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Quinta-feira, 29 de Janeiro de 2015


I Série
Número 9

BOLETIM OFICIAL
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:
Decreto-Presidencial n° 2/2015

Nomeia, sob proposta do Governo, Jorge Alberto da Silva Borges para exercer, em comissão ordinária de
serviço, o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Cabo Verde junto
do Reino da Bélgica.

ASSEMBLEIA NACIONAL:
Ordem do Dia:

Da Sessão Plenária de 26 de Janeiro de 2015 e seguintes.

CONSELHO DE MINISTROS:
Decreto-Lei n° 9/2015:

Aprova o estatuto profissional do pessoal da Inspeção-Geral da Construção e da Imobiliária.


Decreto-Regulamentar n° 1/2015:

Regula o Estatuto do Formador de Formação Profissional.

Decreto-Regulamentar n° 2/2015:

Regula o reconhecimento de qualificações profissionais obtidas em sistemas de formação profissional


estrangeiros, com vista à atribuição de equivalências profissionais.

Resolução n° 3/2015:

Altera os artigos 1.° e 2.° da Resolução n.° 38/2002, de 23 de Outubro, que cria o Fundo Autónomo de
Apoio à Cultura.

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406 I SÉRIE — N9 9 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE JANEIRO DE 2015

Anexo IV processo contínuo de ajustamento pedagógico e atuação


comprovada na área de formação profissional. A emissão
Tabela salarial dos dirigentes da IGCI
do CAF depende, de entre outros requisitos cumulativos,
Mapa n.° 1 (i) da formação científica, técnica, tecnológica e prática,
que implica a posse de qualificação de nível igual ou su-
Cargos Salario perior ao nível de saída dos formandos nos domínios em
Inspector-geral 168.511 que desenvolve a formação e (ü) formação pedagógica,
através da frequência, com aproveitamento, de um curso
Sub-Inspector / Delegado 146.532
de formação pedagógica inicial de formadores.
Mapa n.° 2 Porém, a título excecional e quando justificado por
Tabela salarial dos inspectores razões de natureza pedagógica ou técnica das ações
de formação, podem ser autorizados, pelo Instituto do
CATEGORIAS NÍVEIS TEMPO SALARIO Emprego e Formação Profissional, enquanto entidade
III 164.036
certificadora, mediante decisão fundamentada, a inter-
vir na formação os profissionais quem, não satisfazendo
Inspector Especialista II 3 155.186
os requisitos em termos de formação científica, técnica,
I 4 146.836 pratica e pedagógica, possuam especial qualificação
III 4 139.554 académica e/ou profissional ou detenham formação não
Inspector Sénior II 4
disponível no mercado.
132.085
I 4 125.022 O curso de formação pedagógica é meramente faculta-
III
tivo para os licenciados em pedagogia, ciências de educa-
4 117.170
ção, psicologia educacional e das organizações, ramo de
Inspector II 5 109.980 ensino ou professores de ensino politécnico e universitário
I 101.646 ou docentes do ensino básico e secundário com formação
específica, mas não isenta o profissional de cumprir os
Mapa n.° 3
demais requisitos com vista à prévia obtenção de um
Tabela subsídio de risco Certificado de Aptidão de Formador (CAF).
mem <<•, ,
reTs: O diploma impõe ao Instituto do Emprego e Formação
...J..= 2 TABELA SUBSIDIO DE RISCO
Profissional a obrigação de constituir uma Bolsa Nacional
Quadro Pessoal Cargos Subsídio de Formadores (BNF) de formação profissional, por áreas
Inspector Geral ou níveis de formação, regiões ou ilhas, integrando todos
Dirigente Sub-inspector 20.500
os formadores para os quais foram emitidos Certificados
de Aptidão de Formador de formação profissional.
Delegado
Admite-se a possibilidade de, através do processo de
Inspector Especialista 17.500
Inspecção da Construção reconhecimento de equivalência profissional, ser con-
Inspector Sénior 15.500 cedido, pela entidade competente, nos termos da lei,
e da Imobiliária
Inspector 13.500 Certificado de Equivalência de Aptidão de Formador
(CEAF), aos profissionais que sejam detentores de certi-
O Primeiro - Ministro, José Maria Pereira Neves
ficados ou outros títulos emitidos em países estrangeiros
que titulem competências idênticas às preconizadas no
presente diploma.
Decreto-Regulamentar n" 1/2014
Assim:
de 28 de Janeiro
Ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo 39.° do
O Regime Jurídico de Formação Profissional estabelece
Decreto-Lei n.° 53/2014, de 22 de setembro; e
os princípios gerais e remete para regulamentação a apro-
vação do estatuto do formador de formação profissional. No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo
205.° e pela alínea a) do n.° 2 do artigo 264.° da Consti-
Pretende-se com este projeto introduzir profundas e
tuição, o Governo decreta o seguinte:
importantes inovações no diploma em vigor, o Decreto-
Regulamentar n.° 14/2005, de 26 de dezembro, que, em Artigo 1.°
consequência, é expressamente revogado, com vista a Objeto
adequá-lo à realidade atual e incrementar a qualidade
O presente diploma reg-ula o Estatuto do Formador de
da formação profissional.
Formação Profissional.
O exercício da atividade de formador de formação Artigo 2.°
profissional passa a estar condicionado à obtenção pré-
Âmbito de aplicação
via de um Certificado de Aptidão de Formador (CAF)
válido pelo período máximo de cinco anos, podendo ser 1. O presente diploma aplica-se a todo o profissional
renovado expressamente por igual e sucessivos períodos, que, de forma permanente ou não, exerce a atividade de
mediante o cumprimento de determinados pressupostos formador de formação profissional em cursos e/ou ações
como a atualização científica, desenvolvimento de um de formação oficialmente reconhecidos.

