Você está na página 1de 120

ÍNDICE DAS MATÉRIAS

CURSO Pág.

ESTUDO Nº 1 – A Igreja ............................................................................................. 02

ESTUDO Nº 2 – Organização da Igreja ....................................................................... 08

ESTUDO Nº 3 – Princípios de Liderança Cristã .......................................................... 18

ESTUDO Nº 4 – Trabalhadores Cristãos ...................................................................... 27

ESTUDO Nº 5 – O Ancião da Igreja ............................................................................. 38

ESTUDO Nº 6 – Qualificações Para o Ancionato .......................................................... 44

ESTUDO Nº 7 – Ordenação de Anciãos ........................................................................ 55

ESTUDO Nº 8 – As Atribuições do Ancião ................................................................... 61

ESTUDO Nº 9 – Como Está o Rebanho Que Te Foi Confiado? .................................... 69

MATERIAL DE APOIO
Nº 1 – O Porte do Orador ................................................................................................ 76

Nº 2 – O Ministério e Sua Relação Para Com os Anciãos Locais ................................... 81

Nº 3 – O Comportamento na Casa de Deus ..................................................................... 83

Nº 4 – Confiança Entre os Irmãos .................................................................................... 86

Nº 5 – Fechai Essa Porta .................................................................................................. 88

Nº 6 – A Avaliação Divina da Verdadeira Grandeza ....................................................... 91

Nº 7 – A Letra da Lei ........................................................................................................ 93

Nº 8 – Obreiros e Leigos Unidos ....................................................................................... 95

Nº 9 – A Música na Igreja .................................................................................................. 103

Nº 10 – Santa Ceia e Lava- Pés ........................................................................................... 113

Nº 11 – Deveres dos Anciãos, Diáconos e Diaconisas ......................................................... 117

Nº 12 – Pesquisa ................................................................................................................... 118

Nº 13 – Organograma Administrativo do Campo .................................................................. 120


A Igreja
1. ESTUDO

1 2 3 4
ORIGEM E O OS DOIS
SIGNIFICADO SIGNIFICADO ASPECTOS OBJETIVOS
DO CRISTÃO DA DA
VOCÁBULO DE NATUREZA IGREJA
IGREJA IGREJA DA IGREJA
Pág. Pág. Pág. Pág.

A IGREJA DO DEUS VIVO


I TIM. 3:15

“A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir
e sua missão é levar o Evangelho ao mundo...
Maravilhosa é a obra que o Senhor Se propõe a realizar por intermédio de Sua Igreja a fim de que Seu
nome seja glorificado.”
- E. G. White

Na etapa final da história deste mundo, Deus identificou a Sua igreja colocando grandes e
importantes responsabilidades sobre ela na pessoa de seus membros.
Compete à Igreja, pois, levando-se em conta a esfera de sua atuação como intérprete e porta-voz
dos propósitos redentivos de Deus para com toda a humanidade, na Pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, o
dever e a responsabilidade de servir como elemento ativo e dinâmico, cuja influência tenha o poder de
levar os sentimentos dos homens e mulheres de modo a atingir os mais elevados padrões morais,
conforme esboçados na santa e imutável Lei de Deus.
Para que possamos compreender melhor a missão da igreja e os propósitos para os quais ela foi
estabelecida, dividiremos este estudo em alguns tópicos distintos.

1. Origem e Significado do Vocábulo “Igreja”


A palavra “igreja” é de origem grega e não existe no Velho Testamento. Este termo é usado no
Novo Testamento por Jesus e Seus apóstolos.
O vocábulo “igreja” é uma tradução do termo grego “eclesia” que significa “os chamados de fora”
ou uma reunião de cidadãos em assembléia, ajuntamento ou lugar onde o povo se reúne. Este é o seu
significado original e extra-cristão.

2
2. O Significado Cristão de “Igreja”
Jesus, aproveitando aquilo que já era bem familiar aos Seus discípulos, deu à palavra “igreja” um
significado todo peculiar, quando afirmou: “Edificarei a Minha Igreja” (eclesia) – S. Mat. 16:18.
Segundo H. H. Hobbs, “os discípulos estavam familiarizados com essa palavra, tanto em sua
relação com a religião, como com a política. Em essência, Jesus disse: “os hebreus têm a sua assembléia;
os gregos, por sua vez, têm a sua. Agora, Eu também vou edificar a Minha assembléia. (1)
Só que Jesus emprestou ao termo “igreja”(eclesia) um significado essencialmente espiritual,
querendo com isto dizer que, daquele momento em diante, levando-se em conta os seus novos propósitos,
a Igreja não seria meramente um ajuntamento de pessoas com finalidades políticas e seculares, mas uma
assembléia de pessoas redimidas por Cristo, crentes e salvas.

A Bíblia Sagrada refere-se à Igreja usando expressões como:


“A IGREJA DE DEUS” – Atos 20:28
“O CORPO DE CRISTO” – Efés. 4:12
“A IGREJA DO DEUS VIVO” – I Tim. 3:15

De acordo com C. E. Autrey, “a Igreja, para Cristo, era um grupo de crentes reunidos pelo seu
amor mútuo para com Ele, e uns pelos outros. Pois Jesus disse: ‘Edificarei a Minha Igreja’ (S. Mat.
16:18). A igreja constituiu uma comunidade separada, cujos membros eram distintos dos seus vizinhos
pela fé, prática e afeição mútua, de uns para com os outros e de todos para com Cristo. A Igreja do Novo
Testamento era uma democracia, centralizada em Cristo, e habitada pelo Espírito Santo. E tinha um
sentimento de lealdade para com Cristo.”(2)

3. Os Dois Aspectos da Natureza da Igreja


O nosso tão conhecido “MANUAL DA IGREJA”, declara que “a palavra igreja é usada no texto
bíblico pelo menos em dois sentidos: em sentido geral, aplica-se à Igreja em todo o mundo (S. Mat.
16:18; I Cor. 12:28), e, em sentido particular, à igreja de uma cidade ou província.
As seguintes declarações mencionam as igrejas locais ainda nos primeiros tempos da igreja cristã:
a igreja de Roma (Rom. 1:6 e 7), a igreja de Corinto ( i Cor. 1:2), a igreja de Tessalônica (I Tes. 1:1).
Notem-se também as referências feitas às igrejas provinciais: às igrejas da Galácia (I Cor. 16:1), às igrejas
da Ásia (I Cor. 16:19), às igrejas da Síria e Cilícia”. (Atos 15:41). (3)

1. O ASPECTO DA IGREJA GERAL – Sob este aspecto nós contemplamos a Igreja no


seu sentido amplo a abarcante, incluindo aí todos os crentes em Cristo, de todos os lugares e de todas as
épocas. Esta é a “Minha Igreja” (S. Mat. 16:18).
Este é o sentido genérico que indica a comunidade total dos membros, independente de lugar ou
de tempo.
Talvez as referências mais apropriadas para indicar a IGREJA GERAL, estão em Efésios 1:22;
3:10 e 21. Note-se aqui a expressão: “...por todas as gerações”.
Quando o Manual da Igreja (pág. 23) declara que pertencer à igreja de Deus é um privilégio,
refere-se não a uma igreja, de um determinado lugar, mas à Igreja no seu aspecto global, no sentido amplo
e abarcante – à igreja mística – “O CORPO DE CRISTO”. (Efés. 4:12).
É neste sentido que devemos entender a declaração de E. G. White, a seguir:
“Testifico perante meus irmãos e irmãs que a Igreja de Cristo, débil e defeituosa como é, constitui
o único objeto sobre a Terra ao qual Ele concede Sua suprema consideração.”(4)
relacionado com este conceito de Igreja como “O CORPO DE CRISTO”, assim se expressou o
apóstolo São Paulo: “Assim já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da
3
família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus,
a Pedra Angular; no Qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no Qual
também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito”. (Efés. 2:19 a 22).

2. O ASPECTO DA IGREJA LOCAL – “A IGREJA LOCAL”, diz H. H. Hobbs, “é a


operação visível da Igreja Geral num dado tempo e num dado espaço”. (5)
Há um inter-relacionamento entre a IGREJA GERAL e a IGREJA LOCAL; uma não pode existir
sem a outra. E nós podemos entender muito bem este estreito relacionamento, quando damos conta de
que nascemos de novo dentro da IGREJA GERAL, mas somos batizados na IGREJA LOCAL. É na
IGRREJA LOCAL que são efetuados os ritos do batismo e da Santa Ceia.
É a IGREJA LOCAL que decide sobre o recebimento e a exclusão de membros; é a IGREJA
LOCAL que escolhe os seus oficiais (Atos 6:1 a 7); é a IGREJA LOCAL que constrói seus templos e
capelas; é a IGREJA LOCAL que tem a sua escola sabatina, organiza classes bíblicas, realiza os cultos e
que dá assistência espiritual e social aos seus membros. (Atos 2:42 a 47: 4:32 a 35). Entretanto, tudo é
feito tendo em vista o crescimento e o aperfeiçoamento da IGREJA GERAL – O CORPO DE CRISTO –
que deseja “apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém,
santa e sem defeitos”. (Efés. 5:27).
Na pirâmide organizacional administrativa da Igreja, a IGREJA LOCAL tem o seu lugar na base.

ASSOC.
GERAL
DIVISÃO
UNIÃO
ASSOCIAÇÃO
DISTRITO PASTORAL
IGREJA
Pirâmide Organizacional

É a IGREJA LOCAL que executa todos os ideais da IGREJA GERAL, através das
instrumentalidades ao seu alcance, que são os seus oficiais e departamentos.
E entre os diversos oficiais que atuam na IGREJA LOCAL, quem mais se destaca, pela natureza e
responsabilidade da função, é o ANCIÃO, que é o motivo primordial deste curso.

4. Objetivos da Igreja
“A Igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para
servir e sua missão é levar o Evangelho ao mundo... Maravilhosa é a obra que o Senhor Se propõe a
realizar por intermédio de Sua Igreja, a fim de que Seu nome seja glorificado.” (6)

“Os Adventistas do Sétimo Dia têm uma mensagem


que deve ir a todo o mundo. Pastores, evangelistas,
professores, colportores, médicos, enfermeiros, mecânicos,
datilógrafos, artistas, obreiros de escritórios, empregados de
instituições e leigos, estão hoje todos unidos no
cumprimento da maior tarefa da Terra, neste período tão da
História do mundo.” - História da Nossa Igreja, pág. 11.

IGREJA GERAL – O CORPO DE CRISTO – será engrandecida e preparada para a volta de Jesus,
através da atuação e do testemunho da IGREJA LOCAL, cujos membros, homens e mulheres
4
consagrados à Causa de Deus, sairão, no poder do Espírito Santo, para atender o “IDE” de S. marcos
16:15, pregando “o Evangelho a toda criatura”.
“Aqui vemos de novo a Igreja como guardiã ou zeladora do Evangelho. Assim, é o CORPO DE
CRISTO que deve levar avante, ou cumprir suas ordens, sob a direção do Seu Cabeça. É a noiva de
Cristo a ser sempre amada por Ele, e que deve amá-Lo no gerar filhos espirituais. É a coluna e o esteio da
Verdade, para declarar todo o conselho de Deus.
“Então, a Igreja é tanto UNIVERSAL quanto LOCAL. Visto que a IGREJA UNIVERSAL só se
tornará realidade quando se reunirem todos os remidos na glória, a IGREJA LOCAL é já uma colônia do
Céu (Fil. 3:20); uma retumbância ou um dossel do Evangelho (I Tess. 1:8); uma comunhão ou companhia
(Atos 2:42), mediante a qual devemos nos desincumbir de nossa Mordomia do Evangelho, levando-o aos
não salvos. Visto que a Igreja é local, ela é a única instituição mediante a qual podemos servir. Aquele
que despreza a igreja, despreza a Cristo, pois ela é o Seu corpo e noiva, ou esposa.”(7)

NOTA: Quanto aos objetivos e funções para os quais a Igreja foi fundada, o Material de Apoio
Nº 8 apresenta matéria bastante detalhada, que deve ser lida, apreciada e colocada em
prática.

REFERÊNCIAS:
(1) Os Fundamentos da Nossa Fé, de H. H. Hobbs, pág. 16.
(2) A Teologia do Evangelismo, de C. E. Autrey, págs. 40 e 41.
(3) Manual da Igreja, pág. 23.
(4) Testemunhos Para Ministros, de E. G. White, pág. 49.
(5) Os Fundamentos de Nossa Fé, de H. H. Hobbs, pág. 162.
(6) Atos dos Apóstolos, de E. G. White, págs. 9 e 13.
(7) Os Fundamentos da Nossa Fé, de H. H. Hobbs, pág. 170.

5
DEMONSTRAÇÃO
DE APROVEITAMENTO
1. ESTUDO

ATENÇÃO: É só completar as frases, preenchendo


os espaços. . . Muito fácil!

1. Levando-se em conta a esfera de atuação da igreja, o que ela é? – “Intérprete e


.................................. dos propósitos ...................................... de ................ para com toda a
.................................. na Pessoa de ............................................. Cristo.”

2. Como a Bíblia Sagrada refere-se à Igreja? – “A Igreja de ...........................”; “o


.................................... de Cristo”; “a Igreja do ................................ Vivo.”

3. Quais os dois sentidos que o Manual da Igreja usa para designar a Igreja? – “Em sentido
................................... aplica-se à Igreja em todo o mundo..., e em sentido ....................... à
Igreja de uma .............................. ou .......................................’.

4. A quem Cristo concede Sua suprema consideração? – “Testifico perante meus


........................... e .............................. que a ............................. de Cristo, débil e defeituosa
como é, constitui o ............................ objeto sobre a ............................ ao qual Ele concede Sua
suprema consideração.

5. O que faz a igreja local? – “Decide sobre o .................................... e a exclusão de


................................; escolhe seus ............................; realiza os .......................... e dá
assistência ....................................... e ..................................... aos seus membros.

6. Entre os diversos oficiais da igreja local, qual o que mais se destaca pela natureza e
responsabilidade da função? – “É o ..............................., o motivo primordial deste curso.”

7. Qual é o grande objetivo da Igreja? – “A Igreja é o ................................. apontado por Deus


para a ................................................ dos homens. Foi organizada para
......................................... e sua missão é levar o .......................................... ao mundo.”

OBSERVAÇÕES

_______________________________________________________________________________

6
AUTO-AVALIAÇÃO

À minha frente, agora, está a folha de minha auto-avaliação. Depois de ter estudado esta lição e
ponderado sobre o seu conteúdo, ajuda-me, Senhor, a ser honesto e suficientemente cristão para fazer esta
auto-avaliação e que ela me ajude a ver onde e como devo melhorar.

1. Sinto-me feliz por ser membro da Igreja “o Corpo de Cristo”, aqui nesta Terra?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

2. Quais as coisas ou atividades da igreja local que me proporcionam grande alegria e satisfação pessoal?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

3. Como as pessoas “de fora” poderiam avaliar-me diante do que tenho sido como membro da igreja?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

SUGESTÃO: Ao fazer a sua auto-avaliação, pense, ore e reflexione. Seja franco para consigo mesmo.

MINHA DECISÃO

Compreendendo o grande privilégio que Deus me concede de


ser um membro de Sua Igreja, desejo conhecer melhor a Sua
vontade e o que Ele espera de mim.

Assinatura ..............................................Data......../......../........

7
Organização da Igreja
2. ESTUDO

1 2 3 4
OBJETIVOS OS QUATRO A AUTORIDADE
DA ORDEM NÍVEIS DA SUPREMA
ORGANIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO ÉA
DA ORGANIZAÇÃO ADVENTISTA ASSOCIAÇÃO
IGREJA DO 7º DIA GERAL
Pág. Pág. Pág. Pág.

5 6
QUEM DIRIGE Ninguém acaricie o pensamento
OS DESTINOS NOSSO de que podemos dispensar a orga-
DA IGREJA É NOME nização.”
O ESPÍRITO DENOMINACIONAL
SANTO E. G. White
Pág. Pág.

“Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização. O erguimento


desta estrutura custou-nos muito estudo e orações em que rogávamos sabedoria, e as quais
sabemos Deus ouviu. Foi a mesma edificada por Sua direção, por meio de muito sacrifício e
contrariedade. Nenhum de nossos irmãos esteja tão iludido que tente derribá-la, pois
acarretaria assim um estado de coisas que nem é possível imaginar-se. Em nome do Senhor
declaro-vos que ela há de ser firmemente ESTABELECIDA, ROBUSTECIDA E
CONSOLIDADA.”
- E. G. White

Conceito Filosófico
Quando pensamos na organização da Igreja sob o ângulo filosófico, vem-nos à lembrança a
descrição figurativa que o apóstolo Paulo faz de Cristo, como o Cabeça da Igreja. Ele escreveu assim:
“... no qual todo edifício bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor.” (Efés. 2:21).
E, continua o apóstolo: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é o Cabeça,
Cristo, de Quem todo corpo bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa
cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”. (Efés.
4:15 e 16).
Nada mais claro do que estas palavras e conceitos paulinos para ilustrar o valor da organização em
geral e, de modo específico da Igreja, que é nosso assunto, quando sugere a integração e o ajustamento
“de toda a junta” e partes formando uma unidade harmônica a fim de que, como num todo completo, tudo
funcione com vida, eficiência e suavemente.
No que concerne à nossa igreja (IASD), logo nos seus primórdios, os pioneiros entenderam que se
quisessem alcançar o mundo todo com a Mensagem do Terceiro Anjo, tinham que se organizar para obter
melhores resultados.

8
Nosso Deus é um Deus de ordem. Já em 1855, o Senhor, mediante as orientações do Espírito de
Profecia, indicou que era preciso um sistema de organização para corrigir e impedir confusão. Acontece
que com as condições reinantes na época do desapontamento de 1844, reforçou-se a necessidade de
organização. Nessa época não havia registros de igreja ou de membros nem se pensava em eleições de
oficiais; pastores ordenados, apenas uns dois; não existia nenhum sistema denominacional de finanças,
pois o povo dava aos pregadores o que bem lhe parecia. Assim, uns eram bem cuidados, outros não
recebiam nada.
Segundo Ema e. Howell, não havia ‘trabalho evangélico organizado (um obreiro ia simplesmente
aonde sentia que o Senhor o chamava para fazer determinada obra). Os crentes adventistas estavam
unidos em espírito e propósito, mas um sistema ordenado para o avançamento de sua mensagem estava
ainda por organizar-se”. (1)
Assim não era possível continuar, pois Deus não estava dirigindo indivíduos isolados, com
pensamentos diversificados, mas um povo, uma Igreja, com objetivos bem definidos.

1. Objetivos da Organização da Igreja.


Há três objetivos distintos quando analisamos a organização da Igreja.
EM PRIMEIRO LUGAR, temos que nos adequar à natureza de Deus. Deus é um Deus de ordem.
Diz o apóstolo Paulo: “Porque Deus não é de confusão; e sim, de paz.”(I Cor. 14:33), e mais:
“Tudo, porém, seja feito com decência e com ordem.” (I Cor. 14:40).
Temos alguns exemplos bíblicos que nos ajudam a compreender este atributo divino.

1.IGREJA NO DESERTO – quando os filhos de Israel estavam viajando pelo deserto em


demanda à Terra Prometida, Deus os orientou a se locomoverem em determinadas formações,
estabelecendo a posição de cada tribo no acampamento, em relação ao tabernáculo que ficava no centro.
Sobre isto, lemos:
“Os filhos de Israel se acamparão junto ao seu estandarte, segundo as insígnias da casa de seus
pais; ao redor, de frente para a tenda da congregação, se acamparão.” (Núm. 2:2).
“Assim fizeram os filhos de Israel; conforme a tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, se
acamparam segundo os seus estandartes, e assim marcharam, cada qual segundo as suas famílias, segundo
a casa de seus pais.” (Núm. 2:34).
Tudo com muita ordem e organização, pois não se tratava de uma turba de nômades caminhando
desordenadamente e sem rumo, mas da Igreja de Deus, ordeira e organizada, indo em demanda à Terra da
Promessa.
BENJAMIM

XIV XV XVI
DÃ ASER NAFTALI
JUDÁ
XIII

I
N

IV – MERARITAS
As Tábuas
V - GERSONITAS

IX – AARÃO - MOISÉS
As Cortinas
MANASSÉS

ISSACAR
Sacerdotes
XII

O EFRAIM JUDÁ L
II

X – COATITAS
Os Móveis
RÚBEM
ZEBULOM
EFRAIM

S
XI

III

VIII VII VI
GADE SIMEÃO RÚBEM

ESQUEMA DE COMO AS TRIBOS DE ISRAEL


ACAMPAVAM-SE AO REDOR DO TABERNÁCULO.
9
“O governo de Israel caracterizou-se pela organização mais completa, maravilhosa tanto pelo seu
esmero como pela sua simplicidade. A ordem, tão admiravelmente ostentada na perfeição e arranjo de
todas as obras criadas por Deus, era manifesta na economia hebréia. Deus era o centro da autoridade e
do governo, o Soberano de Israel. Moisés desempenhava o papel de seu chefe visível, em virtude de
indicação divina, a fim de administrar as leis em Seu nome. Dos anciãos das tribos foi mais tarde
escolhido um concílio de setenta, para auxiliar a Moisés nos negócios gerais da nação. Vinham em
seguida os sacerdotes, que consultavam ao Senhor no santuário. Chefes ou príncipes governavam as
tribos. Abaixo destes estavam os capitães de milhares, capitães de cem, capitães de cinqüenta, e capitães
de dez; e, por último, oficiais que poderiam ser empregados no desempenho de deveres especiais. (Deut.
1:15).
“O arraial dos hebreus estava arranjado em ordem exata. Estava dividido em três grandes partes,
tendo cada uma a sua posição designada no acampamento. No centro estava o tabernáculo, a morada do
Rei invisível. Em redor estavam estacionados os sacerdotes e levitas. Além destes estavam acampadas
todas as outras tribos.”(2)
O exemplo anterior é do Velho Testamento; agora vamos a um do Novo Testamento:
Quando Cristo saciou a fome do povo, multiplicando os pães para quase cinco mil pessoas,
ordenou que todos se assentassem em grupos de cem e de cinqüenta para, então, serem servidos pelos
discípulos. Este acontecimento está descrito em S. Marcos 6:39 e 40. Tudo ocorreu na mais perfeita
ordem.
EM SEGUNDO LUGAR, “o propósito da organização da igreja local”, de acordo com Ralph M.
Riggs, “visa prover o máximo de eficiência”. (3)
Gideão, com seus trezentos homens bem organizados, conseguiu desbaratar “os midianitas e os
amalequitas e todos os povos do oriente” que “cobriam o vale como gafanhotos em multidão”. (Juízes
8:10).
Sem organização não pode haver eficiência e bons resultados para nenhum empreendimento; nem
mesmo para a Igreja.
EM TERCEIRO LUGAR, se a Igreja não estiver bem organizada, pautando seu procedimento
dentro de certos parâmetros e princípios pré-estabelecidos, corre-se o perigo de que um pequeno grupo de
pessoas (nem sempre as mais recomendáveis), monopolize o direcionamento administrativo da Igreja,
bem como coloque em risco os genuínos resultados advindos de comissões e assembléias.
Já no início de nossa história denominacional, E. G. White advertiu a respeito daquilo que não
pode e não deve acontecer. Isto ela destacou quando falou da necessidade de uma reorganização em face
do que já estava acontecendo, isto é, da concentração do poder de decisão nas mãos de uns poucos líderes.
Disse ela diante de um grupo de líderes:
“Jamais a mente de um indivíduo ou de um grupo de pessoas deveria ser considerada como
suficiente em sabedoria e poder para controlar o trabalho e determinar os planos que deveriam ser
seguidos. A responsabilidade do trabalho neste vasto campo não deveria repousar sobre dois ou três
indivíduos.”(4)
“Não permita Deus, irmãos, que esta assembléia seja celebrada e concluída como as outras,
valendo-nos dos mesmos MENEJOS, INFLEXÕES E PROCEDIMENTOS.”(5)
Infelizmente, ainda há em nossos dias alguns poucos líderes que não aprenderam esta lição, apesar
destas e de outras advertências.
Num alerta contra possíveis desordens e “motivando” a igreja dentro de um plano de ação
coordenado e harmonioso, Ellen G. White escreveu:

“Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que sem alguma


forma de organização, haveria grande confusão, e a obra não seria
levada avante com êxito. A organização era indispensável para prover
a manutenção do ministério, para levar a obra a novos campos, para
proteger dos membros indignos tanto as igrejas quanto os ministros,
para a conservação das propriedades da igreja, para publicação da
verdade pela imprensa e para muitos outros fins.”
Testemunhos Para Ministros, pág. 26.

10
2. Ordem e Organização
Em relação à Igreja Adventista do Sétimo Dia, a irmã E. G. White salienta a necessidade de ordem
e organização em seu seio. De maneira enfática, declarou:
“Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização. O erguimento desta
estrutura custou-nos muito estudo e orações em que rogávamos sabedoria, e as quais sabemos que Deus
ouviu. Foi a mesma edificada por Sua direção, por meio de muito sacrifício e contrariedade. Nenhum de
nossos irmãos esteja tão iludido que tente derribá-la, pois acarretaria assim um estado de coisas que nem é
possível imaginar-se. Em nome do Senhor declaro-vos que ela há de ser firmemente estabelecida,
robustecida e consolidada. (6)

“Os anos compreendidos entre 1863 e 1903 constituem o


período de formação de nossa igreja... A jovem igreja cresceu
em organização, meios para se manter e disciplina.”

História da Nossa Igreja, pág. 219.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia é, hoje, um movimento conhecido internacionalmente, entre


cristãos e não cristãos. Ela tem sido considerada como um agressivo e bem organizado corpo evangélico,
com um definido senso de missão e um bem estabelecido e sólido trabalho mundial.
Deus, e dizemos com toda a convicção e segurança, abençoou a Sua Igreja, a dedicação e os
esforços dos pioneiros. E como resultado, o Movimento cresceu, tornado-se, com o passar do tempo, em
um vigoroso corpo, estendendo-se por toda a América; atravessou os mares, para alcançar “os confins da
Terra”. Organizou igrejas, construiu templos e capelas, desenvolveu casas publicadoras, estabeleceu
escolas e universidades e construiu instituições médicas e alimentícias.
O Pastor R. R. Fighur, ex-presidente da Associação Geral, já falecido, assim se expressou numa de
suas mensagens aos delegados presentes a uma sessão mundial da Igreja:
“O início, o crescimento, e a atual estabilidade do movimento Adventista constituem uma das
maravilhas do século. Começando em obscuridade e pobreza, o movimento organizou-se, cresceu,
assumiu proporções mundiais e suas atividades estendeu-se ao redor do mundo.”
É significativa e solene, pois, a declaração de E. G. White, quando escreveu:
“EM NOME DO SENHOR, DECLARO-VOS QUE ELA (A IGREJA) HÁ DE SER
FIRMEMENTE ESTABELECIDA, ROBUSTECIDA E CONSOLIDADA.”
Esta realidade ninguém pode negar, nem mesmo os seus mais acérrimos oponentes, pois a
afirmação acima “vem-se concretizando há mais de um século de sucessivas vitórias e crescente
progresso em todo o mundo, enquanto, pelo caminho do tempo, vão ficando em frangalhos, os que a
combatem.”(7)

3. Os Quatro Níveis da Organização


Adventista do Sétimo Dia
De acordo com o Manual da Igreja, há quatro níveis desde o crente individual até à organização
mundial da obra da Igreja. São eles:
1. A Igreja, que é o corpo unido de crentes individuais.
2. A Associação ou Missão local, que é um corpo unido de igrejas organizadas em um estado,
província ou território.
3. A União-Associação ou União-Missão, que é um corpo unido de associações ou missões,
dentro de um território maior.

11
4. A Associação Geral, a maior unidade da Organização, que abrange todas as uniões, em todas as
partes do mundo. As Divisões são seções da Associação Geral, com responsabilidade administrativa
atribuída a ela em determinadas áreas geográficas. (8)
A seguir temos uma declaração do Espírito de Profecia, das mais significativas, quanto ao sistema
organizacional da Igreja:

“Cada membro da igreja tem participação na escolha dos oficiais


da igreja. Os delegados escolhidos pelas associações escolhem os
oficiais das Uniões; e os delegados escolhidos por estas escolhem os
oficiais da Associação Geral. Por meio deste sistema, cada
associação, instituições, igreja e indivíduos, quer direta, quer por
meio de representantes, participa da eleição dos homens que
assumem as responsabilidades principais na Associação Geral.” (9)

4. A Autoridade Suprema é a Associação Geral


Dois parágrafos da pena inspirada são bem enfáticos sobre o assunto em epígrafe. Atentem para
eles:
“Foi-me mostrado que nenhum homem deve render-se ao juízo de qualquer outro homem, mas
quando é exercido o juízo da Associação Geral, que é a mais alta autoridade que Deus tem sobre a Terra,
a independência e juízo individuais não devem ser mantidos, mas renunciados.” (10)
“Deus ordenou que os representantes de Sua Igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos
numa Associação Geral, devam Ter autoridade.” (11)

5. Quem Dirige os Destinos da Igreja é o Espírito Santo


Como Adventistas do sétimo dia, cremos que Quem dirige os destinos da Igreja é o Espírito Santo;
os homens são apenas instrumentos em Suas mãos.
“O Pentecostes”, escreveu o Pastor L.E. Froom, um dos mais destacados teólogos da Igreja, “foi o
dia de emposse do Espírito Santo como divino administrador da Igreja... E toda a administração da Igreja
está entregue a Ele até que Cristo volte na glória do Segundo Advento.” (12)
Infelizmente, porém, há homens que vaidosamente assumem uma postura de auto-suficiência,
procurando conduzir os destinos da Igreja à sua moda, esquecendo-se de que o Espírito Santo é o seu
divino executivo.
“A menos que o Parácleto escolha, use e abençoe, tudo será em vão. Se houvesse menos
diplomacia e mais oração, menos manobra e mais súplica, o Espírito Santo teria maior oportunidade de
iniciar a Sua vontade. Quando uma igreja ou comissão se põe a preencher cargos de acordo com sua
própria preferência ou vontade, ela faz nada menos que uma afronta ao Espírito Santo. O concílio de
Jerusalém foi um tipo de todos os verdadeiros concílios; e quanto às decisões tomadas, lemos: “Pois
pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais.” (Atos
15:28).
“Deve-se observar aqui que a escolha do Espírito Santo vem em primeiro lugar.” (13)
Tenho comigo que nem sempre podemos, com toda a segurança e convicção, dizer o que disseram
os discípulos: “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós...”, após algumas comissões. Isto não é
novidade, infelizmente.

12
6. Nosso Nome Denominacional
Na formação da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Deus Se preocupou com todos os detalhes,
inclusive com o seu nome.
Deus orientou aos nossos pioneiros no sentido de que tudo o que fosse feito, deveria sê-lo com a
devida reflexão, oração, sempre buscando orientação divina a fim de que nada fosse destituído de sentido
e a Igreja Remanescente pudesse alcançar os altos propósitos para os quais ela surgiu no palco da
História.
Foi o que sucedeu na escolha do nome. Dois nomes foram sugeridos inicialmente. Em 1810, no
mês de maio, os irmãos de Parkville, Michigan, organizaram-se legalmente, tomando a resolução de
chamarem-se “IGREJA DE PARKVILLE, DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO.”
No concílio de Battle Creek, realizado em 28 de setembro, entretanto, o nome sugerido e que
dizia-se ser mais condizente, foi: “IGREJA DE DEUS”, mas também este, logo a seguir, foi rejeitado.
Sobre este nome, assim se expressou E.G. White: “É demasiado vago para designar o povo remanescente
de Deus”. (I TS, Vol. 1, Pág. 80).
E num outro memorável concílio de Bettle Creek, os seus membros, após muita oração e estudo,
foram unânimes na escolha do nome “ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA”.
E sobre este nome a irmã White declarou: “O nome ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA exibe o
verdadeiro caráter de nossa fé, e será próprio para persuadir aos ‘espíritos indagadores’”. (Idem)
Noutra citação que reputamos lapidar, a Serva do Senhor afirmou:
“Não podemos adotar outro nome que quadre melhor do que esse que concorda com a nossa
profissão, exprime a nossa fé e nos caracteriza como povo peculiar.”(Ibidem, pág. 79).
E mais: “Somos Adventistas do Sétimo Dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome?
Respondemos: Não, não! Não nos envergonhamos. É o nome que o Senhor nos deu. Esse nome indica a
verdade que deve ser o teste das igrejas. Somos ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA, e desse nome nunca
nos devemos envergonhar”. (Igreja Remanescente., Pág. 65).
Quão maravilhoso, pois, e significativo é o nosso nome denominacional! Simboliza a fidelidade
de um povo que trabalha e que luta por um ideal divino, a lealdade dos ministros que pregam essas
verdades eternas, a integridade e a perpetuidade da Mensagem.

“O nome ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA


designa a origem e o destino da humanidade. A
criação em sete dias literais que terminaram no
Sábado, revela nossa origem; o segundo
advento de Cristo revela o nosso destino.” (14)

A palavra advento originou-se do latim “adventus”, que significa “chegada, vinda, aparecimento”.
Os Adventistas aguardam a Segunda vinda ou aparecimento do Senhor Jesus.
Por outro lado, a expressão Sétimo Dia aponta o quarto mandamento da Lei de Deus, onde o
próprio Sábado está inseparavelmente ligado a este selo que deve ser mantido como memorial de que
Deus é o Criador do Universo.
Teríamos nós motivos para ocultar tão maravilhoso e significativo nome? Um nome que em si já
é uma pregação? Um nome que “convencerá as mentes investigadoras”? um nome que fere os
transgressores da Lei divina, induzindo-os ao arrependimento e à fé em Jesus?... “Não, não!” Em assim
fazendo, Deus nos abençoará, pois foi Ele mesmo Quem deu ao “povo remanescente” o nome de
“ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA”.

13
Em Conclusão:
Na verdade, os fatos que marcaram com vivas e brilhantes cores o começo do Movimento
Adventista, constituem um poderoso desafio a todos os seus membros hoje.
Os sacrifícios que talvez sejamos chamados a fazer poderão ser os mais diversos, inclusive a
renúncia de acariciados sonhos. Entretanto, “Deus prova a fé de Seu povo com o fim de experimentar-lhe
o caráter. Aqueles que, em tempos de emergência estão dispostos a sacrificar-se por Ele, são os que Ele
honrará, dando-lhes parte em Sua Obra.” (15)
Esta Obra começou com sacrifício, e com idêntico preço será terminada. Estamos nós, irmãos
líderes, dispostos a fazer o sacrifício que nos for exigido e fazê-lo alegremente? O preço que Jesus pagou
pelo nosso resgate é muito mais elevado do que tudo o que fizermos pela Sua Igreja. Ele o fez por amor;
também nós, o que fizermos pela Sua Igreja, devemos fazê-lo movidos por amor a Ele e às almas.

REFERÊNCIAS:
(1) O Grande Movimento Adventista – Ema E. Howell, Pág. 53
(2) Patriarcas e Profetas – E. G. White, Págs. 389 e 391
(3) O Guia do Pastor – R. M. Riggs, Pág. 133
(4) Manuscrito Nº 43, 1901 – E. G. White
(5) Idem Nº 43-A, 1901 – E. G. White
(6) Igreja Remanescente – E. G. White, Págs. 19 a 21
(7) Administração da Igreja – O. G. de Pinho, Pág. 26
(8) Manual da Igreja, pág. 45
(9) Testemunhos Seletos, Vol. 3 – E. G. White, Págs. 240-241
(10) Testimonies, Vol. 3 – E. G. White, Pág. 492
(11) Igreja Remanescente – E. G. White, Pág. 67
(12) A Vinda do Consolador – L. E. Froom, Pág. 90
(13) Idem, Pág. 90
(14) Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 1992, Pág. 104
(15) Testimonies, Vol. 6 – E. G. White, Pág. 104

14
DEMONSTRAÇÃO
DE APROVEITAMENTO

2. ESTUDO

ATENÇÃO: É só completar as frases, preenchendo


os espaços. . . Muito fácil!

1. Como Paulo destaca o valor da organização?


Paulo destaca o valor da organização quando sugere a integração e o ........................... ..........
de “toda a .......................................” e partes formando uma ................................... harmônica.

2. Porque não era possível continuar sem organização?


Sem organização não era possível continuar, pois Deus não estava dirigindo ............................
Isolados, ... mas um ................................................ uma ......................................................com
................................... bem ................................................... .

3. Qual o perigo que a igreja corre se não estiver bem organizada?


Se a Igreja não estiver bem organizada..., corre-se o perigo de que um ..............................grupo
de............................................................monopolize o .........................................administrativo
da.........................................................bem como coloque em ........................................... os
genuínos................................................... advindos de .......................................... e
...................................... .

4. A irmã White escreveu:


“Ninguém ............................................. o pensamento de que .......................................
dispensar a ......................................................................... .”

5. Falando ainda da Igreja e sua estrutura, E. G. White declarou:


“Em nome do ............................... declaro-vos que .............. há de ser firmemente
..............................................................., ........................................ e ....................................... .”

6. O Pastor R. R. Fighur, num de seus sermões, declarou o seguinte:


“O início, o .................................................., e a atual ............................................... do
Movimento Adventista constituem uma das .................................... do ......................................
Começando em ........................ e ........................................ o movimento se .............................,
Cresceu, ..................................................proporções mundiais e suas atividades estendem-se ao
................................. do ................................................................ .

7. Quem dirige a Igreja?


“O Pentecostes foi o dia do emposse do Espírito Santo como o divino ......................................
........................................................... da ......................................... .”

8. Quem deu o nome à nossa Igreja?


“É o ........................................ que o ............................... nos deu.”

15
AUTO-AVALIAÇÃO

À minha frente, agora, está a folha de minha auto-avaliação. Depois de ter estudado esta lição e
ponderado sobre o seu conteúdo, ajuda-me, Senhor, a ser honesto e suficientemente cristão para fazer esta
auto-avaliação e que ela me ajude a ver onde e como devo melhorar.

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ ............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

MINHA DECISÃO

Reconhecendo que Deus, através do Espírito Santo, tem


dirigido os destinos da Igreja Adventista do Sétimo Dia,
desejo, como membro dela, declarar a minha confiança e
convicção de que ele conduzirá a minha Igreja até à vitória
final.

Assinatura ..............................................Data......../......../........

16
PALAVRAS EXTRAÍDAS DA
ÚLTIMA MENSAGEM PESSOAL
DA SRA. ELLEN G. WHITE
PARA A IGREJA

“Ao recapitular a nossa história passada,


havendo revisado cada passo de progresso até ao
nosso nível atual, posso dizer: Louvado seja Deus!
Ao ver o que Deus tem obrado, encho-me de
admiração e de confiança na liderança de Cristo.
Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos
que nos esqueçamos da maneira em que o Senhor
nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no
passado.”

- Testemunhos Seletos, Vol. III, pág. 443.

17
Princípios De Liderança Cristã
3. ESTUDO

1 2 3 4
O QUE
A SIGNIFICA QUE QUE
BUSCA DE SER UM É É
LÍDERES LÍDER LIDERANÇA? AUTORIDADE?
CRISTÃO
Pág. Pág. Pág. Pág.

5 6 “Mas entre vós, não é assim; pelo


O QUALIFICAÇÕES contrário, quem quiser tornar-se
LÍDER DE UM grande entre vós, será esse o que vos
DE LÍDER sirva; e quem quiser ser o primeiro
VISÃO CRISTÃO entre vós, será servo de todos.”
Pág. Pág. - S. Mar. 10:43 e 44

Em nossos dias, como em todos os tempos, tem havido crise de liderança, tanto no mundo em
geral, como também na Igreja. Mas Deus não pode prescindir de homens para a conclusão de
Sua Obra, por isso Ele continua sempre buscando líderes, assim como o fez no passado.

1. A Busca de Líderes
Deus sempre buscou líderes para os vários setores de Sua Igreja.
Em várias ocasiões, na Bíblia Sagrada, encontramos Deus buscando “um homem” para algumas
contingências e circunstâncias bem especiais de Sua Causa. Por exemplo:
1. “O Senhor buscou para Si um homem que Lhe agrada.” (I Sam. 13:14).
2. “Busquei entre eles um homem que... se colocasse na brecha perante Mim, a favor desta
terra...” (Ezeq. 22:30).
Pela leitura destas e de outras passagens bíblicas, percebemos que naqueles tempos já havia uma
acentuada carência de líderes com as qualificações que Deus deseja. Lemos ainda: “Olhei, e eis que não
havia homem nenhum.” (Jer. 4:25).
“As Escrituras, a história de Israel e da Igreja, atestam que quando Deus descobre um homem que
se conforma com Suas exigências espirituais, disposto a pagar o preço integral do discipulado, Deus o usa
ao limite máximo, a despeito de suas falhas. Moisés, Gideão, Davi, Martinho Lutero, João Wesley,
Adoniram Judson, Willian Carey e muitos outros, foram homens deste tipo.” (1); acrescentamos a estes
alguns pioneiros do Movimento Adventista, tais como: Guilherme Miller, José Bates, Tiago White, Ellen
G. White, J. N. Andrews, J. N. Loughborough, todos pessoas segundo o coração de Deus, escolhidos e
chamados para uma missão especial em favor da Sua Igreja.
Igualmente, em nossos dias, como no passado, tem havido uma crise de liderança tanto no mundo
em geral, como também na Igreja.
Mas Deus não pode prescindir de homens para a conclusão de Sua obra, por isso Ele continua
sempre buscando líderes, assim como o fez no passado.
18
Para tirar Israel do cativeiro egípcio, Deus buscou a Moisés, lá no deserto de Horebe (Êxo. 3:1 a
10); para substituí-lo, já no fim da grande jornada, Deus escolheu Josué (Núm. 27:18-23); para livrar
“Israel das mãos dos midianitas”, Deus buscou a Gideão (Juí.6:11-14); para substituir o Rei Saul, Deus
buscou um moço chamado Davi (I Sam. 16:1, 3, 12 e 13); quando se fazia necessário o ministério
enérgico de um profeta para alertar uma nação em crise e declínio espirituais, Deus buscou a Jeremias
(Jer. 1:1 a 12); para levar o Evangelho aos gentios, Deus buscou um homem certo para a ocasião, Saulo
de Tarso, no caminho de Damasco (Atos 9:15) e assim, no correr do tempo, Deus foi buscando homens e
mulheres certos, na hora certa, para o lugar certo, e ainda continua buscando outros mais para este tempo.
Esta busca começou logo “de madrugada” na existência da Igreja, continuou “pela terceira hora”
do tempo, passou “pelas horas Sexta e nona”, chegando bem próximo “da hora undécima”(nossos dias).
E a pergunta significativa de nosso Senhor foi: “Por que estivestes aqui desocupados o dia todo?..” Em
seguida a ordem de autoridade: “IDE TAMBÉM VÓS PARA A VINHA.” (S. Mat. 20:1 a 7). Não seria
VOCÊ e EU, NÓS, ALGUNS DESTES BUSCCANDO POR DEUS? Assim Seja!
Na verdade, Deus continua chamando, mas deve também ficar claro:
1. Deus chama líderes segundo o Seu critério, e nunca detentores do poder;
2. Deus chama líderes e nunca “demagogos exibicionistas e manipuladores de multidões”;
3. Deus chama líderes humildes e nunca egoístas e ambiciosos por posições ou cargos;
4. Deus chama líderes espirituais e “líderes espirituais não são feitos mediante eleições ou
nomeação por homens ou quaisquer grupos de homens nem por reuniões eclesiásticas ou sínodos. Só
Deus pode fazer líderes. O Simples fato de a pessoa ocupar cargo de importância não a torna um líder.
Fazer cursos de liderança não produz líderes; a resolução de tornar-se líder não faz da pessoa um líder...
Comissões podem conferir posições religiosas, mas não podem conferir autoridade espiritual, algo
essencial na liderança cristã... Liderança espiritual é coisa do Espírito e só pode ser conferida pelo
próprio Deus.” (2)
Samuel Lugan Brengle, um dos mais destacados líderes do Exército da Salvação, declarou: “A
liderança não se ganha mediante promoção, mas através de muita oração e lágrimas.”
Deus está buscando líderes cuja influência possa levantar o povo espiritualmente; líderes que, à
semelhança de Josafá, possam levar a Igreja a uma reconsagração total, pois, no momento de crise,
quando o reino estava em perigo, o rei não ficou só. (Ler II Crôn. 20:13).

