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2017
A
Eduardo Azevedo Rodrigues - João Azevêdo Lins filho - Secretário de Presidente
Secretário de Planejamento e Infra-estrutura, Recursos Hídricos, Edson da costa Pereira - Vice-
Desenvolvimento Energético do Meio Ambiente e da Ciência e Presidente
Wilson ferreira Júnior - Presidente Tecnologia Nilson de Brito feitoza - Diretor
ELEtRoBRAs Robson Barbosa - Secretario Executivo Superintendente
sinval zaidan gama - Presidente de Energia e do Programa de José Marcelo de Aguiar Macêdo -
chEsf Aceleração do Crescimento – PAc Diretor Administrativo
Maurício Beltrão de Rossiter corrêa -
: UNiVERsiDADE fEDERAL DE Gestor do Projeto
cAMPiNA gRANDE - Ufcg :
Vicemário simões - Reitor
José Edílson de Amorim - Professor
Foi com muita satisfação que em decorrência da assinatura de um Um trabalho da dimensão deste, que ora divulgamos, somente de-
protocolo de colaboração com o Governo do Estado da Paraíba e com a monstra o quanto é produtiva a parceria entre entes públicos voltados para
Eletrobras obtivemos o ATLAS EÓLICO DO ESTADO DA PARAÍBA. a busca do conhecimento e de seu aproveitamento socioeconômico mais
relevante e abrangente, notadamente no campo do setor elétrico nacional.
É com muito orgulho que divulgamos este inédito e imprescindível
trabalho de estudo, pesquisa e extensão universitária da mais alta quali- Ressaltamos, mais uma vez, a oportunidade desta publicação: as po-
ficação e da mais profunda relevância social e ambiental. pulações clamam por qualidade ambiental, e essa somente será garan-
tida com o conhecimento e o uso de energias limpas e de fontes reno-
Historicamente, não poderia ser mais oportuna a divulgação do váveis. É tudo que a parceria aqui destacada oferece como significativa
presente trabalho: Campina Grande comemora seu sesquicentenário e contribuição à sociedade brasileira, aos gestores das políticas públicas
exibe sua maturidade ao abrigar importantes instituições de formação energéticas e ao desenvolvimento sustentável.
profissional, de pesquisa e de inovação tecnológica.
Com sua iniciativa de destaque, a UFCG cumpre seu papel social
Entre essas instituições, a Universidade Federal de Campina Gran- como instituição de formação, de pesquisa, de desenvolvimento, de ino-
de – UFCG pontifica como vanguarda e como parceira no campo da vação tecnológica e de interação social e científica qualificada. Aos que
pesquisa em energias renováveis, a cargo de professores e pesquisadores fazem a administração central da UFCG restam dois gestos: agradecer
que atuam no Centro de Ciência e Tecnologia – CCT, no Centro de Tec- aos parceiros deste projeto exitoso, sem os quais não seria efetiva a in-
nologia e Recursos Naturais – CTRN e sobretudo, no que diz respeito à tegração do Estado da Paraíba no mapa do potencial da energia eólica
participação no presente trabalho, no Centro de Engenharia Elétrica e nacional, e parabenizar nossos pesquisadores pelo sucesso do empreen-
Informática – CEEI. dimento.
Vicemário simões
Reitor da Ufcg
LEo giBRAN
3
A oferta de energia elétrica atrai indústria e empregos e promove o desen- A Paraíba, que é uma Unidade da Federação de dimensões relativa-
volvimento, propiciando à população melhores condições para que se fixe às mente pequenas, importa em torno de 60% da energia que consome,
suas origens. Por outro lado, crises de escassez de energia podem trazer de- além de ter aproximadamente 90% de sua capacidade de geração atre-
sequilíbrios, que se refletirão ao longo de anos na economia de um país. Esta lada à fontes térmicas, distanciando enormemente o Estado do restante
lição recorrente, que afeta também a vida dos brasileiros, evidencia a necessi- do Brasil.
dade contínua de expansão da capacidade de geração de energia elétrica.