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2. O formador das escolas secundárias de via técnica c) Formador teórico e prático, o profissional que,
rege-se pelo disposto no estatuto do pessoal docente, sem em simultâneo, realiza as tarefas descritas
prejuízo de submissão ao presente diploma para efeitos nas alíneas anteriores;
de exercício da atividade profissional fora das referidas
escolas. d) Tutor, o individuo, trabalhador da entidade
empregadora, com perfil adequado, que, no
Artigo 3.° processo formativo, desempenha funções de
Conceito de formador de formação profissional orientação, integração, enquadramento e
acompanhamento do formando.
1. Para efeitos do presente diploma, entende-se por
formador de formação profissional o indivíduo cujo perfil Artigo 5.°
funcional integre competências sociais, técnicas, científi- Requisitos do exercício da actividade
cas e pedagógicas exigidas pelo presente diploma para o
exercício da atividade e esteja, como tal, habilitado com
1. Oexercício da atividade de formador de formação
um Certificado de Aptidão de Formador. profissional está condicionado à obtenção prévia de um
Certificado de Aptidão de Formador.
2. O formador de formação profissional deve reunir o
2. Constituem requisitos cumulativos para o exercício
domínio técnico atualizado relativo à área de formação em
da atividade de formador de formação profissional os
que é especialista, o domínio dos métodos e das técnicas
seguintes:
pedagógicas adequadas ao tipo e ao nível de formação
que desenvolve, bem como competências na área da a) Preparação psicossocial, que envolve, designa-
comunicação que proporcionem ambiente facilitador do damente, o espírito de cooperação e a capa-
processo de ensino/aprendizagem. cidade de comunicação, relacionamento e
Artigo 4.° adequação às caraterísticas do público alvo,
com vista a prosseguir com eficácia a função
Tipo de formadores
cultural, social e económica da formação;
1. Os formadores de formação profissional podem
b) Formação científica, técnica, tecnológica e prá-
distinguir-se em função do regime de ocupação, do tipo tica, que implica a posse de qualificação de
de vínculo, do nível de formação que ministram e da nível igual ou superior ao nível de saída dos
componente que desenvolvem.
formandos nos domínios em que desenvolve a
2. Relativamente ao regime de ocupação, o formador formação;
de formação profissional pode ser: c) Formação pedagógica adaptada ao nível e con-
a) Formador permanente quando esteja integrado texto em que se desenvolve a ação de forma-
no quadro de pessoal da entidade formadora ção, nos termos do artigo 7. 0; e
em que trabalha, exercendo a sua função per- d) Ausência comprovada de impedimentos de natu-
manentemente e de modo principal; reza física, psíquica e antecedentes criminais
b) Formador eventual quando não integra o quadro que impossibilitem o exercício da atividade de
de pessoal da entidade formadora, exercendo formador ou que sejam suscetíveis de serem
a sua atividade de modo ocasional, temporário agravadas por causa do desempenho desta.
ou secundário. 3. Para efeitos do disposto na alínea b) do número
3. Quanto ao vínculo laborai com a entidade formadora, anterior, é exigível:
o formador de formação profissional pode ser interno, a) Habilitação académica adequada, quando se tra-
quando tenha vínculo laborai com a entidade formadora, te de formação teórica geral;
ou externo, nos demais casos.
b) Habilitação académica adequada acrescida de
4. Em termos de componente de formação, o formador um ano de experiência profissional, quando
de formação profissional classifica-se em: se trate de formação teórico-técnica;
a) Formador teórico, o profissional que numa enti- c) Habilitação académica adequada acrescida de
dade formadora assume a tarefa de orientar três anos de experiência profissional, quando
o formando na aquisição de conhecimentos e se trate de formação de práticas profissionais.
competências teóricos necessários ao exercício
de uma determinada atividade profissional e 4. Para efeitos do disposto na alínea c) do n.° 2, é
apoiar o seu desenvolvimento pessoal como exigível a frequência, com aproveitamento, de curso de
cidadão; formação pedagógica inicial de formadores, nos termos
estabelecidos no artigo 7.°.
b) Formador prático, o profissional que numa enti-
Artigo 6.°
dade formadora assume a tarefa de orientar o
desenvolvimento de capacidades e competên- Regime excepcional de exercício da actividade
cias práticas do formando através de sessões 1. A título excecional, e quando justificado por razões
de formação prática simulada ou em contexto de natureza pedagógica ou técnica das ações de formação,
real de trabalho, apoiando igualmente a evo- podem ser autorizados, pelo Instituto do Emprego e
lução da personalidade do formando; Formação Profissional, enquanto entidade certificadora,
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)4101 caso YERX