2. O Que Significa Ser Um Líder Cristão


O LÍDER CRISTÃO GENUÍNO é uma pessoa de visão clara e de objetivos bem definidos. Além
do mais, deve possuir espírito de discernimento apurado; demonstrar convicção e tem coragem de expô-
la, defendendo com firmeza o que lhe parece direito.
O LÍDER CRISTÃO GENUÍNO terá sua vida marcada pela nobreza de caráter que se alteia por
sobre as coisas sórdidas e questionáveis deste mundo.
O LÍDER CRISTÃO GENUÍNO demonstrará sempre e em todas as circunstâncias, confiança em
Deus.
O LÍDER CRISTÃO GENUÍNO deve ser humilde e serviçal. Disse Jesus: “E qualquer que dentre
vós quiser ser o primeiro, será o servo de todos.” (S. Mateus 10:44).
O LÍDER CRISTÃO GENUÍNO é uma pessoa que deve destacar-se por sua espiritualidade.
Escreveu o Pastor R. H. Pierson: “Não se chega a ser um líder espiritual por nascimento, por aparência
social e nem por educação. A espiritualidade não é derramada sobre uma pessoa por indicação de uma
comissão administrativa ou por uma comissão de igreja. A orientação espiritual se recebe mediante o
poder do Espírito Santo. Recebe-se através da oração, de lágrimas e da confissão dos pecados”. (3)
O LÍDER CRISTÃO GENUÍNO será eficaz; e eficácia é uma qualidade, é caráter. Por ser
eficiente, consegue guiar as pessoas na direção do ideal do serviço.
O LÍDER CRISTÃO GENUÍNO significa muito para a Igreja, pois ele recebe de Deus capacidade
de fazer com que as coisas aconteçam... Sim, grandes coisas.

19
SER UM LÍDER CRISTÃO GENUÍNO significa ser exatamente aquilo que queremos que os
outros sejam e fazer exatamente aquilo que queremos que os outros façam. Significa ter habilidade de
convencer as pessoas a fazerem o que não queriam fazer, mas que, afinal de contas, fazendo, acabam
gostando de fazê-lo. Significa em última análise, ser “capaz de influenciar outros espiritualmente, porque
o Espírito é capaz de trabalhar através dele, num grau superior ao daqueles a quem ele lidera.” (4)

3. Que é Liderança?
Temos aqui algumas definições:
Segundo o almirante Nimitz, “liderança pode ser definida como sendo aquela qualidade num
homem, que inspira suficiente confiança a seus subordinados, de modo a aceitarem suas idéias e
obedecerem a seu comando.” (5)
“Líder”, de acordo com John R. Mutt, “é o homem que conhece o caminho, e sabe manter-se à
frente, trazendo outros após si.” (6)
O líder hindu de estudantes, P.T. Chandapilla, definiu “liderança cristã como uma vocação em que
há uma perfeirta mistura de qualidades humanas, ou um trabalho harmonioso entre o homem e Deus,
destinado ao ministério e bênção das demais pessoas”. (7)
“Liderança espiritual é uma mistura de qualidades espirituais.” (8)
E a Serva do Senhor, irmã Ellen G. White, querendo dizer que um verdadeiro líder sempre afeta
aqueles que de uma ou de outra maneira se associam com ele, escreveu o seguinte: “O espírito que
manifeste o dirigente, será em grande parte refletido pelo povo.”
Liderança não é apenas saber tomar boas decisões, mas também saber colocá-las em prática; não é
apenas pintar o barco, mas fazê-lo navegar.
Algumas pessoas, especialmente as mais vazias e irresponsáveis, têm liderança como coisa fácil; é
só ser detentor de um cargo, assentar-se atrás de uma escrivaninha, dar ordens e é tudo. Entretanto, no
momento de tomar decisões, são indefinidos e se estas vão comprometer a sua “boa” imagem e a sua
popularidade, esquivam-se com artificiosos argumentos, procurando transferir a responsabilidade da
solução para uma terceira pessoa ou para uma instância superior. Minimizam o problema com sorrisos
enigmáticos, gargalhadas fáceis, levando tudo na “esportiva”. O importante para estas pessoas é manter a
sua posição em detrimento dos reais interesses da Igreja.
Em seu livro, Para Você Que Quer Ser Dirigente, página 27, edição em castelhano, o Pastor R. H.
Pierson escreveu:
“Muitas pessoas que buscam trabalho não estão dispostas a cumprir a responsabilidade que lhes
corresponde. São ginastas administrativos. Um amigo me disse acertadamente com relação a isto: ‘Seus
exercícios favoritos são esquivar-se dos problemas, saltar por cima das decisões e passar o abacaxi para
outra’.”
Não, não são estes “os homens que Lhe agradam.” (I Sam.13:14).
Há ainda aquelas pessoas que se julgam excelentes líderes, estão em cargo de liderança, mas
durante anos e anos não vão além do trivial, não saem do barato, do corriqueiro, do comum das coisas;
não passam da primeira milha.
São “líderes” que apenas se preocupam com a sua posição. Geralmente são hábeis políticos e
manipuladores. Aproveitam todas as situações possíveis para se autopromoverem, especialmente
procurando tirar vantagens de amizades privilegiadas. E se volvermos às páginas anteriores de seus anos
de trabalho, constataremos, num misto de decepção e indignação, uma pobre contribuição à Causa e ao
mundo, mas privilegiada e vantajosa para si.
Isto, na verdade, não representa liderança e tão pouco tais pessoas são as que agradam a Deus.

4. Que é Autoridade?
O emprego do termo AUTORIDADE torna necessário esclarecer o conceito que o envolve. E
vamos começar por um fato real apresentado pelo pastor R. H. Pierson, em seu livro já mencionado, logo
no início do capítulo 5, sob o título “Pode Você, em Realidade, Dirigir as Pessoas?”.
20
Ele fala que o Pastor Black havia passado mais de vinte e cinco anos no campo missionário e que
era um obreiro qualificado profissionalmente para o cargo que ocupava. Entretanto, “na carta em que
pedia retorno permanente à sua pátria, me escreveu: ‘Sinto deixar este campo missionário. Minha esposa
e eu temos apreciado muito nosso trabalho em distintas partes desta união durante os últimos anos. A
maior parte destes anos nosso relacionamento com os demais tem sido cordial e satisfatório. Porém, os
dirigentes atuais de nosso campo não sabem como tratar seus colaboradores. Portanto, pedimos que a
nossa licença seja modificada por um retorno permanente. Poderíamos servir ao Senhor em nossa pátria
durante dez ou quinze anos mais’”. “E estes administradores” declara o Pastor Pierson, “perderam uma
boa família porque não haviam aprendido os princípios rudimentares de liderança cristã.” (9)
Entenderam o recado?
Há muita confusão em torno do conceito de autoridade, porque geralmente se crê que ou temos
uma autoridade ditatorial, imposta de cima para baixo, irracional, ou não temos autoridade alguma. Este
conceito não é verdadeiro; é falso. O importante, então, é saber que espécie de autoridade devemos
exercer.
Segundo alguns entendidos neste assunto, há dois tipos de autoridade: AUTORIDADE
RACIONAL e AUTORIDADE IRRACIONAL. Qual a diferença entre ambas?
A AUTORIDADE RACIONAL tem sua origem na competência. A pessoa cuja autoridade é
respeitada, o é não porque ela diz que é competente, mas porque ela exerce com competência e segurança
a tarefa que lhe foi confiada. Este tipo de líder não precisa intimidar seus subordinados e nem despertar
sua admiração por meio de palavras mágicas. Sua autoridade baseia-se não em muitos métodos
exploratórios ou chantagens, mas em motivos racionais, caracterizados pelo respeito até mesmo pelas
limitações de seus subordinados, não carecendo daquele respeito irracional, cheio de medo.
Por outro lado, a fonte da AUTORIDADE IRRACIONAL é o poder sobre as pessoas. O poder do
seu lado (chefe) e o medo do lado de lá (subordinado), são sempre os esteios em que se apoia a
autoridade irracional. É o presidente de campo que, do seu escritório, liga para o distrital a trezentos
quilômetros de distância e diz: “Ou você alcança o alvo de batismo ou vai para a rua.”
Aqui temos o poder do lado de cá e o medo do lado de lá. Aliás, a crítica (mesmo construtiva), o
questionamento, são inaceitáveis como até proibidos neste tipo de autoridade. Todos os subordinados são
quase que obrigados a sempre dizer: “Sim, Senhor”, se quiserem estar bem com “o todo-poderoso” chefe.
Num seminário de liderança cristã, na Pacific Union Conference, em dezembro de 1964, o Pastor
A. L. Bietz, que foi vice-presidente da Associação Geral, assim se expressou:
“O sistema absolutista não se integra ao meio. É incapaz de partilhar seja o que for com as
pessoas que o rodeiam. Em administração, o sistema do absolutista busca unicamente a forma de adaptar
as pessoas ao seu sistema ditatorial... os absolutistas não percebem que as opiniões alheias valem a pena.
Essa é a forma mais baixa de administração e comunicação”.
Agora vamos apresentar um exemplo que, por ser um tanto grotesco, pedimos desculpas, mas a
lição aqui é válida. Hitler era um ditador, um déspota e um absolutista. Ele eliminava de uma ou de outra
maneira toda a oposição. Podia trabalhar exclusivamente com pessoas subservientes e covardes. Eram
do “sim, senhor”. Eram bajuladores. Quando ele falava (eu até posso ver e ouvir o levantar rijo dos
braços, o estalar das botas e o famoso “Hei, Hitler!”), todos concordando com tudo e cumprindo
servilmente o que ele ordenava. Supostamente formavam uma equipe perfeita, e na verdade o era, mas de
bajuladores, covardes e interesseiros.
Toda a autoridade em nossa Igreja deve ser caracterizada por uma autoridade altamente espiritual,
baseada na regra área de S. Lucas 6:31, que diz:
“Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o também vós a eles.”
Se exercermos autoridade levando em conta os princípios da regra áurea, jamais subjugaremos
alguém.

A seguir transcrevemos três declarações do Espírito de Profecia que faríamos bem levar em conta
no exercício de qualquer atividade administrativa.

21
“Aproveitai toda a oportunidade em contribuir para a felicidade daqueles que os rodeiam,
compartilhando com eles vosso afeto. As palavras bondosas, olhares de simpatia e as expressões de
apreço serão para muitas pessoas que lutam solitárias, como um vaso de água fria para uma alma
sedenta. Uma palavra de estímulo e uma ação bondosa farão muito para aliviar as cargas que
descansam pesadamente sobre ombros cansados.” (10)

“Ninguém deve consentir em ser mera máquina, acionada pela inteligência de outro homem.
Deus nos tem dado capacidade para pensar e executar e, atuando com cuidado, buscando em Deus nossa
sabedoria, chegaremos a estar em condições de levar nossas cargas.”(11)

“Homens que através de seu egoísmo se têm tornado estreitos e falsos de perspicácia, pensam que
é privilégio seu sobrecarregar as mesmas pessoas a quem Deus está utilizando para difundir a luz que
Ele lhes há dado. Por causa de planos opressivos, os obreiros que deveriam estar livres em Deus, têm
sido travados com restrições por aqueles que tão só eram seus colaboradores. Tudo isto leva o selo do
humano e não do divino. É invenção do homem e conduz à injustiça e opressão. A causa de Deus está
livre de toda a mancha de injustiça. Não busca vantagens, privando os membros de sua família de uma
individualidade ou seus direitos.
“O Senhor não aprova a autoridade arbitrária, nem tão pouco sancionará a mínima amostra de
egoísmo ou excesso. Ele aborrece todas estas práticas”. (12)

5. O Líder de Visão
Conhecemos um ex-secretário da Associação Geral, o Pastor Walter R. Beach. Homem de uma
inteligência privilegiada e muito perspicaz, além do que, bastante espirituoso.
Certa vez o Pastor Roberth H. Pierson ouviu o Pastor Beach dizer: “A visão é o que estabelece
uma separação entre os homens que fazem algo e os que nada fazem.” E, então, acrescenta o Pastor
Pierson:” “Que acertada definição do termo VISÃO”. (13)
O líder de visão é aquele que enxerga longe. Jesus disse: “Erguei os vossos olhos e vede...” (S.
Jo.4:35). O líder de visão é como o astrônomo que olha o céu com um telescópio de longo alcance, e não
a olho nu. E, justamente por isso, ele vê o que outros não vêem. Ele enxerga coisas novas, diferentes.
Ele tem a alegria de perscrutar, de descobrir, de inovar idéias e conceitos.
Já o líder que não tem visão é aquele que só enxerga as coisas que estão ao seu redor; só olha para
baixo. Quando resolve olhar o céu, sempre o faz a olho nu. É aquele que só vê o trivial e o comum das
coisas. É aquele tipo de pessoa que sempre usa de “muita cautela”, é sempre “muito cuidadoso” e que, de
tão cauteloso e cuidadoso que é, nunca faz nada de importante, com medo de errar. O líder que não tem
visão é aquele que, de tão inseguro que é, para decidir sobre as coisas mais simples e corriqueiras do dia a
dia do seu trabalho, liga para o seu superior para pedir conselho (é o tal “cuidadoso” e “cauteloso”. Só
que o que ele não sabe é que o seu superior imediato já “não agüenta mais” essas importunações
descabidas). O líder que não tem visão é aquele que nunca sabe dar as devidas informações relativas às
suas funções e que usa o surrado expediente: “Você me dá um tempinho para eu consultar o meu
superior; depois eu volto a ligar...” E na maioria das vezes esse retorno nunca volta a se realizar.
Sobre este tipo de líder, assim se expressou Ellen G. White:
“A Causa de Deus requer homens capazes de ver rapidamente e de atuar instantaneamente no
momento devido e com poder. Se esperais superar cada dificuldade e resolver cada dúvida com que
havereis de encontrar, levareis a cabo muito pouco.”
E continua a Serva do Senhor: “Aliás, é mais justificável tomar decisões equivocadas algumas
vezes, do que manter-se continuamente em uma posição titubeante, ser vacilante e inclinar-se ora de um
lado e ora de outro.” (14)

22
E o Pastor R. H. Pierson escreveu: “Os dirigentes da Causa de Deus devem tomar decisões – e
muitas delas cada dia. Se temeis tomar decisões, não aceiteis uma posição de responsabilidade. Uma
pessoa não pode seguir como verdadeiro dirigente se sempre está se esquivando dos deveres e
responsabilidades e postergando as decisões.” Ao contrário de tudo isto, o líder de visão é aquele que vê
o possível dentro do impossível. É aquele que vê as coisas antes de acontecerem.
“Ter visão ou perspicácia”, segundo o dicionário, “é Ter discernimento ou previsão inusitados; é
uma notável penetração do entendimento.”
A visão dá direção e perspectiva para a realização de qualquer empreendimento, seja na igreja ou
fora dela.
A seguir, transcrevemos aqui algumas declarações do Pastor Roy Allan Anderson, que durante
vários anos foi secretário da Associação Ministerial da Associação Geral. Elas são muito oportunas.
“Uma vez que o homem tenha uma visão real, não lhe é difícil dedicar a uma tarefa seus talentos,
seus bens, a si mesmo, e a tudo o que tem... suas visões o farão avançar para aquele lugar em que mesmo
nas dificuldades serão consideradas um privilégio... É a visão que inflama o coração... A visão é vital ao
êxito, pois A VISÃO FAZ O HOMEM. É a visão que lhe dá alcance e poder. Ela lhe dá nova direção
aos pensamentos. A visão mostra-lhe uma máquina numa chaleira, um anjo num bloco de mármore...
sem visão a vida pouca significação tem; e o trabalho, mesmo na Causa de Deus, torna-se um mero
serviço penoso e ingrato.” (15)

6. Qualificação de um Líder Cristão


Quais seriam algumas das principais características de um verdadeiro líder cristão.?

1. Um verdadeiro líder cristão é:


UM HOMEM ESPIRITUAL. Anda com Deus. (Gên.6:9).
2. Um verdadeiro líder cristão é:
UM HOMEM DE VISÃO. “Erguei os vossos olhos e vede...” (S. Jo.4:35).
3. Um verdadeiro líder cristão é:
UM HOMEM DA PALAVRA. “Pesquisa as Escrituras em busca de um “assim diz o Senhor”.
(Col.1:19).
4. Um verdadeiro líder cristão é:
UM HOMEM HUMILDE. (Gál.2:6).
5. Um verdadeiro líder cristão é:
UM HOMEM PACIENTE. ... “Moisés”. (S.Tia.5:7).
6. Um verdadeiro líder cristão é:
UM HOMEM BONDOSO E COMPREENSIVO. (Efés.4:32).
7. Um verdadeiro líder cristão é:
UM HOMEM DE RESPONSABILIDADE E DETERMINAÇÃO. (Prov.4:25 e 27).
8. Um verdadeiro líder cristão é:
UM HOMEM ÍNTEGRO. (Isa.52:11; Fil.1:10 e 11).
9. Um verdadeiro líder cristão é:
UM HOMEM VALOROSO. (Juí.6:12).
10. Um verdadeiro líder cristão é:
UM HOMEM LEAL A SEU DEUS, A SUA IGREJA E A SEUS IRMÃOS.

Caros irmãos, ao pensar em todas estas qualidades, sentimo-nos pequenos demais e impotentes
para esta tão importante e grandiosa tarefa e nos vem logo à mente a pergunta do apóstolo: “Quem,
porém, é suficiente para estas coisas?” (II Cor.2:16 up). Somente à medida em que aceitarmos com
convicção a resposta que Paulo deu à sua própria pergunta, poderemos nos atrever a ser aquele homem de
quem Deus se agrada. Sua resposta e certeza foram: “TUDO POSSO NAQUELE QUE ME
FORTALECE”. (Fil.4:13).

23
NOTA: Este tópico é baseado no livro “Para Ud. Que Quiere Ser Dirigente”, pág. 20 a 31.

REFERÊNCIAS:

(1) Liderança Espiritual – J. O. Sanders, Pág.12.


(2) Idem, pág. 13.
(3) Para Ud. Que Quiere Ser Dirigente – R. H. Pierson, Pág. 21.
(4) Liderança Espiritual – J. O. Sanders, pág.21.
(5) Idem, Pág.20.
(6) Idem, Pág. 7.
(7) Idem, Págs. 7 e 8.
(8) Idem, Pág. 21.
(9) Para Ud. Que Quiere Ser Dirigente – R. H. Pierson, Pág. 53.
(10) E. G. White, Citado em “Dirigente”, Pág. 54.
(11) Idem, Pág. 56.
(12) Idem, Págs. 57 e 58.
(13) Idem, Pág. 22.
(14) Idem, Pág. 79.
(15) O Pastor Evangelista – R. A. Andreson, Págs.582 e 583.

24
DEMONSTRAÇÃO DE
APROVEITAMENTO
3. ESTUDO

ATENÇÃO: É só completar as frases, preenchendo


os espaços. . . Muito fácil!

1. Deus não pode prescindir de ....................................... para a ...................................... de sua


....................................., por isso Ele continua sempre buscando .............................., assim
como o fez no ................................... .

2. O líder cristão .......................................................... demonstrará sempre e em todas as


.................................................. confiança em ................................ .

3. Liderança não é apenas saber ........................................ boas ..............................., mas também


saber .................................... em .....................................; não é apenas .......................................
....... barco, mas ................................ navegar.

4. Toda a autoridade em nossa igreja deve ser ....................................................... por uma ............
...................................... altamente .......................................... baseada na regra áurea de S.
Lucas 6:31, que diz: “Como .............................. quereis que os homens vos .............................,
assim .............................. vós também a ............... .”

5. “O Senhor não .............................. a autoridade ................................. .”

6. “A visão é o que estabelece uma .................................................... entre os homens que ............


......................................................... e o que ................... fazem.”

7. Um verdadeiro líder cristão é ............................................................ de visão. “Erguei os


vossos ................................... e ..................................... .”

OBSERVAÇÕES

_______________________________________________________________________________

25
AUTO-AVALIAÇÃO

À minha frente, agora, está a folha de minha auto-avaliação. Depois de Ter estudado esta lição e
ponderado sobre o seu conteúdo, ajuda-me, Senhor, a ser honesto e suficientemente cristão para fazer esta
auto-avaliação e que ela me ajude a ver onde e como devo melhorar.

1. Possuo as características mínimas indispensáveis para exercer liderança em minha igreja?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ ............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

2. Sou a espécie de líder comprometido com o Senhor, guiado pelo Espírito Santo, que ama seus irmãos?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ ............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

SEGESTÃO: Ao fazer a sua auto-avaliação, pense, ore, reflexione. Seja franco consigo mesmo.

MINHA DECISÃO

Reconhecendo que Deus, ainda em nossos dias, continua


buscando homens para a conclusão de Sua Obra, coloco-me
à Sua disposição para ser aquele homem de quem Ele possa
Se agradar.

Assinatura ..............................................Data......../......../........

26
Trabalhadores Cristãos

4. ESTUDO

1 2 3 4

1. DISCÍPULO 1. PREGADOR 1. ANCIÃO 1. PROFETA


2. MESTRE 2. EVANGELISTA 2. ADMINISTRADOR 2. DIÁCONO
3. OBREIRO 3. EMBAIXADOR 3. TESTEMUNHA 3. MINISTRO
Pág. Pág.
Pág. Pág.

5
1. SERVO “PORQUE O REINO DOS CÉUS É SEMELHANTE A UM
2. APÓSTOLO DONO DE CASA QUE SAIU DE MADRUGADA PARA
(MISSIONÁRIO) ASSALARIAR TRABALHADORES PARA A SUA VINHA.”
3. PASTOR
- S. Mat. 20:1
Pág.

É maravilhoso ver como a Igreja, na sua complexidade, foi dotada com trabalhadores possuídos dos
mais variados dons, porém, no seu todo se completa “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”.
Efésios 4:12

Este estudo tem como finalidade dar uma idéia geral das diversas categorias de trabalhadores que
foram e continuam sendo convocadas para a Obra do Senhor, a partir dos dias apostólicos.
Notaremos que algumas destas categorias podem até quase se confundir quanto ao seu significado
e finalidades, mas no fundo, há uma derivação.
Vamos notar ainda que o original grego dá origem a vários termos com o mesmo significado,
entretanto, nós usaremos, para o nosso estudo, o termo que nos é mais familiar.
É maravilhoso ver como a Igreja, na sua complexidade, foi dotada com trabalhadores possuidores
dos mais variados dons, porém, tudo “com vistas ao APERFEIÇOAMENTO dos santos para o
DESEMPENHO do seu serviço, para a EDIFICAÇÃO do CORPO DE CRISTO””. – Efés. 4:12.

“Há variedade e riqueza no significado das palavras gregas que descrevem as


atividades evangelísticas dos primeiros cristãos. Um estudo cuidadoso destes
termos revela o profundo sentido de responsabilidade, a magnitude do serviço, o
desprendimento, a coragem e a fé de todas as qualidades de trabalhadores
cristãos.” (1)

27
Como este é um curso direcionado especificamente para anciãos, nos próximos estudos trataremos
das qualificações e do serviço daquele que foram separados para este importante e destacado cargo,
dentro do contexto do estudo em epígrafe. Porém, antes de continuar, só temos que agradecer a Deus a
organização de nossa Igreja. Quão agradecidos estamos por contar com uma Igreja que tem um sistema
de organização e funcionamento calcados nos fundamentos da Igreja Primitiva.

1. Discípulo – Mestre – Obreiro.


1. DISCÍPULO – A palavra “discípulo” tem a sua origem no termo grego MATHETÉS, que
também significa “aprendiz, aluno seguidor”. Quando nós falamos em discípulo, pensamos de imediato
nos DOZE seguidores de Jesus. Entretanto, e isto é interessante observar, Jesus tinha “muitos discípulos”
(S. Luc. 6:17). O evangelista Lucas fala ainda da “multidão de discípulos” (S. Luc. 19:37). Do meio
destes “muitos”, desta “multidão”, é que Jesus escolheu os DOZE, talvez por serem mais experimentados
que a maioria e, provavelmente, por compreenderem melhor as rigorosas exigências e demonstrarem
maior disposição em aceitá-las.
Um detalhe: devemos notar que antes de escolher os DOZE, Jesus “passou a noite em oração a
Deus” (S. Luc. 6:12).
Lemos:

Naqueles dias retirou-Se para o monte a fim de orar, e passou a noite


orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a Si os seus discípulos e
escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos.”

- S. Luc. 6:12 e 13.

Que exemplo eloqüente a ser seguido, porém, tão negligentemente olvidado! Jesus, o Filho de
Deus, orando uma noite inteira antes de escolher... E nós, quanto oramos antes de escolher os oficiais e
administradores da Igreja? Temos que convir que temos orado muito pouco... mas discutido muito em
nossas comissões de nomeação, às vezes quase uma noite de discussões intermináveis. Em alguns casos,
e isto é muito triste, as orações são mera formalidade, pois as pessoas escolhidas tiveram já seus nomes
relacionados numa lista previamente preparada. São coisas do ser humano e, desafortunadamente,
teremos que conviver com elas até o fim, mas podemos fazer o que estiver ao nosso alcance para evitá-
las.
Pois bem, meus irmãos, não importa o que sejamos na Obra do Senhor, sempre seremos
discípulos, porque devemos continuar seguindo a Jesus, estudando e aprendendo dEle cada vez mais.

2. MESTRE – esta palavra tem a sua origem no termo grego DIDÁSCALOS que também
significa “ensinador, apto para ensinar”. Refere-se àqueles que na Igreja Primitiva tinham a incumbência
especial de transmitir o DIDACHÉ, “isto é, os ensinos, os preceitos e os mandamentos das Escrituras
Sagradas”, visando o desenvolvimento espiritual dos crentes.
Também hoje a Igreja necessita de pessoas aptas para ensinar “e também idôneas para instruir a
outros” (II Tim. 2:2) “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos” (Efés. 4:12), através das Unidades de
Ação da Escola Sabatina, das Classes Bíblicas e de outras atividades da Igreja que visem o
desenvolvimento espiritual do crente e o seu enraizamento na Verdade.

3. OBREIRO – Este é um termo muito conhecido de todos nós. Tem a sua origem na palavra
grega ERGÁTES, que também se identifica com “jornaleiro, operário e trabalhador”. Hoje, em nossa
obra, acrescentamos mais um termo que também quer dizer a mesma coisa – SERVIDOR. De modo
geral refere-se ao obreiro, lembrando a declaração de Jesus, quando disse: “... porque digno é o
trabalhador do seu salário”. (S. Luc. 10:7-up). Segundo A. R. Crabtree, “usa-se freqüentemente a palavra
para designar os mestres que trabalham para promover o cristianismo entre os homens”. (II Tim. 2:15).
(2)
28
Jesus usou como ilustração um campo de trigo pronto para a ceifa, onde se destacam dois fatos: o
TRABALHO é urgente e os TRABALHADORES são poucos. Disse Jesus:

A seara na verdade é grande, mas os trabalhadores


são poucos. Rogai pois ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a Sua seara.”
- S. Mat. 9:37 e 38.

Aqui entra o enfoque de MISSÃO GLOBAL. Os evangelistas, pastores, administradores, obreiros


e servidores em geral, que se dedicam de tempo integral ao serviço das igrejas e seus diversos
departamentos e setores, como assalariados, são indispensáveis no ministério cristão. Mas, para a
terminação da Obra há grande necessidade das multidões de obreiros voluntários para, unidos com
aqueles, visitarem as pessoas nos seus lares, dando estudos bíblicos, orando com elas, distribuindo
folhetos e realizando toda uma soma de outras atividades missionárias na busca dos que vivem sem Deus
e sem esperança.

2. Pregador – Evangelista – Embaixador


1. PREGADOR – Qual o adventista que não conhece a figura sempre presente do PREGADOR.
Não importa se pregador assalariado ou voluntário – “hoje o pregador será o irmão ou o pastor fulano de
tal”, não é isto que comumente ouvimos do apresentador? Quando recebemos o boletim na entrada da
igreja, logo queremos ver quem é o pregador do culto de adoração. Pois bem, esta palavra tem a sua
origem no vocábulo grego KÉRUX, que também significa “arauto, proclamador e mensageiro”.
Ampliando um pouco mais o sentido do termo e levando-o para a esfera espiritual, o novo
Testamento, designa o substantivo KÉRUX como o mensageiro da palavra divina.
Diz a Bíblia: “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias... pregando o Evangelho do Reino”. (S.
Mat. 9:35).
Deus sempre contou com a colaboração do pregador para levar a cabo a Sua obra de tornar
conhecidos Seus planos para com a humanidade. Noé foi denominado “pregoeiro da justiça” (II S. Pe.
2:5); a Jonas foi dada a ordem: “... prega ... a pregação que Eu te disse” (Jonas 3:2); e Paulo diz de si
mesmo: “Para o que ... fui constituído pregador ...”. (I Tim. 2:7).
E hoje, não menos do que ontem, a Igreja necessita de pregadores. Pregadores q eu sejam arautos
de esperança e anunciadores de boas-novas.
O Pastor Roy A. Anderson disse que o pregador “fala aos homens por Deus e fala a Deus pelos
homens ... Como porta-voz de Deus ele não é um pressagiador de condenação e sim um arauto de
felicidade. Traz a alegria do Senhor aos desencorajados. Eleva os homens da lama do pecado à presença
de Deus. Nenhum poder na Terra pode igualar-se ao pregador inspirado do Espírito”. (3) E, segundo
Salomão, quanto mais sábio for o pregador, tanto mais sabedoria ensinará ao povo. (Ecles. 12:9).
Na verdade, a pregação é um trabalho divino através do qual muitas pessoas foram conduzidas aos
pés da Cruz de Cristo.

2. EVANGELISTA – Entre os diversos ofícios cristãos, o de EVANGELISTA jamais poderia ser


olvidado. A palavra grega que deu origem ao vocábulo é EVANGELIST ÉS, que também quer dizer
“proclamador das Boas-Novas”.
O EVANGELISTA prega o Evangelho, mas não qualquer Evangelho, pois há muito “evangelho”
barato sendo pregado por este mundo em confusão. “Trata-se”, declara Crabtree, “do Evangelho do
Reino de Deus no coração dos homens ... É o Evangelho de boas-novas, enriquecido por todas as
verdades relacionadas com a encarnação, a morte, a ressurreição e a glorificação de Jesus Cristo, o Filho
do Deus Vivo. É o Evangelho da Reconciliação e da paz com Deus”. (4)

29
É também “a Palavra da Verdade, o Evangelho da vossa Salvação ...” (Efés. 1:13). Esta, pois, é a
obra de um EVANGELISTA e não é um trabalho fácil. Ele sofre muita oposição e, por isso mesmo,
Paulo procurou animar o jovem Timóteo, dizendo: “Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a
obra de um EVANGELISTA, cumpre o teu ministério”. (II Tim. 4:5).
A Igreja, desde os dias apostólicos, tem necessitado de intrépidos EVANGELISTAS. Escreveu o
Pastor Roy A. Anderson:
Somente fazendo o trabalho de um EVANGELISTA, pode alguém dar provas completas de seu
ministério cristão. O ganhar almas é o trabalho primário do pastor-evangelista. Este será um homem que
irá a muitos lugares, respondendo a muitos chamados, mas seu trabalho real será ganhar almas. Para
conseguir isto, ele faz da igreja uma comunidade espiritual. Os membros para ele são uma irmandade e
não simplesmente um auditório; participantes e não simplesmente espectadores. E sejam quais forem os
dons espirituais com os quais o EVANGELISTA seja dotado, quer pregar, quer ensinar, “pescar” ou
pastorear, serão eles meios de aperfeiçoar os santos, e fazer unidade aos membros para o trabalho do
ministério. Enquanto prepara o campo e organiza a igreja para o serviço, guia-o em sua conquista
evangelística, “terrível como um exército com bandeiras’. Assim participa do empreendimento mais
emocionante que é dado ao homem praticar.” (5)

3. EMBAIXADOR – A função de EMBAIXADOR é uma das mais importantes, existentes no


mundo de hoje. A pessoa escolhida para se desincumbir desta função, geralmente é uma pessoa
experiente, que se destaca por sua habilidade no relacionamento entre pessoas e governantes, pela sua
dignidade e responsabilidade, pois ela vai representar o seu país e o seu governo perante um outro país e
um outro governo.
A palavra grega PRESBEÚO significa “SER EMBAIXADOR”.
O EMBAIXADOR, no sentido bíblico, possui atributos de pregador e de evangelista, pois exerce
ambas as funções e o faz com autoridade. Somos embaixadores de Deus aqui nesta Terra e temos o dever
e a incumbência de representar os interesses de Deus e do Seu Reino entre os homens. “De modo que
somos EMBAIXADORES por Cristo, fazendo Deus o Seu apelo por nosso intermédio.” (II Cor. 5:20).
Às vezes um EMBAIXADOR é incumbido por seu governo de servir de mediador, conciliar problemas
existentes entre ambos os países, pois, além de outros requisitos, ele deve possuir a habilidade da
reconciliação. Da mesma forma, o EMBAIXADOR de Deus. “Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que
vos reconcilieis com Deus.” (II Cor. 5:20), deve ser a nossa mensagem ao mundo. Assim, “como arauto,
o embaixador não pode aumentar, diminuir ou modificar a mensagem que tem a responsabilidade de
transmitir. Fica altamente honrado pela fidelidade na proclamação do Evangelho de Reconciliação”. (6)
Temos um hino que expressa muito claramente a missão do embaixador de Deus. Cantamos:

Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou,


Do reino lá do Céu EMBAIXADOR eu sou.
Meu Rei e Salvador vos manda em Seu amor
As boas-novas de perdão.

Eis a mensagem que me deu


Aquele que por nós morreu;
“Reconciliai-vos já”, é a ordem que Ele dá,
“Reconciliai-vos já com Deus”.

Irmãos anciãos, vocês, eu, nós, SOMOS EMBAIXADORES DE DEUS NESTE MUNDO perante
os homens; é o nosso dever exercer a nossa função com dignidade e integridade para que possamos
agradar Aquele que nos enviou. Que privilégio!

30
3. Ancião – Administrador - Testemunha
1. ANCIÃO – Esta palavra tem a sua origem no vocábulo grego PRESBÚTEROS, que também
significa presbítero. Diz o apóstolo Paulo: “Esta é uma palavra fiel; se alguém deseja o episcopado
(ancionato), excelente obra deseja”. (I Tim. 3:1).
Originalmente, o significado desta palavra referia-se apenas a um homem de idade. Entretanto,
com o passar do tempo, a expressão passou a referir-se à dignidade associada à idade e, daí, à dignidade
de um ofício, o sagrado, especialmente quanto à posição que o ancião ocupa na Igreja, no desempenho de
suas atribuições, independentes da idade.
“Primitivamente, na igreja apostólica, ancião, presbítero e bispo eram equivalentes”. (7)
“É evidente”, diz H. H. Hobbs, “que eles (anciãos) não diferem inteiramente dos bispos
(EPISCOPOI) ou superintendentes ... (Tito 1:5) e tal evidência vem do fato de serem usadas estas duas
palavras indiscriminadamente (Atos 20:17,18; Tito 1:5 e 7), e o fato de o dever dos presbíteros (anciãos)
ser descrito pelos termos EPISCOPEIN (I Ped. 5:1) e EPISCOPE, visto que somente dois ofícios
eclesiásticos – HOI EPISKOPOI e HOI DIAKONOI são distinguidos em Fil. 1:1 e I Tim. 3:1 e 8. O
título EPISCOPOS denota a função, o PRESBYTEROS, a dignidade; o primeiro foi copiado de
instituições gregas e o último de judaicas.” (8)
Sobre esta classe tão destacada de trabalhadores cristãos, que é o objetivo deste curso, trataremos
nos estudos seguintes, com mais detalhes e atenção que lhe são devidos.

2. ADMINISTRADOR – O termo ADMINISTRADOR é oriundo do vocábulo grego


EPISKOPOS que também significa “curador, superintendente e bispo”. Segundo A. R. Crabtree, “o
termo presbítero refere-se especialmente à dignidade e ao prestígio do ministro, enquanto que
EPISKOPOS, chama a atenção ao tino de administrador ou à função do ministro”. (9)
A Igreja necessita hoje, mais do que nunca, de administradores espirituais, consagrados e que
agradem a Deus. Em I Sam. 13:14 está escrito assim: “O Senhor buscou para Si um homem que Lhe
agrade.” E quais as qualificações que identificam um homem que agrada a Deus? A resposta a esta
pergunta encontramos exatamente em uma pessoa de quem Deus Se agradou. Lemos: “Havia um
homem na terra de Uz, cujo nome era Jó: homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do
mal”. (Jó 1:1)
“Necessitamos saber”, escreveu o Pastor R. H. Pierson, “o que Deus espera dos administradores
de Sua Igreja remanescente. Necessitamos saber como exercer uma direção eficaz para Ele nestas horas
finais da História... Que desafio!” (10)

3. TESTEMUNHA – Esta palavra também tem a sua origem ligada ao termo MÁRTUS, do grego,
que também significa “mártir”. O Novo Testamento refere-se ao termo TESTEMUNHA como “a pessoa
que testifica o que viu e ouviu... É das TESTEMUNHAS que deram a vida por amor de Cristo, como
Estêvão, que temos a palavra “mártir”, em português”.
Jesus disse: “Ser-me-eis TESTEMUNHAS, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria, e até os confins da Terra.” (Atos 1:8).
O apóstolo João, ao atender o desafio do seu Mestre de ser TESTEMUNHA Sua em todos os
lugares aqui mencionados, mais tarde escreveu: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que
vimos com os nossos olhos... Porque a Vida foi manifestada, e nós a vimos e TESTIFICAMOS dela e
vos anunciamos... O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos...” (I S. Jo. 1:1 a 3). Tanto João como os
demais apóstolos testemunharam do que viram e ouviram para que outras pessoas também tivessem
comunhão “com o pai, e com Seu Filho Jesus Cristo”. (Verso 3). (11)
Escreveu o Pastor L. E. Froom: “Nossa função é agir como TESTEMUNHAS, e não como
advogados... para TESTEMUNHAR, o cristão precisa Ter uma experiência pessoal nas profundas coisas
de Deus, incluindo o que ele sabe através da divina revelação das Escrituras Sagradas... É, portanto,
nosso privilégio de dever TESTEMUNHAR aos outros, contando-lhes o que sabemos ser a Verdade.
Este é o maior privilégio concedido a pecadores salvos pela graça”. (12)

31
Mas ainda há um outro fato muito importante relacionado com o “SERMOS TESTEMUNHAS”
no sentido bíblico do Novo Testamento – O Espírito Santo é uma testemunha juntamente conosco. Diz a
Bíblia: “Ora, nós somos TESTEMUNHAS destes fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus
outorgou aos que Lhe obedecem.” (Atos 5:32).
A Igreja, em nossos dias, necessita desesperadamente de TESTEMUNHAS (MÁRTUS) fiéis e
convictas da Verdade; de TESTEMUNHAS que, como os mártires do passado, falem de Cristo e do Seu
Evangelho, sem medir as conseqüências. E, para tanto, Deus anseia conceder Seu Espírito sobre Seu
povo, sim... para TESTEMUNHAR com poder “das coisas que vimos e ouvimos”. (Atos 4:20) e
conhecemos. Somos nós TESTEMUNHAS fiéis?

4. Profeta – Diácono - Ministro


1. PROFETA – Esta palavra tão familiar para todos os estudantes da Bíblia, tem a sua origem no
vocábulo grego PROFÉTES, que também pode significar “adivinhador e vidente”.
“No sentido bíblico, o PROFETA é o portador da mensagem de Deus. É o homem por cujo
intermédio Deus fala aos homens.
“No Novo Testamento, PROFETA é aquele que, movido pelo Espírito de Deus, recebe e transmite
por inspiração divina a mensagem do Senhor ao povo, especialmente as verdades relacionadas com o
Reino de Deus e com a salvação dos homens” (13)
Os PROFETAS, TANTO DO Novo como do Velho Testamentos, transmitiram ao povo, aos reis e
governantes, em linguagem clara, poderosa e direta, mensagens de encorajamento, de repreensão, de
instrução e de advertência. E estas mesmas mensagens chegaram até nos hoje, através da Bíblia e dos
livros do Espírito de Profecia, com o intuito de fazer de nós um povo santificado e sábio para a Salvação.
Portanto, “não desprezeis as profecias”, (I Tess. 5:20), ao contrário, “crede no Senhor vosso Deus, e
estareis seguros; crede nos Seus profetas, e sereis prosperados”. (I Crôn. 20:20).

2. DIÁCONO – Tem a sua origem na palavra grega DIÁKONOS, que, além de diácono, o nosso
termo usual e conhecido, quer ainda dizer “garçom, servo e ministro”.
Jesus, quando descreveu a Sua própria missão entre os homens, usou, em S. Marcos 10:45, o
verbo DIAKONÉO: “Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para SERVIR...”. E,
durante o Seu ministério, procurou Jesus sempre incutir na mente de Seus discípulos, especialmente dos
DOZE, a beleza e a dignidade de SERVIR, quando disse: “Mas não é assim entre vós; pelo contrário,
quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse que vos SIRVA””. (S. Mat. 20:26).
“Mas o ponto aqui é claro: o ofício ‘’e de alguém que SERVE... inclui serviço a Cristo mediante a
Igreja, tanto serviço de natureza material como espiritual... Sob essa luz, podemos entender melhor as
qualificações dos diáconos.” (Atos 6:3 e I Tim. 3:8 a 12:3).
O MANUAL DA IGREJA confirma o ponto-de-vista acima, quando cita I Tim. 3:13. E, “com
base nessa autoridade”, diz o Manual, “a igreja elege alguns de seus membros para que prestem serviços
eminentemente práticos, cuidando de diversos aspectos das reuniões e da propriedade da igreja”.(14)
Uma grande verdade, porém, deve ser destacada: na Igreja de Deus há os que SERVEM à Palavra
e os que SERVEM às mesas, mas todos SERVEM; todos devem, assim como Jesus, Paulo e outros, Ter
um pouco de DIÁCONO.

3. MINISTRO – O termo grego que deu origem à palavra ministro é HUPERÉTES, que significa:
remador inferior, ajudante, ministro.
Quanto ao significado, “remador inferior” está-se referindo aos remadores das galeras romanas.
Remar em uma galera era trabalho duro; aqueles rápidos movimentos cadenciados consumiam as
forças vitais dos escravos.
Havia três fileiras de remadores: a do banco superior tinha a vantagem de receber o ar fresco; os
remadores que estavam debaixo dos primeiros ficavam em desvantagens quanto ao local, com menos ar;
32
entretanto, os remadores da terceira fileira, que ficavam nos bancos mais inferiores, muitas vezes
desmaiavam de calor, além de se desgastarem pelo penoso esforço. E HUPERÉTES eram exatamente os
remadores da terceira fileira, aqueles escravos mais humildes e que tinham o trabalho mais duro e
estafante.
Outro detalhe: todos aqueles escravos estavam acorrentados ao barco, nos bancos. Todos deviam
remar a um só tempo, de maneira cadenciada, cabeças levantadas e olhos fixos no guia, no mestre do
navio ou da galera. Era este guia quem dava as ordens: “mais à direita...”, “mais à esquerda...”, “mais
rápido...”, “mais devagar...”, “em frente...”, etc.
Aqueles remadores escravos deveriam ficar atentos às ordens do guia, do mestre.
Falando de sua experiência no caminho de Damasco, o apóstolo Paulo declara em Atos 26:16, que
Jesus assim lhe falou: “Levanta-te e põe-te em pé: pois para isto te apareci, para te fazer ministro
(HUPERÉTES)” - Escravo do Evangelho.
Vamos trazer este fato para mais próximo de nós. Notemos o que ele tem a nos ensinar: o
vocábulo MINISTRO tem a sua origem humilde, mas se revestiu de profundo significado. Talvez seja
por isso que Paulo declarou o que lemos em I Cor. 9:16: “Porque, se anuncio o Evangelho, não tenho de
que me gloriar, pois me é imposta esta obrigação; e ai de mim, se não anunciar o EVANGELHO!”.
Ele se considerava escravo do Evangelho, preso à embarcação de Cristo pelas correntes do Seu
amor.
A palavra MINISTRO acentua o fato de que nós, à semelhança daqueles remadores que
obedeciam as ordens do mestre da galera, estamos subordinados à Autoridade Superior, Autoridade
Sublime, que enobrece o nosso serviço na obediência absoluta. E este Guia, este Mestre Jesus Cristo, que
está dirigindo a grande nau que é a Sua Igreja, para o seu glorioso destino, ordena aos Seus remadores, a
cada um de nós: “mais para à direita...”, “mais para à esquerda...”, “em frente...”, no cumprimento da
nossa missão de levar as Boas-Novas do Evangelho ao Mundo.
Diz-nos Ellen G. White:
“Cristo estava estabelecendo um reino sobre princípios diversos. Chamava os homens, não à
autoridade, mas ao serviço; os fortes a sofrerem as fraquezas dos fracos. Poder, posição, talento,
educação, colocavam seus possuidores sob maior dever de servir aos semelhantes.” – DTN, 521
Sim, todos somos SERVOS DO EVANGELHO, para cumprir uma missão bastante abrangente e
ao mesmo tempo bem específica.
Paulo foi um desses servos incansáveis; ele diz a nós o que está em I Cor. 4:16: “Admoesto-vos,
portanto, a que sejais meus imitadores.”