O Atlas Eólico do Estado da Paraíba apresenta-se como um impor-
A indústria da geração de energia elétrica a partir da força dos ventos tante instrumento para a definição de políticas públicas de estímulo ao
é a que mais tem se expandido nas últimas décadas, entre aquelas aptas investimento em energia eólica, incentivando e alavancando o setor, ao
à escala de gigawatts. Muitos países vêm investindo intensamente nesta apresentar detalhadamente os regimes de vento e os respectivos poten-
opção, num esforço conjunto da comunidade global rumo ao crescimen- ciais de geração de energia a partir dessa fonte, pontos de partida para
to sustentável: o aproveitamento da energia dos ventos não emite po- seu efetivo aproveitamento.
luentes e tem baixo nível de ruído, além de coexistir com áreas agrícolas,
gerando empregos qualificados na fabricação, instalação e operação dos A Paraíba apresenta excelentes condições geográficas para a instala-
aerogeradores e adensando o conteúdo tecnológico da economia. ção de parques eólicos. Além das condições de vento favoráveis, apresen-
tadas neste trabalho, o Estado detém vastas áreas com relevo adequado à
A energia eólica, por não ser vinculada a combustíveis fósseis, é in- implantação de aproveitamentos eólicos. As atividades econômicas pra-
vulnerável a flutuações de preços de commodities, o que a torna um re- ticadas nessas terras podem coexistir com o desenvolvimento da energia
curso agregador de segurança energética. Importante notar ainda que eólica sem prejuízos significativos à produção, mas com benefícios com-
o Brasil, cujo potencial de expansão hidráulica caminha para o esgo- pensatórios: melhoria na infraestrutura, pagamento de arrendamento
tamento, necessita diversificar sua matriz energética, preferencialmente pelo uso das terras, geração de empregos e contrapartidas sociais.
com outras fontes renováveis de energia.
Esta publicação registra de maneira detalhada e precisa as estatísti-
Neste contexto, a energia eólica tem se apresentado nos últimos anos cas da circulação dos ventos sobre a Paraíba, complementado por in-
como a mais promissora e consistente fonte energética a agregar capaci- formações estruturais e demográficas atualizadas. O mapeamento do
dade instalada ao Sistema Interligado Nacional. potencial paraibano foi obtido a partir da aplicação da mais rigorosa
Além disso, a publicação aborda as principais questões que en- Este Atlas é, portanto, uma ferramenta atualizada, que se agrega ao
volvem a tecnologia empregada na geração eólica, bem como a rol de condições favoráveis ao desenvolvimento da energia eólica no Es-
metodologia utilizada para a elaboração deste estudo, buscando tado da Paraíba, e será utilizado no planejamento e expansão do setor,
fornecer um diagnóstico completo sobre o assunto e se configurar seja nas políticas públicas, ou nas estratégias de expansão de negócio de
como a referência mais atualizada para avaliações complementares, empreendedores e investidores.
planejamento e implantação de parques de aproveitamento eólico
no Estado da Paraíba.
LEo giBRAN
5
O ESTADO DA
PARAÍBA
1 CLIMATOLOGIA
2 ENERGIA EÓLICA
E MEIO AMBIENTE
3 TECNOLOGIA
4 METODOLOGIA
5
1.1 CARACTERIZAÇÃO 11 2.1 CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA 21 3.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL 29 4.1 HISTÓRICO 37 5.1 O SISTEMA MESOMAP 45