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mediante decisão fundamentada, a intervir na forma- f) Indicação comprovada das qualificações e compe-
ção os profissionais que, não satisfazendo os requisitos tências por área e nível de formação; e
exigidos nas alíneas b) e c) do n.° 3 do artigo anterior,
g) Curricula especificando os dados relativos à par-
possuam especial qualificação académica e/ou profissio-
ticipação ou intervenção em atividade de ca-
nal ou detenham formação não disponível no mercado.
ráter formativo, profissional ou cultural.
2. Os módulos concernentes à pedagogia do curso de
3. O CAF deve indicar, nomeadamente:
formação pedagógica inicial de formadores são meramente
facultativos para os licenciados em pedagogia, ciências a) A identificação do seu titular;
de educação, psicologia educacional e das organizações, b) As habilitações literárias; e
ramo de ensino ou professores de ensino politécnico e
universitário ou docentes do ensino básico e secundário c) A preparação pedagógica.
com formação específica.
4. O CAF de formação profissional é válido por um
3. O disposto no número anterior não isenta o profis- período máximo de cinco anos, podendo ser renovado
sional de cumprir os demais requisitos com vista à prévia expressamente por igual e sucessivos períodos, se outro
obtenção de um Certificado de Aptidão de Formador. período não for estabelecido em norma específica de
certificação, a requerimento, devidamente instruído, do
Artigo 7.° interessado ou da entidade a que esteja vinculado.
Curso de formação pedagógica inicial de formadores 5. A renovação do CAF só pode ser concedida desde que
1. A formação pedagógica a que se refere a alínea c) do se verifiquem, cumulativamente, durante o período de
n.° 2 do artigo 5.° é obtida através da participação do can- validade do anterior certificado, os seguintes requisitos,
didato a formador de formação profissional num curso de em relação ao formador:
formação pedagógica inicial de formadores com a duração a) Atualização científica e técnica na área de for-
mínima de cem horas. mação em que é especialista, a verificar no-
meadamente através de currículo profissio-
2. O curso deve ser organizado pelo Instituto do Em-
nal e ou de formação específica;
prego e Formação Profissional ou, excecionalmente, por
outras entidades formadoras creditadas para o efeito, nos b) Desenvolvimento de um processo contínuo de
termos e condições a definir por portaria do membro do ajustamento pedagógico, nomeadamente
— g Governo responsável pela formação profissional. através da frequência de formação pedagógica,
com duração mínima de 40 horas; e
3. A conclusão, com aproveitamento, do curso de for-
mação pedagógica inicial de formadores é comprovada c) Atuação comprovada na área de formação por
através da emissão, pela entidade formadora, de um tipo de intervenção, com referência específica
certificado de aproveitamento. ao número de horas enquanto formador, às
entidades, à avaliação da sua prestação e dos
Artigo 8.° resultados obtidos.
Certificado de Aptidão de Formador
6. A experiência formativa não deve ser inferior a tre-
1. 0 Certificado de Aptidão de Formador (CAF) de for- zentas horas, exceto nos casos, a apreciar pela entidade
mação profissional é emitido pelo Instituto do Emprego certificadora, em que:
e Formação Profissional, a requerimento do interessado a) O formador possua qualificações académicas e
ou de entidade formadora, desde que verificados os re- ou profissionais muito específicas;
quisitos para o exercício da respetiva atividade previstos
no artigo 5.°. b) O formador exerça atividade formativa num do-
mínio muito especializado;
2.0 requerimento a solicitar o CAF deve ser dirigido ao
c) A oferta formativa na sua área de especialização
Instituto do Emprego e Formação Profissional e entregue
ou na sua área geográfica for limitada."
na sede ou nos centros de emprego e formação profissional,
acompanhado dos seguintes elementos: 7. O formador de formação profissional deve desenvol-
ver as suas atividades em pleno respeito pelas disposições
a) Cópia de documento de identificação do candidato constantes do presente diploma e demais legislação apli-
a formador; cável, sob pena de suspensão ou cassação do certificado.
b) Certificado de habilitações literárias; 8. Constituem causas de suspensão ou cassação do
certificado, nomeadamente:
c) Certificado de registo criminal;
a) Três avaliações negativas consecutivas; e/ou
d) Certificado comprovando a participação, com
aproveitamento, no curso de formação peda- b) Prática, no exercício da atividade de formador
gógica inicial de formador de formação pro- de formação profissional, de comportamentos
fissional; considerados graves e suscetíveis de porem
em causa a idoneidade do profissional, bem
e) Cópias de certificados ou avaliações relativas a como a verificação dos requisitos indispensá-
atividade profissional ou como formador; veis à atribuição do Estatuto de Formador.