5. Servo – Apóstolo – Pastor.


1. SERVO – Oriundo do grego DOULOS, que também significa “escravo”.
De acordo com A. R. Crabtree, “com a significação de escravo ou servo doméstico, o termo quer
dizer ‘o que presta serviço completamente constrangido’. É sinônimo de DIÁCONO e HUPERÉTES,
mas acentua mais a submissão à autoridade.” (15)
Entretanto, como em vários outros casos, Jesus mudou o conceito e o sentido desta função,
passando-a de um servilismo submisso para um serviço altruísta, colocando-a dentro dos moldes e
objetivos cristãos, pois o serviço dedicado aos interesses de Cristo e de Sua Igreja não se degenera a um
servilismo irracional. Pode, sim, ser um serviço humilde, porém, prestado com alegria e dignidade.
“Os escravos de Cristo, motivados pelo amor e pela gratidão, obedecem voluntariamente a
vontade dEle, e trabalham para levar avante a Sua Causa no mundo. Os apóstolos, como escravos de
Cristo, entregaram-se voluntariamente ao serviço (escravidão) do senhor.” (Rom. 1:1; Tito 1:1; II Ped.
1:1). (16)
Diz Ellen G. White: “Jesus, o que era servido por todos, veio tornar-Se SERVO de todos” (17),
movido pelo amor e não por constrangimento.
Assim, pois, “servi-vos uns aos outros pela caridade” (amor). (Gál.5:13).

2. APÓSTOLO – Trata-se de um ENVIADO especial, dotado de alta missão e propósito da parte


de Deus, o que lhe confere autoridade e poderes especiais de comunicar mensagens bem definidas ao
33
mundo. O apóstolo Pedro foi definido e claro. Lemos: “Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse:
Autoridades do povo e anciãos, visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um
homem enfermo e do modo por que foi curado, tomais conhecimento vós todos e todo o povo de Israel de
que, em nome de Jesus Cristo, o nazareno, a Quem vós crucificastes, e a Quem Deus ressuscitou dentre os
mortos, sim, em Seu nome é que este está curado perante vós. Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os
construtores, a qual se tornou a Pedra Angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do
céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos... pois
nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.” (Atos 4:8 a 12 e 20).
Esta palavra APÓSTOLO, identifica uma das funções bem familiares para os adventistas do
sétimo dia, que é a do missionário. Vem do grego APÓSTOLOS que também quer dizer “enviado,
delegado, mensageiro, missionário e apóstolo”.
O MISSIONÁRIO é um “enviado” de Deus. Em S. Jo.1:6, lemos: “Houve um homem ENVIADO
de Deus cujo nome era João”.
O livro de Atos fala de três “viagens missionárias” de Paulo. Em Atos 13, “Barnabé e Saulo são
ENVIADOS”: “E assim estes, ENVIADOS PELO ESPÍRITO SANTO, desceram a Seleucia e dali
navegaram para Chipre”. (V.4). Em Atos 16, Paulo e Silas empreenderam a “Segunda viagem
missionária”, ambos na companhia de Timóteo. E, em Atos 19, temos a “terceira viagem missionária” de
Paulo.
O MISSIONÁRIO também é um MENSAGEIRO. Em II Cor.8: 23, Paulo escreveu: “Quanto a
Tito, é meu companheiro e cooperador convosco; quanto a nossos irmãos, são MENSAGEIROS das
igrejas e glória de Deus”.
Todos os apóstolos de Jesus foram MISSIONÁRIOS enviados e o próprio Cristo foi o
MISSIONÁRIO MODELO, também ENVIADO para este mundo, no cumprimento de Sua missão
redentiva. Lemos: “... assim como o Pai Me ENVIOU, também Eu vos ENVIO a vós”. (S. Jo.20:21). E
desde então a Igreja continua ENVIANDO missionários, pois “grande é, na verdade, a seara, mas os
obreiros são poucos.” (S. Luc.10:2). Na verdade, todos somos MISSIONÁRIOS escolhidos por Deus
para sermos “como salvação” para todos com quem convivemos e entramos em contato, pois, para sermos
MISSIONÁRIOS não precisamos necessariamente ir para terras distantes. Ser MISSIONÁRIO é contar
aos outros o que sabemos ser a Verdade, anunciando a Cristo como nosso Salvador. Este, sem dúvida, é o
maior privilégio concedido a homens e mulheres salvos pela graça divina.
3. PASTOR – Também se origina do grego, tendo como origem a palavra POIMÉN. Esta palavra,
por sua vez, é a tradução do vocábulo hebraico ROEH, que quer dizer PASTOR. O verbo correspondente
em hebraico é RAAH, que significa “apascentar, guiar, proteger”. Aqui, pois, está bem definida a missão
do pastor.
“O povo pastoril do velho Testamento sabia avaliar a responsabilidade e a dignidade do pastor, e
os escritores hebreus usaram a figura freqüentemente no seu mais nobre sentido: ‘O SENHOR É O MEU
PASTOR...’ (Sal.23:1); ‘como o pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os
cordeirinhos, e os levará no seu regaço...’ (Isa.40:11). ‘O Meu servo Davi reinará sobre eles, e todos eles
terão um pastor.’” (Eze.37:24). (18)
O Novo Testamento faz várias alusões sobre o pastor e a sua função. Jesus disse: “Eu sou o bom
Pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (S. Jo.10:11). Pedro, Jesus ordenou: “Apascenta as
Minhas ovelhas.” (S. Jo.21:16). E Paulo escreveu: “Cuidai, pois, de vós mesmos e de todo o REBANHO,
sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para APASCENTARDES a Igreja de Deus, que Ele
adquiriu com Seu próprio sangue.”(Atos20:28). Nos dias em que vivemos, a tendência do ser humano é
de se independer... e até do pastor. Será que necessitamos dele hoje?
Quando tudo parece estar bem, quase que dispensamos a presença do pastor, entretanto, nem
sempre é assim. Há ocasiões em que desejamos “desesperadamente” a pessoa do pastor ao nosso lado,
especialmente quando estamos passando por momentos de adversidade.
Também, “quando se trata de levantar fundos e alcançar os alvos da igreja, e executar seus
programas em geral, olhamos, certamente, para o pastor. Sejam quais forem os planos de fomento que se
façam, recaem eles, por fim, sobre os seus ombros. De fato, a solução de cada programa da igreja está em
grande medida ligada ao pastor. Mas... necessitamos dele?”- pergunta Roy A Anderson, e continua:

34
“Esses dias atuais têm testemunhado muitas mudanças... A ciência, a educação, a comunicação”,
(a informática) “e o transporte têm mudado a perspectiva humana, mas não mudaram o coração do
homem. Ele ainda é o mesmo – enganoso e excessivamente maligno. Isaías pôde dizer de nós hoje.
‘Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho’. E quando as
ovelhas se estão desgarrando, necessitam de um pastor!

“Estes dias são dias rápidos movimento... Tais condições exigem pastores fortes, sábios e
bondosos, que possam simpatizar com as fraquezas do coração humano, e amar; pastores que não estejam
tão ocupados que não possam gastar tempo deslindando problemas individuais e da comunidade. Por
todas as partes há lares despedaçados e corações feridos. E ambos exigem o cuidado de um pastor... O
rebanho cresce na graça e na piedade sob o delicado toque do pastor. De todos os títulos dados ao nosso
Senhor, nenhum é mais belo do que ‘O BOM PASTOR’. Ele nunca falou de Si mesmo como sendo
bispo, ou sacerdote, executivo ou pregador, mas sempre como PASTOR.” – “EU SOU O BOM
PASTOR”. (S. Jo.10:11) (19)

Em Conclusão:
Para concluirmos este estudo, vamos verificar alguns fatos bastante interessantes e úteis:
1. Todas estas 15 categorias que identificam os servidores cristãos visam ao desenvolvimento
espiritual de todos os membros da Igreja e não somente dos seus ministros.
2. Como pudemos verificar, cada PALAVRA identifica um tipo de serviço ou função, executados
por qualquer servidor/obreiro, de acordo com a sua capacidade e talentos.
3. Vamos ainda verificar que alguns “TRABALHADORES DO SENHOR” possuem, como
possuíam os do passado, vários dons e habilidades de uma só vez, exercendo a pessoa mais de uma
função durante aquele período para o qual ele foi feito.
4. “O ministério cristão, como se desenvolve dentro do Novo Testamento, nunca visa a que os
pregadores assumam a prerrogativa de fazer todos os trabalhos das igrejas. Uma das grandes
responsabilidades do pastor é de treinar, animar e orientar trabalhadores aptos para cooperar com ele no
serviço de promover o reino de Deus no mundo.” (20)

NOTA: Os significados das palavras originárias dos termos gregos foram extraídos do livro
“A DOUTRINA BÍBLICA DO MINISTÉRIO”, de A. R. Crabtree, às págs.15 a 33.

REFERÊNCIAS:
(1) A Doutrina Bíblica do Ministério – de A. R. Crabtree, Pág.15.
(2) Idem, Pág.190.
(3) O Pastor Evangelista – de R. A. Anderson, Pág.284.
(4) A Doutrina Bíblica do Ministério – de A. R. Crabtree, Págs.21 e 22.
(5) O Pastor Evangelista – de R. A Anderson, Pág.62.
(6) A Doutrina Bíblica do Ministério – de A. R. Crabtree, Pág.23.
(7) Administração da Igreja – de O. G. de Pinho, Pág.78.
(8) Os Fundamentos da Nossa Fé – de H. H. Hoobs, Págs.164 e 165, citando Thayer, Dicionário
Grego, Pág.536.
(9) A Doutrina Bíblica do Ministério – de A. R. Crabtree, Pág.24.
(10) Para Ud. Que Quiere Ser Dirigente – de R. H. Pierson, Pág.19.
(11) A Doutrina Bíblica do Ministério – de A. R. Crabtree, Pág.26.
(12) A Vinda do Consolador – de L. E. Froom, Págs.103 a 105.
(13) A Doutrina Bíblica do Ministério – de A. R. Crabtree, Pág.30.
(14) Manual da Igreja, Pág.76.
(15) A Doutrina Bíblica do Ministério – de A. R. Crabtree, Pág.30.
(16) Idem, Pág.30.
(17) O Desejado de Todas as Nações – de E. G. White, Pág.628.
(18) A Doutrina Bíblica do Ministério – de A. R. Crabtree, Pág.32.
(19) O Pastor Evangelista – de R. A. Anderson, Págs.479 e 481.
(20) A Doutrina Bíblica do Ministério – de A. R. Crabtree, Pág.33.
35
DEMONSTRAÇÃO
DE APROVEITAMENTO
4. ESTUDO

ATENÇÃO: É só completar as frases, preenchendo


os espaços. . . Muito fácil!

1. Por que motivo, entre tantos, temos que agradecer a Deus?


“Só temos que ............................................. a Deus pela .................................................. da
nossa Igreja. Quão agradecidos.................................................. por contar com uma
................................. ..................... que tem um sistema de .........................................................
e .................................... calcado nos ...................................................... da Igreja primitiva.

2. Transcreva as palavras que designam as diversas categorias dos trabalhadores cristãos;


I – 1) ................................................ II – 1) .............................................
2) ................................................ 2) .............................................
3) ................................................ 3) .............................................

III – 1) ............................................... IV – 1) ............................................


2) ............................................... 2) ............................................
3) ............................................... 3) ............................................

V – 1) .................................................
2) .................................................
3) ................................................

3. Qual é uma das grandes responsabilidades do pastor?


“Uma das grandes responsabilidades do pastor é a de .................................................................,
........................................... e ................................... trabalhadores ..............................................
para cooperar com ele no serviço de ........................................ o .................................................
de ................................... no mundo.”

OBSERVAÇÕES

_______________________________________________________________________________

36
AUTO-AVALIAÇÃO

À minha frente, agora, está a folha de minha auto-avaliação. Depois de Ter estudado esta lição e
ponderado sobre o seu conteúdo, ajuda-me, Senhor, a ser honesto e suficientemente cristão para fazer esta
auto-avaliação e que ela me ajude a ver onde e como devo melhorar.

1. Como um dos “trabalhadores” cristãos, faço o trabalho com amor ou por constrangimento?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

2. Conhecendo-me a mim mesmo no meu íntimo e os motivos que me levam a aceitar o cargo que exerço
na minha igreja, estou satisfazendo as necessidades espirituais dos meus irmãos? Podem eles contar
comigo?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

3. Analisando-me francamente, em qual das funções mencionadas aqui nesta lição eu me encaixo melhor?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

SUGESTÃO: Ao fazer a sua auto-avaliação, pense, ore, reflexione. Seja franco consigo mesmo.

MINHA DECISÃO

Com a graça de Deus, quero ser: um DISCÍPULO, para continuar


aprendendo; um MESTRE, para ensinar a Palavra; um OBREIRO consagrado,
para servir ao Senhor; um PREGADOR, para falar aos homens por Deus e falar a
Deus pelos homens; um EVANGELISTA destemido, proclamador de Boas-
Novas; um EMBAIXADOR, para representar com dignidade o meu Deus aqui na
Terra; um ANCIÃO, para ajudar o meu pastor nos trabalhos espirituais da minha
igreja; um ADMINISTRADOR fiel; uma TESTEMUNHA, contando aos outros o
que Jesus fez por mim; um “PROFETA”, POR QUEM Deus possa falar aos
homens através do meu bom exemplo; um DIÁCONO, para servir com
humildade; um MINISTRO, com os olhos voltados para Jesus; um SERVO, para
obedecer por amor e servir com alegria; um MISSIONÁRIO, “enviado de Deus”,
um PASTOR, para pastorear o Rebanho de Deus com amor.

Assinatura ..............................................Data......../......../........

37
O Ancião Da Igreja

5. ESTUDO

1 2 3 4
A FUNÇÃO PADRÃO CONDIÇÕES
“DEFINIÇÃO” ORDENADA BÍBLICO TÉCNICAS E
DO POR PARA O NECESSÁRIAS
IRMÃO DEUS EXERCÍCIO PARA O
DESTA FUNÇÃO
SABINO ANCIONATO
Pág. Pág. Pág. Pág.

5
“O PASTOR QUE NÃO APRECIA ESSE COMPANHEIRISMO
PENSE, COM OS ANCIÃOS ESTÁ REJEITANDO UMA BÊNÇÃO E
ORE, ESTORVANDO BASTANTE A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
REFLEXIONE NESSA IGREJA.” (1)
Pág.

O ancião deve “Ter comprovada experiência religiosa e aptidão para o cargo. A honestidade no
dizimar, o fiel cumprimento de deveres particulares ou profissionais, a lealdade na observância dos
princípios da Igreja são condições salientes que devem ser vistas naqueles que são escolhidos para este
cargo”.
- Orlando G. de Pinho

1. A “Definição” do Irmão Sabino


O Irmão Sabino era um desses sertanejos valentes, francos, mas sincero. Morava às margens do
Rio Urucuia, afluente do Rio S. Francisco, próximo à pequena cidade de Buritis, Estado de Minas Gerais.
Isto foi lá pelos idos de 1969. Conheci-o na ocasião em que tive o privilégio de batizá-lo, juntamente
com sua esposa e filhos, dez ao todo; foram batizados na mesma ocasião, nas claras e refrescantes águas
do rio Urucuia, que passava nos fundos de sua casa.
Depois do batismo, realizamos a Santa Ceia com a família. Foram horas muito agradáveis aquelas
que passadas nesse distante rincão, na casa do irmão Sabino.
Este nosso querido irmão sabia ler sofrivelmente, mas o suficiente para ler a Bíblia e explicá-la,
dentro de suas limitações, aos seus familiares, parentes e amigos. Ele era tido como o mais “sabido”
daquele sertão e não poucas vezes as pessoas vinham a sua casa para tomar conselhos com ele.
Após a Santa Ceia, veio o almoço e, depois deste, uma gostosa e animada conversa na sala, com o
irmão Sabino e família. Parecia ser o homem mais feliz do mundo.
À certa altura daquele “bate-papo’, o irmão Sabino, com aquele jeito característico de homem
sabido, contou-nos que um dia um senhor da redondeza, que o visitava, fez-lhe a seguinte pergunta:
- Sabino, você que é mais entendido do que nós, sabe me dizer o que significa a palavra ancião?

38
Então, a resposta:
- Ancião é uma pessoa que anseia coisas boas.
Podemos até rir desta “definição” um tanto infantil, até porque uma das palavras se escreve com
“c” e a outra com “s”, portanto uma nada tem a ver com a outra. Mas, se nos detivermos um pouco para
pensar e procurarmos auscutar o raciocínio que levou o irmão Sabino a esta conclusão, definindo à sua
moda o termo ancião, acabamos por concluir que a simples definição do bom irmão tem razão de ser,
encerrando em si um profundo significado. Se não, vejamos.
Qual, na verdade, deveria ser o maior anseio ou desejo de um ancião de igreja, que leva a sério o
exercício de seu ministério?
1. “A minha alma anseia pelo Senhor... .” (Sal.130:6).
2. “... desejei os Teus mandamentos.” (Sal.119:131).
3. “Tenho desejado a Tua salvação... .” (Sal.119:174).
4. “... desejais dons espirituais...” (I Cor.14:12).
5. “... desejando ser revestidos de nossa habitação que é do céu”. (II Cor.5:2).
Estas e outras “coisas boas” devem ser o anseio de todos os nossos anciãos. O ancião que é
consagrado e dedicado no exercício de seu cargo, anseia ser um cristão nascido de novo e que os
membros de sua igreja também o sejam. Mas o maior anseio de um ancião deve ser a unção do Espírito
Santo, ser controlado por Ele, para que, inspirado por Seu amor e dirigido por Sua bondosa mão, possa
ser usado em Seu serviço, contribuindo assim para o crescimento espiritual da Igreja.
Vê-se, portanto, por isso e por muito mais, que a “definição” do irmão Sabino, em que pese a sua
extrema simplicidade, encerra uma profunda lição espiritual para todos os anciãos que sempre devem
ansiar para si e para os seus irmãos todas aquelas “coisas boas” que possam contribuir para o
desenvolvimento harmonioso do Corpo de Cristo aqui na Terra, que é a Sua Igreja.
Diz a irmã White:

“Não tem limite a utilidade daquele que, colocando-se à


disposição, deixa o Espírito Santo trabalhar em Seu coração e
vive uma vida completamente consagrada a Deus”. (2)

2. Função Ordenada Por Deus


O cargo de ancião não é uma invenção humana.
Já nos dias do Velho Testamento, temos o exemplo de quando Deus ordenou a Moisés que
reunisse “os anciãos de Israel” e lhes falasse da incumbência que lhes fora dada (Êxodo 3:16).
E o apóstolo Paulo, certa ocasião, convocou “os anciãos da igreja” (Atos 2017), exortando-os a
atenderem “por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos para pastoreardes a
Igreja de Deus.” (Atos 20:28).
Vale relembrar aqui, que nos dias da igreja primitiva, ancião, presbítero e bispo eram funções
equivalentes.
Assim, podemos dizer, com toda a convicção, que foi o próprio Espírito Santo Quem inspirou a
criação desta função, cujo registro bíblico sobre ela, o conjunto de suas sagradas virtudes requeridas e o
modo de proceder no exercício do ancionato, servem como valioso exemplo que deve ser imitado e
seguido pela Igreja hoje.
Esses padrões e regras de qualificação devem ser seguidos estritamente, assim como os
encontramos em I Timóteo 3:1 a 7; eles serão temas para os próximos estudos.
De acordo com Fil.1:1, entendemos que aquela igreja possuía presbíteros (anciãos) cuja
responsabilidade era “para apascentardes a Igreja de Deus”, o mesmo acontecendo com a igreja de Éfeso
e muitas outras mais, conforme deduzimos de Atos 14:23.
Esta prática foi seguida pelas igrejas cristãs, através dos séculos, alcançando os nossos dias e, por
conseguinte, a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

39
3. Padrão Bíblico Para o Exercício Desta Função
O cargo de ancião é um dos mais elevados e importantes dentre todos os demais e de grande
responsabilidade. Portanto, ao se escolherem pessoas para esta função, deve-se exercer todo o cuidado e
prudência, evitando que certas “forças” e “pressões” influam nas decisões da Comissão; não se devem
levar em conta simpatia e preferências pessoais, parentesco ou amizades privilegiadas, mas, acima de
tudo e em primeiro lugar, a sua idoneidade moral e religiosa. Lemos:
“Tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que
aborreçam a avareza...” (Êxo.18:21). Diz mais a Palavra de Deus:
“Escolhei pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de
sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” (Atos 6:3). E, reforçando as
declarações anteriores, o apóstolo Paulo escreveu:
“O que de mim, entre muitas testemunhas, ouvistes, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos,
para também ensinarem aos outros”. (II Tim.2:2).
O membro escolhido para ser ancião precisa conhecer muito bem as doutrinas básicas da fé; além
do mais, deve ser irrepreensível, Ter consciência pura, ser honesto e boa fama; ser marido de uma só
mulher que governe bem a sua própria casa.
A irmã White chama o ancião de sub-pastor, quando escreveu: “Dirigindo-se aos anciãos da
Igreja, no tocante às suas responsabilidades como sub-pastor... os que ocupam a posição de sub-pastor,
devem exercer atento cuidado sobre o rebanho do Senhor... Há para o sub-pastor fazer, uma obra que
requer tato, quando é ele chamado a enfrentar a apostasia, descontentamento, inveja e ciúmes na igreja, e
ele terá que trabalhar no Espírito de Cristo para pôr as coisas em ordem.” – Atos dos Apóstolos, págs.525
e 526.
O ancião deve “Ter comprovada experiência religiosa e aptidão para o cargo. A honestidade do
dizimar (*), o fiel cumprimento de deveres particulares ou profissionais, a lealdade e sinceridade na
observância dos princípios da Igreja, são condições salientes que devem ser vistas naqueles que são
escolhidos para estes cargos.” (3)

(*) “Honestidade no dizimar” tem muito a ver com a avareza. Por isso, na
escolha dos anciãos, em Êxodo 18:21, um ponto em destaque, que desclassificava a
pessoa, era a avareza: “... procura homens... que aborreçam a avareza”, pois o
avarento não é fiel na devolução do dízimo. Ele só pensa em si, mesmo que a sua
atitude desrespeite uma determinação divina. A pessoa que é infiel não pode ser “o
exemplo dos fiéis” (I Tim. 4:12) e, por conseguinte, ancião de igreja.

Escreveu ainda E.G. White: “Em muitos lugares encontramos homens a quem foram confiados
apressadamente, postos de responsabilidades como ancião de igreja, quando não estavam aptos para esse
cargo. Não exercem domínio próprio. Sua influência não é boa. A igreja está continuamente em
dificuldades como conseqüência do caráter defeituoso do diretor. As mãos foram impostas com
demasiada pressa sobre esses homens.” (4)

4. Condições Técnicas e Necessárias


Para o Exercício do Ancionato
É óbvio dizer que O CARGO DE ANCIÃO ESTÁ OBRIGATORIAMENTE SUJEITO À
ORDENAÇÃO, pois “enquanto isso não for feito, não é um ancião, nem tem autoridade para atuar como
tal... . Antes de poder administrar os ritos da Igreja, deve o ancião ser consagrado”. (5)
Nenhuma pessoa deveria ser indicada para ancião se, a priore, não tiver condições de ser
ordenada. O fato de ela ser eleita para o exercício desta função significa que automaticamente ela irá
receber a imposição das mãos. “A mera eleição de uma pessoa para que atue como ancião não a qualifica
para desempenhar os deveres de seu cargo. Deve também ser consagrada.” (6)

40
Em nenhum lugar do Manual da Igreja encontramos alguma declaração dizendo que a comissão
deve reunir-se para estudar se um determinado irmão que já tenha sido escolhido para ancião, deve ou não
ser ordenado. A própria escolha já subentende que ele será ordenado. Qualquer dúvida deve ser desfeita
antes. Se ele não tem condições, não deve ser escolhido; outro deve ser indicado.
Alguns pastores e líderes de igreja, entretanto, continuam insistindo nesta prática de nomear
pessoas para este cargo, argumentando que é para “eles terem um período de experiência e de
aprendizado” e, depois, conforme o seu desempenho, serão ou não ordenados. O Manual da Igreja não
autoriza tal prática. Não existe o cargo de “ancião aspirante”, até o momento, pelo menos. A experiência
e o aprendizado devem ser adquiridos no exercício de outras funções da Igreja, até mesmo no diaconato.
Às vezes a nossa tendência é executar coisas que não estão escritas e deixar de fazer aquelas que estão
escritas. Aí, então, surgem problemas, não poucos, decorrentes de nosso comportamento arbitrário. E
para evitar todo e qualquer inconveniente, temos o Manual da Igreja, que deve nortear todas as nossas
iniciativas, quer de ministros, quer de leigos.

5. Pense, Ore, Reflexione


Nosso comentário final, nesta lição, tem como finalidade fazer-nos lembrar de que o próprio Deus,
por Seu Santo Espírito, concederá aptidão e dons especiais necessários àqueles que servem nesta função.
Em I Cor.3:9, Paulo vê o homem como cooperador de Deus; segundo o original grego, “sunergoi”
significa literalmente “companheiro de trabalho”. Que privilégio este, o de ser “companheiro de trabalho
de Deus”! Sim, um privilégio, mas também uma responsabilidade.
No desempenho de nossa função, temos que ser responsáveis. Se lermos atentamente algumas das
parábolas de Jesus, tais como a das minas (Lucas 19:11-28); dos talentos (S. Mat.25:14-30) e outras,
vamos perceber que o aquinhoado pela dádiva (ou dons) é sempre um agente racional responsável. E, no
acerto de contas, o louvor e a apreciação do Senhor está sempre calcado no bom e fiel uso da dádiva ou
dos talentos, ou dons, como queiram, recebidos. Neste caso, os que receberam os dons foram
responsáveis e ouviram as palavras de reconhecimento: “muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no
pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor.” (S. Mat.25:21).
Mas houve um servo, um agente, que foi julgado por sua irresponsabilidade (S. Mat.25:24-30).
Não levou a sério a incumbência que recebeu; não foi digno de confiança. O seu desempenho foi nulo.
Caro ancião, no exercício de sua função, o irmão é um SUNERGOI – companheiro de trabalho de
Deus. Ele espera fidelidade e integridade. Deus necessita de bons anciãos e a Igreja também.
“Compete então, à igreja local, descobrir e honrar, mediante separação para o ofício, aqueles que
por Deus já foram dotados desse dom. Outrossim, esses escolhidos pela Igreja têm o direito de rogar ao
Senhor que os equipe com o Dom necessário do Espírito Santo para a tarefa que lhes cabe realizar. Quão
sagrado e bendito, pois, é o ofício de ancião e quão importante e necessário é o trabalho que ele realiza na
Igreja local”. (7)

NOTA : Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, podemos usar, no plural,
estas três formas da palavra ancião: ANCIÃOS, ANCIÃES E ANCIÕES.

REFERÊNCIAS:

(1) A Prática do Pastorado – D. Turner, Pág.243.


(2) E.G. White, citado em “Dirigente”, Pág.149.
(3) Administração da Igreja – Orlando G. de Pinho, Pág.79.
(4) Testimonies – E.G. White, Págs.406 e 407 – Citado em ML, Pág.69.
(5) Manual da Igreja, Pág.71.
(6) Idem, Pág.71.
(7) O Guia do Pastor – R. M. Riggs, Págs.181 e 182.

41
DEMONSTRAÇÃO
DE APROVEITAMENTO
5. ESTUDO

ATENÇÃO: É só completar as frases, preenchendo


os espaços. . . Muito fácil!

1. Qual deve ser o maior anseio do ancião?


O maior anseio de um ancião deve ser a ....................................... do .........................................
.......................................... , ser controlado por Ele.

2. Quem inspirou a criação desta função na igreja?


Assim, podemos dizer (...) que foi a próprio ................................................. quem inspirou a
criação desta função.

3. Algumas qualificações de um ancião de igreja.


“Tu dentre todo o povo procura homens ................................ , ........................................a Deus,
homens de ......................................, que ............................... a ........................”. (Êxodo 18:21).

4. Que outras qualificações mais deve o ancião Ter?


O ancião deve “Ter comprovada ............................................. religiosa e aptidão para o cargo.”
A ............................. no ........................................., o fiel cumprimento de deveres particulares
ou ..........................................., a ............................................... e ................................................
na observância dos princípios da Igreja são condições salientes...”.

5. A que o cargo de ancião está obrigatoriamente sujeito?


É obvio dizer que o cargo de ancião está obrigatoriamente sujeito à .........................................,
pois enquanto isso não for ......................................., não é um ..........................................., nem
tem autoridade para .................................... como tal.

6. Qual é a nossa tendência, algumas vezes?


Às vezes a nossa tendência é .............................. coisas que não estão ........................................
e ................................... de ................................... aquelas que estão ..........................................
E para evitar... inconvenientes, temos o .............................. da Igreja que .................................
nortear todas as nossas ..................................................., quer de ................................................
quer de ..................................................... .

7. Em I Cor. 3:9, como Paulo vê o homem?


Paulo vê o homem como .................................... de ....................................; segundo o original
grego, SUNERGOI significa, literalmente, “............................................ de ........................... .”

42
AUTO-AVALIAÇÃO

À minha frente, agora, está a folha de minha auto-avaliação . Depois de Ter estudado esta lição e
ponderado sobre o seu conteúdo, ajuda-me, Senhor, a ser honesto e suficientemente cristão para fazer esta
auto-avaliação e que ela me ajude a ver onde e como devo melhorar.

1. Falando francamente, para mim mesmo, tenho levado a sério o exercício de minha função como sub-
pastor (ancião de minha igreja), enquadrando-me dentro dos padrões bíblicos exigidos por Deus?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ ............................................................................................................................................................

2. Como sub-pastor de minha igreja, tenho-me preocupado com a situação espiritual dos meus irmãos?
Tenho levado a sério a incumbência de Atos 20:28?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ ............................................................................................................................................................

3. Considero-me verdadeiramente um SUNERGOI, isto é, “UM COMPANHEIRO DE TRABALHO DE


DEUS”, segundo I Cor.3:9, no exercício do meu ancionato?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ ............................................................................................................................................................

SUGESTÃO: Ao fazer a sua auto-avaliação, pense, ore e reflexione. Seja franco para consigo mesmo.

MINHA DECISÃO

De hoje em diante quero ser um melhor “COMPANHEIRO DE


TRABALHO DE DEUS” no desempenho do meu ancionato e
cuidar melhor do Rebanho que Ele me confiou. Amém.

Assinatura ..............................................Data......../......../........

PASTORES E ANCIÃOS:
Não se esqueçam de que “a tarefa de ambos está estreitamente relacionada e devem, portanto,
trabalhar em harmonia e cooperação.” - Manual da Igreja, pág. 73.

43
Qualificações Para o Ancionato
6. ESTUDO

1 2 3 4

QUALIFICAÇÕES QUALIFICAÇÕES QUALIFICAÇÕES QUALIFICAÇÕES

TÉCNICAS ESPIRITUAIS MORAIS DOUTRINÁRIAS

Pág. Pág. Pág. Pág.

5
COISAS QUE
DESQUALIFICAM É NOBRE DESEJAR SER UM ANCIÃO DE VERDADE.
PARA O
ANCIONATO A IGREJA PRECISA DELE.
Pág.

“Como está o rebanho que te foi confiado?” O ancião “deve arcar com a responsabilidade
pastoral, VISITANDO os membros da igreja, ATENDENDO os enfermos e ALENTANDO os
desanimados... Como SUBPASTOR, deve EXERCER constante vigilância sobre o rebanho de que é
responsável”.

- Manual da Igreja

A título de introdução e antes de considerarmos os fatores que qualificam ou desqualificam


alguém para o ancionato, segundo os padrões bíblicos, vejamos algumas considerações adicionais, tais
como: dinheiro, educação, posição social, etc.
Tais fatores não devem influir a favor ou contra na escolha de alguém para o exercício do
ancionato. O mundo em geral, já pela índole natural do homem, não afeito às coisas do espiritual, deixa-
se influenciar por esse tipo de avaliação porque segue padrões de ordem natural, humana e terrena.
Mas convém que a Igreja, como um todo, e o crente, individualmente, não levem em conta tais
motivos ao selecionar pessoas para o exercício desta importante função. Porque também não desabona ao
homem de bem, aquele fiel cristão, o Ter posses e muito dinheiro, ou possuir ilustrada educação ou,
então, exercer destacada influência na vida pública, pois todas estas coisas são dádivas de Deus.
Jamais, portanto, deveria alguém ser escolhido à base destas qualificações ou rejeitado por causa
delas, como também, nenhuma pessoa de vida simples e humilde deveria ser excluída do privilégio do
ancionato, desde que preencha os requisitos para tal. Isto é tão válido para estes como para aqueles. (Ver
Manual da Igreja, pág.69 – 1º e 2º parágrafos).
No tocante às qualificações que passaremos a analisar, diríamos que são algumas “das condições
básicas necessárias para o bom desempenho de cargo de ancião, as quais nem sempre são encontradas, no
seu todo, em uma só pessoa, mas devem ser desejadas e cultivadas. É um índice à altura do qual se deve
viver como ancião. Por essas qualidades deve-se orar, suplicando-as de Deus, para O servir melhor e à

44
Igreja. ‘Pedi e dar-se-vos-á’, é a promessa do Senhor. E nada é impossível para quem, de coração, deseja
servir bem, pois a fonte de suprimento, que é de Deus, está ao alcance de todos”. (1)
Assim, pois, meditemos juntos nas qualidades especiais que passaremos a discorrer:

1. Qualificações Técnicas
Como no antigo Israel, hoje também Deus está buscando “homens capazes” ( Êxo.18:25) e
experientes para liderar o Seu rebanho. Assim, há algumas condições técnicas que são necessárias para o
exercício do ancionato. Citaremos algumas delas que, apesar de bem conhecidas, nem sempre são
seguidas e observadas.
. ORDENAÇÃO – Como já abordamos em outros estudos, é óbvio dizer que o cargo de ancião
está obrigatoriamente sujeito à ordenação, pois, enquanto isso não for feito, não é um ancião nem tem
autoridade como tal. (Ver MI, pág.69). Sobre este assunto, ver o Estudo nº 5, itens 4 e 7.

. ESPÍRITO DE EQUIPE – Em liderança é muito importante o espírito de equipe. Não só


importante, como necessário. “Conseguir que seus seguidores marchem em uníssono”, asseverou o
Pastor R. Pierson, “é um dos maiores problemas para quem dirige. Deve haver espírito de unidade”. É
muito prejudicial para a Igreja quando um líder deseja obstinadamente manter seu ponto de vista, do qual
não abre mão, em detrimento do pensamento da maioria. “Compare o Bom Pastor, que deu a vida pelas
ovelhas, com os que são cheios de si, enfatuados, ditatoriais, e gostam de dominar a igreja”. (2)

. CONHECER O MANUAL DA IGREJA – O ancião, por força de seu cargo, tem o dever de
sempre possuir a última edição atualizada do Manual da Igreja, conhecer muito bem o seu conteúdo e
pautar todo o seu trabalho pelas suas determinações, uma vez que esse Manual é o órgão oficial da Igreja
de Deus na Terra. Diz a irmã White: “Cristo deseja que Seus seguidores sejam unidos na igreja,
observando a ordem, tendo regras e disciplina, todos sujeitos uns aos outros, estimulando-se uns aos
outros mais do que a si próprios”. (3)
No Manual da Igreja encontramos tudo o que é necessário para a boa ordem, harmonia e
disciplina, requisitos necessários para o crescimento da Igreja.

2. Qualificações Espirituais
A Bíblia Sagrada enumera, de maneira pormenorizada, as qualidades fundamentais que devem
caracterizar a vida, como um todo, daqueles que “aspiram ao episcopado” (ancionato), e todas elas
implicam numa firme e inabalável dedicação a Deus e contínua comunhão com Ele.
Sem essa íntima ligação com o Senhor, ninguém poderá ousar desincumbir-se das
responsabilidades da igreja nem representar devidamente a Deus, pois os membros esperam nada mais e
nada menos que os seus dirigentes representem bem em sua vida e em seu comportamento os elevados
princípios de nossa fé.
Os líderes devem refletir em sua vida a atitude e o caráter do Senhor Jesus, não permitindo jamais
que por um comportamento pouco recomendável e exemplos negativos de Seus representantes, Deus
venha a ser desonrado. Assim, vamos relacionar aqui algumas destas qualificações espirituais que o
ancião deve Ter em sua vida, como líder do rebanho do Senhor que é.
Do Velho Testamento, temos:

• TEMENTE A DEUS – Êxo.18:21 e Jó 1:1.

• ÍNTEGRO E RETO – Jó 1:1.

• QUE SE DESVIA DO MAL – Jó 1:1.

• IDENTIFICA-SE INTERCEDE – Nee. 1:4 a 11.

45
“Um membro dedicado, que ama a Cristo, fará mais bem na igreja do que uma centena de obreiros
meio convertidos, não santificados e auto-suficientes.” (4)
As qualificações espirituais para o ancionato no Novo Testamento podem ser encontradas tanto
em Atos 6 (aqui se referem aos diáconos, mas servem de igual modo aos anciãos), como em i Timóteo 3 e
Tito 1. Resumindo, são as seguintes:

. CHEIO DO ESPÍRITO SANTO – Atos 6:3 e 5. Significa não só haver recebido o Espírito Santo
por ocasião da sua justificação ou novo nascimento, mas Ter uma vida inteiramente controlada por Ele.

. FIEL EM TUDO – II Tim.2:2 e I Tim.3:11 – Somos inspirados a ser fiéis no exercício do nosso
ministério (ancionato) para que o nosso trabalho seja produtivo e abnegado.

. CHEIO DE FÉ – Atos 6:5.

. CONSERVAR OS MINSTÉRIOS DA FÉ, COM A CONSCIÊNCIA LIMPA – I Tim.3:9. –


Dedicada liderança exerce poderoso impacto sobre a eficiência da Igreja de Deus neste mundo moderno.

Escreveu E.G. White: “Que o Senhor impressione a mente e o coração de todos os que se acham
ligados à sagrada obra de Deus com a importância de averiguar se aqueles que devem atuar como ...
anciãos são pessoas a quem pode ser confiado o encargo de cuidar do rebanho de Deus. Jesus diz ser ‘o
Bom Pastor’. Ele faz isto em contraste com os que ocupam posições de confiança em conexão com a
igreja, mas não têm direito a essas posições porque dão uma forma errônea à obra. O que é natural
acabará se evidenciando.” (5)
O caráter de um verdadeiro líder cristão provém de uma comunhão diária com Cristo, mediante a
operação do Espírito Santo, a qual se manifesta em atitudes de amor para com as pessoas e lealdade para
com a Causa.

3. Qualificações Morais
A lista de qualificações morais que se seguem exige que o ancião, tanto na vida particular como
em público, não traga opróbrio à Igreja de Cristo.
O cargo de ancião jamais deveria ser motivo para satisfazer vaidades pessoais ávidas de poder,
mas Ter como objetivo supremo servir à Igreja de algum modo, segundo a orientação do Espírito Santo.
Portanto, o ancião deve ser:

. IRREPREENSÍVEL E MARIDO DE UMA SÓ MULHER – (I Tim.3:2). A palavra


IRREPREENSÍVEL tem um sentido bastante amplo, por isso vamos usá-la também na apresentação de
alguns outros itens.
De acordo com o dicionário Aurélio, a palavra IRREPREENSÍVEL significa “que não merece
repreensão; não repreensível; perfeito, correto. ‘Irrepreensível nas maneiras’”.
Assim, no tocante ao assunto desta qualificação, o ancião deve ser irrepreensível quanto ao
casamento e ao seu lar. Escreveu W. Hendriksen: “Por conseguinte, o significado da passagem que
estamos considerando (I Tim.3:2) é simplesmente que um SUPERVISOR, ANCIÃO ou DIÁCONO
precisa ser um homem de MORALIDADE NÃO QUESTIONADA e inteiramente leal e fiel à sua única
esposa; e que, sendo casado, não mantenha, como os incrédulos, um relacionamento imoral com outras
mulheres”.
Tal observação pode parecer um tanto desnecessária, inoportuna e até fora de lugar, entretanto,
quando vemos nestes dias atuais tantas pessoas vivendo em tão grande lascidão moral no tocante aos
compromissos matrimoniais (e a Igreja não está livre desta realidade), concluímos que ela tem a sua razão
de ser.

46
. IRREPREENSÍVEL NO LAR – I Tim.3:4 e 5; Tito 1:6.

NOTA EXPLICATIVA: Quando falamos em qualidades morais, como é o caso aqui desta lição, não
estamos nos referindo apenas em relação à fidelidade conjugal, mas num sentido bem mais amplo e, neste sentido,
MORAL, pode-se definir como o “conjunto de regras de conduta consideradas como válidas” em todos os aspectos
do relacionamento humano, “quer para de modo absoluto, em qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa
determinada”. Também deve ser considerado como “o conjunto de nossas faculdades morais; brio, vergonha”. –
Dicionário Aurélio.

Pois bem, feitos estes esclarecimentos, perguntamos: Como está a vida familiar daquele que
“almeja o episcopado”? Como é o relacionamento entre esposo e esposa, entre pais e filhos?
O conselho paulino é bem claro a cada um dos que são líderes espirituais: “que governe bem a sua
própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito pois se alguém não sabe governar a
própria casa, como cuidará da Igreja de Deus”? (I Tim.3:4 e 5). A Bíblia na Linguagem de Hoje usa a
expressão: “Deve ser capaz de governar bem a sua própria família...”.
Durante os meus trinta e oito anos de ministério, tenho visto não poucos líderes (pastores e
anciãos) muito “zelosos”, muito “justos”, muito severos com os outros e muito condescendentes para com
os seus. Diz o Manual da Igreja: ‘POR PRECEITO E POR EXEMPLO deve” (o ancião) “continuamente
procurar conduzir a igreja a uma experiência cristã mais profunda e completa”. (6)
Portanto, os líderes precisam refletir a atitude e o caráter de Jesus também no lar para que a sua
liderança seja aceita sem contestação. Desta forma, ninguém será levado a difamar a Deus por causa do
exemplo dado por Seus representantes.
A vida e o comportamento familiar dos anciãos deve ser “um indicador de sua elegibilidade para a
liderança espiritual na igreja. Os indivíduos escolhidos para posições de liderança na igreja devem ser
examinados e provados cuidadosamente. (Ver I Tim.3:7 e 10; 5:22). Indivíduos não habilitados e
indignos causam problemas dentro da igreja e dificuldades nas relações da igreja com o mundo exterior.
Como precaução adicional, os anciãos devem ser escolhidos entre as fileiras de cristãos firmes e
amadurecidos (I Tim.3:6)”. (7)
Paulo salienta duas responsabilidades dos líderes espirituais:
1. Eles devem administrar e dirigir seu próprio lar e Ter genuíno interesse pelas questões
relacionadas com a família.
2. Com amor e firmeza, devem eles educar os filhos no caminho do Senhor.
“Muitos pais acham que a disciplina é incompatível com o amor. A permissividade resultante
produz deplorável colheita de lares despedaçados, rebelião, delinqüência e crime. Sábios e bem
sucedidos dirigentes de igreja não mantém a estabilidade da família pela dominação severa e despótica,
mas pelo conhecimento e prática das virtudes cristãs, pela disciplina do amor e pelo poder do exemplo
cristão.” (8)

. IRREPREENSÍVEL EM RELAÇÃO AOS DE FORA – I Tim.3:7.


Vamos analisar este item, ainda que resumidamente, no contexto dos dias em que vivemos. O que
pode significar esta exortação de Paulo, em os nossos dias? Façamos algumas perguntas:
1. O que pensaria alguém “de fora” sobre um dirigente da igreja que desse um calote financeiro,
ocasionando considerável prejuízo para muitas pessoas de sua comunidade? Ao ele andar pelas ruas,
alguém, porventura, diria a seu respeito: “... este que passa... por nós é santo homem de Deus”? (II Reis
4:9).
2. O que diria aquele gerente de banco a respeito do ancião que teve a sua conta bancária
encerrada por, costumeiramente, passar cheques sem fundos a terceiros?
3. O que diria aquela pessoa “de fora”, daquele ancião que lhe vendeu um carro sabendo que o seu
motor tinha sérios problemas?
4. O que diria aqueles credores “de fora”, a respeito do líder de igreja que deixa de pagar as suas
contas e prestações no dia certo?
5. Qual seria o testemunho dos colegas de trabalho em relação à observância do Sábado, com
respeito àquele ancião que trabalha na mesma firma? Poderiam eles dar um bom testemunho de sua
firmeza e fidelidade, vendo-o deixar o serviço antes do pôr-do-Sol na Sexta-feira, ou...?

