Você está na página 1de 5

Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

DIREITO ADMINISTRATIVA – RESPONSABILIDADE DO ESTADO

Art. 37, § 6º CR/88 As pessoas jurídicas de direito público (administração direta –


União, Estados, DF e municípios, alguns entes da administração indireta –
autarquias, fundações públicas) e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos (empresa pública e sociedade de economia mista quando prestarem
serviço público) (quando desempenharem atividades econômicas, neste caso
respondem pelo CDC) (concessionária prestando serviço público,
permissionária ou autorizatária) responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa. (dano – conduta – nexo de causalidade)
*Ação de regresso – deve haver dolo ou culpa

TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO


Qualquer erro do poder publico não era ressarcido.
Decorre da soberania que era incontestável. Palavra do rei era ordem.
Responsabilidade subjetiva - dolo ou culpa (imprudência, imperícia ou negligência)

*Responsabilidade do agente que errou – necessidade que o dano foi praticado de


forma culposa – ônus da prova era do autor.
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

PUBLICIZAÇÃO DA CULPA
*Presunção da culpa do órgão – agente estatal – se o serviço não funcionou há um
dano que precisa ser ressarcido.

*houve uma falha no serviço – não era preciso provar a culpa. Culpa
presumida=acidente administrativo (imprudência, imperícia ou negligência).
Responsabilidade objetiva: dano- conduta- nexo de causalidade entre a conduta
praticada e o dano sofrido.
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

Teoria do risco administrativo – não existe culpa, dolo, mas existe a possibilidade do
poder público apresentar uma excludente de responsabilidade (caso fortuito ou força
maior é excludente).
Teoria objetiva do risco integral – não admite excludente de responsabilidade (caso
fortuito ou força maior não é excludente) (desastre de Brumadinho).

*culpa exclusiva da vítima – Estado não participou do dano


*se a culpa decorreu da responsabilidade da vítima + responsabilidade do agente –
responsabilidade não é excluída. (indenização atenuada) – culpa concorrente.
DIREITO ADMINISTRATIVA – RESPONSABILIDADE DO ESTADO

FGV – 2016 – OAB - Caio, policial militar do Estado X, abalroou, com sua
viatura, um veículo particular estacionado em local permitido, durante uma
perseguição. Júlio, proprietário do veículo atingido, ingressou com demanda
indenizatória em face do Estado. A sentença de procedência reconheceu a
responsabilidade civil objetiva do Estado, independentemente de se perquirir a
culpa do agente.
Nesse caso,
A. não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial
militar, eis que atuava, no momento do acidente, na condição de agente
público. Para ingresso de ação de regresso é necessário que tenha
havido dolo do agente público ou o agente público tenha agido com
culpa. Incorreta
B. pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial
militar, devendo o ente público demonstrar a existência de dolo do
agente. Incorreta – deve haver dolo ou culpa.
C. pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial
militar, devendo o ente público demonstrar a existência de culpa ou dolo
do agente. Correta
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

D. não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do agente


público, uma vez que o Estado não foi condenado com base na culpa ou
dolo do agente. Incorreta – responsabilidade do Estado é objetiva.
PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO
a. Dano
b. Conduta
c. Nexo de causalidade
d. Ausência de causas excludentes da responsabilidade do Estado – base no
Risco administrativo – existe pressuposto negativo (presença de causas que
excluem a responsabilidade- culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força
maior) – responsabilidade do Estado abrange tanto dano material quanto
dano moral (deve ser um dano anormal, prejuízo além do razoavelmente
suportável). Dano abrange os lucros cessantes (aquilo que se deixou de
ganhar), danos emergentes (danos que surgiram da conduta), etc.
b. Conduta positiva ou negativa do agente = omissão do Estado (objetiva)-
compete ao Estado provar que ele violou nenhuma regra, nem um dever de
cuidado, de atenção. (morte de preso em penitenciária, em manicômio
judiciário – estado tem o dever de proteger o indivíduo preso)
CAUSAS EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE DO ESTADO
1. Força maior – ocorrência oriunda da natureza, um acontecimento
imprevisível e inevitável, independente da vontade humana. (raio que
cai na árvore, que atinge um carro)
2. Caso fortuito – o dano emana de ato humano. O prejuízo causado ao
particular decorre de um fato interno, de uma causa interna à própria
atividade, podendo até ser desconhecida. (semáforo que não foi
regulado de forma adequada ocasionando colisão – fato decorrente de
uma conduta humana).
3. Culpa exclusiva da vítima – há o rompimento do nexo causal.(excluí a
responsabilidade) Culpa concorrente da vítima – Estado errou em
concorrência com a vítima (ameniza a responsabilidade).
4. Exercício regular do direito
Pacificação do STF
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

*Não pode ocorrer ajuizamento em face do agente público e sim em face do


Estado. Agente público é ilegítimo para atuar no polo passivo.
Art. 37, § 5º CR/88 A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados
por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas
as respectivas ações de ressarcimento. (Prazo de 05 anos para ação de
regresso) – Resp – 1350.656/MG
Responsabilidade do Estado por atos lícitos – prisão preventiva com posterior
absolvição – em regra não cabe indenização, a não ser que a prisão for arbitrária
caberá indenização.
OBS.: possível desde que o DANO seja ilícito, anormal, desproporcional.
*Direito administrativo = teoria do risco administrativo (regra)

*Responde de forma objetiva – dano, conduta e nexo de causalidade. (ocorrendo a


responsabilização)
RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR ATOS LEGISLATIVOS
REGRA: competência praticada em função de interesse público – se os atos
legislativos – normas gerais e abstratas – estiverem em conformidade com a
Constituição, não há que se falar em responsabilidade extracontratual do Estado.
EXCEÇÕES:
1. Edição de leis inconstitucionais

Você também pode gostar