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I SÉRIE — N-Q. 9 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE JANEIRO DE 2015 409
9. O exercício da atividade de formador de formação c) Preparar de forma adequada e prévia cada ação
profissional, após a suspensão ou cassação do certificado, de formação, tendo em conta os objetivos da
depende da frequência com aproveitamento de um novo ação, os seus destinatários, a metodologia
curso de formação pedagógica inicial de formadores com pedagógica mais ajustada, a estruturação do
aproveitamento. programa, a preparação de documentação e
10. A certificação de aptidão de formador em contexto de suportes pedagógicos de apoio, o plano de
real de trabalho/tutor será objeto de regulamentação sessão e os instrumentos de avaliação, bem
própria, dada a especificidade da sua atividade. como os pontos de situação intercalares que
determinem eventuais reajustamentos no de-
Artigo 9.° senvolvimento da ação;
Equivalência profissional
d) Participar na conceção técnica e pedagógica da
Através do processo de reconhecimento de equivalência ação, adequando os seus conhecimentos téc-
profissional, pode ser concedido, pela entidade compe- nicos e pedagógicos ao contexto em que se de-
tente nos termos da lei, Certificado de Equivalência de senvolve o processo formativo;
Aptidão de Formador (CEAF) de formação profissional,
aos profissionais que sejam detentores de certificados ou e) Exigir do formando o cumprimento rigoroso do dis-
outros títulos emitidos em países estrangeiros que titu- posto no contrato de formação por ele assinado;
lem competências idênticas às preconizadas no presente J) Cooperar e empenhar-se na criação de um clima
diploma, desde que em condições de reciprocidade. de confiança com todos os intervenientes do
Artigo 10.° processo formativo, assegurando que a ativi-
Direitos do formador dade formativa atinja os resultados pretendidos;