47
6. O que dirão “os de fora” a respeito daquele empresário industrial ou comerciante adventista e
ancião de sua igreja, ao saberem que ele é um sonegador de impostos, que ele sempre procura dar um
“jeitinho” em suas declarações de renda, procurando com isso diminuir os seus encargos para com o
governo?
7. Numa reunião, num casamento, num encontro social, o que diriam “os de fora” a respeito
daquele líder espiritual de sua igreja, que está ali presente, com relação ao seu comportamento, ao seu
linguajar, à sua participação nos alimentos e nas bebidas, etc.? Qual seria o testemunho deles: para cima
ou para baixo?
“Dedicada liderança exerce poderoso impacto sobre a eficiência da Igreja de Deus neste mundo
moderno. Se a vida dos dirigentes da igreja seguisse mais de perto a do Seu Fundador, não haveria
comentários como o de Ghandi, que disse que creria no cristianismo se encontrasse um cristão que o
praticasse.” (9)
No tratado O Intérprete da Bíblia, Vol. II, pág.415, temos a seguinte declaração: “A Igreja Cristã
estava empenhada numa grandiosa aventura. Ela tencionava conquistar o mundo para Cristo. Os líderes
de semelhante empreendimento precisavam ser homens cujo espírito heróico se firmasse num caráter em
que as virtudes básicas da honestidade e sobriedade fossem inquestionáveis.”
E nós, que hoje estamos todos engajados neste glorioso programa de Missão Global, como está
sendo o nosso testemunho diante dos “de fora”? Sim, ilustre e respeitado ancião, “os ministros de Deus
devem ser homens de boa reputação...”
Na Lição da Escola Sabatina (outubro-dezembro de 1993, à pág.110), temos a seguinte
declaração:

“Transações financeiras injustas e opressivas ameaçavam o êxito de


programa de construção de Neemias e o bem-estar da nação. Tal experiência
realça o fato de que nossas relações comerciais não se acham fora do âmbito
de nossas crenças religiosas. A religião e a moralidade devem atuar no local
de trabalho e de comércio nos seis dias da semana, assim como na casa de
Deus, aos sábados. A regra áurea deve servir de guia para o cristão.”

. IRREPREENSÍVEL QUANTO À TEMPERANÇA – I Tim.3:2. Ser sóbrio, não beber bebida


alcoólica. Segundo a Lição da Escola Sabatina de julho-setembro de 93, à pág.59, a frase “não dado ao
vinho” (I Tim.3:3) ou “não deve Ter o vício da bebida, constitui a tradução das palavras gregas me
paroinon que significa o mesmo que dizer “totalmente abstêmio”. E continua dizendo que a expressão
“não inclinados a muito vinho”(V.8) não modifica o conselho aos anciãos (I Tim.3:2 e 23) ou à ordem
para total abstinência. O que é proibido em grande quantidade não é necessariamente permitido em
pequena quantidade.
A questão é: este assunto tem sentido entre os adventistas? Tem, sim! Alguns adventistas estão
usando bebidas alcoólicas e jamais deveríamos permitir que em nossa igreja o “espírito” de origem
satânica substitua o verdadeiro Espírito do Senhor, inclusive entre alguns de seus líderes. Escreveu o
Apóstolo Paulo aos Efésios: “E não vos embriagueis com vinho no qual há dissolução, mas enchei-vos
do Espírito.” (Efés.5:18).

. IRREPREENSÍVEL NA SUA FIDELIDADE PARA COM DEUS E A IGREJA – Alguns


consideram como avarento aquele que não devolve o dízimo ao Senhor. Paralelamente a isto, temos o
pecado da cobiça, que é a idolatria e que exclui o indivíduo de qualquer herança no Reino de Deus
(Efés.5:5).
Deve, pois, o ancião dar um bom e bíblico exemplo, devolvendo fielmente os dízimos e
mostrando-se generoso com o dinheiro que o Senhor lhe põe nas mãos.
Diz o Manual da Igreja, à pág.73, o que segue:
“Muito pode o ancião fazer para animar os membros da igreja a devolverem a Deus um dízimo
fiel, mas poderá fazê-lo tão somente se ele próprio é um fiel dizimista. O homem que deixa de dar
exemplo neste assunto importante, não deve ser escolhido para o cargo de ancião nem para cargo algum
da igreja.”

48
NOTA: Sobre este assunto, ver a Lição 5, no ítem 3: “Padrão Bíblico para o Exercício desta Função”.

Quando dizemos que o ancião deve ser IRREPREENSÍVEL NA SUA FIDELIDADE PARA
COM DEUS E A IGREJA, além de tudo o que já foi dito, significa que qualquer membro que, de uma ou
de outra maneira tenha trazido opróbrio e vergonha sobre a igreja, ou então, aproveitando-se da boa fé por
parte de alguns irmãos e até de dirigentes, tenha acarretado prejuízos financeiros para a Igreja como um
todo ou a membros em particular e tal pessoa não reparou seu erro de acordo com a orientação bíblica
(Lev.6:2 a 5), tal membro não deve receber e tão pouco reivindicar cargos, especialmente aqueles que
demandam a consagração pela imposição das mãos, pois tal pessoa não é merecedora da confiança dos
irmãos, uma vez que ela não se demonstrou “irrepreensível como despenseiro de Deus”(Tito 1:7), e tão
pouco sua vida e exemplo se coadunam com o que diz o Manual da Igreja, à pág.69, onde lemos:
“O ancião local, na ausência do pastor, é o diretor religioso da igreja. Por preceito e exemplo,
deve tratar de conduzir continuamente a igreja a uma experiência cristã mais profundo e mais ampla.
Deve ser homem reconhecido pela igreja como um forte diretor espiritual e religioso, bem como Ter boa
reputação ‘para com os que estão de fora’. Na ausência do pastor, ele é o dirigente religioso da igreja.
Por preceito e exemplo deve continuamente procurar conduzir a igreja a uma experiência cristã mais
profunda e completa.”

4. Qualificações Doutrinárias
. CONHECER A DOUTRINA – Tito 1:9 a 11, 16; 2:1.
A exigência de entendimento das doutrinas da FË (Tito 1:9), envolve maturidade como crente e
capacidade como líder; para tanto deve haver aplicação ao estudo da Palavra de Deus.
Assim como os pastores, os “sub-pastores” devem possuir “clara compreensão da Verdade para
este tempo, a fim de que possam fazer bem concatenada sobre as profecias ou sobre assuntos práticos. Se
eles não podem apresentar com clareza assuntos bíblicos, precisam ouvir e aprender ainda. Para serem
mestres da Verdade bíblica, devem investigar as Escrituras com zelo e oração, familiarizando-se com
elas”. (11)

. APTO PARA ENSINAR, EXORTAR E CONVENCER – I Tim.3:2 e Tito 1:9. De acordo com
o Manual da Igreja, à pág.69, “o ancião deve ser capaz de dirigir os cultos da igreja. Impossível é que a
Associação ou Missão proveja constantemente pregadores para todas as igrejas; portanto, deve o ancião
estar preparado para ministrar por palavra e doutrina.
Não obstante, não deve ser escolhido primariamente por sua posição no mundo, nem por sua
capacidade como orador, mas por motivo de sua vida consagrada e sua capacidade como dirigente. Todas
estas condições devem ser tidas em conta pela comissão de nomeações ao preparar seu relatório para as
eleições da igreja.”
Se o ancião ou qualquer outro dirigente que tem a responsabilidade de “ensinar, exortar e
convencer”, não conduzir o seu rebanho, através de suas mensagens e sermões, a uma compreensão mais
profunda e clara das grandes reservas de vida e de poder acessíveis a ele por meio do Espírito Santo, as
“ovelhas” vão se tornando enfastiadas e insensíveis às mensagens que ouvem, caindo em apatia,
desinteresse, críticas, brigas, disputas, divisões e o resultado é uma igreja dividida e pobre na ciência de
ganhar almas.
Por isso, o conselho de Paulo a Timóteo é válido também para os líderes das igrejas da atualidade,
quando disse:
“Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus que há de julgar vivos e mortos, pela Sua manifestação e
pelo Seu reino; prega a Palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a
longanimidade e doutrina.” (II Tim.4:1 e 2).
Falando a respeito dos pastores (e por que não dos “sub-pastores”?), assim se expressou E.G.
White: “A fim de serem mestres da Verdade Bíblica, devem investigar as Escrituras com zelo e oração,
familiarizando-se com elas.” (12)

49
5. Coisas Que Desqualificam Para o Ancionato
Aqueles que são escolhidos para o exercício do ancionato, eles próprios, devem ser honestos para
consigo mesmos, para com a igreja e sobretudo para com Deus. Devem sentir o peso da responsabilidade
e, examinado-se a si mesmos, chegarem à conclusão se devem ou não aceitar tão importante incumbência.
Jamais devem transformar essa função em motivo de destaque ou “status” para si.
Se examinarmos os padrões bíblicos (Êxo.18:21; I Tim.3:8 a 13; Tito 1;5 a 10), verificaremos que
vários fatores são motivos de desqualificação; o alcoolismo, o amor ao dinheiro (avareza), a língua
dúplice, a bigamia, a dissolução, a insubordinação, a arrogância, a irritabilidade, a violência, a cobiça, a
ganância, a esposa dada à calúnia e falta de fidelidade e seriedade.
E uma vez que o Espírito Santo admoesta que não é bom beber vinho e nem fazer qualquer coisa
pela qual um irmão venha a tropeçar ou enfraquecer na fé (Rom.14:21), então seria inconcebível que
venha a ser escolhido para o ancionato alguém que use bebidas alcoólicas em qualquer de suas formas.
Não foi sem motivos que o apóstolo deu tais conselhos e advertências em suas cartas.
A seguir daremos algumas definições, ainda que resumidas, de alguns termos que temos usado
nesta lição.
CAPAZ – (“homens capazes”, de Êxo.18:21) – Que tem competência ou aptidão para o exercício
de determinada função.
TEMENTE – (“temente a Deus”, de Êxo.18:21) – Que tributa grande reverência e respeito a Deus.
VERDADE – (“homens de verdade”, Êxo.18:21) – Que se conforma e aceita o que é real, exato.
“Homens de verdade”, isto é, que se preocupam exclusivamente com a aprovação de Deus e não do
homem; que sejam transparentes em seus veredictos e que não se encurvem ante vantagens pessoais ou
suborno.
AVAREZA – (“que aborreçam a avareza”, de Êxo.18:21 e I Tim.3:3) – É a qualidade do AVARO
– “que é sórdido e excessivamente apegado ao dinheiro”. O Novo Dicionário Aurélio, traz algumas
definições populares e usuais, tais como: acanhado, agarrado, canhengue, carca, esganado, fominha,
mesquinho, migalheiro, miserável, morrinha, pão-duro, remelengo, rezina, ridículo, sovina, tacanho,
unha-de-fome, usurário, vilão, etc.
ÍNTEGRO – (“homem íntegro”, de Jó1:1) – Homem de elevada moral, amadurecido, equilibrado;
imparcial, inatacável. Segundo Spurgeon, “não cremos na infalibilidade de quem quer que seja, mas é
consolador poder estar certo da integridade de um homem.”
IRREPREENSÍVEL – (“Que o bispo – ou ancião – seja irrepreensível, de I Tim.3:2) – Que não
merece repreensão. Correto; pessoa de caráter inculpável, puro, disciplinado.
TEMPERANTE – (I Tim.3:2) – É aquele que tem temperança. E temperança é qualidade ou
virtude de quem é moderado ou de quem modera suas paixões e seus apetites. Sobriedade, moderação,
comedimento.
SÓBRIO – (I Tim.3:2) – Moderado, simples, que não está sob os efeitos de bebidas alcoólicas.
MODESTO – (I Tim.3:2) – Que é moderado nos desejos, ações ou aspirações; despretencioso,
sem vaidades. Que tem pudor, decência e recato.
HOSPITALEIRO – (I Tim.3:2) – É a pessoa que dá hospedagem por bondade ou caridade. Que
acolhe com satisfação os hóspedes. Agasalhoso.
NEÓFITO – (I Tim.3:6) – Pessoa recentemente convertida, que acabou de receber o batismo.
Principiante, novato. (O período de tempo intermediário entre a conversão e a elegibilidade para algum
cargo, especialmente o de ancião, é necessário não apenas para dar-lhe oportunidade de estudar as
doutrinas da fé, mas também para demonstrar sua aptidão como crente, à vida cristã, pura e obediente).
DISSOLUÇÃO – (“Crentes que não são acusados de dissolução”, de Tito 1:6) – Perversão de
costumes; devassidão, libertinagem.
INSUBORDINADO – (“... nem são insubordinados”, de Tito 1:6) – Alguém que tem espírito de
insubordinação; indisciplinado, insubordinável. Indivíduo que ninguém o agüenta.
ARROGANTE – (“... não arrogante”, de Tito 1:7) Trata-se de alguém altivo, soberbo e
orgulhoso. Insolente e atrevido.
IRASCÍVEL – (...não irascível, Tito 1:7) – Que se ira com facilidade, iracundo, irritável.
Propenso à ira, colérico, etc.

50
COBIÇOSO – (“... nem cobiçoso”, de Tito 1:7) – É a pessoa que deseja sofregamente bens
materiais; cobiça nada mais é que desejar veementemente possuir bens materiais, glória e poder, etc., e
nem sempre por métodos corretos.
GANÂNCIA – (“... de torpe ganância”, de Tito 1:7) – Ambição de ganho; ganho ilícito, usura;
ambição desmedida.
JUSTO – (Tito 1:8) – Pessoa imparcial, reta, íntegra. Homem virtuoso.
PIEDOSO – (Tito 1:8) – Aquele que tem amor e respeito às coisas religiosas, religiosidade e
devoção.
DESPENSEIRO – (“irrepreensível como despenseiro”, de Tito 1:7) – Encarregado da despensa,
isto é, dos bens de alguém que lhe foi confiado, pois este despenseiro é uma pessoa de sua confiança.

Em Conclusão:
Em conclusão deste estudo, podemos afirmar que Paulo preocupava-se sobremaneira no sentido de
que os que vão desempenhar a função de ancião devem ser homens de conduta ilibada, tanto que ao
escrever a Tito, reforça os argumentos apresentados a Timóteo, descrevendo o caráter das pessoas mais
idôneas para o episcopado.
E quando o caráter e conduta, o candidato a tão importante função deve estar acima de censuras,
livre de fraquezas morais, ativo em praticar boas obras, disciplinado na busca da santidade pessoal e
absolutamente leal à Verdade que professa, para então poder encorajar e motivar outros pelo seu ensino e
pelo seu exemplo.
A vida pessoal e familiar, bem como seus antecedentes, são fatores muito salientes na escolha,
pois eles falam do caráter e da reputação do candidato, tanto em relação aos membros como aos “de fora
da igreja”.
O caráter irrepreensível é indispensável ao ancião, pois ele tem que exercer a superintendência,
sendo responsável perante Deus como mordomo da Sua Igreja.
O apóstolo Paulo, a quem foi confiada esta responsabilidade, deseja que as pessoas indicadas
como despenseiros, ou mordomos, ou anciãos desta mesma mensagem, viviam-na primeiramente em sua
própria vida e depois a ensinem e propaguem com fidelidade. Ele escreveu:
“E o que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens
fiéis e também idôneos para instruir a outros.” (II Tim.2:2).

REFERÊNCIAS:

(1) Administração da Igreja – O.G. de Pinho, Pág.81.


(2) Comentário Bíblico – Comentários de E.G. White – Vol.7, Págs.914, 915.
(3) Manual da Igreja, Pág.22.
(4) Testimonies, Vol. 5, Pág.114.
(5) Comentário Bíblico – Comentários de E.G. White – Vol.7, Págs.914, 915.
(6) Manual da Igreja, Pág.71.
(7) Lição da Escola Sabatina – Jul-Set/93, Pág.61.
(8) Lição da Escola Sabatina – Jul-Set/93, Pág.61.
(9) Lição da Escola Sabatina – Jul-Set/93, Pág.64.
(10) Obreiros Evangélicos, Pág.434.
(11) Testimonies, Vol.4, Pág.407.
(12) Obreiros Evangélicos, Pág.435.

51
DEMONSTRAÇÃO
DE APROVEITAMENTO

6. ESTUDO

ATENÇÃO: É só completar as frases, preenchendo


os espaços. . . Muito fácil!

1. É nobre ...................................... ser um ............................................ de verdade. A Igreja


............................................................ dele.

2. Quais são as qualificações técnicas para o exercício do ancionato, mencionadas nesta lição?
a) ..................................................... b) ........................................... c) .......................................
- Citado em “O Manual da ...................................................”, pág. ....................... .

3. Quais são as qualificações espirituais para o exercício do ancionato, mencionadas nesta lição?
a) .................................. a Deus. b) Íntegro e .................................................... c) Que se
.................................... do ........................................... d) Identifica-se e ................................... .
e) Cheio do ................................. ....................................... f) Fiel em .................................... .
g) .................................... de fé. h) Conserva os .......................................... da fé com a
................................................. ...................................................... .

4. Quais são as qualificações morais para o exercício do ancionato, mencionadas nesta lição?
a) Irrepreensível e ................................................ de uma só ....................................................
b) ............................................. no lar. c) .............................................. em relação aos de
.................................................................................................... d) Irrepreensível quanto à
.......................................................... e) ...................................................................... na sua
............................... para com ............................................ e a ...................................................
f) Ainda concernente a estas qualificações, o que diz o Manual da Igreja, à pág.73? (copiar).

“Muito pode...................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................... algum da Igreja.”

5. Quais as qualificações doutrinárias para o exercício do ancionato, mencionadas nesta lição?


a) Conhecer a ........................................................... . b) Apto para ..........................................,
................................................... e ............................................... .

52
6. Quais algumas das coisas que desqualificam alguém para o ancionato?
a) O .................................; b) o amor ao ........................................; a ......................................
dúplice; d) a .............................; e) a ............................................; f) a ......................................
g) a ......................................; h) a ................................................; i) a ........................................
j) .........................................; l) a esposa dada à ........................................................................ e
falta de ........................................ e ..................................... .

7. O que significa a palavra AVAREZA? Baseado na lição 5, descreva com suas próprias
palavras.

. ......................................................................................................................................................
. ......................................................................................................................................................
. ......................................................................................................................................................

8. O que significa a palavra ÍNTEGRO? Copie a definição. Isto ajudará a fixar na mente.

. ......................................................................................................................................................
. ......................................................................................................................................................
. ......................................................................................................................................................

9. O que significa a palavra IRREPREENSÍVEL? Copie a definição.

. ......................................................................................................................................................
. ......................................................................................................................................................
. ......................................................................................................................................................

OBSERVAÇÕES

53
AUTO-AVALIAÇÃO

Á minha frente, agora, está a folha de minha auto-avaliação. Depois de Ter estudado esta lição e
ponderado sobre o seu conteúdo, ajuda-me, Senhor, a ser honesto e suficientemente cristão para fazer esta
auto-avaliação e que ela me ajude a ver onde e como devo melhorar.

1. O que tenho feito até aqui e qual poderá ser, em relação a esta lição, a minha contribuição daqui para a
frente, para o crescimento e eficiência da minha igreja?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ ............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

2. Como e onde posso melhorar o exercício da minha função (o ancionato)?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ ............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

SUGESTÃO: Ao fazer a sua auto-avaliação, pense, ore e reflexione. Seja franco consigo mesmo.

MINHA DECISÃO

Reconhecendo que necessito melhorar a minha atuação


como ancião nos vários aspectos – técnicos, espirituais,
morais e doutrinários – desejo mais uma vez reconsagrar-me a
Deus, pedindo humildemente a ajuda do Espírito Santo para
que eu possa alcançar tudo o que é necessário para me tornar
um ANCIÃO DE VERDADE, por uma firme e inabalável
dedicação a Deus e contínua comunhão com Ele.

Assinatura ................................................ Data...../...../.....

54
Ordenação De Anciãos
7. ESTUDO

1 2 3 4

O ANCIONATO ORDENAÇÃO O ANCIONATO ORDENAÇÃO


NO VELHO DE ANCIÃO NO NOVO DE ANCIÃO
TESTAMENTO NO VELHO TESTAMENTO NO NOVO
TESTAMENTO TESTAMENTO
Pág. Pág. Pág. Pág.

5 6
A ORDENAÇÃO DE UM ANCIÃO
NECESSIDADE CUIDADOS COLOCA SOBRE A PESSOA PRIVILÉ-
DA QUE DEVEM GIOS E RESPONSABILIDADES, PARA
ORDENAÇÃO SER CUJO DESEMPENHO ELA PRECISA
TOMADOS BUSCAR CONTINUAMENTE O PODER
Pág. Pág. DO ESPÍRITO SANTO.

O cargo de ancião está sujeito à ordenação. “Enquanto isso não for feito, não é um ancião,
nem tem autoridade para atuar como tal.”

- Manual da Igreja

Como é de sobejo sabido, o cargo de ancião está sujeito à ordenação, e esta cerimônia só poderá
ser realizada por um pastor ordenado, após a igreja Ter indicado a respectiva pessoa para o ancionato.
Enquanto isto não for feito, não é ancião, nem tem autoridade para exercer suas prerrogativas, pois a mera
“eleição para o cargo de ancião não qualifica, por si só, a pessoa para atuar como ancião. Requer-se a
ordenação antes que o ancião tenha autoridade para atuar como tal.” (1)
A imposição das mãos sobre alguém indicado para o ancionato deve ser considerada como a
sanção da Igreja autorizando a pessoa a exercer esta função de destacada responsabilidade. Trata-se de
um reconhecimento público de sua divina designação para tal mister.

1. O Ancionato no Velho Testamento


No Velho Testamento a palavra ancião designa aqueles que ocupam uma certa posição entre seus
irmãos, tais como cabeças ou chefes de famílias, casas ou tribos (Gên.50:7; Êxo.3:16; II Sam.5:3). O
termo não significa necessariamente um homem velho, mas implica em alguém de maturidade e
experiência. Deus dirigiu Moisés na escolha de setenta anciãos para ajudá-lo na grande responsabilidade
de governar Israel (Núm.11:16,17). Esses homens foram especialmente preparados por Deus para
realizarem esta obra (Versos 24 a 26). Nos casos em que toda a nação pecava, os anciãos deviam
representá-la na realização da expiação (Lev.4:13-15). Cada cidade possuía seu grupo de anciãos, que
tinham certas responsabilidades civis e religiosas (Êxo.12:21; Deut.19:11 e 12; Rute 4:2,4,9,11; etc.), e
era requerido deles que em certos casos respondessem por toda a cidade (Deut.21:1-9). Os anciãos de
outros povos antigos, evidentemente, tinham responsabilidades similares às dos anciãos de Israel
55
(Gên.50:7; Núm.22:4; Josué 9:3,4 e 11). Os anciãos de Israel mantiveram um lugar de importância
mesmo depois que a nação passou a ser governada por reis (II Sam.5:3; I Reis 8:1,20:7 e 8; II Crôn.5:2), e
continuaram a mantê-los por algum tempo (Esdras 5:9; Eze.8:1; Joel 1:14; Mat.26:47; 27:1; Mar.8:31;
Luc.7:3; Atos 4:8). SDABC, Pág.317/1979 (cf. Novo Dicionário da Bíblia, Vol.1, pág.78.).

2. Ordenação de Ancião no Velho Testamento


Todos os líderes religiosos judeus tinham que ser ordenados antes de exercer certas funções
judiciais e decidirem questões da lei judaica. A Bíblia relata que Moisés ordenou Josué, colocando as
suas mãos sobre ele, transferindo-lhe ordens, responsabilidade e espírito de sabedoria (Núm.27:22,23;
Deut.34:9). Moisés ordenou setenta anciãos que o auxiliariam a governar o povo (Núm.11:16 e 17; 24 e
25). Os anciãos ordenados por Moisés ordenou seus sucessores, que por sua vez ordenaram outros,
fazendo assim uma corrente sucessória, sem quebra, de Moisés até à época do segundo templo. Por
alguns séculos a ordenação pela imposição das mãos continuou, até que mais tarde decidiram fazê-lo
simplesmente para conferir o título de Rabi. (2)

3. O Ancionato no Novo Testamento


O termo ancião é aplicado pela primeira vez a um membro da igreja cristã em Atos 11:30, onde se
faz referência a certos líderes da igreja na Judéia. Uma comparação de Atos 20;17 com o verso 28 (cf.
também I Tim.3:2-7; Tito 1:5-9), parece indicar que os termos PRESBUTEROS e EPISKOPOS –
literalmente SUPERVISOR – geralmente traduzidos por bispo, são usados simultaneamente. (Em Atos
20:28 EPISKOPOS é traduzido por SUPERVISOR – KJV, e GUARDIÃO – RSV). Assim, as
qualificações de um ANCIÃO e BISPO seriam as mesmas (cf. I Tim.2:2-7; Tito 1:5-9). Pedro,
escrevendo às igrejas da Ásia Menor (I Pe.1:1), admoestou os anciãos a cuidarem daqueles que estavam
sob a direção deles, não os compelindo, mas de bom ânimo. Eles não poderiam desempenhar o ofício
esperando ganho pessoal ou com atitude dominadora (I Pe.5:1-3). Os doentes foram admoestados a
requisitarem que os ANCIÃOS DA IGREJA os ungissem e orassem pela recuperação deles (Tiago 5:14 e
15). Os anciãos são mencionados separadamente dos apóstolos. (Atos 15:2,4 e 6). Aparentemente havia
mais do que um ancião em cada igreja (Atos 14:23; 20:17; Fil.1:1; Tito 1:5). (3)

4. A Ordenação de Ancião no Novo Testamento


Considerando o papel desempenhado pelo ancião durante toda a história da Igreja, as referências à
ordenação são surpreendentemente raras no Novo Testamento. Nossa mais preciosa informação obtemos
nas epístolas pastorais. Em I Tim.4:14, Paulo aconselha a Timóteo, dizendo-lhe: “Não te faças negligente
para com o Dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia com a imposição das mãos do
presbitério.”
Essa passagem fornece-nos três itens de informação acerca da ordenação de Timóteo: Primeiro:
significou para ele a entrega de um “dom”, a dotação espiritual necessária para a obra do ministério.
Segundo: foi-lhe transmitido mediante profecia. Terceiro; foi-lhe outorgado com a imposição de mãos do
presbitério.
“O ponto essencial acerca da ordenação é o Dom divino. Nada pode compensar sua ausência.”
(4)
Há outros textos que mencionam a ordenação, como Atos 5:22 e 6:6.

56
5. Necessidade da Ordenação
Como já foi ressaltado, o ponto essencial acerca da ordenação é o Dom que o ordenando recebe de
Deus, e nada poderá compensar a sua ausência. É possível sugerir que os cristãos primitivos levaram a
efeito a ordenação de anciãos, baseados na instituição judaica semelhante, já enfatizada.
1. A pessoa ordenada recebe autoridade bíblica como lemos em S. Marcos 3:14. Comentando este
texto, Ellen G. White diz que a ordenação dos doze foi “o primeiro passo... na organização da Igreja que,
após a partida de Cristo devia representá-Lo na Terra.” (5)
Em Atos 13:2 e 3, lemos que Paulo e Barnabé foram ordenados pelos líderes cristãos da igreja de
Jerusalém para exercerem o ministério (AA, 160-165). Algum tempo depois surgiu a necessidade de
supervisão dos grupos de crentes ou igrejas, então foram selecionados líderes dentre os membros. Ao
surgirem novas igrejas, foram apontados anciãos para liderá-las (cf. Atos 14:23; Tito 1: 5; AA, 91 e 92).
2. A ordenação enfatiza o sacerdócio universal de todos os crentes (I Tim.2:5; Apoc.1:6; 5:10: I
Pe.2:5 e 9 – SDABC, Vol.7, págs.560, 562 e 733), pois não é só o pastor quem ministra as cerimônias; ele
conta com o auxílio de anciãos.
3. Tanto no Velho como no Novo Testamento os ordenados eram dotados com uma porção
especial do Espírito Santo, o que lhes conferia atribuições especiais e maiores responsabilidades para o
exercício de suas funções. (Atos 13:4; Mar.3:14 e 15; Deut.34:9).
4. Ambos os testamentos afirmam que os auxiliares eclesiásticos eram escolhidos e ordenados
para o exercício de suas atribuições. (Núm.11:16 e 17; 27:22 e 23; Deut.34:9; Atos 6:6; I Tim.4:14;
5:22).

6. Cuidados Que Devem Ser Tomados


1. Não deve ser precipitada.
2. “Quando a pessoa que se tem envolvido em processos de divórcio for por fim readmitida na
igreja, ..., deve-se exercer todo o cuidado possível para salvaguardar a unidade e harmonia da igreja, não
dando a esta pessoa responsabilidade de oficial da igreja; especialmente em cargo que exija o rito da
ordenação, a menos que seja cuidadosamente estudando o caso.” (6)
3. Homens que se envolveram com o espiritismo não deveriam receber o rito da ordenação. (7)
4. ‘Em muitos lugares encontramos homens a quem foram confiados apressadamente postos de
responsabilidade como anciãos da igreja, quando não estavam aptos para esse cargo. Não exercem o
domínio próprio. Sua influência não é boa. A igreja está continuamente em dificuldades como
conseqüência do caráter defeituoso do diretor. As mãos foram impostas com demasiada pressa sobre
esses homens.” (8)
5. “Diz o apóstolo inspirado: ‘a ninguém imponhas apressadamente as mãos’. Em algumas de
nossas igrejas se passou demasiado cedo à organização de igrejas e ordenação de anciãos, com manifesto
desprezo da regra estabelecida na Bíblia. Em conseqüência, surgiram grandes dificuldades na igreja.
Não se devem eleger e ordenar dirigentes que se não provarem aptos para essa obra de responsabilidade.”
(9)
6. Convém, pois, que ao se pensar em ordenar alguém como ancião, que se faça com muita oração
e reflexão, para que o Senhor, por intermédio de Seu Santo Espírito, possa expressar a Sua aceitação e dar
a Sua bênção.
Fundamentados assim na doutrina bíblica da ordenação, devemos escolher homens que estejam
aptos para recebê-la. Ela não deve ser resultado de qualquer tipo de reivindicação, mas sim da
necessidade da igreja.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia, como exposto acima, crê no sacerdócio universal de todos os
crentes (SDABC, Vol.7, págs.560, 562 e 733), portanto, o trabalho pastoral requer auxiliares devidamente
credenciados para ajudarem na ministração das cerimônias da igreja, tais como: unção, santa ceia,
apresentação de crianças, funerais, batismos e, sobretudo, a pregação da Palavra.

57
NOTA: Partes desta lição foram extraídas de “SUBSÍDIOS E ORIENTAÇÕES PARA PASTORES”,
resultado de estudo feito por pastores da Missão Sul Mato-grossense, em concílio ministerial da USB.

REFERÊNCIAS:

(1) Manual da Igreja, Pág.69.


(2) Enciclopédia Judaica, Jerusalém, Israel, Keter Publishing House Ltd., 1973, Vol.14, Págs.1.130-1147,
(3) Citado por Silva, Horne P. em Culto e Adoração, IAE – São Paulo – SP, 1984, Págs.310 e 311.
(4) Comentário Bíblico Adventista, Vol.7, Pág.317, Ed.1979.
(5) Novo Dicionário da Bíblia, O – Ed. Vida Nova – S. Paulo – SP, 1978, Pág.1151.
(6) Desejado de Todas as Nações, O – Pág.274.
(7) Manual da Igreja, Pág.208.
(8) Primeiros Escritos, Pág.101 e 102.
(9) Testimonies, Vol.4, Págs.406, 407.
(10) Testemunhos Seletos, Vol.1, Págs.260 e 262.

58
DEMONSTRAÇÃO
DE APROVEITAMENTO
7. ESTUDO

ATENÇÃO: É só completar as frases, preenchendo


os espaços. . . Muito fácil!

1. A mera “............................................................ para o cargo de ......................................................... não


..........................................................................., por si só, a pessoa para atuar como ............................. .
Requer-se a ............................................................ antes que o ancião tenha autoridade para atuar como
tal.”.

2. Todos os líderes religiosos judeus tinham que ser ........................................................................ antes de


............................................................................ certas funções judiciais e ...............................................
............................................................... da lei judaica.

3. Paulo aconselha a Timóteo, dizendo-lhe: “Não te faças .................................................................... para


com o .................................... que há em ti, o qual te foi ........................................................... mediante
........................................................ com a ................................................................... dos .......................
................................................... do ............................................................. .”

4. Comentando S. Marcos 3:14, E.G. White diz que a ............................................................................. dos


doze foi “o .................................. passo ... na .......................................................... da Igreja que, após a
partida de .................................. devia ............................................ na Terra.”

5. A ...................................................... enfatiza o ....................................................... universal de ..............


........................................................ os crentes.

6. Se uma pessoa não tem ................................................ de ser .......................................... para o cargo de


.................................. , não deveria ser ................................................... como tal.

7. Convém, pois, que ao se pensar em ...................................................................................... alguém como


....................................., que se faça com muita .......................................... e ................................... para
que o Senhor, por intermédio de Seu Santo Espírito, possa............................................................... a sua
............................................. e dar a sua ........................................................... .

8. Fundamentados, pois, na doutrina bíblica da .............................................................................., devemos


escolher ................................................... que estejam ..................................................para recebê-la.
Ela não deve ser ........................................................................... de qualquer tipo de ..............................
............................................................................, mas sim da ................................................... da Igreja.

OBSERVAÇÕES
.....................................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................................

59
AUTO-AVALIAÇÃO

Á minha frente, agora, está a folha de minha auto-avaliação. Depois de Ter estudado esta lição e
ponderado sobre o seu conteúdo, ajuda-me, Senhor, a ser honesto e suficientemente cristão para fazer esta
auto-avaliação e que ela me ajude a ver onde e como devo melhorar.

1. Como um ancião de igreja, tenho-me compenetrado do que significa ter sido ordenado para o exercício
desta função?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

2. Tenho vivido à altura de tal investidura?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

3. Como um ancião ordenado, tenho-me conduzido como um legítimo sub-pastor do Rebanho que Deus
me confiou?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

4. Se fui indicado como ancião, mas ainda não fui ordenado, o que está impedindo que eu o seja? O pro-
blema está comigo ou com a igreja?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ ............................................................................................................................................................

SUGESTÃO: Ao fazer a sua auto-avaliação, pense, ore e reflexione. Seja franco consigo mesmo.

MINHA DECISÃO
Reconhecendo o significado e a responsabilidade de minha
ordenação como ancião de minha igreja, desejo consagrar-me ao
Senhor e ao Seu serviço e me tornar, pela graça de Deus, aquele
ancião que Ele e Sua igreja esperam que eu seja. Amem!

Assinatura ................................................ Data...../...../.....

60
As Atribuições de um Ancião
8. ESTUDO

1 2 3 4

SEU GRAU AO AO DISPOSIÇÕES


DE ANCIÃO ANCIÃO
MATURIDADE COMPETE NÃO COMPETE GERAIS

Pág. Pág. Pág. Pág.

O MINISTÉRIO DO ANCIONATO DEVE SER DILIGENTEMENTE CUMPRIDO EM SEUS


VÁRIOS ASPECTOS. TAL MINISTÉRIO REQUER COMPLETA CONSAGRAÇÃO, FIEL
DEVOTAMENTO TANTO EM SUA VIDA PARTICULAR COMO NO EXERCÉCIO DE SUA
FUNÇÃO JUNTO AOS MEMBROS DE SUA IGREJA.

“Na obra e organização da Igreja, exceto onde o pastor local tenha sido nomeado pela Associação
ou Missão, o cargo de ancião destaca-se como o mais elevado e o mais importante”.

- Manual da Igreja

Estamos na penúltima lição deste curso para anciãos de igreja. E à esta altura e nesta lição,
falaremos um pouco sobre as atribuições de um ancião.
É bastante útil e positivo para um bom desempenho de nossas funções, o sabermos onde começam e
onde terminam as nossas prerrogativas. O cargo de ancião é, na realidade, um encargo divino e, para o
seu êxito, muito depende da percepção espiritual, tanto dos deveres como dos privilégios a ele inerentes.
Ninguém perde e todos ganham quando sabemos ficar dentro dos limites de nossas atribuições.

1. Seu Grau de Maturidade


O seu grau de maturidade determina como vive, como se comporta, como pensa, como reage o
ancião diante das situações mais diversas e das pressões próprias do exercício do ancionato.
Mas, o que é maturidade? Maturidade, assim, de maneira bom concisa, nada mais é do que firmeza,
precisão, exatidão, circunspecção, prudência, equilíbrio entre duas situações adversas, bom senso e
humildade.
E como podemos medir o grau de maturidade de uma pessoa?
Segundo R. J. Wytmar, os sete pilares da maturidade são:

1. DOMÍNIO PRÓPRIO (Prov.16:32, I Cor.9:27 e Tito 1:8 u.p.) – O ancião amadurecido,


equilibrado e humilde, domina-se em quaisquer circunstâncias. Devido ao seu autocontrole, não é
precipitado ou irrefletido em seus juízos e conclusões.

61
2. PARTICIPAÇÃO (Gál.6:6) – O ancião capaz identifica-se totalmente com o seu rebanho.
Compreende que o êxito do seu ancionato está intimamente ligado ao desenvolvimento espiritual
daqueles membros que estão sob seus cuidados, bem como com o seu pastor. Cada membro, ancião e
pastor tem sua própria carga peculiar de responsabilidade que lhe cabe carregar e que deve ser
compartilhada uns com os outros, o que a tornará mais leve. “Levai as cargas uns dos outros...”, disse
Paulo (Gál.6:2). Deve haver participação mútua também nas boas experiências, desde que contribuam
para o crescimento espiritual da igreja.
3. CONSTÂNCIA – “Portanto, amados irmãos, sede firmes e constantes...” (I Cor.15:58). O
ancião que alcançou aquele nível ideal de maturidade, não se frustra com qualquer contrariedade. Seja
qual for a razão, ele procura meios para transformar a adversidade em sua aliada. PERSEVERA e
reavalia as coisas com inteligência, sabendo que o Espírito Santo é o seu divino aliado para a solução
dos problemas que porventura esteja enfrentando. PACIÊNCIA: o vocábulo grego significa
“persistência, firmeza, constância, perseverança”. Este é um dos principais característicos do povo de
Deus no tempo do fim... Uma vida de paciente perseverança produz um caráter elevado e muita
esperança”. (1)
4. SENSIBILIDADE – (Rom.12:16) – O ancião de verdade tem a faculdade de experimentar
sentimentos de humanidade, ternura, simpatia e respeito para com os demais. Ele se sintoniza com os
membros de sua igreja e com o seu pastor, perseguindo a harmonia entre todos. Reconhece que nem
todos são iguais, que cada um tem uma personalidade que, mesmo necessitada de ser modelada pelo
Espírito Santo, deve ser respeitada. Reconhece as diferenças existentes entre seus irmãos e é tolerante
com elas; sabe em que pontos suas ovelhas são fortes, mas conhece também as suas debilidades, e
emprega suas aptidões para aprová-las no que é bom e ajudá-las no que são débeis.
5. IMAGINAÇÃO – O ancião amadurecido é imaginativo, criativo (II Cor.3:5 e 6). Tem uma
mente incansável e investigativa. Nunca satisfeito com as coisas, no bom sentido, luta constantemente
no Espírito (pois ele sabe “que nossa suficiência vem de Deus”), com o fim de sempre ajudar a sua
igreja a alcançar um nível espiritual cada vez mais elevado.
6. DESTREZA (Êxo.28:3) – O ancião verdadeiramente interessado no crescimento espiritual de
sua igreja é hábil e dirigente na busca desse ideal. Se alguma coisa deve ser mudada para facilitar esse
objetivo, ele o faz com suficiente precaução para não ferir pessoas.
7. INDIVIDUALIDADE – O ancião maduro, confiante em Deus, aje de conformidade com as
Suas orientações. E disto tenho convicção, nada há a temer, pois a sua liderança é um reflexo das
sugestões do Espírito Santo (Jos.1:10 e 11). Assim como Josué, o ancião que alcançou o grau ideal de
maturidade, é resoluto e sabe o que quer. Temos no livro A Ciência do Bom Viver, à pág.497, a
seguinte:

“Ninguém deve consentir em ser uma simples máquina, acionada pelo espírito de
outro homem. Deus nos concedeu poder para pensar e agir, e é agindo com cuidado,
pedindo-Lhe sabedoria, que podemos tornar-nos aptos a desempenhar posições de
responsabilidade. Mantende-vos na personalidade que recebestes de Deus. Não sejais a
sombra de outra pessoa. Esperai que o Senhor opere em vós, convosco e por vós.”

2. Ao Ancião Compete
. Trabalhar em perfeita união com o pastor, pois “a tarefa de ambos está estreitamente relacionada
e devem, portanto, trabalhar em harmonia e cooperação’. (2)
. Dirigir os cultos na ausência do pastor.
. Auxiliar o pastor na ministração da Santa Ceia ou mesmo ministrá-la se, para tanto, for
instruído e autorizado pelo pastor.
. Dirigir a comissão da igreja, na ausência do pastor, seguindo as linhas pré-estabelecidas por ele.

62
. Substituir o pastor em seus impedimentos, “orientando os trabalhos da igreja” no conjunto de
suas atividades, porém, nunca extrapolando os limites de suas atribuições, “por acréscimo de
responsabilidades”.

. Segundo o Manual da Igreja, “o ancião deve trabalhar em estreita relação com o tesoureiro da
igreja e ver que todos os fundos da Associação sejam remetidos ao tesoureiro do Campo local...”.
Também deve dedicar atenção pessoal para com o relatório do secretário da igreja, a fim de que seja
remetido pontualmente ao Secretário do Campo local. (Na sede do distrito, essas responsabilidades
devem sempre ser compartilhadas com o pastor).
. Conhecer bem o planejamento, o programa, o itinerário e o trabalho do pastor distrital em
relação à sua igreja.
. Conhecer bem os deveres e metas de cada departamento da igreja, acompanhando o seu
desempenho e resultados.
. Tanto quanto possível (pode haver um revezamento onde há vários anciãos), estar presente nas
reuniões de todos os departamentos.
. Tanto quanto possível, assistir a todos os cultos e reuniões da igreja, e em condições de subir à
plataforma, se for necessário (com traje condizente à sua função... de paletó e gravata).
. Ter com os demais anciãos um plano de visitação periódica às famílias de sua igreja,
objetivando:

™ Ajudar os desanimados e reanimá-los na fé.

™ Levar ânimo para a sua vida espiritual.

™ Orar com eles.

™ Fomentar a união e o amor fraternal.

“A obra pastoral da igreja deve ser partilhada por ambos (pastor e ancião). Em
consulta com o pastor, o ancião deve arcar com muita responsabilidade pastoral,
visitando os membros da igreja, atendendo os enfermos e alentando os desanimados.
Nunca se atribuirá excessiva importância a esta parte do trabalho de um ancião. Como
sub-pastor, deve exercer constante vigilância sobre o rebanho de que é responsável.”
- Manual da Igreja, pág. 71.

. Confirmar, com antecedência o pregador e os anciãos escalados para cada culto.


. Solicitar e acompanhar o funcionamento das classes bíblicas na igreja, de acordo com os horários e
dias pré-estabelecidos.
. Providencie junto aos diáconos e diaconisas o material adequado para a Santa Ceia e batismos;
pão, suco de uva, bacias, toalhas, roupões, etc. É óbvio dizer que estas atividades são programadas
juntamente com o pastor do distrito. (Ver na última parte deste curso, em “Material de Apoio”, à
pág.188, a receita do Pão da Ceia”).
. Planejar com o pastor as cerimônias de Santa Ceia, se possível para o ano todo, para a sua igreja.
. Verificar o recebimento e o envio de correspondência, especialmente as cartas de transferência e
recebimento de membros, bem como as cartas e demais correspondências da administração do Campo e
de seus departamentais.
. Promover entre os membros a devolução de um dízimo fiel.
. “Os que ocupam a posição de sub-pastor (ancião) devem exercer atento cuidado sobre o rebanho
do Senhor... Há para o sub-pastor (ancião) fazer, uma obra que requer tato, quando ele é chamado a
enfrentar a apostasia, descontentamento, inveja e ciúmes na igreja, e ele terá que trabalhar no Espírito de
Cristo para pôr as coisas em ordem.” – Atos dos Apóstolos, págs.525 e 526. (3)

63
. Trabalhar em equipe. É preferível e menos prejudicial à igreja que se deixe o cargo do que viver
em constantes atritos com o pastor ou outros oficiais, por discordâncias administrativas. Temos que ser
fortes e unidos.
. Pensar sempre em servir e cultivar sempre a humildade. Para sermos bons instrumentos nas mãos
do Espírito Santo, no desempenho do ancionato ou de qualquer outro cargo, é preciso ser humilde. “Um
dirigente cristão genuíno, tal como o seu grande Exemplo, é humilde. Pensa unicamente nos demais e
está disposto a renunciar a si mesmo para o bem de outros.” (4)
. Ser um exemplo em tudo. “Padrão de boas obras”: os pastores, anciãos ou mestres cristãos,
sempre devem dar um bom exemplo para os outros.” (5)
. Ser um homem de oração.
. Estar atento para que nenhum pregador desconhecido ou que esteja em desarmonia com a Igreja,
suba ao púlpito para pregar. (Ver o Manual da Igreja, pág.68).
. Ter cuidado com o edifício da igreja, mantendo-o sempre em boa conservação tanto externa como
internamente, como também verificar se a identificação da igreja está atualizada; placa, letreiros e
horários dos cultos.
. Ser de estrita confiança do pastor e da Associação; ser ético e respeitoso.

