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Pat Carien* AnáliseSocial, vol. xlii (185), 2007, 1005-1019
e a indústria
A reclusãode mulheres
de reintegração
* Universidade
de Keele. 1005
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Pat Carlen
INTRODUÇÃO
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A reclusãode mulheres
e a indústria
de reintegração
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Pat Carlen
sofrimento debilitante
da prisãoserãoinevitavelmente
minadaspelocontexto
de puniçãoe encarceramento. Em segundolugar,convenceuos juizes de
que é legítimo
enviarmulheres paraa prisãosemolharà trivialidade
dos seus
na
crimes,pois prisão elas sofrerãouma lavagem cerebralparaque consi-
gam lidarcom a sua pobreza de formanão criminosa.
Tal como foiproposto
porumapublicaçãogovernamental de forma
britânica duvidosa(massincera):
ARGUMENTOS
Este artigoapresenta
quatroargumentos
principais:
Segundoargumento: as características
definitivas da prisãoimplicam
que, mesmo quando também pretende servir como hospício,centrode la-
vagemcerebral, armazém ou até numa
aspirador, metáfora utili-
apropriada
zada por Loïc Waquant,ela é, acima de tudo,uma prisão,cuja função
manter
principal, pessoasenclausuradas contravontade, necessaria-
perverte
mente(e não acidentalmente) qualquer das outras, com supostasfunções
O fundamento
maisterapêuticas. da prisãoé a sua lógicade encarceramento,
o que corrompe inevitavelmente todasas tentativas de reformaprisionale
estrangulatambémà nascença,atravésdo transencarceramento, muitos
programas de detençãonão prisional.
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A reclusãode mulheres
e a indústria
de reintegração
o discursode reintegração
prisionalresultanumatransferênciade recursos
da comunidade a
para prisão.É discutívelque taisrecursos
tenham maiores
resultados
(em termosde tratamentoeficazpara os consumidoresde droga)
numcenáriode práticasocialnãoprisional
se disponibilizados do que quando
colocadosnumcenáriode práticaanti-social de prisãolegítima.
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das populaçõesprisionais
Razões sociológicas:os traçoscaracterísticos
femininas tornam a ideiade reintegraçãodesadequada.O conceitode rein-
tegraçãodas mulheres implicaque, antesde serempresas,as
prisioneiras
mulheres detidasestavaminseridas na comunidade e que,depoisde saírem,
precisam de assistência
apenasparapoderem recuperaro lugarque anterior-
menteocupavamna sociedade. entanto, pesquisafeitajuntode todas
No a
as jurisdiçõesinvestigadasno âmbitodo projectoMIP indicaque grande
partedas mulheres condenadasà prisãonão possuíamsegurançafinanceira
antesde serempresas,nuncatendotrabalhado ou tendoapenasconseguido
1014 empregos precários e malpagos, sem alojamentoseguro,commuitopoucas
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Os funcionários no ReinoUnidoestãobemconscientes
prisionais de que
o principal
objectivoda prisãoé o de manteros detidos
prisioneiros de forma
segura.No entanto,muitosdeleshoje em dia tambémagemde acordocom
um discursode culturade reintegração que pode sugerirque a prisãose
tornoumenosdestrutiva e dolorosado que era em épocas anteriores. Não
é verdade.No Reino Unido,as tentativas sériase sinceraspor partedo
pessoalprisionalparatornaras prisõesmenosdemolidoras foramminadas
pelo cancrode umadisciplina governativaque agiuparagarantir que muitas
prisionaisde reintegração
das estratégias (como programas, preparaçãoe
funcionassem
responsabilização) apenasparamanter os presosno seu lugar.
E é acercadestadisciplina
de governação que gostariade dizermaisalgumas
palavras.
Em Disciplineand Punish,Foucault(1977) argumentou que as formas
modernas de regulaçãosocialservemparacriarumacidadaniadisciplinada
que, tendointeriorizadode tal formaas regrasdo comportamento discipli-
nado,levouao desusoda coacçãofísica.Então,seguindoaindaFoucault,se
1016 se entendeque estatecnologia contínuada disciplinade massas,em vez de
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Notas
1 Na Conferênciade 2004 sobreas Prisões,Londres,2004.
2 Kim de 2004
Pate,da AssociaçãoElizabethFry,do Canadá,ao autorna Conferência
sobreas Prisões,Londres.
BIBLIOGRAFIA
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