GEOGRÁFICA 4.1.1 Energia Eólica no Brasil na 39 5.1.1 Áreas de Mapeamento e Casos 46
1.1.1 Demografia e Consumo de 12 2.2 REGIMES DE VENTO 22 3.2 ÁREAS DE PROTEÇÃO NO 30 Década de 2000 Característicos
Energia Elétrica 2.2.1 Regimes Horários 23 ESTADO DA PARAÍBA
3.2.1 Unidades de Conservação 30 4.1.2 Expectativas Futuras 39
2.2.2 Regimes Mensais e Sazonais 23 5.2 MODELOS DE TERRENO 46
1.2 INFRAESTRUTURA 15 3.2.2 Terras Indígenas, Quilombos e 32 4.2 O AEROGERADOR 40 5.2.1 Modelo Digital de Relevo 46
2.2.3 Regimes Interanuais 24
1.2.1 Transporte Rodoviário 15 Assentamentos Agrícolas 5.2.2 Modelo de Rugosidade 47
1.2.2 Modais Ferroviário e Aquaviário 15 2.3 CHUVAS 24 4.3 TECNOLOGIAS DE 42
PROSPECÇÃO DO 5.2.3 Metodologia para Elaboração 47
1.2.3 Sistema Elétrico 16 2.4 TEMPERATURAS 24 RECURSO EÓLICO do Modelo de Rugosidade
4.3.1 Instrumentos de Medição em 42
Campanhas Eólicas 5.3 MEDIÇÕES ANEMOMÉTRICAS 49
5.3.1 Metodologia de Processamento 49
4.3.2 Instrumentos de Medição 43
Remota
MAPAS EÓLICO
6 ANÁLISES E
DIAGNÓSTICOS
7 8
REFERÊNCIAS APÊNDICES
ABCDE
86
6.1 ROSAS DOS VENTOS ANUAIS 56 7.1 O POTENCIAL EÓLICO 69 A CAMPANHA DE MEDIÇÃO 90
FREQUÊNCIAS X DIREÇÕES DA PARAÍBA ANEMOMÉTRICA
6.2 ROSAS DOS VENTOS ANUAIS 57 A.1 Torre Campina Grande 92
7.2 ÁREAS PROMISSORAS 71
VELOCIDADES NORMALIZADAS X DIREÇÕES 7.2.1 Área 1: Mataraca 73 A.2 Torre Damião 93
6.3 POTENCIAL EÓLICO SAZONAL 58 7.2.2 Área 2: Curimataú 74 A.3 Torre Juazeirinho 94
A 70 METROS DE ALTURA A.4 Torre Mataraca 95
7.2.3 Área 3: Serra da Borborema 76
6.4 POTENCIAL EÓLICO ANUAL 59 A.5 Torre Pitimbu 96
A 70 METROS DE ALTURA 7.2.4 Área 4: Seridó Oriental 78
7.2.5 Área 5: Seridó Ocidental 80 A.6 Torre Teixeira 97
6.5 POTENCIAL EÓLICO SAZONAL 60
A 100 METROS DE ALTURA 7.2.6 Área 6: Serra do Teixeira 82 B GLOSSÁRIO 98
6.6 POTENCIAL EÓLICO SAZONAL 61 7.2.7 Área 7: 84
São João do Tigre e Camalaú C O SISTEMA MESOMAP 100
A 100 METROS DE ALTURA
C.1 O Módulo Mass 100
6.7 POTENCIAL EÓLICO SAZONAL 62 C.2 O Módulo Windmap 100
A 120 METROS DE ALTURA
6.8 POTENCIAL EÓLICO ANUAL 63 D FÓRMULAS ÚTEIS 101
A 120 METROS DE ALTURA
D.1 Distribuição de Weibull 101
6.9 POTENCIAL EÓLICO SAZONAL 64
D.2 Lei Logarítmica e Rugosidade 102
A 150 METROS DE ALTURA
D.3 Densidade do Ar 103
6.10 POTENCIAL EÓLICO ANUAL 65
A 150 METROS DE ALTURA D.4 Esteira Aerodinâmica 103
D.5 Produção Anual de Energia (PAE) e 103
6.11 DENSIDADE MÉDIA ANUAL DO AR 66
Fator de Capacidade
6.12 FATOR DE FORMA DE WEIBULL ANUAL 67 D.6 Custo de Geração 103
Jangada com as cores do Estado da Paraíba é Figura 2.3 Elementos da camada-limite terrestre 21 Figura 4.3 Moinhos de vento, em Greetsiel, Alemanha 37
Figura 1.1 10
propelida pela força do vento, em Cabedelo
Fatores de Capacidade - FC estimados para projetos Bombeamento de água por
Mosaico de imagens LANDSAT 7 ETM+[66] Figura 4.4 38
Figura 1.2 11 no entorno das torres anemométricas consideradas moinho de múltiplas pás, EUA
sobreposto ao modelo digital de elevação SRTM[25] Figura 2.4 para a elaboração do Atlas Eólico do Estado da 22
Paraíba. A metodologia para estimativa dos fatores Figura 4.5 Medição anemométrica realizada na altura de nacele 39
Figura 1.3 Eletrificação rural, em Teixeira 12 de capacidade é apresentada no Capítulo 7, Item 7.1.