3. Ao Ancião Não Compete


. CELEBRAR BATISMOS – A única exceção “é determinada pela Associação, por ordem expressa
do Pastor Geral, e para cada caso específico”. (Ver o Manual da Igreja, págs.54, 56 e 71).
. CELEBRAR CASAMENTOS – Quanto aos casamentos, não há exceção alguma, pelo menos até
esse momento. O Manual da Igreja não dá esta autorização. E para não haver confusão e nem mal-
entendido, nem mesmo um simples culto deve o ancião celebrar perante os noivos, mesmo que seja em
casa, sob pretexto algum e em quaisquer circunstâncias. (Ver o Manual da Igreja, págs.71 e 72, e rodapé
desta seção).
. Convocar a comissão da igreja sem entendimento com o pastor e sua prévia autorização.
. Levar o nome de alguém perante a igreja para a exclusão, sem antes consultar um pastor ordenado.
(Ver o Manual da Igreja, pág.192).
. Assumir responsabilidade em nome da igreja.
. Recusar dar apoio aos planos, promoções e programas que venham da administração ou
departamentais da Associação.
. Dar solução a assuntos disciplinares, sem consulta ao pastor.
. Tomar, por conta e risco próprios, atitudes ostensivas, contrárias ao programa de trabalho do
pastor.
. Criticar ou menosprezar o trabalho e a pessoa do pastor, minando sua influência perante os
membros e prejudicando o seu ministério.
. Tomar atitudes que sejam mais próprias do pastor, quer em sermões ou em comissões, etc.
“Sermões ou estudos que edifiquem a igreja são mais produtivos, espiritualmente, que as críticas e
repreensões”.
. Criar certas “normas” que não são previstas no Manual da Igreja e impô-las aos demais membros
para que sejam observadas. Uma atitude assim, arbitrária, poderá trazer divisão na igreja e quebrar a
harmonia de procedimento, o que deve ser evitado.
. Estimular e promover entre os membros, sob quaisquer pretextos, o uso dos dízimos para outras
finalidades que não os previstos na Bíblia, isto é, para a pregação do Evangelho e manutenção do
Ministério. (Ver o Manual da Igreja, pág.161 e 162).

4. Disposições Gerais
1. “SERVIÇO DA DEDICAÇÃO DE CRIANÇAS” – Quanto ao “Serviço da Dedicação de
Crianças”, isto está regulamentado no Manual Para Ministros (Edição 1978, às págs.123 a 134). E, de
acordo com este Manual, “nossos serviços de igreja têm sido notavelmente uniformes em todo o mundo”

64
e ele (Manual Para Ministros) foi “...preparado para fomentar essa uniformidade...”, pág.5.

Dentro desta conceito e examinando toda a matéria sobre “Serviço da Dedicação de Crianças”,
concluímos que o pastor é quem deve realizar esta cerimônia. Sabemos que alguns administradores
questionam esse procedimento, entretanto, para não contrariar “essa uniformidade” (pág.5), sugerimos ser
melhor e mais seguro ficarmos com as orientações que estão escritas do que aceitar aquelas que são de
nossas conclusões pessoais, ainda que não de todo descabidas.
Se examinarmos toda a matéria, encontraremos estas expressões que são suficientes para, por
enquanto, deixar esta cerimônia com os pastores:
“Com os participantes agora em pé, à frente da congregação, o Pastor fará estas exortações aos
pais:...”.
E mais: “Se houver apenas algumas crianças, o Ministro pode segurar cada uma delas para uma
breve oração. Se houver diversas crianças, pode orar por todas elas, dedicando cada qual, ao serem as
mãos do Pastor colocadas sobre cada criança”. (Pág.126).
E Ellen G. White assim declarou: “As mães que levaram seus filhos a Jesus, fizeram bem... Levem
as mães agora seus filhos a Cristo. Tomem os ministros do Evangelho as crianças nos braços e
abençoem-nas em nome de Jesus. Falem-se-lhes palavras do mais terno amor, pois Jesus tomou em Seus
braços os cordeirinhos do rebanho e as abençoou.” (6)
Assim, pois, enquanto não recebermos novas orientações sobre o assunto, será mais sábio usarmos
de prudência, mesmo porque o Manual da Igreja é omisso quanto a este assunto. Entretanto, se algum
ancião necessitar fazê-lo, que o faça com o conhecimento e autorização do pastor do distrito. Para tanto,
busque as instruções do Manual Para Ministros, às págs.123 a 134.
2. A PRÁTICA DA UNÇÃO – Quanto à prática específica da unção, creio que também para isto os
argumentos do ítem 1 são válidos. Mas, se por um motivo de emergência o ancião necessita ungir
alguém, que o faça, se possível, aconselhando-se com o seu pastor. E as instruções para esta cerimônia
solene encontram-se no Manual Para Ministros, às págs.104 a 106.
3. TRANFERÊRENCIA E RECEBIMENTO DE MEMBROS – Sobre o processo a ser obedecido
para transferência e recebimento de membros, ver as orientações no Manual da Igreja, às págs.56 a 63.
4. PARA SER ANCIÃO DE VERDADE a pessoa indicada deve ser ordenada. (MI, pág..69).
5. ELEIÇÃO DO ANCIÃO – O ancião é eleito por um ano. Pode também ser reeleito, se a igreja o
desejar. (MI, pág.69).
6. LIMITES DO TRABALHO DO ANCIÃO – O trabalho do ancião, e é muito importante que isto
fique bem claro, limita-se apenas à igreja que o elegeu (MI, pág.70), não sendo permitido que ele ajude a
ministrar a Ceia do Senhor em outra igreja, mesmo que a convite de um pastor.
7. Entretanto, se existe a necessidade de que um determinado ancião sirva em outra igreja, este deve
ser escolhido em votação por esta igreja, mediante recomendação da Mesa Administrativa da Associação.
“Assim, por eleição, um homem pode, quando necessário, servir mais de uma igreja de uma vez”. (MI,
pág.70).
8. O ancião não é delegado “ex-ofício” às assembléias trienais da Associação. (MI, pág.74).
9. Nas igrejas maiores, onde há vários anciãos, “um dos eleitos será designado ‘primeiro ancião’”.
(MI, págs.73-74).
10. O ancião deve trabalhar em harmonia com o pastor. (MI, págs.70 e 71).
11. “Não se devem eleger e ordenar dirigentes que se não provarem aptos para essa obra de
responsabilidade.” (TS, Vol. II, págs.261 e 262).
12. A ordenação de um ancião qualifica-o também para o diaconato. (MI, págs.70 e 76).
13. O ancião que foi ordenado uma vez, ao ser reeleito ou ser eleito como ancião de uma outra
igreja, não necessita ser ordenado outra vez, desde que se tenha mantido fiel como membro regular de sua
igreja. (MI, pág. 70).
14. No caso de um diácono ser eleito ancião, deve ser ordenado como tal, pois foi escolhido para
uma função superior. A sua ordenação de diácono não é válida para o ancionato.
15. O ancião deve ser leal ao seu pastor.
16. O ancião deve ser leal aos líderes da Obra.
17. O ancião deve ser leal aos princípios administrativos da Igreja.

65
18. O ancião deve ser leal ao Manual da Igreja, acatando e executando todas as suas orientações.
19. O ancião deve ser leal e acatar as praxes, regulamentos e orientações das Organizações
Superiores da igreja.
20. O ancião deve, pela importância do cargo que ocupa, dar ao pastor mão forte e decidido apoio à
sua linha de trabalho, bem como ampla cooperação aos programas elaborados pelos diversos
departamentos da Associação.

“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.


Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina
mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem
Sã e irrepreensível, para que o adversário se
envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós.”
- Tito 2:1,7 e 8.

REFERÊNCIAS:

(1) Lição da Escola Sabatina – Julho/Setembro 1993, Pág.132.


(2) Manual da Igreja, Pág.71.
(3) Atos dos Apóstolos, págs.525 e 526.
(4) Para Você Que Quer Ser Dirigente, Pág.24.
(5) Lição da Escola Sabatina – Julho/Setembro 1993, Pág.137.
(6) O Lar Adventista, Pág.274.

66
DEMONSTRAÇÃO
DE APROVEITAMENTO
8. ESTUDO

ATENÇÃO: É só completar as frases, preenchendo


os espaços. . . Muito fácil!

1. Quais são os sete pilares da maturidade?

1º Domínio ........................................................... 2º ......................................................................

3º ........................................................................... 4º .....................................................................

5º .......................................................................... 6º ......................................................................

7º ..........................................................................

2. Segundo o Manual da Igreja, “o ancião deve trabalhar em ....................................................................


relação com o ....................................................... da ........................................................... e ver que
todos os fundos da ................................................ sejam remetidos ao ................................................
do Campo local....”

3. Ao visitar as famílias da sua igreja, os anciãos devem ter como objetivo: ..............................................
os desanimados e ............................................... na fé; levar ..................................................................
para sua vida .............................................................. ; ............................................................ com elas;
fomentar a ............................................................... e o .............................................................fraternal.

4. Para ser um ancião de verdade, a pessoa ................................................deve ser .....................................

5. O ancião é ......................................................................................... por um ano.

6. O ancião deve trabalhar em .......................................................................... com o pastor.

7. A ordenação de um ancião ..................................................... também para o ..........................................

8. O ancião deve, pela importância do cargo que ocupa, dar ao ....................................................................


mão ................................................. e decidido .................................................. à sua linha de trabalho,
bem como ampla ....................................................... aos .........................................................................
elaborados pelos diversos ....................................................................... da Associação.

OBSERVAÇÕES

.........................................................................................................................................................................

.........................................................................................................................................................................

67
AUTO-AVALIAÇÃO

Á minha frente, agora, está a folha de minha auto-avaliação. Depois de Ter estudado esta lição e
ponderado sobre o seu conteúdo, ajuda-me, Senhor, a ser honesto e suficientemente cristão para fazer esta
auto-avaliação e que ela me ajude a ver onde e como devo melhorar.

1. Como está o grau de maturidade de minha vida como cristão e como oficial da igreja?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

2. Tenho trabalhado em harmonia com o meu pastor?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

3. Tenho sido um “sub-pastor” nos moldes aqui apresentados?

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

♦ .............................................................................................................................................................

SUGESTÃO: Ao fazer a sua auto-avaliação, pense, ore e reflexione. Seja franco para consigo mesmo.

MINHA DECISÃO

Senhor, reconhecendo a magnitude deste cargo; reconhecendo


que ele requer completa consagração e fiel devotamento tanto em
minha vida particular como no exercício do ancionato junto aos
membros de minha igreja, humildemente peço-Lhe sabedoria e ajuda
para que eu possa exercer esta função sob a orientação divina e
alcançar tudo aquilo que o Senhor espera de mim. Amém!

Assinatura............................................................Data ......../......../........

68
Como Está
o Rebanho Que
Te Foi Confiado?
9. ESTUDO

1 2 3 4

RETROSPECTIVA CONCEITO ALIMENTAR APASCENTAR


DOS DE O REBANHO O
ESTUDOS MINISTÉRIO REBANHO
Pág.
Pág. Pág. Pág.

5 “O VERDADEIRO LÍDER NÃO TEM O MÍNIMO DESEJO


DE MANDAR NA HERANÇA DE DEUS, MAS SERÁ HUMILDE,
GENTIL, TERÁ ESPÍRITO SACRIFICIAL, PRONTO TANTO
AVALIAÇÃO PARA LIDERAR COMO PARA SER LIDERADO, QUANDO O
ESPÍRITO TORNA-LHE CLARO QUE APARECEU ALGUÉM
MAIS SÁBIO E MAIS BEM DOTADO DE DONS DO QUE ELE.”
Pág.
- J. Oswald Sanders

“Como está o rebanho que te foi confiado?” O ancião “deve arcar com a responsabilidade pastoral,
VISITANDO os membros da igreja, ATENDENDO os enfermos e ALENTANDO os desanimados...
Como SUBPASTOR, deve EXERCER constante vigilância sobre o rebanho de que é responsável”.

- Manual da Igreja

Esta é a última lição deste curso para anciãos, preparado com simplicidade, mas também, cremos,
com objetividade, cujo escopo é o de oferecer subsídios práticos para o exercício de um ancionato à altura
do que a Igreja deseja e merece.

1. Retrospectiva dos Estudos


1. A IGREJA

No primeiro estudo vimos os objetivos para os quais a Igreja existe e a responsabilidade que repousa
sobre os seus membros, de servirem como elementos ativos e dinâmicos, cuja influência tenha poder de
elevar os sentimentos das pessoas em direção de Jesus Cristo como o Redentor da humanidade.
Falamos também sobre os dois aspectos da Igreja – o geral e o local – e de como uma depende da
outra. Por exemplo, o crente nasce de novo na Igreja Geral, mas é batizado na Igreja Local, o que mostra
o inter-relacionamento entre uma e outra. Entretanto, tudo o que é feito na Igreja Local, tem em vista o

69
aperfeiçoamento da Igreja Geral – o Corpo de Cristo – a qual deseja “apresentar-se a si mesmo Igreja
gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém, santa e irrepreensível” (Efés.5:27). Aí,
então, alcançaremos o terceiro aspecto da Igreja, a Igreja Universal, ao chegarmos “ao monte Sião e à
cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e às incontáveis hostes de anjos, e à universal assembléia e
igreja dos primogênitos arrolados nos céus...”. (Heb.12:22 e 23).

2. ORGANIZAÇÃO DA IGREJA

No segundo estudo, vimos como a organização é importante em todos aspectos das atividades
humanas e, de modo específico na Igreja, sobre a qual o apóstolo S. Paulo (Efés.4:15 e 16) sugere a
integração e o ajustamento “de toda a junta” e partes formando uma unidade harmônica a fim de que,
como num todo completo, tudo funcione com vida, eficiência e suavemente.
Vimos ainda os objetivos da organização e os seus resultados tanto na igreja do deserto como em
nossos dias.
E sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia, temos esta declaração lapidar de E.G. White:
“Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização. A erguimento desta
estrutura custou-nos muito estudo e orações em que rogávamos sabedoria, e as quais sabemos que Deus
ouviu. Foi a mesma edificada por Sua direção, por meio de muito sacrifício e contrariedade. Nenhum de
nossos irmãos esteja tão iludido que tente derribá-la, pois acarretaria assim um estado de coisas que
nem é possível imaginar-se. EM NOME DO SENHOR DECLARA-VOS QUE ELA HÁ DE SER
FIRMENTE ESTABELECIDA, ROBUSTECIDA E CONSOLIDADA”. (1)

3. PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA CRISTÃ

Neste estudo, vimos que Deus sempre buscou líderes para os vários setores de Sua Igreja e, como
Ele não pode prescindir de homens para a condução de Sua Obra, continua ainda nesta busca, assim como
o fez no passado.
Vimos ainda o que é LIDERANÇA e o que significa ser um LÍDER CRISTÃO.
Estudamos também o que é AUTORIDADE RACIONAL e AUTORIDADE IRRACIONAL e,
então, concluímos que toda a autoridade em nossa Igreja deve ser caracterizada por uma autoridade
altamente espiritual, baseada na regra áurea de S. Lucas 6:31, onde lemos: “Como quereis que os homens
vos façam, assim fazei-o vós também a eles”.
E, finalmente, apresentamos dez qualificações que devem caracterizar um líder cristão, e chegamos à
conclusão de que nos sentimos incapazes e pequenos demais para esta tão importante e grandiosa tarefa.
Somente à medida em que aceitamos com convicção o conselho de Paulo, “tudo posso nAquele que me
fortalece”, é que nos sentimos animados em aceitar tais desafios.

4. TRABALHADORES CRISTÃOS

Este estudo teve como finalidade dar uma idéia geral das diversas categorias de trabalhadores
cristãos que continuam sendo convocados para a Obra do Senhor, a partir dos dias apostólicos.

5. O ANCIÃO DE IGREJA

Procuramos, nesta lição, deixar claro que o cargo de ancião não é de invenção humana.
Pelas leituras de Êxodo 3:16 e Atos 20:7 e outras passagens bíblicas que tratam do assunto, podemos
dizer com toda a convicção que foi o próprio Espírito Santo quem inspirou a criação desta função cujo
registro bíblico sobre ela, o conjunto de suas sagradas virtudes requerido e o modo de proceder no
exercício do ancionato, servem como valioso exemplo que deve ser imitado e seguido pela Igreja hoje.
Vimos, ainda, que o cargo de ancião é um dos mais elevados e importantes e de grande
responsabilidade. Portanto, ao se escolherem pessoas para esta função, deve-se exercer todo o cuidado e
prudência, evitando que certas “forças” e “pressões” influam nas decisões da comissão.

70
Em I Cor.3:9, Paulo vê o homem como cooperador de Deus, que, segundo o original grego
SUNERGOI, significa, literalmente, “companheiro de trabalho”. É, realmente, um privilégio este o de ser
companheiro de trabalho de Deus, mas também uma responsabilidade. Na verdade, caro ancião, no
exercício de sua função, o irmão é um SUNERGOI, um companheiro de trabalho de Deus. Ele espera
fidelidade e integridade. Deus necessita de bons anciãos e a Igreja também.

6. QUALIFICAÇÕES PARA O ANCIONATO

As qualificações para o ancionato, segundo o estudo, são:

a) QUALIFICAÇÕES TÉCNICAS – que têm que ver com o conhecimento de normas, de


regulamentos, do Manual da Igreja, etc., e um trabalho feito com todo o esmero.
b) QUALIFICAÇÕES ESPIRITUAIS – que têm que ver com as qualidades fundamentais que devem
caracterizar a vida, como um todo, daqueles que aspiram ao ancionato. Isto implica numa firme e
inabalável dedicação a Deus e contínua comunhão com Ele.
c) QUALIFICAÇÃO MORAIS – que exigem que o ancião seja irrepreensível no lar, no seu
compromisso conjugal, em relação aos que não são da mesma fé, na temperança em suas mais variadas
formas, e nos seus compromissos para com Deus e a Igreja.
Depois falamos um pouco sobre as qualificações doutrinárias que implicam em conhecer as
doutrinas o suficiente para ensinar a outros, pois o apóstolo Paulo, a quem foi confiada esta
responsabilidade, deseja que as pessoas indicadas como anciãos, vivam tais ensinamentos, primeiramente
em sua própria vida e depois ensinem a outros e os propaguem com fidelidade. Ele escreveu: “E o que
de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também
idôneos para instruir a outros.” (II Tim.2:2).

7. ORDENAÇÃO DE ANCIÃO

Vimos nesta lição que o cargo de ancião está sujeito à ordenação, e esta cerimônia só poderá ser
realizada por um pastor ordenado. Enquanto isso não for feito, não é ancião, nem tem autoridade para
exercer suas prerrogativas, pois a mera “eleição para o cargo de ancião, por si só, a pessoa a atuar

3. Alimentar o Rebanho
Conheci um ancião de igreja que, a julgar pela sua aparência física, tinha tudo para ser um fracasso,
entretanto, quando subia ao púlpito para pregar, tomava-se um gigante, um embaixador de Deus, um
porta-voz do Céu aos seus ouvintes. Seus sermões eram bem preparados, bem estudados e bem
apresentados, um verdadeiro pregador da Palavra. Os ouvintes saíam da igreja satisfeitos com a pregação
e bem alimentados espiritualmente. Para que o ancião possa de fato alimentar as suas ovelhas, precisa ter:

1. CONHECIMENTO PESSOAL DE CRISTO

Todos os nossos sermões devem girar em torno de Cristo (cristocêntricos). O objetivo básico
sempre deve ser revelar o Salvador. E para que este objetivo seja alcançado, importa que o ancião (sub-
pastor) conheça a Jesus pessoalmente, do contrário, seus sermões são simplesmente “como o metal que
soa, ou como o sino que tine”. Ele deve, não somente, conhecer a história de Cristo, mas, isto sim, o
Cristo da História. Esta é a condição da vida eterna. “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti só,
por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (S. Jo.17:3).
Um ateu estava procurando desanimar um homem que acabava de aceitar a Jesus, perguntando-lhe:
“Que sabe o senhor acerca do lugar em que Ele nasceu? Que sabe acerca de quando Ele nasceu?
Que sabe quanto ao tempo de Sua morte?” O recém-converso, incapaz de responder a essas perguntas,
disse: “Não tenho muita instrução; não sei a resposta a essas perguntas, mas uma coisa eu sei.

71
Sei o que Jesus fez por mim. Sei a mudança que se operou em minha própria vida. Sei quão diferente é o
lar que agora temos. Meus filhos sabem a diferença que há em mim desde que dei o coração a Cristo, e já
não me têm medo; não correm a se esconder quando me vêem chegando à casa, como outrora faziam.”

2. CONHECIMENTO DA BÍBLIA

Para alimentar o rebanho, o ancião precisa conhecer a Bíblia, tendo uma compreensão geral das
doutrinas. Além do mais, não somente deve o ancião Ter compreensão da Bíblia e de suas doutrinas, mas
experimentar-lhe o poder em sua própria vida.
Os degraus na escada apresentada por S. Pedro, em sua Segunda carta, cap.1:5 a 8, devem ser a
própria experiência do ancião, isto é, um crescimento da “fé à virtude, à ciência, ao conhecimento, à
temperança, à paciência, à piedade, ao amor fraternal e à caridade.”

3. CONHECER OS MEMBROS DA SUA IGREJA

Diz-nos a Mensageira do Senhor:


“Aquele que busca transformar a humanidade precisa por sua vez compreender a humanidade.
Unicamente mediante simpatia, fé e amor, podem os homens ser atingidos e elevados.” (5)
E numa outra citação, lemos o que segue:
“Todos nós necessitamos estudar o caráter e a maneira para que saibamos lidar judiciosamente com
os diversos espíritos.” (6)
E mais: “A obra de ganhar almas... requer conhecimento da natureza humana, acurado estudo,
meditação e fervorosa oração; saber como se aproximar de homens e mulheres para tratar dos grandes
temas que dizem respeito a seu bem-estar eterno.” (7)
O ancião que sente o dever e o peso da responsabilidade em alimentar devidamente o rebanho que
lhe foi confiado precisa conhecer a personalidade e as características dos membros de sua igreja, para que
possa ajustar as suas mensagens de tal maneira que cada pessoa aproveite e reaja favoravelmente a elas.
E “neste ponto”, dia E.G. White, “Cristo Se revela o Mestre por excelência; de todos os que vivem
na Terra, somente Ele tem perfeita compreensão da alma humana... Como participante em todas as
experiências da humanidade, Ele podia não somente condoer-se dos que acham sobrecarregados, tentados
e em lutas, mas partilhar-lhes os sofrimentos.” (8)

4. Apascentar o Rebanho
Se pastores e sub-pastores (anciãos) forem verdadeiros apascentadores e condutores do rebanho que
o Senhor lhes confiou, estarão sempre alerta ao clamor dos seus membros em suas profundas
necessidades.
O Pastor Roy A. Anderson apresenta duas ilustrações que bem representam o que significam
apascentar o rebanho. Ei-las:
Quando o bispo Francis J. MacConnell era um jovem pregador, lá em Cabo Cod, andava ele pela
praia, certa noite, em companhia de um velho capitão de marinha. Era uma noite barulhenta e
tormentosa, e as ondas açoitavam a praia. Para poderem ouvir um ao outro falar, tinham de gritar a fim
de encobrir o rugido dos elementos. Era difícil conversar. Então, repentinamente, o velho capitão pôs a
mão ao ouvido em forma de concha, e disse: “Ouço um grito de angústia lá fora, na ressaca. Alguém
está em dificuldade”. O pregador nada podia ouvir senão o rugir da borrasca. Mas os ouvidos do velho
marujo estavam alerta. Ele ouviu o que os outros não podiam ouvir e avisou a patrulha da guarda
costeira. Estava certo, lá fora havia dois pescadores agarrados a um bote virado. Foram salvos porque o
capitão lhes ouviu o chamado.
Com quanta ternura espera e vigia a mãe quando o filho está passando mal! Conta o Dr. Stidger de
uma que manteve vigília dia e noite até ficar tão exausta que os amigos com ela insistiram para que
descansasse um pouco. Logo estava ela dormindo profundamente em outro cômodo da casa. Tocou o
telefone, negociantes chamaram, as crianças gritaram ao brincar, porém ela dormia com tudo isso.

72
Parecia que nada a poderia perturbar. Mas, quando o filhinho que sofria chamou: “Mamãe! Onde
está a mamãe?” – ela num instante estava em pé e corria para o quarto do enfermo. Embora estivesse
dormindo, seus ouvidos pareciam estar alerta ao sussurrado lamento de seu filho.
Assim deve o pastor amar a seu rebanho. Seus ouvidos devem ser educados para ouvir o grito
angustioso. Não são somente os jovens, mas também os membros de todas as idades e condições, os que
necessitam do bondoso e amável cuidado de ternos pastores. (9)

5. AVALIAÇÃO

Ao chegarmos ao final deste Curso para Anciãos de Igreja, nada melhor do que uma avaliação para
identificar com certa precisão e objetividade, os pontos fortes e fracos do ancião como líder de sua igreja.
Procure determinar com um “X” e com bastante lealdade (pois só assim esta avaliação irá ajudá-lo),
quais as afirmações que se destacam em sua vida:

RELACIONAMENTO COM CRISTO


1. Cultivo a leitura da Bíblia, estudo da lição, meditação e oração diariamente. ___________

2. Tenho pelo menos uma pessoa ou família com quem estou estudando a Bíblia. _________

3. Nestes últimos trinta dias, fiz uma ou mais modificações importantes em minha vida, como uma
resposta direta à uma solicitação a mim feita pelo Espírito Santo. ___________

4. Um desentendimento ou inimizade com uma outra pessoa foi resolvido e agora a consciência não
me incomoda mais. ______________

5. Tanto quanto seja do meu conhecimento, não estou resistindo a Deus em nenhuma questão
importante de ordem espiritual, moral ou material. ______________

6. Jesus Cristo é para mim, sem reservas, o meu Salvador e Senhor da minha vida. ___________

7. Estou em plena comunhão e cooperação com a minha igreja local. _____________

FAMÍLIA
1. Nos últimos trinta dias, exerci alguma atividade social, recreativa ou educativa com meus filhos.
_________________

2. Nos últimos trinta dias, tive algum tempo particular proveitoso, fora do lar, para passar com
minha esposa. _______________

3. Nos últimos trinta dias, tive não mais que um conflito mais sério com minha esposa. ________

4. Tenho tido momentos devocionais com a família, de maneira mais ou menos regular, cada
semana. _____________

5. Nos últimos trinta dias, tenho orado freqüentemente, em particular, com minha esposa. ______

6. Não tenho pensado em divórcio. ___________

7. Tenho um bom relacionamento com cada um dos meus filhos. ___________

8. O meu trabalho permite-me tempo suficiente com minha família. __________

73
TRABALHO
1. Minhas necessidades básicas estão sendo supridas com o meu trabalho. ___________

2. Até aqui tenho sido capaz de sustentar adequadamente a mim e à minha família. __________

3. Sou, basicamente, bem sucedido em meu trabalho profissional. ____________

4. Gosto do que faço e tenho prazer de me dirigir diariamente ao meu local de trabalho. _______

MINISTÉRIO
1. Posso me identificar com um ou mais dons ou habilidades espirituais, que Deus me outorgou.
_________

2. Estou colaborando com a igreja, utilizando-me destes dons neste momento. ____________

3. No momento tenho algumas responsabilidades importantes na igreja. ___________

4. Nestes últimos meses, tenho conduzido pessoas, não membros de minha família, a Cristo.
__________

5. Acredito que Deus me tem usado de várias maneiras nos trabalhos da igreja. _________

NOTA: Depois de preencher os claros, olhe para a lista, para ver como você se encontra nesta
auto-avaliação. Se você teve algum problema, alguma insegurança ao responder a
qualquer destas afirmações, pare para pensar e refletir mais profundamente sobre ela ou
elas, e planeje reavaliar o assunto. Para esta auto-avaliação, 50% é demasiadamente
baixo. Um resultado de 60% a 70% ainda mostra uma expressiva precariedade.

OBS.: Pesquisa Adaptada.

REFERÊNCIAS:

(1) A Igreja Remanescente, Págs.19 a 21.


(2) Manual da Igreja, Pág.69.
(3) Seu Trabalho – Sobrevivência ou Satisfação, pág.83.
(4) Atos dos Apóstolos, Págs.525 e 526.
(5) Educação, Pág.78.
(6) Testimonies, Vol.4, Pág.69.
(7) Evangelismo, Pág.128.
(8) Educação, Págs.78 e 79.
(9) O Pastor Evangelista, Págs.497 e 498.

74
DEMONSTRAÇÃO
DE APROVEITAMENTO
9. ESTUDO

ATENÇÃO: É só completar as frases, preenchendo


os espaços. . . Muito fácil!

1. A maior parte do ......................................... é ..................................... por ................................, homens


das mais variadas ....................................... sociais.

2. Segundo estudos feitos na ........................................ somente ..............% dos púlpitos adventistas do seu
território são ocupados por ...................................................... enquanto que ..................% são ocupados
por ............................................ .

3. Isto mostra que esta ............................................... não pode ........................................................... sem o


ministério .................................................. .

4. O ministério do ............................................. tem muito a ver com o ............................................... que o


Senhor nos ...................................................... ..

5. Cuidar ou pastorear o ................................................. que lhe foi ....................................................... por


.............................., significa ..................................... os lares, ..................................................... com as
.................................., visitar os ..................................., as pessoas ............................................... etc., e
.................................. que ............................................ de .................................................. O ancião que
não estiver ........................... a fazer isto, está no lugar ................................................................ e deve
................................................... demissão das suas ............................................................. , deixando o
..................................... para um .......................................... que esteja ................................................. a
............................................ a responsabilidade por completo.

6. Para que o ..................................................... possa de fato .......................................................... as suas


............................................ precisa Ter: 1) conhecimento de ..................................................................,
2) conhecimento da ..................................... e 3) conhecimento dos ........................................... da sua
.................................................

7. Se ................................................................. e .................................................................. (anciãos) forem


................................................ apascentadores e ........................................................... do rebanho que o
............................................. lhes confiou, estarão sempre ................................................. ao clamor dos
seus ................................................ em suas ............................................................................................ .

OBSERVAÇÕES

75
Subsídios Adicionais
Material adicional para leitura e reforço às lições
apresentadas.

O Porte do Orador
HORNE P. SILVA

Todos os princípios aqui varde, no mais insignificante . Cabeça e ombros


direcionados ao pastor, são traço facial. levantados, demonstrando
válidos e se aplicam também O orador, principalmente confiança e serenidade.
ao ancião – sub-pastor. o orador sacro, depende do . Um dos pés
aspecto físico para influenciar ligeiramente mais adiante.
pessoas. Daí se lhe reco- Eis a postura fundamental
O que o homem é mendar muito zelo no compor do orador. As modificações
intimamente, demonstra-o seu a atitude interna e externa. supervenientes decorrerão das
aspecto exterior. Não nos Devemos aceitar a imposições do discurso.
referimos aos característicos afirmação: “Nisi bonus vir.” O fato de o orador,
inerentes ao corpo humano: Só o homem de bem pode ser durante o discurso, dever
baixo, alto, magro, gordo. orador. conservar todo o corpo sob
Queremos aludir, isto sim, à A sua figura física deve controle perfeito, não signifi-
aparência adotada segundo as demonstrar entusiasmo e ca que deva permanecer
disposições pessoais, ou convicção; deve dizer da rigidamente na mesma po-
estados de espírito. A nossa honestidade de seus pro- sição. Ao contrário, deve
luta íntima estampa-se em pósitos e da sua competência; mover-se cortesmente, ora a
nosso rosto, apesar das nossas deve manifestar, claramente, uma, ora a outra parte do
tentativas de disfarce. o requisito essencial do porte auditório.
Alguém nos diz, cau- oratório: naturalidade. De quando em quando,
telosamente: “Parece que a não freqüentemente, deve dar
minha cara não ajuda.” Seria passos para a frente e para
mais correto se dissesse: POSTURA trás, ou para os lados da
“Não me ajuda o caráter.” plataforma. Esses passos pa-
A aversão aparentemente recem mais naturais, quando
gratuita, que nos causam A postura é da maior feitos na transição ou no fim
certas pessoas, explica-se: É importância para o orador. do pensamento.
a hipocrisia. É o egoísmo que Quando ele ocupa um lugar Não basta estar bem
procuram esconder, numa na plataforma, deve manter-se vestido, é preciso, a todo
prega do rosto, num cantinho em uma atitude que seja, ao custo, não ficar pegando na
dos olhos, num gesto afetado. mesmo tempo, digna e cortês. roupa, pondo a mão no bolso,
Não os percebemos, muitas . Corpo ereto, sem a retirando-a daí; torcendo a
vezes, mas sentimos as fixidez das estátuas. ponta do paletó, torcendo
vibrações desagradáveis que . Braços caídos com botões, arrumando a gola,
omitem. naturalidade, ao longo do sacudindo os ombros. Muito
Conhece-se o tímido à corpo. menos ficar brincando com
distância; distingue-se o mal . Mãos abertas e dedos objetos, como puxar a
educado; identifica-se o co- frouxamente unidos. corrente do relógio, olhar o
76
relógio a todo momento, propósito. O que não se deve fazer:
acertar o alfinete da gravata e 1. Não colocar a mão ou
outras coisas semelhantes. É o gesto a própria as mãos nos bolsos das calças
Se ele é inexperiente e palavra que se repete, ou se ou do paletó.
falho na técnica da oratória, antecipa, enfaticamente. 2. Um dos gestos mais
logo evidencia defeitos Há suavidade nas mãos banais em oratória é o de
prejudiciais: colocadas em prece. estender um dedo indicador,
Seus joelhos dobram-se; Há rancor nos dedos que em forma acusadora, o braço
levanta os calcanhares a todo se contraem. estendido, os demais dedos
instante; o corpo oscila como Os braços abertos indi- fechados.
se fora empurrado por ven- cam acolhida. 3. Punhos cerrados.
daval e tiques nervosos O indicador que aponta, 4. Dar socos na mesa.
sacodem-lhe os ombros. pode ser advertência. 5. Colocar as mãos na
É preciso controle mental O homem consegue calça, segurando o cinto.
para que a postura se faça transmitir seu pensamento, 6. Colocar as mãos nas
com naturalidade. apenas através dos gestos. costas.
Impressiona mal os que Uma prova disso é a 7. Abotoar e desabotoar o
se apóiam em mesas, no linguagem dos surdos-mudos. paletó.
púlpito, curvam-se ou se Entendem-se, perfeitamente, 8. Ficar arrumando a
põem a caminhar em vai-vém apenas pela gesticulação gravata.
constante. convencional. 9. Tirar o lenço do bolso
A postura é a colocação No entanto, por timidez da calça e ficar dobrando na
física do orador em face do ou inexperiência, alguns frente de todos.
público, mas, na verdade, oradores omitem os gestos! 10. Ficar limpando ou
traduz a atitude psíquica de Que fazer com as mãos e arrumando os óculos,
quem fala. Portanto, a postura com os braços? fixando-o nos olhos.
deve ser elegante, sem Existem livros ou inteiros 11. Passar, a toda hora, as
afetação; sóbria, sem capítulos de livros, ensinando mãos no cabelo. Se cai sobre
vulgaridade; natural, sem uma série de posições os olhos, começa a colocá-lo
pieguice. E assim o sermão aconselháveis para as mãos e para trás.
será valorizado. para os braços, enquanto se 12. Maneira brusca de
fala em público. pegar ou jogar a Bíblia sobre
É verdade, há muitas o púlpito, depois de lida.
GESTICULAÇÃO pessoas que falam em 13. Ficar brincando
público, principalmente nas nervosamente com a gola do
A gesticulação é a primeiras vezes, não sabem o paletó ou ficar segurando-a.
moldura que se aplica à que fazer com as mãos, onde 14. Ficar tirando, pondo
manifestação oral, para se as colocar, o que fazer com ou olhando a cada momento
reforçarem períodos, elas. para o relógio.
sublinharem-se vocábulos, Com a mãos podemos dar 15. Gestos indecorosos,
deferindo ao discurso maior uma ordem, prometer, com significados de possíveis
expressividade. chamar, despedir, suplicar, deturpações.
O termo “gesto”, aplica- pedir, indicar regozijo, 16. Gesticulações
se não somente aos tristeza, medo, confissão, violentas. Ellen G. White
movimentos das mãos, mas penitência, ódio, satisfação, recomenda:
também a todos os etc. “As gesticulações violen-
movimentos do corpo que A mão colocada sobre o tas diminuem grandemente as
auxiliam na expressão do peito é um apelo à impressões que a verdade
pensamento. consciência ou dá uma faria sobre o ser humano e
expressão de forte emoção roubam a força das
interna. A mão colocada manifestações do Espírito de
A sua figura física deve sobre os olhos expressa Deus. Elas apagam as solenes
demonstrar entusiasmo e vergonha, tristeza; sobre os impressões referentes à
convicção; deve dizer da lábios, é uma injunção de dor, Palavra de Deus que os santos
honestidade do seu ou de distress. anjos anseiam sejam feitas na
77
mente”. – Evangelismo, variada. Braços e mãos podem
pág.184. dizer, juntamente com os
“O Senhor vos deu vossa lábios, o coração e a
obra, não para ser feita A naturalidade é a regra inteligência, as mais sublimes
precipitadamente, mas de de ouro da oratória. e comovedoras frases.
maneira calma e considerada. Os gestos devem coordenar-
O Senhor nunca força a se com as palavras, sem 3. Adequada
movimentos apressados, artificialismo. O gesto, opondo-se à
complicados.” – Idem, palavra, é grotesco e
pág.147. 1. Natural prejudicial, confunde e leva à
“Os ministros no púlpito A naturalidade é a regra galhofa.
não têm permissão de de ouro em oratória. Os A gesticulação deve
comportar-se como represen- gestos devem coordenar-se corresponder às particularida-
tantes de teatro, tomando com as palavras, sem des do discurso, aplicando-se-
atitudes e expressões artificialismo. lhe como a moldura ao
calculadas a causar efeito. Ser natural é ser honesto, quadro.
Eles não ocupam o púlpito e a vitória obtida
sagrado como atores, mas honestamente não é 4. Variada
como mestres de verdades transitória, mas eterna como a Na variedade atinge-se a
solenes. verdade. beleza, desvia-se da
“Há também ministros Não há necessidade de monotonia. É fastidiosa e
fanáticos que, tentando pregar estar lendo e fazendo curso deselegante a repetição dos
a Cristo, atacam, gritam, dão sobre dramatização, gesticula- mesmos gestos, que nada
saltos, acima e abaixo, ção. O ponto principal é não significam.
esmurram a tribuna, como se fazer gestos artificiais. A gesticulação não
desse exercício corporal se Deixar a sua personalidade, precisa e nem deve ser
aproveitasse alguma coisa... dar lugar ao que é natural. constante. Em tudo deve
desgostam os homens e Qualquer pessoa, numa haver moderação.
mulheres de pensar sereno e conversa informal, gesticula
vistas elevadas. bem. Umas, talvez por
“Gestos desalinhados e temperamento, são mais ou Sugestões para as
grosseiros não se devem menos exuberantes na maneiras do ministro no
tolerar nas profissões comuns gesticulação. Mas todas as púlpito:
da vida; quanto menos, então, pessoas fazem gestos a) A entrada para o
deverão eles ser tolerados na satisfatoriamente. Em contato púlpito deve ser deliberada e
sacratíssima obra do com o público, todavia, dignificante. Deve Ter,
ministério evangélico.” – perdem a naturalidade e se evidentemente, uma compos-
Idem, pág.640. inibem na gesticulação. E lá tura própria.
“E os ministros nunca vão as mãos para as costas ou Não mostrar nenhuma
devem copiar os gestos, os para os bolsos. ansiedade. Mostrar-se
hábitos, atitudes, expressões e Quando o orador sente o também sem preocupação,
entonações de voz de que está faltando, os seus numa atitude de repouso. A
qualquer homem. Não se gestos o acompanharão. sua calma será comunicada
deve tornar sombra de homem Sejam quais forem, jamais aos seus ouvintes.
algum, em pensamento, serão alvo de crítica do b) Ao entrar ao púlpito e
sentimento ou no delinear e auditório. se assentar, não deve parecer
executar o grande todo.”- distraído por nada que
Idem, pág.685. 2. Expressiva acontece ou existe no edifício
Para se transmitir O gesto precisa significar ou na congregação. Não ficar
realismo ao discurso, não há alguma coisa. olhando para uma coisa e
que se prescindir dos gestos, De nada adiantaria, seria outra, com curiosidade,
todavia, para a gesticulação mesmo contraproducente, um fazendo um exame mental das
ser eficiente, precisa levantar e descer de braços pessoas e das coisas, das
apresentar-se: natural, sem qualquer objetivo janelas ou móveis, ou da
expressiva, adequada e definido. construção. Não deve
78
evidenciar preocupação com um embaixador de Cristo. para eles um sermão.” –
o seu olhar para algumas f) Não deve conversar Evangelismo, págs.670-671.
pessoas em particular. com outros no púlpito. Nunca “A perda de algumas
c) Ao entrar para a se deve conversar com outra almas será relacionada afinal
plataforma, aí deverá pessoa, na plataforma, e ainda com o desalinho do ministro.”
permanecer. Não deverá sair ficar rindo. – Idem, pág.671.
para fazer uma coisa ou outra g) Ser pontual, tanto para “O Deus do Céu, cujo
que esqueceu. Tudo deve Ter começar como para terminar. braço move o mundo, que nos
sido providenciado antes de h) Sair com dignidade e dá vida e nos sustém com
entrar para o púlpito. elegância, firmeza e segu- saúde, é honrado ou
Pode usar alguns sinais rança. desonrado pelo vestuário dos
convencionais com seus Agora, observe sua pos- que oficiam em honra Sua.” –
diáconos, uma campainha, e tura: Idem, pág.674.
se puder, Ter um telefone do
lado da cadeira pastoral.
Evitar a saída e entrada FISIONOMIA SABER SORRIR
de pessoas, e, muito menos,
do orador que se encontra ao Nem rosto aberto em O orador que inicia
púlpito, como se fosse um sorriso, o que dá idéia de cumprimentando o auditório e
menino de recados. leviandade; nem fisionomia sorrindo, já está com meia
d) Maneira de assentar- fechada e carrancuda, o que vitória ganha.
se: Nunca se deve sentar faz lembrar ameaça. O sorriso diz muita coisa.
deitado na cadeira, tampouco, A fisionomia deverá Ter É como se dissesse: “Que
conservar as pernas abertas; expressão nobre. A nobreza é prazer experimento em vir
os joelhos devem estar um misto de calma e falar aos senhores!”
ligeiramente juntos. Muito serenidade. O sorriso é sempre
raramente deve cruzar os Tudo deverá ser natural. contagiante. Imediatamente,
joelhos. E nunca deve A naturalidade é o segredo do o auditório adquire
colocar os tornozelos sobre os sucesso na oratória. predisposição favorável, fica
joelhos. nas melhores condições de
receptividade às palavras do
A naturalidade é o segredo APARÊNCIA orador.
do sucesso na oratória. Qual a razão do sucesso
A aparência de quem fala de certos oradores e da
“Entre as primeiras coisas deve ser agradável, pois para relativa dificuldade de outros
que se devem Ter em vista, a sua pessoa convergem todos em arrancar simpatia e
figura a posição correta, tanto os olhares; é alvo de todas as aprovação? Se formos
estando sentados como em pé. análises e exames. procurar com acuidade,
Deus fez o homem ereto, e Nunca aparecer com encontraremos o “poder
deseja que ele possua não roupas mal arranjadas, mágico do sorriso.”
somente o benefício físico, gravata fora do lugar, barba O sorriso proporciona,
mas também o mental e crescida, sapatos cambaios, instantaneamente, a boa
moral, a graça, dignidade, cabelos caindo pela testa. vontade dos outros.
compostura, ânimo e Qualquer desses fatores Se o sorriso indica que o
confiança em si, que uma ocasiona repulsa imediata, orador está bem disposto em
atitude ereta em tão grande gera sentimento de relação à audiência, torna-se
maneira tende a promover... hostilidade; é como uma bem disposta a audiência em
Aquele que senta ou fica em ofensa ao auditório. relação ao orador. Está o
pé, com o corpo direito, está “Nossas palavras, atos, orador aprovado antes de
em melhor condição do que comportamento, vestuário, iniciar a falar.
os outros.” – Educação, tudo deve pregar. Não
pág.198. somente com as palavras
e) Do princípio ao fim do devemos falar ao povo, mas
culto, ele deve manter a tudo quanto diz respeito à CUIDADO
posição de um líder, pois é nossa pessoa deve constituir
79
“Qual é o alvo do
ministério? Misturar o
cômico com o religioso? O
teatro é que é o lugar para tais
exibições. Se Cristo for
formando interiormente, se a
verdade, com seu poder
santificador, for levada para o
santuário íntimo da alma, não
tereis homens folgazões, nem
terei homens ásperos, mal-
humorados, intratáveis, a
ensinar as preciosas lições de
Cristo, às almas que
perecem.” – Testemunhos
para Ministros, pág.143.
“Se for homem frívolo e
gracejador, não está
preparado para realizar o
dever sobre ele colocado pelo
Senhor.” – Idem, pág.142.
“Um ministro folgazão
no púlpito, ou o que se está
esforçando ao máximo para
granjear louvor, é espetáculo
que crucifica novamente o
Filho de Deus e O
envergonha abertamente.” –
Idem, pás.146-147.
“O ministro ocupa, em
face do povo, o lugar de
porta-voz de Deus, e tem de
representar o Senhor em
pensamento, palavra e ação.”
– Obreiros Evangélicos,
pág.20.