1. Para além dos demais previstos na lei, são direitos g) Respeitar e aplicar com rigor toda a legislação de
específicos do formador de formação profissional: formação profissional em vigor;
a) Obter documento comprovativo, emitido pela en- h) Colaborar em atividades de articulação entre
tidade formadora, da sua atividade enquanto centros de emprego e formação profissional,
formador em ações por ela desenvolvidas, do empresas, famílias e demais envolvidos no
qual conste especificamente o domínio, a du- processo de formação profissional;
ração e a qualidade da sua intervenção; i) Avaliar cada ação de formação profissional e, glo-
0:0 00
ao b) Ser integrado na Bolsa Nacional de Formadores balmente, cada processo formativo, em função
(BNF) de formação profissional; dos objetivos fixados e do nível de adequação
conseguido;
c) Participar em programas de atualização, espe-
cialização e aperfeiçoamento profissional des- j) Avaliar os formandos e os resultados das ações de
tinados a formadores; e formação que ministrar;
d) Apresentar propostas e sugestões com vista à k) Preservar e usar adequadamente as instalações,
atualização técnica, científica e pedagógica máquinas, ferramentas e demais bens sob
relativa ao seu campo de atuação, inclusive sua responsabilidade;
na aquisição de materiais e outros recursos que
1) Cumprir de forma integral o programa de formação
melhorem a eficácia do processo formativo.
profissional sob a sua responsabilidade.
2. Para efeitos do disposto na alínea a) do número
anterior, o formador de formação profissional disporá 2.0 formador, enquanto elemento determinante para o
de documento adequado, de modelo a aprovar por por- êxito da ação formativa, é submetido a avaliação, tanto no
taria do membro do Governo responsável pela formação âmbito da sua competência técnico-profissional como no
profissional. seu contributo para a criação de um clima de confiança e
compreensão mútuas entre os intervenientes no processo
Artigo 11.° formativo.
Deveres do formador
Artigo 12.°
1. Sem prejuízo do disposto na lei, são deveres especí- Disciplina
ficos do formador, nomeadamente:
A violação dos deveres de formador de formação pro-
a) Fixar os objetivos da sua prestação e a metodo-
fissional faz o infrator incorrer em processo disciplinar,
logia pedagógica a utilizar, tendo em consi- nos termos da lei.
deração o diagnóstico de partida, os objetivos
da acção e os destinatários da mesma, com Artigo 13.°
observância das orientações da entidade for- Recrutamento e selecção
madora ou beneficiária;
1. O recrutamento e a seleção do formador de formação
b) Cooperar com a entidade formadora, bem como profissional deve obedecer o disposto no presente diploma
com os outros intervenientes no processo for- e rege-se pelo princípio da adequação dos perfis dos can-
mativo, no sentido de assegurar a eficácia da didatos às exigências de formação decorrentes do nível
ação de formação; de formação profissional para que se candidata.