Dimensões típicas de turbinas disponíveis no
Oferta de energia elétrica por fontes e importação Figura 2.5 Circulação atmosférica 22 Figura 4.6 40
Figura 1.4 12 mercado, comparadas às da aeronave Airbus A380
líquida no Estado da Paraíba
Acima: gráfico de barras com os regimes interanuais Figura 4.7 Transporte das pás de um aerogerador 40
Consumo de energia elétrica por classes no Estado normalizados de várias regiões do Estado; abaixo:
Figura 1.5 12 Figura 2.6 comparação entre as amplitudes de variação mensal 23
da Paraíba
da velocidade do vento entre as regiões de Campina Evolução mundial da capacidade instalada de
Figura 4.8 40
Grande e Pitimbu. geração a partir da fonte eólica
Figura 1.6 Cabedelo e João Pessoa 13
Figura 2.7 Precipitação (ao fundo) sobre o município de Araruna 24 Evolução nacional da capacidade instalada de
Figura 1.7 Campina Grande, no Agreste Paraibano 13 Figura 4.9 40
geração a partir da fonte eólica
Figura 1.8 Patos, no Sertão Paraibano 13 Figura 4.10 Junção da pá à nacele de um aerogerador 41
Figura 1.9 Araruna, no Agreste Paraibano 13 Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE Abertura de acessos, área de montagem e
Figura 3.1 Manguezais da Foz do Rio Mamanguape 28 Figura 4.11 41
construção da base da torre
Figura 1.10 Teixeira, no Sertão Paraibano 13
Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Figura 4.12 Torre metálica e nacele aguardando montagem 41
Figura 3.2 30
Mamanguape, em Rio Tinto
Figura 1.11 Pitimbu, no Litoral Sul 13
Figura 4.13 Montagem de uma torre de concreto modular 41
Reserva Ecológica Mata do de Rio Vermelho,
Figura 1.13 Porto de Cabedelo 15 Figura 3.3 30
em Rio Tinto
Parque em operação e torre de medição
Figura 4.14 41
anemométrica
Figura 1.12 Rodovia PB-228, em Passagem 15 Figura 3.4 Parque Estadual Pedra da Boca, em Araruna 31
Figura 4.15 Anemômetro de copo e Windvane 42
Figura 1.14 Estrada de ferro, em Campina Grande 15 Figura 3.5 Parque Estadual do Pico do Jabre, em Maturéia 31
Figura 4.16 LIDAR e torre de medição anemométrica (ao fundo) 43
Figura 1.16 Termoelétrica Campina Grande, em Campina Grande 16 Área de Proteção Ambiental das Onças,
Figura 3.6 31
em São João do Tigre
Linhas de Transmissão em 138 e 230 kV (CHESF),
Figura 1.15 16 Figura 3.7 Terra Indígena Potiguara, em Baía da Traição 32
em Cuité
Torre de medição anemométrica e aerogeradores,
Figura 5.1 44
Figura 1.17 Parque Eólico Alhandra, em Alhandra 17 Figura 3.8 Região do Quilombo Matão, em Gurinhém 33 em Mataraca
Parque Eólico Millennium e Complexo Eólico Assentamento da Reforma Agrária, Figura 5.2 Representação esquemático do processo MesoMap 45
18 Figura 3.9 33
Vale dos Ventos (ao fundo), em Mataraca em Campina Grande
Perfil da elevação na direção leste para oeste,
Figura 5.3 46
extraído do modelo de relevo SRTM
Curvas de potência consideradas no cálculo Figura A.2 Torre de medição anemométrica em Campina Grande 92 Tabela 5.1 Faixas de Rugosidade por classes de 47
Figura 7.2 de integração, representativa das máquinas 71 uso/cobertura do solo
comercializadas no Brasil Rosas dos ventos e regimes diurnos
Figura A.3 92
observados na torre Campina Grande
Aproveitamento do potencial eólico do litoral norte
Figura 7.3 71
da Paraíba Figura A.4 Torre de medição anemométrica em Damião 93
Tabela A.1 Características geométricas das torres de medição 90
empregadas na campanha anemométrica do Atlas
Figura 7.4 Torre de medição anemométrica, em Araruna 74 Rosas dos ventos e regimes diurnos
Figura A.5 93
observados na torre Damião Tabela A.2 Integração do potencial energético da 91
Figura 7.5 Município de Damião 74 fonte eólica no Estado da Paraíba