NOTA: Há pregadores que


pensam que para grangear a
simpatia de seus ouvintes,
devem baixar o seu
palavreado ao nível de um
campo de futebol.

CAPÍTULO 6 – do livro
“Oratória Sacra”

80
O Ministro e sua Relação Para com os
Anciãos Locais
HOWARD JENNINGS
Ancião de Igreja – Longview, Califórnia – USA

A estabilidade que nossa organização adquiriu através dos anos provém, em grande parte, da alta
qualidade de líderes que Deus tem escolhido para dirigir Sua Igreja.

É essencial manter fortes pessoal com um ancião, pode amparar o tentado oficial da
líderes e apresento essas trazer à luz alguma prova ou igreja.
considerações com a problema particular na vida A dificuldade pode
esperança de melhorar a do ancião, que nunca seriam começar por condescender
relação entre o pastor local e conhecidos doutra maneira. com demasiado freqüentes
os anciãos. Verdadeiramente, os excursões à praia em dia de
Hoje, revendo meus anos homens que mais estimo na Sábado, por assistir a maus
de serviço como ancião local, Terra são os obreiros programas de televisão, ou
é me difícil lembrar de ordenados de nossa por qualquer dos numerosos
alguma visita especificamente Associação. Esta declaração indícios de que está
pastoral que me tenha sido é feita em vista das muitas irrompendo alguma luta ou
feita em meu lar, por um oportunidades que o ancião fraqueza na vida do ancião.
ministro. A visita do pastor, tem no trabalho da igreja, A visita oportuna do
via de regra, é feita para para conhecer as deficiências ministro, no entanto, pode
manter o complicado e fragilidades humanas de seu produzir lágrimas de profunda
mecanismo do programa da pastor. contrição antes que a
igreja em movimento, e, se Para compreender melhor manifesta queda em pecado
bem que involuntariamente, o a importância do atento ocasione causticantes lá-
contato de coração a coração cuidado pessoal que o pastor grimas de remorso.
do ministro (como o pastor) deve manifestar para com O próprio ministro tem
com o ancião local (como a seus anciãos, lembro-me da algo em comum com os seus
ovelha-guia do rebanho) é ocasião em que a vida ancião, considerando-se o
muitas vezes passado por alto. espiritual de um ancião se esforço adicional que nosso
Os anciãos locais desintegrou, e de como os inimigo comum exerce para
provavelmente deveriam pormenores do caso frustrar a espiritualidade do
sentir-se elogiados por essa espalharam-se desenfreada- homem escolhido para esta
manifestação de confiança, mente pela comunidade, posição e responsabilidade.
pois a impressão do ministro trazendo opróbrio para a O ministro conhece, por
talvez seja de que somos nossa fé. Estas são coisas em experiência própria, a grande
capazes de desenvolver nossa que raramente gostamos de vigilância necessária em sua
própria resistência espiritual pensar, preferindo olhar para vida consagrada, para não ser
para enfrentar as vicissitudes o progresso na recolta ou contaminado pelo mundo. Os
da vida humana. outras vitórias que a Igreja anjos também o sabem e têm
Deve-se levar em conta, está obtendo. Mas permanece de passar por grande angústia
no entanto, que há ocasiões o fato de que enquanto o mal quando o tentador ataca a
em que algum ancião pode durar neste mundo, ele de vida de um dos líderes de
Ter uma angustiosa quando em quando penetrará Deus. Em tais ocasiões,
experiência para vencer o no lugar sagrado de nossa mesmo os seres celestiais são
pecado, e é nessa hora que os organização. Faz parte do incapazes de ajudar, e o
vigorosos braços do trabalho do ministro descobrir ministro é o único ins-
ministério ungido podem o início dessa desagregação trumento que Deus pode usar
prestar ajuda. espiritual na vida de um para evitar uma terrível
Um período de oração ancião e com piedosos braços calamidade na direção de Sua
81
Igreja. ocorrido há muitos anos, anciãos!
Durante meus anos de quando um obreiro na causa Muitas vezes o ancião
liderança, suportei profundo de Deus pôs os braços em local é um atarefado
pesar quando dois oficiais, em volta de meus ombros de profissional, sendo ele mesmo
ocasiões distintas, incorreram jovem e perguntou como iam um líder, e o ministro pode
em deslizes morais. Estes as coisas comigo. Então nos sentir hesitação em vencer a
prezados irmãos eram ajoelhamos em oração e ele barreira de prestígio e
aparentemente firmes em suas pediu a Deus que me ajudasse dignidade – provavelmente
responsabilidades; então o a ser fiel. Esse evento me é uma recepcionista ou
horror da ignomínia os tão vívido que mesmo após secretária – a alcançar o
envolveu a eles e a nossa quase quarenta anos eu seria coração desse ancião.
igreja. Como nosso coração capaz de achar o lugar exato Falando por experiência
se enche de afeição por esses no campo de vinte acres em pessoal, decobri que qualquer
irmãos caídos! que isto ocorreu. Recordo-me cristão merecedor do cargo de
Reconhecemos que não tão bem, porque foi a única ancião apreciará os breves e
somente o ministro, mas vez em que sucedeu. Desde tranqüilos momentos em que
também cada oficial, tem a então, em meus muitos anos se está inclinado em oração
responsabilidade de inteirar de atividades com a igreja, com o pastor, quer seja num
nossos colegas de nossas tem havido centenas de escritório ou loja, quer seja ao
orações por eles. Deveríamos diagramas, alvos, reuniões de lado de um trator parado no
Ter demonstrado mais comissões, mas nunca mais campo.
fraternidade cristã, o que houve esses breves e calmos Desde o início de nossa
provavelmente teria evitado momentos de oração organização adventista tem-se
tal desgraça. particular, com a mão do feito menção de um
ministro sobre os meus “reavivamento”entre nosso
Ovelhas-guias, em boas ombros. povo. Outras expressões
condições, são essenciais ao Nos Países da América familiares são “o
pastor. Latina o abraço familiar é um derramamento do Espírito
costume nacional, quase tão Santo”, “o alto clamor”, “a
De fato, é estando unidos popular como o aperto de chuva serôdia” e “os tempos
no aprisco do Mestre que nos mão, principalmente entre de refrigério”.
encontramos em segurança. nossos irmãos. Lembro-me O ponto de partida para
Nosso Mestre e Pastor declara bem de como um adventista estas experiências ocorreram
que conhece Suas ovelhas. do sétimo dia em Chiapas, no entre nós será o amor que
Assim também o ministério México, ficou com os temos uns pelos outros.
pastoral do pastor da igreja sentimentos feridos quando Amparado pelo pastor, o
deve consistir em conhecer e eu, sem saber, deixei de ancião da igreja, por sua vez,
examinar freqüentemente a confirmar nossa apresentação amparará os outros irmãos em
ovelha-guia de seu rebanho. por não abraçá-lo e dizer Cristo, até que um vínculo de
Quando Jesus disse: “Hermano” (“irmão”). Então, vigorosa afeição fraternal, um
“Apascenta as minhas por um sinal de outro irmão, verdadeiro “reavivamento”,
ovelhas”, Ele Se dirigia aos estreitei o homem, e houve levar-nos-á a todos para o
pastores de igreja também. realmente lágrimas de afeição reino dos céus.
No ambiente pastoril a cabeça fraternal em seus olhos.
abatida ou o pé defeituoso A profunda afeição
duma ovelha-guia são fraternal será uma das poucas
imediatamente examinados a coisas quase reais que
fim de evitar a perda de um levaremos conosco ao reino.
simples membro do rebanho. Como sucede com outros
Ovelhas-guias em boas frutos do espírito, ela, porém,
condições são essenciais ao não pode ser adquirida num
pastor. momento. Se é necessário
Talvez o momento mais que esta afeição exista entre
animado de minha todos os membros, quanto
experiência cristã tenha mais entre o pastor e aos
82
O Comportamento na Casa de Deus
ELLEN G. WHITE

Nada do que é sagrado, nada do que está ligado ao culto divino, deve ser tratado com negligência ou
indiferença.

Para a alma crente e tempo, lugar e maneira do adoradores.


humilde, a casa de Deus na culto. Se faltam alguns minutos
Terra é como que a porta do Nada do que é sagrado, para o começo do culto, os
Céu. Os cânticos de louvor, a nada do que está ligado ao crentes devem entregar-se à
oração, a palavra ministrada culto divino, deve ser tratado devoção e meditação
pelos embaixadores do com negligência ou silenciosa, elevando a alma
Senhor, são os meios que indiferença. Para que os em oração a Deus para que o
Deus proveu para preparar um homens possam culto se torne para eles uma
povo para a assembléia lá do verdadeiramente glorificar a bênção especial, operando a
alto, para aquela reunião Deus, importa que em sua convicção e conversão em
sublime `aqual coisa nenhuma associação de idéias façam outras almas. Devem
que contamine poderá ser distinção entre o que é lembrar-se de que estão
admitida. sagrado e o que é profano. presentes ali mensageiros do
Da santidade atribuída ao Os que têm idéias Céu. Perdemos geralmente
santuário terrestre, os cristãos amplas, nobres pensamentos e muita da suave comunhão
devem aprender como aspirações, são os que têm com Deus pela nossa falta de
considerar o lugar onde o associações que fortalecam quietude e por não nos
Senhor Se propõe encontrar- todos os pensamentos sobre darmos à reflexão e oração.
Se com Seu povo. Houve as coisas divinas. Felizes os O estado espiritual da lama
uma grande mudança não que possuem um santuário, necessita muitas vezes ser
para melhor, mas para pior, luxuoso ou modesto, seja no passado em revista, e o
nos hábitos e costumes do meio de uma cidade ou entre espírito e coração serem
povo com relação ao culto as cavernas das montanhas, elevados ao Sol da Justiça.
religioso. As coisas sagradas no humilde aposento Se os crentes, ao
e preciosas, destinadas a particular ou nalgum deserto. entrarem na casa de oração,
prender-nos a Deus, estão Se for esse o melhor lugar que fizessem-no com a devida
quase rebaixadas ao nível das lhes é dado arranjar para esse reverência, lembrando-se de
coisas comuns. fim, Deus o santificará pela que se acham ali na presença
A reverência que o povo Sua presença e será santidade do Senhor, seu silêncio
antigamente revelava para ao Senhor dos Exércitos! redundaria num testemunho
com o santuário onde se Quando os crentes eloqüente. Os cochicos, risos
encontrava com Deus, em penetram na casa de culto, e conversas, que se poderiam
culto santo, quase deixou de devem guardar a devida admitir em qualquer outro
existir completamente. compostura e tomar lugar, não deveriam ser
Entretanto, Deus mesmo deu silenciosamente seu lugar. Se sancionados na casa em que
as instruções para Seu Culto, houver na sala uma estufa, Deus é adorado. Cumpre
elevando-o acima de tudo não convém agrupar-se em preparar o espírito para ouvir
quanto é terreno. torno dela em atitude a Palavra de Deus, a fim de
A casa é o santuário da indolente e de abandono. que esta possa exercer
família; e o aposento ou a Conversas vulgares, impressão e influir sobre a
floresta o lugar mais cochichos e risos não devem alma.
recôndito para o culto ser permitidos na casa de O ministro deve entrar na
individual; mas a igreja é o culto, nem antes nem depois casa de oração com
santuário da congregação. do serviço. Uma ardente e compostura digna e solene.
Devem existir aí profunda piedade deve Chegando ao púlpito, deve
regulamentos quanto ao caracterizar todos os inclinar-se em silênciosa
83
oração e pedir fervorosamente Deus que vos está falando por depositários de uma verdade
a assistência de Deus. Que meio do Seu servo. Escutai sagrada, probante e
impressão não fará isto! A com atenção. Não dormiteis santificadora; e se nossos
solenidade apoderar-se-á de nessa hora; porque assim hábitos e práticas não se
toda a congregação. Seu fazendo é possível coadunarem com a mesma,
ministro ali está escaparem-vos nesse pecamos contra uma grande
comunicando-se com Deus, momento justamente as luz e nossa culpa será
encomendando-se a Ele antes palavras que mais necessitais correspondente. ...
de ousar apresentar-se diante ouvir – palavras que, É um fato deplorável que
dela. Uma profunda atendidas, vos livrariam de a reverência pela casa de
solenidade invade tudo e a enveredar por algum caminho Deus esteja quase extinta. As
todos, e os anjos de Deus são errado. Satanás e seus anjos coisas e lugares sagrados já
trazidos para bem perto. estão ativos, criando uma não se discernem; as coisas
espécie de paralisia dos santas e elevadas não são
Todo o serviço deve ser sentidos, de modo a não apreciadas. ... Não conviria
efetuado com solenidade e serem ouvidas as lermos as instruções que Deus
reverência, como se fora admoestações, advertências e mesmo Se dignou dar aos
feito na presença pessoal de repreensões ou, se ouvidas, antigos hebreus para que nós,
Deus mesmo. não terem efeito sobre o que temos a verdade gloriosa
coração, transformando a irradiando sobre nós, os
Cada um dos con- vida. ... imitemos em sua reverência
gregados deve, de cabeça Ao ser pronunciada a para com a casa de Deus?
inclinada, associar-se ao bênção, todos devem Temos motivos de sobra para
pregador em silênciosa oração conservar-se quietos, como alimentar espírito de fervor e
e suplicar a Deus que abençoe temendo ficar privados da paz devoção no culto divino.
a reunião pela Sua presença, de Cristo. Saiam todos sem Temos mesmo motivos para
imprimindo virtude à palavra se atropelar e evitando falar ser mais ponderados e
ministrada por lábios em voz alta, portando-se reverentes em nosso culto do
humanos. como na presença de Deus e que os judeus. Mas um
Ao ser aberta a reunião lembrando-se de que Seus inimigo tem estado a
com oração, cada qual deve olhos repousam sobre todos. trabalhar, a fim de destruir a
ajoelhar-se na presença do Ninguém deve deter-se nos nossa fé na santidade do culto
Altíssimo e elevar o coração a corredores para encontros e cristão.
Deus em silenciosa devoção. tagarelice, impedindo a A casa dedicada a Deus
As orações dos fiéis serão passagem aos outros que não deveria servir ao mesmo
ouvidas e o ministério da buscam a saída. Os arredores tempo para negócios. ...
palavra provar-se-á eficaz. A emediatos da casa de oração Muitos dos que professam ser
atitude indiferente dos crentes devem caracterizar-se por filhos do celeste Rei não
na casa de Deus é um dos uma grave solenidade, apreciam devidamente a
grandes motivos por que o evitando os crentes o fazer santidade das coisas eternas.
ministério não acusa maiores deles lugar de encontro com Quase todos precisam ser
resultados. os amigos, a fim de trocarem ensinados a como se portar na
Todo serviço deve ser frases banais ou tratarem de casa de oração. Os pais
efetuado com solenidade e negócios. Tais coisas não devem não só ensinar, como
reverência, como se fora feito convêm na casa de Deus. exortar os filhos a entrarem
na presença pessoal de Deus Deus e os anjos têm sido no santuário divino com
mesmo. A melodia do canto, desonrados pela maneira seriedade e reverência.
derramendo-se dos corações irreverente com que os
num tom de voz claro e crentes se portam nalguma A menos que aos crentes
distinto, representa um dos igrejas. ... sejam inculcadas idéias
instrumentos divinos na Nossos atuais hábitos e preciosas acerca do culto
conversão de almas. costumes que desonram a verdadeiro e da verdadeira
Quando a Palavra é Deus e tornam banais as reverência para com Deus,
exposta, deveis lembrar-vos, coisas divinas, são-nos prevalecerá entre eles a
irmãos, de que é a voz de contrários. Nós somos
84
tendência para nivelar o porém, esmerarem-se no Verdade, serão uma ofensa a
sagrado ao comum. adorno exterior que é Deus e uma lástima para a
impróprio da casa de Deus. religião. Com suas idéias
O sentimento moral dos Cumpre evitar toda destituídas de cultivo, jamais
que adoram a Deus no Seu ostentação em matéria de poderão apreciar um Céu puro
santuário tem de ser elevado, roupa, que somente serviria e santo, e ser preparadas para
apurado e santificado. Eis o de acoroçoar a irreverência. se associarem aos adoradores
que tem sido deploravelmente Não raro a atenção das de Deus nas cortes celestiais,
negligenciado. É assunto que pessoas é dirigida sobre essa onde tudo é pureza e
foi votado ao desprezo e o ou aquela peça de roupa e perfeição, e onde cada
resultado disto é a desordem e deste modo são sugeridos criatura é dominada de
irreverência que passaram a pensamentos que não devem profunda reverência para com
imperar e Deus é desonrado. Ter lugar no coração dos Deus e Sua santidade.
... adoradores. Deus é Quem - T.S., Ed. Mundial, Vol. II,
Sinto-me muitas vezes deve ser objeto exclusivo de págs.193-203.
penalizada quando entro na nossos pensamentos e
casa em que Deus é adorado e adoração. Qualquer coisa
noto ali homens e mulheres tendente a desviar o espírito
em trajes desordenados. Se o de seu culto solene e sagrado,
coração e o caráter se constitui uma ofensa a Ele. A
revelassem pelo exterior, nada exibição de enfeites, como
de divino deveria haver laços, fitas e penachos, bem
nessas pessoas. Não têm como ouro ou prata, é uma
exata compreensão da ordem, espécie de idolatria que não
da decência e do decoro que deve estar associada ao culto
Deus exige dos que se sagrado de Deus, onde os
chegam à Sua presença a fim olhos de cada adorador só
de adorá-Lo. Que impressões devem Ter em vistas a Sua
essas coisas hão de fazer glória. Deve-se cuidar
sobre os incrédulos e a estritamente de toda a questão
mocidade que tem fácil do vestuário, seguindo à risca
discernimento e está pronta a as prescrições bíblicas; a
tirar de tudo suas conclusões? moda é uma deusa que impera
No entender de muitos no mundo, e não raro se
não há maior santidade na insinua também na igreja. ...
casa de Deus do que em Que ninguém desonre a casa
qualquer outro sítio dos mais de Deus com enfeites
comuns. ... Uma reforma ostensivos. Deus e os anjos
radical a esse respeito se faz estão ali presentes. ...
mister em todas as nossas Quando uma igreja for
igrejas. Os próprios ministros suscitada e deixzada na
precisam Ter idéias mais ignorância destes pontos, o
elevadas e revelar maior ministro negligenciou seu
sensibilidade neste sentido. É dever, e terá de dar conta a
um aspecto da Obra que tem Deus das impressões que
sido muito negligenciado. destarte deixou prevalecer.
Por causa de sua falta de A menos que aos crentes
verdadeiro espírito de sejam inculcadas idéias
devoção, Deus muitas vezes precisas acerca do culto
tem afastado Seu rosto dos verdadeiro e da verdadeira
que se achavam reunidos para reverência para com Deus,
o culto. prevalecerá entre eles a
Todos deveriam ser tendência para nivelar o
ensinados a trajar-se com sagrado ao comum. Tais
asseio e decência, sem, pessoas, professando a
85
Confiança Entre Os Irmãos
ROBERT H. PIERSON
Ex- Presidente da Associação Geral

“Não abandoneis, portanto, a vossa confiança.”


- Hebreus 10:35

“- Que abençoada pesares e da luta contra a provieram para a Causa.


experiência estar de novo com amargura que este oprimido Fiquei grato pelo que o
os obreiros de Deus, após homem de Deus Espírito de Deus fez por estes
haver ficado separado todos experimentou por trinta anos! dois desafetos membros, nas
estes desolados anos!” Tudo porque a confiança foi duas semanas de reuniões de
Quem assim falava era desfeita! reavivamento. Com lágrimas
um homem de idade “Satanás ... sabe que deslizando pelas faces,
avançada, sentado do outro se puder pôr irmão a vigiar abraçaram-se e as velhas
lado em que eu estava, à mesa irmão, na igreja e no barreiras desapareceram.
de um hotel. ministério, muitos ficarão tão Que experiência
Assistíamos à desanimados e abençoada adveio para toda a
assembléia de uma União- desencorajados que deixarão igreja quando se restabeleceu
Associação. Após haver seu posto de dever.” – a confiança!
passado aproximadamente Testemunhos para Ministros, Recentemente, estava
trinta anos distanciado de seus pág.189. lendo o jornal diário de
irmãos, este antigo líder em Como é lamentável Salisbury, the Rhodesia
Israel finalmente voltara para quando os homens ficam com Herald. Numa de suas
o povo de Deus. Durante os o coração magoado e o páginas internas, em títulos
dias em que estivemos juntos espírito oprimido pela pequenos, encontrei estas
e oramos, repetidas vezes indelicadeza e falta de palavras: “CONFIANÇA É
expressou a grande alegria confiança até isso os obrigar a A NOSSA NECESSIDADE”.
que lhe enchia o coração por sair da Obra, e, às vezes, da Eram palavras dirigidas ao
se reunir novamente com “os Igreja! Quanto necessitamos Rotary Club de Salisbury pelo
irmãos”. de confiança entre os irmãos primeiro ministro da Rodésia
Este recém-conhecido nas nossas fileiras de Do Sul, Sir Edgar Whitehead.
meu suportara pesadas obreiros! Estas palavras apareceram
responsabilidades na causa de Algum tempo atrás, distintamente perante mim.
Deus. Fora presidente de uma dirigi uma série de reuniões “CONFIANÇA É A NOSSA
de nossas maiores uniões- de reavivemento numa de NOCESSIDADE”. São
missões. Então surgiram os nossas igrejas. Trinta anos palavras que constituem uma
mal-entendidos. Lançaram-se antes, dois irmãos daquela mensagem desafiante para os
calúnias sobre a sua liderança. igreja perderam a confiança obreiros na causa de Deus,
A confiança foi quebrada e o um no outro. hoje em dia. Devido à
oprimido líder não mais pode Durante estes longos urgêncis da hora, devido à
suportar as responsabilidades. anos, raramente haviam-se iminente aparição do mestre,
Apartou-se. Seus lábios não falado. Perante os mútuos devido ao repto da tarefa
me revelaram estes detalhes. conhecidos, faziam uma inacabada, não há nada que
Ele estava por demais feliz na invectiva crítica dum contra o nós, como obreiros, mais
restabelecida amizade com outro. Era uma coisa terrível! necessitemos do que a
“os irmãos”. Outros amigos Dividia os membros da igreja. confiança em Deus e uns nos
compuseram a história para A atitude dos irmãos outros.
mim, entre as reuniões. litigiantes refletia-se em duas Quando lia a
Quem poderá saber facções que se desenvolveram afirmação de Sir Edgar, estas
das solitárias horas, dos na igreja. Males sem conta palavras do apóstolo Paulo
86
reluziram-me na mente: Todo o obreiro entre merecer. CONFIANÇA
“NÃO ABANDONEIS, nós se interessa em ser um GERA CONFIANÇA. Ela é
PORTANTO A VOSSA trabalhador de êxito. uma qualidade tão prodigiosa
CONFIANÇA”. (Heb.10:35). Anelamos e oramos por poder como o amor.
Isto ele aconselhou aos no ministério. Diariamente Quanto mais a
hebreus de seu tempo e aos rogamos a Deus que nos use manifestarmos aos que nos
obreiros adventistas do na expansão e terminação de rodeiam, tanto mais
presente. Sua Obra, em nossa parte da aumentará e tornará para nós.
Vivemos em tempos vinha. A Mensageira do Há um colega na Obra, que
de ansiedades e agitação. É Senhor claramente delineia as suspeita de nós e de cuja
algo torturante e terrível condições para o êxito e o confiança aparentemente não
quando existe falta de poder na vida e no trabalho. desfrutamos? Confiamos nós
confiança entre os dirigentes Faríamos bem em ler nele? A confiança é uma rua
do mundo. Mais lamentável freqüentemente as palavras de duas vias e exige que dois
ainda é quando tais que se seguem: transitem por ela. Podemos,
sentimentos se insinuam entre “O êxito de nossa obra também, compara-lá a um
membros e obreiros na causa depende de nosso amor a assento de quatro pernas. Se
de Deus. O movimento Deus, e nosso amor aos uma delas é removida, o
adventista é um movimento semelhantes. Quando houver assento perde a estabilidade.
internacional. Ademais reúne ação harmoniosa entre os “Nutramos o espírito de
várias raças e diferentes tipos membros individuais da confiança em... nossos
de personalidades e índoles igreja, quando houver irmãos.” – Testemunhos Para
entre os povos representados. manifesto amor e confiança Ministros, pág.500.
É-nos muito de um irmão para com o
importante recordar que, outro, haverá proporcional
indiferentemente da bandeira força e poder em nossa obra,
ou raça que ostentamos, para a salvação dos homens.”
somos primeiramente – Testemunhos para
cristãos. Como seguidores do Ministros, pág.188.
Senhor Jesus Cristo, deve
haver confiança entre nós. QUE É CONFIANÇA?
Vivemos no mais A palavra confiança
crítico período da história do vem do infinito latino
mundo e da igreja, quando confidere, e, como tal,
contendas, tensões e significa Ter fé. Se
desconfianças de toda a confiamos nos bons préstimos
espécie predominam em de uma pessoa, se temos fé
nosso redor, creio que a em sua sinceridade, embora
mensagem de Deus para todos nem sempre concordemos
nós como obreiros é: “NÃO com seus pontos de vista e
ABANDONEIS, com a maneira em que faz as
PORTANTO, A VOSSA coisas, ainda podemos reter a
CONFIANÇA”. Não confiança nela. A confiança
devemos permitir que a não faz de alguém um
desconfiança ou a suspeita do carimbo de borracha. Torna-
mundo em volta de nós se o caritativo. Produz certeza e
insinuem em nossas fileiras. fé na sinceridade e nas
Não deve haver falta de intenções dos irmãos.
confiança, inquirição ou A confiança não é
impugnação de motivos e alguma coisa que podemos
falta de fé entre os que levam reclamar por direito. Mesmo
os vasos do Senhor nestes nossa posição na obra de
solenes tempos em que Deus pode exigi-la apenas
vivemos. condicionalmente. A
confiança é algo que devemos
87
Fechai Essa Porta!
E.E. CLEVELAND
Ex-Secretário da Associação Ministerial da Associação Geral

Cada pastor e ancião te, individualidade, em relação a este assunto, uma responsabilidade
que lhe foi dada por Deus.

Se as retiradas da igreja prosseguirem na atual proporção, dentro em breve haverá mais ex-
cristãos do que cristãos.

Servem-se os antigo: “FECHAI ESSA cuidar, supondo que


pecadores deste fato para pôr PORTA!” (A porta dos subsistiria bem. Não, os
em dúvida o poder de Deus. fundos, certamente.) “nascidos de novo” por si
“Cristo não é capaz de manter mesmos não se fixariam no
os que Lhe pertencem?” – A QUEM SE DEVE reino”. Qual pai que, tendo
indagam. A resposta é que CULPAR? este artigo, ousaria deixar seu
Ele é capaz. No entanto, Ele filho recém-nascido
confiou à Igreja a terrível É lamentável, porém descuidadamente, supondo
responsabilidade de associar- exato, que a maioria dos que “se for alguma coisa boa,
se neste divino empreendi- apóstatas abandona a Igreja subsistiria”?
mento. Cada pastor e ancião, depois de dez anos de Bem, então, a quem se
individualmente, tem, em haverem sido membros dela. deve culpar? Ao pastor? Ao
relação a este assunto, uma Que eles deixam a verdade, é ancião? Pesa-lhes a
responsabilidade que lhe foi em si um pensamento responsabilidade de manterem
dada por Deus. chocante. A quem se deve o que tem e, além disso, o que
A nós é enviada a culpar por esse estado de lhe é acrescentado. O melhor
ordem, com a força dos Dez coisas? pastor ou ancião admite suas
Mandamentos: “FECHAI O evangelista? Para faltas e anseia por melhores
ESSA PORTA! Obstruí as ser exato, ele está muito longe respostas. Eles não são super-
saídas! Detende a onda de de ser perfeito, e seria o homens, mas executariam
apostasia!” primeiro a admitir que se tudo o que suas obrigações
De geral preocupação conhecesse um método deles requerem. Em certos
à Igreja Cristã é o fato de nem melhor, adotá-lo-ía. setores há crescente
todos os seus adeptos serem Seria justo responsa- convicção de supor que eles
verdadeiros. Os que se apar- bilizar um homem pelas sejam capazes de realizar tudo
tam da fé são denominados almas, quando ele já se isto. Mas o que diríamos de
apóstatas, e na verdade o são. transferiu para novo campo, e alguém julgar-se “factotum”?
Perturbando a consciência do provavelmente se encontra a A resposta é simples: Um
ministro consciencioso, surge, centenas de quilômetros da líder que a tudo dirige
no entanto, a pergunta: cena? “Se são genuínos, sozinho deve ser um líder
“Como podia eu tê-los permanecerão”, é uma hábil quase sucumbido.
salvo?” E para aumentar sua filosofia, mas que de fato tem Alguns sugerem que
perplexidade já o fato de que pouca base. seja feita uma ampla
a proporção da apostasia não Por que os ministros distribuição entre outros
está diminuindo. Ao são aconselhados a membros leigos competentes.
contrário, está sendo “apascentar o rebanho Com isto a Bíblia e o Espírito
arrasadora. Sua incidência espiritual de Deus”? por que de Profecia estão de acordo.
ameaça toda a saúde da homens insistem em visitar e Qualquer estímulo que
Igreja. Este melancólico aconselhar os membros da transforme um homem
êxodo de pecadores e Igreja? A resposta é clara: mecanizado numa vitoriosa
desiludidos empresta Nenhum agricultor plantaria alma chamada por Deus é um
significado ao título deste uma roça e deixá-la-ía sem mistério. O pastor é um
88
evangelista; sua igreja um e o êxito dos apóstatas nós, que preservamos a vida,
centro evangelístico. A continua. devemos deixá-los viver.
conquista de almas deve
requerer sua primeira atenção. TORNAMO-NOS FECHANDO A
Deixar as outras coisas para ROTINEIROS? PORTA
os outros.
Mas a quem se deve Em parte a raiz destes A proporção de
atribuir a razão da apostasia? males está no fazer coisas apostasia da igreja não é coisa
À organização da Igreja? Por costumeiras de um modo que deva perdurar. Em
muitos anos o autor tem costumeiro. grande escala a apostasia não
lidado com administradores e O autor teve o é inevitável. O número de
ainda está por encontrar privilégio de ouvir, num defeitos dos membros pode
alguém que pretenda ser recente concílio evangelístico, ser reduzido. Mas como?
infalível. Infelizmente há um ministro que resolvera 1. O evangelista deve
imperfeições onde quer que a fazer do culto de Quarta-feira, integrar-se com o pastor no
mão do homem toque no algo excepcionalmente inte- programa evangelístico, pois
“arado do Evangelho”. Mas ressante. Seu semblante isto facilita a transição ao
além disso como promover e brilhava de júbilo enquanto deixar o evangelista o recinto.
dirigir uma operação no falava das centenas de almas 2. O pastor deve
mundo? que se reuniam para o culto guardar as almas junto à
semanal. Outro relatou como congregação com o mesmo
Os sermões cheios do transformara seu culto de zelo como se fosse o único
Espírito reflitam as velhas Domingo à noite de um “osso que as trouxera. Em
verdades sob um molde seco” para os membros, num Lincheburgo, Estado da
novo, lotarão outra vez os banquete para o público em Virgínia, onde um evangelista
bancos da igreja. O vírus geral. construíra uma nova igreja e
da conformidade ameaça a Durante certas partiu para outros campos, o
vida... campanhas alguns pastores pastor freqüentemente referia-
Os asfixiados mem- bombardeiam os crentes com se ao evangelista. Isto fez
bros anseiam por uma brisa uma saraivada de estímulos, com que granjeasse muita
de ar fresco. E nós, que restando pouco tempo para a simpatia da congregação.
preservamos a vida, de- pregação da cruz. Outros 3. Os novos conversos
vemos deixá-los viver. planejam nos bastidores e devem ser, com bastante tato,
executam através de comis- integrados no programa
A insistência no sões e das visitas aos lares, administrativo da Igreja.
cumprimento do dever não aliviando desta forma o culto Embora o dízimo e as ofertas
constitui infração da liber- de Sábado de fatigantes voluntárias sejam essenciais
dade; antes é um meio de pormenores. Não é este o ao desenvolvimento cristão, o
assegurá-la. Como, então, a melhor caminho? tempo e o tato devem
não ser por meio da A rotina gera a proporcionar atmosfera para o
organização administrativa, se apostasia. Não há alguém crescimento de outras
poderia pôr em ação as forças necessitado de uma música virtudes.
coercivas de todos os suave ou sermões refrige- 4. Visitas devem ser
membros? rantes? O púlpito não é lugar instituídas com o único
Espera-se dos admi- para coisas “sem sabor”. Os propósito de um contato
nistradores, com muita razão, sermões cheios do Espírito, sistemático com os neo-
exigirem, e dos promotores, que reflitam as velhas conversos.
inspirarem. Na implantação verdades sob um molde novo, Um converso de
metodológica do programa, lotarão outra vez os bancos da pouco disse-me como se
na ausência de uma desculpa, igreja. O vírus da confor- decepcionara depois do
culpariam o tempo. Uma vez midade ameaça a vida. O batismo quando cessaram as
que o ânimo passou, a culpa germe da vida está sendo constantes visitas pré-batis-
alastrou-se, a porta dos sufocado pela rotina. Os mais. Declarou que as
fundos permanece entreaberta asfixiados membros anseiam necessitava mais depois do
por uma brisa de ar fresco. E batismo que antes.
89
É este o nosso imediata e resoluta ação será
“calcanhar de Aquiles”. de proveito.
Fechai esta brecha, e UMA ALMA
estancar-se-á o fluxo de GANHA E DEPOIS
apóstatas. PERDIDA, É PIOR QUE
5. Alguma forma de UMA ALMA JAMAIS
responsabilidade especial GANHA.
deve ser atribuída aos recém- A apostasia não deve
conversos logo após o ser razão para esfriar o ardor
batismo. Alguns já daqueles que ganharam os
assumiram antecipadamente perdidos. É lógico que este
sua responsabilidade. Nada, não é tempo de parar os
provavelmente, prende mais a batismos porque alguns
atenção de um neófito do que abandonam. Antes, este fato
uma boa ocupação. É menos proporciona urgentemente um
provável um leigo ativo aumento de produtividade. E
apostatar. tampouco podemos aprovar a
6. Um ministro dirigia filosofia negativa: “Se
uma classe bíblica semanal salvamos somente o que
em sua igreja. Ele a realiza temos, seria igual ao total de
na Sexta-feira à noite. Para batismos num determinado
torná-la interessante, ano.”
preparava um variado O Tempo requer que
programa. Incluía testes, salvemos o que temos e
enigmas bíblicos, mísucas aumentemos os batismos.
especiais, prêmios pela Gostaria o irmão de pôr um
freqüência; e em cada noite cântico nos lábios dos anjos e
ensinava uma doutrina da levar alegria ao coração de
igreja. Isto não somente Deus?
firmava os novos na fé como ENTÃO, FECHAI A
também atraía visitantes. PORTA DA IGREJA À
7. Finalmente, nada APOSTASIA, E AS
mais pode fechar a porta da “ESTRELAS DA ALVA
apostasia do que um sermão JUNTAS CANTARÃO E
bíblico Cristocêntrico. TODOS OS FILHOS DE
Lembre-se de que um texto DEUS REJUBILAR-SE-
do sermão nada mais é do que ÃO”.
um caminho para Cristo.
Todos os sermões devem ser
baseados nEle. Qualquer
coisa a mais é um discurso.
O ministro deve estar
menos preocupado em
amoldar sua mensagem de
acordo com as mentes do que
revelar Cristo às massas.
Cristo é que atrairá. Fechar a
porta aos que pela fraqueza,
temor ou decepção vão
mergulhar no abismo, requer
o máximo de todos nós.
A lamentação não
beneficiará, nem a culpa
solucionará. Unicamente uma

90
A AVALIAÇÃO DIVINA DA
VERDADEIRA GRANDEZA
ROY ALLAN ANDERSON
Ex-Secretário Ministerial da Associação Geral

Que faz um Grande Homem?. .

Há muitos anos me sas coisas, e se o começardes, com cioso amor, e vos


foram-me colocados nas mãos levar-vos-á a uma profunda repreenderá por pequeninas
estes importantes parágrafos mortificação que fará com palavras e sentimentos, ou por
por um veterano líder dos que despreze a vós mesmos e desperdiçardes o vosso tempo
jovens, M.E. Kern, cuja fiel a todas as vossas boas obras. e dinheiro, com o que outros
liderança da juventude é “A outros se permitirá cristãos nunca parecem in-
conhecida em todo o mundo. fazer dinheiro, ou ser-lhes comodar-se.
Eu os incluo aqui deixado um legado, mas é “Assim, assentai no
devido à profunda influência bem provável que Deus vos vosso espírito que Deus é um
que eles exerceram sobre a conserve pobre, porque deseja Soberano infinito, e que tem o
minha própria vida. Com que tenhais algo muito melhor direito de fazer o que Lhe
clara compreensão, diz o que o ouro, a saber, uma apraz com o que Lhe per-
escritor: irremediável dependência tence. Pode ser que, em Seu
“Se é que Deus vos dEle, para que Ele possa Ter trato convosco, Ele não vos
chamou para serdes realmente o privilégio de dia a dia vos explique mil e uma coisas que
como Jesus, Ele vos atrairá suprir as necessidades, de um vos possam perturbar a razão;
para uma vida de crucifixão e tesouro invisível. mas se absolutamente vos
humildade, e sobre vós “Pode o Senhor renderdes para serdes escra-
colocará tais exigências de permitir que outros sejam vos do Seu amor, envolver-
obediência que não podereis honrados e postos em pri- vos-á em cioso amor e vos
seguir outras pessoas ou meiro lugar, e vos conserve concederá muitas bênçãos –
medir-vos pelos outros na obscuridade, porque deseja bênçãos que só vêm àqueles
cristãos; e de muitas maneiras produzir algum fruto esco- que estão no círculo mais
parecerá que Ele deixa outras lhido e fragrante para a Sua íntimo.
boas pessoas fizerem o que glória vindoura, que só pode “Decidi, então, para
não vos deixa fazer. ser produzido na sombra. sempre, que deveis tratar
“Outros cristãos e Pode Ele deixar que outros diretamente com o Espírito
ministros que parecem muito sejam grandes, mas conser- Santo e que Ele deve Ter o
religiosos e úteis poderão var-vos pequeno. Poderá privilégio de vos atar a língua,
empurrar-se, preparar o ca- deixar que outros façam um ligar as mãos ou fechar os
minho e elaborar esquemas trabalho para Ele e disso olhos, em maneiras que Ele
para levar avante os seus recebam crédito, mas vos fará não parece usar para com
planos, mas vós não o podeis trabalhar e labutar sem saber outros.
fazer; e se o tentardes fazer, quanto estais fazendo; e “Ora, quando estiver-
enfrentareis tal fracasso e então, para fazer-vos trabalhar des tão possuídos dos Deus
censura da parte do Senhor ainda mais, pode Ele deixar vivo que, no secreto de vosso
que vos tornarão profunda- que outros recebam o crédito coração, estejais satisfeitos e
mente arrependidos. pelo trabalho que fizestes, deleitados com essa peculiar,
“Outros poderão ufa- tornando assim vossa recom- particular e zelosa tutela e
nar-se de si mesmos, de suas pensa dez vezes maior quando direção do Espírito Santo
obras, de seus êxitos, mas o Jesus vier. sobre vossa vida, tereis
Espírito Santo não vos “O Espírito Santo porá encontrado o vestíbulo do
deixará realizar nenhuma des- sobre vós estrita vigilância, Céu.”
91
O supremo valor de
um homem é que ele aumenta
o valor de todo e qualquer
outro homem com quem entra
em contato. Isso foi
gloriosamente exemplificado
na vida de nosso Senhor. Ele
não usou nenhum poder por
vanglória. Não realizou ne-
nhum milagre para ajudar a si
mesmo; nenhum plano ela-
borou para melhorar Sua
posição. E nós devemos ser
semelhantes a Ele.
O homem verdadeira-
mentte grande nunca se eleva
acima dos homens que o
rodeiam, por puxar as vestes
dos que estão em posição
superior. Alegremente per-
manecerá sem ser notado, se
ao assim fazer puder ajudar
algum outro a Ter êxito.
Deus não nos chamará
a todos para servirmos numa
capacidade toda excelente.
Chamará alguns de nós para
uma vida de sacrifício e
obscuridade. E se esta é a
Sua vontade quanto a nós,
está bem.
- O Pastor Evangelista
– R.A. Anderson, págs.561-
563.

92
A Letra da Lei
Pr. ORLANDO G. DE PINHO

“Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.”


- Fil.4:5.

“Esta palavra – mo- quando sabe em que momento mesmo apóstolo responde
deração – tem interessantes deve afrouxar a justiça e esta pergeunta: ‘Perto está o
conotações, em diferentes introduzir a misericórdia.’” – Senhor’. Estamos esperando
versões do Novo Testamento. Para Ud. Que Quiere Ser a vinda de Jesus, e por isso
Um estudo sobre isto Dirigente, págs.67 e 68. deveríamos parecer-nos com
esclarece nossa interrogação. “Nem Paulo nem Ele tanto quanto fosse
Ronaldo Knox traduz: ‘Daí Jesus ensinaram que o pecado possível. Devemos estar
provas a todos de vossa não devia ser condenado ou prontos para nos
cortesia’. A versão New ignorado. Como dirigentes da encontrarmos com Ele.
English Bible dá-nos este belo Igreja, não devemos cometer “Outra razão – e muito
pensamento: ‘Que vossa erro sobre isto. A experiência especial para aqueles que com
magnanimidade se manifeste de Acã ilustra graficamente as freqüência têm a reputação e,
a todos.’ William Barclay, terríveis conseqüências de Ter provavelmente, em certas
professor de idioma do Novo pecado no acampamento. A ocasiões, até o destino eterno
Testamento, da Universidade Mensageira do Senhor requer de homens em suas mãos – é
de Glasgow, declara que esta que tratemos fielmente com o que nos foi confiado salvar as
palavra – moderação – é uma pecado, mesmo quando isto pessoas e não deprimi-las. Se
das mais difíceis de traduzir afete aos mais elevados seguirmos ao Mestre,
de todas as palavras gregas. homens de nossa Igreja. elevaremos os homens e não
E explica como os gregos “As circunstâncias, os pisotearemos.
mesmos empregavam o termo porém, variam. Há ocasiões “Devemos tratar
Epieikéia. Dizem que quando a justiça pode firmemente com o pecado, e
Epieikéia devia-se utilizar ocasionar mais ruína à Igreja isto por vezes produz dor e
naqueles casos quando a que o exercício de Epieikéia – cria animosidade. Não o
estrita justiça se faz injustiça gentileza. podemos evitar. É a única
devido a seu caráter geral. A “No que concerne à conduta que podemos seguir.
possibilidade de recorrermos justiça, não há nenhum só de Mas, em face de ser isto
ao Manual da Igreja ou ao nós que não mereça outra verdade, não deveríamos
Livro de Praxes coisa que não a condenação então buscar toda
Denominacionais, em busca de Deus, mas Deus vai mais oportunidade possível de
de conselho para resolver uma além da justiça. Paulo saber em que momento fechar
questão difícil, significa estabelece que o sinal que o livro de praxes e, junto com
muito para os administradores deve distinguir o cristão em Paulo e Jesus, exercer
e pastores. Mas Paulo, em sua relação pessoal com os Epieikéia – verdadeira
sua carta aos Filipenses, seus semelhantes, há de ser gentileza?
chama a atenção para certas que conheça quando insistir
exceções às praxes em geral. na justiça e quando nela não “Que Deus nos
‘que vossa magnanimidade se insistir, e que sempre se converta em homens
manifeste’. ‘Vossa gentileza lembre de que existe algo que magnânimos, em dirigentes
seja conhecida de todos os está por cima da justiça, e que capazes de ver as coisas
homens’, é o que lemos em faz o homem semelhante a através dos olhos dos
outra versão. Segundo Deus. demais. Podemos muito
Barclay: ‘Um homem possui “Por que nós, como bem ser amados por nossa
a qualidade Epieikéia quando dirigentes cristãos, devemos gentileza e misericórdia
sabe em que momento não manifestar esta atitude de como também ser
aplicar a letra estrita da Lei; gentileza e magnimidade? O respeitados por nosso
93
pujante dinamismo.” – Para
Ud. Que Quiere Ser Dirigente
– págs.68 e 69.

