-COMMERCE na China e o futuro do varejo. Mago do e-commerce, [s. l.], 2018. Disponível
em: http://www.magodoecommerce.com.br/ecommerce-na-china-e-o-futuro-do-
-varejo. Acesso em: 11 mar 2019.