Figura A.6 Torre de medição anemométrica em Juazeirinho 94
Tabela A.3 Características gerais da torre Campina Grande 92
Figura 7.6 Rodovia PB-133, em Cacimba de Dentro 74
Figura A.7 Rosas dos ventos e regimes diurnos observados na torre 94 Tabela A.4 Sumário das medições na torre Campina Grande, 92
Figura 7.7 Área ao norte do município de Dona Inês 76 ajustadas para o longo prazo
Figura A.8 Torre de medição anemométrica em Mataraca 95
Tabela A.5 Características gerais da torre Damião 93
Figura 7.8 Área no município de Dona Inês 76
Rosas dos ventos e regimes diurnos
Figura A.9 95 Tabela A.6 Sumário das medições na torre Damião,
Figura 7.9 Área ao norte do município de Dona Inês 76 observados na torre Mataraca 93
ajustadas para o longo prazo
Torre de medição anemométrica do projeto de Figura A.10 Torre de medição anemométrica em Pitimbu 96 Tabela A.7 Características gerais da torre Juazeirinho 94
Figura 7.10 78
aproveitamento eólico Picuí, cadastrado na ANEEL
Rosas dos ventos e regimes diurnos Tabela A.8 Sumário das medições na torre Juazeirinho,
Figura A.11 96 94
Área de futuro aproveitamento eólico em Picuí, observados na torre Pitimbu ajustadas para o longo prazo
Figura 7.11 78
cadastrado na ANEEL
Figura A.12 Torre de medição anemométrica em Teixeira 97 Tabela A.9 Características gerais da torre Mataraca 95
Figura 7.12 Área dedicada à agricultura, em Picuí 79 Tabela A.10 Sumário das medições na torre Mataraca,
Rosas dos ventos e regimes diurnos 95
Figura A.13 97 ajustadas para o longo prazo
Figura 7.13 Relevo acidentado, em Passagem 81 observados na torre Teixeira
Tabela A.11 Características gerais da torre Pitimbu 96
Figura 7.14 Torre de medição anemométrica, em Santa Luzia 81 Domínio tridimensional de cálculo do WindMap: a malha
Figura C.1 concentra mais elementos na região próxima à superfície 100 Tabela A.12 Sumário das medições na torre Pitimbu, 96
do solo, onde ocorrem os gradientes mais significativos ajustadas para o longo prazo
Torre de medição anemométrica do projeto de
Figura 7.15 aproveitamento eólico Ventura, cadastrado na 82 Tabela A.13 Características gerais da torre Teixeira 97
ANEEL. Rodovia PB-306, em Teixeira Figura D.1 Distribuições de Weibull e Rayleigh 102
Tabela A.14 Sumário das medições na torre Teixeira, 97
Figura 7.16 Região de chapada, em Cacimbas 83 ajustadas para o longo prazo
Fluxo de potência disponível no vento livre de
Figura D.2 obstáculos (W/m²) em função de sua velocidade 102 Tabela D.1 Função Gama para diferentes valores de k 102
Figura 7.17 Rodovia PB-240, em São João do Tigre 85 média e do fator de forma de Weibull
zig koch
Figura 1.1 Jangada com as cores do Estado da Paraíba é propelida pela força do vento, em Cabedelo
r i o g rande d o n o r t e
ico
â nt
atl
c eará
o
ean
oc
Figura 1.2 Mosaico de
imagens LANDSAT 7 ETM+[66]
sobreposto ao modelo digital
de elevação SRTM[25]
P ernambu c o
11
zig koch
Com tendência similar à observada na maioria dos estados brasileiros,
a população da Paraíba está fortemente concentrada em áreas urbanas:
46,1% residem em um dos 10 municípios com mais de 50.000 habitantes
PARAÍBA: OFERTA DE ENERGIA ELÉTRICA
(7,2% do território paraibano), ou seja, em um ambiente de densidade
POR FONTES E IMPORTAÇÃO LÍQUIDA [GWh/ ano]
Eólicas e PCH
populacional equivalente a 444,2 hab/km², ao passo que a distribuição
verificada nos demais 213 municípios (53,9% da população estadual) é 147
5000
169 148 141
de 40,3 hab/km². Os dados demonstram a disparidade entre o povoa- 146 1707 163
143 841 3286 3215
mento do interior paraibano e os principais centros urbanos[48].