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410 I SÉRIE — N Q 9 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE JANEIRO DE 2015


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2. Entre a entidade formadora e o formador de forma- constar da Bolsa Nacional de Formadores e de solicitar
ção profissional deve estabelecer-se sempre um contrato a retificação dos dados que lhe digam respeito, apresen-
de trabalho ou de prestação de serviço, com a indicação tando os respetivos fundamentos.
dos direitos e obrigações das partes.
Artigo 17.°
3. O concurso público deve constituir o processo normal Disposições transitórias
para o recrutamento do formador de formação profissio-
nal dos centros públicos. 1. Os profis.sionais que, à data de publicação do presente
diploma, exerçam atividade de formador de formação pro-
Artigo 14.° fissional nos centros públicos e privados é estabelecido o
Carreira profissional período de um ano para obterem o certificado de curso de
formação inicial de formadores de formação profissional
Salvo o disposto no presente diploma, a carreira profis- e requerer o Certificado de Aptidão de Formador.
sional do formador de formação profissional dos centros
públicos e privados obedece ao disposto na legislação que 2. O Instituto do Emprego e Formação Profissional
lhes for especificamente aplicável, e, designadamente, fica obrigado a providenciar a organização dos cursos
nas respetivas cláusulas contratuais. de formação inicial de formadores até que a iniciativa
privada possa intervir no setor.
Artigo 15.°
3. No prazo máximo de seis meses, contados a partir da
Avaliação de desempenho
data da entrada em vigor do presente diploma, o Instituto
1. O desempenho da atividade de formador de formação do Emprego e Formação Profissional deve organizar o
profissional está sujeito a uma avaliação de caráter con- primeiro curso de formação inicial de formadores.
tínuo, culminando com uma avaliação anual, que tem
4. Enquanto não for aprovado o estatuto do tutor de
por objetivo:
formação profissional, aplicam-se-lhe, com as necessárias
a) Melhorar a qualidade da formação profissional adaptações, as normas constantes do presente diploma.
ministrada; Artigo 18.°
b) Adequar a organização do sistema e das ações de Revogação
formação profissional às necessidades e exi-
É revogado o Decreto-Regulamentar n.° 14/2005, de
gências da formação; 26 de Dezembro.
°
— o

c) Melhorar a prestação pedagógica e a qualidade Artigo 19.°


profissional do formador; e
Entrada em vigor
(I) Valorizar e aperfeiçoar o trabalho do formador. O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
2. A avaliação de desempenho refere-se às competên- da sua publicação.
cias técnicas e metodológicas reveladas pelo formador Aprovado em Conselho de Ministros de 9 de
durante o período de avaliação. Outubro de 2014.
3. O sistema de avaliação de desempenho é objeto de José Maria Pereira Neves - Janira Isabel Fonseca
regulamentação específica pelas entidades formadoras, Hopffer Almada - Fern,ancla Maria de Brito Marques
c,om a observância do disposto no presente diploma e
- António Leão de Aguiar Correia e Silva
demais legislação aplicável.
Promulgado em 23 de Janeiro de 2015
Artigo 16.°
Publique-se.
Bolsa Nacional de Formadores de formação profissional

1. O Instituto do Emprego e Formação Profissional deve O Presidente da República, JORGE CARLOS DE


ALMEIDA FONSECA
constituir uma BNF de formação profissional, por áreas
ou níveis de formação, regiões ou ilhas, integrando todos
os formadores para os quais foram emitidos certificados
de aptidão de formador. Decreto-Regulamentar n° 2/2014
de 28 de Janeiro
2. A BNF de formação profissional é organizada de
forma a possibilitar a constituição de bolsas regionais e O presente diploma regula o reconhecimento de qua-
setoriais, por áreas de formação, as quais deverão conter lificações profissionais obtidas em sistemas de formação
elementos atualizados dos formadores por região e setor. profissional estrangeiros, com vista à atribuição de equi-
valências profissionais.
3. Compete ao Instituto do Emprego e Formação Pro-
fissional a organização, gestão e divulgação das bolsas A matéria não é nova, pois, já constava do Decreto-
de formadores de formação profissional, às quais terão Reg-ulamentar n.° 5/2005, de 27 de junho, que criou a
acesso permanente todas as entidades gestoras, forma- Comissão Nacional de Equivalência Profissional (CNEP),
doras e beneficiárias de formação profissional. no quadro da regulamentação do Decreto-lei n.° 37/2003,
de 6 de Outubro, sendo este revogado pelo Decreto-lei
4. Todo o formador de formação profissional que reunir n.° 53/2014, de 22 de setembro, que estabelece o Regime
os requisitos previstos no presente diploma tem direito de Jurídico Geral da Formação Profissional.

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