São muitos os casos


de pessoas, especialmente de
jovens, que estão fora da
Igreja porque não se soube
tratar com eles; na ocasião
própria faltou o espírito de
Epieikéia.
A única coisa que se
podia ver nesses jovens, ao
chegarem à Igreja, eram seus
defeitos. E muitos anciãos e
diáconos vendo-os e
observando seus “defeitos”,
sentiam revolta e “santa”
indignação, numa manifesta
demonstração de “zelo sem
entendimento” e completa
ausência de Epieikéia.
Há jovens que se
recordam desses momentos
com asco, e seu amor à Igreja
converteu-se em antipatia,
ficando em sua lembrança
apenas as figuras daqueles
que, à testa de cargos, não os
trataram como seus casos
mereciam, para que não os
perdêssemos.
Quem dará com disto
a Deus? Quem responderá
por essas almas que o excesso
de zelo levou para fora da
Igreja, para o mundo, para a
perdição completa?
“Porque vos digo que,
se a vossa justiça não exceder
a dos escribas e fariseus, de
modo nenhum entrareis no
reino dos Céus.” (S. Mateus
5:20).

- ADMINISTRAÇÃO
DA IGREJA, págs. 85 a 87.

94
Obreiros e Leigos Unidos
Quais São os Fins e Funções da Igreja?
Cristo fundou a igreja Cristã, sendo Ele mesmo o fundamento (I Cor.3:11).
Os apóstolos e outros membros seriam as pedras vivas (Efés.2:20; I Ped.2:5) com as quais se
levantaria todo o edifício.
Haveria uma interação e colaboração dinâmica e constante entre o elemento divino e o
humano, com o fim de cumprir conjuntamente os fins e as funções da Igreja.

1. Função Litúrgica: proclama o Evangelho A Igreja apostólica


A Igreja provê bênçãos mediante o evangelismo em também sabia qual era sua
mediante os cultos de todas as suas formas. (Atos prioridade, mas, diante da
adoração, principalmente o 1:8). multiplicidade de tarefas,
culto sabático, e mediante os 8. Função Social: A distraíram-se do primário para
ritos e cerimônias. (S. igreja provê um senso de atender o secundário. Porém,
Luc.4:16). irmandade, amizade e amor reagiram a tempo; rea-
2. Função Sanadora: cristão que une seus membros firmaram as prioridades e
A Igreja preocupa-se com a com laços especiais. (S. organizaram a Igreja para
saúde física, mental e Mat.23:8 e 9). atender todas as outras
espiritual de seus membros. Todas as funções são funções. “Não é razoável que
(S. Mat.4:23). importantes e devem ser nós abandonemos a Palavra
3. Função Pastoral: cumpridas com eficácia e de Deus para servir às mesas.
A Igreja provê atenção e persistência. ... Escolhei sete homens... e
assistência pastoral mediante Qual, entretanto, é a nós nos consagraremos à
a visitação, o aconselhamento função prioritária da Igreja? oração e ao ministério da
e outros meios, especialmente Palavra”. (Atos 6:2-4).
aos enfermos, aos que têm FUNÇÃO PRIORITÁRIA “À igreja primitiva
problemas espirituais e de DA IGREJA tinha sido confiada uma obra
muitos outros tipos. (Efé. 4:11 de constante ampliação –
e 12). É vital estabelecer estabelecer centros de luz e
4. Função de prioridades. É indispensável bençãos, onde quer que
Pregação: A Igreja prega o fazê-lo em empresas humanas existissem almas sinceras e
Evangelho nos diversos cultos e muito mais em relação com dispostas a se dedicarem ao
realizados no templo e às a obra da Igreja. Se as serviço de Cristo.” – Atos dos
vezes fora do templo. (II prioridades não são claras, Apóstolos, pág.90.
Tim.4:2). existe o perigo de se perder o Qual é a tarefa
5. Função Didática: sentido de missão e vagar sem prioritária da Igreja
A Igreja partilha ensinos para rumo nem meta, caindo em Adventista do Sétimo Dia? A
a edificação espiritual, moral, estagnação e retrocesso. resposta virá de três fontes:
missionária e também Cristo tinha e sabia
cultural, para crianças, jovens quais eram Suas prioridades.
e adultos. (S. Mat.28:20). Nada, ninguém, afastou-O de SEGUNDO A BÍBLIA:
6. Função Sua missão. “A minha
Filantrópica: A igreja comida consiste em fazer a Cristo, em forma clara
socorre os pobres entre seus vontade dAquele que Me e inequívoca, declarou qual
membros e presta auxílio a enviou, e realizar a Sua era a missão prioritária da
todos em caso de obra.” (Jo.4:34). “Porque o Igreja:
calamidades. (II Cor.8:1-4). Filho do homem veio buscar e “E disse-lhes: Ide por
7. Função salvar o perdido.” (S. todo o mundo e pregai o
Missionária: A Igreja Luc.19:10).
95
Evangelho a toda criatura.” vinha. O círculo deve ser “Houvesse o desígnio
(S. Mar.16;15). estendido até que rodeie o de Deus sido cumprido por
“E será pregado este mundo.” (Evangelismo, seu povo em dar ao mundo a
Evangelho do reino por todo pág.19). mensagem de misericórdia, e
o mundo, para testemunho a Cristo haveria, antes disto, de
todas as nações. Então virá o Ter vindo à Terra, e os santos
fim.” (S. Mat.24:14). SEGUNDO A seriam recebido as boas-
“Vi outro anjo voando ASSOCIAÇÃO GERAL vindas à cidade de Deus.” –
pelo meio do céu, tendo um Evangelismo, pág.694.
Evangelho eterno para Em um histórico “Sei que, se o povo de
pregar aos que se assentam documento intitulado “O Deus houvesse mantido viva
sobre a Terra, e a cada Evangelismo e a Terminação ligação com Ele, se Lhe
nação, e tribo, e língua e da Obra”, a direção da Igreja houvessem obedecido à
povo.” (Apoc.14:6). fixou em termos inequívocos Palavra, estariam hoje na
“Mas recebereis qual é a nossa missão Canaã celestial.” –
poder, ao descer sobre vós o prioritária: Evangelismo, pág.694.
Espírito Santo, e sereis “A corrente vital da “Se todo atalaia sobre
minhas testemunhas tanto em Igreja é o Evangelismo. Sem os muros de Sião houvesse
Jerusalém, como em toda a ele a Igreja não pode existir. dado à trombeta um sonido
Judéia e Samaria, e até aos A igreja foi organizada para certo, o mundo haveria antes
confins da Terra.” (Atos1:8). evangelizar e sua missão desta data ouvido a
peculiar é levar o Evangelho mensagem de advertência. A
ao mundo. Se permitirmos OBRA, PORÉM, ACHASE
SEGUNDO O ESPÍRITO que a primazia e a COM ATRASO DE ANOS.
DE PROFECIA centralidade do evangelismo Enquanto os homens
permeia cada ato da Igreja, dormiram, Satanás marchou
O Espírito de Profecia sempre manteremos as furtivamente sobre nós.” –
estabelece, sem lugar a prioridades onde Deus deseja Evangelismo, págs.694-695.
dúvidas, qual é a missão que estejam. Qualquer
prioritária da Igreja para este atividade dentro da Igreja COMO APRESSAR A
tempo: que ameace ou substitua o VINDA DE CRISTO?
“A obra evangelística, evangelismo, é certamente um
de abrir as Escrituras aos instrumento de Satanás, e é “Dando o Evangelho
outros, advertindo homens e ilegítimo.” ao mundo, está em nosso
mulheres daquilo que está poder apressar a volta de
para vir ao mundo, deve O Pastor Neal C. nosso Senhor (Evangelismo,
ocupar, mais e mais, o tempo Wilson, ex-presidente da pág.696). É privilégio de
dos servos de Deus.” Associação Geral, declarou: todo cristão não apenas
(Evangelismo, pág.17). “Devemos proclamar a esperar, mas apressar a vinda
“O Senhor determinou Mensagem dos Três Anjos de nosso Senhor Jesus Cristo.
que a proclamação desta com clareza e convicção. Se todos os que professam
mensagem fosse a maior e Todos os obreiros e todos os Seu nome estivessem levando
mais importante obra no membros da Igreja devem dar frutos para sua glória, quão
mundo, para o presente à trombeta um sonido claro e rapidamente todo o mundo
tempo.” (Evangelismo, distinto. Agora é o tempo seria semeado com a semente
pág.18). para unir-nos em amor, do Evangelho! Em pouco
“Por todas as partes a devoção e zelo, e levantar-nos tempo a última colheita seria
luz da Verdade deve brilhar... juntos para cumprir a missão realizada e Cristo viria para
Em todos os países e cidades que o Senhor nos confiou. juntar o precioso grão. “Ela
o Evangelho deve ser Agora é o tempo de terminar (a vinda do Senhor) não será
proclamado... esta obra a obra!” retardada para além do tempo
missionária do Evangelho em que a mensagem for
precisa manter-se atingindo e ATRASADOS levada a todas as nações,
anexando novos territórios, línguas e povos.” –
ampliando as porções da Evangelismo, pág.697.
96
escala, e essa é a razão homens. Foi organizada para
ONDE ESTÁ O ERRO? principal por que a Obra está servir e sua missão é levar o
atrasada e os avanços são Evangelho ao mundo. Desde
Não há dúvida de que extremamente pequenos. o princípio tem sido plano de
a Igreja prega o Evangelho. O Espírito de Profecia Deus que Sua Igreja reflita
Realizam-se grandes cam- previne clara e energicamente para o mundo Sua perfeição e
panhas evangelísticas, apre- contra tal erro: competência.” – Serviço
sentam-se programas de rádio “Não é o desígnio do Cristão, pág.15.
e televisão, produzem-se Senhor que se deixem aos “Alguém tem de
toneladas e toneladas de ministros a maior parte da cumprir a comissão de Cristo;
publicações, realiza-se obra obra de semear a semente da alguém tem que levar avante
filantrópica. Mas é evidente Verdade.” – Serviço Cristão, a obra que Ele começou na
que o progresso é lento. pág.67. Terra; e este privilégio foi
Ainda pior, em alguns lugares “O ministro não deve concedido à Igreja. Para este
do mundo não apenas não se sentir ser seu dever fazer fim foi ela organizada.” –
progride, como ainda se todas as pregações e todos os Idem, pág.14.
retrocede. Pareceria que trabalhos e todas as orações.” “Para sermos fiéis à
sabemos que é necessário – Serviço Cristão, pág.69. nossa herança e estarmos à
pregar o Evangelho, mas algo “Não somente sobre o altura de nossa tarefa atual,
funciona mal com a ministro ordenado repousa a nossa estratégia deve insistir
metodologia. Algo deve responsabilidade de sair a em que a evangelização se
mudar radicalmente para que cumprir esta missão.” – Idem, considere como a
a Mensagem seja proclamada pág.12. responsabilidade de toda a
com maior eficácia e muito “A disseminação da Igreja.” – Evangelismo, un
mais rapidez. Verdade de Deus não se Concepto, pág.43.
Procuremos descobrir limita a alguns poucos “O Evangelismo não é
onde está o erro. Roy Allan ministros ordenados.” – Idem, uma obra para uns poucos
Anderson disse: “Foi um pág.68. especialistas. Evangelismo é
golpe de mestre da estratégia “A idéia de que o a obra que Jesus designou a
de Satanás quando obteve ministro deve arcar com todos todos os Seus seguidos.” –
êxito em dividir a Igreja em os encargos e fazer todo o John Shuler, Public
dois grupos definidos: os trabalho, é grande erro.” – Evangelism, pág.15.
clérigos e os leigos. Essa Idem, pág.68. “O êxito no
divisão não existiu na igreja O Senhor Jesus jamais evangelismo depende não
apostólica.” – The Shepherd trabalhou sozinho. Estava tanto da habilidade de um
Evangelist, pág.66. constantemente acompanhado evangelista, mas da atividade
O erro tem consistido de discípulos, seguidores e conjunta da Igreja.” – John
em que a obra de evangelizar santas mulheres, que O W. Fowler.
e ganhar almas tem sido assistiam em Seu ministério e Jamais foi o propósito
considerada como dever e aos quais o Senhor ensinava. de Deus ou de Cristo que a
privilégio do pastor O pastor, trabalhando Obra fosse apenas dos
unicamente, sem integrar os sozinho, comete o mesmo ministros, mas sim da Igreja
leigos. erro que cometeria um em seu conjunto.
Esse é um velho general que deve combater
engano. Moisés o cometeu, um forte exército inimigo e “Alguém tem de
ao fazer sozinho o trabalho de sai a batalhar só, deixando cumprir a comissão de
organizar, dirigir e julgar o todo o regimento nos quartéis. Cristo; alguém tem que
povo de Deus. A Igreja levar avante a obra que Ele
primitiva o cometeu em A QUEM CORRESPONDE começou na Terra; e este
princípio, quando os A MISSÃO DE privilégio foi concedido à
apóstolos realizavam toda a EVANGELIZAR? Igreja.
obra pastoral, evangelística e Para este fim foi ela
beneficente. A Igreja “A Igreja é o organizada.”
Adventista do Sétimo Dia instrumento apontado por
tem-no cometido em larga Deus para a salvação dos
97
A VOCAÇÃO mas ela devia ser retirada por encontrou o Salvador, a
MISSIONÁRIA DOS mãos humanas. Assim queria samaritana levou outros a Ele.
LEIGOS Cristo mostrar que a ... Ela transmitiu
humanidade tem de cooperar imediatamente a luz a seus
A história bíblica com a divindade. O que o concidadãos. Essa nulher
ensina que Deus sempre poder humano pode fazer, o representa a operação de uma
buscou a participação do divino não é solicitado a fé prática em Cristo. Todo
homem nos grandes realizar. Deus não dispensa o verdadeiro discípulo nasce no
empreendimentos. Deus é auxílio humano. Fortalece-o, reino de Deus como um
Todo-poderoso e poderia cooperando com ele, ao missionário.” – O Desejado
fazer tudo sem a ajuda de servir-se das faculdades e de Todas as Nações,
quem quer que seja. aptidões que lhe foram págs.170-174.
Entretanto, envolve o homem dadas’. – O Desejado de Quando André
para ensinar-lhe que tem o Todas as Nações, pág.511. encontrou a Jesus, “achou
dever e o privilégio de Quando necessitados primeiro ao seu próprio
colaborar com Deus. “Os vinham a Jesus, encontravam irmão, Simão, a quem disse:
homens são instrumentos nas salvação e saíam convertidos Achamos o Messias, e o levou
mãos de Deus, por Ele em missionários. Depois de a Jesus”. (S. Jo.1:41,42).
empregados para cumprirem libertar os endemoninhados, Jesus, de imediato,
Seus propósitos de graça e Jesus lhes ordenou: “Volta acendia em Seus seguidores
misericórdia.” – Serviço para casa e conta aos teus uma forte vocação
Cristão, pág.11. tudo o que Deus fez por ti’. missionária. Primeiro
Deus pediu a Noé que (Luc.8:39). chamou os doze e a seguir
dedicasse 120 anos para “Os dois curados enviou-os a pregar. Depois
construir uma arca e possessos foram os primeiros escolheu setenta e também os
admoestar sua geração. missionários enviados por enviou a pregar.
Quando o povo de Israel Cristo a pregar o Evangelho Na Igreja primitiva
combatia contra Amaleque, na região de Decápolis. ... todos pregavam. Era uma
Moisés devia manter erguidas Não podiam ensinar o povo, igreja em ação. Estevão, um
as suas mãos. Na tomada de como os discípulos, que se leigo, era um pregador
Jericó, todo o povo teve de achavam diariamente com excepcional, de tal modo que
dar voltas ao redor da cidade. Cristo, estavam no caso de “não podiam sobrepor-se à
No caso de Ai, só uns poucos fazer. Apresentavam, porém, sabedoria e ao Espírito com
foram combater e foram em si mesmos o testemunho que ele falava”. (Atos 6:10).
derrotados. O Senhor ordenou de que Jesus era o Messias. Felipe, o evangelista e
a Josué: “Não temas, não te Podiam dizer o que sabiam; o instrutor bíblico do etíope, era
atemorizes: toma contigo toda que eles próprios tinham visto um leigo. Sem dúvida
a gente de guerra, e dispõe-te, e ouvido, e experimentado do alguma, no aposento alto o
sobre a Ai”. (Josué 8:1). poder de Cristo. É o que todo Espírito Santo investiu de
Quando Jesus aquele cujo coração foi poder aos apóstolos e aos
multiplicou os pães e os tocado pela graça de Deus é leigos. Era uma igreja com
peixes, foram os discípulos os dado fazer”. – O Desejado de vocação evangélica. A missão
encarregados de distribuir o Todas as Nações, pág.323. correspondia a todos e todos a
alimento. A samaritana teve com cumpriam com poder.
Na ressurreição de Jesus um encontro que mudou
Lázaro, Jesus ordenou que se sua vida e converteu-se “Todo o que haja
removesse a pedra e se imediatamente em uma recebido a Cristo é chamado
desatassem as faixas do fervorosa missionária. “A a trabalhar pela salvação de
ressuscitado. “Cristo podia mulher enchera-se de alegria seus semelhantes.” - Atos
Ter ordenado à pedra que se ao escurtar as palavras de dos Apóstolos, pág.110.
deslocasse por si mesma, e ela Cristo. ... Coração
Lhe teria obedecido a voz. transbordante de alegria, “Todo verdadeiro
Poderia Ter mandado aos apressou-se em ir comunicar a discípulo nasce no reino de
anjos que se Lhe achavam ao outros a preciosa luz que Deus como missionário.
lado, que fizessem isso. ... recebera. ... Assim que Aquele que bebe da água
98
viva, faz-se fonte de vida. O veis, o pastor deve fazer dever. Devem ensinar os
depositário torna-se doador. evangelismo e dedicar a membros a trabalhar na igreja
A graça de Cristo na alma é maior parte do tempo à e na comunidade.” –
como uma vertente no conquista de almas. Historical sketches, pág.291.
deserto.” – Serviço Cristão, Mas jamais deve olvidar “Ao ser feito um
pág.9. qual é a tarefa principal de um esforço para se apresentar
“Aquele que se torna um dirigente. “E Ele mesmo nossa fé aos incrédulos, os
filho de Deus deve, daí em concedeu uns para apóstolos, membros da igreja ficam
diante, considerar-se como outros para profetas, outros muitas vezes para trás, como
um elo na cadeia descida para para evangelistas, e outros se não fossem parte
salvar o mundo, um com para pastores e mestres, COM interessada, e deixam todo o
Cristo em Seu plano de VISTAS AO peso sobre os ministros.” –
misericórdia, indo com Ele a APERFEIÇOAMENTO DOS Obreiros Evangélicos,
buscar e salvar o perdido.” – SANTOS PARA O pág.196.
Ciência do Bom Viver, DESEMPENHO DE SEU “Mas muitos pastores
pág.105. SERVIÇO.” (Efés.4:11 e 12). falham em conseguir, ou em
“Todo o que haja Quer dizer que o dever não tentar, que todos os
recebido a Cristo é chamado a principal do pastor é preparar membros da igreja se
trabalhar pela salvação de seus membros para, juntos, empenhem ativamente nos
seus semelhantes.” – Atos dos realizarem a obra ministerial vários ramos da Obra. Se os
Apóstolos, pág.110. de apascentar o rebanho, pastores dessem mais atenção
“Os que se uniram ao pregar o Evangelho e ganhar a pôr e manter seu rebanho
Senhor em concerto de almas. ativamente ocupado na Obra,
serviço, acham-se sob haveriam de realizar mais
obrigação de a Ele se unir benefícios, Ter mais tempo
também na grande, sublime Na Igreja primitiva todos para estudar e fazer visitas
obra de salvar almas. – pregavam. Era uma igreja missionárias, e também evitar
Testemunhos Seletos, Vol. III, em ação... Sem dúvida muitas causas de atrito.” –
pág.82. alguma, no aposento alto o Obreiros Evangélicos,
“Salvar almas deve ser a Espírito Santo investiu de pág.198.
obra da vida de todos os que poder aos apóstolos e aos “Ensinem os ministros
professam a Cristo. Somos leigos. aos membros da igreja que, a
devedores ao mundo da graça fim de crescer em
que Deus nos concedeu, da “A melhor ajuda que espiritualidade, devem levar o
luz que tem brilhado sobre os ministros podem prestar fardo que o Senhor sobre eles
nós e da formosura e do poder aos membros de nossas pôs – o encargo de conduzir
que descobrimos na verdade.” igrejas, não é pregar-lhes almas à Verdade. Aqueles
– Testimonies, Vol. IV, sermões, mas planejar que não estão fazendo face a
pág.53. trabalho para eles. Daí a cada suas responsabilidades,
“Toda alma que Cristo um obra a fazer em bem de devem ser visitados, orando-
salvou, é chamada a atuar em outros. Ajudai todos em ver se e trabalhando-se com eles.
Seu nome pela salvação dos que, como participantes da Não leveis o povo a descansar
perdidos. Esta obra fora graça de Cristo, acham-se na em vós como ministros;
negligenciada em Israel. Não obrigação de trabalhar para ensinai-lhes antes que devem
é também hoje negligenciada Ele. Especialmente aqueles usar seus talentos em
pelos que professam ser que acabam de abraçar a fé, comunicar a Verdade aos que
seguidores de Cristo?” – devem ser educados de modo os rodeiam.” - Obreiros
Serviço Cristão, pág.69. a se tornarem coobreiros de Evangélicos, pág.200.
Deus.” - Serviço Cristão,
A RESPONSABILIDADE E pág.69. A Fórmula da
O PAPEL DO PASTOR “Os pastores não Vitória: Obreiros e Leigos
devem fazer a obra que Unidos
Não existe a menor pertence à igreja, cansando-se
dúvida de que entre suas eles mesmos e impedindo que “O ministro não deve
responsabilidades indiscutí- outros desempenhem seu sentir ser seu dever fazer
99
todas as pregações e todos os seus semelhantes. Os que
trabalhos e todas as orações; ocupam o lugar de líderes na 3. Recrutamento:
cabe-lhe preparar auxiliares, Igreja de Deus devem sentir O ideal é que cada
em todas as igrejas. Que que a missão do Salvador é membro da igreja colabore
pessoas diferentes se revezem dada a todos os que crerem no segundo o seu dom natural.
na direção das reuniões, e em Seu nome. Deus deseja Certo pastor praticava a
dar estudos bíblicos; assim enviar para Sua vinha a seguinte fórmula:
fazendo, estarão empregando muitos que não foram . 33% da irmandade:
os talentos que Deus lhes deu, consagrados ao ministério ajudar no evangelismo e na
e, ao mesmo tempo, pela imposição das mãos.” – conquista de almas.
recebendo o preparo para Atos dos Apóstolos, pág.110. . 33% da irmandade:
serem obreiros.” – Obreiros “O cristão deve unir- ajudar na consolidação.
Evangélicos, pág.197. se com o cristão, a igreja com . 33% da irmandade:
“Ao trabalhar em a igreja, o instrumento ajudar na administração.
lugares onde já se encontram humano deve cooperar com o Há três tipos de
alguns na fé, o ministro deve divino, e todo instrumento há recrutamento e podem ser
não tanto buscar a princípio de subordinar-se ao Espírito feitos em forma pública ou
converter os incrédulos, como Santo, e tudo deve combinar- pessoal:
exercitar os membros da se para dar ao mundo as boas a) Recrutamento
igreja para prestarem novas da graça de Deus.” – permanente para atividades
cooperação proveitosa. General Conference Bulletin, missionárias.
Trabalhe com eles 28-2-1983, pág.421. b) Recrutamento para
individualmente, tentando campanhas especiais.
despertá-los para buscarem COMO c) Recrutamento para
eles próprios experiência mais MOBILIZAR OS LEIGOS? os cargos administrativos,
profunda, e trabalharem por mediante nomeação.
outros.” – Obreiros 1. Planificação:
Evangélicos, pág.196. Apresentar aos leigos 4. Capacitação:
O pastor é como um planos bem traçados, Os leigos devem
general que recruta e prepara razoáveis e também receber instrução acerca de
o maior número de soldados. abrangentes. Melhor ainda se como realizar o trabalho
É como o maestro de uma os próprios leigos participam missionário. Em cada igreja
orquestra que ensina a cada da elaboração dos planos. deveria funcionar uma classe
um sua parte e depois dirige a Recordar que os planos permanente de capacitação
execução do concerto. O grandes e audazes provocam missionária dos leigos.
pastor de êxito é aquele capaz uma grande resposta; os Quando se empreende
de recrutar e pôr em ação a planos tímidos e pequenos uma grande campanha
maior quantidade de membros não entusiasmam ninguém. evangelística, é necessário
da igreja na evangelização e prover capacitação especial.
conquista de almas. 2.Comunicar Planos: Os instrutores podem
“Que os ministros e Os melhores planos ser:
membros leigos saiam para os que ninguém conhece jamais a) Diretor de
campos a amadurecer.” produziram resultados. Atividades Missionárias do
“A Obra de Deus nesta Convém apresentar os planos campo local.
Terra nunca poderá ser em forma entusiasta, b) Pastor da igreja.
terminada a não ser que os compreensível para todos e c)Leigos com ampla
homens e mulheres que permitir a sugestões dos experiência missionária.
constiuem a Igreja concorram leigos, acentando de bom Em distritos ou igrejas
ao trabalho e unam os seus grado as que forem oportunas. grandes, dificilmente o pastor
esforços aos dos ministros e Não se deve procurar poderá prover capacitação
oficiais da igreja.” – Obreiros impor os planos, pois a para todo os leigos. Deverá
Evangélicos, pág.352. resposta será mínima. Os limitar-se a capacitar
“Todo o que haja planos devem ser de todos. instrutores leigos, os que por
recebido a Cristo é chamado a Assim, todos se sentem sua vez capacitarão a outros
trabalhar pela salvação de envolvidos no programa. leigos. A capacitação deve
100
Ter um pouco de teoria e 70% de todos os batismos são Embora seja indis-
bastante de prática. atribuídos à atividade pensável o trabalho denodado
missionária dos leigos. Isso e unido de obreiros e leigos,
5. Materiais Para o quer dizer que a melhor jamais devemos nos esquecer
Trabalho Missionário: inversão que se pode fazer é que a VITÓRIA FINAL será
Os que as armas e prover fundos adequados para o resultado da obra do
munições são para um o evangelismo dos leigos e Espírito Santo agindo através
exército, são os materiais para para que tenham material bom de canais limpos e
os leigos. e farto. consagrados.
Um exército, por mais Os referidos fundos Jesus disse a Seus
numeroso e valente que seja, devem ser destinados pela desunidos discípulos: “Mas
se não tem armas e munições, Divisão, passando pelas recebereis poder, ao descer
está derrotado. uniões e campos locais. sobre vós o Espírito Santo, e
Igualmente os leigos, Assim também as igrejas sereis minhas testemunhas
por mais voluntários e devem separar uma boa tanto em Jerusalém, como em
capazes que sejam, se não têm quantia para evangelismo em toda a Judéia e Samaria, e até
materiais, são ineficientes. seus orçamentos. aos confins da Terra.” (Atos
Assim como o exército deve 1:8).
prover as armas e as 7. Supervisão e “O grande
munições, a igreja deve Ajuda: derramamento do Espírito de
prover aos leigos as munições Convém que o pastor e Deus, o qual ilumina a Terra
espirituais. os leigos mais capazes toda com a Sua glória, não há
Que seja um bom supervisionem o trabalho de Ter lugar enquanto não
material, adequado e realizado pelos leigos e tivermos um povo
abundante. É um contra- prestem ajuda quando esclarecido, que conheça por
senso esperar que os leigos necessário. experiência o que seja ser
contribuam com seu tempo cooperador de Deus. Quando
escasso, sua boa vontade, e 8. Reconhecimento e tivermos uma consagração
além disso, também tenham Crédito completa, de todo o coração,
que comprar os materiais. Quando chega o ao serviço de Cristo, Deus
A prática ensina que momento do triunfo, nunca se reconhecerá esse fato
isso anula qualquer plano. esquecer da parte que os mediante um derramamento,
Definitivamente, a igreja deve leigos desempenharam. sem medida, de Seu Espírito;
prover os materiais. Convém expressar mas isso não acontecerá
reconhecimento e dar enquanto a maior parte dos
Quando tivermos incentivos. membros da Igreja não forem
uma consagração completa, cooperadores de Deus.” –
de todo o coração, ao O TRIUNFO É Serviço Cristão, pág.253.
serviço de Cristo, Deus SEGURO “Quando colocarmos
reconhecerá esse fato me- nossos corações em unidade
diante um derramamento, “A Verdade há de em com Cristo e pusermos nossa
sem medida, de Seu breve triunfar gloriosamente, vida em harmonia com Sua
Espírito,; mas isso não e todos quantos agora Obra, o Espírito que desceu
acontecerá enquanto a escolhem ser cooperadores de sobre os discípulos no dia de
maior parte dos membros Deus, com ela triunfarão.” – Pentecostes descerá sobre
da Igreja não forem Evangelismo, pág.692. nós.” – Review And Herald,
cooperadores de Deus.” “O povo de Deus unir- 30 de junho de 1903.
- Serviço Cristão, se-à, apresentando frente Oswald J. Smith tem
pág.253. unida ao inimigo. ... Então, a as seguintes desafiadoras
Mensagem do Terceiro Anjo palavras:
6. Prover Fundos se avolumará num alto “Alguma geração
Para o Evangelismo dos clamor, e a terra inteira será haverá de completar a
Leigos: iluminada com a glória do evangelização do mundo. Por
Na Divisão Senhor.” – Evangelismo, que não a nossa? Por que
Interamericana, por volta de pág.693. deixar isso a outra? Se
101
queremos, podemos fazê-lo.” convertidos ainda e oferecer o
- Passion Por las Almas, lar para diversas atividades
pág.49. ganhadoras de almas, como:
Devemos orar e - Reuniões
trabalhar para que este Evangelizadoras
movimento de OBREIROS E - Estudos Bíblicos
LEIGOS EM AÇÃO seja tão - Seminários
poderoso que a Terra se encha - Filiais da Escola
“do conhecimento da glória Sabatina
do Senhor.” (Hab.2:14). Em vários lugares
dedica-se um dia da semana
MÉTODOS MAIS para as reuniões no lar, com
EFICAZES NA CON- ótimos resultados.
QUISTA DE ALMAS, 5. CARTEIROS
COM A AJUDA DOS LEI- MISSIONÁRIOS – Em
GOS. vários países, os carteiros
Na atualidade, os mé- missionários que levam as
todos mais eficazes para lições da Voz da Profecia ou
ganhar almas são: outros cursos, tornaram-se
1. CAMPANHAS uma ferramenta poderosa na
EVANGELÍSTICAS – conquista de milhares de
Podem ser campanhas no almas.
templo, em lugares novos ou 6. UNIDADES
ao ar livre. Os leigos têm-se EVANGELIZADORAS.
demonstrado excelentes pre- 7. SEMINÁRIOS –
gadores e muito bons Os seminários sobre o
organizadores. Apocalipse são um dos
2. ESTUDOS métodos mais eficazes na
BÍBLICOS – Nos lares, com conquista de almas.
uma família ou um grupo de 8. PROJETO
famílias. Os leigos são PIONEIRO – É um plano de
extraordinários como instruto- tremendo êxito na América do
res bíblicos. É necessário Sul. Consiste em que um
fornecer-lhes manuais de grupo de irmãos deixa sua
estudos bíblicos e, se igreja-mãe para formar uma
possível, transparências e ou- nova congregação em lugar
tros materiais audiovisuais. novo.
3. CLASSES 9. TESTEMUNHO
BATISMAIS – Em cada CRISTÃO – Ensinar os
igreja ou congregação devem irmãos a estarem prontos para
funcionar as classes batismais dar um curto testemunho de
para: menores, adolescentes, sua experiência cristã e da
jovens e adultos. Os Bíblia, em qualquer
instrutores dessas classes oportunidade que se
devem ser leigos dignos de apresentar.
todo respeito. 10. PUBLICAÇÕES –
4. O LAR: CENTRO O uso de nossas revistas
DE EVANGELIZAÇÃO E missionárias, como “Deci-
CONQUISTA DE ALMAS – são”, e a distribuição de
Existe um enorme movimento folhetos, sempre rendem uma
missionário que tende a abundante colheita de almas.
transformar os lares em
centros de evangelização. O
primeiro dever do lar é ganhar
os seus próprios membros não
102
A Música na Igreja
A música é um dos grandes dons que Deus concedeu ao homem, é um dos elementos mais
importantes num programa espiritual.