4000 36 104 262 243 1333
13
12 283 128 3789
224 3665
O consumo médio per capita de energia elétrica (residencial, comercial e 4
7 154 3365
3545 3500 Figura 1.4 Oferta de
11 294 3248
público somados) nesses 10 grandes centros também é aproximadamente 3000 75 3111
energia elétrica por fontes e
2943 2799
2810 2798 importação líquida no Estado
o dobro do verificado nos demais centros: 1.186,7 kWh/ano, contra 576,7 2793
da Paraíba
kWh/ano por residente dos demais municípios[33]. Nota-se ainda a retra-
Importação
2000
ção de um terço do consumo industrial no Estado nos últimos três anos
(2014-2016) e a estagnação do consumo rural nos últimos cinco anos,
1000 1047 1084
que encerrou o período anterior de rápido crescimento (9,6% a.a.) regis-
trado nos oito anos entre 2003 e 2012. 0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
O Produto Interno Bruto – PIB do Estado, avaliado em R$ 35,44 bilhões
em 2011 (0,9% do PIB brasileiro), cresceu a um ritmo de 12,3% a.a. no
PARAÍBA: CONSUMO ANUAL DE ENERGIA ELÉTRICA
período 2002-2011, superior ao índice nacional, de 3,88% a.a., verifica-
POR CLASSES [GWh/ ano]
do no mesmo período[46]. Os 10 municípios paraibanos com maior PIB 5000
em 2011, todos com mais de 400 milhões de reais, concentram cerca de
12
Consumo
Energia
População Área
Municípios Mesorregião Elétrica
2013 [km²]
2013
[GWh]
Figura 1.6 Cabedelo e João Pessoa 7 Cajazeiras Sertão Paraibano 58 446 566 77
Figura 1.9 Araruna, no Agreste Paraibano
8 Cabedelo Mata Paraibana 57 944 32 129
9 Guarabira Agreste Paraibano 55 326 166 86
10 Sapé Mata Paraibana 50 143 316 38
TOTAL 10 MAIORES 1 717 090 3 855 2 861
PARAÍBA 3 914 421 56 470 4 605
BRASIL 201 032 714 8 515 767 516 418
Consumo
Energia
PIB 2011 População
Municípios Mesorregião Elétrica
[R$ 1000] 2013
2013
Figura 1.7 Campina Grande, no Agreste Paraibano Figura 1.10 Teixeira, no Sertão Paraibano
[GWh]
1 João Pessoa Mata Paraibana 10 107 596 723 515 1 649
2 Campina Grande Agreste Paraibano 5 339 761 385 213 399
3 Cabedelo Mata Paraibana 2 801 675 57 944 129
4 Santa Rita Mata Paraibana 1 402 812 120 310 196
5 Bayeux Mata Paraibana 836 191 99 716 75
6 Patos Sertão Paraibano 768 110 100 674 120
7 Sousa Sertão Paraibano 629 597 65 803 91
8 Cajazeiras Sertão Paraibano 531 715 58 446 77
9 Guarabira Agreste Paraibano 490 084 55 326 86
10 Conde Mata Paraibana 406 872 21 400 103
TOTAL 10 MAIORES 23 314 413 1 688 347 2 926
PARAÍBA 35 443 832 3 914 421 4 605
BRASIL 4 143 000 000 201 032 714 516 418
Figura 1.8 Patos, no Sertão Paraibano Figura 1.11 Pitimbu, no Litoral Sul FONTE: AESA[1], ANEEL [2], EPE[30], IBGE[47][48], IDEME[52]
13
54 20 262
93 45 451
54 32 361
168 147 1109 CAMPINA GRANDE 165 152 1079
LITORAL NORTE
JOÃO PESSOA
71 46 359
SAPÉ
ITAPORANGA
133 86 761
84 58 442
CARIRI ORIENTAL
64 102 388
* A divisão territorial do Brasil em micro e mesorregiões,
SERIDÓ ORIENTAL PARAIBANO
adotada pelo IBGE, tem fins de uso prático em estatística,
agrupando municípios limítrofes com base em similarida-
BORBOREMA AGRESTE PARAIBANO 74 41 363 des econômicas e sociais. ** Valores de consumo de ener-
gia desagregado por municípios.
SERIDÓ OCIDENTAL PARAIBANO CARIRI OCIDENTAL
14
Aquaviário Porto de Cabedelo, este último por meio da malha da TLSA. As princi-
pais cargas transportadas por estes modais pertencem ao agronegócio e
à indústria mineral.
15
TOTAL 566,5
16
TOTAL 69,0
17
zig koch
18
Oceano
Atlântico
Ceará
Pernambuco
N
ESCALA 1 : 1 000 000
O L
Projeção Albers Cônica, Datum SIRGAS 2000
S
0 10 20 30 40 50 km
LT 230 kV Estradas
pavimentadas
Usinas térmicas Divisas estaduais INFRAESTRUTURA – sistema elétrico e malha viária •
LT 138 kV Estradas Usinas eólicas em operação Corpos de água
não pavimentadas Mapa 1.2 •
LT 69 kV Ferrovias Usinas eólicas em projeto e Rios BASE CARTOGRÁFICA: AESA[1], DER-PB[27], DNIT[28], ENERGISA[33], IBGE[46],[47]
com outorga
Torres anemométricas
19
zig koch
Figura 2.1 Chuva, em Mãe d’Água
20
Atmosfera Livre
~2000 m
V(z)
1 dia 10 s Camada Camada-
de Ekman -Limite
1 min
12 h Janela Espectral Terrestre
10 min
21
Regimes de dos os níveis de grandeza, juntamente com outros processos físicos, quí- atmosférica
micos e biológicos. No Estado da Paraíba o comportamento do vento se
Vento define primariamente pelos ventos alísios e pelo anticiclone subtropical
do Atlântico Sul, fenômenos que modulam a direção do vento predomi-
nante, e pelos efeitos de brisa terrestre e marinha, que afetam as regiões
próximas ao litoral.
24 24
23 23
21
22 JUAZEIRINHO 21
22
20 20
1 19 1 19
18 18
0, 8 COREMAS
17
16
DAMIÃO MATARACA 0, 8 17
16
0 ,6
fc 15
14 fc 0 ,6 15
14
0, 4 13 13
12 0, 4 12
0,2 11 11
10 10
9 0,2 9
Damião
8 8
teixeira
7 7
no z
no z
de
de
6
ou v
ou v
se t
se t
5 5
ag t
ag t
o
o
4
ju l
ju l
ju
ju
3 3
m n
m n
ai
ab i
2 2
a
m br
m r
1
fe r
a
fe r
a
a
ja v
ja v
n
n
24 24
23 23
22 22
21 21
1 20
1
20
19 19
0, 8 18
0, 8
18
17 17
16 16
0 ,6
fc 15 0 ,6 15
0, 4 13
14 fc 13
14
12 0, 4 12
11 11
0,2 10 0,2 10
9 9
8 8
Juazeirinho
7 7
Mataraca
no z
no z
de
6 6
ou v
de
se t
5
se t
ag t
ag t
o
4 4
o
ju l
ju
ju l
3
ju
m n
m n
ab i
2
a
2
ab i
a
m r
m r
fe r
1
a
fe r
a
ja v
C ACIMBINHA PITIMBU
ja v
n
n
24 24
ventos mais intensos
23 1 23
22 22
21 21
20 0, 8 20
1 19 19
18 18
0, 8 17 0 ,6 17
0 ,6 15
16 fc 16
fc 14
0, 4
15
14
0, 4 13 13
0,2 11
12
figura 2.5 fatores de capacidade - fc estimados para projetos no 11
12
10 0,2 10
9 entorno das torres anemométricas consideradas para a elaboração do 9
campina Pitimbu
8 8
7
Atlas Eólico do Estado da Paraíba. A metodologia para estimativa dos 7
no z
no z
de
de
6
ou v
ou v
6
se t
se t
5 5
ag t
ag t
fatores de capacidade é apresentada no capítulo 7, item 7.1
o
o
4 4
ju l
ju l
grande
ju
ju
3
m n
m n
3
ai
ai
2 2
m br
m br
1
fe r
fe r
a
a
1
a
a
v
ja v
n
n
ja
22
Figura 2.6 Acima: gráfico de barras com os regimes interanuais normalizados de várias regiões
do Estado; abaixo: comparação entre as amplitudes de variação mensal da velocidade do vento
2.2.2 O Estado da Paraíba apresenta uma sazonalidade bem definida, com
ventos máximos na primavera e verão.
entre as regiões de Campina Grande e Pitimbu Regimes
As torres anemométricas de Mataraca e Pitimbu apresentam for-
9 m/s
Mensais e te aceleração durante o período mais frio e durante a transição para o
Sazonais
Velocidade Mensal do Vento a 50 m de Altura
23
*
Por convenção, define-se a direção do vento em relação ao norte geográfico, de
onde o vento sopra.
zig koch
sobre o município de Araruna
24
oceano
Atlântico
ceará
Pernambuco
N
ESCALA 1 : 2 500 000
Projeção Albers Cônica, Datum SIRGAS 2000 PRIMAVERA
O L
setembro a novembro
S
0 20 40 60 80 km
precipitação média (mm)
MAPAs DEsENVoLViDos A PARtiR DE DADos cLiMAtoLÓgicos coLEtADos EM 15 EstAÇÕEs Do iNMEt No PERÍoDo DE 1961 A 1990 [42] .