A música hoje, como FILOSOFIA essencial que o extraordinário


em todas as épocas, exerce ADVENTISTA DE poder da música deva ser
fascínio sobre todos, prin- MÚSICA considerado com clareza. Ela
cipalmente sobre a juventude. tem o poder de exaltar ou
Embora seja um Dom divino, VOTADO que se corromper. Pode ser usada a
Satanás tem-na pervertido a adotem os seguintes prin- serviço do bem ou do mal.
ponto de transformá-la em cípios para uma filosofia de “Tem poder para subjugar as
gritaria histérica. música da Igreja Adventista naturezas rudes e incultas; po-
Há uma inclinação nos do Sétimo Dia: der para suscitar pensamentos
arraiais adventistas para mo- A Igreja Adventista do e despertar simpatia, para pro-
dernizar a música sacra Sétimo Dia veio à existência mover a harmonia de ação e
dando-lhe conotação ou ritmo em cumprimento da profecia, banir a tristeza e os maus
semelhante às músicas secu- para ser instrumento de Deus pressentimentos, os quais des-
lares. É mister que sejamos na proclamação mundial das troem o ânimo e debilitam o
muito cuidadosos na relação boas novas da salvação me- esforço”. (Idem).
das músicas e hinos que são diante a fé no sacrifício ex- Aqueles, pois, que
apresentados no Templo de piatório do Filho de Deus e escolhem música para fins
Deus, com o objetivo de pela obediência aos Seus definidos em sua igreja, de-
louvá-Lo e prestar-Lhe culto. mandamentos no preparo para vem exercer um alto grau de
Por tal razão, a Mesa a volta do Senhor. a vida dos discernimento na escolha e no
Administrativa da USB to- que aceitam esta responsa- uso das músicas. No esforço
mou um voto, aceitando as bilidade deve ser tão cara- de atingir o ideal, necessita-se
recomendações oriundas dos ctrística e distinta como a mais do que sabedoria huma-
concílios ministeriais da ARG mensagem que proclamam. na. Recorrendo de novo à
e ASP, referentes ao assunto Isto exigfe entrega total de Revelação como guia, nela
em pauta, voto este que cada membro aos ideiais e encontramos os seguintes
certamente norteará os pas- objetivos da Igreja. Esta princípios gerais:
tores e oficiais da Igreja entregue relacionar-se-á com
quanto ao caráter da música a todas as esferas da vida A MÚSICA DEVE:
ser apresentada em nossos eclesiástica, e certamente in-
templos, principalmente nos fluenciará a música usada 1. Trazer glória a Deus
momentos de adoração ao pela Igreja no cumprimento e ajudar-nos na adoração acei-
Criador do Universo. de sua missão dada por Deus. tável a Ele.
Antes, porém, de A música é um dos “... ou façais outra
apresentarmos os CONSI- grandes dons que Deus coisa qualquer, fazei tudo
DERADOS e as RECO- concedeu ao homem, é um para a glória de Deus.” (I
MENDAÇÕES finais, será de dos elementos mais impor- Cor.10:13).
utilidade para todos o conhe- tantes num programa espi- 2. Enobrecer, elevar e
cimento da documentação ritual. É uma avenida de purificar os pensamentos do
pela Associação Geral da comunicação com Deus, e “é cristão.
IASD, no seu concílio outonal um dos meios mais eficazes “Finalmente, irmãos,
de 1972, intitulado “FILO- para impressionar o coração tudo o que é verdadeiro, tudo
SOFIA ADVENTISTA DE com as verdades espirituais.” o que é respeitável, tudo o
MÚSICA”. Trata-se de um (Educação, pág.167). que é justo, tudo o que é puro,
longo mas necessário e muito Relacionando-se, tudo o que é amável, tudo o
oportuno documento. como faz, com assuntos de que é de boa fama, se alguma
conseqüência eterna, é virtude há e se algum louvor
103
existe, seja isso o que ocupe o 7. Dar primazia à fim de obter conversões, mas
vosso pensamento.” (Fili- mensagem da letra, que não precisamos elevar o pecador
penses 4:8). deve ser sobrepujada pelos corrupto à norma da Lei de
“Fazia-se com que a instrumentos musicais que Deus.” (Evangelismo,
música servisse a um santo acompanham. pág.137).
propósito, a fim de erguer os “Como pode o coração 10. Ser apropriado
pensamentos àquilo que é (dos cantores do mundo) para a ocasião, e ao auditório
puro, nobre e edificante, e achar-se em harmonia com as a que se destina.
despertar na alma devoção e palavras do hino sacro?... “Os que fazem do
gratidão para com Deus. Que Não é o cantar forte que é cântico uma parte do culto
contraste entre o antigo cos- necessário, mas a entonação divino, devem escolher hinos
tume e os usos a que muitas clara, a pronúncia correta e a com música apropriada para a
vezes é a música hoje perfeita anunciação... seja o ocasião, não notas de funeral,
dedicada! Quantos empregam canto acompanhado por ins- porém, melodias alegres e
este Dom para exaltar o eu, trumentos de música habil- todavia solenes.” (Evange-
em vez de usá-lo para mente tocados.” (Obreiros lismo, pág.508).
glorificar a Deus.” (Pa- Evangélicos, págs. 357,358). Há muito de espiri-
triarcas e Profetas, pág.637). 8. Manter ponderado tualidade enlevante e reli-
3. Influenciar efe- equilíbrio dos elementos emo- giosamente válido na música
tivamente o cristão no de- cional, intelectual e espiritual. dos vários grupos culturais e
senvolvimento do caráter de “Exibição não é reli- étnicos.
Cristo, em sua vida e na de gião nem santificação. Coisa Entretanto, os gostos e
outros. (Manuscrito 57, alguma há mais ofensiva aos práticas musicais de todos
1906). olhos de Deus, do que uma devem conformar-se ao valor
4. Conter letra que exibição de música instru- universal do caráter seme-
esteja em harmonia com os mental, quanto os que nela lhante ao de Cristo e todos
ensinos escriturísticos da tomam parte não são con- devem lutar pela unidade no
Igreja. sagrados, não fazendo em seu espírito e propósito do Evan-
“O canto é um dos coração melodia para o gelho, que exige mais unidade
meios mais eficazes para Senhor... Não temos tempo do que uniformidade. Deve-
gravar a verdade espiritual no agora para gastar na busca de se tomar cuidado em evitar os
coração. Muitas vezes se tem coisas que agradam única- valores mundanos na música,
descerrado pelas palavras do mente os sentidos. É preciso aqueles que deixam de ex-
canto sagrado, as fontes do íntimo esquadrinhar do co- pressar os altos ideais da fé
arrependimento e da fé.” ração.” (Evangelismo, cristã.
(Evangelismo, pág.500). pág.510). Os princípios acima
5. Revelar uma 9. Jamais com- servirão de orientação eficaz
compatibilidade entre a men- prometer elevados princípios na escolha e uso da música
sagem transmitida por pala- de dignidade e superioridade nas necessidades várias da
vras e a música, evitando-se em esforços rasteiros para Igreja.
mistura do sagrado com o alcançar as pessoas descando Certas formas de
profano. até onde elas estão. música como o jazz, o rock e
6. Fugir a exibições “Quando os seres hu- outras formas híbridas seme-
teatrais e com ostentação. manos cantam com o espírito lhantes, são consideradas pela
“Nem um jota nem um e o entendimento, os músicos Igreja como incompatíveis
til de qualquer coisa teatral celestiais apanham a harmo- com esses princípios.
deve aparecer em nossa Obra. nia, e unem-se ao cântico de Pessoas responsáveis,
A causa de Deus deve ser ações de graças.” (Obreiros envolvidas nas atividades
molde sagrado e celestial. Evangélicos, pág.357). musicais da Igreja, quer como
Não permitais que haja qual- “Há pessoas que estão dirigentes ou executantes, não
quer coisa de natureza teatral, prontas a apresentar qualquer encontrarão dificuldade na
pois isto prejudicaria a san- coisa estranha que possam aplicação desses princípios
tidade da Obra.” (Evange- apresentar como surpresa ao em algumas áreas. Há outras
lismo, págs.137,138 e RH, povo... Nunca devemos áreas muito mais complexas,
30/11/1900). rebaixar o nível da Verdade a daí apresentarmos uma
104
análise mais pormenorizada estar em harmonia com os suscitando uma resposta dos
dos fatores envolvidos. sublimes ideais da adoração, ouvintes.
devem ser cuidadosamente . Ser executada e
escolhidos entre os melhores cantada por pessoas cuja vida
. e de acordo com a capacidade seja coerente com a
A MÚSICA NO CULTO e adestramento do executante. mensagem que apresentam.
DE ADORAÇÃO O instrumentalista . Ser um veículo de
responsável pelo profunda impressão da
A adoração de ser a acompanhamento do canto verdade bíblica que inspirará
atividade primordial e eterna congregacional tem uma uma positiva transformação
da humanidade. O mais grande e especial na vida.
elevado fim do homem é responsabilidade em sua . Ser apresentada de
glorificar a Deus. Ao vir o participação, seja em maneira cuidadosamente
adorador à Casa de Deus para prelúdios ou póslúdios, planejada e ordenada.
oferecer um sacrifício de ofertórios ou interlúdios para . Ser simples e
louvor, que o faça com a certas partes do culto ou melódica, apresentada sem o
melhor música possível. O acompanhamento de hinos. realce da exibição pessoal.
cuidadoso planejamento de Ele se acha numa posição . Dar primazia à
cada parte musical no culto é ideal para elevar o nível da pregação da Palavra, tanto no
essencial, de modo que a música no culto em sua igreja. vigor da apresentação, quanto
congregação seja levada a Se no culto houver solos na distribuição do tempo
participar e não apenas ser vocais ou música especial, destinado ao cântico.
mera espectadora. deve-se dar preferência aos . Manter um apelo
Os hinos cantados que se relacionem com textos equilibrado à natureza
neste culto devem ser bíblicos e a música deve estar emocional e intelectual, e não
dirigidos a Deus, realçado o bem de acordo com o alcance apenas encantar os sentidos.
louvor, e devem ser utilizados da voz do cantor e sua . Ser compreensível e
os grandes hinos de nossa capacidade e ser apresentada significativa, no conteúdo e
herança como Igreja. Devem ao Senhor sem exibição de no estilo, para a maior parte
conter melodias vigorosas, virtuosidade vocal. A do grupo típico do auditório.
fáceis de serem cantadas, com comunicação da mensagem
letra de valor poético. deve ser o objetivo supremo. A MÚSICA NO
O pastor deve Ter vivo EVANGELISMO JOVEM
interesse na melhoria da A MÚSICA NO
qualidade e fervor do canto EVANGELISMO No campo do
congregacional. “Raras vezes testemunho da juventude, tem
deve o cântico ser entoado A música empregada aplicação a maioria das
por uns poucos.” (Conselhos no evangelismo pode também sugestões já apresentadas.
Sobre Saúde, pág.481). A incluir a música evangélica, a Porém, há considerações que
experiência cristã será música de testemunho, se devem fazer a certos
imensamente enriquecida com porém, sem comprometer os aspectos que são peculiares a
a aprendizagem e uso de altos princípios de dignidade esta área.
novos hinos. e excelência característicos de Os jovens tendem a
Onde houver um coral, nossa mensagem, que é identificar-se intimamente
hinos escolhidos dos preparar o povo para a com a música jovem
melhores compositores do Segunda vinda de Cristo. contemporânea.
passado e do presente, A música escolhida O desejo de alcançar a
entoados por cantores e deve: juventude com o Evangelho
músicos dedicados e bem . Dirigir o ouvinte para de Cristo, onde ela se
preparados, darão muito Jesus como o Caminho, a encontra, leva às vezes ao
realce ao culto, ajudando a Verdade e a Vida. emprego de estilos musicais
elevar a qualidade da . Preparar o caminho questionáveis. Em todos
adoração. para a apresentação da estes estilos, o elemento que
Música instrumental, Mensagem da Palavra de traz maiores problemas é o
incluindo órgão e piano, deve Deus, mantendo seu apelo, ritmo, ou “batida”.
105
De todos os elementos “Mais elevado do que selecionar cuidadosamente os
musicais, é o ritmo o que o sumo pensamento humano instrumentos cujo som será
provoca a mais forte reação pode atingir, é o ideal de amplificado.
física. Os maiores êxitos de Deus para com Seus filhos.” Apresentação – Toda
Satanás são freqüentemente (Educação, pág.18). Os que a apresentação de música
obtidos por seu apelo à se esforçam por alcançar este sacra deve Ter o objetivo
natureza física. Demons- elevado ideal e os que supremo de exaltar a Cristo,
trando atilado conhecimento dirigem as apresentações da em lugar de exaltar o músico
dos perigos que há neste juventude, acharão orientação ou prover entretenimento.
apelo à juventude, Ellen G. através do piedoso estudo da
White afirmou: música como o auxílio do
“Eles têm um ouvido Espírito Santo. A MÚSICA NO LAR
aguçado para a música, e Além dos problemas
Satanás sabe qual órgão do ritmo, há outros fatores A educação musical e
excitar, incitar, absorver, e que afetam as qualidades apreciação da música devem
fascina a mente de modo que espirituais da música: começar cedo na vida da
Cristo não seja desejado. Tratamento Vocal – criança.
Desvanecem-se os anseios O estilo estridente comum ao a) Pelo relacionamento
espirituais da alma por rock, o estilo insinuante, com os grandes hinos e
conhecimento divino, por sentimental, cheio de sopros, cânticos espirituais na
crescimento em graça.” ao jeito dos solistas de boates experiência feliz e informal
(Testimonies, Vol. I, pág.497). e outras distorções da voz do culto familiar.
Esta é uma forte indicação da humana, devem ser b) Pela formação, no
maneira pela qual a música terminantemente evitados. lar, do hábito correto de
pode ser usada em direta Tratamento de ouvir, através de aparelhos de
oposição ao plano de Deus. Harmonia – Deve-se evitar som, músicas cuidadosamente
Os já mencionados estilos de música saturada com acordes selecionadas.
jazz, rock e formas híbridas de 7ª, 9ª, 11ª e 13ª, bem como c) Por freqüentar, com
semelhantes, são notórias em outras sonoridades extra- a família, a concertos
criar reações sensuais nas vagantes. Estes acordes, musicais que estejam de
multidões. quando usados com restrição, acordo com os padrões
Temos, por outro lado, produzem beleza mas, se delineados neste documento.
muitos estilos de música usados em excesso, desviam a d) Pelo apropriado
folclórica tradicional, aca- atenção do conteúdo exemplo e influência dos pais.
tadas como legítimos espiritual do texto. . Deve-se encorajar o
afluentes do caudal da Apresentação cântico familiar e a
música. Alguns deles são Pessoal – Não deve Ter lugar participação em conjuntos
aceitos como veículos para nas apresentações qualquer instrumentais de família.
expressar o testemunho cris- coisa que chame inde- . Deve-se incentivar a
tão. Outros, que poderiam ser vidamente a atenção para o composição de letras e
aceitos num ambiente cristão cantor ou executante, como músicas para cânticos.
secular, são impróprios para movimento excessivo e . Deve-se Ter no lar
apresentar o nome do Sal- afetado do corpo, ou traje uma biblioteca sobre música,
vador. Outros ainda situam- inadequado. com material sabiamente
se completamente fora da Volume do Som – escolhido.
experiência cristã. Deve-se Ter muito cuidado . Deve-se reconhecer
Fique claro, portanto, em evitar excessiva que Satanás acha-se
que qualquer forma de amplificação do som, quer empenhado numa batalha pela
expressão musical folclórica instrumental, quer vocal. O conquista da mente das
deve ser julgada pelos volume do som deve ser pessoas e podem ocorrer
mesmos princípios gerais adequado às necessidades mudanças de maneira
aplicados aos outros tipos de espirituais dos que imperceptível, alterando a
música considerados nestes apresentam a mensagem percepção e avaliação do bem
documentos. musical, bem como dos que a e do mal. Deve-se Ter
recebem. Devem-se extremo cuidado no tipo de
106
programação e música ouvida rais. Para esse fim, os fazer da Palavra de Deus sua
no rádio e na TV, evitando-se elementos treinados em conselheira e guia. Solenes
especialmente o vulgar, música devem liderar os responsabilidades recaem
barato, sedutor, imoral, teatral ensaios e atividades musicais, sobre a juventude, que ela
e identificável com as ten- de modo a promover os considera descuidadamente.
dências da contracultura. sublimes ideais da adoração. A introdução de música em
A apresentação da seus lares, em vez de
A MÚSICA NOS música nas instituições edu- incentivar a santidade e
EDUCANDÁRIOS cacionais adventistas devem espiritualidade, tem sido o
estar de acordo com as meio de desviar-lhes a mente
No preparo e normas da Igreja. Isto aplica da Verdade. Canções frívolas
apresentação de músicas para não só aos talentos locais, e músicas populares da época
fins religiosos, os como também aos artistas e parecem compatíveis com seu
administradores e professores conjuntos visitantes, gosto. Os instrumentos de
dos colégios devem trabalhar incluindo a música de filmes. música têm tomado o tempo
com os alunos tendo por que deveria ser dedicado à
objetivo exaltar os padrões A MÚSICA SECULAR oração. A música, quando
musicais da Igreja. bem empregada, é uma
Conjuntos musicais A música “correta- grande bênção; quando mal
que vão apresentar-se fora da mente empregada... é um usada, porém, é terrível
escola devem Ter o apoio e Dom precioso de Deus, maldição.”
orientação de pessoas destinada a erguer os O Cristão não entoará
designadas pela adminis- pensamentos a coisas altas e canções incompatíveis com os
tração, sejam professores de nobres, a inspirar e elevar a ideais da verdade, da
música ou outros. alma.” (Educação, pág.166). honestidade e da pureza.
Os responsáveis pela O estilo de vida Evitará elementos que dêm a
escolha de músicas para os adventista do sétimo dia exige aparência de tornar o mal
sistemas de som de nossas que o cristão individualmente desejável ou a bondade
escolas devem fazê-lo em exerça um alto grau de parecer trivial. Procurará
conformidade com a filosofia discernimento e evitar composições que
da música expressa neste responsabilidade pessoal na contenham frases banais,
documento. escolha da música secular poesias pobres, absurdos,
Nos conjuntos para uso próprio, ou sentimentalismos ou frivo-
musicais ou no ensino apresentação de solos ou lidades, que desencaminham a
individual, os professores conjuntos. Todas essas pessoa dos conselhos e
devem fazer decididos músicas devem ser avaliadas ensinos das Escrituras e do
esforços para ensinar músicas à luz das instruções dadas em Espírito de Profecia.
que possam ser usadas na Filipenses 4:8: Considerará as
igreja e nas atividades de “Finalmente, irmãos, músicas como “blues”, jazz, o
ganhar almas. tudo o que é verdadeiro, tudo estilo rock e formas similares,
Sendo que um dos o que é respeitável, tudo o inimigas do desenvolvimento
objetivos básicos dos cursos que é justo, tudo o que é puro, do caráter cristão, porque abre
de análise e apreciação tudo o que é amável, tudo o a mente a pensamentos im-
musical nas escolas é ensinar que é de boa fama, se alguma puros e levam ao
o discernimento à luz da virtude há e se algum louvor comportamento não santi-
revelação divina, os instru- existe, seja isso o que ocupe o ficado. Tais tipos de música
mentos dessas classes, em vosso pensamento.” têm uma direta relação com o
todos os níveis educacionais, E deve-se também Ter “comportamento permissivo”
devem incluir informações em mente a admoestação dada da sociedade contemporânea.
sobre a arte de julgar o valor e por Ellen G. White, em A distorção do ritmo, da me-
a qualidade na área da música Testimonies to the Church, lodia e da harmonia, como
religiosa. Vol. I, 497: empregados nesses gêneros
A igreja e a associação “Foi-me mostrado que de música e sua excessiva
locais devem esforçar-se para a juventude precisa colocar-se amplificação, embotam a
eliminar deficiências cultu- em posição mais elevada e sensibilidade e finalmente
107
destroem a apreciação por RECOMENDAMOS “Muitos cantores
aquilo que é bom e santo. QUE: cristãos procuram identificar-
Devem-se tomar 1. Os arranjos se com os profissionais
cuidado ao usar melodia musicais sejam discretos, liberais. Procuram a
secular com letra religiosa obedecendo as normas de aprovação dos ‘experts’
para que não prevaleça a santidade e decoro na igreja. seculares e seu estilo se casa
conotação profana da música 2. As músicas e letras com o do mundo; ficando
sobre a mensagem da letra. sejam coerentes com os parecidos com o mundo que
Além disso, o cristão princípios musicais e tentam mudar! Ao invés de
esclarecido, ao escolher doutrinários da Igreja olharem para os santos, os
qualquer música secular, para Adventista do Sétimo Dia. cantores de hoje procuram
ouvir ou executar, não 3. Seja colocado em espelhar-se nas celebridades
incluída na categoria acima, primeiro lugar o louvor a evangélicas e seculares.
sujeitará tal música ao teste Deus e não ao músico ou Assim, não possuem um
dos critérios delineados nesta cantor. O culto deve ser a modelo de crescimento
“Filosofia Adventista de Deus e não a pecadores. espiritual e de santificação,
Música”. Deus é o motivo do pois os valores nos quais se
O cristão genuíno é cântico e do louvor. Qualquer espelham não são os modelos
capaz de dar testemunho a pessoa, desde que esteja de Deus para a Igreja.” (O
outros, pela sua escolha de capacitada intelectual e Ministério de Louvor da
música secular para ocasiões tecnicamente, pode colocar Igreja, 32,33).
sociais. Através de diligente uma perfeita simetria numa “A música profana ou
busca e cuidadosa seleção, letra, embelezando-a com as a que seja de natureza
escolherá o tipo de música mais lindas palavras da língua duvidosa ou questionável,
compatível com suas portuguesa, harmonizando-as nunca deve ser introduzida
necessidades sociais e seus ainda com uma música que em nossos cultos.” (Manual
princípios cristãos. revele grande capacidade da Igreja, 111), nem mesmo
“Deve haver uma profissional. Contudo, tal em outros programas da
vívida comunhão com Deus cântico não agradará ao Igreja, sob quaisquer
em oração, uma vívida Criador do Universo se sua circunstâncias e pretextos e
comunhão com Deus em fonte for duvidosa e se por mais justificáveis que os
cânticos de louvor e ações de origina de uma vida que não motivos aparentem ser, nem
graças.” (Evangelismo, 498). tenha sido tocada e mesmo em casamentos.
transformada por Deus. 4. Os hinos iniciais
CONSIDERANDOS O que se tem nos cultos de adoração, sejam
E RECOMENDAÇÕES observado em certas ocasiões, de gratidão e louvor e os
com os chamados “cânticos finais, de consagração e
CONSIDERANDO os especiais”, é que “o objetivo entrega a Deus, e “a escolha
conselhos e advertências de louvar a Deus nem sempre de músicas especiais se
deste documento que se está em primeiro plano, pois a harmonize com o assunto do
caracteriza pela clareza e tendência é introduzir nos sermão.” (Manual da Igreja,
equilíbrio, apresentando cultos o que é valorizado pela 111).
linhas bem definidas quanto sociedade”. Daí o surgimento 5. Cada grupo submeta
ao que é aceitável e de uma camada profissional à apreciação da Comissão da
inaceitável no tocante à que se utiliza das reuniões da Igreja os seus integrantes,
música dentro dos arraiais Igreja para divulgar seu sejam músicos ou cantores, a
adventistas; produto. Vê-se em muitos partir dos seus diretores, pois,
CONSIDERANDO casos (e não estamos “unicamente os que se sabe
que estudos sobre música já generalizando o assunto) que serem inteiramente
foram realizados e suas os cantores aperfeiçoam todo consagrados devem ser
propostas não têm sido um sistema vocal e escolhidos para esta parte da
aplicadas em nível de igreja instrumental para terem obra da Igreja”. (Manual da
local, sucesso, sem a preocupação Igreja, 111).
de cultuarem a Deus. Além do mais,
“aqueles a quem falta
108
discernimento para a escolha 7. Para se evitarem Igreja, pág.174). Lembrem-se
devida e apropriada da música certos constrangimentos, os cantores adventistas de que
para o culto divino não devem nenhuma igreja ou membro eles não são artistas e de que
ser escolhidos” (Manual da deve convidar conjuntos a igreja não é um teatro.
Igreja,111), referindo-se aos musicais, etc., sem o prévio 11. Haja maior uso do
diretores. conhecimento do pastor canto congregacional e que o
6. Nos casos em que a distrital, especialmente se se regente utilize sabiamente o
igreja julgar necessário, tratarem de atividades microfone, evitando Qua a
poderá solicitar dos músicos especiais, tais como: batismo, sua voz se sobressaia à da
ou de grupos visitantes uma inauguração de igreja, congregação.
carta de recomendação, para congressos, etc. A palavra 12. Seja evitada a
certificar-se de que todos final nestes assuntos sempre excessiva ampliação
estão em harmonia com a deve ser do pastor. instrumental e vocal, para não
Igreja e suas normas, 8. Os executantes prejudicar e irritar os ouvidos
conforme prescreve o Manual devem cuidar dos seus trajes, das pessoas, como tem
da Igreja, às páginas 110 e posturas e maneiras de se acontecido em algumas
111, nos seguintes termos: apresentar, evitando ocasiões. Os ouvintes devem
“às pessoas de consagração definitivamente o uso de todo sentir-se confortáveis ao
duvidosa ou de caráter o elemento que não condiga assistirem a uma apresentação
questionável, ou as que não se com as normas de nossa musical, a fim de serem
vistam convenientemente, não Igreja, tais como: bermudas, edificados espiritualmente.
se deve permitir que minissaias, roupas justas ou 13. Os ensaios sejam
participem das atividades transparentes e tudo o mais feitos em horários que não
musicais dos cultos.” (Nos que apele para a sensualidade coincidam com as
casos em que não se tenha a e indecência (no que respeita programações oficiais da
carta de recomendação em ao vestuário masculino, isto é igreja.
mãos, a liderança da igreja válido também para os 14. Os cantores e
poderá sentir-se livre e no homens); “anéis, pulseiras, conjuntos não limitem sua
direito de permitir ou não a gargantilhas, colares, brincos presença numa programação
apresentação de um conjunto (também para homens), apenas ao momento de sua
ou músicos visitantes). broches e pinturas, incluindo, apresentação, mas que
“Nas reuniões que se nos homens, os rabinhos no assistam a toda a
celebram, não devem eles (os cabelo”. programação em que forem se
mensageiros do Senhor) fazer 9. Os cantores de apresentar, em especial a
depender as mesmas de nossas igrejas (especialmente Escola Sabatina e o Culto de
cantores mundanos e do sexo feminino) devem Adoração.
exibições teatrais para abster-se dos cosméticos 15. As igrejas devem
despertar interesse. Como pomposos e pinturas, pois a fazer todo o esforço para
podem aqueles que não têm Bíblia os associa com o incentivar e apoiar (até
interesse algum na Palavra de paganismo e apostasia (II mesmo financeiramente, se
Deus, que nunca a leram com Reis 9:30; Jer.4:30 – Ver possível), o estudo e prática
um desejo sincero de “Nisto Cremos”, pág.379 e de instrumentos adequados
compreensão das suas Manual da Igreja, pág.174). para recintos religiosos, de
verdades, cantar com o 10. A Igreja espera membros, especialmente de
espírito e o entendimento? que os seus cantores moças e rapazes que
Como poderá o seu coração apresentem-se decentemente e demonstrem aptidão e
estar em harmonia com as com o único objetivo de interesse para o ministério da
palavras do canto sagrado? louvar a Deus através do música.
Como pode o coro celestial canto, pois estas coisas nada 16. Os pastores
participar de uma música que mais são do que “um esforço orientem os seus músicos e
é apenas formal?...” para atrair a atenção, em cantores quanto às normas a
(Testimonies, Vol. 9, 143 e desacordo com o serem observadas e, tanto
144, Citado no Manual da esquecimento de si mesmo quanto possível, envolvam-se
Igreja, às págs.110 e 11). que o cristão deve com eles em seus ensaios e
manifestar.” (Manual da atividades, tendo por objetivo
109
de influenciá-los no sentido própria igreja ou de servir diretamente as igrejas e
da verdadeira filosofia da conferências públicas, seus membros, bem como
música cristã adventista. formados para incentivo e criar uma comissão especial
17. O campo local motivação de alguns de seus para classificação de discos e
promova periodicamente o participantes não adventistas, cassetes vendidos no SELS.
Festival da Música Sacra filhos de membros ou 26. Os grupos de
Adventista – FEMUSA – no interessandos que já se música oficiais, da igreja e
sentido de incentivar e relacionam com a igreja e instituições, somente gravem
preparar melhores cantores e observam seus princípios, seus discos e cassetes sob
músicos para a Igreja. mas que ainda não são orientação e aval do
18. Os corais, batizados, sejam avaliados departamento de música, se
conjuntos e cantores em geral, periodicamente pela sua desejam que estes sejam
evitem viagens longas após o liderança, aconselhando que comercializados também
pôr-do-sol de Sexta-feira ou suas apresentações limitem-se pelos SELS.
nas horas claras do Sábado, a ocasiões não tanto solenes. 27. Ao se escolher
com o objetivo de se 23. Participem dos alguém para J.A. (levando-se
apresentarem em alguma cultos de adoração ou de em conta a área da música),
igreja ou em programações cerimônias especiais, tais que seja, de preferência, um
especiais. como ordenação, casamentos, pastor com formação musical
A observância do batismos, inauguração e equilibrada.
Sábado é coisa séria e deve dedicação de igrejas, etc., 28. Às Organizações
ser levada em conta nestas UNICAMENTE músicos e Superiores, seja solicitado,
ocasiões, se o desejo é louvar cantores que estejam em mui respeitosamente, preparar
a Deus e glorificá-Lo. harmonia e comunhão plena um manual de orientação
19. A montagem e com a Igreja, pois “a sobre o uso da música sacra
desmontagem de todo e capacidade de cantar é tão na Igreja e a nossa filosofia
qualquer equipamento de som somente uma parte das sobre o assunto, baseado na
sejam sempre feitas sem qualidades que devem Bíblia e no Espírito de
quebrar a solenidade do possuir. Devem ser membros Profecia.
ambiente e a programação em da Igreja, da Escola Sabatina
andamento, levando-se em e da Sociedade dos Jovens MÚSICA DURANTE A
consideração a santidade e Adventistas e, em sua ORAÇÃO
observância do Sábado e o aparência pessoal e em sua
respeito aos horários dos maneira de vestir, conformar- Um ministro jubilado
programas. Para tanto, se com as normas da Igreja, escreveu-nos a respeito de
sugere-se que a montagem estabelecendo um exemplo de uma prática “perturbadora”
desses equipamentos, testes, modéstia e decoro”. (Manual que ele declara estar
etc., sejam feitos de tal da Igreja, 111). “penetrando nos cultos de
maneira que no momento de 24.Os cantores (sejam nossa Igreja”. E deste
se começar o programa tudo em quartetos, conjuntos, procedimento fazem parte a
já esteja devidamente em corais ou mesmo em solos) “oração e leitura bíblica,
ordem. esmerem-se na pronúncia das acompanhadas de música ao
20. O uso impróprio e palavras a fim de que a órgão ou piano”. E pergunta:
abusivo de instrumentos congregação possa captar “Não estamos captando as
considerados mais próprios com clareza a mensagem do notas do melodramático,
para músicas populares seja hino que está sendo cantado, característico das novelas
evitado. pois, um bom hino, desde que radiofônicas e do ritual
21. Nas orações não se sua mensagem seja entendida, católico-romano, que induz as
coloque o fundo musical. comunica o amor de Deus aos pessoas ao sono com seu
Ver, no final deste ouvintes. apelo aos sentidos? Tal
documento, duas declarações 25. Os Campos espécie de música impede que
sobre o assunto. providenciem um banco de nossas congregações cultivem
22. Os grupos partituras, “play-backs” do a arte do santo silêncio, da
musicais e vocais de nossas novo hinário, publicações meditação, do exame de
escolas, de crianças da sobre música sacra, a fim de consciência, que são tão
110
essenciais para o crescimento No entanto – e a alguma espécie de “imagem
espiritual”. dizemos isto a despeito de de um Pai”.
Vivemos numa era amarmos a música – parece Se é esse o conceito
musical. Há grnade procura que quando uma congregação que se tem da oração, por
de aparelhos de alta fidelidade ou um indivíduo estão falando certo a música suave será de
e de combinações de com Deus, não deveria haver considerável valor. Mas para
radiofonógrafos. Compram- influências que causem nós que cremos que “a oração
se discos e fitas aos milhões. distração. Toda faculdade é o abrir do coração a Deus
O número de pessoas mental deveria estar voltada como a um amigo” (Caminho
presentes aos concertos é para a oração. Todo o ser a Cristo, pág.92), é a música
elevado. A música é popular deveria concentrar-se na durante a oração necessária?
até mesmo em fábricas, comunhão com o Eterno. E Não é mais provável que seja
consultórios e supermercados, isso é quase impossível “perturbadora”, segundo
onde é provida para aumentar quando alguma música, não declarou o nosso
a produção, para elevar o importa quão suave, está correspondente? – Pastor
estado de ânimo ou sendo tocada em segundo Kenneth H. Wood – O
simplesmente para confortar o plano. Ministério Adventista, Set-
espírito. Alguns adolescentes Out. – 1978.
fazem questão de afirmar que UMA EXPERIÊNCIA
o rádio tem de estar SAGRADA ORAÇÕES MUSICAIS
clangorando sucessos atuais a
fim de que consigam estudar Ao sugerir que não Quando nossas
bem! haja música durante a oração, congregações se reúnem para
Em vista de tudo isso, cremos estar reconhecendo o culto, vários aspectos são de
é provável que certos clérigos que a oração é de fato a molde a conduzir as pessoas à
gostem de música suave aos prática sagrada que lhe é percepção da presença de
sábados, durante a oração ou atribuída. Que coisa solene o Deus. Isto é essencial, porque
enquanto é lido um trecho das homem mortal dirigir-se ao precisam ser preparadas para
Escrituras. Eles acham que Deus imortal! A criatura comungar com o seu Criador.
isso proporciona uma comunicar-se com o Criador! O corpo encontra-se na igreja,
atmosfera de reverência a O que busca força e sabedoria mas a mente pode estar em
essas partes do culto de conversar com a verdadeira qualquer outra parte.
adoração. Fonte destes dons! Um pouco de reflexão
Durante esta santa convencer-nos-á de que o
INSPIRADOS POR conversação pode haver ponto mais elevado do culto
MOTIVOS DIGNOS melhor fundo do que absoluto de adoração é a oração
silêncio? pastoral, pois então falamos
Seríamos os últimos a Alguns expoentes do com Deus e quem se dirige ao
sugerir que os que seguem pensamento religioso Senhor deve expressar em
esse procedimento foram contemporâneo consideram a palavras as numerosas
inspirados por outra coisa oração meramente como uma necessidades dos adoradores.
senão os mais plausíveis experiência estática. Embora Para compreender
motivos ao iniciar esse creiam que pensar que o melhor o assunto,
costume. Eles acham, sem homem possa falar com o acompanhemos um camponês
dúvida, que sendo a música Infinito tenha um efeito ao palácio de um rei. Foi-lhe
uma parte tão importante do salutar sobre a alma e o atribuída, certa vez, a
culto, sob a forma de hinos, corpo, rejeitam a idéia de que responsabilidade de fazer uma
antífonas pelo coral, um Deus pessoal ouça as petição em nome de uma
ofertórios, prelúdios, orações e envie as respostas aldeia muito necessitada.
poslúdios, etc., deveria ser conforme houver por bem na Antes de chegar ao soberano
introduzida em todas as partes Sua Sabedoria. Para eles, o ele teve de observar diversas
do culto. Sua filosofia é que benefício da oração consiste formalidades. Houve um
“se um pouco é bom, muito é apenas no efeito psicológico longo trajeto até o palácio,
melhor”. que ela pode exercer sobre o mas ele chegou na hora
indivíduo que faz sua petição marcada.
111
Depois de passar as silencioso poderia Ter um
sentilenas, é afinal conduzido suave fundo de música tocada
à sala do trono. Uma ao órgão.
sensação de temor invade-lhe Essa música deve
a alma. Todo momento é terminar, porém, antes do
precioso, e o coração desse início da oração audível, para
homem palpitava com o senso que não haja distração alguma
da importância dessa ocasião. enquanto a pessoa que ora
Tendo ponderado está apresentando a Deus as
cuidadosamente sobre o que petições da congregação.
deve dizer, está prestes a Uma prática dessa
começar, mas eis que justo espécie trará uma abençoada
nesse momento decisivo um atmosfera à reunião e ajudará
conjunto musical põe-se a todos os corações a sentirem
tocar! que aí está um culto que
É-lhe difícil realmente é a porta do Céu...
concentrar os pensamentos. – Pastor R.A. Anderson – O
Sua mente parece distrair-se Ministério Adventista – 1978.
com a intromissão da música.
Ele faz, porém , um grande CONCLUSÃO
esforço para levar o seu
pedido até o fim. E então, O objetivo deste
para surpresa sua, a música documento é um convite à
também é detida. Ela não adoração “em espírito e em
deveria ser, portanto, uma verdade”. Uma igreja que
interrupção, mas apenas um incentiva o legítimo louvor a
acompanhamento! Ele diz, Deus em seus cultos de
porém, para si mesmo:” adoração é uma igreja
“Como eu teria ficado bem dinâmica e que vive. Os
mais desembaraçado se cristãos que têm em seus
houvesse uma atmosfera de lábios cânticos de ações de
meditação silenciosa!” graças, sem dúvida darão vida
Esta parábola pode à congregação e contagiarão
servir para focalizar nossa os adoradores, promovendo o
atenção numa tendência que verdadeiro louvor a Deus.
parece estar crescendo em O assunto é vasto e
popularidade nalgumas complexo. Muito mais se
regiões. poderia dizer, mas cremos
É necessário que que por agora é o suficiente.
nossas orações sejam
acompanhadas pela música? NOTA: Este
Admitimos que é música documento está
suave e meditativa, mas será fundamentado no documento
que isso mesmo não causa da Associação Geral, Manual
alguma distração? da Igreja, Seminário para
Em vez de acrescentar Secretários Ministeriais e
esse aspecto musical à oração, Coordenadores da AFAM
não seria melhor estimular a (julho de 1992), da DAS, e
congregação a passar alguns nos Concílios Ministeriais
momentos de reverente realizados com os pastores
meditação silenciosa um dos Campos da USB.
pouco antes de ser feita a VOTO USB 93-079
oração?
Caso se julgue
prudente fazê-lo, esse período
112
Santa Ceia e Lava-pés
PR. ORLANDO G. DE PINHO

O assunto “Santa Ceia e Lava-Pés” deve merecer especial e constante atenção de todos os
obreiros e anciãos, pois é de grande significação espiritual.

O que estamos apresentando não é 1. Cada coisa esteja no seu lugar certo,
matéria nova, mas como disse o Apóstolo Pedro, tanto vasilhas como a água, e isto com bastante
é segurança a repetição do que se conhece. antecedência ao horário da Santa Ceia.
O assunto “Santa Ceia e Lava-Pés” deve 2. Diáconos e diaconisas, cada qual em
merecer especial atenção de todos os obreiros e suas respectivas salas, a postos para servir,
anciãos, pois é de grande significado espiritual. especialmente o manuseio de bacias e o prover
Destinados a ser em uma bênção, podem resultar da água.
em condenação.
A participação indevida ou indigna talvez
seja tão reprovável como as falhas na “FAÇA-SE TUDO DECENTEMENTE
ministração da cerimônia, por ausência de E COM ORDEM”
preparo, por descuido ou por negligência por
parte do oficiante. Esta expressão bíblica significa muito e
Isto posto, julgamos de valor o que segue. deve ser posta em prática nas mínimas coisas
que digam respeito aos serviços da Igreja.
O Lava-Pés Um dos diáconos (e, igualmente, das
diaconisas) devia ser escolhido para dirigir
PREPARATIVOS E MATERIAL alguns cânticos nessa ocasião, acompanho dos
NECESSÁRIO que esperam a sua vez para a cerimônia. Depois,
seriam revezados. Com isto, todos estariam no
1. Bacias de alumínio ou plásticas. O local para os cumprimentos, após o término geral
ideal é uma para cada duas pessoas. do lava-pés.
2. Toalhas. É preferível que sejam
pequenas e individuais. LEMBRETE
3. Vasilhas para água.
a) Uma vasilha (balde plástico para pôr É bom lembrar que a cerimônia do lava-
nela a água que se vai usar. pés propicia a oportunidade de acertar
b) Outra igual, para receber a água que dificuldades entre irmãos. É uma ocasião muito
for usada. especial para que sejam fortalecidos os laços
c) Uma caneca plástica ou de alumínio fraternais de irmãos em Cristo.
para retirar a água do balde.
MOMENTO IMPRESSIVO
ASSISTÊNCIA
“Esta ordenança é o preparo designado
Convém que os diáconos e as diaconisas, por Cristo para o serviço sacramental.” – DTN,
separadamente é lógico, procedam entre si o 486.
lava-pés antes dos demais, para poderem atender “Pelo ato de nosso Senhor, esta cerimônia
ao que for necessário na ocasião em que a igreja humilhante tornou-se uma ordenança sagrada.” –
estiver celebrando esta cerimônia. MI, 115.
“Acham-se ali testemunhas que estavam
TUDO PRONTO presentes quando Jesus lavou os pés dos
discípulos e de Judas. Olhos mais que humanos
Entende-se que tudo esteja pronto para a contemplam a cena.” – DTN, 491.
cerimônia do lava-pés quando: Portanto, na cerimônia do lava-pés, o
ambiente deve ser respeitoso e de consagração.
113
Faça-se tudo para que esses breves
momentos sejam de contagiante felicidade cristã O VINHO
e que a presença dos anjos seja sentida.
Com respeito ao vinho, não há problema
desde que use o suco de uva Superbom, de
ESCOLHA DOS PARES preferência. Na falta deste, pode ser usada outra
marca que se conheça como de boa qualidade, ou
Cada irmão é livre para escolher seu o caseiro, se não estiver fermentado, é claro.
companheiro para o lava-pés, na formação dos
pares. Pode acontecer de haver números ímpar PREPARO PARA A CEIA
e, neste caso, os últimos três devem revezar-se
entre si. Exemplo: O preparo para a cerimônia da Santa Ceia
A lava os pés de B obedece, em linhas gerais, os seguintes itens:
B lava os pés de C 1. O suco de uva deve estar comprado
C lava os pés de A com bastante antecedência, digamos, duas
semanas antes da data marcada.
2. O pão deve ser preparado na véspera e
A Santa Ceia enrolado em papel adequado. No Sábado pela
manhã, deve ser levado à igreja e entregue à
PREPARATIVOS MATERIAL diaconisa encarregada dos preparativos.
ADEQUADO 3. As toalhas para a mesa e guardanapos
devem estar no lugar certo, limpos, passados e
1. Bandejas e cálices próprios. Deve prontos para o uso. Isto deve ser verificado duas
haver na Associação bandejas e cálices à venda. semanas antes da data marcada para a Ceia.
2. Pratos para o pão. Dois ou mais, 4. No dia da Ceia faz-se o seguinte:
conforme o número de membros. Para que isto a) Encher os cálices, com antecedência.
não tome muito tempo, o ideal é Ter-se uma Ter suco em reserva numa jarrinha própria, bem
bandeja para cada grupo de 30 a 50 pessoas a como cálices de sobra.
serem servidas. b) Se a Ceia vai ser ministrada na hora do
Um detalhe importante é quanto à Culto de Adoração, a mesa deve ser arrumada
qualidade e tipo do prato. logo após a Escola Sabatina. Nesse dia devem
Não deve ser um prato comum, ser suprimidos os minutos missionários, para se
corriqueiro, de uso popular, mas de cristal ou de ganhar mais tempo para o culto.
aço inoxidável, ou ainda de porcelana especial, c) Para a disposição dos emblemas da
de tamanho médio. cerimônia, olhando da posição de quem dirige, a
3. Toalhas para a mesa. Devem ser sugestão é a seguinte:
brancas, de preferência de linho. São necessárias ™ Os pratos com o pão, à direita.
duas: uma para cobrir a mesa e outra para cobrir ™ As bandejas com os cálices à
os emblemas todos. esquerda.
São necessários também guardanapos ™ A jarra com o suco sobressalente
para cobrir, separadamente, o pão e o vinho, (havendo), ao centro.
todos do esmo tecido. ™ Cada emblema, devidamente coberto
com um guardanapo.
O PÃO ™ Por fim vem a toalha, cobrindo tudo.
É importante observar-se a maneira
correta de preparar o pão da Ceia. É mais fácil OBSERVAÇÕES GERAIS
fazer-se uma gostosa torta para casamento que
esse pão. 1. Todo o material, tanto do lava-pés
Muitas irmãs tem custado acertar a como da Ceia, é de uso exclusivo e para o fim a
fórmula correta. Para facilitar, incluímos no fim que se destina. Sob hipótese alguma deve ser
a que tem dado melhor resultado. usado para outra coisa. Muita atenção para este
A qualidade do pão da Ceia influi na detalhe, pois é fundamental para que se cultive o
condução da cerimônia e pode provocar reações respeito a essas duas cerimônias instituídas pelo
desfavoráveis no participante. Senhor. Se se precisarem de baldes, canecas ou
114
toalhas para outra coisa, que sejam comprados, Santa Ceia, mas apenas o complemento da
mas não se toquem nestes. cerimônia. A inconveniência de sermão longo,
2. O material aludido acima, considerado igual ao dos demais sábados, é que prolonga por
de uso sagrado, deve ser guardado em armário demais a cerimônia e cria problemas com as
especial, com chave. O zelo e o cuidado famílias e, especialmente, no caso de crianças
dispensados no uso e manuseio de peças e que têm horas certas de refeições.
utensílios do santuário de Israel, consoante Deus Muitos irmãos não participam da Ceia
mesmo instruíra, são indicativos do que Ele porque se cansam e desejam logo voltar para
espera que se faça hoje com relação à igreja e casa. Não devemos nos esquecer de que os
seus móveis e utensílios, notadamente aqueles irmãos estão sentados desde antes da nove da
(como no caso da Santa Ceia e Lava-Pés) que manhã, e em geral em assentos nada
são de uso em cerimônias sagradas. Esse confortáveis.
armário deve estar na sala do pastor ou dos
diáconos.
3. O pão da Ceia deve ser partido após a
bênção, na hora da Ceia; nunca antes.
4. A Ceia pode ser dada em lares, a
irmãos que por doença, idade avançada ou algum
motivo imperioso, não possam vir à igreja. Para
isto podem ser usados o pão e o vinho que
tenham sobrado.
O lava-pés, nesses casos especiais, nem
sempre pode ser praticado por tratar-se de uma
só pessoa ou ser impraticável por razões de
doença ou velhice. Pode-se omiti-lo, sendo
assim.
5. As sobras do pão e do vinho devem ser
destruídas, queimando-se o pão e derramando-se
o vinho em lugar decente, talvez num canto do
jardim.
6. Convém sempre rememorar estas
considerações, bem como as do Manual da
Igreja. É de bom aviso que se faça isto alguns
dias antes da data marcada para a Santa Ceia.
7. É recomendável que o pastor tenha
uma reunião prévia com anciãos, diáconos e
diaconisas, para instruções e combinar detalhes.
Isto é importante porque eles, como leigos,
podem mais facilmente esquecer-se do que lhes
cabe fazer. Um detalhe disto é a distribuição do
pão e do vinho, que às vezes alguém procura
ajudar o diácono, alcançando o cálice ou a
bandeja do pão a um irmão que esteja um pouco
distante do corredor. Isto não deve ser feito. O
diácono deve encontrar maneiras de alcançar
pessoalmente a todos.

NOTA: É preferível que esta cerimônia


seja efetuada no período destinado ao culto de
Sábado, mas pode ser dada em outra ocasião ou
dia, conforme as circunstâncias. O sermão nesse
dia deve ser curto, introdutório à cerimônia. O
pregador deve decorar isto e não se esquecer de
que o sermão não é a parte principal quando há
115
RECEITA PARA O PÃO DA CEIA (*)

INGREDIENTES (Para 50 Pessoas):

6 colheres (de sopa) de azeite ou óleo


3 colheres (de sopa) de água
½ colher (de chá), rasa, de sal
1 e ½ xícara de farinha de trigo

MODO DE PREPARAR:

1) Pôr a água e o azeite em uma vasilha (pode ser um prato fundo) e juntar o sal.
2) Bater essa mistura com um garfo até ficar leitosa, esbranquiçada.
3) Juntar depois, aos poucos, a farinha e amassar.
4) Estender a massa com um rolo sobre a mesa, até a espessura de dois milímetros,
mais ou menos. Deve-se Ter o cuidado de não deixar fina demais.
5) Colocar a massa em assadeira retangular, de preferência.
6) Feito isto, traça-se com uma régua as linhas para formar os quadrados, usando uma
faca, mas de modo leve, para não atravessar. Os quadradinhos devem ser de um
centímetro quadrado. Depois, com um garfo, fura-se cada quadradinho.
7) Leve ao forno em forno brando. Cuidar para não dourar, para não endurecer, mas
deve-se esperar o tempo necessário para que cozinhe. Demora um pouco mais no
fogo lento, mas é preferível.
8) Retirado do forno, aparam-se os lados com uma faca de cortar pão, para que
fiquem tamanhos uniformes.
9) Podem-se avivar os traços com a mesma faca de cortar pão, usando-a como
serrote, levemente. Isto facilitará o partir e conserva mais facilmente os tamanhos
dos quadrados.

ATENÇÃO: Esta receita é para 50 pessoas. É preferível, para evitar erros de


cálculos, que não se desdobre esta receita e que o seu aumento para mais de
50 pessoas seja feito acrescentando-se sempre mais uma receita, embora, em
certos casos vá dobrar mais pão.

Aconselhamos que se faça experiência sem visar a Santa Ceia, para verificar
se deu certo. Não há inconveniente algum em que se use esta “amostra”. O
resultado deve dar pão macio e gostoso, que se dissolve facilmente na boca.
Se não for assim, experimente outra vez.

(*) Esta receita é gentileza da sua autora, a Sra. Irmã Rheinlander de Pinho

116
Deveres dos Anciãos,
Diáconos e Diaconisas

DEVERES DO DEVERES DO DEVERES DA


DIÁCONO ANCIÃO DIACONISA

NA IGREJA: NA IGREJA: NA IGREJA:

1. Servir no Lava pés e Santa 1. Substituir o Pastor. 1. Ajudar no lava-pés.


Ceia. 2. Batizar na sua igreja, 2. Fazer o pão, e providenciar
2. Ajudar as diaconisas na mediante autorização da o vinho.
conservação e guarda do Associação. 3. Manter o equipamento da
equipamento da Ceia. 3. Ministrar a Ceia na sua Ceia limpo, em ordem e bem
3. Manter a igreja limpa e em igreja, mediante autorização guardado.
ordem. da Associação. 4. Pôr e tirar a mesa para a
4. Manter o silêncio e a 4. Pregar. Ceia.
reverência. 5. Ser um Conselheiro. 5. Após a Ceia, queimar o pão
5. Introduzir e cumprimentar as 6. Zelar pelo bom andamento e derramar o vinho.
visitas. de todos os departamentos. 6. Manter ordem, limpeza e o
6. Cuidar do púlpito. 7. Na falta do pastor, dirigir a silêncio na Igreja.
7. Tirar a oferta. comissão da Igreja. 7. Ajudar as mães, no cuidado
com os filhos, dentro da
Igreja.
FORA DA IGREJA: FORA DA IGREJA: 8. Cuidar das flores e adornos.
9. Introduzir e cumprimentar as
1. Visitar os faltosos. 1. Visitar os membros. visitas.
2. Visitar os doentes. 2. Cuidar dos interessados.
3. Visitar os pobres e prestar 3. Ser um pregador voluntário. FORA DA IGREJA:
relatório à Comissão. 4. Outros.
4. Como Estevão, ser pregador 1. Visitar os faltos e doentes.
voluntário. 2. Visitar os pobres e dar
relatórios à Comissão.

OBS.: Tanto o ancião como o diácono, devem ser ordenados para exercer suas funções.

117
PESQUISA
NOTA: Não precisa colocar seu nome.

1. CARGOS NA IGREJA: ...............................................................................................................

2. HÁ QUANTO TEMPO É ANCIÃO OU DIRETOR DE GRUPO? ........................................

3. PERTENCE A: ( ) IGREJA ( ) INTERIOR


( ) GRUPO ( ) CAPITAL

4. PROFISSÃO: ...............................................................................................................................

5. BATIZADO HÁ QUANTO TEMPO? .................................ANOS

6. FORMAÇÃO ESCOLAR: ..................................................... IDADE: ..........................ANOS

7. VIDA ESPIRITUAL:
a) Culto Doméstico: ( ) DIÁRIO ( ) NÃO FREQÜENTE

b) Culto de Pôr-de-Sol de Sexta-Feira: ( ) FREQÜENTE ( ) ÀS VEZES


NO HORÁRIO?: ( ) SIM ( ) NÃO
c) Estudo da Bíblia: ( ) DIÁRIO ( ) NÃO FREQÜENTE

d) Leu algum livro do Espírito de Profecia nos últimos 12 meses? ( ) SIM ( ) NÃO

e) Tem assinatura da Revista Adventista? ( ) SIM ( ) NÃO

f) É dizimista fiel? ............................ Tem plano percentual de pacto? ................................%

g) Que tipo de atividade missionária você realiza?


................................................................................................................................................

h) Em qual aspecto da atividade missionária você gostaria de Ter treinamento?


................................................................................................................................................

i) Reuniões a que assiste regularmente:


( ) Classe dos Professores
( ) Escola Sabatina e Culto Divino
( ) Culto J. A.
( ) Culto de Domingo
( ) Culto de Quarta-Feira

j) Quem é Jesus para você? ........................................................................................................

8. ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA:

a) Na sua igreja, quais os departamentos que melhor funcionam?


...............................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................

b) Quais os departamentos que deixam a desejar?


...............................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................
c) De quanto em quanto tempo reúne-se a Comissão da Igreja? ........................................................

d) Quais os departamentos que necessitam de mais informações para funcionarem melhor?


118
...............................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................

9. SUA IGREJA POSSUI UMA ESTRATÉGIA MISSIONÁRIA COM ÁREA GEOGRAFICA


DEFINIDA? ( ) SIM ( ) NÃO

10. NÚMERO DE CERIMÔNIAS DE SANTAS CEIAS POR ANO: .....................................................

11. POSSUI A SUA IGREJA UM PLANO DE VISITAÇÃO REGULAR AOS MEMBROS?


( ) SIM ( ) NÃO

12. AS VISITAS SÃO IDENTIFICADAS, COM NOMES E ENDEREÇOS ANOTADOS?


( ) SIM ( ) NÃO

13. PONTOS FORTES DO MINISTÉRIO DO SEU PASTOR:


..................................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................................

14. ÁREAS EM QUE SEU PASTOR NECESSITA CRESCER:


..................................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................................

15. EM QUE ÁREAS OU SITUAÇÕES, A ASSOCIAÇÃO PODERIA ATENDER MELHOR A


SUA IGREJA?
..................................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................................

16. QUE TEMAS SUA IGREJA MAIS PRECISA OUVIR, ATRAVÉS DOS SERMÕES?
..................................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................................
17. QUANTOS SERMÕES VOCÊ PREGA, EM MÉDIA, A CADA MÊS? .......................................

18. VOCÊ TEM DIFICULDADES NO PREPARO DE SERMÕES? ......................................QUAIS?


.....................................................................................................................................................................

19. EM SUA OPINIÃO, QUAL A PORCENTAGEM DE MEMBROS QUE SÃO MISSIONÁRIOS


ATIVOS? ..............................%.

20. QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DE UM ANCIÃO?


..................................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................................

21. QUAIS AS PRINCIPAIS QUALIDADES REQUERIDAS DE UM ANCIÃO?


Coloque-as em ordem de importância: .......................................................................................................
..................................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................................

22. QUAIS AS PRINCIPAIS NECESSIDADES DE SUA IGREJA?


..................................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................................

23. NAS QUESTÕES DE DISCIPLINA NA IGREJA, AS PESSOAS ESTÃO SENDO


ATENDIDAS:
( ) Com Amor ( ) Visando Salvá-las
( ) No Tempo Certo ( ) Com Atenção Pós Disciplina.

(PESQUISA PREPARADA PELO PR. ANTONIO A. G. MOREIRA – SECRETÁRIO E MINISTERIAL DA


UNIÃO SUL BRASILEIRA DA IASD)
119
ORGANOGRAMA ADMINISTRATIVO DO CAMPO
TESOUREIRO PASTOR GERAL SECRETÁRIO

DEPARTAMENTO PASTOR DEPARTAMENTO


ASSOCIAÇÃO IGREJA EDUCAÇÃO

COMISSÃO
DA IGREJA

ANCIÃO
DA IGREJA

DIRETOR COMISSÃO SECRET


TESOUR. ESCOLA ESCOLAR IGREJA
IGREJA.

DIRETO DIRETOR LAR


ESCOLA DIRETOR DIRETOR DIACONATO DIRETOR
AÇÃO MORDOMIA E MÚSICA
SABATINA J. A. DESBRA
MISS. FAMÍLIA DORCAS

120

Você também pode gostar