0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200 3600 4000
25
oceano oceano
Atlântico Atlântico
ceará ceará
Pernambuco Pernambuco
VERÃO OuTONO
dezembro a fevereiro março a maio
oceano oceano
Atlântico Atlântico
ceará ceará
Pernambuco Pernambuco
26
MINISTÉRIO DE
MINAS E ENERGIA Mapas criados a partir de dados climatológicos coletados em 14 estações do INMET entre
1961 e 1990[42] ajustados para altitude conforme equações da atmosfera padrão ISA[68].
oceano
BAsE cARtogRÁficA: AEsA , DER-PB
[1] [27]
, DNit [28]
, iBgE [46][47]
Atlântico
ceará
Pernambuco N
O L
0 20 40 60 km
ferrovias Rios
27
zig koch
Figura 3.1 Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE Manguezais da Foz do Rio Mamanguape
29
zig koch
Mata do Rio Vermelho, em Rio
Tinto (abaixo)
3.2.1
O Estado da Paraíba é formado por uma combinação de diferentes cia simultânea de múltiplos fatores de origem antrópica e climática, que
biomas que variam entre o litoral e o interior do continente e estão as- levam à erosão dos solos pelo vento ou pela água, à deterioração das pro-
30
31
32
33
ESTADUAL
PROTEÇÃO INTEGRAL
MONA Monumento Natural E PAREST do Aratu D. E. no 23.838 de 27/12/2002
PAE Projeto de Assentamento Agroextrativista
F MN Vale dos Dinossauros D. E. no 23.832 de 27/12/2002
PAREST Parque Estadual
PARNA Parque Nacional G PAREST Pico do Jabre D. E. no 23.060 de 19/6/2002
REBIO Reserva Biológica
H RESEC Mata do Rio Vermelho D. E. no 14.835 de 19/10/1992
RESEX Reserva Extrativista
REVIS Refúgio da Vida Silvestre I PAREST Mata do Xem-Xem D. E. no 21.252 de 28/8/2000
RPPN Reserva Particular do Patrimônio Natural
FEDERAL
J REBIO Guaribas Decreto 98.884 de 25/01/1990
ESTADUAL
2 APA das Onças D. E. no 22.880 de 25/3/2002 servação de uso sustentável
do Estado da Paraíba
APA do Estuário dos
3 Lei 9931 de 11/12/1986
Rios Goiana e Megão
USO SUSTENTÁVEL
4 APA de Tambaba D. E. no 22.882 de 26/3/2002
FEDERAL
Arie Manguesais da
7 Decreto 91.890 de 05/11/1985
Foz do Rio Mamanguape
8 Arie Vale dos Dinossauros Resolução 17 de 18/12/1984
QUILOMBO MUNICÍPIO
Q1 Serra do Talhado Santa Luzia Tabela 3.4 Quilombos do
Q2 Engenho do Bonfim Areia Estado da Paraíba
34
BAsE cARtogRÁficA: AEsA[1], ANEEL[3], fUNAi[38], iBgE[46], [47], icMBio[50], iNcRA[51], MMA[60], [61]
MINISTÉRIO DE
MINAS E ENERGIA
oceano
Atlântico
ceará
Pernambuco
N
Unidades de Proteção Assentamentos
integral federais agrícolas
O L
Unidades de Proteção cavernas
integral estaduais
S
Unidades de Uso corpos de água
sustentável federais
ESCALA 1 : 1 250 000
caatinga
Unidades de Uso Rios Projeção Albers Cônica, Datum SIRGAS 2000
sustentável estaduais BioMAs
Mata Atlântica
terras indígenas Divisas estaduais 0 20 40 60 km
comunidades sedes municipais
Quilombolas
identificadas [6]
35
zig koch
Figura 4.1 Aerogerador, em Mataraca
cARschtEN, cc-By-As-2.0
Oriente vêm da China, por volta do início do século XIII.
37
Figura 4.4 B o m b e a m e n t o
de água por moinho de múlti-
plas pás, EUA
zig koch
passar a contribuir efetivamente com a matriz energética
nacional e fazer parte de seu planejamento de expansão[32].
4.1.2 mento.
Expectativas
Futuras O acentuado crescimento do mercado mundial de ge-
ração eólica de energia elétrica, ilustrado nas Figura 4.8 e
4.9, deve-se, em grande parte, ao ciclo de sua efetivação,
39
Figura 4.9 E v o l u ç ã o
nacional da capacidade
instalada de geração a
partir da fonte eólica
zig koch
são individualizados apenas os valores maiores que 120 MW, exceto Paraíba
40
zig koch
3 Figura 4.12 Montagem de
uma torre de concreto modular
zig koch
4
zig koch
Liftra, cc-by-as-3.0
5
nacele aguardando montagem
41